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COLÉGIO MILITAR DE CAMPO GRANDE
                        DISCIPLINA DE HISTÓRIA
                    ASS: DESCOBRIMENTO DO BRASIL
Contexto histórico: o Descobrimento do Brasil deve ser entendido dentro do
contexto das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e
XVI). Portugal e Espanha eram as nações mais poderosas do mundo e se
lançaram ao mar em busca de novas terras para explorar. Usavam também o
mar como rota para chegar as Índias, grande centro comercial da época, onde
compravam especiarias (temperos, tecidos, joias) para revender na Europa
com alta lucratividade.
Antecedentes: Vasco da Gama retorna vitorioso a Portugal em 1499. Traz
uma carga de porcelanas, sedas, tapetes e especiarias que garantem grandes
lucros à Coroa. Rapidamente uma nova expedição é organizada e seu comando
é entregue ao almirante Pedro Álvares Cabral. A esquadra sai da praia do
Restelo, em Lisboa, dia 9 de março de 1500, com destino a Calicute, na Índia.
Seu objetivo é estabelecer uma feitoria – espécie de entreposto comercial – e
fazer acordos com o soberano local que garantam o monopólio do comércio
para Portugal.


 A esquadra de Cabral: Cabral comanda a maior e mais bem equipada frota
a zarpar dos portos ibéricos até então. Com dez naus e três caravelas, leva
1.500 homens, quase 3% da população de Lisboa, na época com cerca de 50
mil habitantes. São representantes da nobreza, comerciantes, artesãos,
religiosos, alguns degredados e soldados. Participa da expedição um banqueiro
florentino, Bartholomeu Marquione, elo de ligação entre a Coroa portuguesa e
Lourenço de Medici, o senhor de Florença.
Partem de Lisboa no dia 8 de março rumo à Índia, onde os portugueses
deveriam efetuar transações comerciais – compra, venda e troca de
especiarias. Depois de quase um mês no mar e de perderem uma das
caravelas, a frota chegou ao Brasil no dia 22 de abril de 1500. No inicio os
portugueses avistaram um grande monte, que mais tarde passou a ser
chamado                   de                 Monte                  Pascoal.

Primeiros contatos com os indígenas : assim que desembarcaram no Brasil,
onde hoje situa-se Porto Seguro, na Bahia, os portugueses foram
“recepcionados” pelos índios que rapidamente encantaram-se com os seus
metais preciosos. Sem “saber” o que eram realmente aquelas terras, Cabral
batizou-as de Ilha de Vera Cruz, e depois que entendeu que se tratava de um
continente, chamou-a de Terra de Santa Cruz.
Neste contato os portugueses ofereceram água aos índios que tomaram e
cuspiram, pois era água velha com gosto muito diferente da água pura e fresca
que os índios tomaram. Os índios também não quiseram vinho e comida
oferecidos pelos portugueses., ou seja, foi um verdadeiro “choque de culturas”,
houve estranhamento de ambos os lados. Os portugueses estranharam muito o
fato dos índios andarem nus, enquanto os indígenas também estranharam as
vestimentas,      barbas     e      as      caravelas     dos    portugueses.
No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil, rezada pelo Frei
Henrique de Coimbra. Após a missa, a esquadra rumou em direção as Índias,
em busca das especiarias. Como acreditavam que a terra descoberta se tratava
de uma ilha, a nomearam de Ilha de Vera Cruz (primeiro nome do Brasil).


Polêmica: Descobrimento ou chegada? Quando usamos o termo
“Descobrimento do Brasil” parece que nossa terra não era habitada e os
portugueses foram os primeiros a encontrá-la. Desta forma, desconsideramos
a presença de mais de cinco milhões de indígenas, divididos em várias nações,
que já habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada dos
portugueses. Portanto, muitos historiadores preferem falar em “Chegada dos
Portugueses ao Brasil”. Desta forma é valorizada a presença dos nativos
brasileiros no território. Diante deste contexto, podemos afirmar que os
portugueses descobriram o Brasil para os europeus.


