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História do Brasil Prof. Lamarão
Prof. Ms. Marco Lamarão
Da Ilha de Vera Cruz ao Brasil.
Em 1500, Pedro Alvarez Cabral
aportava no “Novo Mundo” a fim
de tomar posse daquilo que ele
imaginava ser uma ilha. Por isso,
denominou as nossas terras com
o nome de “Ilha de Vera Cruz”.
Somente em 1527, devido a
importância que o Pau-Brasil
adquiriu neste período, que aqui
se denominou Brasil.
Permanecendo cerca de um
mês no Brasil e realizando duas
Missas, Cabral manda retornar a
Portugal uma de suas 13 naus
com a “Carta de Achamento”,
documento escrito pelo escrivão
oficial da expedição, Pero Vaz de
Caminha. Nela, se informava ao
Rei o “achamento” de Terras sob
seus domínios, bem como trazia
as primeiras impressões desta
terra ao Rei. O uso do termo
“achamento”, utilizado pelo
escrivão, tem sido utilizado por
alguns especialistas com
argumento em favor da Teoria
da intencionalidade da viagem
de Cabral ao Brasil.
Nesta carta, Caminha descreve
a falta de, à primeira vista,
metais preciosos ou artigos que
pudessem ser comercializados. A
descrição dos índios, neste
documento, revela certa
simpatia pela população nativa,
que é tratada, a partir da imagem
de um povo ingênuo e, portanto
desprovido de tanto
conhecimento ou maldade, e por
isso, passíveis de serem
catequizados. Contudo, a reação
dos portugueses com os nativos,
se comparada com a reação dos
espanhóis, pode ser considerada
“menos entusiasmada ou
surpresa”. Isto se deve, em
grande medida, pelos
portugueses terem quase 80
anos a mais de contatos com
outras culturas que os
espanhóis.
Não havendo, portanto, artigos
que pudessem ser
comercializados na Europa, os
primeiros anos após o
descobrimento foi marcado por
um relativo desinteresse dos
Portugueses com as terras de cá.
Este relativo desinteresse se
explicava, em grande parte, pelo
lucrativo comércio que
representava as Índias naquele
momento. Daqui levou-se “Pau-
Brasil”, importante madeira para
a confecção de móveis,
instrumentos e navios, devido a
sua resistência e também para o
tingimento de roupas, graças a
seu miolo avermelhado. Além do
“Pau-Brasil”, papagaios e araras,
alguns índios e algumas frutas
exóticas foram levados para
Portugal, para o reconhecimento
das cortes lusitanas.
Fragmentos d´A Carta de
Achamento:
“(...)A feição deles é serem pardos,
um tanto avermelhados, de bons
rostos e bons narizes, bem feitos.
Andam nus, sem cobertura alguma.
Nem fazem mais caso de encobrir
ou deixa de encobrir suas vergonhas
do que de mostrar a cara. Acerca
disso são de grande inocência. (...)”
“Até agora não pudemos saber se
há ouro ou prata nela, ou outra coisa
de metal, ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em é de muito bons
ares frescos e temperados como os
de Entre-Douro-e-Minho, porque
neste tempo d'agora assim os
achávamos como os de lá. Águas são
muitas; infinitas. Em tal maneira é
graciosa que, querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela tudo; por
causa das águas que tem!”.
Contudo, se o Pau- Brasil não
era suficiente para mobilizar o
interesse dos portugueses, o
mesmo não se poderia dizer dos
franceses que passaram a fazer
visitas sistemáticas ao nosso
litoral. Questionavam o Tratado
de Tordesilhas e reivindicavam o
princípio romano do “utis
possidetis” que afirmava que o
direito da propriedade da terra é
daquele que, efetivamente,
ocupa-a.
Desta maneira, visando
organizar estas diferentes
condições, os portugueses
passam a organizar expedições
2
História do Brasil Prof. Lamarão
com o objetivo de reconhecer e
explorar o terreno (Expedições
de Reconhecimento) e outras
tinham como maior objetivo
proteger o litoral brasileiro de
“invasores” (Expedições guarda-
costas).
A EXPLORAÇÃO DO PAU-
BRASIL
O Pau-Brasil passaria a ser
explorado sob o Regime de
Estanco, ou seja, permitido
somente sob autorização régia.
Em 1504, foi criada a primeira
feitoria no Brasil (depósito
fortificado) pelo grupo que
adquiriu o direito do
comercializar o Pau-Brasil.
Segundo o acordo, este grupo-
liderado por Fernando de
Noronha- deveria mandar ao
Brasil seis naus por ano e
explorar, no mesmo período,
300 léguas da costa. Graças aos
seus serviços prestados à Coroa,
Fernando de Noronha foi
agraciado com a primeira
Capitania Hereditária Brasileira,
a então ilha de São João.
A exploração do Pau-Brasil
Para a exploração do Pau-Brasil
os portugueses se utilizaram da
força de trabalho indígena,
através do escambo. Embora o
escambo seja a troca de
mercadoria por outra
mercadoria, no caso brasileiro,
os portugueses trocavam
mercadorias de baixo valor (no
entanto muito admirados pelos
índios como espelhos, talheres,
colares, pentes, etc.) por
trabalho indígena. Era
responsabilidade do índio a
derrubada da árvore, seu
transporte à feitoria, bem como
prepará-la para o
armazenamento onde, somente
então, ele seria agraciado com as
bugigangas lusitanas.
A última das grandes
expedições foi a de Martim
Afonso de Souza e tinha como
objetivo primordial a ocupação
do território, ampliar o
conhecimento cartográfico
sobre a terra e expulsar os
barcos franceses. Esta expedição
marca uma virada na política
régia com relação ao Brasil.
Devido a constante ameaça dos
franceses nestas terras, além da
queda de lucro no comércio com
as Índias (motivada pela
concorrência), O Brasil passa a,
pouco a pouco, ganhar
importância no Império
ultramarino lusitano e, não
tardará muito, se tornará a mais
importante de todas as colônias
portuguesas.
Assim, em 1532, foi fundada a
Vila de São Vicente, primeiro
núcleo de povoamento efetivo
no Brasil. Ainda neste ano, a
Coroa Real irá estimular a
ocupação do território através
das Capitanias Hereditárias.
