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CGCFN-311 OSTENSIVO
MANUAL DE APOIO DE FOGO AOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2011
OSTENSIVO CGCFN-311
MANUAL DE APOIO DE FOGO AOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2011
FINALIDADE: BÁSICA
1ª EDIÇÃO
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
ATO DE APROVAÇÃO
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-311 - MANUAL DE APOIO
DE FOGO AOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS.
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 24 de novembro de 2011.
MARCO ANTONIO CORRÊA GUIMARÃES
Almirante-de-Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em_____/_____/_____ CARIMBO
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - III - ORIGINAL
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto ...................................................................................................... I
Ato de Aprovação ................................................................................................. II
Índice..................................................................................................................... III
Introdução ............................................................................................................. V
CAPÍTULO 1 - RELEVÂNCIA DO APOIO DE FOGO PARA AS
OPERAÇÕES DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
1.1 - Considerações............................................................................................... 1-1
1.2 - Sistemas e Meios de Apoio de Fogo............................................................. 1-2
CAPÍTULO 2 - O APOIO DE FOGO ORGÂNICO DOS BATALHÕES DE
INFANTARIA DE FUZILEIROS NAVAIS
2.1 - Considerações Iniciais .................................................................................. 2-1
2.2 - O Apoio de Fogo Orgânico das Companhias de Fuzileiros Navais ............. 2-1
2.3 - A Companhia de Apoio de Fogo .................................................................. 2-2
CAPÍTULO 3 - APOIO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
3.1 - Tarefas Gerais da Artilharia de Campanha................................................... 3-1
3.2 - Sistema de Apoio de Fogo da Artilharia de Campanha................................ 3-1
3.3 - Possibilidades da Artilharia de Campanha ................................................... 3-4
3.4 - Limitações da Artilharia de Campanha ........................................................ 3-6
3.5 - Situações de Comando da Artilharia de Campanha ..................................... 3-8
3.6 - Formas de Emprego da Artilharia de Campanha.......................................... 3-8
3.7 - Tarefas Táticas Atribuídas a Artilharia de Campanha.................................. 3-9
3.8 - Organização para o Combate da Artilharia de Campanha............................ 3-14
CAPÍTULO 4 - APOIO DE FOGO DE BLINDADOS
4.1 - Considerações Iniciais .................................................................................. 4-1
4.2 - Características dos Blindados....................................................................... 4-1
4.3 - Métodos de Controle..................................................................................... 4-1
4.4 - Apoio de Fogo dos Carros de Combate........................................................ 4-3
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
CAPÍTULO 5 - APOIO DE FOGO NAVAL
5.1 - Considerações Iniciais.................................................................................. 5-1
5.2 - Possibilidades e Limitações do Apoio de Fogo Naval................................. 5-1
5.3 - Tarefas Táticas Atribuídas aos Navios de Apoio de Fogo........................... 5-4
5.4 - Organização da Tropa .................................................................................. 5-5
5.5 - Fases da Execução do Apoio de Fogo Naval............................................... 5-6
CAPÍTULO 6 - APOIO DE FOGO AÉREO
6.1 - Considerações Iniciais.................................................................................. 6-1
6.2 - Características do Apoio de Fogo Aéreo ..................................................... 6-1
6.3 - Possibilidades e Limitações do Apoio de Fogo Aéreo................................. 6-2
6.4 - Características do Apoio Aéreo Aproximado ............................................. 6-5
6.5 - Características do Apoio Aéreo Afastado ................................................... 6-9
6.6 - Comando, Coordenação e Controle ............................................................ 6-9
CAPÍTULO 7 - INTEGRAÇÃO DO APOIO DE FOGO AOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
7.1 - Considerações Iniciais.................................................................................. 7-1
7.2 - Emprego das Armas de Apoio ..................................................................... 7-1
7.3 - A Integração do Apoio de Fogo no Ataque Coordenado ............................ 7-10
7.4 - A Integração do Apoio de Fogo na Defesa de Área..................................... 7-14
ANEXO A - Lista de Siglas e Abreviaturas ................................................................... A-1
OSTENSIVO CGCFN-311
- V -
INTRODUÇÃO
1 – PROPÓSITO
Esta publicação tem o propósito de apresentar os meios de apoio orgânicos e não orgânicos
das Unidades de Fuzileiros empregados pelos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais
(GptOpFuzNav), suas características e aspectos relevantes para a integração e a coordenação dos
fogos. Neste manual, são abordadas as tarefas, as possibilidades e limitações, as situações de
comando e métodos de controle, bem como aspectos peculiares a cada arma de apoio, relevantes
para a compreensão do emprego de cada meio de apoio de fogo.
2 – DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em sete capítulos. O Capítulo 1 discorre sobre a relevância do
apoio de fogo para as operações dos GptOpFuzNav; o Capítulo 2 aborda o apoio de fogo
orgânico dos Batalhões de Infantaria de Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav); o Capítulo 3 trata do
apoio de artilharia de campanha; o Capítulo 4 aborda aspectos do apoio de fogo de blindados; os
Capítulos 5 e 6 tratam dos principais aspectos referentes ao apoio de fogo naval e apoio de fogo
aéreo, respectivamente; e o Capítulo 7 aborda a integração dos meios de apoio de fogo aos
GptOpFuzNav.
3 – CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da
Marinha, como: Publicação da Marinha do Brasil (PMB), não controlada, ostensiva, básica e
manual.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL 
CAPÍTULO 1
RELEVÂNCIA DO APOIO DE FOGO PARA AS OPERAÇÕES DOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
1.1 - CONSIDERAÇÕES
O GptOpFuzNav é, genericamente, uma organização para o Cmb nucleada por tropa de
fuzileiros navais, constituída para o cumprimento de missão específica e estruturada
segundo o conceito organizacional de componentes, que grupa os elementos
constitutivos de acordo com a natureza de suas atividades.
Os GptOpFuzNav podem ser empregados em qualquer operação ou ação, desde as
relacionadas a assistência humanitária, em situações de calamidade, até os conflitos
generalizados, onde se necessite uma ação decisiva de caráter estratégico, consoante às
hipóteses de emprego preconizadas no planejamento de alto nível de defesa. Nesses
conflitos, os GptOpFuzNav empregarão seu poder de Cmb de modo a assegurar a
conquista e manutenção de objetivos em terra.
A teoria da guerra prevê que cada função de Cmb deve ser considerada pelo planejador,
que deve, posteriormente, integrá-las e sincronizá-las para multiplicar o poder de Cmb
de sua força. Por função de Cmb entenda-se todas as atividades militares realizadas em
um espaço de batalha, que são agrupadas em áreas funcionais específicas, das quais se
destacam a manobra e o fogo, que deverão ser combinadas e sincronizadas de modo a se
obter o máximo de eficiência.
A manobra é o elemento dinâmico do Cmb, que permite concentrar força em ações
decisivas. Uma manobra adequada possibilita que forças de menor envergadura
sobrepujem outras maiores, por meio da surpresa, ação de choque, superioridade moral e
concentração de poder de Cmb em locais e momentos oportunos. A mobilidade e o
apoio de fogo, quando combinados, constituem os principais pilares da manobra, por
meio dos quais uma tropa obtém uma posição vantajosa para cumprir sua tarefa.
O apoio de fogo é essencial para desestabilizar a capacidade e a vontade de lutar do
inimigo. Sua utilização facilita a manobra, suprimindo ou neutralizando os fogos
inimigos e desorganizando-o taticamente. O apoio de fogo também pode ser empregado
independentemente da manobra, com vistas a destruir, retardar ou desorganizar tropas
inimigas ainda não empregadas. Os comandantes em todos os escalões devem estar
capacitados a empregar o armamento orgânico e os fogos de apoio disponíveis de forma
coordenada e integrada à ideia de manobra, de modo a assegurar a adequada aplicação
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL 
do poder de Cmb.
1.2 - SISTEMAS E MEIOS DE APOIO DE FOGO
Os GptOpFuzNav combinam, de forma modular, meios de Cmb, de apoio ao combate
(ApCmb) e de apoio de serviços ao combate (ApSvCmb). Dentro do espectro do
ApCmb, o Comandante de um GptOpFuzNav (CmtGptOpFuzNav) disporá de diversos
sistemas e meios de apoio de fogo terrestre, aéreo e naval, que poderão estar ou não sob
seu controle operacional.
Dentro da estrutura de um GptOpFuzNav, o Componente de Combate Terrestre (CCT) é
quem, normalmente, concentra os meios de Cmb e de apoio ao combate que estarão
presentes nos seus diversos níveis de organização. É o caso do apoio de fogo orgânico
do BtlInfFuzNav, materializado na Companhia de Apoio de Fogo (CiaApF) e nos
Pelotões de Petrechos (PelPtr) das Companhias de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav).
Subordinada ao CCT, a Artilharia de Campanha (ArtCmp) proporciona ao
GptOpFuzNav o apoio de fogo para que seu comandante, em coordenação com os
demais sistemas de armas disponíveis, possa intervir no Cmb pelo fogo, seja pela
neutralização, destruição ou interdição de alvos que ameacem o cumprimento da missão,
seja por meio de fogos subsidiários de inquietação das tropas inimigas, iluminação do
campo de batalha e de proteção, de acordo com o tipo de manobra adotado.
Os meios navais do conjugado anfíbio operarão em estreita relação com o
GptOpFuzNav e terão grande influência em sua manobra, particularmente pela
capacidade de empregar seu armamento em proveito das ações em terra. Esse apoio de
fogo é de fundamental importância, principalmente, nos momentos iniciais do Assalto
Anfíbio (AssAnf), quando a Força de Desembarque (ForDbq) ainda está edificando seu
poder de Cmb em terra.
O CmtGptOpFuzNav poderá contar, também, com o apoio de fogo dos meios aéreos
que, estando ou não sob seu controle operacional, irão requerer planejamento e
coordenação detalhados em face da variada gama de atividades, não só relacionadas ao
apoio de fogo, executadas pelas aeronaves (Anv).
Apesar de empregar o fogo em proveito do GptOpFuzNav, a artilharia antiaérea (AAAe)
não se enquadra como meio de apoio de fogo por não permitir que um comandante
interfira na manobra pelo fogo. Além disto, o seu emprego não compõe o binômio fogo
e movimento, não sendo diretamente vinculado à manobra. A AAAe compõe um
sistema único e independente, voltado para a defesa da área onde a tropa encontra-se
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL 
operando, denominado Sistema de Defesa Antiaérea.
A complexidade do emprego da artilharia de campanha, do fogo naval e do fogo aéreo
decorre não somente da utilização das armas e de seus vetores, mas também de um
conjunto de elementos (de controle, de coordenação, de busca de alvos, de apoio
logístico, de proteção etc.) que fazem com que esses apoios operem não apenas como
um meio, mas como sistemas de apoio de fogo. Por essa particularidade e pelo fato de
não serem orgânicos aos elementos de Cmb, esses sistemas recebem a designação
genérica de Armas de Apoio.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 2
O APOIO DE FOGO ORGÂNICO DOS BATALHÕES DE INFANTARIA DE
FUZILEIROS NAVAIS
2.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O BtlInfFuzNav é a unidade que nucleia o CCT de uma Unidade Anfíbia (UAnf),
podendo integrar o CCT de uma Brigada Anfíbia (BAnf) ou ainda disponibilizar uma
CiaFuzNav para constituir o núcleo de um Elemento Anfíbio (ElmAnf). Enquanto
núcleo do CCT, o BtlInfFuzNav contribui significativamente para manter e ampliar a
capacidade de Cmb dos GptOpFuzNav, contando com meios de comando e controle, de
apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate, que lhe proporcionam a autonomia
e flexibilidade. No caso específico do apoio de fogo, devido a sua importância para a
manobra, ele deve ser dimensionado para atender tanto às necessidades específicas das
peças de manobra da Unidade, ou seja, suas CiaFuzNav, como às do próprio CCT.
2.2 - O APOIO DE FOGO ORGÂNICO DA COMPANHIA DE FUZILEIROS NAVAIS
A CiaFuzNav conta com apoio de fogo orgânico prestado pelo Pelotão de Petrechos
(PelPtr), que é organizado em três Seções de Metralhadoras 7,62mm (SeçMtr7,62mm), a
duas peças cada, e uma Seção de Morteiros 60 mm (SeçMrt60mm), a três peças, além de
uma Seção de Comando (SeçCmdo).
Durante as ações ofensivas, o PelPtr proporciona a base de fogos em apoio às peças de
manobra da CiaFuzNav.
Na defensiva, o PelPtr desencadeia fogos defensivos aproximados e de proteção final da
CiaFuzNav. As SeçMtr7,62mm são empregadas para aumentar o poder de fogo das
CiaFuzNav, contribuindo para infligir baixas e degradar o inimigo, visando a detê-lo
antes que atinja a Linha de Proteção Final (LPF). A SeçMrt60mm bate,
preferencialmente, alvos desenfiados, que não possam ser batidos por outras armas
orgânicas ou em apoio à CiaFuzNav, também contribuindo para deter o inimigo antes
que atinja a LPF. As SeçMtr7,62mm e a SeçMrt60mm são intensamente empregadas
nos Fogos de Proteção Final (FPF).
O emprego do PelPtr, sempre que possível, deverá ser centralizado, ou seja, em proveito
da CiaFuzNav como um todo, aumentando a flexibilidade na aplicação dos fogos e
assegurando a continuidade do apoio de fogo durante a manobra. O grau de controle
exercido pelo Comandante do PelPtr (CmtPelPtr) sobre suas seções variará conforme o
tempo disponível para reconhecimento e expedição de ordens, as possibilidades de
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL
observação da Zona de Ação (ZAç) ou Setor de Defesa (StDef) e a existência ou não de
seções à disposição dos Pelotões de Fuzileiros Navais (PelFuzNav). O CmtPelPtr
buscará proporcionar o máximo de apoio de fogo à CiaFuzNav. De acordo com as
características do terreno e a ideia de manobra, poderão surgir limitações ao controle e
coordenação do PelPtr, o que imporá que uma ou mais seções sejam colocadas em apoio
direto ou à disposição dos PelFuzNav em primeiro escalão.
2.3 - A COMPANHIA DE APOIO DE FOGO
A CiaApF é a subunidade que presta o apoio de fogo orgânico do BtlInfFuzNav. A
CiaApF possui em sua organização uma Seção de Comando e três pelotões: o Pelotão de
Mísseis (AC) Pelotão de Mísseis Anticarro (PelMAC), o Pelotão de Metralhadoras
Pesadas (PelMtrP) e o Pelotão de Morteiros 81mm (PelMrt81mm).
Os pelotões da CiaApF apoiam, preferencialmente, de forma centralizada o
BtlInfFuzNav como um todo, ou, se a situação exigir, de forma descentralizada, em
proveito das CiaFuzNav. Os fatores da decisão e a ideia de manobra em terra
determinarão a melhor forma de realizá-lo. O emprego desses pelotões será abordado a
seguir.
2.3.1 - Pelotão de Mísseis Anticarro
a) Organização
A organização básica do PelMAC compreende três seções, cada qual constituída
de duas peças de míssil (AC) (MAC). A Seção de Mísseis (AC) (SeçMAC) é a
unidade básica de emprego dessa arma. A peça é a unidade básica de tiro e deve
estar preparada para engajar qualquer ameaça que entre no limite de seu alcance
máximo que é de 2.200 metros.
b) Tarefa do PelMAC
A principal tarefa do PelMAC é a proteção (AC) do GpOpFuzNav, apoiando
pelo fogo as peças de manobra e as frações do BtlInfFuzNav.
c) Alvos do PelMAC
Os alvos designados ao PelMAC são, preferencialmente, as viaturas (Vtr)
blindadas (Bld) inimigas, podendo bater posições de metralhadoras, pequenas
fortificações, postos de observação e outros alvos de interesse que requeiram
precisão e grande poder de destruição.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL
d) Posições de tiro do PelMAC
As SeçMAC devem ocupar posições de tiro em pontos do terreno que
disponham de boa observação e campos de tiro para todo o setor da seção
(normalmente de 90º). As peças deverão ocupar posições que ofereçam cobertura
e camuflagem, assim como disponham de caminhos à retaguarda para acesso à
posição desenfiados e sem obstáculos. Sempre que possível, as armas AC devem
ser posicionados no terreno de maneira que os Bld inimigos possam ser batidos
antes que estes tenham alcance para engajar nossas posições.
A SeçMAC ocupa as seguintes posições para cobrir seu setor de tiro:
- Posição Principal de Tiro: é a aquela de onde as peças cumprem a sua missão
principal de tiro e que oferece as melhores condições para tal;
- Posição de Muda: é a utilizada para bater os mesmos alvos da posição
principal, quando esta não mais oferece suficiente condições de proteção ou se
torna inadequada para o cumprimento da missão principal de tiro;
- Posição Suplementar de Tiro: é ocupada para bater outros alvos que não
possam ser batidos das posições principal ou de muda; e
- Posição de Abrigo: é uma posição coberta e abrigada onde a seção aguarda o
surgimento de um alvo para ocupar uma das posições citadas acima para
executar o tiro, sendo localizada próximo a elas.
e) Simbologia do PelMAC
a) A seta indica a direção principal de tiro (DPT), ou seja, o símbolo deve
apontar para a DPT;
b) As setas devem se estender até o alcance do míssil;
c) A parte inferior da haste indica posição no terreno; e
d) As setas traçejadas indicam o setor de tiro ( 90º ).
Fig 2.1 - PçMAC Fig 2.2 - SeçMAC
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL
f) Controle do PelMAC
O emprego do PelMAC em apoio ao conjunto (ApCj) ao BtlInFuzNav flexibiliza
as ações (AC) do GptOpFuzNav, exigindo que o Comandante do Pelotão
selecione um Posto de Observação (PO) de onde possa observar todas as
SeçMAC, para coordenar as ações e dirigir seu tiro. Cabe ressaltar que o controle
das SeçMAC pode ser dificultado pela grande dispersão requerida no emprego
dessas frações, o que poderá implicar a designação de alguma SeçMAC em
apoio direto a uma CiaFuzNav, ou mesmo colocada na situação de comando à
disposição.
g) O PelMAC nas operações ofensivas
Durante o recebimento de ordens, o Comandante do PelMAC (CmtPelMAC)
deverá atentar para os seguintes aspectos:
- Tipos de blindados inimigos;
- Localização dos obstáculos AC;
- Localização dos meios AC das unidades vizinhas;
- Detalhes a respeito de atividades das tropas amigas;
- Tarefas do PelMAC; e
- Localização do PO, PC e ILS do BtlInfFuzNav.
I) PelMAC na zona de reunião (ZReu)
O PelMAC ocupará uma ZReu juntamente com a CiaApF ou receberá ordens
para realizar a segurança (AC) da ZReu, quando se posicionará de modo a
bater as principais vias de acesso (VA) para blindados que nela incidem.
II) Posições de tiro
No ataque, o PelMAC ocupa posições de tiro iniciais e subsequentes. As
iniciais são ocupadas antes da linha de partida (LP) para apoiar os elementos
de assalto no desembocar do ataque e no deslocamento da LP ao objetivo. As
posições de tiro subsequentes são ocupadas após a LP para apoiar os elementos
de assalto, quando o alcance do armamento e o terreno não permitirem apoiar,
das posições iniciais, o prosseguimento do ataque, a consolidação e a
reorganização.
As posições selecionadas devem permitir a execução de fogos nos flancos e
nos intervalos da tropa amiga.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL
III) Fogos do PelMAC
Normalmente, o PelMAC não participa dos fogos de preparação. Durante a
progressão dos elementos de 1º escalão, realizará fogos sobre os alvos que
dificultem a progressão até o alcance máximo do armamento ou até a região
onde seus fogos se tornem perigosos para as tropas amigas.
IV) Métodos de controle
Na ofensiva, o PelMAC deve se posicionar de modo a bater as melhores vias
de acesso para emprego de blindados inimigos, apoiando as ações AC do
BtlInfFuzNav. Sempre que possível, o pelotão deve ser empregado em ApCj,
método de controle que se caracteriza por estarem as seções subordinadas
tática e administrativamente ao comando do BtlInfFuzNav.
Em apoio direto (ApDto), o PelMAC ou uma SeçMAC atua em proveito de
uma CiaFuzNav, executando missões de tiro mediante pedido direto da
subunidade (SU) apoiada. É empregado quando existe a necessidade de prestar
um apoio cerrado à peça de manobra (PçMan) em primeiro escalão, em virtude
da inexistência de posições de tiro à retaguarda, ou pela existência de alguma
ameaça blindada/mecanizada inimiga àquela PçMan. Nesse método de
controle, a responsabilidade pelo apoio logístico às seções que estão em apoio
direto continua com o Cmt do PelMAC.
A situação de comando à disposição é normalmente utilizada quando a PçMan
apoiada está sendo empregada fora da distância de controle do CmtPelMAC.
Neste caso, a responsabilidade pelo apoio logístico às SeçMAC que estão à
disposição será da SU apoiada.
V) Representação do PelMAC
A representação do posicionamento do PelMAC ou das SeçMAC,
independentemente do método de controle ou situação de comando, será
apresentada, de forma genérica, no Conceito da Operação, utilizando como
referência acidentes do terreno ou as peças de manobra do BtlInfFuzNav.
h) O PelMAC nas operações defensivas
I) Emprego do PelMAC
A principal tarefa do PelMAC na defesa de área será a defesa (AC) (DAC) na
área de defesa avançada (ADA). Geralmente, as SeçMAC serão posicionadas
de maneira a cobrir, concomitantemente com os obstáculos (AC), as melhores
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL
vias de acesso de blindados inimigos e para atuar eficazmente contra os carros
de combate (CC), antes que atinjam o limite anterior da área de defesa
avançada (LAADA). As posições mais favoráveis serão as que permitirem o
fogo no máximo de seu alcance e, se possível, no flanco dos blindados
inimigos que se aproximem da área de defesa. As peças serão posicionadas de
modo a se apoiarem mutuamente.
No caso de a força inimiga ser basicamente composta de blindados,
particularmente CC, as VA para blindados deverão ser batidas,
preferencialmente por CC, haja vista a capacidade de durarem na ação
comparativamente às armas AC, pois possuem maior poder de fogo, proteção
blindada e mobilidade.
II) Método de controle
Na defensiva, as SeçMAC ficam, normalmente, dispersas no setor de defesa do
BtlInfFuzNav e guarnecem setores de tiro estabelecidos no Plano DAC, plano
que, além de estabelecer as medidas de DAC, integra essas ações AC ao
sistema de barreiras, ao Plano de Apoio de Fogo e à manobra.
O método de controle ApCj proporciona ao CmtPelMAC maior flexibilidade
no emprego dos fogos AC, podendo concentrá-los nas prováveis áreas de
engajamento, ou seja, nas regiões do terreno que permitem o emprego dos
blindados inimigos em melhores condições. Tal método de controle deve ser
considerado quando as unidades que compõem o CCT defendem em frente
normal, não existindo obstáculo dissociador longitudinal no setor de defesa
(inimigo de natureza blindada), pois, além de simplificar a cadeia de comando,
desonera os Cmt das SU apoiadas dos encargos logísticos.
Nas situações em que o CmtPelMAC não possui condições para controlar e
coordenar o emprego de suas SeçMAC, devido à existência de obstáculos ou
de frentes largas, poderá ser utilizada uma SeçMAC em ApDto a uma SU, ou
mesmo a situação de comando à disposição, a qual é a menos desejável, pois
irá sobrecarregar as subunidades com atribuições logísticas.
III) Representação do PelMAC
Deverá ser representado no Plano de Fogos do BtlInfFuzNav (anexo ao calco
de operações) o posicionamento de todas as seções do PelMAC, com seus
respectivos setores de tiro, independentemente do método de controle ou
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL
situação de comando, visando a facilitar a coordenação e, principalmente, a
integração do apoio de fogo.
2.3.2 - Pelotão de Metralhadoras Pesadas
a) Organização
A organização básica do PelMtrP compreende três seções de MtrP (SeçMtrP),
cada qual constituída de duas peças de MtrP. O PelMtrP é estruturado para
apoiar um BtlInfFuzNav que nucleia um CCT.
b) Métodos de controle / situação de comando
A escolha do método de controle a ser empregado dependerá da análise dos
fatores da decisão e, particularmente, dos seguintes aspectos:
- a necessidade de coordenação para posicionamento das armas;
- a capacidade de “controle local” do Comandante do PelMtrP (CmtPelMtrP); e
- a necessidade de emassamento de fogos.
O método de controle mais indicado é ApCj, pois proporciona ao Cmt da
Unidade mais flexibilidade. Quando o terreno ou outro fator da decisão não
permitir que o PelMtrP apoie todas as PçMan de uma única posição, poderá ser
adotado o método de controle de ApDto ou a situação de comando à disposição.
Em ApDto, o PelMtrP ou a SeçMtrP atua em proveito de uma CiaFuzNav,
executando missões de tiro mediante pedido direto da SU apoiada. É empregado
quando existe a necessidade de prestar um apoio cerrado a PçMan em primeiro
escalão, inexistindo posições de tiro à retaguarda. Nesse método de controle, a
responsabilidade pelo apoio logístico às SeçMtrP que estão em ApDto continua
com o CmtPelMtrP.
A situação de comando à disposição é normalmente utilizada quando a PçMan
apoiada está sendo empregada fora da distância de controle da Unidade. Neste
caso, a responsabilidade pelo apoio logístico às seções que estão à disposição
será da SU apoiada.
c) Emprego tático
O PelMtrP tem o seguinte emprego tático:
- apoio de fogo;
- defesa antiaérea de ponto, com o uso do reparo antiaéreo;
- complementar a DAC; e
- apoiar ou nuclear frações que executem tarefas de reconhecimento e segurança
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL
como: escoltas de comboios, segurança de flancos, defesa da área de retaguarda
(DEFAR) e esclarecimento motorizado.
O emprego centralizado do pelotão proporciona mais volume e eficácia dos
fogos, permitindo bater alvos profundos. Contudo, as SeçMtrP podem ser
dispostas em largura, quando a situação exigir. Deve ser considerado que a
execução do tiro sobre tropa sofrerá restrições em decorrência da conformação
do terreno (relevo), pois a trajetória dos projéteis não pode por em risco a
segurança da tropa apoiada.
d) Simbologia do PelMtrP
Fig 2.3 - SçMtrP (posição principal) Fig 2.4 - SçMtrP (posição suplementar)
Deverá ser representado no Plano de Fogos do BtlInfFuzNav o posicionamento
de todas as SeçPelMtrP, com suas respectivas DPT, independentemente do
método de controle ou situação de comando, visando a facilitar a coordenação
e, principalmente, a integração do apoio de fogo (setores de tiro das SeçMAC,
DPT das SeçMtrP e a DPT das Mtr 7,62mm das CiaFuzNav em 1º escalão).
e) Emprego em operações ofensivas
I) Alvos a serem engajados
- No apoio de fogo: posições inimigas (particularmente as que apresentam
avançados níveis de organização do terreno (OT), com abrigos construídos
com madeira e sacos de areia) e posições de armas automáticas inimigas
(inclusive casamatas). As SeçMtrP podem ser empregadas também contra
atiradores de precisão localizados em casas ou prédios.
- Na defesa antiaérea (DAAe): defesa de ponto contra helicópteros (He) e
aeronaves de asa fixa de baixo desempenho.
- Na DAC: contra viaturas sem blindagem ou Vtr com blindagem leve, desde
que utilize munição perfurante.
.50
1800m 1800m
.50
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL
II) Apoio de fogo durante o assalto
O PelMtrP é empregado para bater, preferencialmente, os intervalos
existentes entre as PçMan, buscando-se manter o fogo sobre as posições
inimigas o maior tempo possível. Quando o terreno permitir, deve buscar
uma posição no flanco, de forma a apoiar o Assalto sem risco para a tropa
atacante. Após a conquista dos objetivos, o PelMtrP deve, rapidamente,
deslocar-se para frente, de forma a apoiar a consolidação.
f) Emprego em operações defensivas
I) Alvos a serem engajados
- No apoio de fogo: posições de armas automáticas inimigas ou atiradores de
precisão localizados em prédios ou casas.
- Na defesa antiaérea: defesa de ponto contra He e aeronaves de asa fixa de
baixo desempenho.
- Na defesa (AC): contra Vtr sem blindagem ou com blindagem leve, desde
que utilize munição perfurante.
II) Posicionamento do armamento
- Será posicionado no LAADA, sendo protegida pelos elementos em
primeiro escalão (posicionada dentro dos núcleos defensivos);
- Deve estar o mais à frente e com o maior comandamento de fogos possível,
para melhor aproveitar seu alcance útil; e
- Pode ser empregado em apoio aos Postos Avançados de Combate (PAC).
III) Defesa em contraencosta
O PelMtrP será posicionado de forma que seus fogos sejam rasantes na crista
topográfica da elevação, a fim de deter o inimigo nessas alturas.
2.3.3 - Pelotão de Morteiros 81mm
a) Organização
A organização básica do PelMrt81mm compreende uma Seção de Comando e
três Seções de Morteiros 81 mm (SeçMrt81mm), cada qual constituída de duas
peças de Mrt81mm. O PelMrt81mm é o responsável pelo apoio de fogo orgânico
do BtlInfFuzNav, prestando o apoio de fogo indireto, cerrado e contínuo as suas
peças de manobra.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-10 - ORIGINAL
b) Métodos de controle/situação de comando
A escolha do método de controle a ser empregado, dependerá da análise dos
fatores da decisão (principalmente do terreno) e, particularmente, da necessidade
de centralização do PelMrt81mm para proporcionar flexibilidade (possibilidade
de emassar fogos).
Ação de conjunto (AçCj) é o método de controle que confere a maior
centralização. Quando o terreno ou outro fator da decisão não permitir que o
PelMrt81mm apoie todas as PçMan de uma única posição, outro método poderá
ser adotado.
O método de controle ApDto permite um grau de descentralização que
possibilita apoiar determinada CiaFuzNav com fogos contínuos mantendo,
entretanto, o apoio logístico centralizado a cargo do CmtPelMrt81mm. Em
ApDto, o PelMrt81mm ou a SeçMrt81mm atua em proveito de uma CiaFuzNav,
executando missões de tiro mediante pedido direto da subunidade apoiada. É
empregado quando da inexistência de posições de tiro que permitam apoiar a
manobra do BtlInfFuzNav de uma única posição. Nesse método de controle, a
responsabilidade pelo apoio logístico às seções que estão em ApDto continua
com o CmtPelMrt81mm.
A situação de comando à disposição é normalmente utilizada quando a PçMan
apoiada está sendo empregada fora da distância de controle do BtlInfFuzNav.
Neste caso, a responsabilidade pelo apoio logístico às seções que estão à
disposição será da SU apoiada. A situação de comando à disposição é a menos
desejável por sobrecarregar as SU com atribuições logísticas.
c) Emprego nas operações ofensivas
I) Fatores para a seleção da posição
São fatores a serem analisados para a seleção da posição do PelMrt81mm:
- terreno;
- segurança; e
- situação tática.
A posição principal tem que apoiar a montagem e o desembocar do ataque e,
preferencialmente, apoiar a conquista e a consolidação do objetivo (Obj).
Caso isto não seja possível, serão planejadas tantas posições suplementares
quantas sejam necessárias.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-11 - ORIGINAL
II) Prioridade de fogos
O Cmt do BtlInfFuzNav normalmente estabelece prioridade de fogos do
PelMrt81mm para a CiaFuzNav que realiza o esforço principal. Essa
designação dependerá dos meios de apoio de fogo não orgânicos do
BtlInfFuzNav que estão em apoio à Unidade.
III) O PelMrt81mm na Marcha para o Combate
Na coluna de marcha, o PelMrt81mm se desloca como um todo, com a
coluna motorizada de um BtlInfFuzNav.
Na coluna tática, o PelMrt81mm se desloca, normalmente, bem à frente, em
condições de entrar rapidamente em posição. Se o BtlInfFuzNav estiver se
deslocando por dois itinerários, seções do PelMrt81mm podem apoiar cada
coluna.
Na marcha de aproximação, o PelMrt81mm se desloca junto às CiaFuzNav
em primeiro escalão. No caso das CiaFuzNav se deslocarem dentro da
distância de apoio, o PelMrt81mm poderá estar em AçCj.
IV) O PelMrt81mm no ataque noturno
Os ataques noturnos podem ser iluminados ou não iluminados. Os fogos de
Mrt81mm serão planejados, porém, no caso do ataque noturno não
iluminado, só serão desencadeados mediante ordem (MdtO).
O PelMrt81mm pode receber missões de tiro com a finalidade de neutralizar
Mrt inimigos, iludir quanto à verdadeira localização do ataque, dissimular os
ruídos produzidos pela tropa atacante, orientar estas últimas, neutralizar
objetivos, iluminar o campo de batalha e apoiar a reorganização e defesa por
ocasião de contra-ataques.
V) O PelMrt81mm no Ataque com Transposição de Curso d’água
O PelMrt81mm estabelecerá posição principal na margem amiga, de forma a
apoiar a conquista da Primeira Linha de Objetivos (LO-1). Mudanças de
posição devem ser planejadas para permitir o apoio BtlInfFuzNav na
conquista das demais LO.
VI) O PelMrt81mm em Operações Militares em Área Urbana
Na orla anterior da localidade, o PelMrt81mm pode neutralizar posições
inimigas, cobrindo a progressão em direção à localidade. Pode ainda apoiar a
conquista das elevações que dominem a localidade.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-12 - ORIGINAL
No interior da localidade, o Mrt81mm será utilizado para bater objetivos
protegidos pelas paredes das edificações. Pode, também, empregar
fumígenos para cobrir o movimento das tropas atacantes.
O desencadeamento de fogos no interior da localidade deverá ser objeto de
criteriosa avaliação, pois poderá ocasionar escombros que, além de serem
obstáculos ao avanço de nossas tropas, poderão ser utilizados como cobertas
e abrigos pelo inimigo.
Na manutenção da localidade, normalmente, o Mrt81mm será utilizado para
bater prováveis ZReu, fora dos limites e os principais acessos à localidade.
As barragens devem ser previstas sobre as ruas ou em áreas de edificações
esparsas.
VII) O PelMrt81mm no Assalto Anfíbio (AssAnf)
No AssAnf, normalmente, o PelMrt81mm estabelece sua posição principal
junto à Praia de Desembarque (PDbq) para apoiar a conquista da primeira
linha de alturas. As demais posições necessárias para apoiar a operação serão
posições suplementares.
Devido às largas frentes e grandes distâncias entre as PçMan, o
PelMrt81mm, normalmente, apoiará a CiaFuzNav que realiza o esforço
principal, ou estará descentralizado, apoiando mais de uma PçMan. Na
manutenção da cabeça-de-praia (CP), ele poderá bater áreas que, porventura,
não sejam batidas pela Art ou apoiar uma das PçMan, conforme decisão do
CmtBtlInfFuzNav.
VIII) O PelMrt81mm na Incursão Anfíbia (IncAnf)
Na IncAnf, dependendo da situação, o PelMrt81mm poderá ficar embarcado,
em apoio à reserva. Isto será verificado no confronto (fase 3, etapa 1 do
Processo de Planejamento Militar – PPM) e o CmtBtlInfFuzNav decidirá,
baseado nos fatores da decisão.
No caso do PelMrt81mm desembarcar, duas situações poderão ocorrer. Na
primeira ele estará apoiando o grupamento funcional1
de assalto. Neste caso,
poderá usar suas viaturas, pois seu retraimento e reembarque estarão
protegidos pelo grupamento funcional de cobertura. Na segunda situação, o
PelMrt81mm estará apoiando o grupamento funcional de cobertura. Neste
1
O CCT de uma Força de Incursão é organizado em quatro grupamentos funcionais: reconhecimento e segurança, cobertura,
assalto e reserva.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-13 - ORIGINAL
caso, é preferível que o Mrt81mm esteja embarcado em blindados. Caso
contrário, seu retraimento e retirada poderão não ter proteção, tendo em vista
a sequência de retraimento da IncAnf.
d) Emprego nas operações defensivas
I) Defesa de Área
Na defensiva, a tarefa do PelMrt81mm consiste em prestar um contínuo
apoio de fogo indireto às PçMan em primeiro escalão do BtlInfFuzNav,
Unidade que nucleia ou compõe o CCT.
II) Fatores para seleção de posição
Os fatores a serem analisados para a seleção da posição do PelMrt81mm são
os seguintes:
- terreno;
- segurança; e
- situação tática.
A posição principal deve possibilitar bater todo o LAADA e,
preferencialmente, apoiar os PAC e estando localizada à retaguarda dos
núcleos de aprofundamento da reserva. Caso não seja possível, serão
estabelecidas tantas posições suplementares quantas necessárias.
É desejável que a posição principal do PelMrt81mm não bata o LAADA no
limite do alcance útil, pois, nesse caso, o inimigo que estiver se aproximando
do LAADA não será batido por fogos de Mrt81mm durante seu
deslocamento.
A última posição suplementar apoia em profundidade a defesa do Batalhão,
devendo estar localizada à retaguarda dos núcleos de aprofundamento da
reserva. Essa posição será ocupada, se algum núcleo de aprofundamento na
ADA submergir.
III) Prioridade de fogos
Normalmente, o Cmt do CCT estabelecerá a prioridade de fogos para a
PçMan que defende a parte mais importante do setor defensivo, ou seja, onde
incidem as VA mais favoráveis ao inimigo.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-14 - ORIGINAL
IV) Fogos de barragem
Quando empregado centralizadamente, o PelMrt81mm tem capacidade de
executar uma barragem normal2
. Podem ainda ser previstas até duas
barragens eventuais3
. A barragem deve ser localizada a uma distância de 100
a 200m à frente do LAADA. A barragem de uma peça bate,
aproximadamente, um quadrado de 50 m de lado, sendo representada nos
calcos ou cartas.
V) Alvos
No planejamento dos fogos de Mrt81mm deve ser dada prioridade para as
áreas que não possam ser batidas com armas de tiro tenso.
VI) O PelMrt81mm nos Movimentos Retrógrados
No retraimento sem pressão, o Pel Mrt81mm, normalmente, permanece em
posição até que a força que retrai tenha rompido o contato com o inimigo.
Antes disso, uma ou duas seções serão colocadas à disposição dos elementos
deixados em contato (EDC). O restante do pelotão retrairá com o grosso da
tropa.
No retraimento sob pressão, o PelMrt81mm retrai após as CiaFuzNav em
primeiro escalão.
Na retirada, o PelMrt81mm será utilizado como na marcha para o combate.
No entanto, ele poderá ser colocado em apoio à força que acolher a tropa que
se retira (se for o caso).
Na ação retardadora, o PelMrt81mm apoiará a Posição Inicial de
Retardamento (PIR), desencadeando fogos longínquos e buscando infligir o
máximo de perdas no inimigo, bem como interditar seus movimentos.
Apoiará as demais posições de retardamento, sucessivamente, se elas
existirem, da mesma forma que na PIR. Durante o retraimento da tropa, uma
SçMrt81mm poderá ser colocada à disposição do Destacamento Retardador,
principalmente se este dispuser do apoio de blindados.
VII) O PelMrt81mm na Defesa em Contraencosta
2
A barragem é um tiro linear previsto, destinado a proteger tropas ou instalações amigas, impedindo que o inimigo atravesse
linhas, posições etc. Cada bateria é encarregada de apenas uma barragem, chamada normal, na qual permanece apontada
quando não estiver cumprindo outras missões de tiro, mesmo que esta barragem já tenha sido desencadeada.
3
Este tipo de barragem serve para fechar os intervalos entre as barragens normais ou para reforçá-las.
OSTENSIVO CGCFN-311
OSTENSIVO - 2-15 - ORIGINAL
As barragens de Mrt81mm devem bater a crista topográfica da elevação, com
a finalidade de torná-la inconquistável pelo inimigo. Enquanto os PO
estiverem em posição, os Mrt81mm desencadearão seus fogos longínquos ou
defensivos aproximados.
VIII) O PelMrt81mm na Defesa na Linha de um Curso d’água
Quando o traçado do LAADA coincidir com a margem de um curso d`água,
devem ser previstas concentrações sobre prováveis posições de ataque, na
margem oposta e barragens sobre prováveis locais de travessia. Quando o
traçado do LAADA estiver à retaguarda da margem do rio, as barragens
serão planejadas sobre prováveis locais de desembarque e VA na margem
amiga.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL 
CAPÍTULO 3
APOIO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
3.1 - TAREFAS GERAIS DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
A finalidade da artilharia de campanha (ArtCmp) é proporcionar ao GptOpFuzNav o
apoio de fogo, necessário e suficiente, para que seu Comandante, em coordenação com
os demais sistemas de armas disponíveis, possa intervir no combate pelo fogo, seja pela
neutralização, destruição ou interdição de alvos que ameacem o cumprimento da missão,
seja por meio de fogos subsidiários de inquietação das tropas inimigas, iluminação do
campo de batalha e de proteção, de acordo com o tipo de manobra adotado.
A ArtCmp tem as seguintes tarefas gerais:
- prestar apoio de fogo cerrado, contínuo e oportuno aos elementos de manobra em
primeiro escalão;
- aprofundar o combate pela aplicação de fogos sobre as reservas inimigas, instalações
de comando e controle e instalações logísticas inimigas; e
- realizar fogos de contrabateria dentro do alcance de suas armas.
Para que essas tarefas gerais sejam alcançadas, algumas capacidades devem ser
desenvolvidas, a saber:
- coordenar o apoio de fogo de artilharia;
- adquirir adequada e oportunamente alvos de interesse;
- empregar munição adequada de acordo com o alvo;
- prestar a segurança da posição ocupada;
- estabelecer adequado sistema de comunicações;
- movimentar de maneira adequada e oportuna seus meios;
- manter adequado e contínuo fluxo logístico; e
- manter sua tropa adestrada e preparada para o emprego.
3.2 - SISTEMA DE APOIO DE FOGO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
A ArtCmp não é uma arma, mas um sistema, formado por diversos subsistemas
interdependentes que contribuem para o cumprimento da missão.
Os subsistemas da ArtCmp são: linha de fogo, ligação e observação, topografia,
meteorologia, comunicações, busca de alvos, logística e direção de tiro.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL 
3.2.1 - Linha de fogo
Subsistema composto por meios de lançamento (canhões, obuseiros, morteiros,
lançadores de mísseis ou foguetes). A combinação adequada de arma e munição por
parte da unidade de artilharia contribuirá para que o comando influa de modo efetivo
no desenvolvimento do combate.
3.2.2 - Ligação e observação
Subsistema composto pelas Seções de Ligação e Observação. Os Oficiais de Ligação
de Artilharia (OLigArt) assessoram o Coordenador do Apoio de Fogo (CAF) quanto
ao Planejamento de Fogos da ArtCmp e sua adequação à ideia de manobra do
GptOpFuzNav e quanto às possibilidades e limitações do emprego da artilharia de
campanha.
Os Observadores Avançados (OA) acompanham as peças de manobra do CCT,
normalmente no nível CiaFuzNav, e assessoram seus Comandantes quanto ao correto
emprego da ArtCmp em proveito de suas tarefas, além de realizarem a localização e
pedido de tiro sobre alvos de interesse. A unidade de ArtCmp pode, também,
estabelecer PO com observadores próprios, para realizar tanto o tiro técnico14
(regulações) como o tiro tático em proveito da tropa apoiada. Poderão ainda ser
empregados observadores aéreos e meios indiretos, como por exemplo Veículos
Aéreos Não Tripulados (VANT) e radares de contrabateria para a condução de
missões de tiro.
A observação acurada do fogo de artilharia contribuirá para a realização do tiro sobre
os mais variados tipos de alvos, com a máxima eficácia e com um consumo mínimo
de munição.
3.2.3 - Topografia
O levantamento topográfico, efetuado por equipes especializadas e empregando
equipamentos de medição sofisticados, é base para a centralização do tiro do escalão
de ArtCmp empregado. Esse levantamento servirá de base para a construção de uma
trama topográfica25
comum às Unidades de Tiro36
(UT), aos observadores e à linha de
fogo.
                                                            
