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História do BrasilHistória do Brasil Prof. Lamarão
O primeiro Reinado no Brasil.
A Assembleia Constituinte
(aquela responsável por elaborar uma
constituição) já havia sido convocada
antes mesmo de decretada a Indepen-
dência. Em 3 de junho de 1822, o traba-
lho da assembleia teve início com o obje-
tivo de construir as leis que seriam os
pilares do Estado Brasileiro. Contudo, no
interior desta assembleia se destacavam
dois grupos: o “partido português” e o
“partido brasileiro” (estes divididos em:
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políticos no sentido moderno do termo,
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pação política, que compartilhavam cer-
tos objetivos. O “partido português” de-
sejava uma organização do Estado que
mantivesse a Monarquia, com grandes
poderes centralizados na mão do Impe-
rador com o objetivo de manter a unida-
de territorial, a concentração de terras e
a escravidão, já os “brasileiros” defendi-
am o modelo americano de Constituição
que, embora mantivesse um poder cen-
tral, parte do poder seria distribuído
entre as elites provinciais que teriam no
Parlamento um instrumento bastante
fortalecido, dando origem ao que deno-
minamos poder descentralizado ou fede-
ralismo. Havia, contudo, outro ponto de
tensão entre os dois grupos: de um lado,
os “portugueses” ainda sonhavam com a
recolonização do Brasil e sendo D. Pedro
I o herdeiro do trono português, esta
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“brasileiros” desejavam consolidar o
processo de independência. No mais, os
“brasileiros” também concordavam com
a manutenção da escravidão, da concen-
tração de terras e da unidade territorial,
a salvo poucos exceções “radicais”.
Neste ponto, a manutenção da
unidade territorial brasileira foi um fenô-
meno pouco comum no cenário america-
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da, muito por conta da presença anterior
à independência de um aparelho de Es-
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Real (1808). Também diferente, foi o
fato de, no Brasil, se organizar uma mo-
narquia, enquanto nos demais países a
forma de governo adotada foi a Repúbli-
ca. A solução, para a estabilização políti-
ca do Brasil, passou pela adoção de um
regime centralizado, monarquista e au-
toritário com o objetivo de debelar os
motins e revoltas ocasionados em resis-
tência ao processo de independência.
Como na Bahia, onde militares portugue-
ses e funcionários do Estado se levanta-
ram em fidelidade a D. João, posicionan-
do-se contra a ruptura política. Ou o con-
trário no Pará, onde, em 1823, tropas se
levantaram contra as autoridades consti-
tuídas, depuseram a Junta de Governo e
nomearam o cônego Batista Campos.
Traziam consigo um sentimento que iria
crescer nos próximos anos e pode ser
considerado como um elemento funda-
dor da construção da identidade brasilei-
ra: o antilusitanismo. No dia seguinte,
no entanto, as tropas oficias retomam o
poder e o controle político. Os insurgen-
tes são presos no porão do navio Palha-
ço e 252 pessoas são lá fuziladas, no epi-
sódio conhecido como: o Massacre do
Palhaço. Este movimento repercutiu em
toda a região da floresta e será um dos
precursores das agitações da Cabana-
gem no Período Regencial (1831-1840).
Esta agitações, só alimentavam o temor
das elites brasileiras de que aqui aconte-
cesse um novo “Haiti”, contribuindo para
uma formação social marcada pelo auto-
ritarismo e pela exclusão politica, social e
econômica de grandes parcelas da popu-
lação. A Constituição seria a espinha dor-
sal deste Estado autoritário e excluden-
te.
1. A constituição de 1824
Como dissemos, a Constituição
teve iniciada os seus trabalhos ainda em
1822, antes da independência. Os ir-
mãos Andradas, em especial José Bonifá-
cio, tentavam conciliar os antagônicos
projetos em uma Constituição. Todavia,
qualquer Constituição elaborada teria de
passar pelo crivo Imperial que, em certa
ocasião, afirmou: “que a Constituição,
que façais, mereça a minha Imperial
aceitação, seja tão sábia, e tão justa,
quanto apropriada para a realidade bra-
sileira”. Ainda mais tendo em conta as
agitações surgidas em determinadas
províncias, era natural que os debates se
mantivessem em torno do poder centra-
lizado do Imperador. Contudo, o contrá-
rio também assombrava as elites, em
especial o “partido brasileiro”: o excesso
de centralização poderia levar a um go-
verno despótico. Assim, um Ante Projeto
Constitucional foi proposto pela Assem-
bleia, no ano de 1823, e continha, dentre
outras ideias: a Câmara não poderia ser
dissolvida; as Forças Armadas ficavam
sobre o controle da Câmara e não do
Imperador; o veto do Imperador terá
caráter suspensivo, só sendo efetiva-
mente validado após analise da Câmara;
a assembleia seria bicameral (duas câ-
maras: câmara dos deputados e Senado);
o Imperador deveria renunciar ao Trono
brasileiro caso viesse a assumir outro
Trono (o medo da recolonização falava
alto, neste dispositivo). Além disso, o
voto seria censitário, em outros termos,
somente poderia votar quem compro-
vasse certa renda. Para ser eleitor primá-
rio, o anteprojeto determinava a com-
provação de renda de, no mínimo, 150
alqueires de farinha de mandioca; já
para ser eleitor secundário (eleitor esco-
lhido pelos eleitores primários para vota-
rem), deveria ter renda de 250 alqueires
da mesma farinha; para ser candidato a
Deputado, o cidadão deveria ter com-
provada uma renda mínima de 500 al-
queires e para se candidatar ao Senado,
o dobro. Com relação a escravidão, a
proposta institucionalizou a escravidão
como direito dos proprietários, colocan-
do o Estado como responsável no com-
bate e punição daqueles escravos que
não se subjugasse. Devido a esta associa-
ção à farinha de mandioca, a proposta
Constitucional ganhou o apelido de
Constituição da Mandioca.
