SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Teorias Sociais no século XIX
Definição
 As teorias liberais e positivista podem ser consideradas
teorias favoráveis a organização capitalista da
sociedade. Mesmo, por vezes, reconhecendo problemas
parciais e buscando transformá-las, elas objetivam
manter e melhorar o sistema capitalista.
 As teorias socialistas podem ser definidas por um
conjunto de ideias que criticam o modelo capitalista
industrial. Essas críticas concentram-se,
principalmente, na propriedade privada dos meios de
produção e na desigualdade da distribuição das
riquezas.
 Algumas ideias socialistas tem uma visão reformista
(moderada) sobre a situação e outras críticas socialistas
tem uma visão mais revolucionária (radical).
A questão Social
Aumento da produção de riqueza e
aumento da pobreza: uma
contradição?
 A questão social do século XIX:
Muitos analistas perceberam que ó desenvolvimento do
capitalismo, embora produzisse um aumento nunca
visto na produção de riquezas materiais, não significou
a eliminação da pobreza, muito pelo contrário, a
intensificou. O aumento da riqueza não significou a sua
distribuição pelos diversos setores da sociedade, mas
concentrou-se nas mãos dos mais ricos, ou melhor, dos
donos dos meios de produção (ou burguesia, ou
capitalistas).
 Desta maneira, diversas teorias sociais no século XIX
buscarão formular respostas para este problema.
O Liberalismo
 Principais ideias:
 —  Direitos individuais (ênfase
na liberdade e PROPRIEDADE).
 —  Liberdade de comércio e
produção.
 —  Leis naturais da economia
(oferta e procura, livre
concorrência...).
 —  Liberdade de contrato de
trabalho (salários e jornada).
 —  NÃO INTERVENÇÃO do
Estado na economia.
 —  ADAM SMITH (1723 – 1790) –
“A Riqueza das Nações”.
A liberdade de mercado e a
“mão invisível”
 —  THOMAS MALTHUS (1766 – 1834) –
“Ensaio sobre a população”
 —  Teórico da “miséria inevitável”.
 —  Alimentos crescem em proporção
aritmética e população em proporção
geométrica.
 —  Guerras e epidemias = equilíbrio
entre a população e produção.
 —  Contenção da natalidade.
 —  Limitação de assistencialismo.
 —  Lei dos pobres (1834) – Workhouses
 —  Confinamento de miseráveis.
 —  DAVID RICARDO (1772 – 1823) –
“Princípios da economia política e
tributação”
 —  Lei férrea dos salários: salários =
mínimo para subsistência.
Positivismo e Doutrina Cristã
 DOUTRINA SOCIAL DA
IGREJA
 —  Papa Leão XIII.
 —  Encíclica RERUM
NOVARUM (1891).
 —  Contra a exploração de
operários.
 —  Contra a luta de classes e
o marxismo.
 —  Religião: instrumento de
reforma e justiça social.
 —  Apelo ao “espírito cristão”
dos empregadores para
respeitassem os operários.

