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Estudo do livro de Yvonne do Amaral Pereira elaborado 
pelo grupo de Estudo de terças-feiras da Sociedade 
Espírita Renovação 
em 27.05.2014
Grupo de Estudos 
Terças-feiras, 20h 
SER
Romance passado na França, por volta do ano de 1572, relata a luta 
dos seguidores da reforma luterana e calvinista. Descreve a trama de 
duas mulheres unidas num processo de vingança e obsessão contra o 
responsável pelo massacre de sua família. Apresenta o pacto 
obsessor, descrevendo os personagens principais: Otília de Louvigny, 
noiva do pastor sacrificado Carlos Felipe; a irmã de Carlos, Ruth 
Carolina e Luís de Narbone, o Capitão da Fé, que em seu fanatismo 
sectário serve de instrumento ao clero e à rainha Catarina de Médicis 
nas atrocidades contra os protestantes. Narra o plano de conquista e 
o casamento de Ruth e Luís de Narbone com suas conseqüências 
atrozes. Relata a consumação da vingança, a perseguição, ainda no 
Plano Espiritual e o processo obsessivo nos dois planos de 
existência. Conclui, apresentando as condições dos personagens no 
Além e a necessidade da reencarnação para resgatar e aplacar as 
consciências culpadas e ultrajadas.
I. Otília de Louvigny 
Chega ao Palácio de Raymond uma 
carruagem trazendo a jovem Ruth 
Carolina, única sobrevivente da família 
Brethencourt-de-la-Chapelle à perseguição 
dos hugenotes. Toma o nome da recém-falecida 
noiva de seu amado irmão Carlos 
Felipe, Otília de Louvigny-Raymond. 
Quando a tropa do Capitão da Fé - Luis de 
Narbonne - Ruth aparece no balcão e se 
faz notar pelo principal causador da morte 
de sua família, para quem arremessa uma 
rosa rubra.
II. Uma Família de Filantropos 
Os Brethencourt-de-la-Chapelle viviam uma 
vida austera e trabalhosa no amanho da terra, 
em seu castelo às margens do Reno: O velho 
casal de Condes Carlos Felipe e Carolina, 
seus filhos varões Carlos Felipe II (médico, 
poeta e teólogo luterano), Clóvis e Felipe 
Eduardo (ex-oficiais militares); Felipe 
Rogério e Paulo Felipe (jovens estudantes de 
medicina) e a menina Ruth-Carolina. No 
início de agosto de 1572 chega a La Chapelle 
um oficial do Duque de Guise chamado 
Reginald de Troulles, trazendo uma carta de 
Luis de Narbonne advertindo-o quanto ao 
perigo de professar o protestantismo. 
Reginald vê Ruth cantando no jardim. Carlos 
dispensa Reginaldo de forma veemente. Ruth 
é envia para a casa de Otília.
III. O Capitão da Fé 
Poucos dia após “São Bartolomeu”, numa 
tarde de domingo, Luis de Narbonne 
comanda pessoalmente o massacre de toda 
a família Brethancourt-de-la-Chapelle. Um 
por um tombam Carlos II, seus pais, seus 
irmãos, suas cunhadas, sobrinhos, os 
visitantes do dia e os vizinhos assistiam ao 
serviço dominical.
IV. Pacto Obsessor 
Ruth é avisada da morte de sua família 
pelas mãos de Luis de Narbonne. A saúde 
de Otília está por um fio. Ambas tramam 
um plano de vingança. Ruth jura sobre a 
Biblia destruir o Capitão da fé. Otília 
morre. Ruth parte para Paris de posse do 
nome e da fortuna de Otília.
V. Seu Primeiro Amor 
Narbonne, apaixona-se pela falsa Otília. 
Ele pede que ela o encontre na missa.
VI. Eva e a Serpente 
A falsa Otília vai encontrá-lo na Igreja. Ela 
revela a intenção de oferecer seus serviços 
à Rainha. Luis tenta disuadí-la. Ela não 
cede. No Palácio é recebida por Catarina. 
A Rainha a desmascara, ao perceber sua 
semelhança com o irmão morto. Sem 
perder o controle, Ruth instiga a Rainha 
apresentando Luis como inimigo do trono. 
Ambas entram em acordo. Na manhã 
seguinte, emissário real parte em busca do 
irmão da verdadeira Otília, entregando-lhe 
novos encargos, com o intuito de afasta-lo 
por mais tempo da França.
VII. Perfídia 
Ruth passa a servir como Dama da Corte 
de Catarina. Com o intuito de 
incompatibilizar Luis com o clero, Ruth e a 
Rainha envolvem Narbonne num 
escandaloso escândalo diante da corte. As 
Damas enciumadas acorrem para contar à 
Rainha as calúnias tramadas no leito de 
morte de Otília – que Luis seria filho 
bastardo do rei e por isso, teria direito ao 
trono.
I. Estranhos Projetos 
Três cartas chegam ao Palácio de 
Narbonne: da Rainha (Convidando-o para 
comparecer á corte imediatamente), do 
Monsenhor de B... (Pedindo que ele se 
apresenta-se de imediato à presença de seu 
tutor e padrinho) e da falsa Otília( 
Despedindo-se dele). Luis corre ao Louvre 
e depois de se agastar com ele consegue a 
permissão para casar-se com “Otília”. 
Monsenhor de B... tenta alerta-lo, em vão.
II. Núpcias 
Luis e “Otilia” casam-se no dia de finados 
daquele ano. Dama Blandina descobre que 
Ruth ama Narbonne.
III. Consequências de um baile 
Quinze dias após, “Otília“ será apresentada 
à corte como esposa de Narbonne, num 
grande baile. Ruth canta diante da corte a 
mesma canção que cantava em seu antigo 
lar no Reno. Reginald de Troulles a 
reconhece. Corre ao Convento para avisar 
o Monsenhor que soube da morte de Otília 
dias após o enlace. Monsenhor vai visitar o 
filho adotivo em seu Palácio.
IV. Anjo das Trevas 
Na manhã daquele mesmo dia Ruth recebera 
uma carta do Príncipe Frederico, seu antigo 
admirador, que confessa seu amor e o desejo 
de leva-la com ele para a Baviera. 
Encontrando-se à sós com Ruth o 
Monsenhor revela conhecer-lhe a real 
identidade. Ruth mente que se afastará de 
Narbonne. Em seus aposentos, escreve à 
Rainha dizendo que tomou ciência de um 
plano contra o trono, elaborado por 
Narbonne. Quando volta ao salão encontra 
Monsenhor junto ao pálido Luis que tem nas 
mãos a carta que confirma a morte da 
verdadeira Otília. Ruth chama pelo espectro 
vingativo da noiva de Carlos
IV. Fim de um sonho 
Os esposos se confrontam. Monsenhor de 
B... e Reginald de Troulles tentam interferir 
e são ambos rechaçados por Narbonne. 
Luis toma-a nos braços, carrega-a pela 
casa, levando-a para a masmorra do 
castelo. Otília sussurra conselhos. Ruth diz 
ao esposo que deseja confessar-se. Pede 
que ele a leva até Saint-Germain, onde se 
casaram. Luis consente. Na igreja, Ruth 
pede ao marido que vá se confessar 
primeiro. Ruth sai da igreja para se 
encontrar com Blandida e o Príncipe 
Frederico deixando um bilhete para 
Narbonne.
I. Um crime nas sombras 
Narbonne fica uma hora em confissão. 
Quanto volta encontra o bilhete da esposa 
pedindo que a encontre no Louvre. 
Catarina o rende e ele desaparece num 
calabouço.
II. O destino de um cavaleiro 
Para a França Catarina diz que Narbonne 
morreu. Chega mesmo a sepulta-lo. No 
calabouço, Luis definha. Monsenhor de B... 
morre de desgosto. Luis morre no cárcere. 
Três anos haviam se passado.
III. Parcelas do Mundo Invisível 
No mundo espiritual a alma de Luis visita 
os lugares onde viveu seu amor com Ruth. 
O espírito de Otília e o de Narbonne se 
enfrentam.
IV. Como num Conto de Fadas 
Na Baviera, Frederico desposa Ruth. A 
antiga Condessa de Narbonne recebe carta 
ameaçadora da Rainha da França.
V. Almas supiciadas 
Ruth enfrenta severa crise de consciência. 
Narbonne, depois de perambular pelo 
mundo, chega ao Castelo no Reno lá 
encontrando a inimiga espiritual. Otília só 
vê ruínas, mas Narbonne vê o palácio 
intacto.
I. A Família Espiritual 
Dez anos de sua morte haviam se passado. 
Junto à família de La-Chapelle Luis 
reconhece a sua verdadeira família 
espiritual.
II. Glória do Amor 
Narbonne é amparado pela Condessa 
Carolina, sua mãe espiritual.
III. Antigo Pacto 
Luis reconhece seus filhos espirituais entre 
as crianças trucidadas na manhã de 
domingo de 1572. Ruth morre nos braços 
de Frederico.
Final. A Magna Carta 
No mundo espiritual, reúnem-se os 
personagem traçando planos para planos 
futuros.
Grupo: Marisa, Maria Chede, Gilana, e 
a Zilda
“A misericórdia é o complemento da brandura, 
porquanto aquele que não for misericordioso 
não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no 
esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e 
o rancor denotam alma sem elevação, nem 
grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio 
da alma elevada, que paira acima dos golpes que 
lhe possam desferir. Uma é sempre ansiosa, de 
sombria suscetibilidade e cheia de fel; a outra é 
calma, toda mansidão e caridade.”
“Ai daquele que diz: nunca perdoarei. Esse, se 
não for condenado pelos homens, sê-lo-á por 
Deus. Com que direito reclamaria ele o perdão 
de suas próprias faltas, se não perdoa as dos 
outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não 
deve ter limites, quando diz que cada um perdoe 
ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes 
sete vezes. ” 
Kardec, Allan. O evangelho segundo o espiritismo, cap. X, item 4
Segundo a própria autora Yvonne do Amaral 
Pereira, o livro 
NAS VORAGENS DO PECADO não é ficção. 