É de se imaginar que esta pro-
posta Constitucional não agradasse o
autoritário Imperador que tratou de dis-
solver a Câmara e, no dia 12 de novem-
bro de 1823, compôs uma Comissão Im-
perial que entregou um projeto baseado,
em parte, na Constituição da Mandioca,
no dia 11 de dezembro de 1823. Em 25
de março de 1824, esta proposta foi ou-
torgada como Constituição pelo Impera-
dor. Dentre os seus principais dispositi-
vos, destacamos:
No que diz respeito ao poder
Moderador, ele consistia no eixo central
do autoritarismo de D. Pedro. Formulado
pelo jurista suíço, Benjamin Constant,
que afirmava a necessidade de um poder
que moderasse os demais poderes quan-
do necessário. Quando estes poderes
apresentassem algum impasse, o poder
moderador cumpriria com o seu papel,
em último recurso. Acontece que na for-
mação do Estado Nacional, o Poder Mo-
derador assumia um papel quase de pri-
meira instância. Tinha o poder de dissol-
ver a Câmara, nomear juízes, sancionar
ou vetar leis e demitir ou nomear Minis-
tros, em suma, tinha capacidade de in-
terferir nos demais poderes. Importa
notar que, politicamente, este dispositi-
vo tinha sido utilizado por Luiz XVIII, na
França, esta Constituição francesa seria
outra importante influencia para a for-
mação da Carta de 1824.
Contudo, todo este autoritaris-
mo não passava sem reação, ainda em
1824 eclode em Pernambuco um levante
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nambuco será uma região marcada pela
penetração das ideias liberais, muito por
conta da ação da maçonaria. O histórico
de levantes na região de caráter liberal
comprova esta ideia. Assolados pela que-
da constante do preço do açúcar, bem
como os pesados impostos cobrados
pelo Império, os pernambucanos se le-
vantam contra a nomeação de um novo
governo para a província, em substitui-
ção por um que havia sido eleito pela
população local. As Câmaras de Olinda e
Recife não reconhecem a nomeação e
mantém o governador eleito. Esquadras
do exército brasileiro, composto majori-
tariamente por mercenários estrangei-
ros, foram enviadas para `Pernambuco,
mas tiveram que retornar à Capital devi-
do a ameaça de uma invasão portugue-
sa. Este episódio foi utilizado pelos Per-
nambucanos como a prova de desleixo
do Império para com o nordeste. Convo-
caram-se outros Estados nordestinos
para a composição de uma assembleia
constituinte que tinha como objetivo a
formação de uma República denominada
Confederação do Equador, pois que se
baseava na Constituição Equatoriana
recém-aprovada. Passada a ameaça de
invasão portuguesa, contudo, poderosa
reação foi organizada contra Pernambu-
co e os insurgentes; daí o Imperador
mobilizou cinco navios e 1200 homens
em terra para subjugar a província. Vi-
sando aumentar o seu contingente mili-
tar, os insurretos decretam o fim do trá-
fico de escravos e passam a recrutar ne-
gros e mulatos. Esta medida desagrada a
elite escravista, sempre rememorada do
Haiti, e cria uma divisão no interior dos
rebelados. Assim, não fica difícil para a
repressão subjugar o levante pernambu-
cano e pôr fim à Confederação do Equa-
dor. Muitos se entregam, contudo ou-
tros não aceitam os termos e mantém a
resistência no interior da província, em
tropas volantes, encurraladas, dentre
estes, estava Frei Caneca. Extenuados e
sem perspectivas, Frei Caneca e os de-
mais se rendem acreditando na possibili-
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pectativa não se cumpre e muitos são
condenados à morte. Nenhum capataz,
contudo, se prontificou a executar o Frei
Caneca que
teve que ser
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corpo perma-
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posto em
praça pública,
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da após a
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contudo, ho-
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2. O Reconhecimento Externo
Da Independência Do Brasil.