Para tanto, era necessário a
produção ou cultivo de algum
artigo que fosse valorizado na
Europa. O produto escolhido foi
o açúcar. Desta maneira, chega
ao fim o período que
denominamos Pré-colonial.
AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Devido a falta de recursos da
Coroa portuguesa para realizar o
povoamento de sua colônia no
Novo Mundo, esta preferiu
transferir a responsabilidade da
ocupação e do povoamento para
particulares. Foram escolhidos
médios e grandes comerciantes
para esta empreitada, dividiu-se
o território em 14 faixas de terra
(ou 15 se contado Fernão de
Noronha) e delegou-se, cada
uma desta faixa a um
responsável. Eram as capitanias
hereditárias.
As Capitanias Hereditárias
eram regulamentadas por dois
documentos básicos: (1) A Carta
de Doação (que permitia ao
donatário ao exploração e uso
da terra, contudo, a posse ainda
era do Rei); (2) Carta Foral que
estabelece os Impostos devidos
a Coroa pelo donatário, bem
como os direitos e deveres do
donatário. Dentre estes direitos
estava a possibilidade de doar
um pedaço de terra a outro
colono: a sesmaria. Uma
3
História do Brasil Prof. Lamarão
obrigação (quase nunca
comprida) era a obrigação da
exploração da terra em um
período máximo de 5 anos. O
donatário era, assim, a
autoridade maior dentro da
capitania.
As Capitanias Hereditárias
Não é possível afirmar que esta
medida tenha tido o sucesso
esperado, afinal das 14
Capitanias estipuladas em 1532,
somente obtiveram êxito
econômico a capitania de São
Vicente e a de Pernambuco
devido à indústria do açúcar.
São Vicente foi o primeiro
núcleo de povoamento branco
da colônia, fundada por Martim
Afonso de Souza, em 1532. O
objetivo de fundar o núcleo de
povoamento bem ao sul,
distante da metrópole, não foi
ocasional. Buscava-se aproximar
dos rios mais ao sul já que, dali,
tinha-se informações, poder-se-
ia chegar ao fabuloso Peru, onde
haviam sido descobertas
grandes jazidas de Prata.
Contribuiu para o êxito desta vila
a integração de sua produção ao
circuito mercantil europeu,
através do açúcar, bem como sua
variada produção para a sua
própria subsistência. Outra
importante função desta vila
para a colonização foi que ela
serviu de ponto de partida para a
catequização e escravização dos
índios. De um lado, os jesuítas
tiveram apoio para fundar a
cidade de São Paulo. Por outro
lado, uma importante atividade
econômica da vila era a busca e
apresamento de índios para a
escravidão. Atividade esta que
foi fonte de tensão com os
religiosos na vila.
Pernambuco teve melhor êxito
em sua empreitada de produção
açucareira e isto se deve a dois
fatores principais: (1) maior
proximidade com a Metrópole,
diminuindo significativamente o
custo do transporte e tornando o
açúcar mais barato que em São
Vicente e (2) a existência do solo
massapé mais fértil e propício ao
cultivo do açúcar.
As demais capitanias ou não
chegaram a ser povoadas por
falta de recurso interesse dos
seus donatários, ou o
povoamento precisava muito
mais se preocupar em se
proteger dos ataques indígenas
de tribos hostis. Mesmo que em
1536, a Igreja católica tenha
proibido a escravização de
índios, ela ocorreria no Brasil, ( e
muito mais significativamente na
América Espanhola, onde foi a
base da colonização) sendo mais
um foco de tensão na sociedade
colonial, pois colocará em
conflito tanto os índios contra os
colonos quanto estes contra a
Igreja.
Contudo, populacionalmente,
as capitanias lançaram as
primeiras “sementes” daquilo
que viria a ser o Brasil Colonial,
ao darem vida aos primeiros
núcleos povoadores. O sentido
da colonização se desenhava: a
colônia deveria ter como
principal objetivo a produção de
riquezas que pudessem ser
exploradas pela metrópole,
enriquecendo-a. Para tanto, era
necessário a construção tanto de
uma estrutura de administração
que estimulasse e controlasse
estas riquezas (ao mesmo tempo
que deveria procurar metais
preciosos), bem como de uma
estrutura econômica que
possibilitasse altos lucros no
comércio europeu. Além disso, a
ocupação de ambos os litorais do
Atlântico Sul conferiria a
Portugal o monopólio das rotas
comerciais nesta região.
O GOVERNO-GERAL
Em 1548 a Coroa portuguesa
institui, através do Regimento de
Tomé de Souza, uma estrutura
administrativa centralizada: O
Governo-Geral. Este “governo”
teria como tarefas principais: dar
apoio e estímulo aos colonos na
ocupação e exploração de terras
(sempre em busca de metais
preciosos, ainda mais com as
notícias da prata peruana),
4
História do Brasil Prof. Lamarão
combater de forma organizada
aos ataques indígenas em
diversas vilas bem como
estabelecer alianças com as
tribos amigas, organizar o
sistema de impostos e tributação
da colônia, estabelecer feiras,
além de expulsar os franceses
que, com muita frequência,
rondavam a Costa brasileira.
Organograma Governo Geral da Colônia
Para isto, o Governador era
apoiado por três outras
autoridades: Capitão-mor
(defesa), ouvidor-mor (justiça),
provedor-mor (finanças).
Além desta estrutura
administrativa mais geral, havia,
nas maiores vilas e cidades, as
câmaras municipais, ocupadas
somente pelos homens bons
(ricos fazendeiros e donos de
escravos que tivessem o sangue
puro e comprovasse ter
nenhuma ascendência árabe,
judaica ou africana). Estas
câmaras eram, junto ao alcaide,
os responsáveis pela
administração local, tendo como
função a regulação do comércio,
a manutenção das obras
públicas, a organização dos dias
festivos, etc.
A cidade escolhida para ser a
Capital da colônia fora Salvador,
fundada para este objetivo, em
1549, situada na Capitania da
Bahia de Todos os Santos. Esta
região fora escolhida pois se
posicionava no “meridiano” dos
dois núcleos de povoação mais
importantes, devido ao fácil
acesso (era um porto natural
pois se trata de uma baía), além
de sua fertilidade. Esta capitania
tornou-se real devido ao
incidente com o seu antigo
donatário, o Bispo Francisco
Pereira Coutinho que terminou
sendo parte de um ritual de
antropofagia dos índios, após o
naufrágio do seu navio, que se
dirigia à metrópole.