 5 – POSITIVISMO
 —  AUGUSTE COMTE (1798 –
1857).
 —  Ignorância = fonte dos
problemas.
 —  Ciência = evolução
(caminho para a resolução
dos problemas).
 —  Governo: elite intelectual.
 —  Contra a democracia
(possibilidade dos ignorantes
interferirem politicamente).
 —  Lema: “ORDEM E
PROGRESSO”.
Socialismo Utópico
 Ideologia reformista;
 Alguns pensadores socialistas tinham uma
visão tão romantizada sobre a sociedade, que
suas ideias foram consideradas uma utopia
(sonho);
 Esses pensadores não promoveram análises
“científicas” sobre o processo capitalista e
julgavam que o “bom caráter” da sociedade
em geral, seria suficiente para promover uma
sociedade mais igualitaria. Em outras
palavras, os socialistas utópicos, como
ficaram conhecidos, acreditavam que a
burguesia abdicaria de parte dos seus bens
para a construção de uma sociedade mais
justa.
Socialistas Utópicos
Saint-Simon (1760-1825)
 Crítica ao “tripé de
dominação”: clero, nobreza e
 militares”.
 Não crítica a camada de
proprietários;
 Não aponta para o fim da
propriedade privada;
 Defende um governo de
“sábios” (influência da
 “ República” de Platão).
Socialistas Utópicos
Charles Fourier (1772-1837)
 Criação de fazendas
comunitárias isoladas do
mundo capitalista
(Falanstérios);
 Crítica às divisões em classes
sociais;
 Os Falanstérios agroindustriais
não obtém êxito.
Socialistas Utópicos
Robert Owen (1771-1858)
 IDEAL : comunidade com total
igualdade entre os seus
 membros;
 Criação de uma fábrica com as
seguintes melhorias assistencialistas:
 10 horas de jornada de trabalho;
 Fundo de pensão;
 Creches, centros de recreação;
 Apesar de seus esforços, suas
tentativas de estabelecer núcleos
cooperativos na Inglaterra não foram
bem sucedidas.
Socialismo Científico
(Marxismo)
 Ideologia revolucionária;
 Crítica estrutural ao capitalismo
(procuraram compreender a dinâmica
do capitalismo – origem,
desenvolvimento e contradições – para
dessa forma, superá-lo);
 Análise “científica” dos mecanismos
de funcionamento do capitalismo;
 Para os socialistas científicos, também
conhecidos como marxistas, a única
forma de se atingir uma sociedade
mais igualitária seria através da
revolução proletária.
Socialistas Científicos
Karl Marx
(1818-1883) Friedrich Engels
(1820-1895)
Conceitos Marxistas
 Materialismo Histórico: parte do
pressuposto de que todos os grandes
movimentos políticos, sociais e
intelectuais da história têm sido
determinados pela relações sociais de
produção, historicamente determinadas.
Em outras palavras, o modo de produção
da vida material condiciona o conjunto
dos processos da vida social, política e
cultural, enfim, o sistema de valores, a
ideologia.
Conceitos Marxistas
 Materialismo Dialético: tem como base a ideia de
que o mundo não pode ser considerado um
complexo de fenômenos acabados, mas de
processos em que as relações e os reflexos delas
estão em constante movimento. Isso quer dizer
que cada sistema econômico em particular está
baseado em padrões definidos de produção e de
troca que se expandem até alcançar um ponto de
máxima eficiência. A partir desse momento,
manifestam-se e se desenvolvem contradições
internas que trazem consigo os elementos da sua
destruição e os fundamentos de um sistema novo
que substituirá o antigo, ao mesmo tempo, em
que lhe absorve as características mais valiosas.
Conceitos Marxistas
 Luta de Classes: era o motor da história. Para Marx e
Engels enquanto houvesse diferença social, haveria a
luta de classes, isto é, o enfrentamento entre setores
sociais antagônicos. No caso do capitalismo industrial,
este enfrentamento coloca em oposição a Burguesia e o
Proletariado.
Conceitos Marxistas
 Mais-Valia: para Marx e Engels a divisão social
do trabalho na sociedade capitalista levou
uma pequena parcela de pessoas a se
apropriar dos meios de produção. A um outro
grupo, os proletários, restou apenas a
propriedade do corpo e da força de trabalho.
Os detentores dos meios de produção
compram a força de trabalho dos proletários
e impõem condições de trabalho com o
objetivo de gerar lucros. Marx e Engels
acreditavam que uma das formas de
exploração capitalista mais eficiente é a
mais-valia, que seria a diferença expressa
entre o valor do que o trabalhador produz e o
que ele recebe em forma de salário. Segundo
eles, o trabalhador nunca recebe o valor total
do fruto do seu trabalho.
Acompanhe o exemplo
 Uma fábrica de bolsas contrata um operário
para trabalhar 8 horas por dia. Ele recebe um
salário de R$ 24,00 ao dia, o que equivale a
R$ 3,00 por hora e a R$ 720,00 por mês. Esse
operario fabrica 200 bolsas por mês e o
empresário vende cada uma por R$ 150,00.
Para cada bolsa, vamos admitir que sejam
gastos R$ 100,00 em matéria-prima, energia
elétrica e outros insumos. Ainda sobraria R$
50,00 de lucro por bolsa vendida, ou seja, a
cada 200 bolsas produzidas e vendidas, o
operário ganha R$ 720,00 e o empresário R$
10.000,00. Digamos que esse operário consiga
produzir, em média, 6 bolsas por dia. Ele
recebe R$ 24,00 e o capitalista recebe R$ R$
300,00. Nesse caso a mais-valia
corresponderia a R$ 276,00 por dia.
Conceitos Marxistas
 Revolução Socialista e Comunismo: para
Marx e Engels, a superação do capitalismo
e a construção de uma sociedade sem
classes só seriam possíveis por meio de
uma revolução socialista, conduzida pelos
trabalhadores. O estágio seguinte da
humanidade seria o comunismo, uma
sociedade sem classes, sem propriedade
privada dos meios de produção e sem
Estado, na qual cada pessoa trabalharia
de acordo com suas capacidades e
receberia um salário proporcional às suas
necessidades.
Anarquismo
 A palavra anarquismo, de origem grega, não
significa desordem e sim “sem governo”. Por
essa razão, os teóricos anarquistas discutiram
a possibilidade de consolidar uma sociedade
na qual os seres humanos se afirmariam por
meio de uma ação própria em um contexto
sociopolítico de liberdade, sem a opressão da
Igreja e dos governos. Eles rejeitavam
qualquer autoridade porque viam nela a fonte
básica dos males humanos. Também não
admitiam o Estado e sua organização
burocrática, considerando-os responsáveis
pela consolidação da ordem política,
econômica e social da burguesia.
Anarquismo
 Para o movimento anarquista, o ser
humano deve viver sem Estado, a partir
de uma gestão comunitária, ou seja, por
meio da cooperação. Em livre associação,
os indivíduos seriam capazes de produzir
e distribuir a riqueza produzida de acordo
com suas necessidades.
 O movimento conviveu com um sério
paradoxo: mesmo contrários a qualquer
forma de autoritarismo e ao uso da força,
os anarquistas admitiam esse método para
a derrubada da autoridade e a instauração
da condição ideal, ou seja, a sociedade
anarquista.
Pensadores Anarquistas
Pierre-Joseph Proudhon (1808-1865):
 “ A propriedade é um roubo”;
 Destruição do Estado;
 Autogoverno dos trabalhadores;
Mikhail Bakunin (1814-1876):
 Radicalização da teoria anarquista;
 Anarquismo terroristas;
 Ataque aos chefes de estado e representantes do poder;
 “ O mundo será um lugar melhor quando o último burguês morrer
enforcado nas tripas do último padre e afogado no sangue do último
militar”.
Pensadores mais recentes: Erico Malatesta e Leon Tolstoi.
Anarcossindicalismo
 Foi a tentativa de organizar
coletivamente o movimento anarquista.
Teve importância no movimento operário
mundial, incluindo o Brasil. Essas ideias
chegaram ao Brasil no início do século XX
através dos imigrantes italianos.
 Os seguidores dessa corrente defendiam a
destruição da ordem liberal burguesa e a
construção de uma sociedade de
indivíduos livres. Os anarcossindicalistas
acreditavam que a transformação da
sociedade só seria possível com a ação
direta dos trabalhadores, por meio de
uma greve geral dirigida pelos sindicatos.
Teorias  sociais do século xix