Principal fonte histórica: a principal fonte histórica sobre o Descobrimento
do Brasil é um documento redigido por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da
esquadra de Cabral. A "Carta de Pero Vaz de Caminha" a D. Manuel I, rei de
Portugal, conta com detalhes aspectos da viagem, a chegada ao litoral
brasileiro, os índios que habitavam na região e os primeiros contatos entre os
portugueses e os nativos.
                         O BRASIL PRÉ-COLONIAL
A chegada dos portugueses no Brasil, em 1500, não teve como objetivo
principal a criação de uma economia colonial e sim, com o objetivo, de
expansão marítima em direção ao Oriente. No século XVI, logo após da viagem
de Cabral ao Brasil, Lisboa já era um grande centro comercial privilegiado por
posse de uma grande quantidade de especiarias proveniente das Índias, como:
cravo, canela, gengibre, pimenta-do-reino, e especiarias da África, como: sal,
marfim, ouro, escravos, etc.
A descoberta do Brasil não mudou esse panorama, pois não se encontrou, de
imediato, nenhum produto tão valioso que superasse pelas especiarias indianas.
Por isso Portugal manteve sua atenção no Oriente, concentrando seus esforços
e recursos naquele comércio, enquanto o Brasil ficava num relativo abandono.
Portugal só começou a voltar sua atenção ao Brasil quando o comércio do
oriente deixou de ser lucrativo devido à concorrência de outros países.
Portanto de 1500 a 1530 os portugueses enviaram ao Brasil apenas expedições
exploratórias e quarda-costeiras, sem se preocupar com uma futura ocupação
do território brasileiro ou com o início da colonização.
O Brasil sofreu um relativo abandono nos primeiros 30 anos após a chegada
dos portugueses.
Os principais motivos do abandono foram:
•    Inexistência de riquezas imediatas.
•    Interesse português no lucrativo comércio com o Oriente.
•    Pequena população em Portugal para colonizar o Brasil.
AS PRIMEIRAS EXPEDIÇÕES
Expedições exploratórias:
Características:
•     Eram para fazer o reconhecimento da nova terra.
•     Descobrir suas riquezas e suas potencialidades.
•     Possuíam caráter misto, combinando interesses de particularidades com
os da Coroa, isto é, eram oficiais e compostas de importantes mercadores.
A primeira expedição foi chefiada por Gaspar de Lemos em 1501 e percorreu
todo o litoral, dando nomes a alguns locais de acordo com o calendário e
santos do dia (como o cabo de São Roque, em 16 de agosto de 1501; São
Francisco, em 4 de outubro de 1501; Baía de Todos os Santos, em 1 de
novembro de 1501; Rio de Janeiro, em 1 de janeiro de 1502; Angra dos Reis,
em 6 de janeiro de 1502; ilha de São Sebastião, em 20 de janeiro de 1502;
porto de São Vicente, em 22 de janeiro de 1502, entre outros), essa expedição
confirmou a existência de pau-brasil no litoral, madeira muito usada na Europa
para tingir tecidos.
A expedição de Gonçalo Coelho em 1503: tinha como objetivo encontrar
novas riquezas e extrair o pau-brasil. Fundou os primeiros depósitos de pau-
brasil que serviam para as trocas com os índios, chamados feitorias, na região
de Cabo Frio e Rio de Janeiro.


O arrendamento do Brasil:
Surpresos com a grande quantidade de pau-brasil, que antes provinha
somente das Índias, a Coroa Portuguesa tratou de assegurar para si o controle
total, ou seja, o monopólio da exploração, do qual os particulares só poderiam
participar com permissão real.
 Em 1502, o rei D. Manuel arrendou a exploração daquela madeira a alguns
comerciantes de Lisboa, liderados por Fernão de Noronha.