4
Tiro realizado com o intuito de estabelecer correções a serem aplicadas a missões de tiro futuras.
5
Trama topográfica é o nome dado ao levantamento da posição, direção e desnível de elementos importantes para a solução
do problema técnico da artilharia de campanha, a saber, o tiro indireto.
6
  Unidade de Tiro é a menor fração com a qual a ArtCmp pode empregar seus meios e apoiar, portanto, os elementos de
manobra com seus fogos. Esta fração corresponde às Baterias de Tiro (BiaT) que são o menor escalão de artilharia a ser
empregado. 
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL 
3.2.4 - Meteorologia
Os fatores atmosféricos são responsáveis pela maior influência na balística externa do
projétil, podendo alterar significativamente o alcance e direção final deste. Esta
alteração influi na precisão obrigando que o tiro seja ajustado47
antes da eficácia58
,
acarretando em perda do princípio da oportunidade. Sendo assim, a capacidade de
obtenção de boletins meteorológicos e de inserção dos dados neles contidos nos
cálculos de tiro reduz significativamente este problema balístico, conferindo maior
precisão ao tiro.
3.2.5 - Comunicações
Subsistema que permite a integração entre os subsistemas participantes do tiro
propriamente dito. Devido ao grande fluxo de mensagens necessário ao controle
técnico e tático da ArtCmp, a quantidade de emissões eletromagnéticas pode
denunciar a posição dos diversos subsistemas. Para evitar que isso ocorra, os
procedimentos para segurança das comunicações devem ser rigorosamente
observados. Nesse sentido, o canal dados é o mais eficiente para a ArtCmp, pois
expõe menos o escalão de artilharia no espectro eletromagnético e elimina as perdas
de tempo para o tiro provenientes das transmissões de mensagens, comandos e ordens
de tiro.
3.2.6 - Busca de alvos
É o subsistema primordial para que tarefa geral da ArtCmp de realizar fogos de
contrabateria seja cumprida. A busca de alvos permitirá o desencadeamento de
rápidos, oportunos e eficientes fogos de contrabateria e contramorteiro, alcançando
assim a superioridade de fogos. Para um inimigo que possui eficiente sistema de
ArtCmp, a busca de alvos torna-se imprescindível para que nosso ciclo OODA
(Ciclo de Boyd ou Ciclo Decisão – Observação, Orientação, Decisão e Ação) seja
mais rápido do que o do inimigo no que tange ao apoio de fogo.
                                                            
