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Patologias Neonatais – Introdução
Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém
Nascido ou Doença de Membrana Hialina
Cont.
• A doença pulmonar de membranas hialinas (DPMH)
é uma das causas mais frequentes de insuficiência
respiratória do RN, devido a deficiência de
surfatante.
• A DPMH constitui um dos problemas mais comuns
de um serviço de neonatologia e uma das principais
causas de mortalidade
entre RN pré-termo, ocorrendo de 0,5 a 1,0% em
todos os nascimentos.
Cont.
• A síndrome do desconforto respiratório do recém-
nascido (SDR) ou doença de membrana hialina
(DMH) acomete principalmente os recém-nascidos
pré-termo, sendo incomum após 38 semanas de
gestação. A doença pode atingir até 50% dos RN
com idade gestacional entre 28 e 30 semanas.
SDR
• É mais frequente em RN Prematuros
• Incidência é inversamente proporcional a idade
gestacional e ao peso ao nascer
60 -80% 28 Semanas
15-30% 32-36 Semanas
5 % 37 Semana
Raro Termo
Factores de Risco
• Prematuridade
• Anóxia perinatal
• História materna de hemorragias
• Diabetes materno;
• Segundo gemelar;
• RN anterior afectado;
• Parto cesárea;
• Hipotermia
• Assistência pré-natal deficiente
Quadro clínico
• Depende da IG e maturidade
do RN
 Inicio nas primeiras horas de
vida
 Taquipneia, Gemido
expiratório
 Adejo nasal
 Tiragem intercostal e
subcostal
 Retracção esternal xifóidea
 Cianose, apneias
Quadro clínico (Cont.)
• Insuficiência respiratória nas primeiras horas de vida;
• Dispnéia;
• Aumento progressivo da frequência respiratória; retração
esternal importante;
• Tiragem intercostal;
• Cianose central;
• Gemido expiratório;
• Crises de apnéia;
• Palidez;
• Hipotermia;
• Edema e oligúria;
• Hipotensão, hipotonia e hipoatividade.
Diagnóstico
Quadro Clínico
 Sinais e sintomas precoces
 Pico máximo as 48-72h com melhoria gradual ou morte se
não há tratamento adequado
Tratamento
• Estabilização inicial na sala de partos
• Monitorizar os sinais vitais
• Se hipotensão administrar cristalóides ou colóides -
10ml/kg Ev 30 minutos
Tratamento
Restrição de líquidos
• 60ml/kg nas 1ªs 48h, Dext a 10%
• Dias subsequentes 100-150ml/kg/d
• Sódio no 3º dia (S.Fis. 20ml/kg/d)
• Potássio no 3º dia (1-2meq/kg/d)
• Antibioterapia (Penicilina ou Ampicilina + Aminoglicosidio)
• Oxigenoterapia
Taquipneia Transitória do Recém-
Nascido
• A taquipneia transitória do recém-nascido (TTRN) é
uma doença respiratória neonatal de curso
autolimitado e de boa evolução,
acometendo principalmente recém-nascidos a
termo ou próximos ao termo
Quadro clínico
• Taquipneia, retração subcostal e tiragem intercostal
• Episódios de cianose
• Desconforto respiratório inicia-se nas primeiras
melhorando a partir de 24 a 48h
• Insuficiência respiratória
Cont.
• O que a distingue da SDR/DMH é que ocorre em
RN de termo e os quadros são normalmente
menos graves.
• O tratamento da doença é basicamente de suporte,
com uso de oxigênio inalatório e cuidados gerais.
Cuidados Gerais nas patologias respiratórias
• Aquecimento; monitoração da FC e FR; controles
laboratoriais; fornecimento de líquidos e calorias;
alimentação enteral ou parenteral, se for preciso;
controle rigoroso de peso; correção do equilíbrio
acidobásico;
• Prevenção de infecções; oxigenoterapia,
• Avaliar os sinais vitais continuamente de acordo com
a gravidade do RN;
• Administrção hídrica e de electrólitos conforme a
prescrição.
Cont.
• Mudança de posição do RN a cada três horas;
cuidados com os dispositivos do RN; alimentação
conforme as necessidades.
• Verificar a cada 3 horas se o cateter ou a sonda não
estão bloqueados com secreção, ou se estão
correctamente posicionados e se todas as conexões
estão bem fixadas.
• Avaliar a temperatura se TC ≥ 39oC administrar
paracetamol oral 10-15mg/kg.
Icterícia Neonatal
Icterícia neonatal
• A icterícia neonatal é uma manifestação que pode ser
fisiológica ou patológica que ocorre em recém-nascidos
em consequência do aumento de bilirrubina indirecta
(hiperbilirrubinemia) na corrente sanguínea.