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

2° ano - Brasil Império: Segundo Reinado
2° ano  - Brasil Império: Segundo Reinado2° ano  - Brasil Império: Segundo Reinado
2° ano - Brasil Império: Segundo Reinado
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
Imperialismo e Neocolonialismo
Imperialismo e NeocolonialismoImperialismo e Neocolonialismo
Imperialismo e Neocolonialismo
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poder
 
13 colônias inglesas
13 colônias inglesas13 colônias inglesas
13 colônias inglesas
 
Primeiro Reinado (1822-1831)
Primeiro Reinado (1822-1831)Primeiro Reinado (1822-1831)
Primeiro Reinado (1822-1831)
 
A Idade Moderna
A Idade ModernaA Idade Moderna
A Idade Moderna
 
Teóricos do Absolutismo
Teóricos do AbsolutismoTeóricos do Absolutismo
Teóricos do Absolutismo
 
Unificação italia e alemanha
Unificação italia e alemanhaUnificação italia e alemanha
Unificação italia e alemanha
 
Idade média
Idade médiaIdade média
Idade média
 
Socialismo
SocialismoSocialismo
Socialismo
 
Das Revoluções Inglesa à Revolução Industrial
Das Revoluções Inglesa à Revolução IndustrialDas Revoluções Inglesa à Revolução Industrial
Das Revoluções Inglesa à Revolução Industrial
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
REVOLUÇÃO INDUSTRIALREVOLUÇÃO INDUSTRIAL
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
 