7
 A ajustagem do tiro é uma técnica utilizada pelo OA com o intuito de enquadrar o alvo por meio de tiros subseqüentes de
forma que antes da eficácia sejam levantados os elementos de tiro necessários para que a eficácia seja executada precisamente
sobre o alvo.
8
Tiro de eficácia é o tipo de missão de tiro de artilharia a ser desencadeada, a pedido do observador, quando este julgar que o
alvo está precisamente localizado ou enquadrado. Tiro de destruição ou neutralização efetuado em condições tais que a
probabilidade de acerto e o dano ao alvo justifiquem o dispêndio de munição.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL 
3.2.7 - Logística
Um dos maiores problemas da ArtCmp reside no volume e peso de sua carga logística.
Um eficiente sistema de apoio logístico, dotado dos adequados meios de transporte,
contribuirá significativamente para o cumprimento da tarefa geral da ArtCmp de prover
apoio de fogo cerrado, contínuo e oportuno aos elementos de manobra em primeiro
escalão.
3.2.8 - Direção de tiro
Subsistema composto pelo pessoal e equipamentos, por meio dos quais o comando exerce
a direção de tiro. Esse pessoal e equipamentos ficam localizados na Central de Tiro onde
os pedidos de tiro dos OA são transformados em comandos de tiro para os meios de
lançamento da linha de fogo. O ideal é que haja um sistema integrado de direção de tiro
capaz de receber automaticamente as informações do levantamento topográfico e
meteorológico e os pedidos de tiro dos OA inserindo-os rapidamente no cálculo do tiro,
além de permitir a transmissão via dados dos comandos de tiro para os meios de
lançamento da linha de fogo.
3.3 - POSSIBILIDADES DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
3.3.1 - Transferir fogos rapidamente
Caso a artilharia esteja engajada inicialmente em determinado alvo e receba um pedido de
tiro para engajar alvo em outra direção, poderá rapidamente, sem a necessidade de mudar
de posição, empregar suas UT de forma que os fogos sejam transferidos para o outro alvo,
mesmo sem ter terminado efetivamente de cumprir a missão anterior e, após realizar o
tiro, retornar a primeira missão e concluí-la. Isto é particularmente utilizado por ocasião
do desencadeamento de fogos de barragem69
ou de fogos do tipo HNA710
, pois são fogos
que devem ser desencadeados em momentos específicos e, portanto, preterem outras
missões ainda que estejam no decurso de seu desencadeamento.
                                                            
9
A barragem é uma modalidade de tiro que possui um elevado volume de fogos e é caracterizada por formar uma linha no
terreno perpendicular à progressão do inimigo de forma a barrar seu avanço. Este tiro é executado na cadência máxima do
material, que no caso do obuseiro 105 mm Light Gun são 12 tiros por peça durante 3 min, o que totaliza 216 tiros
desencadeados por uma única UT.
10
Os fogos do tipo HNA (hora no alvo) são fogos desencadeados em determinado momento com o desencadeamento
amarrado em determinado horário. É fundamental que o OA faça o acerto de relógios com a Central de Tiro para que este tipo
de pedido de tiro ocorra adequadamente. 
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL 
3.3.2 - Emassar fogos de diferentes baterias
Muitos alvos possuem frente811 
maior do que a frente eficazmente batida (FEB912
) da
UT. Sendo assim, para batê-los será necessário o emprego do BtlArtFuzNav.
Portanto, a ArtCmp é capaz de rapidamente bater estes tipos de alvos com mais de
uma UT sem que as baterias mudem de posição no terreno.
3.3.3 - Executar tiros precisos
Os tiros precisos podem ser executados com ou sem ajustagem. Se a ArtCmp possuir
os meios necessários para executar o tiro predito1013
, a precisão será alcançada logo
na eficácia sem a necessidade de ajustagem. Caso contrário, a precisão será
alcançada, sendo necessária, entretanto, a realização de uma ajustagem.
3.3.4 - Executar tiro de destruição
O tiro de destruição visa inutilizar permanentemente o alvo. É um tiro que envolve
um volume de fogos considerável além da utilização do calibre, granada e espoleta
adequados à natureza do alvo.
3.3.5 - Iluminar o campo de batalha
A iluminação do campo de batalha se faz de forma contínua, intermitente ou
coordenada. A iluminação contínua é aquela em que, antes da granada iluminativa
(GIL) apagar, a granada subsequente acende de forma que haja uma continuidade na
iluminação. A iluminação intermitente é aquela em que são fornecidos períodos de
iluminação apenas para identificar alvos ou posições inimigas. A iluminação
coordenada é aquela onde, além do campo de batalha ser iluminado, são executadas
missões com granadas autoexplosivas (GAE) de forma que o alvo possa ser batido ao
mesmo tempo em que é iluminado e o OA, assim, tenha condição de avaliar o efeito
dos fogos sobre o alvo.
                                                            
11
Distância do alvo perpendicular à linha de observação (LO).
12
A FEB é um termo que pode ser relativo à granada (FEB da granada 120 mm = 25 m, FEB da granada 105 mm Light Gun
= 40 m e FEB da granada do Obuseiro 155 mm = 50 m), relativo aos escalões de artilharia (Bateria 105 mm = 240 m, Bateria
155 mm = 300 m, BtlArt com Baterias 105 mm = 500 m, BtlArt com Baterias 155 mm = 600 m e RgtArt com Baterias 155
mm = 1200 m). Apesar de o BtlArt possuir três BiaT, considera-se a sua FEB como sendo o somatório de apenas duas BiaT,
pois a Bateria do centro, na verdade, recobre os fogos das Baterias dos extremos.
13
Tiro predito consiste na mais recente técnica desenvolvida pela artilharia de campanha que permite que seja colocado, com
precisão, um tiro sobre o alvo localizado numa direção qualquer e dentro do alcance máximo do material, sem quaisquer
regulações ou ajustagens e, portanto, com o máximo de surpresa.
 
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL 
3.3.6 - Executar tiros sobre alvos desenfiados
A ArtCmp é capaz de realizar o tiro indireto, que possibilita bater alvos desenfiados. Além
disso, por meio do tiro vertical a ArtCmp é capaz de bater alvos localizados em
contraencostas.
3.4 - LIMITAÇÕES DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
3.4.1 - Momentos iniciais do AssAnf
Nos momentos iniciais do Assalto Anfíbio (AssAnf), via de regra, verifica-se uma grande
impulsão, a possibilidade de elevado grau de atrição e a necessidade de ocupar terreno para
prover segurança e espaço aos demais meios e escalões a desembarcar.
A oportunidade para o desembarque das unidades/subunidades de artilharia depende de
variáveis, tais como: disponibilidade de áreas de posição, necessidade do apoio de artilharia
em terra e possibilidade de abicagem dos navios de desembarque e/ou embarcações de
desembarque. As unidades de tiro da Artilharia podem desembarcar em vagas a pedido ou
vagas programadas.
Uma vez que normalmente seu desembarque estará condicionado à conquista de uma
parcela da CP que proporcione espaço e segurança para seu emprego, a principal limitação
da ArtCmp é a capacidade em apoiar os momentos iniciais do AssAnf. Esta limitação
poderá ser minimizada, pelo desembarque da artilharia Pré Hora-H, se possível, em ilhas
e/ou promontórios dentro do alcance do armamento.
3.4.2 – Dificuldade de ocupar posição durante os deslocamentos
Quando a ArtCmp necessita mudar de posição, ou por chegar ao limite de seu alcance
máximo ou por questões de segurança da Área de Posição1114
, sua pronta resposta aos
pedidos de apoio de fogo fica prejudicada. A forma de se minimizar esta limitação é efetuar
estes deslocamentos por escalão, o que permitirá a continuidade do apoio de fogo. Caso o
escalão de artilharia a prestar o apoio seja a bateria, esta limitação poderá ser minimizada
por meio da entrada rápida em posição1215
, posto que a BiaT é a UT, menor escalão de
artilharia a ser empregado.
3.4.3 - Ataques aéreos
                                                            
14
Área de Posição é a porção do terreno onde determinado escalão de artilharia ocupa normalmente após terem sido
realizados trabalhos de reconhecimento.
15
Entrada rápida em posição é a técnica utilizada pela ArtCmp para rapidamente ocupar uma posição ao longo do itinerário de
deslocamento, possibilitando ao atendimento do pedido de tiro. Durante o deslocamento o pedido de tiro é recebido pela
Central de Tiro que rapidamente comunica o fato ao Comandante da Linha de Fogo (CLF). Este, por sua vez, assim que
identifica uma região ao longo do itinerário que possa ser ocupada pela bateria, rapidamente posiciona sua viatura balizando a
Direção Geral de Tiro (DGT) de forma que as peças possam posicionar-se corretamente no terreno. As peças são
posicionadas rapidamente e apontadas por meio de um ponto de referência. Assim que a Central de Tiro obtém do CLF as
coordenadas do CB e termina os cálculos do tiro, transmite ao CLF os comando de tiro que depois de inseridos nas peças
permitem que a bateria prontamente execute o tiro.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL 
Tanto em posição quanto por ocasião dos deslocamentos para mudança de posição, a
ArtCmp é vulnerável a ataques aéreos. Para minimizar o problema apresentado na
primeira situação é fundamental que a camuflagem da área de posição seja feita para
todos os órgãos das BiaT, do BtlArtFuzNav. Além disso, se for possível, deve ser
prevista defesa antiaérea para a Área de Posição. Quando não existirem UT de
artilharia antiaérea disponíveis, a ArtCmp deverá, desde que não interfira no
cumprimento de suas tarefas, ocupar posição próxima ao PC do GptOpFuzNav que
normalmente recebe meios que provêm sua defesa antiaérea. É recomendável que o
deslocamento dos escalões de artilharia se dê no período noturno. Para minimizar o
problema apresentado na segunda situação, é recomendável que o deslocamento dos
escalões de artilharia ocorra no período noturno. Quando isso não for possível,
deverá ser prevista cobertura aérea para realizar a segurança dos deslocamentos dos
escalões de ArtCmp.
3.4.4 - Fogos de contrabateria
A ArtCmp é vulnerável a fogos de contrabateria. Esta limitação pode ser minimizada
adotando-se a correta forma de desdobrar a artilharia no terreno, além da adoção de
uma conduta que implique sucessivas ocupações de posições de troca1316
. Contudo,
para antepor-se a esse perigo, faz-se necessário que a ArtCmp possua, também, meios
de busca de alvos que possam detectar prontamente a artilharia inimiga possibilitando
a realização de fogos de contrabateria.
3.4.5 - Ameaça de carros de combate
A Área de Posição é particularmente vulnerável à ameaça de carros de combate. Para
minimizar esse problema, o CLF deverá separar setores de tiro em VA que sejam
particularmente favoráveis a este meio e atribuí-los aos chefes de peça que deverão
confeccionar cartões de tiro de forma a prontamente realizarem a pontaria direta para
alvos detectados. Contra tais ameaças, as armas mais eficientes são os CC e as armas
AC. Na ausência de tais armas, o tiro direto com o armamento de artilharia, embora
não seja tão preciso, é um recurso disponível.
3.4.6 - Autodefesa da área de posição
A ArtCmp possui medidas passivas e ativas para realizar a segurança da Área de
Posição.
                                                            
16
 A posição de troca é utilizada quando a posição ocupada por um Grupo ou Bateria recebe a ação direta dos fogos inimigos.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-8 - ORIGINAL 
Contudo, caso seja forçada a engajar-se em combate aproximado para realizar sua
autodefesa, sua eficiência como um sistema de armas ficará significativamente reduzida.
Para minimizar esse problema, a artilharia deverá, sempre que possível, ocupar posição à
retaguarda de uma linha no terreno efetivamente ocupada por PçMan do CCT,
preferencialmente posição próxima à reserva, quando isso não interferir no cumprimento
de suas tarefas.
3.5 - SITUAÇÕES DE COMANDO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
A artilharia possui, basicamente, duas situações de comando:
- comando centralizado; e
- à disposição.
Quando a artilharia possui comando e direção de tiro centralizados, diz-se que ela está
centralizada.
Quando possui a centralização da direção de tiro, diz-se que ela está articulada.
Quando a artilharia não estiver sendo empregada segundo nenhuma das situações de
comando supramencionadas, a ArtCmp estará fracionada e, portanto, à disposição do
elemento apoiado.
3.6 - FORMAS DE EMPREGO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
A ação de massa e a centralização constituem os princípios fundamentais do emprego da
ArtCmp, decorrendo o segundo da necessidade do primeiro. Nos escalões BtlArtFuzNav e
Agrupamento de Bateria, a busca pela centralização é uma preocupação constante de
qualquer Comandante de ArtCmp, pois os efeitos dos fogos são maiores quando a artilharia
se encontra centralizada.
A centralização pode se apresentar segundo dois aspectos:
- centralização do comando; e
- centralização da direção de tiro.
3.6.1 - Centralização do comando
Entende-se por centralização do comando o exercício do controle tático e logístico das
unidades ou subunidades de artilharia. A centralização do comando permite ao
comandante de artilharia:
- fixar setores de tiro se for o caso;
- indicar e coordenar o desdobramento do material;
- controlar a munição; e
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-9 - ORIGINAL 
- coordenar os subsistemas de observação, de busca de alvos, de comunicações, de
topografia e de apoio logístico.
3.6.2 - Centralização da direção de tiro
A centralização da direção de tiro1417
é caracterizada pela possibilidade que tem um
Comandante de ArtCmp de, com rapidez e precisão, concentrar a maioria ou a
totalidade dos fogos de sua artilharia e, quando for o caso, de artilharia de outros
escalões, sobre um ou vários alvos, e transportá-los para outros, quando necessário.
A ArtCmp pode ser empregada de três formas: centralizada, articulada ou fracionada.
O domínio das formas de emprego da ArtCmp é especialmente importante para
compreensão do emprego das tarefas táticas. Cada tarefa tática estará associada a
uma forma de emprego específica. O quadro a seguir apresenta o nível de
centralização correspondente a cada uma das três formas de emprego da ArtCmp.
Nível de Centralização
Forma de Emprego
Centralização do Comando Centralização da Direção de Tiro
Centralizada Sim Sim
Articulada Não Sim
Fracionada Não Não
Figura 3.1 - Formas de Emprego e Níveis de Centralização da ArtCmp.
a) Artilharia centralizada
O Comandante da Artilharia possui tanto a centralização de comando quanto a
centralização da direção de tiro.
b) Artilharia articulada
O comandante da artilharia não possui a centralização de comando, no entanto
possui a centralização da direção de tiro.
c) Artilharia fracionada
O comandante da artilharia não possui nem a centralização da direção de tiro, nem
a centralização de comando.
3.7 - TAREFAS TÁTICAS ATRIBUÍDAS À ARTILHARIA DE CAMPANHA
As tarefas táticas indicam a responsabilidade do apoio de fogo atribuída a um elemento
de artilharia. Essas tarefas são atribuídas pelo comandante CCT, por proposta do
Comandante da ArtCmp.
                                                            