Nele ela descreveu sua própria trajetória em vida 
passada quando possuía a personalidade de 
Ruth Carolina.
Quando Ruth vivia rodeada de carinho, estima e segurança era 
alegre e feliz... quando a dor e a tristeza visitaram sua intimidade 
optou por emoções e sentimentos inferiores como o ódio vingança, 
intriga, dando espaço para obsessão. 
Tornou-se insuportável sua situação no Além Tumulo: Sentiu 
remorsos, vergonha, tristeza, revolta, culpa... Somos imortais! A 
vingança gera auto castigo. Devemos perdoar não sete vezes, mas até 
setenta vezes sete... O obsessor só persegue porque os desejos, 
pensamentos e inclinações do obsidiado se afinam com o obsessor... 
As lições do Cristo, respeitadas e amadas, a prece extraída do 
coração liberta facilmente do julgo obsessor. Reencarnação é 
oportunidade.
“O Homem sofre sempre a consequência de 
suas faltas; não há uma só infração à Lei de 
Deus que fique sem a correspondente punição. 
A severidade do castigo é proporcional à 
gravidade da falta. 
Indeterminada é a duração do castigo, para 
qualquer falta: fica subordinada ao 
arrependimento do culpado e ao seu retorno à 
senda do bem; a pena dura tanto quanto a 
obstinação no mal; seria perpétua, se perpetua 
fossa a obstinação; dura pouco, se pronto é o 
arrependimento. ” 
Kardec, Allan O evangelho segundo o espiritismo, cap. XXVII, it 21.
Nem sempre conseguimos perceber. 
Os processos obsessivos, vastas vezes, porém 
principiam de bagatelas: 
O olhar de desconfiança... O momento de irritação... 
Um grito de cólera... A tristeza sem motivo... 
Uma frase pejorativa... O instante de impaciência... 
A ponta de sarcasmo... A indisposição 
descontrolada... 
Estabelecida a ligação com as sombras por 
semelhantes tomadas de invigilância, eis que surgem 
as grandes brechas na organização da vida ou na 
moradia da alma: 
A desarmonia em casa... A rede de intriga... 
.
A discórdia no grupo da ação... a treva do ressentimento... 
O fogo da crítica... A discussão infeliz... 
O veneno da queixa... O afastamento de companheiros... 
A doença imaginária... A rixa sem propósito... 
As obsessões que envolvem individualidades e equipes 
quase sempre partem de inconveniências pequeninas que 
devem ser evitadas, qual se procede com o minúsculo foco 
de infecção. 
Para isso, dispomos todos de recursos infalíveis, quais 
sejam a dieta do silêncio, a vacina da tolerância, o 
detergente do trabalho e o antisséptico da oração. 
Emmanuel /Psicografia de Chico Xavier 
.
Nome: Ruth Carolina de Brethencourt de La-Chapelle 
Filha : Condes Felipe de Brethencourt de La-Chapelle e Carolina de Clairmont 
Cinco(5) irmãos varões mais velhos do que ela 
Carlos Felipe II – Médico e Teólogo Luterano 
Clovis Felipe e Felipe Eduardo – Oficiais Militares 
Felipe Rogério e Paulo Felipe – Estudantes de Ciências Médicas 
Eram, portanto intelectuais de elevada formação, estudiosos, cultos mental e moralmente 
avançados para a época em que viviam. 
Ruth, jovem de radiosa formosura, angelical e graciosa qual uma figura de lenda, cuja 
firmeza de caráter e elegância. Encantamento dos pais e da família, anjo bem-amado, 
nascera quando maior era o entusiasmo de seus pais e irmãos pela crença da Reforma. 
.
Dado pela espiritualidade responsável pela sua reencarnação, a grande 
oportunidade do aproveitamento para o seu espírito evoluir. 
1. A família com espíritos amigos 
2. A fé religiosa 
3. O corpo saudável e belo 
4. A proteção dos familiares e amigos 
5. Condições materiais 
Quando do massacre aos protestantes, única sobrevivente da família La- 
Chapelle, Ruth, entrega ao desespero e lágrimas. Ruth Carolina perde 
toda sua família, seu lar, suas posses... Sua dor é intensa que ela optou 
pelo sombrio caminho da vingança. A infeliz jovem teve a própria alma e 
o destino comprometidos por período seculares , que não se encerraram 
nos dias atuais. Não buscou refugio na oração, na fé ensinada pela 
família, nos conselhos do seu querido irmão, Carlos Felipe II, que lhe 
intuía ao perdão. A orientação de Gregório, o servo fiel. Não se 
comunicara com Frederico ( o noivo ) de sua pessoa desinteressada, por 
ela imaginada, ressentida, por não vê-lo chegar à sua procura como 
amigo que era da família. E uma revolta íntima sombreou sua alma ( 
Frederico não foi ao seu encontro por ter tido a notícia de que ela, 
morrera.)
Por grande amor em forma de proteção os La-Chapelle resolveram 
enviar, a casula, Ruth, para o convívio de OTÍLIA DE LOUVIGNY, 
aliança entre as duas famílias, para as núpcias de seus filhos, Carlos 
e Otília, amigas que se amavam como irmãs. Seria o refúgio 
perfeito, se a tragédia não as levassem para as garras da obsessão e 
alta -obsessão. 
Após se certificar como ocorreu com a digna família, trucidada, 
Ruth, aterrorizada, infeliz, indecisa ante a própria inexperiência 
seguindo o conselho do mesmo vizinho que mandara avisar do 
acontecimento a retornar ao Solar de Louvigny, abrigando-se ao 
lado de Otília. 
Ela, refletiu, que sua querida Otília se encontrava gravemente 
enferma e que impossível seria abandoná-la em momento tão 
dramático. A alma infeliz que não sendo bastante generosa e heroica 
para perdoar e esquecer as ofensas recebidas e voltar-se para 
amor de PAI TODO PODEROSO em cuja crença encontraria 
refrigério na alma. 
Mas a infeliz sobrevivente prefere irradiar sinistras correntes 
transmissoras de sentimentos ímpios agressivos, entrando em 
sintonia com os de Otília.
Duas almas em conúbios. Revolta, sintonia, o 
mesmo objetivo da vingança. O jovem capitão da 
Fé, Luís de Narbonne, responsável pelo 
experminio do bem amado Carlos e os 
protestantes do Reno. Otília , doente, traça o 
terrível plano diabólico, cruel , e , estabelecendo 
um pacto aterrorizador, Ruth, aceita. Entre 
muitas coisas Otília promete obsidia lá após a 
sua morte, orientando e protegendo na 
realização macabra. Aí começa a grande tragédia 
desses espíritos nesta encarnação. Dores, 
sofrimentos, ódio, paixão, por fim o resgate. 
Ruth renegara o respeito à própria crença para 
melhor servir os soezes interesses – vingança.
Segue na arte da intriga, na dissimulação 
sobre humana. Faz outra aliança, desta vez 
com a soberana RAINHA CATARINA, que 
usou a grande fraqueza moral desta que se fez 
de cobradora contumaz na vereda do ódio. 
Perigosa e cruel aliança, que não termina com 
a morte do conde Luís, se estende por longos 
anos de resgate de dívidas contraída nesta 
encarnação. 
Uma vez culminada a missão que se impusera, 
Ruth, foge sobre o amparo do conde Frederico 
para as terras além do rio Reno, casa com ele. 
Mas Ruth entra na auto obsessão. O remorso, 
a falta de fé, as ligações malfazeja espirituais a 
castigavam trazendo sofrimentos à todos que 
lhe eram testemunhas do seu cair na 
degradação humana.
DEZ ANOS SE PASSARAM... 
Vamos encontrar a família espiritual. 
No trabalho do resgate das almas 
envolvidas na tragédia moral que 
envolveu todos os La-Chapelle. Após 
um período na pátria espiritual 
foram convidados a reencarnação de 
provas e expiação, Luís e Ruth. Ruth 
estaria tendo há oportunidade de 
escrever na página da VIDA um 
novo capítulo.
Ana Carolina, Maria Elisa Spinelli, Maria 
Morotti, Péricles, Tainete e Walessa.
Poder e Religião. 
Reforma protestante (Luterana e Calvinista) – 
ameaça política. 
Massacre de São Bartolomeu – interesses 
políticos.
A formação: 
Diziam ser filho bastardo do rei Henrique II. Foi 
abandonado pela mãe e criado pelo Monsenhor 
de B. (superior do convento em que foi criado) a 
quem tinha como pai. 
Seus títulos lhe foram doados pelo rei, a 
instância do clero;
A formação: 
Devoto estudante de teologia; 
Queria ser sacerdote; 
Foi criado em um convento, recebendo distinta 
educação; 
Recebeu instrução militar; 
Era aliado sincero do Duque de Guise e fiel 
servidor do trono e da rainha Catarina.
A personalidade – características positivas: 
Fiel aos dogmas aos quais tinha sido 
apresentado desde a infância; 
Leal – “incapaz de uma deslealdade em 
qualquer setor em que emprestasse suas 
energias”; 
Nobre, valoroso... Segundo as tradições; 
Era amável e bondoso para com os servos, que o 
amavam;
A personalidade – características positivas: 
Homem culto e de retidão de caráter (dentro 
daquilo que professava); 
Ótimo administrador; 
Humildade – quando no cárcere.
A personalidade – características negativas: 
Conservador; 
Fé irracional – fanatismo religioso: “A fé acima 
de tudo”. 
Orgulho e paixão sectarista; 
Obcecado em suas crenças (Fé cega).
A paixão por Ruth (Otília de Louvigny): 
Quando a conheceu desarmou-se... 
“Desejava amar e ser amado, padecer por amor, 
exaltar-se de alegria e felicidade pelo amor, dar-se 
inteiramente, fervorosamente, 
apaixonadamente...” 