Dois fatores externos pesavam
contra a afirmação do Brasil no cenário
 Parlamento seria bicameral e compos-
to por deputados e Senadores (que
seriam Vitalícios, e escolhidos pelo
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 Garantia de direitos individuais;
 Criação do poder Moderador;
 Manutenção da Escravidão;
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cofre do Estado (padroado) e o Impe-
rador determinava a validade de Bulas
do papa para a Igreja Católica no Bra-
sil (beneplácito).
 O voto seria permitido aos analfabe-
tos, tendo em vista ser esta a condi-
ção de substancial parcela das elites.
Todavia, seria censitário, e o eleitor
deveria comprovar renda de cem mil
réis, para deputado a renda mínima
seria de 400 mil réis e para os senado-
res, 800 mil réis.
O martírio de Frei
Caneca
internacional. Primeiro, a Santa Aliança e
a onda restauradora era uma ameaça
efetiva ao novo estatuto do país, que
poderia ser facilmente revertido. Segun-
do, a expansão do capitalismo inglês
empurrava o Brasil para a sua subordina-
ção econômica cada vez maior. Além
disso, a manutenção da estrutura social
brasileira, seu projeto arcaico, pautado
na escravidão e a falta de participação
política de setores da população, contri-
buíram para a falta de autonomia da
nascente nação.
As pressões inglesas para que o
Brasil obtivesse o seu reconhecimento
não foram poucas, mas pautaram-se,
principalmente, em dois eixos: de um
lado, buscavam angariar vantagens eco-
nômicas e comerciais para seus produ-
tos; por outro, pressionava pelo fim do
tráfico internacional de escravos e a es-
cravidão no Brasil. Mais do que interes-
ses humanitários, esta pressão era de
ordem econômica: os Ingleses queriam
ver ampliada a capacidade de consumo
do mercado brasileiro a seus produtos , e
acreditavam que a adoção do trabalho
assalariado seria (acertadamente) um
importante passo para isto. À Inglaterra
coube o papel de intermediária no reco-
nhecimento lusitano da independência
do Brasil. Estipulou-se que o Brasil paga-
ria a Portugal uma indenização de dois
milhões de libras esterlinas a Portugal, a
título de ressarcimento. Brasil deveria
renunciar a qualquer tentativa de inge-
rência nas áreas africanas dominadas por
Portugal (e fornecedoras de escravos).
Determinava-se a restituição dos bens
tomados a portugueses por ocasião do
processo de independência, bem como a
manutenção das condições comerciais
existentes antes da independência. As-
sim, Portugal buscava manter seus privi-
légios comerciais com relação ao Brasil.
Portugal reconhece a independência do
Brasil em 1825, logo seguido da Inglater-
ra. Os EUA já haviam reconhecido em
1824. Em 1826, os demais países da San-
ta Aliança, diante da atitude portuguesa,
reconhecem a Independência do Brasil.
Ainda neste processo, a Inglaterra ratifi-
ca um tratado comercial que lhe confere
grandes vantagens, além de comprome-
ter o governo com o fim do Tráfico de
escravos, tendo como data limite para
isto, 1830. Assim, ao final do reconheci-
mento da Independência do Brasil, o país
já se encontrava endividado e submetido
a interesses comerciais estrangeiros, já
demarcando a posição subordinada que
o Brasil assumirá na divisão internacional
do trabalho.
3. A Crise econômica do Primei-
ro Reinado.
Embora seja no Primeiro Reina-
do que haja um primeiro impulso a ex-
pansão cafeeira, concentrado no interior
do Rio de Janeiro e em parte de São Pau-
lo, ainda é o açúcar o principal produto
da pauta exportadora brasileira, acom-
panhado de outros produtos primários,
como o algodão. Grande parcela da ati-
vidade agrícola voltada ao mercado ex-
terno ainda era realizada sob a mão de
obra escrava, significando baixíssimos
insumos tecnológicos ou produtividade.
A queda do preço de ambas mercadorias
no mercado internacional atingia direta-
mente a economia brasileira que, por
sua vez, não conseguia produzir riquezas
a altura das demandas tanto da socieda-
de quanto do Estado. Por um lado, o
avanço das mercadorias inglesas no Bra-
sil busca atender a esta demanda cres-
cente também. Por outro, vai tornando
cada vez mais deficitária a balança co-
mercial brasileira, sendo necessário re-
correr a empréstimos estrangeiros para
o Estado realizar diversas operações. Os
altos gastos do Estado Brasileiro (Corte,
guerras, burocracia, dívidas) não conse-
guiam ser cobertos por sua arrecadação
de impostos. Esta crise levará à falência
do Banco do Brasil. As dívidas são cres-
centes, como são crescentes os impostos
e o custo de vida. A economia do Primei-
ro Reinado foi marcada por esta excessi-
va pobreza de grande parte da popula-
ção. Contribuiu ainda mais para o déficit
público a Guerra da Cisplatina.