17
Para que seja possível centralizar a direção de tiro são necessárias as seguintes condições básicas: tiro organizado, servindo-
se de uma mesma trama topográfica; dispositivo de observação montado e rede de comunicações apropriada estabelecida.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-10 - ORIGINAL 
A atribuição de tarefas táticas estabelece uma relação de apoio de fogo, não afetando as
relações de comando nem a estrutura organizacional da artilharia.
As responsabilidades de uma unidade de artilharia quanto ao apoio de fogo são as seguintes:
- zona de fogos;
- envio de observadores avançados;
- ligação;
- comunicações;
- atendimento de pedidos de tiro;
- planejamento de fogos; e
- mudanças de posição.
Estas responsabilidades normalmente são conhecidas como 07 (sete) famílias.
3.7.1 - Tarefas táticas padronizadas
Algumas tarefas táticas, pelo seu simples enunciado, definem todas as responsabilidades
de apoio de fogo atribuídas a um elemento de artilharia e denominam-se tarefas táticas
padronizadas. As responsabilidades de apoio de fogo relativas a cada uma delas são
apresentadas resumidamente no quadro a seguir:
Figura 3.2 - Tarefas Táticas da Artilharia de Campanha.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-11 - ORIGINAL 
Ao BtlArtFuzNav poderão ser atribuídas as seguintes tarefas táticas padronizadas:
apoio geral e apoio direto. Para que a ArtCmp no CFN possa cumprir as demais
tarefas táticas padronizadas, constantes do quadro apresentado na figura 3.2, o
GptOpFuzNav necessitaria receber apoio de outras unidades de artilharia.
a) Apoio Geral (ApG)
Esta tarefa tática é normalmente atribuída ao BtlArtFuzNav, orgânico da Divisão
Anfíbia (DivAnf), o qual deve empregar seus fogos, não só em apoio aos
elementos de manobra em primeiro escalão, bem como para bater alvos em
proveito do GptOpFuzNav. Um elemento de artilharia só pode prestar apoio geral
a um único elemento de manobra. Da mesma forma, um elemento de manobra só
pode ter um único elemento de artilharia prestando-lhe apoio geral.
Figura 3.3 - Exemplo de Emprego da ArtCmp em ApG.
Na figura 3.3 é apresentado um exemplo de emprego da tarefa de ApG. Nesse
exemplo, o BtlArtFuzNav está em ApG à BdaFuzNav (CCT de uma BAnf).
Conforme o quadro de responsabilidades de apoio de fogo (Fig. 3.2), terá como
Zona de Fogos (ZF1518
) toda a ZAç da BdaFuzNav e não apenas um setor
específico. Além disso, a ordem de prioridade para o atendimento dos pedidos de
tiro é a unidade apoiada, seguida dos observadores orgânicos.
                                                            
18
Zona de Fogos (ZF) - é a área de responsabilidade de uma arma, em apoio a determinada Força. A ZF da artilharia é
definida por meio da tarefa tática que lhe é atribuída e confunde-se, em princípio, com a Zona de Ação (ZAç), ou Setor de
Defesa (StDef), ou Zona de Responsabilidade Tática (ZRT) da unidade apoiada.
 
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-12 - ORIGINAL 
Isto significa que se o OLigArt da BdaFuzNav solicitar um pedido de tiro no mesmo
momento em que o OA de uma das CiaFuzNav de um dos BtlInfFuzNav, a prioridade
de atendimento do pedido de tiro será do OLigArt da BdaFuzNav. Neste caso, o
emprego da ArtCmp é centralizado, por ter seu comandante a centralização de
comando e a da direção de tiro.
b) Apoio Direto
A tarefa tática de ApDto é atribuída para que o BtlArtFuzNav/BiaT responda
imediatamente aos pedidos de tiro de um elemento de manobra que não disponha de
artilharia orgânica. Um elemento de artilharia só pode prestar ApDto a um único
elemento de manobra e vice-versa. O BtlArtFuzNav/BiaT proporcionará, neste caso,
um apoio de fogo cerrado e contínuo, sem, contudo, ficar subordinada ao elemento
apoiado.
Figura 3.4 - Exemplo de Emprego da ArtCmp em ApDto.
A ilustração acima demonstra as peculiaridades do ApDto. Nesse exemplo, o
BtlArtFuzNav encontra-se em ApG à BdaFuzNav com uma de suas BiaT em ApDto ao
BtlInfFuzNav da esquerda. Isto significa que a BiaT, que está em ApDto ao
BtlInfFuzNav terá como ZF a ZAç desta unidade e não a ZF da BdaFuzNav. Contudo,
em uma terceira prioridade, esta BiaT poderá atender a pedidos de tiros designados
pelo BtlArtFuzNav.
 
 
 
 
 
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-13 - ORIGINAL 
Assim, a centralização da direção de tiro permanece. Contudo, a centralização do
comando deixa de existir, pois o BtlArtFuzNav ficará apenas com controle
logístico desta sua SU, não tendo, entretanto, seu controle tático, pois, de acordo
com o quadro de responsabilidades de apoio de fogo, esta BiaT em ApDto fará
seu próprio planejamento de fogos e terá autonomia para mudar de posição de
acordo com a decisão do comandante da BiaT. Os encargos logísticos do
BtlArtFuzNav para com sua SU permanecem. Desta forma, a ArtCmp está sendo
empregada de forma articulada.
O BtlArtFuzNav, neste caso, por outro lado, continuará tendo como ZF a ZAç da
BdaFuzNav. Contudo, poderá dar prioridade ao atendimento dos pedidos de tiro
para outras PçMan do CCT. Sendo assim, na Fig 3.4, verifica-se que o
BtlInfFuzNav posicionado à esquerda dispõe de menor volume de apoio de fogo
que as demais PçMan do CCT. Verifica-se, ainda, que o BtlArtFuzNav
desobrigou-se de apoiar o BtlInfFuzNav à esquerda, em uma primeira e segunda
prioridades, pelo fato deste ter recebido uma BiaT em ApDto, a qual atenderá,
com exclusividade, seus pedidos de tiro. Sendo assim, o BtlArtFuzNav priorizou,
na verdade, o apoio de fogo para as demais PçMan do CCT.
3.7.2 - Tarefa tática não padronizada
Em algumas ocasiões, quando nenhuma das tarefas táticas padronizadas, mesmo
modificadas, traduzir a ideia de manobra do comandante, deve-se atribuir uma
tarefa tática não padronizada. Quando ocorrer tal situação, é necessário prescrever
todas as responsabilidades de apoio de fogo desse BtlArtFuzNav.
Exemplo: BtlArtFuzNav (-) em ApG ao CCT. 2ªBiaO105mm em Apoio ao
2ºBtlInfFuzNav e à 3ªCia/3ºBtlInfFuzNav:
- ligar-se e ter como Zona de Fogos (ZF) as Zona de Ação (ZAç) dos
2ºBtlInfFuzNav e 3ªCia/3ºBtlInfFuzNav, nesta prioridade;
- fornecer observadores avançados e atender aos pedidos de tiro dos
2ºBtlInfFuzNav e 3ªCia/3ºBtlInfFuzNav, nesta prioridade;
- ocupar posição ou deslocar-se quando o Comandante do BtlArtFuzNav julgar
necessário ou MdtO do Comandante da ForDbq; e
- planejar seus próprios fogos.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 3-14 - ORIGINAL 
3.8 - ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE DA ARTILHARIA DE CAMPANHA
Organizar a artilharia para o combate é empregá-la de forma a atender às necessidades táticas
do elemento apoiado. Isso é feito atribuindo-se uma tarefa tática e/ou uma situação de
comando a um determinado escalão de artilharia. Os fatores condicionantes que
fundamentam a organização para o combate da artilharia são os seguintes:
- fatores da decisão;
- ideia de manobra em terra; e
- fundamentos da organização para o combate.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL 
CAPÍTULO 4
APOIO DE FOGO DE BLINDADOS
4.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
No CFN, entende-se por mecanizado todo meio terrestre ou anfíbio autopropulsado
capaz de transportar, através campo e em Cmb, tropa de infantaria e apoiar o seu
avanço, quando desembarcada, com seus fogos. O termo blindado, por sua vez, é a
designação genérica dos meios terrestres dotados de couraça. Incluem-se entre os
blindados os CC, as Viaturas Blindadas (VtrBld) e os Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf).
Os CC são empregados, primordialmente, no apoio ao combate. Os CLAnf e as VtrBld
podem ser empregados no apoio ao combate (ApCmb), provendo apoio de fogo
suplementar e recursos adicionais de comunicações, ou no (ApSvCmb), no transporte
com proteção blindada, dependendo da tarefa que lhes forem atribuídas.
4.2 - CARACTERÍSTICAS DOS BLINDADOS
A publicação CGCFN-313 - MANUAL DE BLINDADOS DE FUZILEIROS NAVAIS
apresenta as características dos meios blindados empregados pelo CFN. Contudo,
algumas dessas características guardam uma relação mais estreita com o apoio de fogo,
em especial o poder de fogo dos blindados. A potência de fogo do canhão dos CC,
aliado à sua capacidade de transportar uma considerável quantidade de diferentes tipos
de munição, permite-lhe engajar e destruir a maioria dos alvos encontrados em Cmb. Já
as metralhadoras existentes nos blindados permitem apoiar a tropa de infantaria no
assalto a posições inimigas e, na defensiva, bater com fogos rasantes e de
flanqueamento as possíveis VA do inimigo.
Outra característica importante para o apoio de fogo é a existência de comunicações
amplas e flexíveis, proporcionadas pelos equipamentos rádio disponíveis nos blindados,
que garantem a adequada coordenação da manobra e do apoio de fogo.
4.3 - MÉTODOS DE CONTROLE
Os blindados quando empregados em apoio ao combate estabelecem uma relação de
comando com a unidade/subunidade apoiada pela atribuição de um método de controle
e/ou alteração na sua situação de comando.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL 
4.3.1 - Apoio ao conjunto
Neste método de controle os blindados apóiam o CCT como um todo. É o método de
controle que permite a maior centralização, uma vez que a fração ou subunidade de
blindados estará tática e administrativamente subordinada a um único comando,
proporcionando flexibilidade e o emprego decisivo do seu apoio de fogo.
4.3.2 - Apoio direto
Neste método de controle os blindados apoiam uma parcela específica do CCT (uma
PçMan). Enquanto permanecer nesta situação, o Comandante dos blindados ficará
sujeito às decisões táticas do Comandante apoiado e deverá prover o apoio solicitado
por ele, permanecendo, entretanto, sob o comando da sua organização de origem.
Este método de controle não poderá ser alterado a menos que determinado pelo
Comandante que o estabeleceu.
A responsabilidade pela administração, abastecimento e manutenção permanece com
a organização de origem, cujo Comandante é responsável, ainda, pelo
estabelecimento das ligações iniciais entre os elementos de blindados e o elemento
apoiado.
4.3.3 - Alteração na situação de comando
Colocar uma subunidade ou fração de blindados à disposição de uma peça de
manobra do CCT, não significa atribuir-lhe um método de controle. Isto implica uma
alteração na situação de comando dessa subunidade ou fração.
Esta situação só se justifica em determinadas circunstâncias em que o controle e a
coordenação do elemento de blindados em apoio não puderem ser mantidos por seu
Comandante enquadrante e/ou quando a análise dos fatores da decisão recomendar
este procedimento.
A peça de manobra que receber um elemento de blindados à disposição irá incluí-lo
em sua organização por tarefas, cabendo-lhe, consequentemente, a responsabilidade
por seu emprego e pelos encargos de ApSvCmb decorrentes.
4.3.4 - Aspectos relevantes para a atribuição do método de controle
Os meios blindados devem ser empregados, preferencialmente, centralizados, de
forma a se obter maior ação de choque119
e permitir maior flexibilidade de emprego
ao Comandante da tropa apoiada. No caso dos CC, em particular, o método de
                                                            