Era terno, amável, amigo; 
Porém... Fanático no amor! – Carência afetiva!
A prisão e a desencarnação: 
Sofrimento! 
Porém... Coração jovem e amoroso... Que não 
sabia odiar! 
Ainda amava Ruth fervorosamente! 
Grande arrependimento e desejo de regenerar-se!
NECESSIDADE DE AMOR! 
“Filho bastardo de um rei... assinalado, portanto, pela desgraça, desde o 
berço... privado dos carinhos maternos, que não conseguiram reter junto de si 
aquele que trazia nas veias um sangue adulterino, conquanto real... As 
disciplinas férreas do Convento... Os rigores do quartel... 
As devoções religiosas como único atrativo de uma vida sem alegrias... 
Catarina de Médicis e sua política malsinada... São Bartolomeu... 
Sangue! Horror! Sua indébita aliança com os Governos provinciais para a 
caça aos "huguenotes"... As margens do Reno... A família de 
La-Chapelle... Otília de Louvigny encobrindo a personalidade de Ruth, "a 
linda princesa dos cabelos de ouro", que lhe transformara a vida, 
reduzindo-o àquele impressionante destino...
NECESSIDADE DE AMOR! 
“... Amo-te, condessa!... Enlace matrimonial... Traição de 
amor... Amor... Sentimento da alma cuja grandeza e lealdade 
ajudá-lo-iam a galgar as escarpas do progresso moral .... 
Atirado a um calabouço infecto... Martirológio na prisão foi 
cruel... Finalmente dormiu... Crente fanático de coração 
simples... Criminoso sinceramente arrependido ... Coração 
jovem e amoroso, que não sabia odiar... Inebriado sempre 
numa saudade de amor... Deus Pai... ‘um lar só poderá ser 
fundamentado no amor... E eu nunca me senti amado... 
Minha mãe... Meu pai... Onde se encontraram eles... Minha 
família... Família de Brethencourt de La-Chapelle!”
“A prece, por singela e pequenina 
que se irradie de um coração 
sincero, adquire potências 
grandiosas, capazes de se 
espraiarem pelo infinito até alcançar 
o seio amantíssimo do Eterno.”
Grupo: Fatima Antunes, Laudelina 
Renata, Roseli, Terezinha e Vera Pereira
Foi padrinho, mestre e pai adotivo de Luís de 
Narbonne. Superior do Convento Dominicano, 
criara e educara Luis e como seu tutor e 
padrinho, Luis devia obediência e nutria 
profundos laços de estima e respeito. Passou 
todos os valores morais à Luís de Narbonne, 
bem aconselhando-o durante vários momentos 
na história.
1º Conselho: 
Monsenhor de B. homem experiente, coração 
habituado a longas ponderações, conversa com 
Luis de Narbonne e o aconselha a desistir da 
perseguição aos ¨huguenotes¨, compromisso que 
tinha assumido com Guise e Catarina, prevendo 
assim, consequências graves. Conheceu o Conde 
Filipe de La Chapelle e não os considerava 
revolucionários, assim intercedendo por eles.
“ – Luís, meu filho! Desgostam-me sobremodo 
os compromissos que assumiste com Guise e 
Catarina para um perseguição a ¨huguenote¨... 
Prevejo consequências calamitosas para esse 
empreendimento estranho... e observo que 
existem aí mais interesses políticos e dinásticos 
que mesmo religiosos... Detém-te, por quem és! 
E deixa em paz, no seu rincão, os inofensivos de 
La-Chapelle...” (Nas Voragens do Pecado, p. 49)
2º Conselho: 
Também intercedeu aconselhando Luís de 
Narbonne, estudante de teologia, a retirar-se para a 
Espanha, pátria de sua mãe, a se ordenar para ter no 
Clero um refúgio seguro e não se casar. 
“ – Temo por ti, meu filho! O coração segreda-me 
algo indefinível... Sinto esvoaçar ao derredor de nós 
qualquer coisa de perturbador, que atordoa e 
angunstia...(...)” (Nas Voragens do Pecado, p. 133)
Monsenhor de B. estranha a súbita simpatia 
entre Otília e Catarina, esta que todos sabiam ser 
desgostosa da existência de Luís. 
“ – Ignoras porventura, Luís, que a Rainha te 
odeia inexplicavelmente, e projeta a tua perda 
para a primeira ocasião?... Por que se mostra 
agora tão amável?(...)” (Nas Voragens do 
Pecado, p. 133)
Porém, desesperado com a teimosia de seu 
pupilo, sugere que em último caso Luís tome 
Otília como amante o que acaba por precipitar o 
fim da conversa, pois Luís se sente chocado ao 
ouvir absurda hipótese.
3º Conselho: 
Após reunir indícios da verdadeira identidade da 
Condessa de Louvigny-Raymond - que Monsenhor 
de B. obteve no Convento de Ursulinas onde a 
verdadeira Otília ficara internada por sua própria 
recomendação ao seu irmão, o Coronel Artur de 
Louvigny-Raymond - tendo como testemunha 
Reginaldo, leva ao conhecimento de Luís de 
Narbonne a verdadeira identidade da pessoa a qual 
ele havia se casado. Não era Otília, mas Ruth- 
Carolina de La Chapelle, uma ¨huguenote¨.
Mesmo tendo o intento de contar toda a verdade 
à Luís, pensa numa forma justa de resolver o 
problema: “ Ajamos, contudo, com inteligência e 
humanidade...devido entre os que se proclamam 
cristãos...Não desejamos sua perda...(...)” (Nas 
Voragens do Pecado, p. 170)
Inspirado por entidades benfazejas decidiu 
conversar antes com Ruth sugerindo-lhe que se 
afastasse de Luís e que ele, Monsenhor de B., o 
consolaria, porém não conseguiu sensibilizar o 
coração de Ruth. Então, ao ver o desespero de 
Luís, seu querido pupilo, e a paixão que nutria 
por sua esposa, não viu outra solução que a de 
tudo contar para Catarina da terrível serpente 
que haviam agasalhado.
Quando Luís de Narbonne desaparece, Monsenhor de B. 
procura incessantemente pelo filho, acredita estar sendo 
ajudado pela Rainha Catarina, suplica aos bispos das 
dioceses, pede e conta com a ajuda dos antigos 
companheiros de Luís e até de sua majestade o Rei Carlos 
IX, porém um ano depois, o próprio Rei diz não haver 
mais nada a fazer. Este foi o golpe mortal para Monsenhor 
de B. que: “ (...) já bastante alquebrado pela idade e os 
achaques, adoeceu, e, dois meses depois, entregava a alma 
ao Criador, inconsolável pela desventura que se abatera 
sobre o infeliz menino a quem amara como a um próprio 
filho.” (Nas Voragens do Pecado, p. 258)
No plano espiritual, a família de Ruth-Carolina 
relata que Monsenhor de B. foi, no momento 
supremo, o eco de suas vozes que aconselhavam-na 
a partir e não concluir a traição, o que, 
infelizmente, não foi aceito por esta.
Cida Menezes, Amanda, Sérgio e Elisa
A Amanda vai pedir a todos para apagar a luz. 
Amanda fala: 
- Vamos receber dois espíritos que são colaboradores do Ministério da 
Reencarnação, Eles vão analisar a memória espiritual de dois espíritos que 
viveram na França no século XVI. Chamo agora Denis e Ameli. 
Entra o Denis (Sérgio) e Ameli (Elisa) com os tablets. 
Inicia com o diálogo: 
- Hoje vamos analisar dois espíritos que estão se preparando para uma nova 
oportunidade na Terra. 
- Vamos começar pelo Príncipe Frederico?
Nessa época, príncipe Frederico tinha 28 anos. Era esbelto 
e nobre, simples e comedido, culto e honrado. Fervoroso 
adepto da Reforma Protestante, era discípulo de Carlos 
Filipe, cultuava o Evangelho com desprendimento e 
solicitude, digno de um fiel cristão. 
Frederico passava longas temporadas no castelo com 
Carlos Filipe, onde com este se instruía em assuntos da 
nascente teologia reformista e na ciência do Evangelho. 
Daí datava sua afeição por Ruth, quase fraterna, a quem 
estranho destino aguardava.
Após Carlos Filipe II informar ao “correio” que não 
iria sair da França e, de suas terras. Sua mãe opinava 
que todos deveriam abandonar o Castelo e, ir para a 
Alemanha. 
No entanto, os varões da família, insistiam que 
apenas as mulheres e as crianças atravessassem o 
Reno e ficassem temporariamente hospedados com o 
Príncipe Frederico, com quem se firmara um 
contrato de aliança matrimonial para Ruth Carolina.
Ruth Carolina retorna, precipitadamente, à sua 
terra natal e, constata, em desespero, que toda 
sua família havia sido trucidada; suas terras 
haviam sido depredadas e, as messes 
incendiadas. 
De início, a jovem Ruth pensou na possibilidade 
de transpor o Reno, procurar o Príncipe 
Frederico ou enviar um emissário, solicitando 
sua proteção.
Ruth mal conhecia o projeto de casamento 
estabelecido entre sua família e o príncipe, que 
envolvia ela própria. 
Então, decidiu que seria impossível abandonar 
Otília em momento tão dramático, entendendo 
como dever sagrado, balsamizar a dor de Otília 
com sua presença, o qual, seria um lenitivo para 
ela mesma.
Ruth Carolina já estava agora na Alemanha, 
hospedada por um pequeno nobre, antigo e fiel 
amigo de sua família: Príncipe Frederico. Ela dormia 
profundamente, por 3 dias. 
Aos pés da cama de Ruth, Príncipe Frederico 
murmurava com Blandina, que havia prometido aos 
pais de Ruth e, ao seu irmão Carlos Felipe II, que 
iria velar por ela e torná-la feliz. 
Assim que a ocasião permitisse. Ele iria desposar e, 
cumprir com sua promessa.