 O governo de Tomé de
Souza (1549-53):
Primo de Martim Afonso de
Souza, e também fidalgo, o
primeiro governador-geral do
Brasil teria pela frente uma
árdua missão. No combate aos
índios, tratou de organizar uma
missão punitiva aos índios que
comeram o bispo, tendo
declarado a “Guerra Justa” a
determinadas tribos indígenas
classificadas de hostis que, na
medida em que avançava a
colonização portuguesa, iam se
tornando mais numerosas. A
“Guerra Justa” foi motivo para o
aprisionamento e escravização
de inúmeros índios.
Além disto, Tomé de Souza foi
responsável pela introdução da
Companhia de Jesus no Brasil.
Os jesuítas
serão peças
fundamentais
para a consolidação da
colonização lusitana no Brasil,
em especial no trato com os
indígenas. Também Tomé de
Souza foi responsável pela
introdução das primeiras
cabeças de gado no Brasil, dando
origem a nossa pecuária.
Contudo a implementação do
governo-geral não se deu sem
tensões. O donatário da
capitania de Pernambuco, a mais
bem sucedida da colônia, não
aceitou se submeter ao
governador geral. Esta querela
chegou até o Rei que preferiu
não interferir na bem sucedida
capitania, reafirmando a sua
autonomia.
Na medida em que ia se
consolidando a colonização no
Brasil tornava-se cada vez mais
necessário o incentivo ao
crescimento populacional
brasileiro. Isto era realizado
tanto pelo estimulo do
casamento de colonos com as
nativas índias, através da
mestiçagem, como por
política de envio
sistemático, por parte
da Coroa portuguesa, de
populações para a nossa
terra, destaca-se a
importância de que os
degredados da metrópole
tiveram neste processo. Muitos
Tomé de Souza
Mem de Sá
5
História do Brasil Prof. Lamarão
condenados pela justiça
metropolitana (pelos mais
diversos motivos mas,
especialmente, por motivos
religiosos) tinham como pena a
migração forçada para a colônia.
 O Governo de Duarte da
Costa (1553-58):
O segundo
governo
geral não
obteve
tamanho
êxito como o
de seu
antecessor e
sucessor. Ao contrário, é mais
conhecido pro problemas
surgidos a época do que por
soluções. Problemas com a
Câmara Municipal de Salvador
ou com o Bispo da Bahia, ou pela
permanência da ameaça
indígena. Mas certamente, o
grande problema que marcou
este segundo governo foi a
invasão francesa na Baía de
Guanabara dando origem a
França Antártica. Ainda assim,
foi durante esta época que se
deu a fundação do colégio de São
Paulo, em 1554 pelos jesuítas,
que virá a se tornar cidade.
O GOVERNO MEM DE SÁ
(1558-72):
O terceiro governador terá
como principal tarefa a expulsão
dos franceses do território
colonial que foi obtida após ação
tanto de seu sobrinho, Estácio de
Sá, quanto dos jesuítas,
responsáveis por “quebrar” a
aliança dos franceses com a
Confederação dos Tamoios, uma
aliança de diversas tribos para
combater os portugueses. Em
tupi, tamoio significa, “os mais
antigos do lugar”. Neste
processo, Estácio de Sá funda,
em 20 de janeiro de 1565, a
cidade de São Sebastião do Rio
de Janeiro, atualmente
conhecida (com justiça) por
cidade maravilhosa, devido aos
seus encantos naturais. Esta
cidade se tornará uma capitania
real, ou seja, submetida
diretamente ao Rei, por
intermédio de um governador.
Aos poucos perceberemos o
crescimento de número de
capitanias reais com relação às
capitanias hereditárias, este
processo se acelerará quando da
descoberta do ouro, resultado
de um controle mais intenso da
Coroa com o que é produzido na
colônia.
O próximo governador-geral é
morto antes de desembarcar no
Brasil, em confronto com
corsários franceses. Em 1572, A
Coroa divide o território colonial
em duas jurisdições distintas:
norte e sul. O norte compreendia
de Pernambuco a Porto Seguro,
com capital em Salvador. O sul
compreendia da Capitania de
Ilhéus a São Vicente. Esta divisão
durou até 1578. Em 1580, devido
a morte do Rei de Portugal, sem
deixar herdeiros diretos se dá a
união do reino de Portugal com a
Espanha, pois o Rei da Espanha é,
pela linha sucessória, o parente
mais próximo. Tem início a União
Ibérica.
Questões de Vestibular:
1.
(Puccamp) Não, é nossa terra, a
terra do índio. Isso que a gente
quer mostrar pro Brasil: gostamos
muito do Brasil, amamos o Brasil,
valorizamos as coisas do Brasil
porque o adubo do Brasil são os
corpos dos nossos antepassados e
todo o patrimônio ecológico que
existe por aqui foi protegido pelos
povos indígenas. Quando Cabral
chegou, a gente o recebeu com
sinceridade, com a verdade, e o
pessoal achou que a gente era
inocente demais e aí fomos traídos:
aquilo que era nosso, que a gente
queria repartir, passou a ser
objeto de ambição. Do ponto de
vista do colonizador, era tomar
para dominar a terra, dominar
nossa cultura, anulando a gente
como civilização.
(Revista "Caros Amigos". ano 4. no. 37.
Abril/2000. p. 36).
A respeito do início da
colonização, período abordado
pelo texto, pode-se afirmar que a
primeira forma de exploração
econômica exercida pelos
colonizadores, e a dominação
Duarte da Costa
6
História do Brasil Prof. Lamarão
cultural e religiosa difundida pelo
território brasileiro são,
respectivamente,
a) a plantation no Nordeste e as
bandeiras realizadas pelos paulistas.
b) a extração das "drogas do sertão"
e a implantação das missões.
c) o escambo de pau-brasil e a
catequização empreendida pela
Companhia de Jesus.
d) a mineração no Sudeste e a
imposição da "língua geral" em toda
a Colônia.
e) o cultivo da cana-de-açúcar e a
"domesticação" dos índios por meio
da agricultura.