19
 Ação de choque é o efeito resultante do aproveitamento simultâneo das características de mobilidade, poder de fogo e da
proteção blindada, que gera sobre o oponente um impacto físico e psicológico devastador, provocando destruição e
degradação do seu poder combate, pânico e confusão, tornando-o impotente para reagir apropriadamente à ameaça blindada.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL 
controle ApCj é o mais apropriado quando se deseja o aumento da capacidade
anticarro, explorar o êxito ou uma fraqueza do inimigo. Na ofensiva, a Companhia de
Carros de Combate (CiaCC) só poderá cumprir tarefas muito específicas, tais como
vigilância de flanco, reconhecimento e apoio de fogo, quando estiver em ApCj.
Quando a situação tática, as distâncias envolvidas, o terreno e as comunicações
exigirem e a logística permitir, um elemento de blindados poderá ser colocado em
ApDto a uma peça de manobra. Tal situação ocorrerá, normalmente, quando o
elemento blindado centralizado não puder apoiar todas as peças de manobra do
elemento apoiado ou, pelo menos, as que participam do esforço principal.
Sempre que possível, deve ser evitada a colocação de meios blindados à disposição
da peça de manobra apoiada, uma vez que gera pesados encargos de ApSvCmb,
concorrendo para a perda da flexibilidade no emprego desse meio.
4.4 - APOIO DE FOGO DOS CARROS DE COMBATE
No que tange ao apoio de fogo, os CC têm a possibilidade de incrementar a DAC e
ampliar o poder de fogo do componente apoiado (CCT, CASC).
Quando empregados no apoio ao combate, os CC deverão fazer uso da sua ação de
choque em proveito da tropa de infantaria apoiada e atuar em coordenação com as
demais armas de apoio.
As tarefas básicas dos CC no apoio de fogo são: apoiar as unidades de infantaria,
participar da defesa anticarro e suplementar a artilharia.
4.4.1 - Apoiar as unidades de infantaria
Durante a execução da manobra, conduzem suas ações de modo a contribuir para a
consecução do efeito desejado da unidade apoiada. Para tal, poderão participar
diretamente das ações ofensivas ou defensivas ou então apoiá-las pelo fogo. Os CC
poderão, também, integrar organizações por tarefas para os deslocamentos táticos
com a tropa de infantaria embarcada em CLAnf e/ou VtrBld.
4.4.2 - Participar da defesa anticarro
A DAC compreende as ações de Cmb desenvolvidas com o propósito de destruir ou
neutralizar blindados inimigos. Estas ações incluem todos os meios AC, ativos e
passivos, que podem ser efetivamente empregados contra forças blindadas hostis.
Meios AC ativos são aqueles capazes de destruir ou avariar os blindados inimigos, de
maneira a comprometer sua operação.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL 
Dentre os meios empregados na DAC ativa, os CC são os mais eficientes, uma vez
que seu armamento principal possui grande capacidade de penetração em blindagem.
Assim, os CC integram o esforço AC do componente apoiado, juntamente com os
demais meios AC.
4.4.3 - Suplementar a artilharia
Os CC são capazes de suplementar a artilharia, executando missões de tiro direto ou
indireto. Esta é uma tarefa pouco apropriada para os CC e deverá ser cuidadosamente
considerada, visto que sua característica de mobilidade deixará de ser
convenientemente explorada e que a necessidade de reabastecimento contínuo de
munição (mais cara que a da artilharia) tornará esse emprego extremamente oneroso.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL 
CAPÍTULO 5
APOIO DE FOGO NAVAL
5.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O propósito do Apoio de Fogo Naval (ApFN) em uma Operação Anfíbia (OpAnf) é
contribuir para o cumprimento da missão da ForDbq mediante a destruição ou
neutralização das instalações terrestres e defesas que se opuserem à aproximação dos
navios e aeronaves e ao desembarque das tropas e, ainda, do permanente apoio à
progressão das tropas no terreno depois de efetivado o desembarque.
A fim de aproveitar ao máximo as vantagens decorrentes do ApFN, os Comandantes,
em todos os escalões, devem conhecer as possibilidades e limitações desse apoio. Outro
aspecto importante no ApFN é a necessidade de integração do seu emprego com as
demais armas de apoio, em especial com a artilharia e o apoio aéreo.
5.2 - POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DO APOIO DE FOGO NAVAL
5.2.1 - Possibilidades
a) Mobilidade
Dentro das limitações impostas pelas características hidrográficas da Área de
Desembarque, o navio de apoio de fogo pode localizar-se de modo a ficar na
posição mais vantajosa para melhor apoiar as tropas em terra, como também, pode
manobrar para evadir-se de fogos de artilharia de costa ou outro tipo de ameaça
inimiga.
Essa possibilidade é um fator importante a ser considerado no planejamento do
apoio de fogo quando as praias de desembarque estão bastante separadas.
b) Precisão
A precisão inerente aos equipamentos de direção de tiro permite que o fogo, direto
e indireto, executado em apoio à ForDbq seja dotado de grande precisão, tanto
com o navio em movimento, como fundeado.
c) Variedade de armamento
Tem-se disponível, a bordo dos navios de apoio de fogo, uma variedade de armas,
como foguetes, mísseis e canhões de diversos calibres, para bater os alvos em
terra.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL 
d) Variedade de munição
Os diferentes tipos de projetis, de carga de projeção e de espoletas disponíveis
permitem uma criteriosa escolha da melhor combinação desses elementos, para o
ataque a qualquer tipo de alvo.
e) Alta velocidade inicial
A alta velocidade inicial dos projetis lançados pelos canhões navais os torna
especialmente apropriados para o ataque a alvos que requeiram penetração e
destruição, particularmente aqueles que apresentam uma apreciável superfície
vertical ou que se localizam em encostas.
f) Elevada cadência de tiro
Um grande volume de fogo pode ser conseguido em curto espaço de tempo, em
decorrência do carregamento automático, da computação eletrônica e da
ajustagem automática das espoletas dos projetis. Isso é vantajoso quando se trata
de executar a neutralização.
g) Dispersão em deflexão
A dispersão do canhão naval é grande em alcance, sendo relativamente pequena
em direção (deflexão), ou seja, o retângulo de dispersão é estreito, com a
dimensão maior na direção de tiro. Essa característica permite levar o tiro para
bem próximo das linhas de frente desde que a linha canhão-alvo seja paralela às
tropas amigas. Permite também a cobertura eficaz de alvos, tais como estradas,
caminhos, pistas de aeroportos, quando a linha de tiro for paralela ao eixo
longitudinal do alvo (tiro de enfiada).
h) Reabastecimento de munição
Normalmente é previsto o reabastecimento de munição dos navios de apoio de
fogo sem que eles deixem a Área Marítima da (ADbq) que permite rápido retorno
à ação.
5.2.2 - Limitações
a) Hidrografia
O navio de apoio de fogo pode ser obrigado a assumir uma posição
desfavorável relativamente à área-alvo, em decorrência de condições
hidrográficas desfavoráveis, representadas por baixios, recifes,
pedras e outros perigos à navegação, nas áreas marítimas costeiras,
próximas da mencionada área.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL 
Adicionalmente, minas ou outros obstáculos artificiais submersos
podem impedir ou dificultar a aproximação dos navios.
b) Determinação da posição do navio
Em áreas onde houver deficiência de auxílios à navegação, poderão ocorrer
consideráveis imprecisões nos tiros não observados e nas salvas iniciais dos fogos
observados.
c) Condições de tempo e visibilidade
O mau tempo e a visibilidade restrita podem tornar difícil a determinação da
posição geográfica do navio e reduzir as oportunidades de localização do alvo e
prejudicar a condução e ajustagem do tiro.
d) Linha canhão-alvo variável
Quando o tiro estiver sendo realizado com o navio em movimento, a linha canhão-
alvo pode variar em relação à linha de frente em terra, podendo tornar-se
necessário, para maior segurança da tropa, impor certas restrições à execução de
algumas das tarefas de apoio de fogo.
e) Dispersão em alcance
A dispersão em alcance apresenta um maior risco para as forças amigas quando a
linha canhão-alvo não é paralela a linha de frente, ocorrendo, neste caso, uma
maior preocupação quanto à segurança das tropas amigas, sendo necessário adotar
medidas de controle que salvaguardem sua integridade física.
f) Trajetória tensa
A precisão inerente à trajetória tensa do canhão naval torna-o apto à execução do
fogo de destruição. Entretanto, essa trajetória restringe a possibilidade de seu uso
contra alvos de pequena dimensão vertical ou localizados em contraencostas. Isso
pode ser contornado, por meio da utilização de carga reduzida, o que irá limitar
significativamente o alcance do apoio prestado.
g) Capacidade de armazenamento de munição
A capacidade dos paióis de munição dos navios de apoio de fogo é limitada. Além
disso, a munição disponível para o apoio de fogo é reduzida ainda mais pela
necessidade de se reservar munição para a autodefesa dos navios que prestam o
apoio de fogo.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL 
h) Comunicações entre o navio e a tropa
O único meio de comunicação que pode ser usado para realizar o controle do
apoio de fogo é o rádio, que é susceptível a falha em decorrência de interferência
externa e de condições atmosféricas adversas.
5.3 - TAREFAS TÁTICAS ATRIBUÍDAS AOS NAVIOS DE APOIO DE FOGO
Aos Navios de Apoio de Fogo (NApF) são atribuídas tarefas táticas semelhantes a
algumas da ArtCmp mas, quanto ao comando, as relações entre as unidades de apoio e
as apoiadas são diferentes, pois os navios permanecem sob o comando do
ComForTarAnf cabendo ao Comando da Força de Desembarque (ComForDbq) o
controle, a ligação e o comando das agências de controle. Os navios atendem aos
pedidos de apoio dentro de suas possibilidades, escolhendo a sua posição e o seu
método de atirar, enquanto o CCT ou a PçMan apoiada seleciona os alvos, determina a
duração (início e término) do fogo e ajusta os tiros.
5.3.1 - Apoio direto
Um navio recebe a tarefa tática de ApDto, quando apoia um elemento de manobra do
CCT (normalmente um GDB). Este navio executa fogos planejados e a pedido em
proveito desse elemento de manobra. Os tiros são controlados em terra por um grupo
de observação, proveniente da tropa ou por um observador aéreo.
Quando solicitado pelo Grupo de Ligação de Fogo Naval (GRULIFONA) ou pelo
Grupo de Observação de Tiro Naval (GRUOBTINA), um navio com a tarefa tática
de ApDto desencadeia fogos sobre alvos localizados em sua ZR, prestando apoio de
fogo cerrado e contínuo a um único elemento de manobra. Essa zona normalmente
coincide com a zona de ação do elemento de manobra. Os navios de ApDto realizam
fogos em sua ZR a pedido ou com a permissão do comandante da elemento de
manobra.
5.3.2 - Ação de conjunto
Um navio com a tarefa tática de AçCj ao CCT ou ao GptOpFuzNav executa missões
de apoio de fogo que são coordenadas, geralmente, pelo GRULIFONA. Os fogos
executados pelo navio em AçCj, se observados, são ajustados por um observador
designado, que pode ser aéreo, terrestre ou observador a bordo de um navio. As
missões de tiro contra alvos inopinados podem ser executadas por esses NApF, desde
que seja feita uma coordenação entre as agências de controle de fogo naval
envolvidas.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL 
Os navios em AçCj atendem às solicitações de fogo do CCT ou do comando do
GptOpFuzNav. Além do mais, mantêm observação em sua ZR, colocando sob fogos
quaisquer alvos ali localizados. Eles podem receber do grupamento/força apoiada,
determinações no sentido de atirar fora das ZR ou para reforçar os fogos dos navios
de ApDto.
Normalmente, o NApF em AçCj à ForDbq deve engajar alvos de interesse da força,
localizados fora da cabeça-de-praia (CP). O NApF em AçCj ao GDBda, CCT de uma
BAnf, é o mais apropriado para prestar o apoio de fogo adicional às unidades de
primeiro escalão, atendendo às solicitações de apoio de fogo, caso os seus NApF em
ApDto encontrem-se impossibilitados de apoiá-las.
Caso haja necessidade adicional de NApF deverão ser encaminhadas solicitações ao
Oficial de Ligação de Fogo Naval (OLIFONA) da ForDbq. Se o pedido for aprovado
pelo ComForDbq, aquele oficial designa um ou mais navios em AçCj ao CCT para,
temporariamente, executar a missão. O CCT e as PçMan apoiadas devem ser
alertados sobre essa designação.
Os navios empregados em AçCj são, normalmente, navios com armamento de maior
alcance.
5.4 - ORGANIZAÇÃO DA TROPA
Faz-se necessária uma permanente ligação das PçMan do CCT apoiadas com os navios
de apoio, para que haja um eficiente ApFN durante suas operações em terra.
Para isso, a FFE dispõe, em sua organização, de elementos especializados e adestrados
para a constituição de diversas agências de controle do fogo naval.
Além disso, para o controle e coordenação do fogo naval nos diversos escalões, nos
CCAF são reunidos representantes das diversas armas de apoio capazes de assessorar os
comandantes dos componentes e das PçMan do CCT quanto ao emprego dos fogos de
suas armas de apoio, prestar informações quanto às possibilidades do seu armamento e
ainda planejar o emprego dos fogos. Desta forma, o fogo naval é controlado pelas
seguintes agências:
5.4.1 - Nos escalões ForDbq e GDBda
O GRULIFONA é composto de um oficial do Corpo da Armada (CA), que
desempenha as funções de OLIFONA, de uma equipe de praças para guarnecer as
comunicações necessárias.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL 
5.4.2 - No Escalão GDB
O Destacamento Terrestre de Direção do Tiro Naval (DETEDITINA) é constituído
por dois grupos:
- Um GRULIFONA, chefiado por um oficial do CA que acumula a chefia do
DETEDITINA, estabelecendo as ligações com o OBTINA do GRUOBTINA e com
os navios em ApDto; e
- Um GRUOBTINA, chefiado por um oficial Fuzileiro Naval (FN), que conduz,
controla e ajusta os tiros dos navios designados para apoiar a unidade. Desembarca
nas primeiras vagas de assalto e, normalmente, opera junto ao comandante de uma
CiaFuzNav em 1º escalão, a fim de executar pedidos de tiros.
Na organização de cada grupo que compõe o DETEDITINA está previsto uma
equipe de praças para prover as comunicações necessárias.
5.5 - FASES DA EXECUÇÃO DO APOIO DE FOGO NAVAL
O apoio de fogo naval é dividido em três fases operacionais claramente definidas:
preparação da área do objetivo, apoio ao desembarque e apoio após o desembarque. Os
fogos previstos são executados, principalmente, durante as duas primeiras fases. Os
fogos planejados em apoio às operações da ForDbq são, tanto quanto possível, previstos
a horário, mas deve ser considerada a necessidade de fogos "a pedido".
5.5.1 - Preparação da área do objetivo (Fogos Pré Dia-D)
Os fogos Pré Dia-D destinam-se primordialmente à destruição e/ou neutralização de
instalações e/ou defesas inimigas que possam se opor à aproximação da ForTarAnf
da área do objetivo anfíbio (AOA), assim como a interdição de áreas e vias de acesso
que possibilitem às forças inimigas se movimentarem para o interior da AOA.
Compreende dois tipos de operações: bombardeios aéreos estratégicos e/ou táticos e
ação de força avançada. A execução destas operações deve ser cuidadosamente
planejada, pois pode implicar a redução do grau de surpresa estratégica e/ou tática.
A preparação da Área do Objetivo Anfíbio (AOA) pelo fogo naval é proporcional ao
vulto da operação e está intimamente associada à necessidade de neutralização e/ou
destruição das principais defesas do inimigo nesta área. Compreende, normalmente,
os seguintes tipos de missões:
- fogos de destruição;
- apoio às operações de varredura de minas;
- apoio às operações de reconhecimento e de demolição;
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-7 - ORIGINAL 
- isolamento da área do objetivo;
- inquietação das forças inimigas;
- fogo contra alvos inopinados;
- apoio às operações anfíbias secundárias e as operações de apoio; e
- outras missões de apoio.
5.5.2 - Apoio ao desembarque (Fogos do Dia-D)
Os fogos do Dia-D destinam-se principalmente à neutralização das instalações
defensivas e/ou aéreas que interfiram no movimento navio-para-terra (MNT) e nas
operações iniciais em terra, assim como a interdição de áreas e VA, a fim de impedir
que forças inimigas reforcem as localmente disponíveis na CP.
Os alvos ou áreas selecionadas para serem neutralizados são aqueles de interesse
para os elementos de assalto da ForDbq. A condução dos fogos sobre esses alvos ou
áreas selecionadas consiste na neutralização da PraDbq, nos fogos de apoio
aproximado (apoio cerrado previsto a horário - ACPH120
) e de apoio à distância, de
contrabateria e de interdição (isolamento da CP).
Para a continuidade do apoio, os fogos previstos devem ser programados até o
momento a partir do qual os observadores estejam em condições de dirigir os fogos
"a pedido". À medida que as unidades de assalto desembarcam, os fogos previstos
serão suplantados pelos fogos "a pedido" sobre alvos inopinados. Após o
desembarque, normalmente, os fogos "a pedido" constituem a maioria dos fogos do
Dia-D e Pós Dia-D.
Cabe ressaltar que os fogos de destruição serão conduzidos de acordo com as
necessidades de apoio à manobra e a disponibilidade de meios de ApFN.
a) Fogos previstos
São os fogos planejados, normalmente de destruição ou neutralização, executados
contra alvos conhecidos ou suspeitos, de acordo com uma programação. Nessa
fase, os fogos previstos são de preparação final da (ADbq), apoio aproximado e
apoio à distância.
                                                            
20
  O ACPH fundamenta-se numa média estimada de progressão da tropa que desembarca, sendo aplicado à frente e nos
flancos da mesma, sempre observando os fatores de segurança ditados pelo ComForDbq, dentro do período de tempo
planejado para a sua execução. O ComForTarAnf, através do Centro de Coordenação das Armas de Apoio (CCAA), retardará
ou acelerará o deslocamento destes fogos previstos, consoante com as solicitações do ComForDbq.
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-8 - ORIGINAL 
I) Preparação final da área de desembarque
Esse tipo de fogo tem por finalidade destruir ou neutralizar as instalações
defensivas inimigas que possam interferir na aproximação e desdobramento
final da ForTarAnf e para auxiliar no isolamento da ADbq. O fogo naval é
utilizado para apoiar as operações de demolição e de varredura de minas.
Imediatamente antes da Hora-H, a maior ênfase é dada à destruição e
neutralização das defesas inimigas mais perigosas para o desembarque da
tropa, ocorrendo, neste momento, os fogos de neutralização das PDbq e ZDbq.
II) Fogos de apoio aproximado
O bombardeio naval continua sobre as PDbq e ZDbq até o momento em que a
segurança das vagas iniciais exija o seu aprofundamento. A aproximação final
das vagas iniciais de ED e VtrAnf necessita que os fogos sejam aprofundados,
afastando-os das praias. A maioria dos fogos de apoio aproximado ao
desembarque consiste em fogos previstos, utilizando canhões de grande e
médio calibre, efetuados em estreita observância a uma programação sobre as
ZAç das unidades de assalto.
III) Fogos de apoio à distância
Os fogos de apoio a distância são executados, geralmente, pelos navios
designados para AçCj. A cada um desses navios é atribuída uma ZR, por ele
coberta por meio do fogo e da observação do tiro. Dentro de sua ZR, de acordo
com uma programação prevista, o navio de AçCj neutraliza alvos inimigos
conhecidos, interdita VA, ataca alvos inopinados, executa fogos de
contrabateria, presta apoio de fogo adicional e realiza missões solicitadas pelos
Cmt do GptOpFuzNav, do CCT ou de suas PçMan.
As principais considerações a serem feitas quando do planejamento dos fogos
previstos para o Dia-D são:
- terreno: determinar as áreas em que possam existir armas capazes de
desencadear fogos diretos ou indiretos sobre as unidades de assalto, quando de seu
desembarque e progressão para o interior, e os movimentos do terreno que possam
interferir na observação de bordo e no fogo sobre áreas desenfiadas;
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-9 - ORIGINAL 
- segurança da tropa: aprofundar os fogos, batendo à frente e nos flancos das
tropas que avançam, a uma distância prescrita, baseada na média estimada de sua
progressão, o que caracteriza o ACPH;
- observação do avanço da tropa: servir como uma base para modificação de
programação dos fogos previstos, quando a progressão da tropa for diferente
daquela planejada;
- dimensões das áreas-alvo: calcular a quantidade de munição necessária para
obter e manter a neutralização; e
- fogos em profundidade: realizar a destruição ou neutralização de alvos distantes.
b) Fogos "a pedido"
Realizam-se os fogos "a pedido", sobre alvos previstos ou inopinados, em
atendimento a solicitações do GptOpFuzNav, dos componentes, ou de PçMan do
CCT.
Os planos para a execução dos fogos "a pedido" exigem que as agências de
controle de tiro estejam operando junto aos componentes ou PçMan solicitantes.
O OLIFONA é necessário na agência de coordenação de apoio de fogo, em cada
escalão de comando da ForDbq. Os NApF são designados para prover os fogos "a
pedido" para PçMan ou componentes, normalmente estabelecidos no nível GDB,
por meio de seus respectivos DETEDITINA, ao passo que os NApF em AçCj só
atendem aos pedidos de fogos dos componentes ou de PçMan, quando
determinado.
5.5.3 - Apoio após o desembarque (fogos Pós Dia-D)
Compreende a destruição e/ou neutralização de instalações e/ou defesas inimigas, a
interdição de áreas e VA e a neutralização de tropas que possam se opor à progressão
da ForDbq em direção aos seus objetivos intermediários e finais. É a fase do apoio de
fogo naval em que mais atuam os GRUOBTINA. Consiste na execução de fogos de
preparação, de inquietação, de interdição, iluminativos, contra alvos inopinados,
contrabateria, supressão de baterias antiaéreas e outros tipos de fogos.
Após o desembarque da artilharia, o fogo naval em coordenação com esta e o apoio
aéreo, continua a apoiar o ataque, até o término da operação. A execução desses
fogos pode começar no Dia-D, e o seu planejamento continua durante todo o
decorrer do restante da operação. Os principais aspectos desse planejamento são
discutidos a seguir:
OSTENSIVO CGCFN-311
 
OSTENSIVO - 5-10 - ORIGINAL 
a) Fogos previstos
Ao planejar os fogos previstos subsequentes ao Dia-D, a ForDbq coordena os
planos de fogos pela seleção e designação de alvos, pela programação de tempo
(quando necessário), pelas recomendações referentes à quantidade e tipos de
munição a serem utilizados e pela designação das agências da ForDbq para
condução do tiro. Podem ser previstos fogos de preparação, defensivos (incluindo-
se os fogos antimecanizados), de interdição, inquietação e iluminativos.
b) Liberação dos navios de apoio de fogo e aeronaves de observação
Os NApF precisam ser liberados a intervalos oportunos, a fim de se reabastecerem
de munição e combustível. Eles, sempre que possível, só devem ser liberados dos
postos após uma verificação das comunicações e da situação, realizada pelo navio
com o componente ou PçMan apoiada.
A liberação das aeronaves de observação, orgânicas dos NApF, é efetuada
juntamente com a dos respectivos navios. A liberação de uma aeronave de
observação, não orgânica de um NApF, efetua-se por meio do Centro de Controle
Aerotático ou dos Centros de Direção Aerotática, após a necessária coordenação
entre o navio-aeródromo ou base de origem, o ComForTarAnf e o ComForDbq.
c) Consolidação dos pedidos diários de ApFN
Os pedidos da ForDbq, atinentes a NApF, aeronaves de observação e missões
especiais, originam-se em todos os seus escalões, a começar no GDB (ou outro
elemento de manobra da ForDbq). Esses pedidos são estudados, conciliados e
consolidados em cada escalão por onde passam. No nível ForDbq, após o estudo e
a coordenação finais, eles constituem a consolidação diária dos pedidos de fogo
naval. Esses pedidos consolidados são apresentados ao ComForTarAnf, em horas
determinadas, que, com base nessa consolidação de pedidos e nas disponibilidades
de navios de apoio de fogo, realiza as designações diárias, para atender às
necessidades da ForDbq.
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Apoio de fogo essencial para operações dos Fuzileiros Navais