- Se comprometiam a explorar a costa brasileira.
- Construir feitorias fortificadas.
- Pagar a quinta parte do lucro obtido ao governo.
 A Coroa Portuguesa buscava intensificar o comércio e garantir seus domínios
coloniais e ainda obter uma parcela do lucro.
Características da extração do pau Brasil:
•    A extração era monopólio da coroa portuguesa, que arrendou para um
grupo de comerciantes liderados por Fernão de Noronha.
•    Foram organizadas feitorias, que eram uma espécie de entreposto
comercial. Não estimulou a colonização do Brasil.
•     Era feito através do escambo: que era o acordo em que os índios
cortavam as árvores e carregavam a madeira para a feitoria e em troca
recebiam objetos vistosos e desconhecidos para eles mas que não passava de
pequenas bugigangas para os portugueses.
•    A madeira era utilizada para extrair um corante vermelho, fazer móveis e
barcos.
     Os países, que ficaram de fora da corrida expansionista marítima,
começaram a se interessar por essa nova fonte de riqueza e por isso
compensaram o atraso com atos de pirataria, invasões e contrabandos. Foi o
caso da França (que sofria por motivos políticos internos), da Inglaterra e da
Holanda. Os piratas eram agentes do governo, tornando isso um assunto de
Estado.
Apesar dos protestos de D. Manuel ao rei da França, Francisco I, a presença
francesa nas costa brasileira crescia e colocava em risco o domínio português
sobre a colônia. Isso obrigou o governo luso a organizar expedições militares
para expulsar os corsários franceses chamadas expedições guarda-costeiras.


As expedições guarda-costas: As duas primeiras expedições costeiras foram
em 1516 e 1526, chefiada por Cristóvão Jacques.
Não atingiram o objetivo: Pela grandeza do litoral brasileiro, o esquema de
policiamento foi ineficiente, alguns navios inimigos foram pegos, mas muitos
outros escaparam, tornando evidente a impossibilidade de controlar todo o
litoral.


                O INICIO DA COLONIZAÇÃO BRASILEIRA
      Com várias dificuldades com as terras brasileiras, o rei de Portugal, D.
João III, adotou uma nova política sobre suas colônias na América, que foi a
fixação de colonos à terra e a fundação de povoados e fortificações, que
espalhados pela costa dariam maior segurança e garantia à posse portuguesa.
Assim, decidiu iniciar a colonização efetiva do Brasil, organizando a primeira
expedição colonizadora, liderada por Martim Afonso de Souza.
Martim Afonso de Souza visava a fixação dos portugueses ao solo brasileiro,
intensificar a exploração colonial, procurar mais ouro, formar tropas de
soldados para expulsar os estrangeiros e controlou a vinda de sementes e
ferramentas agrícolas, para garantir o início do povoamento.
Como quarda-costeira, Martim Afonso, aprisionou várias embarcações
francesas; como explorador, chegou ao Sul, até a foz do rio da Prata e enviou
várias expedições que penetraram pelo interior da colônia, como colonizador;
fez uso de seu poder de distribuir lotes de terra, as sesmarias, aos novos
habitantes, alem de dar início à plantação de cana-de-açúcar, construindo, o
primeiro engenho da colônia, nomeada Engenho do Governador. (Engenho
de Erasmus))
Com as sesmarias nascia o sistema agrário brasileiro fundado nas grandes
propriedades de terras. Martim Afonso também fundou o primeiro povoamento
de Brasil, a vila São Vicente, no estado de São Paulo.
     Suas realizações encerram o período pré-colonial. Martim Afonso retorna
a Portugal em 1533. Enquanto Portugal reformulava sua política para com o
Brasil, buscando uma ocupação efetiva do litoral, os espanhóis consolidavam
sua        conquista     na       América,       destruindo      civilizações
sofisticadas, como a dos astecas (atual México), as dos maias (na América
Central) e a dos incas (atual Peru). A conquista espanhola foi seguida pela
descoberta de ricas áreas mineradoras de ouro e prata, o que veio valorizar
ainda mais o novo continente.