Independência da América Espanhola
Independência da América EspanholaIndependência da América Espanhola
Independência da América Espanhola
 
A Era Vargas
A Era Vargas A Era Vargas
A Era Vargas
 
Período regencial
Período regencialPeríodo regencial
Período regencial
 
Revoluções Liberais Séc XIX
Revoluções Liberais Séc XIXRevoluções Liberais Séc XIX
Revoluções Liberais Séc XIX
 
Revoltas na República Velha
Revoltas na República VelhaRevoltas na República Velha
Revoltas na República Velha
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUAINDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
 

Semelhante a Teorias sociais do século xix

Apresentação_Economia Solidária_Criticas Capitalismo
Apresentação_Economia Solidária_Criticas CapitalismoApresentação_Economia Solidária_Criticas Capitalismo
Apresentação_Economia Solidária_Criticas CapitalismoFabricio_brito
 
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo Dismael Sagás
 
Movimentos do século xix
Movimentos do século xixMovimentos do século xix
Movimentos do século xixMax22Rodrigues
 
Karl max e as teorias socialistas
Karl max e as teorias socialistasKarl max e as teorias socialistas
Karl max e as teorias socialistasespacoaberto
 
Política marxista
Política marxistaPolítica marxista
Política marxistaVictor Said
 
Economia e Mercado - Socialismo Científico ou Marxista
Economia e Mercado - Socialismo Científico ou Marxista Economia e Mercado - Socialismo Científico ou Marxista
Economia e Mercado - Socialismo Científico ou Marxista Bolivar Motta
 
Socialismo Em Angola
Socialismo Em AngolaSocialismo Em Angola
Socialismo Em AngolaVanda30
 
Aula-semana 06/03. Artesanato- Manufatura- Indústria. Socialismo
Aula-semana 06/03.Artesanato- Manufatura- Indústria.SocialismoAula-semana 06/03.Artesanato- Manufatura- Indústria.Socialismo
Aula-semana 06/03. Artesanato- Manufatura- Indústria. Socialismojoao paulo
 
Socialismo 9º Ano
Socialismo 9º AnoSocialismo 9º Ano
Socialismo 9º AnoLucas Weiby
 
Sociologia 28 set 2012
Sociologia   28 set 2012Sociologia   28 set 2012
Sociologia 28 set 2012gabriela_eiras
 

Semelhante a Teorias sociais do século xix (20)

Apresentação_Economia Solidária_Criticas Capitalismo
Apresentação_Economia Solidária_Criticas CapitalismoApresentação_Economia Solidária_Criticas Capitalismo
Apresentação_Economia Solidária_Criticas Capitalismo
 
Socialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismoSocialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismo
 
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo
 
Capitalismo e socialismo
Capitalismo e socialismoCapitalismo e socialismo
Capitalismo e socialismo
 
Doutrinas sociais
Doutrinas sociaisDoutrinas sociais
Doutrinas sociais
 
Socialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismoSocialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismo
 
Socialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismoSocialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismo
 
Doutrinas sociais do séc xix
Doutrinas  sociais do séc xix Doutrinas  sociais do séc xix
Doutrinas sociais do séc xix
 
Movimentos do século xix
Movimentos do século xixMovimentos do século xix
Movimentos do século xix
 
Karl max e as teorias socialistas
Karl max e as teorias socialistasKarl max e as teorias socialistas
Karl max e as teorias socialistas
 
( Espiritismo) # - ademar a c reis - neoliberalismo x espiritismo
( Espiritismo)   # - ademar a c reis - neoliberalismo x espiritismo( Espiritismo)   # - ademar a c reis - neoliberalismo x espiritismo
( Espiritismo) # - ademar a c reis - neoliberalismo x espiritismo
 
( Espiritismo) # - ademar a c reis - neoliberalismo x espiritismo
( Espiritismo)   # - ademar a c reis - neoliberalismo x espiritismo( Espiritismo)   # - ademar a c reis - neoliberalismo x espiritismo
( Espiritismo) # - ademar a c reis - neoliberalismo x espiritismo
 
Política marxista
Política marxistaPolítica marxista
Política marxista
 
Economia e Mercado - Socialismo Científico ou Marxista
Economia e Mercado - Socialismo Científico ou Marxista Economia e Mercado - Socialismo Científico ou Marxista
Economia e Mercado - Socialismo Científico ou Marxista
 