  • 1. CGCFN-311 OSTENSIVO MANUAL DE APOIO DE FOGO AOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2011
  • 2. OSTENSIVO CGCFN-311 MANUAL DE APOIO DE FOGO AOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2011 FINALIDADE: BÁSICA 1ª EDIÇÃO
  • 3. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - II - ORIGINAL ATO DE APROVAÇÃO APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-311 - MANUAL DE APOIO DE FOGO AOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS. RIO DE JANEIRO, RJ. Em 24 de novembro de 2011. MARCO ANTONIO CORRÊA GUIMARÃES Almirante-de-Esquadra (FN) Comandante-Geral ASSINADO DIGITALMENTE AUTENTICADO PELO ORC RUBRICA Em_____/_____/_____ CARIMBO
  • 4. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - III - ORIGINAL ÍNDICE PÁGINAS Folha de Rosto ...................................................................................................... I Ato de Aprovação ................................................................................................. II Índice..................................................................................................................... III Introdução ............................................................................................................. V CAPÍTULO 1 - RELEVÂNCIA DO APOIO DE FOGO PARA AS OPERAÇÕES DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS 1.1 - Considerações............................................................................................... 1-1 1.2 - Sistemas e Meios de Apoio de Fogo............................................................. 1-2 CAPÍTULO 2 - O APOIO DE FOGO ORGÂNICO DOS BATALHÕES DE INFANTARIA DE FUZILEIROS NAVAIS 2.1 - Considerações Iniciais .................................................................................. 2-1 2.2 - O Apoio de Fogo Orgânico das Companhias de Fuzileiros Navais ............. 2-1 2.3 - A Companhia de Apoio de Fogo .................................................................. 2-2 CAPÍTULO 3 - APOIO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA 3.1 - Tarefas Gerais da Artilharia de Campanha................................................... 3-1 3.2 - Sistema de Apoio de Fogo da Artilharia de Campanha................................ 3-1 3.3 - Possibilidades da Artilharia de Campanha ................................................... 3-4 3.4 - Limitações da Artilharia de Campanha ........................................................ 3-6 3.5 - Situações de Comando da Artilharia de Campanha ..................................... 3-8 3.6 - Formas de Emprego da Artilharia de Campanha.......................................... 3-8 3.7 - Tarefas Táticas Atribuídas a Artilharia de Campanha.................................. 3-9 3.8 - Organização para o Combate da Artilharia de Campanha............................ 3-14 CAPÍTULO 4 - APOIO DE FOGO DE BLINDADOS 4.1 - Considerações Iniciais .................................................................................. 4-1 4.2 - Características dos Blindados....................................................................... 4-1 4.3 - Métodos de Controle..................................................................................... 4-1 4.4 - Apoio de Fogo dos Carros de Combate........................................................ 4-3
  • 5. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - IV - ORIGINAL CAPÍTULO 5 - APOIO DE FOGO NAVAL 5.1 - Considerações Iniciais.................................................................................. 5-1 5.2 - Possibilidades e Limitações do Apoio de Fogo Naval................................. 5-1 5.3 - Tarefas Táticas Atribuídas aos Navios de Apoio de Fogo........................... 5-4 5.4 - Organização da Tropa .................................................................................. 5-5 5.5 - Fases da Execução do Apoio de Fogo Naval............................................... 5-6 CAPÍTULO 6 - APOIO DE FOGO AÉREO 6.1 - Considerações Iniciais.................................................................................. 6-1 6.2 - Características do Apoio de Fogo Aéreo ..................................................... 6-1 6.3 - Possibilidades e Limitações do Apoio de Fogo Aéreo................................. 6-2 6.4 - Características do Apoio Aéreo Aproximado ............................................. 6-5 6.5 - Características do Apoio Aéreo Afastado ................................................... 6-9 6.6 - Comando, Coordenação e Controle ............................................................ 6-9 CAPÍTULO 7 - INTEGRAÇÃO DO APOIO DE FOGO AOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS 7.1 - Considerações Iniciais.................................................................................. 7-1 7.2 - Emprego das Armas de Apoio ..................................................................... 7-1 7.3 - A Integração do Apoio de Fogo no Ataque Coordenado ............................ 7-10 7.4 - A Integração do Apoio de Fogo na Defesa de Área..................................... 7-14 ANEXO A - Lista de Siglas e Abreviaturas ................................................................... A-1
  • 6. OSTENSIVO CGCFN-311 - V - INTRODUÇÃO 1 – PROPÓSITO Esta publicação tem o propósito de apresentar os meios de apoio orgânicos e não orgânicos das Unidades de Fuzileiros empregados pelos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav), suas características e aspectos relevantes para a integração e a coordenação dos fogos. Neste manual, são abordadas as tarefas, as possibilidades e limitações, as situações de comando e métodos de controle, bem como aspectos peculiares a cada arma de apoio, relevantes para a compreensão do emprego de cada meio de apoio de fogo. 2 – DESCRIÇÃO Esta publicação está dividida em sete capítulos. O Capítulo 1 discorre sobre a relevância do apoio de fogo para as operações dos GptOpFuzNav; o Capítulo 2 aborda o apoio de fogo orgânico dos Batalhões de Infantaria de Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav); o Capítulo 3 trata do apoio de artilharia de campanha; o Capítulo 4 aborda aspectos do apoio de fogo de blindados; os Capítulos 5 e 6 tratam dos principais aspectos referentes ao apoio de fogo naval e apoio de fogo aéreo, respectivamente; e o Capítulo 7 aborda a integração dos meios de apoio de fogo aos GptOpFuzNav. 3 – CLASSIFICAÇÃO Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da Marinha, como: Publicação da Marinha do Brasil (PMB), não controlada, ostensiva, básica e manual.
  • 7. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL  CAPÍTULO 1 RELEVÂNCIA DO APOIO DE FOGO PARA AS OPERAÇÕES DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS 1.1 - CONSIDERAÇÕES O GptOpFuzNav é, genericamente, uma organização para o Cmb nucleada por tropa de fuzileiros navais, constituída para o cumprimento de missão específica e estruturada segundo o conceito organizacional de componentes, que grupa os elementos constitutivos de acordo com a natureza de suas atividades. Os GptOpFuzNav podem ser empregados em qualquer operação ou ação, desde as relacionadas a assistência humanitária, em situações de calamidade, até os conflitos generalizados, onde se necessite uma ação decisiva de caráter estratégico, consoante às hipóteses de emprego preconizadas no planejamento de alto nível de defesa. Nesses conflitos, os GptOpFuzNav empregarão seu poder de Cmb de modo a assegurar a conquista e manutenção de objetivos em terra. A teoria da guerra prevê que cada função de Cmb deve ser considerada pelo planejador, que deve, posteriormente, integrá-las e sincronizá-las para multiplicar o poder de Cmb de sua força. Por função de Cmb entenda-se todas as atividades militares realizadas em um espaço de batalha, que são agrupadas em áreas funcionais específicas, das quais se destacam a manobra e o fogo, que deverão ser combinadas e sincronizadas de modo a se obter o máximo de eficiência. A manobra é o elemento dinâmico do Cmb, que permite concentrar força em ações decisivas. Uma manobra adequada possibilita que forças de menor envergadura sobrepujem outras maiores, por meio da surpresa, ação de choque, superioridade moral e concentração de poder de Cmb em locais e momentos oportunos. A mobilidade e o apoio de fogo, quando combinados, constituem os principais pilares da manobra, por meio dos quais uma tropa obtém uma posição vantajosa para cumprir sua tarefa. O apoio de fogo é essencial para desestabilizar a capacidade e a vontade de lutar do inimigo. Sua utilização facilita a manobra, suprimindo ou neutralizando os fogos inimigos e desorganizando-o taticamente. O apoio de fogo também pode ser empregado independentemente da manobra, com vistas a destruir, retardar ou desorganizar tropas inimigas ainda não empregadas. Os comandantes em todos os escalões devem estar capacitados a empregar o armamento orgânico e os fogos de apoio disponíveis de forma coordenada e integrada à ideia de manobra, de modo a assegurar a adequada aplicação
  • 8. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL  do poder de Cmb. 1.2 - SISTEMAS E MEIOS DE APOIO DE FOGO Os GptOpFuzNav combinam, de forma modular, meios de Cmb, de apoio ao combate (ApCmb) e de apoio de serviços ao combate (ApSvCmb). Dentro do espectro do ApCmb, o Comandante de um GptOpFuzNav (CmtGptOpFuzNav) disporá de diversos sistemas e meios de apoio de fogo terrestre, aéreo e naval, que poderão estar ou não sob seu controle operacional. Dentro da estrutura de um GptOpFuzNav, o Componente de Combate Terrestre (CCT) é quem, normalmente, concentra os meios de Cmb e de apoio ao combate que estarão presentes nos seus diversos níveis de organização. É o caso do apoio de fogo orgânico do BtlInfFuzNav, materializado na Companhia de Apoio de Fogo (CiaApF) e nos Pelotões de Petrechos (PelPtr) das Companhias de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav). Subordinada ao CCT, a Artilharia de Campanha (ArtCmp) proporciona ao GptOpFuzNav o apoio de fogo para que seu comandante, em coordenação com os demais sistemas de armas disponíveis, possa intervir no Cmb pelo fogo, seja pela neutralização, destruição ou interdição de alvos que ameacem o cumprimento da missão, seja por meio de fogos subsidiários de inquietação das tropas inimigas, iluminação do campo de batalha e de proteção, de acordo com o tipo de manobra adotado. Os meios navais do conjugado anfíbio operarão em estreita relação com o GptOpFuzNav e terão grande influência em sua manobra, particularmente pela capacidade de empregar seu armamento em proveito das ações em terra. Esse apoio de fogo é de fundamental importância, principalmente, nos momentos iniciais do Assalto Anfíbio (AssAnf), quando a Força de Desembarque (ForDbq) ainda está edificando seu poder de Cmb em terra. O CmtGptOpFuzNav poderá contar, também, com o apoio de fogo dos meios aéreos que, estando ou não sob seu controle operacional, irão requerer planejamento e coordenação detalhados em face da variada gama de atividades, não só relacionadas ao apoio de fogo, executadas pelas aeronaves (Anv). Apesar de empregar o fogo em proveito do GptOpFuzNav, a artilharia antiaérea (AAAe) não se enquadra como meio de apoio de fogo por não permitir que um comandante interfira na manobra pelo fogo. Além disto, o seu emprego não compõe o binômio fogo e movimento, não sendo diretamente vinculado à manobra. A AAAe compõe um sistema único e independente, voltado para a defesa da área onde a tropa encontra-se
  • 9. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL  operando, denominado Sistema de Defesa Antiaérea. A complexidade do emprego da artilharia de campanha, do fogo naval e do fogo aéreo decorre não somente da utilização das armas e de seus vetores, mas também de um conjunto de elementos (de controle, de coordenação, de busca de alvos, de apoio logístico, de proteção etc.) que fazem com que esses apoios operem não apenas como um meio, mas como sistemas de apoio de fogo. Por essa particularidade e pelo fato de não serem orgânicos aos elementos de Cmb, esses sistemas recebem a designação genérica de Armas de Apoio.
  • 10. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 2 O APOIO DE FOGO ORGÂNICO DOS BATALHÕES DE INFANTARIA DE FUZILEIROS NAVAIS 2.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS O BtlInfFuzNav é a unidade que nucleia o CCT de uma Unidade Anfíbia (UAnf), podendo integrar o CCT de uma Brigada Anfíbia (BAnf) ou ainda disponibilizar uma CiaFuzNav para constituir o núcleo de um Elemento Anfíbio (ElmAnf). Enquanto núcleo do CCT, o BtlInfFuzNav contribui significativamente para manter e ampliar a capacidade de Cmb dos GptOpFuzNav, contando com meios de comando e controle, de apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate, que lhe proporcionam a autonomia e flexibilidade. No caso específico do apoio de fogo, devido a sua importância para a manobra, ele deve ser dimensionado para atender tanto às necessidades específicas das peças de manobra da Unidade, ou seja, suas CiaFuzNav, como às do próprio CCT. 2.2 - O APOIO DE FOGO ORGÂNICO DA COMPANHIA DE FUZILEIROS NAVAIS A CiaFuzNav conta com apoio de fogo orgânico prestado pelo Pelotão de Petrechos (PelPtr), que é organizado em três Seções de Metralhadoras 7,62mm (SeçMtr7,62mm), a duas peças cada, e uma Seção de Morteiros 60 mm (SeçMrt60mm), a três peças, além de uma Seção de Comando (SeçCmdo). Durante as ações ofensivas, o PelPtr proporciona a base de fogos em apoio às peças de manobra da CiaFuzNav. Na defensiva, o PelPtr desencadeia fogos defensivos aproximados e de proteção final da CiaFuzNav. As SeçMtr7,62mm são empregadas para aumentar o poder de fogo das CiaFuzNav, contribuindo para infligir baixas e degradar o inimigo, visando a detê-lo antes que atinja a Linha de Proteção Final (LPF). A SeçMrt60mm bate, preferencialmente, alvos desenfiados, que não possam ser batidos por outras armas orgânicas ou em apoio à CiaFuzNav, também contribuindo para deter o inimigo antes que atinja a LPF. As SeçMtr7,62mm e a SeçMrt60mm são intensamente empregadas nos Fogos de Proteção Final (FPF). O emprego do PelPtr, sempre que possível, deverá ser centralizado, ou seja, em proveito da CiaFuzNav como um todo, aumentando a flexibilidade na aplicação dos fogos e assegurando a continuidade do apoio de fogo durante a manobra. O grau de controle exercido pelo Comandante do PelPtr (CmtPelPtr) sobre suas seções variará conforme o tempo disponível para reconhecimento e expedição de ordens, as possibilidades de
  • 11. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL observação da Zona de Ação (ZAç) ou Setor de Defesa (StDef) e a existência ou não de seções à disposição dos Pelotões de Fuzileiros Navais (PelFuzNav). O CmtPelPtr buscará proporcionar o máximo de apoio de fogo à CiaFuzNav. De acordo com as características do terreno e a ideia de manobra, poderão surgir limitações ao controle e coordenação do PelPtr, o que imporá que uma ou mais seções sejam colocadas em apoio direto ou à disposição dos PelFuzNav em primeiro escalão. 2.3 - A COMPANHIA DE APOIO DE FOGO A CiaApF é a subunidade que presta o apoio de fogo orgânico do BtlInfFuzNav. A CiaApF possui em sua organização uma Seção de Comando e três pelotões: o Pelotão de Mísseis (AC) Pelotão de Mísseis Anticarro (PelMAC), o Pelotão de Metralhadoras Pesadas (PelMtrP) e o Pelotão de Morteiros 81mm (PelMrt81mm). Os pelotões da CiaApF apoiam, preferencialmente, de forma centralizada o BtlInfFuzNav como um todo, ou, se a situação exigir, de forma descentralizada, em proveito das CiaFuzNav. Os fatores da decisão e a ideia de manobra em terra determinarão a melhor forma de realizá-lo. O emprego desses pelotões será abordado a seguir. 2.3.1 - Pelotão de Mísseis Anticarro a) Organização A organização básica do PelMAC compreende três seções, cada qual constituída de duas peças de míssil (AC) (MAC). A Seção de Mísseis (AC) (SeçMAC) é a unidade básica de emprego dessa arma. A peça é a unidade básica de tiro e deve estar preparada para engajar qualquer ameaça que entre no limite de seu alcance máximo que é de 2.200 metros. b) Tarefa do PelMAC A principal tarefa do PelMAC é a proteção (AC) do GpOpFuzNav, apoiando pelo fogo as peças de manobra e as frações do BtlInfFuzNav. c) Alvos do PelMAC Os alvos designados ao PelMAC são, preferencialmente, as viaturas (Vtr) blindadas (Bld) inimigas, podendo bater posições de metralhadoras, pequenas fortificações, postos de observação e outros alvos de interesse que requeiram precisão e grande poder de destruição.
  • 12. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL d) Posições de tiro do PelMAC As SeçMAC devem ocupar posições de tiro em pontos do terreno que disponham de boa observação e campos de tiro para todo o setor da seção (normalmente de 90º). As peças deverão ocupar posições que ofereçam cobertura e camuflagem, assim como disponham de caminhos à retaguarda para acesso à posição desenfiados e sem obstáculos. Sempre que possível, as armas AC devem ser posicionados no terreno de maneira que os Bld inimigos possam ser batidos antes que estes tenham alcance para engajar nossas posições. A SeçMAC ocupa as seguintes posições para cobrir seu setor de tiro: - Posição Principal de Tiro: é a aquela de onde as peças cumprem a sua missão principal de tiro e que oferece as melhores condições para tal; - Posição de Muda: é a utilizada para bater os mesmos alvos da posição principal, quando esta não mais oferece suficiente condições de proteção ou se torna inadequada para o cumprimento da missão principal de tiro; - Posição Suplementar de Tiro: é ocupada para bater outros alvos que não possam ser batidos das posições principal ou de muda; e - Posição de Abrigo: é uma posição coberta e abrigada onde a seção aguarda o surgimento de um alvo para ocupar uma das posições citadas acima para executar o tiro, sendo localizada próximo a elas. e) Simbologia do PelMAC a) A seta indica a direção principal de tiro (DPT), ou seja, o símbolo deve apontar para a DPT; b) As setas devem se estender até o alcance do míssil; c) A parte inferior da haste indica posição no terreno; e d) As setas traçejadas indicam o setor de tiro ( 90º ). Fig 2.1 - PçMAC Fig 2.2 - SeçMAC
  • 13. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL f) Controle do PelMAC O emprego do PelMAC em apoio ao conjunto (ApCj) ao BtlInFuzNav flexibiliza as ações (AC) do GptOpFuzNav, exigindo que o Comandante do Pelotão selecione um Posto de Observação (PO) de onde possa observar todas as SeçMAC, para coordenar as ações e dirigir seu tiro. Cabe ressaltar que o controle das SeçMAC pode ser dificultado pela grande dispersão requerida no emprego dessas frações, o que poderá implicar a designação de alguma SeçMAC em apoio direto a uma CiaFuzNav, ou mesmo colocada na situação de comando à disposição. g) O PelMAC nas operações ofensivas Durante o recebimento de ordens, o Comandante do PelMAC (CmtPelMAC) deverá atentar para os seguintes aspectos: - Tipos de blindados inimigos; - Localização dos obstáculos AC; - Localização dos meios AC das unidades vizinhas; - Detalhes a respeito de atividades das tropas amigas; - Tarefas do PelMAC; e - Localização do PO, PC e ILS do BtlInfFuzNav. I) PelMAC na zona de reunião (ZReu) O PelMAC ocupará uma ZReu juntamente com a CiaApF ou receberá ordens para realizar a segurança (AC) da ZReu, quando se posicionará de modo a bater as principais vias de acesso (VA) para blindados que nela incidem. II) Posições de tiro No ataque, o PelMAC ocupa posições de tiro iniciais e subsequentes. As iniciais são ocupadas antes da linha de partida (LP) para apoiar os elementos de assalto no desembocar do ataque e no deslocamento da LP ao objetivo. As posições de tiro subsequentes são ocupadas após a LP para apoiar os elementos de assalto, quando o alcance do armamento e o terreno não permitirem apoiar, das posições iniciais, o prosseguimento do ataque, a consolidação e a reorganização. As posições selecionadas devem permitir a execução de fogos nos flancos e nos intervalos da tropa amiga.
  • 14. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL III) Fogos do PelMAC Normalmente, o PelMAC não participa dos fogos de preparação. Durante a progressão dos elementos de 1º escalão, realizará fogos sobre os alvos que dificultem a progressão até o alcance máximo do armamento ou até a região onde seus fogos se tornem perigosos para as tropas amigas. IV) Métodos de controle Na ofensiva, o PelMAC deve se posicionar de modo a bater as melhores vias de acesso para emprego de blindados inimigos, apoiando as ações AC do BtlInfFuzNav. Sempre que possível, o pelotão deve ser empregado em ApCj, método de controle que se caracteriza por estarem as seções subordinadas tática e administrativamente ao comando do BtlInfFuzNav. Em apoio direto (ApDto), o PelMAC ou uma SeçMAC atua em proveito de uma CiaFuzNav, executando missões de tiro mediante pedido direto da subunidade (SU) apoiada. É empregado quando existe a necessidade de prestar um apoio cerrado à peça de manobra (PçMan) em primeiro escalão, em virtude da inexistência de posições de tiro à retaguarda, ou pela existência de alguma ameaça blindada/mecanizada inimiga àquela PçMan. Nesse método de controle, a responsabilidade pelo apoio logístico às seções que estão em apoio direto continua com o Cmt do PelMAC. A situação de comando à disposição é normalmente utilizada quando a PçMan apoiada está sendo empregada fora da distância de controle do CmtPelMAC. Neste caso, a responsabilidade pelo apoio logístico às SeçMAC que estão à disposição será da SU apoiada. V) Representação do PelMAC A representação do posicionamento do PelMAC ou das SeçMAC, independentemente do método de controle ou situação de comando, será apresentada, de forma genérica, no Conceito da Operação, utilizando como referência acidentes do terreno ou as peças de manobra do BtlInfFuzNav. h) O PelMAC nas operações defensivas I) Emprego do PelMAC A principal tarefa do PelMAC na defesa de área será a defesa (AC) (DAC) na área de defesa avançada (ADA). Geralmente, as SeçMAC serão posicionadas de maneira a cobrir, concomitantemente com os obstáculos (AC), as melhores