• A icterícia é caracterizada pela coloração amarelada da
pele e das escleróticas (parte branca dos olhos).
Ictericia
Factores de Risco
• Filho de mãe diábetica;
• Prematuridade;
• Equimose cutanea;
• Cefalo-hematoma;
• Indução do trabalho de parto com ocitocina;
• Atraso na eliminação do mecónio;
Fisiopatologia
• A bilirrubina é produzida em resultado da degradação da
hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos, processo que
ocorre normalmente e faz parte do ciclo de vida natural
destas células.
• O sangue do recém-nascido (RN) tem uma quantidade
elevada de hemoglobina, de forma a garantir a sua
sobrevivência e correto desenvolvimento no meio
intrauterino, relativamente pobre em oxigénio. Após o
nascimento, este excesso de hemoglobina é degradado pelo
corpo em quantidades elevadas de bilirrubina.
Fisiopatologia
• A bilirrubina assim produzida é levada pelo sangue
até ao fígado onde é conjugada com outros
compostos, tornando-se inofensiva e permitindo a
sua excreção pelas fezes.
• Os RN estão particularmente expostos à acumulação
da bilirrubina por terem uma produção aumentada
(pela destruição do excesso de glóbulos vermelhos) e
uma depuração diminuída (por imaturidade
temporária do fígado).
Tipos de Icterícia
Icterícia fisiológica
• Resulta dos processos decorrentes da adaptação do
RN ao meio extrauterino;
• Ocorre em 60% dos RN de termo e 80% dos RN pré-
termo;
• Aparece apartir de 48 a 36 horas de vida e se
prolonga até 7dias.
Tipos de Icterícia
Icterícia patologica
• Manifesta-se nas primeiras 24 horas de vida;
• Pode ser causada por sepsis, infecção urinária,
cefalohematoma gigante, atresia biliar, infecções
congenitas e a mais importante que é a
incompatibilidade sanguínea ABO ou Rh.
Complicações
• A bilirrubina não conjugada pode tornar-se
tóxica a partir de determinados valores
penetrando na barreira hematoencefálica
ainda imatura e depositando-se nas células
nervosas causando lesões.
• Esse depósito ocorre preferencialmente nos
chamados núcleos da base dando origem a um
quadro neurológico conhecido como
Kernicterus.
• O Kernicterus manifesta-se com a mudança de
actividade, hipotonia, choro alto, sucção fraca,
fontanela abaulada, convulsões e ausência de
reflexos levando a morte ou a sequelas graves
(deficiências auditivas, paralisia cerebral).
Diagnóstico
• Bilirrubina total e fraccionada;
• Hemoglobina, Plasmódio;
• Grupo sanguineo da mãe e do RN;
• Hemograma;
• Considera-se bilirrubina não conjugada quando os
valores estão acima de 15mg/dl.
Tratamento
• Tratar os factores causais;
• Fornecer liquidos e dextrose adicional;
• Fototerapia ;
Fototerapia
• Na maioria dos casos o tratamento indicado é a
fototerapia. Deve ser feita com luz branca ou azul de
preferência florescente;
• A lâmpada deve estar a uma distância mínima de 80cm;
• Os olhos e os genitais devem estar protegidos;
• A luz solar pode ser util onde não tem condições.
Cuidados Gerais durante a Fototerapia
• Posicionar o aparelho a cerca de 80cm do RN;
• O recém-nascido deve ser exposto à fototerapia somente
com fralda para que maior superfície corporal seja atingida
pela luz;
• Proteger os olhos e a genitalia do RN pois a luz da
fototerapia pode provocar danos a retina e gônodas;
• Manter limpa a superfície de acrílico da incubadora e a
proteção do dispositivo da fototerapia;
• Verificar se todas as lâmpadas estão acesas;
• Utilizar aparelhos equipados com 7 ou 8 lâmpadas;
• Substituir duas lâmpadas fluorescentes brancas por
lâmpadas azuis (posicione-as no centro do aparelho);
Cuidados Gerais durante a Fototerapia
• Sempre que possível, manter a nutrição enteral e
enquanto estiver a amamentar retirar a protecção
ocular;
• Controlar a temperatura do RN durante a fototerapia;
• Controlar o número das evacuações;
• Monitorização da diurese;
• Atenção ao peso;
• Monitorizar a temperatura do RN;
• Cuidados com a pele;
• Mudança de posição de 2/2h;
• Manter o RN hidratado.