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Descobrimento do brasil tmp

  • 1. COLÉGIO MILITAR DE CAMPO GRANDE DISCIPLINA DE HISTÓRIA ASS: DESCOBRIMENTO DO BRASIL Contexto histórico: o Descobrimento do Brasil deve ser entendido dentro do contexto das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Portugal e Espanha eram as nações mais poderosas do mundo e se lançaram ao mar em busca de novas terras para explorar. Usavam também o mar como rota para chegar as Índias, grande centro comercial da época, onde compravam especiarias (temperos, tecidos, joias) para revender na Europa com alta lucratividade. Antecedentes: Vasco da Gama retorna vitorioso a Portugal em 1499. Traz uma carga de porcelanas, sedas, tapetes e especiarias que garantem grandes lucros à Coroa. Rapidamente uma nova expedição é organizada e seu comando é entregue ao almirante Pedro Álvares Cabral. A esquadra sai da praia do Restelo, em Lisboa, dia 9 de março de 1500, com destino a Calicute, na Índia. Seu objetivo é estabelecer uma feitoria – espécie de entreposto comercial – e fazer acordos com o soberano local que garantam o monopólio do comércio para Portugal. A esquadra de Cabral: Cabral comanda a maior e mais bem equipada frota a zarpar dos portos ibéricos até então. Com dez naus e três caravelas, leva 1.500 homens, quase 3% da população de Lisboa, na época com cerca de 50 mil habitantes. São representantes da nobreza, comerciantes, artesãos, religiosos, alguns degredados e soldados. Participa da expedição um banqueiro florentino, Bartholomeu Marquione, elo de ligação entre a Coroa portuguesa e Lourenço de Medici, o senhor de Florença. Partem de Lisboa no dia 8 de março rumo à Índia, onde os portugueses deveriam efetuar transações comerciais – compra, venda e troca de especiarias. Depois de quase um mês no mar e de perderem uma das caravelas, a frota chegou ao Brasil no dia 22 de abril de 1500. No inicio os portugueses avistaram um grande monte, que mais tarde passou a ser chamado de Monte Pascoal. Primeiros contatos com os indígenas : assim que desembarcaram no Brasil, onde hoje situa-se Porto Seguro, na Bahia, os portugueses foram “recepcionados” pelos índios que rapidamente encantaram-se com os seus metais preciosos. Sem “saber” o que eram realmente aquelas terras, Cabral batizou-as de Ilha de Vera Cruz, e depois que entendeu que se tratava de um continente, chamou-a de Terra de Santa Cruz. Neste contato os portugueses ofereceram água aos índios que tomaram e cuspiram, pois era água velha com gosto muito diferente da água pura e fresca que os índios tomaram. Os índios também não quiseram vinho e comida oferecidos pelos portugueses., ou seja, foi um verdadeiro “choque de culturas”, houve estranhamento de ambos os lados. Os portugueses estranharam muito o fato dos índios andarem nus, enquanto os indígenas também estranharam as vestimentas, barbas e as caravelas dos portugueses.