Com a assistência de vários fidalgos da 
redondeza onde morava e, com membros de sua 
família, que Frederico mandara avisar e 
convidar, e rodeados por aldeões, que entoavam 
cânticos usuais nas cerimônias luteranas, um 
representante da Reforma unia em matrimônio a 
jovem Ruth e o príncipe Frederico.
Frederico era um esposo afável e paciente, 
portador de bondade só comparado a sua 
própria honradez, que rodeava a infeliz esposa 
de todas as atenções e solicitudes possíveis a um 
coração de boa-vontade, procurando levá-la a 
esquecer o passado precipitoso. 
Cuidou de Ruth até o final de sua vida... 
Cumpriu sua promessa! 
- Agora vamos para o segundo!
Varão dos Brethencourt de La-Chapelle. Médico, 
poeta, teólogo luterano e missionário. Amado e 
respeitado pela sua família. Tinha quatro 
irmãos. A mais nova era Ruth. Era considerado o 
segundo pai de Ruth, tinha uma predileção 
sublime pela irmã. Carlos Felipe tinha uma 
preocupação social de atender a todos com 
igualdade.
Compromisso com Otília, porém sua alma 
aspirava, de preferência, o amor divino. Desejava 
amar a humanidade e não somente a uma 
esposa. Desejava servir a todos os infelizes e não 
somente a uma prole oriunda do seu sangue.
Recebimento da epístola do Capitão da Fé, Luís de 
Narbonne 
Conteúdo: uma gravíssima denúncia por propagar a 
seita sacrílega de Martinho Lutero. 
Pedido da carta: abandonar a França com toda a sua 
família ou relegar a Reforma e aceitar o batismo da 
Igreja Católica. 
Resposta: Carlos Felipe diz que é um pedido 
impertinente para ser aceito por um homem de 
honra. Ele agiu com coragem por ser um entusiasta 
do seu arrebatador ideal.
A família se reúne para ouvir a opinião de todos depois da carta do 
Capitão da Fé. Ruth é a única que não participa. A maioria decide ir 
embora e Carlos Felipe dá a sua opinião. Ele diz: “ide, portanto, mas 
eu ficarei porque como médico não poderei abandonar os meus 
pobres pacientes ao sabor dos próprios achaques e como pastor de 
almas hei de oferecer-lhes o exemplo da fé e da honra do Evangelho 
na hora dos inevitáveis testemunhos”. A família resolve consultar 
Jesus. Eles abrem a Bíblia e leem o trecho que diz “se alguém quiser 
vir nas minhas pegadas, renuncia a si mesmo, toma a sua cruz e 
siga-me, porquanto, aquele que se quiser salvar a si mesmo perder-se- 
á; e aquele que se perder por amor de mim e do Evangelho, 
salvar-se-á”, Mateus, X,39. 
A família decide levar Ruth para a casa de Otília até que o momento 
de conflito passe.
Carlos Felipe, o fiel pregador evangélico, estava reunido para a 
comunhão com o Céu no interior de um anfiteatro na residência dos 
La-Chapelle. Ele ocupava a tribuna quando o local foi invadido. Ele, 
então, diz: “Tende bom ânimo, irmãos. Jesus estará conosco. Soou o 
momento do nosso supremo testemunho. Lembremo-nos dos 
primeiros cristãos, que por amor à palavra do mestre, morreram 
sorrindo e cantando à frente dos leões... O Senhor honra-nos com a 
glória do martírio por seu nome... conhecemos a sua verdadeira 
palavra! Estaremos, portanto, preparados para sabermos morrer 
perdoando aqueles que nos ferem!...” 
O chefe da tropa se aproxima dele. Com serenidade, Carlos pede 
clemência a todos e que as tropas prendam somente a ele, o 
responsável. O pedido não foi atendido e todos, pais, irmãos, 
cunhadas, sobrinhos e visitantes do dia, são exterminados, inclusive 
Carlos Felipe. Ele morreu com 32 anos.
Luís Narbone, após pedir ajuda aos céus, é atendido. Ele é 
dirigido ao lar da família La-Chapelle, formosa instância 
em cores delicadas e resplandecentes. Era o lar paterno, o 
sacrossanto asilo onde gostaríamos todos de nos refazer 
das amarguras que nos excruciam a existência. Ao 
adentrar ao lar, ele vê na tribuna Carlos Felipe, com o 
Evangelho do Senhor aberto à frente. A leitura era a 
seguinte: “vinde a mim, vós que sofreis e estais 
sobrecarregados e eu vos aliviarei. Aprendei comigo, que 
sou humilde e manso de coração e encontrareis descanso 
para as vossas almas porque o meu peso é suave e o meu 
julgo é leve”. Luís de Narbone diz: “sim, era bem ele! 
Carlos, o irmão que Ruth adorava”.
Ruth desejava muito rever o irmão no plano espiritual. A 
mãe dela, Carolina, diz a ela: “Há um meio, minha filha, 
de poderes reconquistar o direito de te reunires a teu 
Carlos, assim como a todos que te amam. Um Deus 
Criador e Todo-Poderoso existe cujas leis perfeitas, 
imutáveis, eternas que tu repeles porque ainda não as 
pudeste compreender, prescreve a supremacia do Amor 
governando o destino das criaturas...”. Ruth aceita uma 
nova oportunidade e recebe de presente um pequenino 
volume, uma carta de Carlos Felipe.
Minha Ruth! Será necessário, indispensável, mesmo 
urgente, o teu retorno a uma existência nova, na 
sociedade terrena, a fim de reparares as afrontas que 
tuas inconsequências fizeram a ti mesma, a tua 
consciência de descendente dos Ser Divino e Criador, 
que rege o universo sem fim... Volta à Terra, minha 
Ruth... Renasce em outro corpo. 
Vai... Não procures outro recurso porque não 
encontrarás, não terás outro, não haverá outo!
E ainda hoje Carlos Felipe, Carolina, o velho Conde, venerando chefe 
da amorável família de La-Chapelle, guiam, do mundo invisível, os 
vultos tristes de Ruth, de Luís e de Otília. 
- O que Carlos Felipe e o Príncipe Frederico tinham em comum? 
- O amor fraterno por Ruth e o desejo de protegê-la. 
Levantam-se falam e saem: 
- E Ruth? Onde estará Ruth? 
- Vamos lá? Levar as nossas anotações para os nossos superiores......
Grupo: Fatima Antunes, Laudelina 
Renata, Roseli, Terezinha e Vera Pereira
Reginaldo de Troulles oficial da guarda pessoal 
do Sr. Duque de Guise, foi enviado por ordem de 
Luís Narbonne ao Castelo de La-Chapelle , com 
mais três cavaleiros armados, era portador da 
importante epístola destinada a Carlos Filipe II 
que estava ausente, assim o oficial permaneceu 
três dias na residência dos de La Chapelle. Foi 
recebido pelo Conde Carlos Filipe de 
Brethencourt de La–Chapelle de forma cortes e 
aguardou paciente e impenetrável
Nesse tempo observou através de suas lentes de prevenções 
religiosas e más intenções ,os hábitos da família ,que ali “ousavam 
tratar do Evangelho de Jesus Cristo” a noite, o que do seu ponto de 
vista, certamente seria “abuso sacrílego”. Verificou que os de La- 
Chapelle não se submetiam a nenhum dogma ou prática religiosas 
recomendados pelo rito romano; que não existia capela ou 
campanário no Castelo, o que seria um “acinte ou desrespeito”, ; que 
não havia um capelão oficiante e sequer vestígios do culto católico, o 
que seria “heresia”; que o solar era frequentado diariamente por 
vizinhos e colonos que iam estudar a Bíblia e aprender as letras com 
a família, a qual se arvorava em preceptora das massas, visando a 
atraí-las para o culto da Reforma, e que portanto os Brethencourt de 
La-Chapelle eram positivamente nocivos não apenas ao governo de 
Carlos IX, como principalmente à Igreja!
Reginaldo escreveu longas páginas de relatórios 
minuciosos a seus superiores, sem manter 
conversação ou corresponder à amabilidade dos 
donos da casa, que procuravam cativá-lo de 
todas as formas. 
Mas aceitou o convite para no domingo a tarde 
assistir a filha caçula Ruth Carolina cantar ao 
som de uma harpa , ficando impressionado pelo 
canto e emotividade do desempenho da jovem.
Na tarde do quarto dia entregou a Carlos que retornara ao Castelo, a 
carta de Narbonne a qual relatava que os De La-Chapelle estavam 
sendo considerados revolucionários devido a grave denúncia 
recebida a seu respeito, como defensores da seita sacrílega de 
Martinho Lutero e João Calvino. E fazia uma advertência, por 
deferência aos ancestrais, leais cavaleiros das Santas Cruzadas, e 
como admiração pelas qualidades pessoais de Carlos Filipe, de quem 
ouviu reiterados elogios, aconselhando a prudente retirada da 
França, ou relegar a Reforma, aceitando o batismo da Igreja Católica 
Apostólica Romana perante as autoridades civis e eclesiásticas de 
Paris, antes que fosse tarde e severas reações se iniciassem. Indicou 
ainda o dever de agradecer a advertência ao amigo Artur de 
Louvigny- Raymond, que intercedeu a favor daquela família.
Mais a frente na trama quando Ruth Carolina, 
fazendo-se passar por Otília de Louvigny, já com o 
título de Condessa de Narbonne, é apresentada a 
Corte durante um baile, onde canta para o Rei e seus 
súditos, Reginaldo de Troulles a reconhece como a 
filha caçula dos De La- Chapelle. 
“Que fazer ante a crítica emergência?” 