• Limpeza frequente do berço;
• Retirada do RN da fototerapia para a amamentação,
mesmo que a prescrição seja contínua;
• Fototerapia pode ser intermitente ou continua de
acordo com a prescrição médica;
• Retirada do RN da fototerapia 15’ antes do banho, para
que seu corpo não sinta a diferença da temperatura.
31
Cont.
Complicações do tratamento
• Síndrome do bebé bronzeado
• Lesão dos fotoreceptores da retina
• Perdas líquidas
• Distúrbios GI
Convulsões Neonatais
O que são convulsões ?
Quais os outros nomes ?
Definição:
• Expressão clínica de uma descarga neuronal
paroxística e excessiva do SNC
• Representam sinais de disfunção do SNC
Convulsões Neonatais
• São disfunções neurológicas observadas com maior
frequência em crianças e podem ocorrer com uma grande
variedade de condiões envolvendo o SNC.
• Uma função importante durante uma convulsão é observá-la e
descrever seus aspectos. O técnico de saúde deve anotar o
horário de início da convulsões e marcar a duração da
convulsão. Isto é particularmente importante se a crianca
tornar-se cianotica.
36
Convulsões Neonatais
Convulsões Neonatais
• São emergências neurológicas, refletem uma lesão
no cérebro imaturo, pois as convulsões representam
uma disfunção do SNC e caracterizam-se por uma
alteração súbita das funções neurológicas.
Caracteristicas:
• Diferentes de crianças maiores e dos adultos, porque
maturação neuronal ainda é incompleta
• Convulsões generalizadas não ocorre durante o 1º mês
de vida
• Nos RN podem interferir com função cardiorespiratoria
e provocar alterações no desenvolvimento do SNC
• Díficeis de diagnosticar
Convulsões Neonatais
1. CONVULSÕES SUBTIS
- Desvio horizontal dos olhos
- Postura anormal tónica de um membro
- Pestanejar repetitivo das pálpebras
- Abertura exagerada das fendas palpebrais
- Olhar fixo
- Sucção despropositada
- Apneias
- Movimento de pedalar ou natação
- Movimentos clónicos do queixo
- “Grito cerebral”repetitivo
CONVULSÕES NEONATAIS
2. Convulsões tónicas
3. Convulsões clónicas multifocais
4. Convulsões focais
5. Convulsões mioclónicas
OUTRAS FORMAS DE CONVULSÕES
Quadro Clínico:
• Imaturidade estrutural e funcional do cérebro
• Expressão clínica das convulsões
Convulsões Neonatais
Tipo de convulsões Idade
gestacional
Clínica
Subtis
(65% )
Termo e pré
termo
Desvio conjugado dos olhos (RN
termo) pestanejar repetitivo (Pré
Termo).Mov mastigação; salivação
excessiva; Epis. Apneia;Mov.
Pedalagem;Mov de boxe;Mov lingua
Clónicas Termo Focais; contracções rítmicas grupos
musculares membros e face
Multifocais; Mtos grupos musculares
envolvidos e simultâneamente
Tónicas Pré Termo Postura rigida das extremidades ou do
tronco, desvio conjugado dos olhos
Mioclónicas Movimentos bruscos das extremidades
ou de todo corpo envolvendo varios
músculos distais
Quadro Clínico
Aspectos clinicos Tremores Convulsões
Mov. Oculares anormais 0 +
Desencadeado por
estimulo- sensiveis
+ 0
Mov. predominantes Bilateral e simétrico Mov. Assimétricos e
unilaterais (> desvio para
um dos lados)
Mov cessam com flexão
passiva
+ 0
Alterações autossómicas 0 +
Tremores x Convulsões
Causa Início RN Pré Termo RN Termo
ASFIXIA < 3d Mto freq. Mto freq.
HEMORRAGIA
CEREBRAL
H.
Intraventricular
H.
Subaracnoidea
Hematoma
subdural
/epidural
<3d
< 1d
Variável
Frequente Frequente ( asfixia)
Trauma de Parto
Malformações do
SNC
> 7d
Etiologia
Causa Início RN Pré Termo RN Termo
Metabólicas:
Hipoglicémia
Hipocalcémia
precoce
Hipocalcémia
tardia
Hipomagnesémia
Hiper/hiponatrémi
a
Dependência
piridoxina
Sind. Privação de
drogas
< 2d
< 2-3 d
< 3 d
Etiologia
Etiologia
Causa Início RN Pré Termo RN Termo
INFECIOSA:
Meningite
bacteriana
Malária congénita
Infeção bacteriana
tardia
Infeção
congénita;
HIV,sifilis,
rúbeola,
toxoplasmose
Encefalite viral
Diarreia
< 3d
< 3d
>3d
> 3d
>3d
Frequente
Frequente
Frequente
Frequente
Frequente
Frequente
Frequente
Frequente
• Depende da identificação da presença ou não de factores de risco e do
reconhecimento das manifestações clínicas.
a. Anamnese da gravidez e do parto.