Os uruguaios resistiam a domi-
nação empreitada ainda na época de D.
João. Em 1820, um dos principais oposi-
tores aos interesse brasileiros no Uru-
guai é preso e trazido para a prisão no
Rio de Janeiro. Em 1825, uma tropa inva-
de a Cisplatina e declarando a autonomia
da Banda Oriental, declara sua incorpo-
ração às Províncias Unidas do Reino da
Prata (que se tornará Argentina). Sendo
comprovada a participação de Buenos
Aires, Brasil declara guerra que se esten-
de a 1828, esgotando com o exército e
com os cofres públicos. Gradativamente
a ideia da emancipação da região passou
a ser pensada e um acordo neste sentido
sela a paz e declara a independência da
região. Contudo, este episódio, onde os
interesses brasileiros saem derrotados,
desgasta ainda mais a imagem e o cofre
do Imperador.
Ainda no final da campanha da
Cisplatina, tropas de mercenários Irlan-
deses, reclamando do atraso no paga-
mento do soldo, se amotinam e ocupam
Gravura de Debret retratando o embarque para a Guerra da Cisplantina
o Rio de Janeiro. Acabam presos e de-
portados para o Canadá.
4. A abdicação de D. Pedro I
Cada vez mais desgastado inter-
namente, D. Pedro não conseguirá acu-
mular o trono português e brasileiro
quando da morte de seu pai, em 1826.
Assim, D. Pedro declara sua filha Rainha
e seu irmão, Miguel, regente do novo
Trono. Aliado aos Habsburgo
(austríacos), D. Miguel pretendia reesta-
belecer o absolutismo em Portugal. Por
outro lado, D. Pedro, aliado da Inglater-
ra, operava no sentido de conter o avan-
ço da hegemonia austríaca na Europa.
Em 1828, contudo, D. Miguel dá um gol-
pe e toma o trono de sua sobrinha se
declarando Rei. Diversos opositores libe-
rais de D. Miguel se exilam no Brasil. A
Corte passa a ser o local de articulação
destas lideranças contra D. Miguel. D.
Pedro é acusado de, cada vez mais, pou-
co se importar dos assuntos brasileiros
deixando-os a cargo do “partido portu-
guês”, o que desagradava em muito o
“partido brasileiro”. Parte dos gastos da
disputa pelo trono em Portugal era paga
com recursos dos cofres brasileiros é
neste contexto que temos a falência do
Banco do Brasil, em 1828. O assassinato
do jornalista líbero Badaró, ferrenho
crítico do Imperador, embora nunca
comprovada a relação do Imperador com
o fato, desgastava em muito a imagem
pública de D. Pedro. Buscando contornar
os ânimos gélidos, D. Pedro programa
uma visita a Minas Gerais. Diante a fria
recepção dos mineiros a comitiva retor-
na no mesmo dia ao Rio de Janeiro. Os
portugueses, querendo reanimar o impe-
rador, planejam uma festa em sua che-
gada. Contudo, os brasileiros entram em
conflito com os portugueses, impedindo
a realização da festa, foi a Noite das Gar-
rafadas, em 11 de março de 1831. Ten-
tando conter os ânimos, D. Pedro no-
meia um Ministério dos Brasileiros que
dura muito pouco. Diante da recusa do
ministério em mandar tropas reprimir
manifestação, D. Pedro depõe este Mi-
nistério e convoca o Ministério dos Mar-
queses, coligado aos portugueses. Uma
comissão vai ao encontro de D. Pedro
exigir a reassunção do Ministério dos
Brasileiros. Diante a intransigência do
Imperador, um acordo fica selado: em
nome da manutenção da Monarquia, D.
Pedro abdica ao trono em favor de seu
filho de cinco anos e retorna a Portugal
para assumir o trono português. O ato
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pelo seu autoritarismo e inabilidade,
representou a manutenção da forma
monárquica, bem como consolidou o
processo de independência do país. A
partir daquele momento, o Brasil seria
governado por uma junta de Regentes.
Inicia-se o Período Regencial, um dos
períodos mais sangrentos da história do
Brasil.
FUNK DO PRIMEIRAO
Mc Camarão
Primeiro Reinado é muito legal
Caráter elitista, monarquia e muito pau
Primeiro Reinado é Constituição
Tem reconhecimento e a abdicação.
Junto a permanência da escravidão,
O voto censitário sempre aumenta a exclu-
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E para unidade territorial
Foi muito importante a estrutura estatal
O reconhecimento externo foi uma guerra,
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E um pouco antes, a Constituição:
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Primeiro Reinado é muito legal
Caráter elitista, monarquia e muito pau
Primeiro Reinado é Constituição
Tem reconhecimento e a abdicação.