Pensou em algumas atitudes:
1- Denunciar ao rei e a rainha?; 
2- Cumprir seu dever de amigo e admirador de homem 
íntegro e avisar Narbonne que fora vítima de 
engodo/traição?Mas como encontrar audácia para 
apresentar-se ao Capitão de Fé; 
3- Silenciar? Mas e seus deveres de consciência ante a 
realidade que feria a razão?...E seus deveres de militar 
zeloso do decoro social?; 
4- Chantagear e estorquir dinheiro de Ruth Carolina em 
troca de seu silencio ou proteção, a fim de ascender na 
sociedade? Mas teve medo do que Ruth seria capaz de 
fazer com ele.
Nem por um momento Reginaldo se permitiu imaginar 
que aquela jovem passava por compreensível 
desequilíbrio, conhecendo-se sua história de perda 
familiar de forma violenta, estando Ruth Carolina 
desesperada. 
Finalmente, decide transferir a responsabilidade com a 
situação em questão, alertando o Monsenhor de B. através 
de confissão na Igreja de Saint Germain, e hipocritamente 
pede conselhos para o que deveria fazer, sendo que 
Monsenhor agradece e pede segredo, caso contrário 
Reginaldo veria a própria ruína.
Militar sob ordens, simples cavaleiro sem terras 
nem haveres. Era circunspecto e rigoroso. 
Considerava-se amigo sincero de Luís de 
Narbonne. Era fanático religioso mais 
intransigente que aquele, sendo que permitiria o 
trucidamento da própria família se a julgasse 
prejudicial aos interesses da Igreja ou do trono. 
Revelou-se mercenário.

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  • 1. Estudo do livro de Yvonne do Amaral Pereira elaborado pelo grupo de Estudo de terças-feiras da Sociedade Espírita Renovação em 27.05.2014
  • 2. Grupo de Estudos Terças-feiras, 20h SER
  • 3. Romance passado na França, por volta do ano de 1572, relata a luta dos seguidores da reforma luterana e calvinista. Descreve a trama de duas mulheres unidas num processo de vingança e obsessão contra o responsável pelo massacre de sua família. Apresenta o pacto obsessor, descrevendo os personagens principais: Otília de Louvigny, noiva do pastor sacrificado Carlos Felipe; a irmã de Carlos, Ruth Carolina e Luís de Narbone, o Capitão da Fé, que em seu fanatismo sectário serve de instrumento ao clero e à rainha Catarina de Médicis nas atrocidades contra os protestantes. Narra o plano de conquista e o casamento de Ruth e Luís de Narbone com suas conseqüências atrozes. Relata a consumação da vingança, a perseguição, ainda no Plano Espiritual e o processo obsessivo nos dois planos de existência. Conclui, apresentando as condições dos personagens no Além e a necessidade da reencarnação para resgatar e aplacar as consciências culpadas e ultrajadas.
  • 4.
  • 5. I. Otília de Louvigny Chega ao Palácio de Raymond uma carruagem trazendo a jovem Ruth Carolina, única sobrevivente da família Brethencourt-de-la-Chapelle à perseguição dos hugenotes. Toma o nome da recém-falecida noiva de seu amado irmão Carlos Felipe, Otília de Louvigny-Raymond. Quando a tropa do Capitão da Fé - Luis de Narbonne - Ruth aparece no balcão e se faz notar pelo principal causador da morte de sua família, para quem arremessa uma rosa rubra.
  • 6. II. Uma Família de Filantropos Os Brethencourt-de-la-Chapelle viviam uma vida austera e trabalhosa no amanho da terra, em seu castelo às margens do Reno: O velho casal de Condes Carlos Felipe e Carolina, seus filhos varões Carlos Felipe II (médico, poeta e teólogo luterano), Clóvis e Felipe Eduardo (ex-oficiais militares); Felipe Rogério e Paulo Felipe (jovens estudantes de medicina) e a menina Ruth-Carolina. No início de agosto de 1572 chega a La Chapelle um oficial do Duque de Guise chamado Reginald de Troulles, trazendo uma carta de Luis de Narbonne advertindo-o quanto ao perigo de professar o protestantismo. Reginald vê Ruth cantando no jardim. Carlos dispensa Reginaldo de forma veemente. Ruth é envia para a casa de Otília.
  • 7. III. O Capitão da Fé Poucos dia após “São Bartolomeu”, numa tarde de domingo, Luis de Narbonne comanda pessoalmente o massacre de toda a família Brethancourt-de-la-Chapelle. Um por um tombam Carlos II, seus pais, seus irmãos, suas cunhadas, sobrinhos, os visitantes do dia e os vizinhos assistiam ao serviço dominical.
  • 8. IV. Pacto Obsessor Ruth é avisada da morte de sua família pelas mãos de Luis de Narbonne. A saúde de Otília está por um fio. Ambas tramam um plano de vingança. Ruth jura sobre a Biblia destruir o Capitão da fé. Otília morre. Ruth parte para Paris de posse do nome e da fortuna de Otília.
  • 9. V. Seu Primeiro Amor Narbonne, apaixona-se pela falsa Otília. Ele pede que ela o encontre na missa.
  • 10. VI. Eva e a Serpente A falsa Otília vai encontrá-lo na Igreja. Ela revela a intenção de oferecer seus serviços à Rainha. Luis tenta disuadí-la. Ela não cede. No Palácio é recebida por Catarina. A Rainha a desmascara, ao perceber sua semelhança com o irmão morto. Sem perder o controle, Ruth instiga a Rainha apresentando Luis como inimigo do trono. Ambas entram em acordo. Na manhã seguinte, emissário real parte em busca do irmão da verdadeira Otília, entregando-lhe novos encargos, com o intuito de afasta-lo por mais tempo da França.
  • 11. VII. Perfídia Ruth passa a servir como Dama da Corte de Catarina. Com o intuito de incompatibilizar Luis com o clero, Ruth e a Rainha envolvem Narbonne num escandaloso escândalo diante da corte. As Damas enciumadas acorrem para contar à Rainha as calúnias tramadas no leito de morte de Otília – que Luis seria filho bastardo do rei e por isso, teria direito ao trono.
  • 12.
  • 13. I. Estranhos Projetos Três cartas chegam ao Palácio de Narbonne: da Rainha (Convidando-o para comparecer á corte imediatamente), do Monsenhor de B... (Pedindo que ele se apresenta-se de imediato à presença de seu tutor e padrinho) e da falsa Otília( Despedindo-se dele). Luis corre ao Louvre e depois de se agastar com ele consegue a permissão para casar-se com “Otília”. Monsenhor de B... tenta alerta-lo, em vão.
  • 14. II. Núpcias Luis e “Otilia” casam-se no dia de finados daquele ano. Dama Blandina descobre que Ruth ama Narbonne.
  • 15. III. Consequências de um baile Quinze dias após, “Otília“ será apresentada à corte como esposa de Narbonne, num grande baile. Ruth canta diante da corte a mesma canção que cantava em seu antigo lar no Reno. Reginald de Troulles a reconhece. Corre ao Convento para avisar o Monsenhor que soube da morte de Otília dias após o enlace. Monsenhor vai visitar o filho adotivo em seu Palácio.
  • 16. IV. Anjo das Trevas Na manhã daquele mesmo dia Ruth recebera uma carta do Príncipe Frederico, seu antigo admirador, que confessa seu amor e o desejo de leva-la com ele para a Baviera. Encontrando-se à sós com Ruth o Monsenhor revela conhecer-lhe a real identidade. Ruth mente que se afastará de Narbonne. Em seus aposentos, escreve à Rainha dizendo que tomou ciência de um plano contra o trono, elaborado por Narbonne. Quando volta ao salão encontra Monsenhor junto ao pálido Luis que tem nas mãos a carta que confirma a morte da verdadeira Otília. Ruth chama pelo espectro vingativo da noiva de Carlos
  • 17. IV. Fim de um sonho Os esposos se confrontam. Monsenhor de B... e Reginald de Troulles tentam interferir e são ambos rechaçados por Narbonne. Luis toma-a nos braços, carrega-a pela casa, levando-a para a masmorra do castelo. Otília sussurra conselhos. Ruth diz ao esposo que deseja confessar-se. Pede que ele a leva até Saint-Germain, onde se casaram. Luis consente. Na igreja, Ruth pede ao marido que vá se confessar primeiro. Ruth sai da igreja para se encontrar com Blandida e o Príncipe Frederico deixando um bilhete para Narbonne.
  • 18.
  • 19. I. Um crime nas sombras Narbonne fica uma hora em confissão. Quanto volta encontra o bilhete da esposa pedindo que a encontre no Louvre. Catarina o rende e ele desaparece num calabouço.
  • 20. II. O destino de um cavaleiro Para a França Catarina diz que Narbonne morreu. Chega mesmo a sepulta-lo. No calabouço, Luis definha. Monsenhor de B... morre de desgosto. Luis morre no cárcere. Três anos haviam se passado.
  • 21. III. Parcelas do Mundo Invisível No mundo espiritual a alma de Luis visita os lugares onde viveu seu amor com Ruth. O espírito de Otília e o de Narbonne se enfrentam.
  • 22. IV. Como num Conto de Fadas Na Baviera, Frederico desposa Ruth. A antiga Condessa de Narbonne recebe carta ameaçadora da Rainha da França.
  • 23. V. Almas supiciadas Ruth enfrenta severa crise de consciência. Narbonne, depois de perambular pelo mundo, chega ao Castelo no Reno lá encontrando a inimiga espiritual. Otília só vê ruínas, mas Narbonne vê o palácio intacto.
  • 24.
  • 25. I. A Família Espiritual Dez anos de sua morte haviam se passado. Junto à família de La-Chapelle Luis reconhece a sua verdadeira família espiritual.
  • 26. II. Glória do Amor Narbonne é amparado pela Condessa Carolina, sua mãe espiritual.
  • 27. III. Antigo Pacto Luis reconhece seus filhos espirituais entre as crianças trucidadas na manhã de domingo de 1572. Ruth morre nos braços de Frederico.
  • 28. Final. A Magna Carta No mundo espiritual, reúnem-se os personagem traçando planos para planos futuros.