• Abuso da drogas;
• Infecções;
• Desordens genéticas e metabólicas familiares;
• b. Época de início dos sintomas:
• Precoce: até 3º dia de vida
• Tardio: do 4º ao 10º dia de vida.
• c. Enfermidades associadas:
• d. Exame neurológico detalhado
Diagnóstico
e . Exames laboratoriais:
Desordens Metabólicas
• Glicémia
• Cálcio
• Magnésio
f. Infecção
g. EEG
Pode confirmar o diagnóstico de convulsões através da correlação entre
descargas elétricas paroxística com a manifestação clínica.
h. Ecografia cerebral: Hemorragia Endocraneana e Malformações
Diagnóstico
• O tratamento é urgente, dirigido a paragem de convulsões e ao
tratamento de factor causal
• Verificar permeabilidade das vias aéreas (se necessário aspirar),
a frequência cardiaca e respiratória
• Fenobarbital 10-20mg/kg Ev
• Diazepam 0.3-0.5 mg / kg, rectal ou EV
• Fazer dextrostix para excluir hipoglicémia
• Se, Hipoglicémia <40 mg/dl ou abaixo de 3mmol/dl
• soro glicosado a 10% - 2-5ml / kg em bolus EV.
• Seguido soro glicosado 10% - dose manutenção 50- 80ml/kg/
dia EV
Tratamento
• RN: P- 3kg
• Frasco: 10mg/2ml
Qual a dose de diazepam?
0,3mg/kg rectal
3x 0,3mg=0,9 ~1mg rectal
= 0,2 ml
Tratamento
• RN-3 kg
• Glicémia < 20 mg/dl
• Com convulsões subtis
• Como corrigir?
 Bolus de Dext 10% EV
 5ml/kg =5 x3= 15ml
15ml = 1/5 Dext 30%= 3ml
4/5 Dext 5% = 12ml
Tratamento
• Manutenção:50-80ml / kg EV
 50mlx 3kg=150ml
 150ml 1/5 Dext30% = 30ml
4/5 Dext 5% = 120 ml
 Nº de gotas/min = Volume Total / 3 x nº horas
 Nº de gotas/min = 150ml / 3 x 24 h = 2 gotas / min
em 24h
Tratamento
Fenobarbital:
Dose de indução:10 mg/ kg, EV , diluido em 10 ml de dextrose a
10%, repetir se necessário (controlar respiração e pressão
arterial)
Manutenção: 4 - 6 mg / kg / dia IM ou oral de 12/12 h.
• Se continuar com convulsões
• Associar :
Fenitoina:
Dose de indução: 20 mg/ kg, EV, diluir em soro fisiológico
Manutenção: 5 - 10mg / kg /dia, EV, de 8/8 horas
Tratamento
• Tratar situação de base - Sépsis, Meningite ,Maláris, Sifilis
• Controlar e manter o equilibrio Metabólico, Eletrolitico,
Hidrico e energético
Tratamento
Durante a convulsão:
Anotar o inicio do episódio convulsivo;
Aproximar-se calmamente, se a criança estiver de pé ou
sentada, ajudá-la a deitar;
Colocar almofada ou cobertor sob a cabeca da crianca. Se nao
houver roupa de cama disponivel;
colocar suas próprias mãos sob a cabeça da criança;
Remova qualquer objecto duro ou de risco da área;
Se houver vómitos, tente virar a criança para o lado.
Nunca: tentar conter a criança ou usar força; colocar algo na
boca, administrar alimentos ou líquidos.
55
Cuidados Gerais
Apos a convulsão:
Anotar o fim da convulsão
Verificar a respiração, posição da cabeça e da língua,
reposicionar a cabeça, se estiver hiperestendida, se não
respira reanimar e chamar o medico de urgência;
Manter a criança em decúbito lateral
Permanecer com a criança e tranquiliza-la ate que esteja
totalmente consciente;
Procurar identificar e determinar que factores ocorreram
antes do inicio da convulsão e quais podem ter sido os
factores deflagradores.
56
Cont.
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO
• Nelson – Textbook of Pediatrics
• Care of the High Risk Neonate – Klaus and Fanaroff
• Basic newborn ressuscitation: A pratical guide – OMS
• Perinatal Education Program – PEP Newborn care – D.L.