2. (Mackenzie) Enquanto os
portugueses escutavam a missa
com muito "prazer e devoção", a
praia encheu-se de nativos. Eles
sentavam-se lá surpresos com a
complexidade do ritual que
observavam ao longe. Quando D.
Henrique acabou a pregação, os
indígenas se ergueram e
começaram a soprar conchas e
buzinas, saltando e dançando (...)
Náufragos Degredados e
Traficantes
(Eduardo Bueno)
Este contato amistoso entre
brancos e índios preservado:
a) pela Igreja, que sempre respeitou
a cultura indígena no decurso da
catequese.
b) até o início da colonização quando
o índio, vitimado por doenças,
escravidão e extermínio, passou a ser
descrito como sendo selvagem,
indolente e canibal.
c) pelos colonos que escravizaram
somente o africano na atividade
produtiva de exportação.
d) em todos os períodos da História
Colonial Brasileira, passando a
figura do índio para o imaginário
social como "o bom selvagem e forte
colaborador da colonização".
e) sobretudo pelo governo colonial,
que tomou várias medidas para
impedir o genocídio e a escravidão.
3. (Fatec) Dentre as características
gerais do período pré-colonizador
destaca-se
a) o grande interesse pela terra, pois
as comunidades primitivas do nosso
litoral produziam excedentes
comercializados pela burguesia
mercantil portuguesa.
b) o extermínio de tribos e a
escravização dos nativos, efeitos
diretos da ocupação com base na
grande lavoura.
c) a montagem de estabelecimentos
provisórios em diferentes pontos da
costa, onde eram amontoadas as
toras de pau-brasil, para serem
enviadas à Europa.
d) a distribuição de lotes de terras a
fidalgos e funcionários do Estado
português, copiando-se a experiência
realizada em ilhas do Atlântico.
e) a implantação da agromanufatura
açucareira, iniciada com construção
do Engenho do Senhor Governador,
em 1533, em São Vicente.
4. (Fgv) Sobre os povos dos
sambaquis, é incorreto afirmar
que:
a) sendo nômades, ocuparam a faixa
amazônica, deslocando-se durante
milhares de anos, do Marajó a
Piratininga;
b) sedentários, viviam da coleta de
recursos marítimos e de pequenas
caças;
c) as pesquisas arqueológicas
demonstram que tais povos
desenvolveram instrumentos de
pedra polida e de ossos;
d) na chegada dos primeiros
invasores europeus, esses povos já se
encontravam subjugados por outros
grupos sedentários;
e) esses povos viveram na faixa
litorânea, entre o Espírito Santo e o
Rio Grande do Sul, basicamente dos
recursos que o mar oferecia.
5. (Fuvest) Os portugueses
chegaram ao território, depois
denominado Brasil, em 1500, mas
a administração da terra só foi
organizada em 1549. Isso ocorreu
porque, até então,
a) os índios ferozes trucidavam os
portugueses que se aventurassem a
desembarcar no litoral, impedindo
assim a criação de núcleos de
povoamento.
b) a Espanha, com base no Tratado
de Tordesilhas, impedia a presença
portuguesa nas Américas, policiando
a costa com expedições bélicas.
c) as forças e atenções dos
portugueses convergiam para o
Oriente, onde vitórias militares
7
História do Brasil Prof. Lamarão
garantiam relações comerciais
lucrativas.
d) os franceses, aliados dos
espanhóis, controlavam as tribos
indígenas ao longo do litoral bem
como as feitorias da costa sul-
atlântica.
e) a população de Portugal era pouco
numerosa, impossibilitando o
recrutamento de funcionários
administrativos.
6. (Mackenzie) E então, por cerca
de trinta anos, aquele vasto
território seria virtualmente
abandonado pela Coroa
portuguesa, sendo arrendado para
a iniciativa Privada e se tornando
uma imensa fazenda extrativista
de pau-brasil. Iriam se iniciar,
então, as três décadas menos
documentadas e mais
desconhecidas da História do
Brasil.
Náufragos, Traficantes e
Degredados
- As Primeiras Expedições do
Brasil
Assinale o período histórico
analisado pelo texto acima e suas
características.
a) Período Colonial, caracterizado
pela monocultura e economia
exportadora de cana-de-açúcar.
b) Economia mineradora, marcada
pelo povoamento da área mineira e
intensa vida urbana.
c) Período Pré-Colonial, fase de
feitorias, economia extrativista,
utilização do escambo com os
nativos, ausência de colonização
sistemática.
d) Fase da economia cafeeira, com
acumulação interna de capitais e sem
grandes mudanças na estrutura de
produção.
e) Período Joanino, de grande
abertura comercial e profundas
transformações culturais.
7. (Puc-rio) Leia as afirmativas a
seguir sobre a expedição de Pedro
Álvares Cabral, que saiu de Lisboa
em março de 1500:
I) A missão da esquadra era
expandir a fé cristã e estabelecer
relações comerciais com o Oriente,
de modo a trazer as valiosas
especiarias para Portugal; desta
maneira, reunia num mesmo
episódio os esforços da Coroa, da
Igreja e dos grupos mercantis do
Reino.
II) Chegar às Índias através de um
caminho inteiramente marítimo só
foi possível após o longo "périplo"
realizado pelas costa africana,
durante o século XV, por diversos
navegadores portugueses, cujos
expoentes foram Bartolomeu Dias
e Vasco da Gama.
III) A viagem expressou a
subordinação da Coroa
portuguesa à Igreja Católica, na
época dos descobrimentos, já
evidenciada quando o Papa
estabeleceu a partilha do Mundo
Novo, em 1494, através do tratado
de Tordesilhas.
IV) Era objetivo da viagem tomar
posse de terras a Oeste, de modo a
assegurar o controle do Oceano
Atlântico Sul e,
consequentemente, da rota
marítima para as Índias.
Assinale a alternativa que contém
as afirmativas corretas:
a) somente I, II e III.
b) somente I, III e IV.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, II e IV.
e) todas as afirmativas estão corretas.