  • 2. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil, rezada pelo Frei Henrique de Coimbra. Após a missa, a esquadra rumou em direção as Índias, em busca das especiarias. Como acreditavam que a terra descoberta se tratava de uma ilha, a nomearam de Ilha de Vera Cruz (primeiro nome do Brasil). Polêmica: Descobrimento ou chegada? Quando usamos o termo “Descobrimento do Brasil” parece que nossa terra não era habitada e os portugueses foram os primeiros a encontrá-la. Desta forma, desconsideramos a presença de mais de cinco milhões de indígenas, divididos em várias nações, que já habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada dos portugueses. Portanto, muitos historiadores preferem falar em “Chegada dos Portugueses ao Brasil”. Desta forma é valorizada a presença dos nativos brasileiros no território. Diante deste contexto, podemos afirmar que os portugueses descobriram o Brasil para os europeus. Principal fonte histórica: a principal fonte histórica sobre o Descobrimento do Brasil é um documento redigido por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da esquadra de Cabral. A "Carta de Pero Vaz de Caminha" a D. Manuel I, rei de Portugal, conta com detalhes aspectos da viagem, a chegada ao litoral brasileiro, os índios que habitavam na região e os primeiros contatos entre os portugueses e os nativos. O BRASIL PRÉ-COLONIAL A chegada dos portugueses no Brasil, em 1500, não teve como objetivo principal a criação de uma economia colonial e sim, com o objetivo, de expansão marítima em direção ao Oriente. No século XVI, logo após da viagem de Cabral ao Brasil, Lisboa já era um grande centro comercial privilegiado por posse de uma grande quantidade de especiarias proveniente das Índias, como: cravo, canela, gengibre, pimenta-do-reino, e especiarias da África, como: sal, marfim, ouro, escravos, etc. A descoberta do Brasil não mudou esse panorama, pois não se encontrou, de imediato, nenhum produto tão valioso que superasse pelas especiarias indianas. Por isso Portugal manteve sua atenção no Oriente, concentrando seus esforços e recursos naquele comércio, enquanto o Brasil ficava num relativo abandono. Portugal só começou a voltar sua atenção ao Brasil quando o comércio do oriente deixou de ser lucrativo devido à concorrência de outros países. Portanto de 1500 a 1530 os portugueses enviaram ao Brasil apenas expedições exploratórias e quarda-costeiras, sem se preocupar com uma futura ocupação do território brasileiro ou com o início da colonização. O Brasil sofreu um relativo abandono nos primeiros 30 anos após a chegada dos portugueses. Os principais motivos do abandono foram: • Inexistência de riquezas imediatas. • Interesse português no lucrativo comércio com o Oriente. • Pequena população em Portugal para colonizar o Brasil.
  • 3. AS PRIMEIRAS EXPEDIÇÕES Expedições exploratórias: Características: • Eram para fazer o reconhecimento da nova terra. • Descobrir suas riquezas e suas potencialidades. • Possuíam caráter misto, combinando interesses de particularidades com os da Coroa, isto é, eram oficiais e compostas de importantes mercadores. A primeira expedição foi chefiada por Gaspar de Lemos em 1501 e percorreu todo o litoral, dando nomes a alguns locais de acordo com o calendário e santos do dia (como o cabo de São Roque, em 16 de agosto de 1501; São Francisco, em 4 de outubro de 1501; Baía de Todos os Santos, em 1 de novembro de 1501; Rio de Janeiro, em 1 de janeiro de 1502; Angra dos Reis, em 6 de janeiro de 1502; ilha de São Sebastião, em 20 de janeiro de 1502; porto de São Vicente, em 22 de janeiro de 1502, entre outros), essa expedição confirmou a existência de pau-brasil no litoral, madeira muito usada na Europa para tingir tecidos. A expedição de Gonçalo Coelho em 1503: tinha como objetivo encontrar novas riquezas e extrair o pau-brasil. Fundou os primeiros depósitos de pau- brasil que serviam para as trocas com os índios, chamados feitorias, na região de Cabo Frio e Rio de Janeiro. O arrendamento do Brasil: Surpresos com a grande quantidade de pau-brasil, que antes provinha somente das Índias, a Coroa Portuguesa tratou de