Woods – Cape Town
• Manual de Reanimação Neonatal – Ronald Bloom e
Catherine Cropley (American Academy of Pediatrics) – 4
edição em português
• Consensos Nacionais em Neonatologia (2004, Sociedade
Portuguesa de Pediatria)
Bibliografia

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SDR/DMH - Sinais e sintomas iniciais

  • 1. Patologias Neonatais – Introdução Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém Nascido ou Doença de Membrana Hialina
  • 2. Cont. • A doença pulmonar de membranas hialinas (DPMH) é uma das causas mais frequentes de insuficiência respiratória do RN, devido a deficiência de surfatante. • A DPMH constitui um dos problemas mais comuns de um serviço de neonatologia e uma das principais causas de mortalidade entre RN pré-termo, ocorrendo de 0,5 a 1,0% em todos os nascimentos.
  • 3. Cont. • A síndrome do desconforto respiratório do recém- nascido (SDR) ou doença de membrana hialina (DMH) acomete principalmente os recém-nascidos pré-termo, sendo incomum após 38 semanas de gestação. A doença pode atingir até 50% dos RN com idade gestacional entre 28 e 30 semanas.
  • 4. SDR • É mais frequente em RN Prematuros • Incidência é inversamente proporcional a idade gestacional e ao peso ao nascer 60 -80% 28 Semanas 15-30% 32-36 Semanas 5 % 37 Semana Raro Termo
  • 5. Factores de Risco • Prematuridade • Anóxia perinatal • História materna de hemorragias • Diabetes materno; • Segundo gemelar; • RN anterior afectado; • Parto cesárea; • Hipotermia • Assistência pré-natal deficiente
  • 6. Quadro clínico • Depende da IG e maturidade do RN  Inicio nas primeiras horas de vida  Taquipneia, Gemido expiratório  Adejo nasal  Tiragem intercostal e subcostal  Retracção esternal xifóidea  Cianose, apneias
  • 7. Quadro clínico (Cont.) • Insuficiência respiratória nas primeiras horas de vida; • Dispnéia; • Aumento progressivo da frequência respiratória; retração esternal importante; • Tiragem intercostal; • Cianose central; • Gemido expiratório; • Crises de apnéia; • Palidez; • Hipotermia; • Edema e oligúria; • Hipotensão, hipotonia e hipoatividade.
  • 8. Diagnóstico Quadro Clínico  Sinais e sintomas precoces  Pico máximo as 48-72h com melhoria gradual ou morte se não há tratamento adequado
  • 9. Tratamento • Estabilização inicial na sala de partos • Monitorizar os sinais vitais • Se hipotensão administrar cristalóides ou colóides - 10ml/kg Ev 30 minutos
  • 10. Tratamento Restrição de líquidos • 60ml/kg nas 1ªs 48h, Dext a 10% • Dias subsequentes 100-150ml/kg/d • Sódio no 3º dia (S.Fis. 20ml/kg/d) • Potássio no 3º dia (1-2meq/kg/d) • Antibioterapia (Penicilina ou Ampicilina + Aminoglicosidio) • Oxigenoterapia
  • 11. Taquipneia Transitória do Recém- Nascido • A taquipneia transitória do recém-nascido (TTRN) é uma doença respiratória neonatal de curso autolimitado e de boa evolução, acometendo principalmente recém-nascidos a termo ou próximos ao termo
  • 12. Quadro clínico • Taquipneia, retração subcostal e tiragem intercostal • Episódios de cianose • Desconforto respiratório inicia-se nas primeiras melhorando a partir de 24 a 48h • Insuficiência respiratória
  • 13. Cont. • O que a distingue da SDR/DMH é que ocorre em RN de termo e os quadros são normalmente menos graves. • O tratamento da doença é basicamente de suporte, com uso de oxigênio inalatório e cuidados gerais.
  • 14. Cuidados Gerais nas patologias respiratórias • Aquecimento; monitoração da FC e FR; controles laboratoriais; fornecimento de líquidos e calorias; alimentação enteral ou parenteral, se for preciso; controle rigoroso de peso; correção do equilíbrio acidobásico; • Prevenção de infecções; oxigenoterapia, • Avaliar os sinais vitais continuamente de acordo com a gravidade do RN; • Administrção hídrica e de electrólitos conforme a prescrição.
  • 15. Cont. • Mudança de posição do RN a cada três horas; cuidados com os dispositivos do RN; alimentação conforme as necessidades. • Verificar a cada 3 horas se o cateter ou a sonda não estão bloqueados com secreção, ou se estão correctamente posicionados e se todas as conexões estão bem fixadas. • Avaliar a temperatura se TC ≥ 39oC administrar paracetamol oral 10-15mg/kg.