8. (Pucrs) Responder à questão
sobre o período pré-colonial
brasileiro, com base no texto a
seguir:
"... Da primeira vez que
viestes aqui, vós o fizestes somente
para traficar. (...) Não recusáveis
tomar nossas filhas e nós nos
julgávamos felizes quando elas
tinham filhos. Nessa época, não
faláveis em aqui vos fixar. Apenas
vos contentáveis com visitar-nos
uma vez por ano, permanecendo,
entre nós, somente durante quatro
ou cinco luas [meses]. Regressáveis
então ao vosso país, levando os
nossos gêneros para trocá-los com
aquilo que carecíamos."
(MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a
conquista lusitana e o genocídio
tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993,
p.86)
O texto anterior faz alusão ao
comércio que marcou o período
8
História do Brasil Prof. Lamarão
pré-colonial brasileiro conhecido
por
a) mita.
b) escambo.
c) encomienda.
d) mercantilismo.
e) corvéia.
9. (ENEM-2001) Os textos
referem-se à integração do índio à
chamada civilização brasileira.
I. “Mais uma vez, nós, os povos
indígenas, somos vítimas de um
pensamento que separa e que tenta
nos eliminar cultural, social e até
fisicamente.A justificativa é a de
que somos apenas 250 mil pessoas
e o Brasil não pode suportar esse
ônus.(…) É preciso congelar essas
idéias colonizadoras, porque elas
são irreais e hipócritas e também
genocidas.(…) Nós, índios,
queremos falar, mas queremos ser
escutados na nossa língua, nos
nossos costumes.”
Marcos Terena, presidente do
Comitê Intertribal Articulador
dos Direitos Indígenas na ONU e
fundador das Nações Indígenas,
Folha de S. Paulo, 31 de agosto de
1994.
II. “O Brasil não terá índios no final do
século XXI (…) E por que isso?
Pela razão muito simples que
consiste no fato de o índio
brasileiro não ser distinto das
demais comunidades primitivas
que existiram no mundo. A
história não é outra coisa senão um
processo civilizatório, que conduz
o homem, por conta própria ou
por difusão da cultura, a passar do
paleolítico ao neolítico e do
neolítico a um estágio
civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político,
Folha de S. Paulo, 2 de setembro
de 1994.
Pode-se afirmar, segundo os
textos, que
a) Tanto Terena quanto Jaguaribe
propõem idéias inadequadas, pois o
primeiro deseja a aculturação feita
pela “civilização branca”, e o
segundo, o confinamento de tribos.
b) Terena quer transformar o Brasil
numa terra só de índios, pois
pretende mudar até mesmo a língua
do país, enquanto a idéia de
Jaguaribe é anticonstitucional, pois
fere o direito à identidade cultural
dos índios.
c) Terena compreende que a melhor
solução é que os brancos aprendam a
língua tupi para entender melhor o
que dizem os índios. Jaguaribe é de
opinião que, até o final do século
XXI, seja feita uma limpeza étnica
no Brasil.
d) Terena defende que a sociedade
brasileira deve respeitar a cultura dos
índios e Jaguaribe acredita na
inevitabilidade do processo de
aculturação dos índios e de sua
incorporação à sociedade brasileira.
e) Terena propõe que a integração
indígena deve ser lenta, gradativa e
progressiva, e Jaguaribe propõe que
essa integração resulte de decisão
autônoma das comunidades
indígenas.
As questões acimas foram
extraídas do seguinte sítio:
http://historiacsd.blogspot.com.
br/2011/08/brasil-pre-colonial-
questoes-de.html

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Apostila Pre-vestibular Brasil Pré-colonial e Início da Colonização

  • 1. 1 História do Brasil Prof. Lamarão Prof. Ms. Marco Lamarão Da Ilha de Vera Cruz ao Brasil. Em 1500, Pedro Alvarez Cabral aportava no “Novo Mundo” a fim de tomar posse daquilo que ele imaginava ser uma ilha. Por isso, denominou as nossas terras com o nome de “Ilha de Vera Cruz”. Somente em 1527, devido a importância que o Pau-Brasil adquiriu neste período, que aqui se denominou Brasil. Permanecendo cerca de um mês no Brasil e realizando duas Missas, Cabral manda retornar a Portugal uma de suas 13 naus com a “Carta de Achamento”, documento escrito pelo escrivão oficial da expedição, Pero Vaz de Caminha. Nela, se informava ao Rei o “achamento” de Terras sob seus domínios, bem como trazia as primeiras impressões desta terra ao Rei. O uso do termo “achamento”, utilizado pelo escrivão, tem sido utilizado por alguns especialistas com argumento em favor da Teoria da intencionalidade da viagem de Cabral ao Brasil. Nesta carta, Caminha descreve a falta de, à primeira vista, metais preciosos ou artigos que pudessem ser comercializados. A descrição dos índios, neste documento, revela certa simpatia pela população nativa, que é tratada, a partir da imagem de um povo ingênuo e, portanto desprovido de tanto conhecimento ou maldade, e por isso, passíveis de serem catequizados. Contudo, a reação dos portugueses com os nativos, se comparada com a reação dos espanhóis, pode ser considerada “menos entusiasmada ou surpresa”. Isto se deve, em grande medida, pelos portugueses terem quase 80 anos a mais de contatos com outras culturas que os espanhóis. Não havendo, portanto, artigos que pudessem ser comercializados na Europa, os primeiros anos após o descobrimento foi marcado por um relativo desinteresse dos Portugueses com as terras de cá. Este relativo desinteresse se explicava, em grande parte, pelo lucrativo comércio que representava as Índias naquele momento. Daqui levou-se “Pau- Brasil”, importante madeira para a confecção de móveis, instrumentos e navios, devido a sua resistência e também para o tingimento de roupas, graças a seu miolo avermelhado. Além do “Pau-Brasil”, papagaios e araras, alguns índios e algumas frutas exóticas foram levados para Portugal, para o reconhecimento das cortes lusitanas. Fragmentos d´A Carta de Achamento: “(...)A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. (...)” “Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!”. Contudo, se o Pau- Brasil não era suficiente para mobilizar o interesse dos portugueses, o mesmo não se poderia dizer dos franceses que passaram a fazer visitas sistemáticas ao nosso litoral. Questionavam o Tratado de Tordesilhas e reivindicavam o princípio romano do “utis possidetis” que afirmava que o direito da propriedade da terra é daquele que, efetivamente, ocupa-a. Desta maneira, visando organizar estas diferentes condições, os portugueses passam a organizar expedições
