1) O documento discute a origem do nome e símbolos utilizados pela autora em suas obras literárias, incluindo a referência ao corvo de Edgar Allan Poe e a personagem Mãe-Corvo.
2) A autora explica que coloca experiências pessoais em suas obras para conscientizar as pessoas sobre os efeitos do preconceito, discriminação e bullying.
3) Considerações finais incluem a lição de que o bem e o mal que fazemos voltará de alguma forma.
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1º) A discussão sobre preconceitos e
vivências...
Eu coloco em minhas obras,
especialmente na construção de uma
vivência de uma dada personagem,
aquilo que realmente vivi, não com o
intuito de que as pessoas tenham pena
de mim, mas que vejam como a gente
pode dar a volta por cima e encarar esses
dilemas que insistentemente estão ainda
presentes na nossa moderna sociedade.
O preconceito, discriminação e bullying
podem ser repetitivos em muitas
histórias, mas não deixa de ser um alerta
para que nós não sejamos submissos a
encará-lo como algo comum, normal.
Jamais.!!! Na história, os dramas
escolares vivenciados pela personagem
fragilizada chamada Lindsay tem tudo
a ver com os traumas de infância que
ainda hoje me assombram.
O importante é você conseguir
conscientizar as pessoas de que esse
tipo de ação negativa, esse tipo de
julgamento que se faz em relação a uma
pessoa, as formas humilhantes pelas
quais as pessoas são expostas, geram
consequências grandes na vida de quem
sofre esse tipo de "agressão".
Como eu sempre digo, nem todas
as pessoas tem um psicológico bem
trabalhado para aceitar. Aquelas que
conseguem digerir, sobrevivem mais
fortes, mais maduras para os futuros
desafios. Aquelas que aceitam, que
ficam sofrendo caladas, são as que
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2º) A origem do nome Mãe-Corvo:
Na verdade, isso é um spoiler. Eu elaborei uma trilogia de poemas, para serem
lançados a partir de 2017, chamada ALÉM DA ESCURIDÃO, e em um desses
livros, existe uma personagem chamada Mãe-Corvo que nomeia o último livro
chamado LÁGRIMAS DA MÃE-CORVO. Pensei nesse nome como uma espécie
de divindade máxima das divindades que regem o meu mundo imaginativo.
9. 3º) Meu mundo é regido por corvos. Muitos autores de histórias sobrenaturais
e de terror utilizam a referência desse animal associado ao mal. Então
porque a escolha dele nas minhas histórias, para o nome de meu blog?
Culpa de Edgar Allan Poe, por me introduzir no mundo sobrenatural e
simbólico do corvo. Eu estou ciente dos significados do corvo relacionados
ao bem e ao mal. O corvo é um yin-yang: é ligado simbolicamente aos
sentimentos negativos, a morte, anunciador de mau agouro, portador
do azar e descrito na Mitologia Nórdica como o “Mensageiro do Além”.
Contudo, o lado místico do corvo é o que me atraí. A sua beleza nas vestes
negras, o seu poder mágico residente em mitologias indígenas e nórdicas,
a inteligência, são esses tipos de aspectos que eu procuro evidenciar
ao utilizar a simbologia desse animal em meus trabalhos literários.
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10.
11. 4º) Como consegui simplificar nos nomes, toda a história da Lady? Como
penso em um título dos meus diários:
Não existe uma fórmula certa na escolha de um título em uma obra. Há
momentos em que você elabora um escopo da história e depois quando
ela está desenvolvida, vem em mente o título "definitivo". Outras vezes, eu
imagino o título e escrevo a história envolta por aquele universo. E o pior
ainda é quando o título e a obra estão em um círculo vicioso de mudanças.
Mas desde que me propus a fazer os diários virtuais, estou conseguindo
captar de forma natural, o equilíbrio nas escolhas dos títulos de minhas
obras em relação a história.
5º) O objeto mágico poderoso e que desperta desejos de diferentes pessoas
é o ponto fundamental da história. Esse tal de "colar da ave negra da morte"
é o culpado pelas tragédias da história. Então, qual é o personagem mais
amaldiçoado em virtude do uso desse artefato místico?
O colar da ave negra da morte foi feito pela Lady Black Raven. Na história, ela
é pertencente a uma tribo indígena chamada Haida (que realmente existe e é
dividida nos clãs: corvos e águias) e dotada de poderes sobrenaturais, dentre
eles, poderes ligados a necromancia, pelos quais utilizou-o na elaboração
desse objeto, que seria capaz de ressuscitar a pessoa amada. Ela criou esse
colar no intuito de resgatar a alma do homem que ela realmente amou e
assim serem felizes.
Esse tipo de poder gerou intrigas e mortes. No decorrer da história, Brandon
fará o uso desse colar para tentar ressuscitar sua esposa, a Cassie, numa
tentativa falha, pois o seu verdadeiro amor é Lindsay. Então, para não revelar
detalhes a mais da história, creio que a maldição do colar recaiu mais na
personagem Lindsay.
Há certos segredos e conhecimentos que devem permanecer ocultos, pois
quando revelados geram a ganância sem limites do coração humano. Talvez
essa seja uma segunda lição importante a ser extraída desta história.
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6º) A lição: o bem e mal que fazemos volta.
Acho que a lição mais valiosa que um escritor pode deixar, em meio a um
mundo de caos e inversão de valores, é que por mais que o mundo seja cruel,
que não haja justiça e que o mal pareça dominar uma boa parte do mundo,
temos que permanecer crentes de que o BEM vai prevalecer, de que o AMOR
vai continuar sendo o poder pelo qual, muitos ainda não aprenderam a
buscar, mas aqueles que o buscaram verdadeiramente, jamais esquecerão do
que é o verdadeiro poder.