Tem a revolta do Equador
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O Primeiro Reinado brasileiro.

  • 1. História do BrasilHistória do Brasil Prof. Lamarão O primeiro Reinado no Brasil. A Assembleia Constituinte (aquela responsável por elaborar uma constituição) já havia sido convocada antes mesmo de decretada a Indepen- dência. Em 3 de junho de 1822, o traba- lho da assembleia teve início com o obje- tivo de construir as leis que seriam os pilares do Estado Brasileiro. Contudo, no interior desta assembleia se destacavam dois grupos: o “partido português” e o “partido brasileiro” (estes divididos em: moderados e radicais). Não são partidos políticos no sentido moderno do termo, mas grupos da elite com efetiva partici- pação política, que compartilhavam cer- tos objetivos. O “partido português” de- sejava uma organização do Estado que mantivesse a Monarquia, com grandes poderes centralizados na mão do Impe- rador com o objetivo de manter a unida- de territorial, a concentração de terras e a escravidão, já os “brasileiros” defendi- am o modelo americano de Constituição que, embora mantivesse um poder cen- tral, parte do poder seria distribuído entre as elites provinciais que teriam no Parlamento um instrumento bastante fortalecido, dando origem ao que deno- minamos poder descentralizado ou fede- ralismo. Havia, contudo, outro ponto de tensão entre os dois grupos: de um lado, os “portugueses” ainda sonhavam com a recolonização do Brasil e sendo D. Pedro I o herdeiro do trono português, esta não era uma hipótese descartada. Já os “brasileiros” desejavam consolidar o processo de independência. No mais, os “brasileiros” também concordavam com a manutenção da escravidão, da concen- tração de terras e da unidade territorial, a salvo poucos exceções “radicais”. Neste ponto, a manutenção da unidade territorial brasileira foi um fenô- meno pouco comum no cenário america- no, tendo esta manutenção sido efetua- da, muito por conta da presença anterior à independência de um aparelho de Es- tado na colônia, com a vinda da família Real (1808). Também diferente, foi o fato de, no Brasil, se organizar uma mo- narquia, enquanto nos demais países a forma de governo adotada foi a Repúbli- ca. A solução, para a estabilização políti- ca do Brasil, passou pela adoção de um regime centralizado, monarquista e au- toritário com o objetivo de debelar os motins e revoltas ocasionados em resis- tência ao processo de independência. Como na Bahia, onde militares portugue- ses e funcionários do Estado se levanta- ram em fidelidade a D. João, posicionan- do-se contra a ruptura política. Ou o con- trário no Pará, onde, em 1823, tropas se levantaram contra as autoridades consti- tuídas, depuseram a Junta de Governo e nomearam o cônego Batista Campos. Traziam consigo um sentimento que iria crescer nos próximos anos e pode ser considerado como um elemento funda- dor da construção da identidade brasilei- ra: o antilusitanismo. No dia seguinte, no entanto, as tropas oficias retomam o poder e o controle político. Os insurgen- tes são presos no porão do navio Palha- ço e 252 pessoas são lá fuziladas, no epi- sódio conhecido como: o Massacre do Palhaço. Este movimento repercutiu em toda a região da floresta e será um dos precursores das agitações da Cabana- gem no Período Regencial (1831-1840). Esta agitações, só alimentavam o temor das elites brasileiras de que aqui aconte- cesse um novo “Haiti”, contribuindo para uma formação social marcada pelo auto- ritarismo e pela exclusão politica, social e econômica de grandes parcelas da popu- lação. A Constituição seria a espinha dor- sal deste Estado autoritário e excluden- te. 1. A constituição de 1824 Como dissemos, a Constituição teve iniciada os seus trabalhos ainda em 1822, antes da independência. Os ir- mãos Andradas, em especial José Bonifá- cio, tentavam conciliar os antagônicos projetos em uma Constituição. Todavia, qualquer Constituição elaborada teria de passar pelo crivo Imperial que, em certa ocasião, afirmou: “que a Constituição, que façais, mereça a minha Imperial aceitação, seja tão sábia, e tão justa, quanto apropriada para a realidade bra- sileira”. Ainda mais tendo em conta as agitações surgidas em determinadas províncias, era natural que os debates se mantivessem em torno do poder centra- lizado do Imperador. Contudo, o contrá- rio também assombrava as elites, em especial o “partido brasileiro”: o excesso de centralização poderia levar a um go- verno despótico. Assim, um Ante Projeto Constitucional foi proposto pela Assem- bleia, no ano de 1823, e continha, dentre outras ideias: a Câmara não poderia ser dissolvida; as Forças Armadas ficavam sobre o controle da Câmara e não do Imperador; o veto do Imperador terá caráter suspensivo, só sendo efetiva- mente