  • 2. 2 História do Brasil Prof. Lamarão com o objetivo de reconhecer e explorar o terreno (Expedições de Reconhecimento) e outras tinham como maior objetivo proteger o litoral brasileiro de “invasores” (Expedições guarda- costas). A EXPLORAÇÃO DO PAU- BRASIL O Pau-Brasil passaria a ser explorado sob o Regime de Estanco, ou seja, permitido somente sob autorização régia. Em 1504, foi criada a primeira feitoria no Brasil (depósito fortificado) pelo grupo que adquiriu o direito do comercializar o Pau-Brasil. Segundo o acordo, este grupo- liderado por Fernando de Noronha- deveria mandar ao Brasil seis naus por ano e explorar, no mesmo período, 300 léguas da costa. Graças aos seus serviços prestados à Coroa, Fernando de Noronha foi agraciado com a primeira Capitania Hereditária Brasileira, a então ilha de São João. A exploração do Pau-Brasil Para a exploração do Pau-Brasil os portugueses se utilizaram da força de trabalho indígena, através do escambo. Embora o escambo seja a troca de mercadoria por outra mercadoria, no caso brasileiro, os portugueses trocavam mercadorias de baixo valor (no entanto muito admirados pelos índios como espelhos, talheres, colares, pentes, etc.) por trabalho indígena. Era responsabilidade do índio a derrubada da árvore, seu transporte à feitoria, bem como prepará-la para o armazenamento onde, somente então, ele seria agraciado com as bugigangas lusitanas. A última das grandes expedições foi a de Martim Afonso de Souza e tinha como objetivo primordial a ocupação do território, ampliar o conhecimento cartográfico sobre a terra e expulsar os barcos franceses. Esta expedição marca uma virada na política régia com relação ao Brasil. Devido a constante ameaça dos franceses nestas terras, além da queda de lucro no comércio com as Índias (motivada pela concorrência), O Brasil passa a, pouco a pouco, ganhar importância no Império ultramarino lusitano e, não tardará muito, se tornará a mais importante de todas as colônias portuguesas. Assim, em 1532, foi fundada a Vila de São Vicente, primeiro núcleo de povoamento efetivo no Brasil. Ainda neste ano, a Coroa Real irá estimular a ocupação do território através das Capitanias Hereditárias. Para tanto, era necessário a produção ou cultivo de algum artigo que fosse valorizado na Europa. O produto escolhido foi o açúcar. Desta maneira, chega ao fim o período que denominamos Pré-colonial. AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Devido a falta de recursos da Coroa portuguesa para realizar o povoamento de sua colônia no Novo Mundo, esta preferiu transferir a responsabilidade da ocupação e do povoamento para particulares. Foram escolhidos médios e grandes comerciantes para esta empreitada, dividiu-se o território em 14 faixas de terra (ou 15 se contado Fernão de Noronha) e delegou-se, cada uma desta faixa a um responsável. Eram as capitanias hereditárias. As Capitanias Hereditárias eram regulamentadas por dois documentos básicos: (1) A Carta de Doação (que permitia ao donatário ao exploração e uso da terra, contudo, a posse ainda era do Rei); (2) Carta Foral que estabelece os Impostos devidos a Coroa pelo donatário, bem como os direitos e deveres do donatário. Dentre estes direitos estava a possibilidade de doar um pedaço de terra a outro colono: a sesmaria. Uma
  • 3. 3 História do Brasil Prof. Lamarão obrigação (quase nunca comprida) era a obrigação da exploração da terra em um período máximo de 5 anos. O donatário era, assim, a autoridade maior dentro da capitania. As Capitanias Hereditárias Não é possível afirmar que esta medida tenha tido o sucesso esperado, afinal das 14 Capitanias estipuladas em 1532, somente obtiveram êxito econômico a capitania de São Vicente e a de Pernambuco devido à indústria do açúcar. São Vicente foi o primeiro núcleo de povoamento branco da colônia, fundada por Martim Afonso de Souza, em 1532. O objetivo de fundar o núcleo de povoamento bem ao sul, distante da metrópole, não foi ocasional. Buscava-se aproximar dos rios mais ao sul já que, dali, tinha-se informações, poder-se- ia chegar ao fabuloso Peru, onde haviam sido descobertas grandes jazidas de Prata. Contribuiu para o êxito desta vila a integração de sua produção ao circuito mercantil europeu, através do açúcar, bem como sua variada produção para a sua própria subsistência. Outra importante função desta vila para a colonização foi que ela serviu de ponto de partida para a catequização e escravização dos índios. De um lado, os jesuítas tiveram apoio para fundar a cidade de São Paulo. Por outro lado, uma importante atividade econômica da vila era a busca e apresamento de índios para a escravidão. Atividade esta que foi fonte de tensão com os religiosos na vila. Pernambuco teve melhor êxito em sua empreitada de produção açucareira e isto se deve a dois fatores principais: (1) maior proximidade com a Metrópole, diminuindo significativamente o custo do transporte e tornando o açúcar mais barato que em São Vicente e (2) a existência do solo massapé mais fértil e propício ao cultivo do açúcar. As demais capitanias ou não chegaram a ser povoadas por falta de recurso interesse dos seus donatários, ou o povoamento precisava muito mais se preocupar em se proteger dos ataques indígenas de tribos hostis. Mesmo que em 1536, a Igreja católica tenha proibido a escravização de índios, ela ocorreria no Brasil, ( e muito mais significativamente na América Espanhola, onde foi a base da colonização) sendo mais um foco de tensão na sociedade colonial, pois colocará em conflito tanto os índios contra os colonos quanto estes contra a Igreja. Contudo, populacionalmente, as capitanias lançaram as primeiras “sementes” daquilo que viria a ser o Brasil Colonial, ao darem vida aos primeiros núcleos povoadores. O sentido da colonização se desenhava: a colônia deveria ter como principal objetivo a produção de riquezas que pudessem ser exploradas pela metrópole, enriquecendo-a. Para tanto, era necessário a construção tanto de uma estrutura de administração que estimulasse e controlasse estas riquezas (ao mesmo tempo que deveria procurar metais preciosos), bem como de uma estrutura econômica que possibilitasse altos lucros no comércio europeu. Além disso, a ocupação de ambos os litorais do Atlântico Sul conferiria a Portugal o monopólio das rotas comerciais nesta região. O GOVERNO-GERAL Em 1548 a Coroa portuguesa institui, através do Regimento de Tomé de Souza, uma estrutura administrativa centralizada: O Governo-Geral. Este “governo” teria como tarefas principais: dar apoio e estímulo aos colonos na ocupação e exploração de terras (sempre em busca de metais preciosos, ainda mais com as notícias da prata peruana),