assegurar para si o controle total, ou seja, o monopólio da exploração, do qual os particulares só poderiam participar com permissão real. Em 1502, o rei D. Manuel arrendou a exploração daquela madeira a alguns comerciantes de Lisboa, liderados por Fernão de Noronha. - Se comprometiam a explorar a costa brasileira. - Construir feitorias fortificadas. - Pagar a quinta parte do lucro obtido ao governo. A Coroa Portuguesa buscava intensificar o comércio e garantir seus domínios coloniais e ainda obter uma parcela do lucro. Características da extração do pau Brasil: • A extração era monopólio da coroa portuguesa, que arrendou para um grupo de comerciantes liderados por Fernão de Noronha. • Foram organizadas feitorias, que eram uma espécie de entreposto comercial. Não estimulou a colonização do Brasil. • Era feito através do escambo: que era o acordo em que os índios cortavam as árvores e carregavam a madeira para a feitoria e em troca
  • 4. recebiam objetos vistosos e desconhecidos para eles mas que não passava de pequenas bugigangas para os portugueses. • A madeira era utilizada para extrair um corante vermelho, fazer móveis e barcos. Os países, que ficaram de fora da corrida expansionista marítima, começaram a se interessar por essa nova fonte de riqueza e por isso compensaram o atraso com atos de pirataria, invasões e contrabandos. Foi o caso da França (que sofria por motivos políticos internos), da Inglaterra e da Holanda. Os piratas eram agentes do governo, tornando isso um assunto de Estado. Apesar dos protestos de D. Manuel ao rei da França, Francisco I, a presença francesa nas costa brasileira crescia e colocava em risco o domínio português sobre a colônia. Isso obrigou o governo luso a organizar expedições militares para expulsar os corsários franceses chamadas expedições guarda-costeiras. As expedições guarda-costas: As duas primeiras expedições costeiras foram em 1516 e 1526, chefiada por Cristóvão Jacques. Não atingiram o objetivo: Pela grandeza do litoral brasileiro, o esquema de policiamento foi ineficiente, alguns navios inimigos foram pegos, mas muitos outros escaparam, tornando evidente a impossibilidade de controlar todo o litoral. O INICIO DA COLONIZAÇÃO BRASILEIRA Com várias dificuldades com as terras brasileiras, o rei de Portugal, D. João III, adotou uma nova política sobre suas colônias na América, que foi a fixação de colonos à terra e a fundação de povoados e fortificações, que espalhados pela costa dariam maior segurança e garantia à posse portuguesa. Assim, decidiu iniciar a colonização efetiva do Brasil, organizando a primeira expedição colonizadora, liderada por Martim Afonso de Souza. Martim Afonso de Souza visava a fixação dos portugueses ao solo brasileiro, intensificar a exploração colonial, procurar mais ouro, formar tropas de soldados para expulsar os estrangeiros e controlou a vinda de sementes e ferramentas agrícolas, para garantir o início do povoamento. Como quarda-costeira, Martim Afonso, aprisionou várias embarcações francesas; como explorador, chegou ao Sul, até a foz do rio da Prata e enviou várias expedições que penetraram pelo interior da colônia, como colonizador; fez uso de seu poder de distribuir lotes de terra, as sesmarias, aos novos habitantes, alem de dar início à plantação de cana-de-açúcar, construindo, o primeiro engenho da colônia, nomeada Engenho do Governador. (Engenho de Erasmus)) Com as sesmarias nascia o sistema agrário brasileiro fundado nas grandes propriedades de terras. Martim Afonso também fundou o primeiro povoamento de Brasil, a vila São Vicente, no estado de São Paulo. Suas realizações encerram o período pré-colonial. Martim Afonso retorna
  • 5. a Portugal em 1533. Enquanto Portugal reformulava sua política para com o Brasil, buscando uma ocupação efetiva do litoral, os espanhóis consolidavam sua conquista na América, destruindo civilizações sofisticadas, como a dos astecas (atual México), as dos maias (na América Central) e a dos incas (atual Peru). A conquista espanhola foi seguida pela descoberta de ricas áreas mineradoras de ouro e prata, o que veio valorizar ainda mais o novo continente.