  • 17. Icterícia neonatal • A icterícia neonatal é uma manifestação que pode ser fisiológica ou patológica que ocorre em recém-nascidos em consequência do aumento de bilirrubina indirecta (hiperbilirrubinemia) na corrente sanguínea. • A icterícia é caracterizada pela coloração amarelada da pele e das escleróticas (parte branca dos olhos).
  • 19. Factores de Risco • Filho de mãe diábetica; • Prematuridade; • Equimose cutanea; • Cefalo-hematoma; • Indução do trabalho de parto com ocitocina; • Atraso na eliminação do mecónio;
  • 20. Fisiopatologia • A bilirrubina é produzida em resultado da degradação da hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos, processo que ocorre normalmente e faz parte do ciclo de vida natural destas células. • O sangue do recém-nascido (RN) tem uma quantidade elevada de hemoglobina, de forma a garantir a sua sobrevivência e correto desenvolvimento no meio intrauterino, relativamente pobre em oxigénio. Após o nascimento, este excesso de hemoglobina é degradado pelo corpo em quantidades elevadas de bilirrubina.
  • 21. Fisiopatologia • A bilirrubina assim produzida é levada pelo sangue até ao fígado onde é conjugada com outros compostos, tornando-se inofensiva e permitindo a sua excreção pelas fezes. • Os RN estão particularmente expostos à acumulação da bilirrubina por terem uma produção aumentada (pela destruição do excesso de glóbulos vermelhos) e uma depuração diminuída (por imaturidade temporária do fígado).
  • 22. Tipos de Icterícia Icterícia fisiológica • Resulta dos processos decorrentes da adaptação do RN ao meio extrauterino; • Ocorre em 60% dos RN de termo e 80% dos RN pré- termo; • Aparece apartir de 48 a 36 horas de vida e se prolonga até 7dias.
  • 23. Tipos de Icterícia Icterícia patologica • Manifesta-se nas primeiras 24 horas de vida; • Pode ser causada por sepsis, infecção urinária, cefalohematoma gigante, atresia biliar, infecções congenitas e a mais importante que é a incompatibilidade sanguínea ABO ou Rh.
  • 24. Complicações • A bilirrubina não conjugada pode tornar-se tóxica a partir de determinados valores penetrando na barreira hematoencefálica ainda imatura e depositando-se nas células nervosas causando lesões. • Esse depósito ocorre preferencialmente nos chamados núcleos da base dando origem a um quadro neurológico conhecido como Kernicterus. • O Kernicterus manifesta-se com a mudança de actividade, hipotonia, choro alto, sucção fraca, fontanela abaulada, convulsões e ausência de reflexos levando a morte ou a sequelas graves (deficiências auditivas, paralisia cerebral).
  • 25. Diagnóstico • Bilirrubina total e fraccionada; • Hemoglobina, Plasmódio; • Grupo sanguineo da mãe e do RN; • Hemograma; • Considera-se bilirrubina não conjugada quando os valores estão acima de 15mg/dl.
  • 26. Tratamento • Tratar os factores causais; • Fornecer liquidos e dextrose adicional; • Fototerapia ;
  • 27. Fototerapia • Na maioria dos casos o tratamento indicado é a fototerapia. Deve ser feita com luz branca ou azul de preferência florescente; • A lâmpada deve estar a uma distância mínima de 80cm; • Os olhos e os genitais devem estar protegidos; • A luz solar pode ser util onde não tem condições.
  • 28.
  • 29. Cuidados Gerais durante a Fototerapia • Posicionar o aparelho a cerca de 80cm do RN; • O recém-nascido deve ser exposto à fototerapia somente com fralda para que maior superfície corporal seja atingida pela luz; • Proteger os olhos e a genitalia do RN pois a luz da fototerapia pode provocar danos a retina e gônodas; • Manter limpa a superfície de acrílico da incubadora e a proteção do dispositivo da fototerapia; • Verificar se todas as lâmpadas estão acesas; • Utilizar aparelhos equipados com 7 ou 8 lâmpadas; • Substituir duas lâmpadas fluorescentes brancas por lâmpadas azuis (posicione-as no centro do aparelho);
  • 30. Cuidados Gerais durante a Fototerapia • Sempre que possível, manter a nutrição enteral e enquanto estiver a amamentar retirar a protecção ocular; • Controlar a temperatura do RN durante a fototerapia; • Controlar o número das evacuações; • Monitorização da diurese; • Atenção ao peso; • Monitorizar a temperatura do RN; • Cuidados com a pele; • Mudança de posição de 2/2h; • Manter o RN hidratado.