Socialismo Em Angola
Socialismo Em AngolaSocialismo Em Angola
Socialismo Em Angola
 
Aula-semana 06/03. Artesanato- Manufatura- Indústria. Socialismo
Aula-semana 06/03.Artesanato- Manufatura- Indústria.SocialismoAula-semana 06/03.Artesanato- Manufatura- Indústria.Socialismo
Aula-semana 06/03. Artesanato- Manufatura- Indústria. Socialismo
 
Doutrinas sociais do século XIX
Doutrinas sociais do século XIXDoutrinas sociais do século XIX
Doutrinas sociais do século XIX
 
Socialismo 9º Ano
Socialismo 9º AnoSocialismo 9º Ano
Socialismo 9º Ano
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
Sociologia 28 set 2012
Sociologia   28 set 2012Sociologia   28 set 2012
Sociologia 28 set 2012
 

Mais de Educador Lamarão

Mais de Educador Lamarão (7)

Questionario. teorias sociais
Questionario. teorias sociaisQuestionario. teorias sociais
Questionario. teorias sociais
 
Jango e ditadura
Jango e ditaduraJango e ditadura
Jango e ditadura
 
O início do segundo reinado
O início do segundo reinadoO início do segundo reinado
O início do segundo reinado
 
Slide - Aula descoberta do ouro
Slide - Aula descoberta do ouroSlide - Aula descoberta do ouro
Slide - Aula descoberta do ouro
 
Crise 1
Crise 1Crise 1
Crise 1
 
Crise 2
Crise 2Crise 2
Crise 2
 
Slide revoluçao industrial - 1a fase
Slide revoluçao industrial - 1a faseSlide revoluçao industrial - 1a fase
Slide revoluçao industrial - 1a fase
 

Último

Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 

Último (20)

Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 

Teorias sociais do século xix

  • 1. Teorias Sociais no século XIX
  • 2. Definição  As teorias liberais e positivista podem ser consideradas teorias favoráveis a organização capitalista da sociedade. Mesmo, por vezes, reconhecendo problemas parciais e buscando transformá-las, elas objetivam manter e melhorar o sistema capitalista.  As teorias socialistas podem ser definidas por um conjunto de ideias que criticam o modelo capitalista industrial. Essas críticas concentram-se, principalmente, na propriedade privada dos meios de produção e na desigualdade da distribuição das riquezas.  Algumas ideias socialistas tem uma visão reformista (moderada) sobre a situação e outras críticas socialistas tem uma visão mais revolucionária (radical).
  • 4. Aumento da produção de riqueza e aumento da pobreza: uma contradição?  A questão social do século XIX: Muitos analistas perceberam que ó desenvolvimento do capitalismo, embora produzisse um aumento nunca visto na produção de riquezas materiais, não significou a eliminação da pobreza, muito pelo contrário, a intensificou. O aumento da riqueza não significou a sua distribuição pelos diversos setores da sociedade, mas concentrou-se nas mãos dos mais ricos, ou melhor, dos donos dos meios de produção (ou burguesia, ou capitalistas).  Desta maneira, diversas teorias sociais no século XIX buscarão formular respostas para este problema.
  • 5.
  • 6. O Liberalismo  Principais ideias:  —  Direitos individuais (ênfase na liberdade e PROPRIEDADE).  —  Liberdade de comércio e produção.  —  Leis naturais da economia (oferta e procura, livre concorrência...).  —  Liberdade de contrato de trabalho (salários e jornada).  —  NÃO INTERVENÇÃO do Estado na economia.  —  ADAM SMITH (1723 – 1790) – “A Riqueza das Nações”. A liberdade de mercado e a “mão invisível”  —  THOMAS MALTHUS (1766 – 1834) – “Ensaio sobre a população”  —  Teórico da “miséria inevitável”.  —  Alimentos crescem em proporção aritmética e população em proporção geométrica.  —  Guerras e epidemias = equilíbrio entre a população e produção.  —  Contenção da natalidade.  —  Limitação de assistencialismo.  —  Lei dos pobres (1834) – Workhouses  —  Confinamento de miseráveis.  —  DAVID RICARDO (1772 – 1823) – “Princípios da economia política e tributação”  —  Lei férrea dos salários: salários = mínimo para subsistência.
  • 7.
  • 8. Positivismo e Doutrina Cristã  DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA  —  Papa Leão XIII.  —  Encíclica RERUM NOVARUM (1891).  —  Contra a exploração de operários.  —  Contra a luta de classes e o marxismo.  —  Religião: instrumento de reforma e justiça social.  —  Apelo ao “espírito cristão” dos empregadores para respeitassem os operários.   5 – POSITIVISMO  —  AUGUSTE COMTE (1798 – 1857).  —  Ignorância = fonte dos problemas.  —  Ciência = evolução (caminho para a resolução dos problemas).  —  Governo: elite intelectual.  —  Contra a democracia (possibilidade dos ignorantes interferirem politicamente).  —  Lema: “ORDEM E PROGRESSO”.
  • 9.
  • 10. Socialismo Utópico  Ideologia reformista;  Alguns pensadores socialistas tinham uma visão tão romantizada sobre a sociedade, que suas ideias foram consideradas uma utopia (sonho);  Esses pensadores não promoveram análises “científicas” sobre o processo capitalista e julgavam que o “bom caráter” da sociedade em geral, seria suficiente para promover uma sociedade mais igualitaria. Em outras palavras, os socialistas utópicos, como ficaram conhecidos, acreditavam que a burguesia abdicaria de parte dos seus bens para a construção de uma sociedade mais justa.
  • 11. Socialistas Utópicos Saint-Simon (1760-1825)  Crítica ao “tripé de dominação”: clero, nobreza e  militares”.  Não crítica a camada de proprietários;  Não aponta para o fim da propriedade privada;  Defende um governo de “sábios” (influência da  “ República” de Platão).
  • 12. Socialistas Utópicos Charles Fourier (1772-1837)  Criação de fazendas comunitárias isoladas do mundo capitalista (Falanstérios);  Crítica às divisões em classes sociais;  Os Falanstérios agroindustriais não obtém êxito.
  • 13. Socialistas Utópicos Robert Owen (1771-1858)  IDEAL : comunidade com total igualdade entre os seus  membros;  Criação de uma fábrica com as seguintes melhorias assistencialistas:  10 horas de jornada de trabalho;  Fundo de pensão;  Creches, centros de recreação;  Apesar de seus esforços, suas tentativas de estabelecer núcleos cooperativos na Inglaterra não foram bem sucedidas.
  • 14. Socialismo Científico (Marxismo)  Ideologia revolucionária;  Crítica estrutural ao capitalismo (procuraram compreender a dinâmica do capitalismo – origem, desenvolvimento e contradições – para dessa forma, superá-lo);  Análise “científica” dos mecanismos de funcionamento do capitalismo;  Para os socialistas científicos, também conhecidos como marxistas, a única forma de se atingir uma sociedade mais igualitária seria através da revolução proletária.
  • 15. Socialistas Científicos Karl Marx (1818-1883) Friedrich Engels (1820-1895)
  • 16.
  • 17. Conceitos Marxistas  Materialismo Histórico: parte do pressuposto de que todos os grandes movimentos políticos, sociais e intelectuais da história têm sido determinados pela relações sociais de produção, historicamente determinadas. Em outras palavras, o modo de produção da vida material condiciona o conjunto dos processos da vida social, política e cultural, enfim, o sistema de valores, a ideologia.