  • 4. 4 História do Brasil Prof. Lamarão combater de forma organizada aos ataques indígenas em diversas vilas bem como estabelecer alianças com as tribos amigas, organizar o sistema de impostos e tributação da colônia, estabelecer feiras, além de expulsar os franceses que, com muita frequência, rondavam a Costa brasileira. Organograma Governo Geral da Colônia Para isto, o Governador era apoiado por três outras autoridades: Capitão-mor (defesa), ouvidor-mor (justiça), provedor-mor (finanças). Além desta estrutura administrativa mais geral, havia, nas maiores vilas e cidades, as câmaras municipais, ocupadas somente pelos homens bons (ricos fazendeiros e donos de escravos que tivessem o sangue puro e comprovasse ter nenhuma ascendência árabe, judaica ou africana). Estas câmaras eram, junto ao alcaide, os responsáveis pela administração local, tendo como função a regulação do comércio, a manutenção das obras públicas, a organização dos dias festivos, etc. A cidade escolhida para ser a Capital da colônia fora Salvador, fundada para este objetivo, em 1549, situada na Capitania da Bahia de Todos os Santos. Esta região fora escolhida pois se posicionava no “meridiano” dos dois núcleos de povoação mais importantes, devido ao fácil acesso (era um porto natural pois se trata de uma baía), além de sua fertilidade. Esta capitania tornou-se real devido ao incidente com o seu antigo donatário, o Bispo Francisco Pereira Coutinho que terminou sendo parte de um ritual de antropofagia dos índios, após o naufrágio do seu navio, que se dirigia à metrópole.  O governo de Tomé de Souza (1549-53): Primo de Martim Afonso de Souza, e também fidalgo, o primeiro governador-geral do Brasil teria pela frente uma árdua missão. No combate aos índios, tratou de organizar uma missão punitiva aos índios que comeram o bispo, tendo declarado a “Guerra Justa” a determinadas tribos indígenas classificadas de hostis que, na medida em que avançava a colonização portuguesa, iam se tornando mais numerosas. A “Guerra Justa” foi motivo para o aprisionamento e escravização de inúmeros índios. Além disto, Tomé de Souza foi responsável pela introdução da Companhia de Jesus no Brasil. Os jesuítas serão peças fundamentais para a consolidação da colonização lusitana no Brasil, em especial no trato com os indígenas. Também Tomé de Souza foi responsável pela introdução das primeiras cabeças de gado no Brasil, dando origem a nossa pecuária. Contudo a implementação do governo-geral não se deu sem tensões. O donatário da capitania de Pernambuco, a mais bem sucedida da colônia, não aceitou se submeter ao governador geral. Esta querela chegou até o Rei que preferiu não interferir na bem sucedida capitania, reafirmando a sua autonomia. Na medida em que ia se consolidando a colonização no Brasil tornava-se cada vez mais necessário o incentivo ao crescimento populacional brasileiro. Isto era realizado tanto pelo estimulo do casamento de colonos com as nativas índias, através da mestiçagem, como por política de envio sistemático, por parte da Coroa portuguesa, de populações para a nossa terra, destaca-se a importância de que os degredados da metrópole tiveram neste processo. Muitos Tomé de Souza Mem de Sá
  • 5. 5 História do Brasil Prof. Lamarão condenados pela justiça metropolitana (pelos mais diversos motivos mas, especialmente, por motivos religiosos) tinham como pena a migração forçada para a colônia.  O Governo de Duarte da Costa (1553-58): O segundo governo geral não obteve tamanho êxito como o de seu antecessor e sucessor. Ao contrário, é mais conhecido pro problemas surgidos a época do que por soluções. Problemas com a Câmara Municipal de Salvador ou com o Bispo da Bahia, ou pela permanência da ameaça indígena. Mas certamente, o grande problema que marcou este segundo governo foi a invasão francesa na Baía de Guanabara dando origem a França Antártica. Ainda assim, foi durante esta época que se deu a fundação do colégio de São Paulo, em 1554 pelos jesuítas, que virá a se tornar cidade. O GOVERNO MEM DE SÁ (1558-72): O terceiro governador terá como principal tarefa a expulsão dos franceses do território colonial que foi obtida após ação tanto de seu sobrinho, Estácio de Sá, quanto dos jesuítas, responsáveis por “quebrar” a aliança dos franceses com a Confederação dos Tamoios, uma aliança de diversas tribos para combater os portugueses. Em tupi, tamoio significa, “os mais antigos do lugar”. Neste processo, Estácio de Sá funda, em 20 de janeiro de 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, atualmente conhecida (com justiça) por cidade maravilhosa, devido aos seus encantos naturais. Esta cidade se tornará uma capitania real, ou seja, submetida diretamente ao Rei, por intermédio de um governador. Aos poucos perceberemos o crescimento de número de capitanias reais com relação às capitanias hereditárias, este processo se acelerará quando da descoberta do ouro, resultado de um controle mais intenso da Coroa com o que é produzido na colônia. O próximo governador-geral é morto antes de desembarcar no Brasil, em confronto com corsários franceses. Em 1572, A Coroa divide o território colonial em duas jurisdições distintas: norte e sul. O norte compreendia de Pernambuco a Porto Seguro, com capital em Salvador. O sul compreendia da Capitania de Ilhéus a São Vicente. Esta divisão durou até 1578. Em 1580, devido a morte do Rei de Portugal, sem deixar herdeiros diretos se dá a união do reino de Portugal com a Espanha, pois o Rei da Espanha é, pela linha sucessória, o parente mais próximo. Tem início a União Ibérica. Questões de Vestibular: 1. (Puccamp) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura, anulando a gente como civilização. (Revista "Caros Amigos". ano 4. no. 37. Abril/2000. p. 36). A respeito do início da colonização, período abordado pelo texto, pode-se afirmar que a primeira forma de exploração econômica exercida pelos colonizadores, e a dominação Duarte da Costa