  • 15. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL vias de acesso de blindados inimigos e para atuar eficazmente contra os carros de combate (CC), antes que atinjam o limite anterior da área de defesa avançada (LAADA). As posições mais favoráveis serão as que permitirem o fogo no máximo de seu alcance e, se possível, no flanco dos blindados inimigos que se aproximem da área de defesa. As peças serão posicionadas de modo a se apoiarem mutuamente. No caso de a força inimiga ser basicamente composta de blindados, particularmente CC, as VA para blindados deverão ser batidas, preferencialmente por CC, haja vista a capacidade de durarem na ação comparativamente às armas AC, pois possuem maior poder de fogo, proteção blindada e mobilidade. II) Método de controle Na defensiva, as SeçMAC ficam, normalmente, dispersas no setor de defesa do BtlInfFuzNav e guarnecem setores de tiro estabelecidos no Plano DAC, plano que, além de estabelecer as medidas de DAC, integra essas ações AC ao sistema de barreiras, ao Plano de Apoio de Fogo e à manobra. O método de controle ApCj proporciona ao CmtPelMAC maior flexibilidade no emprego dos fogos AC, podendo concentrá-los nas prováveis áreas de engajamento, ou seja, nas regiões do terreno que permitem o emprego dos blindados inimigos em melhores condições. Tal método de controle deve ser considerado quando as unidades que compõem o CCT defendem em frente normal, não existindo obstáculo dissociador longitudinal no setor de defesa (inimigo de natureza blindada), pois, além de simplificar a cadeia de comando, desonera os Cmt das SU apoiadas dos encargos logísticos. Nas situações em que o CmtPelMAC não possui condições para controlar e coordenar o emprego de suas SeçMAC, devido à existência de obstáculos ou de frentes largas, poderá ser utilizada uma SeçMAC em ApDto a uma SU, ou mesmo a situação de comando à disposição, a qual é a menos desejável, pois irá sobrecarregar as subunidades com atribuições logísticas. III) Representação do PelMAC Deverá ser representado no Plano de Fogos do BtlInfFuzNav (anexo ao calco de operações) o posicionamento de todas as seções do PelMAC, com seus respectivos setores de tiro, independentemente do método de controle ou
  • 16. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL situação de comando, visando a facilitar a coordenação e, principalmente, a integração do apoio de fogo. 2.3.2 - Pelotão de Metralhadoras Pesadas a) Organização A organização básica do PelMtrP compreende três seções de MtrP (SeçMtrP), cada qual constituída de duas peças de MtrP. O PelMtrP é estruturado para apoiar um BtlInfFuzNav que nucleia um CCT. b) Métodos de controle / situação de comando A escolha do método de controle a ser empregado dependerá da análise dos fatores da decisão e, particularmente, dos seguintes aspectos: - a necessidade de coordenação para posicionamento das armas; - a capacidade de “controle local” do Comandante do PelMtrP (CmtPelMtrP); e - a necessidade de emassamento de fogos. O método de controle mais indicado é ApCj, pois proporciona ao Cmt da Unidade mais flexibilidade. Quando o terreno ou outro fator da decisão não permitir que o PelMtrP apoie todas as PçMan de uma única posição, poderá ser adotado o método de controle de ApDto ou a situação de comando à disposição. Em ApDto, o PelMtrP ou a SeçMtrP atua em proveito de uma CiaFuzNav, executando missões de tiro mediante pedido direto da SU apoiada. É empregado quando existe a necessidade de prestar um apoio cerrado a PçMan em primeiro escalão, inexistindo posições de tiro à retaguarda. Nesse método de controle, a responsabilidade pelo apoio logístico às SeçMtrP que estão em ApDto continua com o CmtPelMtrP. A situação de comando à disposição é normalmente utilizada quando a PçMan apoiada está sendo empregada fora da distância de controle da Unidade. Neste caso, a responsabilidade pelo apoio logístico às seções que estão à disposição será da SU apoiada. c) Emprego tático O PelMtrP tem o seguinte emprego tático: - apoio de fogo; - defesa antiaérea de ponto, com o uso do reparo antiaéreo; - complementar a DAC; e - apoiar ou nuclear frações que executem tarefas de reconhecimento e segurança
  • 17. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL como: escoltas de comboios, segurança de flancos, defesa da área de retaguarda (DEFAR) e esclarecimento motorizado. O emprego centralizado do pelotão proporciona mais volume e eficácia dos fogos, permitindo bater alvos profundos. Contudo, as SeçMtrP podem ser dispostas em largura, quando a situação exigir. Deve ser considerado que a execução do tiro sobre tropa sofrerá restrições em decorrência da conformação do terreno (relevo), pois a trajetória dos projéteis não pode por em risco a segurança da tropa apoiada. d) Simbologia do PelMtrP Fig 2.3 - SçMtrP (posição principal) Fig 2.4 - SçMtrP (posição suplementar) Deverá ser representado no Plano de Fogos do BtlInfFuzNav o posicionamento de todas as SeçPelMtrP, com suas respectivas DPT, independentemente do método de controle ou situação de comando, visando a facilitar a coordenação e, principalmente, a integração do apoio de fogo (setores de tiro das SeçMAC, DPT das SeçMtrP e a DPT das Mtr 7,62mm das CiaFuzNav em 1º escalão). e) Emprego em operações ofensivas I) Alvos a serem engajados - No apoio de fogo: posições inimigas (particularmente as que apresentam avançados níveis de organização do terreno (OT), com abrigos construídos com madeira e sacos de areia) e posições de armas automáticas inimigas (inclusive casamatas). As SeçMtrP podem ser empregadas também contra atiradores de precisão localizados em casas ou prédios. - Na defesa antiaérea (DAAe): defesa de ponto contra helicópteros (He) e aeronaves de asa fixa de baixo desempenho. - Na DAC: contra viaturas sem blindagem ou Vtr com blindagem leve, desde que utilize munição perfurante. .50 1800m 1800m .50
  • 18. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL II) Apoio de fogo durante o assalto O PelMtrP é empregado para bater, preferencialmente, os intervalos existentes entre as PçMan, buscando-se manter o fogo sobre as posições inimigas o maior tempo possível. Quando o terreno permitir, deve buscar uma posição no flanco, de forma a apoiar o Assalto sem risco para a tropa atacante. Após a conquista dos objetivos, o PelMtrP deve, rapidamente, deslocar-se para frente, de forma a apoiar a consolidação. f) Emprego em operações defensivas I) Alvos a serem engajados - No apoio de fogo: posições de armas automáticas inimigas ou atiradores de precisão localizados em prédios ou casas. - Na defesa antiaérea: defesa de ponto contra He e aeronaves de asa fixa de baixo desempenho. - Na defesa (AC): contra Vtr sem blindagem ou com blindagem leve, desde que utilize munição perfurante. II) Posicionamento do armamento - Será posicionado no LAADA, sendo protegida pelos elementos em primeiro escalão (posicionada dentro dos núcleos defensivos); - Deve estar o mais à frente e com o maior comandamento de fogos possível, para melhor aproveitar seu alcance útil; e - Pode ser empregado em apoio aos Postos Avançados de Combate (PAC). III) Defesa em contraencosta O PelMtrP será posicionado de forma que seus fogos sejam rasantes na crista topográfica da elevação, a fim de deter o inimigo nessas alturas. 2.3.3 - Pelotão de Morteiros 81mm a) Organização A organização básica do PelMrt81mm compreende uma Seção de Comando e três Seções de Morteiros 81 mm (SeçMrt81mm), cada qual constituída de duas peças de Mrt81mm. O PelMrt81mm é o responsável pelo apoio de fogo orgânico do BtlInfFuzNav, prestando o apoio de fogo indireto, cerrado e contínuo as suas peças de manobra.
  • 19. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-10 - ORIGINAL b) Métodos de controle/situação de comando A escolha do método de controle a ser empregado, dependerá da análise dos fatores da decisão (principalmente do terreno) e, particularmente, da necessidade de centralização do PelMrt81mm para proporcionar flexibilidade (possibilidade de emassar fogos). Ação de conjunto (AçCj) é o método de controle que confere a maior centralização. Quando o terreno ou outro fator da decisão não permitir que o PelMrt81mm apoie todas as PçMan de uma única posição, outro método poderá ser adotado. O método de controle ApDto permite um grau de descentralização que possibilita apoiar determinada CiaFuzNav com fogos contínuos mantendo, entretanto, o apoio logístico centralizado a cargo do CmtPelMrt81mm. Em ApDto, o PelMrt81mm ou a SeçMrt81mm atua em proveito de uma CiaFuzNav, executando missões de tiro mediante pedido direto da subunidade apoiada. É empregado quando da inexistência de posições de tiro que permitam apoiar a manobra do BtlInfFuzNav de uma única posição. Nesse método de controle, a responsabilidade pelo apoio logístico às seções que estão em ApDto continua com o CmtPelMrt81mm. A situação de comando à disposição é normalmente utilizada quando a PçMan apoiada está sendo empregada fora da distância de controle do BtlInfFuzNav. Neste caso, a responsabilidade pelo apoio logístico às seções que estão à disposição será da SU apoiada. A situação de comando à disposição é a menos desejável por sobrecarregar as SU com atribuições logísticas. c) Emprego nas operações ofensivas I) Fatores para a seleção da posição São fatores a serem analisados para a seleção da posição do PelMrt81mm: - terreno; - segurança; e - situação tática. A posição principal tem que apoiar a montagem e o desembocar do ataque e, preferencialmente, apoiar a conquista e a consolidação do objetivo (Obj). Caso isto não seja possível, serão planejadas tantas posições suplementares quantas sejam necessárias.
  • 20. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-11 - ORIGINAL II) Prioridade de fogos O Cmt do BtlInfFuzNav normalmente estabelece prioridade de fogos do PelMrt81mm para a CiaFuzNav que realiza o esforço principal. Essa designação dependerá dos meios de apoio de fogo não orgânicos do BtlInfFuzNav que estão em apoio à Unidade. III) O PelMrt81mm na Marcha para o Combate Na coluna de marcha, o PelMrt81mm se desloca como um todo, com a coluna motorizada de um BtlInfFuzNav. Na coluna tática, o PelMrt81mm se desloca, normalmente, bem à frente, em condições de entrar rapidamente em posição. Se o BtlInfFuzNav estiver se deslocando por dois itinerários, seções do PelMrt81mm podem apoiar cada coluna. Na marcha de aproximação, o PelMrt81mm se desloca junto às CiaFuzNav em primeiro escalão. No caso das CiaFuzNav se deslocarem dentro da distância de apoio, o PelMrt81mm poderá estar em AçCj. IV) O PelMrt81mm no ataque noturno Os ataques noturnos podem ser iluminados ou não iluminados. Os fogos de Mrt81mm serão planejados, porém, no caso do ataque noturno não iluminado, só serão desencadeados mediante ordem (MdtO). O PelMrt81mm pode receber missões de tiro com a finalidade de neutralizar Mrt inimigos, iludir quanto à verdadeira localização do ataque, dissimular os ruídos produzidos pela tropa atacante, orientar estas últimas, neutralizar objetivos, iluminar o campo de batalha e apoiar a reorganização e defesa por ocasião de contra-ataques. V) O PelMrt81mm no Ataque com Transposição de Curso d’água O PelMrt81mm estabelecerá posição principal na margem amiga, de forma a apoiar a conquista da Primeira Linha de Objetivos (LO-1). Mudanças de posição devem ser planejadas para permitir o apoio BtlInfFuzNav na conquista das demais LO. VI) O PelMrt81mm em Operações Militares em Área Urbana Na orla anterior da localidade, o PelMrt81mm pode neutralizar posições inimigas, cobrindo a progressão em direção à localidade. Pode ainda apoiar a conquista das elevações que dominem a localidade.
  • 21. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-12 - ORIGINAL No interior da localidade, o Mrt81mm será utilizado para bater objetivos protegidos pelas paredes das edificações. Pode, também, empregar fumígenos para cobrir o movimento das tropas atacantes. O desencadeamento de fogos no interior da localidade deverá ser objeto de criteriosa avaliação, pois poderá ocasionar escombros que, além de serem obstáculos ao avanço de nossas tropas, poderão ser utilizados como cobertas e abrigos pelo inimigo. Na manutenção da localidade, normalmente, o Mrt81mm será utilizado para bater prováveis ZReu, fora dos limites e os principais acessos à localidade. As barragens devem ser previstas sobre as ruas ou em áreas de edificações esparsas. VII) O PelMrt81mm no Assalto Anfíbio (AssAnf) No AssAnf, normalmente, o PelMrt81mm estabelece sua posição principal junto à Praia de Desembarque (PDbq) para apoiar a conquista da primeira linha de alturas. As demais posições necessárias para apoiar a operação serão posições suplementares. Devido às largas frentes e grandes distâncias entre as PçMan, o PelMrt81mm, normalmente, apoiará a CiaFuzNav que realiza o esforço principal, ou estará descentralizado, apoiando mais de uma PçMan. Na manutenção da cabeça-de-praia (CP), ele poderá bater áreas que, porventura, não sejam batidas pela Art ou apoiar uma das PçMan, conforme decisão do CmtBtlInfFuzNav. VIII) O PelMrt81mm na Incursão Anfíbia (IncAnf) Na IncAnf, dependendo da situação, o PelMrt81mm poderá ficar embarcado, em apoio à reserva. Isto será verificado no confronto (fase 3, etapa 1 do Processo de Planejamento Militar – PPM) e o CmtBtlInfFuzNav decidirá, baseado nos fatores da decisão. No caso do PelMrt81mm desembarcar, duas situações poderão ocorrer. Na primeira ele estará apoiando o grupamento funcional1 de assalto. Neste caso, poderá usar suas viaturas, pois seu retraimento e reembarque estarão protegidos pelo grupamento funcional de cobertura. Na segunda situação, o PelMrt81mm estará apoiando o grupamento funcional de cobertura. Neste 1 O CCT de uma Força de Incursão é organizado em quatro grupamentos funcionais: reconhecimento e segurança, cobertura, assalto e reserva.
  • 22. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-13 - ORIGINAL caso, é preferível que o Mrt81mm esteja embarcado em blindados. Caso contrário, seu retraimento e retirada poderão não ter proteção, tendo em vista a sequência de retraimento da IncAnf. d) Emprego nas operações defensivas I) Defesa de Área Na defensiva, a tarefa do PelMrt81mm consiste em prestar um contínuo apoio de fogo indireto às PçMan em primeiro escalão do BtlInfFuzNav, Unidade que nucleia ou compõe o CCT. II) Fatores para seleção de posição Os fatores a serem analisados para a seleção da posição do PelMrt81mm são os seguintes: - terreno; - segurança; e - situação tática. A posição principal deve possibilitar bater todo o LAADA e, preferencialmente, apoiar os PAC e estando localizada à retaguarda dos núcleos de aprofundamento da reserva. Caso não seja possível, serão estabelecidas tantas posições suplementares quantas necessárias. É desejável que a posição principal do PelMrt81mm não bata o LAADA no limite do alcance útil, pois, nesse caso, o inimigo que estiver se aproximando do LAADA não será batido por fogos de Mrt81mm durante seu deslocamento. A última posição suplementar apoia em profundidade a defesa do Batalhão, devendo estar localizada à retaguarda dos núcleos de aprofundamento da reserva. Essa posição será ocupada, se algum núcleo de aprofundamento na ADA submergir. III) Prioridade de fogos Normalmente, o Cmt do CCT estabelecerá a prioridade de fogos para a PçMan que defende a parte mais importante do setor defensivo, ou seja, onde incidem as VA mais favoráveis ao inimigo.
  • 23. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-14 - ORIGINAL IV) Fogos de barragem Quando empregado centralizadamente, o PelMrt81mm tem capacidade de executar uma barragem normal2 . Podem ainda ser previstas até duas barragens eventuais3 . A barragem deve ser localizada a uma distância de 100 a 200m à frente do LAADA. A barragem de uma peça bate, aproximadamente, um quadrado de 50 m de lado, sendo representada nos calcos ou cartas. V) Alvos No planejamento dos fogos de Mrt81mm deve ser dada prioridade para as áreas que não possam ser batidas com armas de tiro tenso. VI) O PelMrt81mm nos Movimentos Retrógrados No retraimento sem pressão, o Pel Mrt81mm, normalmente, permanece em posição até que a força que retrai tenha rompido o contato com o inimigo. Antes disso, uma ou duas seções serão colocadas à disposição dos elementos deixados em contato (EDC). O restante do pelotão retrairá com o grosso da tropa. No retraimento sob pressão, o PelMrt81mm retrai após as CiaFuzNav em primeiro escalão. Na retirada, o PelMrt81mm será utilizado como na marcha para o combate. No entanto, ele poderá ser colocado em apoio à força que acolher a tropa que se retira (se for o caso). Na ação retardadora, o PelMrt81mm apoiará a Posição Inicial de Retardamento (PIR), desencadeando fogos longínquos e buscando infligir o máximo de perdas no inimigo, bem como interditar seus movimentos. Apoiará as demais posições de retardamento, sucessivamente, se elas existirem, da mesma forma que na PIR. Durante o retraimento da tropa, uma SçMrt81mm poderá ser colocada à disposição do Destacamento Retardador, principalmente se este dispuser do apoio de blindados. VII) O PelMrt81mm na Defesa em Contraencosta 2 A barragem é um tiro linear previsto, destinado a proteger tropas ou instalações amigas, impedindo que o inimigo atravesse linhas, posições etc. Cada bateria é encarregada de apenas uma barragem, chamada normal, na qual permanece apontada quando não estiver cumprindo outras missões de tiro, mesmo que esta barragem já tenha sido desencadeada. 3 Este tipo de barragem serve para fechar os intervalos entre as barragens normais ou para reforçá-las.
  • 24. OSTENSIVO CGCFN-311 OSTENSIVO - 2-15 - ORIGINAL As barragens de Mrt81mm devem bater a crista topográfica da elevação, com a finalidade de torná-la inconquistável pelo inimigo. Enquanto os PO estiverem em posição, os Mrt81mm desencadearão seus fogos longínquos ou defensivos aproximados. VIII) O PelMrt81mm na Defesa na Linha de um Curso d’água Quando o traçado do LAADA coincidir com a margem de um curso d`água, devem ser previstas concentrações sobre prováveis posições de ataque, na margem oposta e barragens sobre prováveis locais de travessia. Quando o traçado do LAADA estiver à retaguarda da margem do rio, as barragens serão planejadas sobre prováveis locais de desembarque e VA na margem amiga.
  • 25. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL  CAPÍTULO 3 APOIO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA 3.1 - TAREFAS GERAIS DA ARTILHARIA DE CAMPANHA A finalidade da artilharia de campanha (ArtCmp) é proporcionar ao GptOpFuzNav o apoio de fogo, necessário e suficiente, para que seu Comandante, em coordenação com os demais sistemas de armas disponíveis, possa intervir no combate pelo fogo, seja pela neutralização, destruição ou interdição de alvos que ameacem o cumprimento da missão, seja por meio de fogos subsidiários de inquietação das tropas inimigas, iluminação do campo de batalha e de proteção, de acordo com o tipo de manobra adotado. A ArtCmp tem as seguintes tarefas gerais: - prestar apoio de fogo cerrado, contínuo e oportuno aos elementos de manobra em primeiro escalão; - aprofundar o combate pela aplicação de fogos sobre as reservas inimigas, instalações de comando e controle e instalações logísticas inimigas; e - realizar fogos de contrabateria dentro do alcance de suas armas. Para que essas tarefas gerais sejam alcançadas, algumas capacidades devem ser desenvolvidas, a saber: - coordenar o apoio de fogo de artilharia; - adquirir adequada e oportunamente alvos de interesse; - empregar munição adequada de acordo com o alvo; - prestar a segurança da posição ocupada; - estabelecer adequado sistema de comunicações; - movimentar de maneira adequada e oportuna seus meios; - manter adequado e contínuo fluxo logístico; e - manter sua tropa adestrada e preparada para o emprego. 3.2 - SISTEMA DE APOIO DE FOGO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA A ArtCmp não é uma arma, mas um sistema, formado por diversos subsistemas interdependentes que contribuem para o cumprimento da missão. Os subsistemas da ArtCmp são: linha de fogo, ligação e observação, topografia, meteorologia, comunicações, busca de alvos, logística e direção de tiro.
  • 26. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL  3.2.1 - Linha de fogo Subsistema composto por meios de lançamento (canhões, obuseiros, morteiros, lançadores de mísseis ou foguetes). A combinação adequada de arma e munição por parte da unidade de artilharia contribuirá para que o comando influa de modo efetivo no desenvolvimento do combate. 3.2.2 - Ligação e observação Subsistema composto pelas Seções de Ligação e Observação. Os Oficiais de Ligação de Artilharia (OLigArt) assessoram o Coordenador do Apoio de Fogo (CAF) quanto ao Planejamento de Fogos da ArtCmp e sua adequação à ideia de manobra do GptOpFuzNav e quanto às possibilidades e limitações do emprego da artilharia de campanha. Os Observadores Avançados (OA) acompanham as peças de manobra do CCT, normalmente no nível CiaFuzNav, e assessoram seus Comandantes quanto ao correto emprego da ArtCmp em proveito de suas tarefas, além de realizarem a localização e pedido de tiro sobre alvos de interesse. A unidade de ArtCmp pode, também, estabelecer PO com observadores próprios, para realizar tanto o tiro técnico14 (regulações) como o tiro tático em proveito da tropa apoiada. Poderão ainda ser empregados observadores aéreos e meios indiretos, como por exemplo Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) e radares de contrabateria para a condução de missões de tiro. A observação acurada do fogo de artilharia contribuirá para a realização do tiro sobre os mais variados tipos de alvos, com a máxima eficácia e com um consumo mínimo de munição. 3.2.3 - Topografia O levantamento topográfico, efetuado por equipes especializadas e empregando equipamentos de medição sofisticados, é base para a centralização do tiro do escalão de ArtCmp empregado. Esse levantamento servirá de base para a construção de uma trama topográfica25 comum às Unidades de Tiro36 (UT), aos observadores e à linha de fogo.                                                              4 Tiro realizado com o intuito de estabelecer correções a serem aplicadas a missões de tiro futuras. 5 Trama topográfica é o nome dado ao levantamento da posição, direção e desnível de elementos importantes para a solução do problema técnico da artilharia de campanha, a saber, o tiro indireto. 6   Unidade de Tiro é a menor fração com a qual a ArtCmp pode empregar seus meios e apoiar, portanto, os elementos de manobra com seus fogos. Esta fração corresponde às Baterias de Tiro (BiaT) que são o menor escalão de artilharia a ser empregado. 