  • 18. Conceitos Marxistas  Materialismo Dialético: tem como base a ideia de que o mundo não pode ser considerado um complexo de fenômenos acabados, mas de processos em que as relações e os reflexos delas estão em constante movimento. Isso quer dizer que cada sistema econômico em particular está baseado em padrões definidos de produção e de troca que se expandem até alcançar um ponto de máxima eficiência. A partir desse momento, manifestam-se e se desenvolvem contradições internas que trazem consigo os elementos da sua destruição e os fundamentos de um sistema novo que substituirá o antigo, ao mesmo tempo, em que lhe absorve as características mais valiosas.
  • 19. Conceitos Marxistas  Luta de Classes: era o motor da história. Para Marx e Engels enquanto houvesse diferença social, haveria a luta de classes, isto é, o enfrentamento entre setores sociais antagônicos. No caso do capitalismo industrial, este enfrentamento coloca em oposição a Burguesia e o Proletariado.
  • 20. Conceitos Marxistas  Mais-Valia: para Marx e Engels a divisão social do trabalho na sociedade capitalista levou uma pequena parcela de pessoas a se apropriar dos meios de produção. A um outro grupo, os proletários, restou apenas a propriedade do corpo e da força de trabalho. Os detentores dos meios de produção compram a força de trabalho dos proletários e impõem condições de trabalho com o objetivo de gerar lucros. Marx e Engels acreditavam que uma das formas de exploração capitalista mais eficiente é a mais-valia, que seria a diferença expressa entre o valor do que o trabalhador produz e o que ele recebe em forma de salário. Segundo eles, o trabalhador nunca recebe o valor total do fruto do seu trabalho.
  • 21. Acompanhe o exemplo  Uma fábrica de bolsas contrata um operário para trabalhar 8 horas por dia. Ele recebe um salário de R$ 24,00 ao dia, o que equivale a R$ 3,00 por hora e a R$ 720,00 por mês. Esse operario fabrica 200 bolsas por mês e o empresário vende cada uma por R$ 150,00. Para cada bolsa, vamos admitir que sejam gastos R$ 100,00 em matéria-prima, energia elétrica e outros insumos. Ainda sobraria R$ 50,00 de lucro por bolsa vendida, ou seja, a cada 200 bolsas produzidas e vendidas, o operário ganha R$ 720,00 e o empresário R$ 10.000,00. Digamos que esse operário consiga produzir, em média, 6 bolsas por dia. Ele recebe R$ 24,00 e o capitalista recebe R$ R$ 300,00. Nesse caso a mais-valia corresponderia a R$ 276,00 por dia.
  • 22. Conceitos Marxistas  Revolução Socialista e Comunismo: para Marx e Engels, a superação do capitalismo e a construção de uma sociedade sem classes só seriam possíveis por meio de uma revolução socialista, conduzida pelos trabalhadores. O estágio seguinte da humanidade seria o comunismo, uma sociedade sem classes, sem propriedade privada dos meios de produção e sem Estado, na qual cada pessoa trabalharia de acordo com suas capacidades e receberia um salário proporcional às suas necessidades.
  • 23. Anarquismo  A palavra anarquismo, de origem grega, não significa desordem e sim “sem governo”. Por essa razão, os teóricos anarquistas discutiram a possibilidade de consolidar uma sociedade na qual os seres humanos se afirmariam por meio de uma ação própria em um contexto sociopolítico de liberdade, sem a opressão da Igreja e dos governos. Eles rejeitavam qualquer autoridade porque viam nela a fonte básica dos males humanos. Também não admitiam o Estado e sua organização burocrática, considerando-os responsáveis pela consolidação da ordem política, econômica e social da burguesia.
  • 24. Anarquismo  Para o movimento anarquista, o ser humano deve viver sem Estado, a partir de uma gestão comunitária, ou seja, por meio da cooperação. Em livre associação, os indivíduos seriam capazes de produzir e distribuir a riqueza produzida de acordo com suas necessidades.  O movimento conviveu com um sério paradoxo: mesmo contrários a qualquer forma de autoritarismo e ao uso da força, os anarquistas admitiam esse método para a derrubada da autoridade e a instauração da condição ideal, ou seja, a sociedade anarquista.
  • 25. Pensadores Anarquistas Pierre-Joseph Proudhon (1808-1865):  “ A propriedade é um roubo”;  Destruição do Estado;  Autogoverno dos trabalhadores; Mikhail Bakunin (1814-1876):  Radicalização da teoria anarquista;  Anarquismo terroristas;  Ataque aos chefes de estado e representantes do poder;  “ O mundo será um lugar melhor quando o último burguês morrer enforcado nas tripas do último padre e afogado no sangue do último militar”. Pensadores mais recentes: Erico Malatesta e Leon Tolstoi.
  • 26. Anarcossindicalismo  Foi a tentativa de organizar coletivamente o movimento anarquista. Teve importância no movimento operário mundial, incluindo o Brasil. Essas ideias chegaram ao Brasil no início do século XX através dos imigrantes italianos.  Os seguidores dessa corrente defendiam a destruição da ordem liberal burguesa e a construção de uma sociedade de indivíduos livres. Os anarcossindicalistas acreditavam que a transformação da sociedade só seria possível com a ação direta dos trabalhadores, por meio de uma greve geral dirigida pelos sindicatos.