validado após analise da Câmara; a assembleia seria bicameral (duas câ- maras: câmara dos deputados e Senado); o Imperador deveria renunciar ao Trono brasileiro caso viesse a assumir outro Trono (o medo da recolonização falava alto, neste dispositivo). Além disso, o voto seria censitário, em outros termos, somente poderia votar quem compro- vasse certa renda. Para ser eleitor primá- rio, o anteprojeto determinava a com- provação de renda de, no mínimo, 150 alqueires de farinha de mandioca; já para ser eleitor secundário (eleitor esco- lhido pelos eleitores primários para vota- rem), deveria ter renda de 250 alqueires da mesma farinha; para ser candidato a Deputado, o cidadão deveria ter com- provada uma renda mínima de 500 al- queires e para se candidatar ao Senado, o dobro. Com relação a escravidão, a proposta institucionalizou a escravidão como direito dos proprietários, colocan-
  • 2. do o Estado como responsável no com- bate e punição daqueles escravos que não se subjugasse. Devido a esta associa- ção à farinha de mandioca, a proposta Constitucional ganhou o apelido de Constituição da Mandioca. É de se imaginar que esta pro- posta Constitucional não agradasse o autoritário Imperador que tratou de dis- solver a Câmara e, no dia 12 de novem- bro de 1823, compôs uma Comissão Im- perial que entregou um projeto baseado, em parte, na Constituição da Mandioca, no dia 11 de dezembro de 1823. Em 25 de março de 1824, esta proposta foi ou- torgada como Constituição pelo Impera- dor. Dentre os seus principais dispositi- vos, destacamos: No que diz respeito ao poder Moderador, ele consistia no eixo central do autoritarismo de D. Pedro. Formulado pelo jurista suíço, Benjamin Constant, que afirmava a necessidade de um poder que moderasse os demais poderes quan- do necessário. Quando estes poderes apresentassem algum impasse, o poder moderador cumpriria com o seu papel, em último recurso. Acontece que na for- mação do Estado Nacional, o Poder Mo- derador assumia um papel quase de pri- meira instância. Tinha o poder de dissol- ver a Câmara, nomear juízes, sancionar ou vetar leis e demitir ou nomear Minis- tros, em suma, tinha capacidade de in- terferir nos demais poderes. Importa notar que, politicamente, este dispositi- vo tinha sido utilizado por Luiz XVIII, na França, esta Constituição francesa seria outra importante influencia para a for- mação da Carta de 1824. Contudo, todo este autoritaris- mo não passava sem reação, ainda em 1824 eclode em Pernambuco um levante em oposição ao novo Imperador. Per- nambuco será uma região marcada pela penetração das ideias liberais, muito por conta da ação da maçonaria. O histórico de levantes na região de caráter liberal comprova esta ideia. Assolados pela que- da constante do preço do açúcar, bem como os pesados impostos cobrados pelo Império, os pernambucanos se le- vantam contra a nomeação de um novo governo para a província, em substitui- ção por um que havia sido eleito pela população local. As Câmaras de Olinda e Recife não reconhecem a nomeação e mantém o governador eleito. Esquadras do exército brasileiro, composto majori- tariamente por mercenários estrangei- ros, foram enviadas para `Pernambuco, mas tiveram que retornar à Capital devi- do a ameaça de uma invasão portugue- sa. Este episódio foi utilizado pelos Per- nambucanos como a prova de desleixo do Império para com o nordeste. Convo- caram-se outros Estados nordestinos para a composição de uma assembleia constituinte que tinha como objetivo a formação de uma República denominada Confederação do Equador, pois que se baseava na Constituição Equatoriana recém-aprovada. Passada a ameaça de invasão portuguesa, contudo, poderosa reação foi organizada contra Pernambu- co e os insurgentes; daí o Imperador mobilizou cinco navios e 1200 homens em terra para subjugar a província. Vi- sando aumentar o seu contingente mili- tar, os insurretos decretam o fim do trá- fico de escravos e passam a recrutar ne- gros e mulatos. Esta medida desagrada a elite escravista, sempre rememorada do Haiti, e cria uma divisão no interior dos rebelados. Assim, não fica difícil para a repressão subjugar o levante pernambu- cano e pôr fim à Confederação do Equa- dor. Muitos se entregam, contudo ou- tros não aceitam os termos e mantém a resistência no interior da província, em tropas volantes, encurraladas, dentre estes, estava Frei Caneca. Extenuados e sem perspectivas, Frei Caneca e os de- mais se rendem acreditando na possibili- dade de perdão do Imperador. Esta ex- pectativa não se cumpre e muitos são condenados à morte. Nenhum capataz, contudo, se prontificou a executar o Frei Caneca que teve que ser fuzilado e o corpo perma- neceria ex- posto em praça pública, na madruga- da após a execução, contudo, ho- mens encapu- zados seques- traram o ca- dáver e o en- terraram no Convento do Carmo. Este episódio contribuiu para o desgaste da imagem que o Imperador passaria, mais e mais, a sofrer. 