  • 6. 6 História do Brasil Prof. Lamarão cultural e religiosa difundida pelo território brasileiro são, respectivamente, a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos paulistas. b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação das missões. c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida pela Companhia de Jesus. d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua geral" em toda a Colônia. e) o cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da agricultura. 2. (Mackenzie) Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (...) Náufragos Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno) Este contato amistoso entre brancos e índios preservado: a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da catequese. b) até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo selvagem, indolente e canibal. c) pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação. d) em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como "o bom selvagem e forte colaborador da colonização". e) sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão. 3. (Fatec) Dentre as características gerais do período pré-colonizador destaca-se a) o grande interesse pela terra, pois as comunidades primitivas do nosso litoral produziam excedentes comercializados pela burguesia mercantil portuguesa. b) o extermínio de tribos e a escravização dos nativos, efeitos diretos da ocupação com base na grande lavoura. c) a montagem de estabelecimentos provisórios em diferentes pontos da costa, onde eram amontoadas as toras de pau-brasil, para serem enviadas à Europa. d) a distribuição de lotes de terras a fidalgos e funcionários do Estado português, copiando-se a experiência realizada em ilhas do Atlântico. e) a implantação da agromanufatura açucareira, iniciada com construção do Engenho do Senhor Governador, em 1533, em São Vicente. 4. (Fgv) Sobre os povos dos sambaquis, é incorreto afirmar que: a) sendo nômades, ocuparam a faixa amazônica, deslocando-se durante milhares de anos, do Marajó a Piratininga; b) sedentários, viviam da coleta de recursos marítimos e de pequenas caças; c) as pesquisas arqueológicas demonstram que tais povos desenvolveram instrumentos de pedra polida e de ossos; d) na chegada dos primeiros invasores europeus, esses povos já se encontravam subjugados por outros grupos sedentários; e) esses povos viveram na faixa litorânea, entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, basicamente dos recursos que o mar oferecia. 5. (Fuvest) Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em 1500, mas a administração da terra só foi organizada em 1549. Isso ocorreu porque, até então, a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que se aventurassem a desembarcar no litoral, impedindo assim a criação de núcleos de povoamento. b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a presença portuguesa nas Américas, policiando a costa com expedições bélicas. c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde vitórias militares
  • 7. 7 História do Brasil Prof. Lamarão garantiam relações comerciais lucrativas. d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da costa sul- atlântica. e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamento de funcionários administrativos. 6. (Mackenzie) E então, por cerca de trinta anos, aquele vasto território seria virtualmente abandonado pela Coroa portuguesa, sendo arrendado para a iniciativa Privada e se tornando uma imensa fazenda extrativista de pau-brasil. Iriam se iniciar, então, as três décadas menos documentadas e mais desconhecidas da História do Brasil. Náufragos, Traficantes e Degredados - As Primeiras Expedições do Brasil Assinale o período histórico analisado pelo texto acima e suas características. a) Período Colonial, caracterizado pela monocultura e economia exportadora de cana-de-açúcar. b) Economia mineradora, marcada pelo povoamento da área mineira e intensa vida urbana. c) Período Pré-Colonial, fase de feitorias, economia extrativista, utilização do escambo com os nativos, ausência de colonização sistemática. d) Fase da economia cafeeira, com acumulação interna de capitais e sem grandes mudanças na estrutura de produção. e) Período Joanino, de grande abertura comercial e profundas transformações culturais. 7. (Puc-rio) Leia as afirmativas a seguir sobre a expedição de Pedro Álvares Cabral, que saiu de Lisboa em março de 1500: I) A missão da esquadra era expandir a fé cristã e estabelecer relações comerciais com o Oriente, de modo a trazer as valiosas especiarias para Portugal; desta maneira, reunia num mesmo episódio os esforços da Coroa, da Igreja e dos grupos mercantis do Reino. II) Chegar às Índias através de um caminho inteiramente marítimo só foi possível após o longo "périplo" realizado pelas costa africana, durante o século XV, por diversos navegadores portugueses, cujos expoentes foram Bartolomeu Dias e Vasco da Gama. III) A viagem expressou a subordinação da Coroa portuguesa à Igreja Católica, na época dos descobrimentos, já evidenciada quando o Papa estabeleceu a partilha do Mundo Novo, em 1494, através do tratado de Tordesilhas. IV) Era objetivo da viagem tomar posse de terras a Oeste, de modo a assegurar o controle do Oceano Atlântico Sul e, consequentemente, da rota marítima para as Índias. Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) somente I, II e III. b) somente I, III e IV. c) somente II, III e IV. d) somente I, II e IV. e) todas as afirmativas estão corretas. 8. (Pucrs) Responder à questão sobre o período pré-colonial brasileiro, com base no texto a seguir: "... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis então ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos." (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86) O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou o período
  • 8. 8 História do Brasil Prof. Lamarão pré-colonial brasileiro conhecido por a) mita. b) escambo. c) encomienda. d) mercantilismo. e) corvéia. 9. (ENEM-2001) Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira. I. “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente.A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus.(…) É preciso congelar essas idéias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.(…) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.” Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994. II. “O Brasil não terá índios no final do século XXI (…) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.” Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994. Pode-se afirmar, segundo os textos, que a) Tanto Terena quanto Jaguaribe propõem idéias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação feita pela “civilização branca”, e o segundo, o confinamento de tribos. b) Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua do país, enquanto a idéia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural dos índios. c) Terena compreende que a melhor solução é que os brancos aprendam a língua tupi para entender melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de opinião que, até o final do século XXI, seja feita uma limpeza étnica no Brasil. d) Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade brasileira. e) Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das comunidades indígenas. As questões acimas foram extraídas do seguinte sítio: http://historiacsd.blogspot.com. br/2011/08/brasil-pre-colonial- questoes-de.html