  • 29. Grupo: Marisa, Maria Chede, Gilana, e a Zilda
  • 30. “A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes que lhe possam desferir. Uma é sempre ansiosa, de sombria suscetibilidade e cheia de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade.”
  • 31. “Ai daquele que diz: nunca perdoarei. Esse, se não for condenado pelos homens, sê-lo-á por Deus. Com que direito reclamaria ele o perdão de suas próprias faltas, se não perdoa as dos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que cada um perdoe ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. ” Kardec, Allan. O evangelho segundo o espiritismo, cap. X, item 4
  • 32. Segundo a própria autora Yvonne do Amaral Pereira, o livro NAS VORAGENS DO PECADO não é ficção. Nele ela descreveu sua própria trajetória em vida passada quando possuía a personalidade de Ruth Carolina.
  • 33. Quando Ruth vivia rodeada de carinho, estima e segurança era alegre e feliz... quando a dor e a tristeza visitaram sua intimidade optou por emoções e sentimentos inferiores como o ódio vingança, intriga, dando espaço para obsessão. Tornou-se insuportável sua situação no Além Tumulo: Sentiu remorsos, vergonha, tristeza, revolta, culpa... Somos imortais! A vingança gera auto castigo. Devemos perdoar não sete vezes, mas até setenta vezes sete... O obsessor só persegue porque os desejos, pensamentos e inclinações do obsidiado se afinam com o obsessor... As lições do Cristo, respeitadas e amadas, a prece extraída do coração liberta facilmente do julgo obsessor. Reencarnação é oportunidade.
  • 34. “O Homem sofre sempre a consequência de suas faltas; não há uma só infração à Lei de Deus que fique sem a correspondente punição. A severidade do castigo é proporcional à gravidade da falta. Indeterminada é a duração do castigo, para qualquer falta: fica subordinada ao arrependimento do culpado e ao seu retorno à senda do bem; a pena dura tanto quanto a obstinação no mal; seria perpétua, se perpetua fossa a obstinação; dura pouco, se pronto é o arrependimento. ” Kardec, Allan O evangelho segundo o espiritismo, cap. XXVII, it 21.
  • 35. Nem sempre conseguimos perceber. Os processos obsessivos, vastas vezes, porém principiam de bagatelas: O olhar de desconfiança... O momento de irritação... Um grito de cólera... A tristeza sem motivo... Uma frase pejorativa... O instante de impaciência... A ponta de sarcasmo... A indisposição descontrolada... Estabelecida a ligação com as sombras por semelhantes tomadas de invigilância, eis que surgem as grandes brechas na organização da vida ou na moradia da alma: A desarmonia em casa... A rede de intriga... .
  • 36. A discórdia no grupo da ação... a treva do ressentimento... O fogo da crítica... A discussão infeliz... O veneno da queixa... O afastamento de companheiros... A doença imaginária... A rixa sem propósito... As obsessões que envolvem individualidades e equipes quase sempre partem de inconveniências pequeninas que devem ser evitadas, qual se procede com o minúsculo foco de infecção. Para isso, dispomos todos de recursos infalíveis, quais sejam a dieta do silêncio, a vacina da tolerância, o detergente do trabalho e o antisséptico da oração. Emmanuel /Psicografia de Chico Xavier .
  • 37. Nome: Ruth Carolina de Brethencourt de La-Chapelle Filha : Condes Felipe de Brethencourt de La-Chapelle e Carolina de Clairmont Cinco(5) irmãos varões mais velhos do que ela Carlos Felipe II – Médico e Teólogo Luterano Clovis Felipe e Felipe Eduardo – Oficiais Militares Felipe Rogério e Paulo Felipe – Estudantes de Ciências Médicas Eram, portanto intelectuais de elevada formação, estudiosos, cultos mental e moralmente avançados para a época em que viviam. Ruth, jovem de radiosa formosura, angelical e graciosa qual uma figura de lenda, cuja firmeza de caráter e elegância. Encantamento dos pais e da família, anjo bem-amado, nascera quando maior era o entusiasmo de seus pais e irmãos pela crença da Reforma. .
  • 38. Dado pela espiritualidade responsável pela sua reencarnação, a grande oportunidade do aproveitamento para o seu espírito evoluir. 1. A família com espíritos amigos 2. A fé religiosa 3. O corpo saudável e belo 4. A proteção dos familiares e amigos 5. Condições materiais Quando do massacre aos protestantes, única sobrevivente da família La- Chapelle, Ruth, entrega ao desespero e lágrimas. Ruth Carolina perde toda sua família, seu lar, suas posses... Sua dor é intensa que ela optou pelo sombrio caminho da vingança. A infeliz jovem teve a própria alma e o destino comprometidos por período seculares , que não se encerraram nos dias atuais. Não buscou refugio na oração, na fé ensinada pela família, nos conselhos do seu querido irmão, Carlos Felipe II, que lhe intuía ao perdão. A orientação de Gregório, o servo fiel. Não se comunicara com Frederico ( o noivo ) de sua pessoa desinteressada, por ela imaginada, ressentida, por não vê-lo chegar à sua procura como amigo que era da família. E uma revolta íntima sombreou sua alma ( Frederico não foi ao seu encontro por ter tido a notícia de que ela, morrera.)
  • 39. Por grande amor em forma de proteção os La-Chapelle resolveram enviar, a casula, Ruth, para o convívio de OTÍLIA DE LOUVIGNY, aliança entre as duas famílias, para as núpcias de seus filhos, Carlos e Otília, amigas que se amavam como irmãs. Seria o refúgio perfeito, se a tragédia não as levassem para as garras da obsessão e alta -obsessão. Após se certificar como ocorreu com a digna família, trucidada, Ruth, aterrorizada, infeliz, indecisa ante a própria inexperiência seguindo o conselho do mesmo vizinho que mandara avisar do acontecimento a retornar ao Solar de Louvigny, abrigando-se ao lado de Otília. Ela, refletiu, que sua querida Otília se encontrava gravemente enferma e que impossível seria abandoná-la em momento tão dramático. A alma infeliz que não sendo bastante generosa e heroica para perdoar e esquecer as ofensas recebidas e voltar-se para amor de PAI TODO PODEROSO em cuja crença encontraria refrigério na alma. Mas a infeliz sobrevivente prefere irradiar sinistras correntes transmissoras de sentimentos ímpios agressivos, entrando em sintonia com os de Otília.
  • 40. Duas almas em conúbios. Revolta, sintonia, o mesmo objetivo da vingança. O jovem capitão da Fé, Luís de Narbonne, responsável pelo experminio do bem amado Carlos e os protestantes do Reno. Otília , doente, traça o terrível plano diabólico, cruel , e , estabelecendo um pacto aterrorizador, Ruth, aceita. Entre muitas coisas Otília promete obsidia lá após a sua morte, orientando e protegendo na realização macabra. Aí começa a grande tragédia desses espíritos nesta encarnação. Dores, sofrimentos, ódio, paixão, por fim o resgate. Ruth renegara o respeito à própria crença para melhor servir os soezes interesses – vingança.
  • 41. Segue na arte da intriga, na dissimulação sobre humana. Faz outra aliança, desta vez com a soberana RAINHA CATARINA, que usou a grande fraqueza moral desta que se fez de cobradora contumaz na vereda do ódio. Perigosa e cruel aliança, que não termina com a morte do conde Luís, se estende por longos anos de resgate de dívidas contraída nesta encarnação. Uma vez culminada a missão que se impusera, Ruth, foge sobre o amparo do conde Frederico para as terras além do rio Reno, casa com ele. Mas Ruth entra na auto obsessão. O remorso, a falta de fé, as ligações malfazeja espirituais a castigavam trazendo sofrimentos à todos que lhe eram testemunhas do seu cair na degradação humana.
  • 42. DEZ ANOS SE PASSARAM... Vamos encontrar a família espiritual. No trabalho do resgate das almas envolvidas na tragédia moral que envolveu todos os La-Chapelle. Após um período na pátria espiritual foram convidados a reencarnação de provas e expiação, Luís e Ruth. Ruth estaria tendo há oportunidade de escrever na página da VIDA um novo capítulo.
  • 43. Ana Carolina, Maria Elisa Spinelli, Maria Morotti, Péricles, Tainete e Walessa.
  • 44. Poder e Religião. Reforma protestante (Luterana e Calvinista) – ameaça política. Massacre de São Bartolomeu – interesses políticos.
  • 45. A formação: Diziam ser filho bastardo do rei Henrique II. Foi abandonado pela mãe e criado pelo Monsenhor de B. (superior do convento em que foi criado) a quem tinha como pai. Seus títulos lhe foram doados pelo rei, a instância do clero;
  • 46. A formação: Devoto estudante de teologia; Queria ser sacerdote; Foi criado em um convento, recebendo distinta educação; Recebeu instrução militar; Era aliado sincero do Duque de Guise e fiel servidor do trono e da rainha Catarina.
  • 47. A personalidade – características positivas: Fiel aos dogmas aos quais tinha sido apresentado desde a infância; Leal – “incapaz de uma deslealdade em qualquer setor em que emprestasse suas energias”; Nobre, valoroso... Segundo as tradições; Era amável e bondoso para com os servos, que o amavam;
  • 48. A personalidade – características positivas: Homem culto e de retidão de caráter (dentro daquilo que professava); Ótimo administrador; Humildade – quando no cárcere.
  • 49. A personalidade – características negativas: Conservador; Fé irracional – fanatismo religioso: “A fé acima de tudo”. Orgulho e paixão sectarista; Obcecado em suas crenças (Fé cega).
  • 50. A paixão por Ruth (Otília de Louvigny): Quando a conheceu desarmou-se... “Desejava amar e ser amado, padecer por amor, exaltar-se de alegria e felicidade pelo amor, dar-se inteiramente, fervorosamente, apaixonadamente...” Era terno, amável, amigo; Porém... Fanático no amor! – Carência afetiva!