2. O Reconhecimento Externo Da Independência Do Brasil. Dois fatores externos pesavam contra a afirmação do Brasil no cenário  Parlamento seria bicameral e compos- to por deputados e Senadores (que seriam Vitalícios, e escolhidos pelo Imperador através de Lista Tríplice);  Garantia de direitos individuais;  Criação do poder Moderador;  Manutenção da Escravidão;  Catolicismo como religião oficial; o salário dos padres seriam pagos pelo cofre do Estado (padroado) e o Impe- rador determinava a validade de Bulas do papa para a Igreja Católica no Bra- sil (beneplácito).  O voto seria permitido aos analfabe- tos, tendo em vista ser esta a condi- ção de substancial parcela das elites. Todavia, seria censitário, e o eleitor deveria comprovar renda de cem mil réis, para deputado a renda mínima seria de 400 mil réis e para os senado- res, 800 mil réis. O martírio de Frei Caneca
  • 3. internacional. Primeiro, a Santa Aliança e a onda restauradora era uma ameaça efetiva ao novo estatuto do país, que poderia ser facilmente revertido. Segun- do, a expansão do capitalismo inglês empurrava o Brasil para a sua subordina- ção econômica cada vez maior. Além disso, a manutenção da estrutura social brasileira, seu projeto arcaico, pautado na escravidão e a falta de participação política de setores da população, contri- buíram para a falta de autonomia da nascente nação. As pressões inglesas para que o Brasil obtivesse o seu reconhecimento não foram poucas, mas pautaram-se, principalmente, em dois eixos: de um lado, buscavam angariar vantagens eco- nômicas e comerciais para seus produ- tos; por outro, pressionava pelo fim do tráfico internacional de escravos e a es- cravidão no Brasil. Mais do que interes- ses humanitários, esta pressão era de ordem econômica: os Ingleses queriam ver ampliada a capacidade de consumo do mercado brasileiro a seus produtos , e acreditavam que a adoção do trabalho assalariado seria (acertadamente) um importante passo para isto. À Inglaterra coube o papel de intermediária no reco- nhecimento lusitano da independência do Brasil. Estipulou-se que o Brasil paga- ria a Portugal uma indenização de dois milhões de libras esterlinas a Portugal, a título de ressarcimento. Brasil deveria renunciar a qualquer tentativa de inge- rência nas áreas africanas dominadas por Portugal (e fornecedoras de escravos). Determinava-se a restituição dos bens tomados a portugueses por ocasião do processo de independência, bem como a manutenção das condições comerciais existentes antes da independência. As- sim, Portugal buscava manter seus privi- légios comerciais com relação ao Brasil. Portugal reconhece a independência do Brasil em 1825, logo seguido da Inglater- ra. Os EUA já haviam reconhecido em 1824. Em 1826, os demais países da San- ta Aliança, diante da atitude portuguesa, reconhecem a Independência do Brasil. Ainda neste processo, a Inglaterra ratifi- ca um tratado comercial que lhe confere grandes vantagens, além de comprome- ter o governo com o fim do Tráfico de escravos, tendo como data limite para isto, 1830. Assim, ao final do reconheci- mento da Independência do Brasil, o país já se encontrava endividado e submetido a interesses comerciais estrangeiros, já demarcando a posição subordinada que o Brasil assumirá na divisão internacional do trabalho. 3. A Crise econômica do Primei- ro Reinado. Embora seja no Primeiro Reina- do que haja um primeiro impulso a ex- pansão cafeeira, concentrado no interior do Rio de Janeiro e em parte de São Pau- lo, ainda é o açúcar o principal produto da pauta exportadora brasileira, acom- panhado de outros produtos primários, como o algodão. Grande parcela da ati- vidade agrícola voltada ao mercado ex- terno ainda era realizada sob a mão de obra escrava, significando baixíssimos insumos tecnológicos ou produtividade. A queda do preço de ambas mercadorias no mercado internacional atingia direta- mente a economia brasileira que, por sua vez, não conseguia produzir riquezas a altura das demandas tanto da socieda- de quanto do Estado. Por um lado, o avanço das mercadorias inglesas no Bra- sil busca atender a esta demanda cres- cente também. Por outro, vai tornando cada vez mais deficitária a balança co- mercial brasileira, sendo necessário re- correr a empréstimos estrangeiros para o Estado realizar diversas operações. Os altos gastos do Estado Brasileiro (Corte, guerras, burocracia, dívidas) não conse- guiam ser cobertos por sua arrecadação de impostos. Esta crise levará à falência do Banco do Brasil. As dívidas são cres- centes, como são crescentes os impostos e o custo de vida. A