  • 31. • Limpeza frequente do berço; • Retirada do RN da fototerapia para a amamentação, mesmo que a prescrição seja contínua; • Fototerapia pode ser intermitente ou continua de acordo com a prescrição médica; • Retirada do RN da fototerapia 15’ antes do banho, para que seu corpo não sinta a diferença da temperatura. 31 Cont.
  • 32. Complicações do tratamento • Síndrome do bebé bronzeado • Lesão dos fotoreceptores da retina • Perdas líquidas • Distúrbios GI
  • 34. O que são convulsões ? Quais os outros nomes ?
  • 35. Definição: • Expressão clínica de uma descarga neuronal paroxística e excessiva do SNC • Representam sinais de disfunção do SNC Convulsões Neonatais
  • 36. • São disfunções neurológicas observadas com maior frequência em crianças e podem ocorrer com uma grande variedade de condiões envolvendo o SNC. • Uma função importante durante uma convulsão é observá-la e descrever seus aspectos. O técnico de saúde deve anotar o horário de início da convulsões e marcar a duração da convulsão. Isto é particularmente importante se a crianca tornar-se cianotica. 36 Convulsões Neonatais
  • 37. Convulsões Neonatais • São emergências neurológicas, refletem uma lesão no cérebro imaturo, pois as convulsões representam uma disfunção do SNC e caracterizam-se por uma alteração súbita das funções neurológicas.
  • 38. Caracteristicas: • Diferentes de crianças maiores e dos adultos, porque maturação neuronal ainda é incompleta • Convulsões generalizadas não ocorre durante o 1º mês de vida • Nos RN podem interferir com função cardiorespiratoria e provocar alterações no desenvolvimento do SNC • Díficeis de diagnosticar Convulsões Neonatais
  • 39. 1. CONVULSÕES SUBTIS - Desvio horizontal dos olhos - Postura anormal tónica de um membro - Pestanejar repetitivo das pálpebras - Abertura exagerada das fendas palpebrais - Olhar fixo - Sucção despropositada - Apneias - Movimento de pedalar ou natação - Movimentos clónicos do queixo - “Grito cerebral”repetitivo CONVULSÕES NEONATAIS
  • 40. 2. Convulsões tónicas 3. Convulsões clónicas multifocais 4. Convulsões focais 5. Convulsões mioclónicas OUTRAS FORMAS DE CONVULSÕES
  • 41. Quadro Clínico: • Imaturidade estrutural e funcional do cérebro • Expressão clínica das convulsões Convulsões Neonatais
  • 42. Tipo de convulsões Idade gestacional Clínica Subtis (65% ) Termo e pré termo Desvio conjugado dos olhos (RN termo) pestanejar repetitivo (Pré Termo).Mov mastigação; salivação excessiva; Epis. Apneia;Mov. Pedalagem;Mov de boxe;Mov lingua Clónicas Termo Focais; contracções rítmicas grupos musculares membros e face Multifocais; Mtos grupos musculares envolvidos e simultâneamente Tónicas Pré Termo Postura rigida das extremidades ou do tronco, desvio conjugado dos olhos Mioclónicas Movimentos bruscos das extremidades ou de todo corpo envolvendo varios músculos distais Quadro Clínico
  • 43. Aspectos clinicos Tremores Convulsões Mov. Oculares anormais 0 + Desencadeado por estimulo- sensiveis + 0 Mov. predominantes Bilateral e simétrico Mov. Assimétricos e unilaterais (> desvio para um dos lados) Mov cessam com flexão passiva + 0 Alterações autossómicas 0 + Tremores x Convulsões
  • 44. Causa Início RN Pré Termo RN Termo ASFIXIA < 3d Mto freq. Mto freq. HEMORRAGIA CEREBRAL H. Intraventricular H. Subaracnoidea Hematoma subdural /epidural <3d < 1d Variável Frequente Frequente ( asfixia) Trauma de Parto Malformações do SNC > 7d Etiologia
  • 45. Causa Início RN Pré Termo RN Termo Metabólicas: Hipoglicémia Hipocalcémia precoce Hipocalcémia tardia Hipomagnesémia Hiper/hiponatrémi a Dependência piridoxina Sind. Privação de drogas < 2d < 2-3 d < 3 d Etiologia
  • 46. Etiologia Causa Início RN Pré Termo RN Termo INFECIOSA: Meningite bacteriana Malária congénita Infeção bacteriana tardia Infeção congénita; HIV,sifilis, rúbeola, toxoplasmose Encefalite viral Diarreia < 3d < 3d >3d > 3d >3d Frequente Frequente Frequente Frequente Frequente Frequente Frequente Frequente