  • 51. A prisão e a desencarnação: Sofrimento! Porém... Coração jovem e amoroso... Que não sabia odiar! Ainda amava Ruth fervorosamente! Grande arrependimento e desejo de regenerar-se!
  • 52. NECESSIDADE DE AMOR! “Filho bastardo de um rei... assinalado, portanto, pela desgraça, desde o berço... privado dos carinhos maternos, que não conseguiram reter junto de si aquele que trazia nas veias um sangue adulterino, conquanto real... As disciplinas férreas do Convento... Os rigores do quartel... As devoções religiosas como único atrativo de uma vida sem alegrias... Catarina de Médicis e sua política malsinada... São Bartolomeu... Sangue! Horror! Sua indébita aliança com os Governos provinciais para a caça aos "huguenotes"... As margens do Reno... A família de La-Chapelle... Otília de Louvigny encobrindo a personalidade de Ruth, "a linda princesa dos cabelos de ouro", que lhe transformara a vida, reduzindo-o àquele impressionante destino...
  • 53. NECESSIDADE DE AMOR! “... Amo-te, condessa!... Enlace matrimonial... Traição de amor... Amor... Sentimento da alma cuja grandeza e lealdade ajudá-lo-iam a galgar as escarpas do progresso moral .... Atirado a um calabouço infecto... Martirológio na prisão foi cruel... Finalmente dormiu... Crente fanático de coração simples... Criminoso sinceramente arrependido ... Coração jovem e amoroso, que não sabia odiar... Inebriado sempre numa saudade de amor... Deus Pai... ‘um lar só poderá ser fundamentado no amor... E eu nunca me senti amado... Minha mãe... Meu pai... Onde se encontraram eles... Minha família... Família de Brethencourt de La-Chapelle!”
  • 54. “A prece, por singela e pequenina que se irradie de um coração sincero, adquire potências grandiosas, capazes de se espraiarem pelo infinito até alcançar o seio amantíssimo do Eterno.”
  • 55. Grupo: Fatima Antunes, Laudelina Renata, Roseli, Terezinha e Vera Pereira
  • 56. Foi padrinho, mestre e pai adotivo de Luís de Narbonne. Superior do Convento Dominicano, criara e educara Luis e como seu tutor e padrinho, Luis devia obediência e nutria profundos laços de estima e respeito. Passou todos os valores morais à Luís de Narbonne, bem aconselhando-o durante vários momentos na história.
  • 57. 1º Conselho: Monsenhor de B. homem experiente, coração habituado a longas ponderações, conversa com Luis de Narbonne e o aconselha a desistir da perseguição aos ¨huguenotes¨, compromisso que tinha assumido com Guise e Catarina, prevendo assim, consequências graves. Conheceu o Conde Filipe de La Chapelle e não os considerava revolucionários, assim intercedendo por eles.
  • 58. “ – Luís, meu filho! Desgostam-me sobremodo os compromissos que assumiste com Guise e Catarina para um perseguição a ¨huguenote¨... Prevejo consequências calamitosas para esse empreendimento estranho... e observo que existem aí mais interesses políticos e dinásticos que mesmo religiosos... Detém-te, por quem és! E deixa em paz, no seu rincão, os inofensivos de La-Chapelle...” (Nas Voragens do Pecado, p. 49)
  • 59. 2º Conselho: Também intercedeu aconselhando Luís de Narbonne, estudante de teologia, a retirar-se para a Espanha, pátria de sua mãe, a se ordenar para ter no Clero um refúgio seguro e não se casar. “ – Temo por ti, meu filho! O coração segreda-me algo indefinível... Sinto esvoaçar ao derredor de nós qualquer coisa de perturbador, que atordoa e angunstia...(...)” (Nas Voragens do Pecado, p. 133)
  • 60. Monsenhor de B. estranha a súbita simpatia entre Otília e Catarina, esta que todos sabiam ser desgostosa da existência de Luís. “ – Ignoras porventura, Luís, que a Rainha te odeia inexplicavelmente, e projeta a tua perda para a primeira ocasião?... Por que se mostra agora tão amável?(...)” (Nas Voragens do Pecado, p. 133)
  • 61. Porém, desesperado com a teimosia de seu pupilo, sugere que em último caso Luís tome Otília como amante o que acaba por precipitar o fim da conversa, pois Luís se sente chocado ao ouvir absurda hipótese.
  • 62. 3º Conselho: Após reunir indícios da verdadeira identidade da Condessa de Louvigny-Raymond - que Monsenhor de B. obteve no Convento de Ursulinas onde a verdadeira Otília ficara internada por sua própria recomendação ao seu irmão, o Coronel Artur de Louvigny-Raymond - tendo como testemunha Reginaldo, leva ao conhecimento de Luís de Narbonne a verdadeira identidade da pessoa a qual ele havia se casado. Não era Otília, mas Ruth- Carolina de La Chapelle, uma ¨huguenote¨.
  • 63. Mesmo tendo o intento de contar toda a verdade à Luís, pensa numa forma justa de resolver o problema: “ Ajamos, contudo, com inteligência e humanidade...devido entre os que se proclamam cristãos...Não desejamos sua perda...(...)” (Nas Voragens do Pecado, p. 170)
  • 64. Inspirado por entidades benfazejas decidiu conversar antes com Ruth sugerindo-lhe que se afastasse de Luís e que ele, Monsenhor de B., o consolaria, porém não conseguiu sensibilizar o coração de Ruth. Então, ao ver o desespero de Luís, seu querido pupilo, e a paixão que nutria por sua esposa, não viu outra solução que a de tudo contar para Catarina da terrível serpente que haviam agasalhado.
  • 65. Quando Luís de Narbonne desaparece, Monsenhor de B. procura incessantemente pelo filho, acredita estar sendo ajudado pela Rainha Catarina, suplica aos bispos das dioceses, pede e conta com a ajuda dos antigos companheiros de Luís e até de sua majestade o Rei Carlos IX, porém um ano depois, o próprio Rei diz não haver mais nada a fazer. Este foi o golpe mortal para Monsenhor de B. que: “ (...) já bastante alquebrado pela idade e os achaques, adoeceu, e, dois meses depois, entregava a alma ao Criador, inconsolável pela desventura que se abatera sobre o infeliz menino a quem amara como a um próprio filho.” (Nas Voragens do Pecado, p. 258)
  • 66. No plano espiritual, a família de Ruth-Carolina relata que Monsenhor de B. foi, no momento supremo, o eco de suas vozes que aconselhavam-na a partir e não concluir a traição, o que, infelizmente, não foi aceito por esta.
  • 67. Cida Menezes, Amanda, Sérgio e Elisa
  • 68. A Amanda vai pedir a todos para apagar a luz. Amanda fala: - Vamos receber dois espíritos que são colaboradores do Ministério da Reencarnação, Eles vão analisar a memória espiritual de dois espíritos que viveram na França no século XVI. Chamo agora Denis e Ameli. Entra o Denis (Sérgio) e Ameli (Elisa) com os tablets. Inicia com o diálogo: - Hoje vamos analisar dois espíritos que estão se preparando para uma nova oportunidade na Terra. - Vamos começar pelo Príncipe Frederico?
  • 69.
  • 70. Nessa época, príncipe Frederico tinha 28 anos. Era esbelto e nobre, simples e comedido, culto e honrado. Fervoroso adepto da Reforma Protestante, era discípulo de Carlos Filipe, cultuava o Evangelho com desprendimento e solicitude, digno de um fiel cristão. Frederico passava longas temporadas no castelo com Carlos Filipe, onde com este se instruía em assuntos da nascente teologia reformista e na ciência do Evangelho. Daí datava sua afeição por Ruth, quase fraterna, a quem estranho destino aguardava.
  • 71. Após Carlos Filipe II informar ao “correio” que não iria sair da França e, de suas terras. Sua mãe opinava que todos deveriam abandonar o Castelo e, ir para a Alemanha. No entanto, os varões da família, insistiam que apenas as mulheres e as crianças atravessassem o Reno e ficassem temporariamente hospedados com o Príncipe Frederico, com quem se firmara um contrato de aliança matrimonial para Ruth Carolina.
  • 72. Ruth Carolina retorna, precipitadamente, à sua terra natal e, constata, em desespero, que toda sua família havia sido trucidada; suas terras haviam sido depredadas e, as messes incendiadas. De início, a jovem Ruth pensou na possibilidade de transpor o Reno, procurar o Príncipe Frederico ou enviar um emissário, solicitando sua proteção.
  • 73. Ruth mal conhecia o projeto de casamento estabelecido entre sua família e o príncipe, que envolvia ela própria. Então, decidiu que seria impossível abandonar Otília em momento tão dramático, entendendo como dever sagrado, balsamizar a dor de Otília com sua presença, o qual, seria um lenitivo para ela mesma.
  • 74. Ruth Carolina já estava agora na Alemanha, hospedada por um pequeno nobre, antigo e fiel amigo de sua família: Príncipe Frederico. Ela dormia profundamente, por 3 dias. Aos pés da cama de Ruth, Príncipe Frederico murmurava com Blandina, que havia prometido aos pais de Ruth e, ao seu irmão Carlos Felipe II, que iria velar por ela e torná-la feliz. Assim que a ocasião permitisse. Ele iria desposar e, cumprir com sua promessa.
  • 75. Com a assistência de vários fidalgos da redondeza onde morava e, com membros de sua família, que Frederico mandara avisar e convidar, e rodeados por aldeões, que entoavam cânticos usuais nas cerimônias luteranas, um representante da Reforma unia em matrimônio a jovem Ruth e o príncipe Frederico.
  • 76. Frederico era um esposo afável e paciente, portador de bondade só comparado a sua própria honradez, que rodeava a infeliz esposa de todas as atenções e solicitudes possíveis a um coração de boa-vontade, procurando levá-la a esquecer o passado precipitoso. Cuidou de Ruth até o final de sua vida... Cumpriu sua promessa! - Agora vamos para o segundo!