economia do Primei- ro Reinado foi marcada por esta excessi- va pobreza de grande parte da popula- ção. Contribuiu ainda mais para o déficit público a Guerra da Cisplatina. Os uruguaios resistiam a domi- nação empreitada ainda na época de D. João. Em 1820, um dos principais oposi- tores aos interesse brasileiros no Uru- guai é preso e trazido para a prisão no Rio de Janeiro. Em 1825, uma tropa inva- de a Cisplatina e declarando a autonomia da Banda Oriental, declara sua incorpo- ração às Províncias Unidas do Reino da Prata (que se tornará Argentina). Sendo comprovada a participação de Buenos Aires, Brasil declara guerra que se esten- de a 1828, esgotando com o exército e com os cofres públicos. Gradativamente a ideia da emancipação da região passou a ser pensada e um acordo neste sentido sela a paz e declara a independência da região. Contudo, este episódio, onde os interesses brasileiros saem derrotados, desgasta ainda mais a imagem e o cofre do Imperador. Ainda no final da campanha da Cisplatina, tropas de mercenários Irlan- deses, reclamando do atraso no paga- mento do soldo, se amotinam e ocupam Gravura de Debret retratando o embarque para a Guerra da Cisplantina
  • 4. o Rio de Janeiro. Acabam presos e de- portados para o Canadá. 4. A abdicação de D. Pedro I Cada vez mais desgastado inter- namente, D. Pedro não conseguirá acu- mular o trono português e brasileiro quando da morte de seu pai, em 1826. Assim, D. Pedro declara sua filha Rainha e seu irmão, Miguel, regente do novo Trono. Aliado aos Habsburgo (austríacos), D. Miguel pretendia reesta- belecer o absolutismo em Portugal. Por outro lado, D. Pedro, aliado da Inglater- ra, operava no sentido de conter o avan- ço da hegemonia austríaca na Europa. Em 1828, contudo, D. Miguel dá um gol- pe e toma o trono de sua sobrinha se declarando Rei. Diversos opositores libe- rais de D. Miguel se exilam no Brasil. A Corte passa a ser o local de articulação destas lideranças contra D. Miguel. D. Pedro é acusado de, cada vez mais, pou- co se importar dos assuntos brasileiros deixando-os a cargo do “partido portu- guês”, o que desagradava em muito o “partido brasileiro”. Parte dos gastos da disputa pelo trono em Portugal era paga com recursos dos cofres brasileiros é neste contexto que temos a falência do Banco do Brasil, em 1828. O assassinato do jornalista líbero Badaró, ferrenho crítico do Imperador, embora nunca comprovada a relação do Imperador com o fato, desgastava em muito a imagem pública de D. Pedro. Buscando contornar os ânimos gélidos, D. Pedro programa uma visita a Minas Gerais. Diante a fria recepção dos mineiros a comitiva retor- na no mesmo dia ao Rio de Janeiro. Os portugueses, querendo reanimar o impe- rador, planejam uma festa em sua che- gada. Contudo, os brasileiros entram em conflito com os portugueses, impedindo a realização da festa, foi a Noite das Gar- rafadas, em 11 de março de 1831. Ten- tando conter os ânimos, D. Pedro no- meia um Ministério dos Brasileiros que dura muito pouco. Diante da recusa do ministério em mandar tropas reprimir manifestação, D. Pedro depõe este Mi- nistério e convoca o Ministério dos Mar- queses, coligado aos portugueses. Uma comissão vai ao encontro de D. Pedro exigir a reassunção do Ministério dos Brasileiros. Diante a intransigência do Imperador, um acordo fica selado: em nome da manutenção da Monarquia, D. Pedro abdica ao trono em favor de seu filho de cinco anos e retorna a Portugal para assumir o trono português. O ato de abdicação, embora um ato final de um governo crescentemente desgastado pelo seu autoritarismo e inabilidade, representou a manutenção da forma monárquica, bem como consolidou o processo de independência do país. A partir daquele momento, o Brasil seria governado por uma junta de Regentes. Inicia-se o Período Regencial, um dos períodos mais sangrentos da história do Brasil. FUNK DO PRIMEIRAO Mc Camarão Primeiro Reinado é muito legal Caráter elitista, monarquia e muito pau Primeiro Reinado é Constituição Tem reconhecimento e a abdicação. Junto a permanência da escravidão, O voto censitário sempre aumenta a exclu- são E para unidade territorial Foi muito importante a estrutura estatal O reconhecimento externo foi uma guerra, Primeiro os EUA, Portugal e Inglaterra. E um pouco antes, a Constituição: Pro rei todo poder e para o rico a eleição. Primeiro Reinado é muito legal Caráter elitista, monarquia e muito pau Primeiro Reinado é Constituição Tem reconhecimento e a abdicação. Tem a revolta do Equador Contra o autoritarismo Pernambuco se invo- cou Com o Uruguai um conflito a beira Aprofundando, assim, a grave crise financeira O autoritarismo o crescimento d´oposição Vai acarretar na abdicação Disputa pelo trono lá em Portugal D. Pedro pro Brasil: beijinho no ombro, tchau!