  • 47. • Depende da identificação da presença ou não de factores de risco e do reconhecimento das manifestações clínicas. a. Anamnese da gravidez e do parto. • Abuso da drogas; • Infecções; • Desordens genéticas e metabólicas familiares; • b. Época de início dos sintomas: • Precoce: até 3º dia de vida • Tardio: do 4º ao 10º dia de vida. • c. Enfermidades associadas: • d. Exame neurológico detalhado Diagnóstico
  • 48. e . Exames laboratoriais: Desordens Metabólicas • Glicémia • Cálcio • Magnésio f. Infecção g. EEG Pode confirmar o diagnóstico de convulsões através da correlação entre descargas elétricas paroxística com a manifestação clínica. h. Ecografia cerebral: Hemorragia Endocraneana e Malformações Diagnóstico
  • 49. • O tratamento é urgente, dirigido a paragem de convulsões e ao tratamento de factor causal • Verificar permeabilidade das vias aéreas (se necessário aspirar), a frequência cardiaca e respiratória • Fenobarbital 10-20mg/kg Ev • Diazepam 0.3-0.5 mg / kg, rectal ou EV • Fazer dextrostix para excluir hipoglicémia • Se, Hipoglicémia <40 mg/dl ou abaixo de 3mmol/dl • soro glicosado a 10% - 2-5ml / kg em bolus EV. • Seguido soro glicosado 10% - dose manutenção 50- 80ml/kg/ dia EV Tratamento
  • 50. • RN: P- 3kg • Frasco: 10mg/2ml Qual a dose de diazepam? 0,3mg/kg rectal 3x 0,3mg=0,9 ~1mg rectal = 0,2 ml Tratamento
  • 51. • RN-3 kg • Glicémia < 20 mg/dl • Com convulsões subtis • Como corrigir?  Bolus de Dext 10% EV  5ml/kg =5 x3= 15ml 15ml = 1/5 Dext 30%= 3ml 4/5 Dext 5% = 12ml Tratamento
  • 52. • Manutenção:50-80ml / kg EV  50mlx 3kg=150ml  150ml 1/5 Dext30% = 30ml 4/5 Dext 5% = 120 ml  Nº de gotas/min = Volume Total / 3 x nº horas  Nº de gotas/min = 150ml / 3 x 24 h = 2 gotas / min em 24h Tratamento
  • 53. Fenobarbital: Dose de indução:10 mg/ kg, EV , diluido em 10 ml de dextrose a 10%, repetir se necessário (controlar respiração e pressão arterial) Manutenção: 4 - 6 mg / kg / dia IM ou oral de 12/12 h. • Se continuar com convulsões • Associar : Fenitoina: Dose de indução: 20 mg/ kg, EV, diluir em soro fisiológico Manutenção: 5 - 10mg / kg /dia, EV, de 8/8 horas Tratamento
  • 54. • Tratar situação de base - Sépsis, Meningite ,Maláris, Sifilis • Controlar e manter o equilibrio Metabólico, Eletrolitico, Hidrico e energético Tratamento
  • 55. Durante a convulsão: Anotar o inicio do episódio convulsivo; Aproximar-se calmamente, se a criança estiver de pé ou sentada, ajudá-la a deitar; Colocar almofada ou cobertor sob a cabeca da crianca. Se nao houver roupa de cama disponivel; colocar suas próprias mãos sob a cabeça da criança; Remova qualquer objecto duro ou de risco da área; Se houver vómitos, tente virar a criança para o lado. Nunca: tentar conter a criança ou usar força; colocar algo na boca, administrar alimentos ou líquidos. 55 Cuidados Gerais
  • 56. Apos a convulsão: Anotar o fim da convulsão Verificar a respiração, posição da cabeça e da língua, reposicionar a cabeça, se estiver hiperestendida, se não respira reanimar e chamar o medico de urgência; Manter a criança em decúbito lateral Permanecer com a criança e tranquiliza-la ate que esteja totalmente consciente; Procurar identificar e determinar que factores ocorreram antes do inicio da convulsão e quais podem ter sido os factores deflagradores. 56 Cont.
  • 58. • Nelson – Textbook of Pediatrics • Care of the High Risk Neonate – Klaus and Fanaroff • Basic newborn ressuscitation: A pratical guide – OMS • Perinatal Education Program – PEP Newborn care – D.L. Woods – Cape Town • Manual de Reanimação Neonatal – Ronald Bloom e Catherine Cropley (American Academy of Pediatrics) – 4 edição em português • Consensos Nacionais em Neonatologia (2004, Sociedade Portuguesa de Pediatria) Bibliografia