  • 77.
  • 78. Varão dos Brethencourt de La-Chapelle. Médico, poeta, teólogo luterano e missionário. Amado e respeitado pela sua família. Tinha quatro irmãos. A mais nova era Ruth. Era considerado o segundo pai de Ruth, tinha uma predileção sublime pela irmã. Carlos Felipe tinha uma preocupação social de atender a todos com igualdade.
  • 79. Compromisso com Otília, porém sua alma aspirava, de preferência, o amor divino. Desejava amar a humanidade e não somente a uma esposa. Desejava servir a todos os infelizes e não somente a uma prole oriunda do seu sangue.
  • 80. Recebimento da epístola do Capitão da Fé, Luís de Narbonne Conteúdo: uma gravíssima denúncia por propagar a seita sacrílega de Martinho Lutero. Pedido da carta: abandonar a França com toda a sua família ou relegar a Reforma e aceitar o batismo da Igreja Católica. Resposta: Carlos Felipe diz que é um pedido impertinente para ser aceito por um homem de honra. Ele agiu com coragem por ser um entusiasta do seu arrebatador ideal.
  • 81. A família se reúne para ouvir a opinião de todos depois da carta do Capitão da Fé. Ruth é a única que não participa. A maioria decide ir embora e Carlos Felipe dá a sua opinião. Ele diz: “ide, portanto, mas eu ficarei porque como médico não poderei abandonar os meus pobres pacientes ao sabor dos próprios achaques e como pastor de almas hei de oferecer-lhes o exemplo da fé e da honra do Evangelho na hora dos inevitáveis testemunhos”. A família resolve consultar Jesus. Eles abrem a Bíblia e leem o trecho que diz “se alguém quiser vir nas minhas pegadas, renuncia a si mesmo, toma a sua cruz e siga-me, porquanto, aquele que se quiser salvar a si mesmo perder-se- á; e aquele que se perder por amor de mim e do Evangelho, salvar-se-á”, Mateus, X,39. A família decide levar Ruth para a casa de Otília até que o momento de conflito passe.
  • 82. Carlos Felipe, o fiel pregador evangélico, estava reunido para a comunhão com o Céu no interior de um anfiteatro na residência dos La-Chapelle. Ele ocupava a tribuna quando o local foi invadido. Ele, então, diz: “Tende bom ânimo, irmãos. Jesus estará conosco. Soou o momento do nosso supremo testemunho. Lembremo-nos dos primeiros cristãos, que por amor à palavra do mestre, morreram sorrindo e cantando à frente dos leões... O Senhor honra-nos com a glória do martírio por seu nome... conhecemos a sua verdadeira palavra! Estaremos, portanto, preparados para sabermos morrer perdoando aqueles que nos ferem!...” O chefe da tropa se aproxima dele. Com serenidade, Carlos pede clemência a todos e que as tropas prendam somente a ele, o responsável. O pedido não foi atendido e todos, pais, irmãos, cunhadas, sobrinhos e visitantes do dia, são exterminados, inclusive Carlos Felipe. Ele morreu com 32 anos.
  • 83. Luís Narbone, após pedir ajuda aos céus, é atendido. Ele é dirigido ao lar da família La-Chapelle, formosa instância em cores delicadas e resplandecentes. Era o lar paterno, o sacrossanto asilo onde gostaríamos todos de nos refazer das amarguras que nos excruciam a existência. Ao adentrar ao lar, ele vê na tribuna Carlos Felipe, com o Evangelho do Senhor aberto à frente. A leitura era a seguinte: “vinde a mim, vós que sofreis e estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Aprendei comigo, que sou humilde e manso de coração e encontrareis descanso para as vossas almas porque o meu peso é suave e o meu julgo é leve”. Luís de Narbone diz: “sim, era bem ele! Carlos, o irmão que Ruth adorava”.
  • 84. Ruth desejava muito rever o irmão no plano espiritual. A mãe dela, Carolina, diz a ela: “Há um meio, minha filha, de poderes reconquistar o direito de te reunires a teu Carlos, assim como a todos que te amam. Um Deus Criador e Todo-Poderoso existe cujas leis perfeitas, imutáveis, eternas que tu repeles porque ainda não as pudeste compreender, prescreve a supremacia do Amor governando o destino das criaturas...”. Ruth aceita uma nova oportunidade e recebe de presente um pequenino volume, uma carta de Carlos Felipe.
  • 85. Minha Ruth! Será necessário, indispensável, mesmo urgente, o teu retorno a uma existência nova, na sociedade terrena, a fim de reparares as afrontas que tuas inconsequências fizeram a ti mesma, a tua consciência de descendente dos Ser Divino e Criador, que rege o universo sem fim... Volta à Terra, minha Ruth... Renasce em outro corpo. Vai... Não procures outro recurso porque não encontrarás, não terás outro, não haverá outo!
  • 86. E ainda hoje Carlos Felipe, Carolina, o velho Conde, venerando chefe da amorável família de La-Chapelle, guiam, do mundo invisível, os vultos tristes de Ruth, de Luís e de Otília. - O que Carlos Felipe e o Príncipe Frederico tinham em comum? - O amor fraterno por Ruth e o desejo de protegê-la. Levantam-se falam e saem: - E Ruth? Onde estará Ruth? - Vamos lá? Levar as nossas anotações para os nossos superiores......
  • 87. Grupo: Fatima Antunes, Laudelina Renata, Roseli, Terezinha e Vera Pereira
  • 88. Reginaldo de Troulles oficial da guarda pessoal do Sr. Duque de Guise, foi enviado por ordem de Luís Narbonne ao Castelo de La-Chapelle , com mais três cavaleiros armados, era portador da importante epístola destinada a Carlos Filipe II que estava ausente, assim o oficial permaneceu três dias na residência dos de La Chapelle. Foi recebido pelo Conde Carlos Filipe de Brethencourt de La–Chapelle de forma cortes e aguardou paciente e impenetrável
  • 89. Nesse tempo observou através de suas lentes de prevenções religiosas e más intenções ,os hábitos da família ,que ali “ousavam tratar do Evangelho de Jesus Cristo” a noite, o que do seu ponto de vista, certamente seria “abuso sacrílego”. Verificou que os de La- Chapelle não se submetiam a nenhum dogma ou prática religiosas recomendados pelo rito romano; que não existia capela ou campanário no Castelo, o que seria um “acinte ou desrespeito”, ; que não havia um capelão oficiante e sequer vestígios do culto católico, o que seria “heresia”; que o solar era frequentado diariamente por vizinhos e colonos que iam estudar a Bíblia e aprender as letras com a família, a qual se arvorava em preceptora das massas, visando a atraí-las para o culto da Reforma, e que portanto os Brethencourt de La-Chapelle eram positivamente nocivos não apenas ao governo de Carlos IX, como principalmente à Igreja!
  • 90. Reginaldo escreveu longas páginas de relatórios minuciosos a seus superiores, sem manter conversação ou corresponder à amabilidade dos donos da casa, que procuravam cativá-lo de todas as formas. Mas aceitou o convite para no domingo a tarde assistir a filha caçula Ruth Carolina cantar ao som de uma harpa , ficando impressionado pelo canto e emotividade do desempenho da jovem.
  • 91. Na tarde do quarto dia entregou a Carlos que retornara ao Castelo, a carta de Narbonne a qual relatava que os De La-Chapelle estavam sendo considerados revolucionários devido a grave denúncia recebida a seu respeito, como defensores da seita sacrílega de Martinho Lutero e João Calvino. E fazia uma advertência, por deferência aos ancestrais, leais cavaleiros das Santas Cruzadas, e como admiração pelas qualidades pessoais de Carlos Filipe, de quem ouviu reiterados elogios, aconselhando a prudente retirada da França, ou relegar a Reforma, aceitando o batismo da Igreja Católica Apostólica Romana perante as autoridades civis e eclesiásticas de Paris, antes que fosse tarde e severas reações se iniciassem. Indicou ainda o dever de agradecer a advertência ao amigo Artur de Louvigny- Raymond, que intercedeu a favor daquela família.
  • 92. Mais a frente na trama quando Ruth Carolina, fazendo-se passar por Otília de Louvigny, já com o título de Condessa de Narbonne, é apresentada a Corte durante um baile, onde canta para o Rei e seus súditos, Reginaldo de Troulles a reconhece como a filha caçula dos De La- Chapelle. “Que fazer ante a crítica emergência?” Pensou em algumas atitudes:
  • 93. 1- Denunciar ao rei e a rainha?; 2- Cumprir seu dever de amigo e admirador de homem íntegro e avisar Narbonne que fora vítima de engodo/traição?Mas como encontrar audácia para apresentar-se ao Capitão de Fé; 3- Silenciar? Mas e seus deveres de consciência ante a realidade que feria a razão?...E seus deveres de militar zeloso do decoro social?; 4- Chantagear e estorquir dinheiro de Ruth Carolina em troca de seu silencio ou proteção, a fim de ascender na sociedade? Mas teve medo do que Ruth seria capaz de fazer com ele.
  • 94. Nem por um momento Reginaldo se permitiu imaginar que aquela jovem passava por compreensível desequilíbrio, conhecendo-se sua história de perda familiar de forma violenta, estando Ruth Carolina desesperada. Finalmente, decide transferir a responsabilidade com a situação em questão, alertando o Monsenhor de B. através de confissão na Igreja de Saint Germain, e hipocritamente pede conselhos para o que deveria fazer, sendo que Monsenhor agradece e pede segredo, caso contrário Reginaldo veria a própria ruína.
  • 95. Militar sob ordens, simples cavaleiro sem terras nem haveres. Era circunspecto e rigoroso. Considerava-se amigo sincero de Luís de Narbonne. Era fanático religioso mais intransigente que aquele, sendo que permitiria o trucidamento da própria família se a julgasse prejudicial aos interesses da Igreja ou do trono. Revelou-se mercenário.