  • 27. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL  3.2.4 - Meteorologia Os fatores atmosféricos são responsáveis pela maior influência na balística externa do projétil, podendo alterar significativamente o alcance e direção final deste. Esta alteração influi na precisão obrigando que o tiro seja ajustado47 antes da eficácia58 , acarretando em perda do princípio da oportunidade. Sendo assim, a capacidade de obtenção de boletins meteorológicos e de inserção dos dados neles contidos nos cálculos de tiro reduz significativamente este problema balístico, conferindo maior precisão ao tiro. 3.2.5 - Comunicações Subsistema que permite a integração entre os subsistemas participantes do tiro propriamente dito. Devido ao grande fluxo de mensagens necessário ao controle técnico e tático da ArtCmp, a quantidade de emissões eletromagnéticas pode denunciar a posição dos diversos subsistemas. Para evitar que isso ocorra, os procedimentos para segurança das comunicações devem ser rigorosamente observados. Nesse sentido, o canal dados é o mais eficiente para a ArtCmp, pois expõe menos o escalão de artilharia no espectro eletromagnético e elimina as perdas de tempo para o tiro provenientes das transmissões de mensagens, comandos e ordens de tiro. 3.2.6 - Busca de alvos É o subsistema primordial para que tarefa geral da ArtCmp de realizar fogos de contrabateria seja cumprida. A busca de alvos permitirá o desencadeamento de rápidos, oportunos e eficientes fogos de contrabateria e contramorteiro, alcançando assim a superioridade de fogos. Para um inimigo que possui eficiente sistema de ArtCmp, a busca de alvos torna-se imprescindível para que nosso ciclo OODA (Ciclo de Boyd ou Ciclo Decisão – Observação, Orientação, Decisão e Ação) seja mais rápido do que o do inimigo no que tange ao apoio de fogo.                                                              7  A ajustagem do tiro é uma técnica utilizada pelo OA com o intuito de enquadrar o alvo por meio de tiros subseqüentes de forma que antes da eficácia sejam levantados os elementos de tiro necessários para que a eficácia seja executada precisamente sobre o alvo. 8 Tiro de eficácia é o tipo de missão de tiro de artilharia a ser desencadeada, a pedido do observador, quando este julgar que o alvo está precisamente localizado ou enquadrado. Tiro de destruição ou neutralização efetuado em condições tais que a probabilidade de acerto e o dano ao alvo justifiquem o dispêndio de munição.
  • 28. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL  3.2.7 - Logística Um dos maiores problemas da ArtCmp reside no volume e peso de sua carga logística. Um eficiente sistema de apoio logístico, dotado dos adequados meios de transporte, contribuirá significativamente para o cumprimento da tarefa geral da ArtCmp de prover apoio de fogo cerrado, contínuo e oportuno aos elementos de manobra em primeiro escalão. 3.2.8 - Direção de tiro Subsistema composto pelo pessoal e equipamentos, por meio dos quais o comando exerce a direção de tiro. Esse pessoal e equipamentos ficam localizados na Central de Tiro onde os pedidos de tiro dos OA são transformados em comandos de tiro para os meios de lançamento da linha de fogo. O ideal é que haja um sistema integrado de direção de tiro capaz de receber automaticamente as informações do levantamento topográfico e meteorológico e os pedidos de tiro dos OA inserindo-os rapidamente no cálculo do tiro, além de permitir a transmissão via dados dos comandos de tiro para os meios de lançamento da linha de fogo. 3.3 - POSSIBILIDADES DA ARTILHARIA DE CAMPANHA 3.3.1 - Transferir fogos rapidamente Caso a artilharia esteja engajada inicialmente em determinado alvo e receba um pedido de tiro para engajar alvo em outra direção, poderá rapidamente, sem a necessidade de mudar de posição, empregar suas UT de forma que os fogos sejam transferidos para o outro alvo, mesmo sem ter terminado efetivamente de cumprir a missão anterior e, após realizar o tiro, retornar a primeira missão e concluí-la. Isto é particularmente utilizado por ocasião do desencadeamento de fogos de barragem69 ou de fogos do tipo HNA710 , pois são fogos que devem ser desencadeados em momentos específicos e, portanto, preterem outras missões ainda que estejam no decurso de seu desencadeamento.                                                              9 A barragem é uma modalidade de tiro que possui um elevado volume de fogos e é caracterizada por formar uma linha no terreno perpendicular à progressão do inimigo de forma a barrar seu avanço. Este tiro é executado na cadência máxima do material, que no caso do obuseiro 105 mm Light Gun são 12 tiros por peça durante 3 min, o que totaliza 216 tiros desencadeados por uma única UT. 10 Os fogos do tipo HNA (hora no alvo) são fogos desencadeados em determinado momento com o desencadeamento amarrado em determinado horário. É fundamental que o OA faça o acerto de relógios com a Central de Tiro para que este tipo de pedido de tiro ocorra adequadamente. 
  • 29. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL  3.3.2 - Emassar fogos de diferentes baterias Muitos alvos possuem frente811  maior do que a frente eficazmente batida (FEB912 ) da UT. Sendo assim, para batê-los será necessário o emprego do BtlArtFuzNav. Portanto, a ArtCmp é capaz de rapidamente bater estes tipos de alvos com mais de uma UT sem que as baterias mudem de posição no terreno. 3.3.3 - Executar tiros precisos Os tiros precisos podem ser executados com ou sem ajustagem. Se a ArtCmp possuir os meios necessários para executar o tiro predito1013 , a precisão será alcançada logo na eficácia sem a necessidade de ajustagem. Caso contrário, a precisão será alcançada, sendo necessária, entretanto, a realização de uma ajustagem. 3.3.4 - Executar tiro de destruição O tiro de destruição visa inutilizar permanentemente o alvo. É um tiro que envolve um volume de fogos considerável além da utilização do calibre, granada e espoleta adequados à natureza do alvo. 3.3.5 - Iluminar o campo de batalha A iluminação do campo de batalha se faz de forma contínua, intermitente ou coordenada. A iluminação contínua é aquela em que, antes da granada iluminativa (GIL) apagar, a granada subsequente acende de forma que haja uma continuidade na iluminação. A iluminação intermitente é aquela em que são fornecidos períodos de iluminação apenas para identificar alvos ou posições inimigas. A iluminação coordenada é aquela onde, além do campo de batalha ser iluminado, são executadas missões com granadas autoexplosivas (GAE) de forma que o alvo possa ser batido ao mesmo tempo em que é iluminado e o OA, assim, tenha condição de avaliar o efeito dos fogos sobre o alvo.                                                              11 Distância do alvo perpendicular à linha de observação (LO). 12 A FEB é um termo que pode ser relativo à granada (FEB da granada 120 mm = 25 m, FEB da granada 105 mm Light Gun = 40 m e FEB da granada do Obuseiro 155 mm = 50 m), relativo aos escalões de artilharia (Bateria 105 mm = 240 m, Bateria 155 mm = 300 m, BtlArt com Baterias 105 mm = 500 m, BtlArt com Baterias 155 mm = 600 m e RgtArt com Baterias 155 mm = 1200 m). Apesar de o BtlArt possuir três BiaT, considera-se a sua FEB como sendo o somatório de apenas duas BiaT, pois a Bateria do centro, na verdade, recobre os fogos das Baterias dos extremos. 13 Tiro predito consiste na mais recente técnica desenvolvida pela artilharia de campanha que permite que seja colocado, com precisão, um tiro sobre o alvo localizado numa direção qualquer e dentro do alcance máximo do material, sem quaisquer regulações ou ajustagens e, portanto, com o máximo de surpresa.  
  • 30. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL  3.3.6 - Executar tiros sobre alvos desenfiados A ArtCmp é capaz de realizar o tiro indireto, que possibilita bater alvos desenfiados. Além disso, por meio do tiro vertical a ArtCmp é capaz de bater alvos localizados em contraencostas. 3.4 - LIMITAÇÕES DA ARTILHARIA DE CAMPANHA 3.4.1 - Momentos iniciais do AssAnf Nos momentos iniciais do Assalto Anfíbio (AssAnf), via de regra, verifica-se uma grande impulsão, a possibilidade de elevado grau de atrição e a necessidade de ocupar terreno para prover segurança e espaço aos demais meios e escalões a desembarcar. A oportunidade para o desembarque das unidades/subunidades de artilharia depende de variáveis, tais como: disponibilidade de áreas de posição, necessidade do apoio de artilharia em terra e possibilidade de abicagem dos navios de desembarque e/ou embarcações de desembarque. As unidades de tiro da Artilharia podem desembarcar em vagas a pedido ou vagas programadas. Uma vez que normalmente seu desembarque estará condicionado à conquista de uma parcela da CP que proporcione espaço e segurança para seu emprego, a principal limitação da ArtCmp é a capacidade em apoiar os momentos iniciais do AssAnf. Esta limitação poderá ser minimizada, pelo desembarque da artilharia Pré Hora-H, se possível, em ilhas e/ou promontórios dentro do alcance do armamento. 3.4.2 – Dificuldade de ocupar posição durante os deslocamentos Quando a ArtCmp necessita mudar de posição, ou por chegar ao limite de seu alcance máximo ou por questões de segurança da Área de Posição1114 , sua pronta resposta aos pedidos de apoio de fogo fica prejudicada. A forma de se minimizar esta limitação é efetuar estes deslocamentos por escalão, o que permitirá a continuidade do apoio de fogo. Caso o escalão de artilharia a prestar o apoio seja a bateria, esta limitação poderá ser minimizada por meio da entrada rápida em posição1215 , posto que a BiaT é a UT, menor escalão de artilharia a ser empregado. 3.4.3 - Ataques aéreos                                                              14 Área de Posição é a porção do terreno onde determinado escalão de artilharia ocupa normalmente após terem sido realizados trabalhos de reconhecimento. 15 Entrada rápida em posição é a técnica utilizada pela ArtCmp para rapidamente ocupar uma posição ao longo do itinerário de deslocamento, possibilitando ao atendimento do pedido de tiro. Durante o deslocamento o pedido de tiro é recebido pela Central de Tiro que rapidamente comunica o fato ao Comandante da Linha de Fogo (CLF). Este, por sua vez, assim que identifica uma região ao longo do itinerário que possa ser ocupada pela bateria, rapidamente posiciona sua viatura balizando a Direção Geral de Tiro (DGT) de forma que as peças possam posicionar-se corretamente no terreno. As peças são posicionadas rapidamente e apontadas por meio de um ponto de referência. Assim que a Central de Tiro obtém do CLF as coordenadas do CB e termina os cálculos do tiro, transmite ao CLF os comando de tiro que depois de inseridos nas peças permitem que a bateria prontamente execute o tiro.
  • 31. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL  Tanto em posição quanto por ocasião dos deslocamentos para mudança de posição, a ArtCmp é vulnerável a ataques aéreos. Para minimizar o problema apresentado na primeira situação é fundamental que a camuflagem da área de posição seja feita para todos os órgãos das BiaT, do BtlArtFuzNav. Além disso, se for possível, deve ser prevista defesa antiaérea para a Área de Posição. Quando não existirem UT de artilharia antiaérea disponíveis, a ArtCmp deverá, desde que não interfira no cumprimento de suas tarefas, ocupar posição próxima ao PC do GptOpFuzNav que normalmente recebe meios que provêm sua defesa antiaérea. É recomendável que o deslocamento dos escalões de artilharia se dê no período noturno. Para minimizar o problema apresentado na segunda situação, é recomendável que o deslocamento dos escalões de artilharia ocorra no período noturno. Quando isso não for possível, deverá ser prevista cobertura aérea para realizar a segurança dos deslocamentos dos escalões de ArtCmp. 3.4.4 - Fogos de contrabateria A ArtCmp é vulnerável a fogos de contrabateria. Esta limitação pode ser minimizada adotando-se a correta forma de desdobrar a artilharia no terreno, além da adoção de uma conduta que implique sucessivas ocupações de posições de troca1316 . Contudo, para antepor-se a esse perigo, faz-se necessário que a ArtCmp possua, também, meios de busca de alvos que possam detectar prontamente a artilharia inimiga possibilitando a realização de fogos de contrabateria. 3.4.5 - Ameaça de carros de combate A Área de Posição é particularmente vulnerável à ameaça de carros de combate. Para minimizar esse problema, o CLF deverá separar setores de tiro em VA que sejam particularmente favoráveis a este meio e atribuí-los aos chefes de peça que deverão confeccionar cartões de tiro de forma a prontamente realizarem a pontaria direta para alvos detectados. Contra tais ameaças, as armas mais eficientes são os CC e as armas AC. Na ausência de tais armas, o tiro direto com o armamento de artilharia, embora não seja tão preciso, é um recurso disponível. 3.4.6 - Autodefesa da área de posição A ArtCmp possui medidas passivas e ativas para realizar a segurança da Área de Posição.                                                              16  A posição de troca é utilizada quando a posição ocupada por um Grupo ou Bateria recebe a ação direta dos fogos inimigos.
  • 32. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-8 - ORIGINAL  Contudo, caso seja forçada a engajar-se em combate aproximado para realizar sua autodefesa, sua eficiência como um sistema de armas ficará significativamente reduzida. Para minimizar esse problema, a artilharia deverá, sempre que possível, ocupar posição à retaguarda de uma linha no terreno efetivamente ocupada por PçMan do CCT, preferencialmente posição próxima à reserva, quando isso não interferir no cumprimento de suas tarefas. 3.5 - SITUAÇÕES DE COMANDO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA A artilharia possui, basicamente, duas situações de comando: - comando centralizado; e - à disposição. Quando a artilharia possui comando e direção de tiro centralizados, diz-se que ela está centralizada. Quando possui a centralização da direção de tiro, diz-se que ela está articulada. Quando a artilharia não estiver sendo empregada segundo nenhuma das situações de comando supramencionadas, a ArtCmp estará fracionada e, portanto, à disposição do elemento apoiado. 3.6 - FORMAS DE EMPREGO DA ARTILHARIA DE CAMPANHA A ação de massa e a centralização constituem os princípios fundamentais do emprego da ArtCmp, decorrendo o segundo da necessidade do primeiro. Nos escalões BtlArtFuzNav e Agrupamento de Bateria, a busca pela centralização é uma preocupação constante de qualquer Comandante de ArtCmp, pois os efeitos dos fogos são maiores quando a artilharia se encontra centralizada. A centralização pode se apresentar segundo dois aspectos: - centralização do comando; e - centralização da direção de tiro. 3.6.1 - Centralização do comando Entende-se por centralização do comando o exercício do controle tático e logístico das unidades ou subunidades de artilharia. A centralização do comando permite ao comandante de artilharia: - fixar setores de tiro se for o caso; - indicar e coordenar o desdobramento do material; - controlar a munição; e
  • 33. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-9 - ORIGINAL  - coordenar os subsistemas de observação, de busca de alvos, de comunicações, de topografia e de apoio logístico. 3.6.2 - Centralização da direção de tiro A centralização da direção de tiro1417 é caracterizada pela possibilidade que tem um Comandante de ArtCmp de, com rapidez e precisão, concentrar a maioria ou a totalidade dos fogos de sua artilharia e, quando for o caso, de artilharia de outros escalões, sobre um ou vários alvos, e transportá-los para outros, quando necessário. A ArtCmp pode ser empregada de três formas: centralizada, articulada ou fracionada. O domínio das formas de emprego da ArtCmp é especialmente importante para compreensão do emprego das tarefas táticas. Cada tarefa tática estará associada a uma forma de emprego específica. O quadro a seguir apresenta o nível de centralização correspondente a cada uma das três formas de emprego da ArtCmp. Nível de Centralização Forma de Emprego Centralização do Comando Centralização da Direção de Tiro Centralizada Sim Sim Articulada Não Sim Fracionada Não Não Figura 3.1 - Formas de Emprego e Níveis de Centralização da ArtCmp. a) Artilharia centralizada O Comandante da Artilharia possui tanto a centralização de comando quanto a centralização da direção de tiro. b) Artilharia articulada O comandante da artilharia não possui a centralização de comando, no entanto possui a centralização da direção de tiro. c) Artilharia fracionada O comandante da artilharia não possui nem a centralização da direção de tiro, nem a centralização de comando. 3.7 - TAREFAS TÁTICAS ATRIBUÍDAS À ARTILHARIA DE CAMPANHA As tarefas táticas indicam a responsabilidade do apoio de fogo atribuída a um elemento de artilharia. Essas tarefas são atribuídas pelo comandante CCT, por proposta do Comandante da ArtCmp.                                                              17 Para que seja possível centralizar a direção de tiro são necessárias as seguintes condições básicas: tiro organizado, servindo- se de uma mesma trama topográfica; dispositivo de observação montado e rede de comunicações apropriada estabelecida.
  • 34. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-10 - ORIGINAL  A atribuição de tarefas táticas estabelece uma relação de apoio de fogo, não afetando as relações de comando nem a estrutura organizacional da artilharia. As responsabilidades de uma unidade de artilharia quanto ao apoio de fogo são as seguintes: - zona de fogos; - envio de observadores avançados; - ligação; - comunicações; - atendimento de pedidos de tiro; - planejamento de fogos; e - mudanças de posição. Estas responsabilidades normalmente são conhecidas como 07 (sete) famílias. 3.7.1 - Tarefas táticas padronizadas Algumas tarefas táticas, pelo seu simples enunciado, definem todas as responsabilidades de apoio de fogo atribuídas a um elemento de artilharia e denominam-se tarefas táticas padronizadas. As responsabilidades de apoio de fogo relativas a cada uma delas são apresentadas resumidamente no quadro a seguir: Figura 3.2 - Tarefas Táticas da Artilharia de Campanha.
  • 35. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-11 - ORIGINAL  Ao BtlArtFuzNav poderão ser atribuídas as seguintes tarefas táticas padronizadas: apoio geral e apoio direto. Para que a ArtCmp no CFN possa cumprir as demais tarefas táticas padronizadas, constantes do quadro apresentado na figura 3.2, o GptOpFuzNav necessitaria receber apoio de outras unidades de artilharia. a) Apoio Geral (ApG) Esta tarefa tática é normalmente atribuída ao BtlArtFuzNav, orgânico da Divisão Anfíbia (DivAnf), o qual deve empregar seus fogos, não só em apoio aos elementos de manobra em primeiro escalão, bem como para bater alvos em proveito do GptOpFuzNav. Um elemento de artilharia só pode prestar apoio geral a um único elemento de manobra. Da mesma forma, um elemento de manobra só pode ter um único elemento de artilharia prestando-lhe apoio geral. Figura 3.3 - Exemplo de Emprego da ArtCmp em ApG. Na figura 3.3 é apresentado um exemplo de emprego da tarefa de ApG. Nesse exemplo, o BtlArtFuzNav está em ApG à BdaFuzNav (CCT de uma BAnf). Conforme o quadro de responsabilidades de apoio de fogo (Fig. 3.2), terá como Zona de Fogos (ZF1518 ) toda a ZAç da BdaFuzNav e não apenas um setor específico. Além disso, a ordem de prioridade para o atendimento dos pedidos de tiro é a unidade apoiada, seguida dos observadores orgânicos.                                                              18 Zona de Fogos (ZF) - é a área de responsabilidade de uma arma, em apoio a determinada Força. A ZF da artilharia é definida por meio da tarefa tática que lhe é atribuída e confunde-se, em princípio, com a Zona de Ação (ZAç), ou Setor de Defesa (StDef), ou Zona de Responsabilidade Tática (ZRT) da unidade apoiada.  
  • 36. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-12 - ORIGINAL  Isto significa que se o OLigArt da BdaFuzNav solicitar um pedido de tiro no mesmo momento em que o OA de uma das CiaFuzNav de um dos BtlInfFuzNav, a prioridade de atendimento do pedido de tiro será do OLigArt da BdaFuzNav. Neste caso, o emprego da ArtCmp é centralizado, por ter seu comandante a centralização de comando e a da direção de tiro. b) Apoio Direto A tarefa tática de ApDto é atribuída para que o BtlArtFuzNav/BiaT responda imediatamente aos pedidos de tiro de um elemento de manobra que não disponha de artilharia orgânica. Um elemento de artilharia só pode prestar ApDto a um único elemento de manobra e vice-versa. O BtlArtFuzNav/BiaT proporcionará, neste caso, um apoio de fogo cerrado e contínuo, sem, contudo, ficar subordinada ao elemento apoiado. Figura 3.4 - Exemplo de Emprego da ArtCmp em ApDto. A ilustração acima demonstra as peculiaridades do ApDto. Nesse exemplo, o BtlArtFuzNav encontra-se em ApG à BdaFuzNav com uma de suas BiaT em ApDto ao BtlInfFuzNav da esquerda. Isto significa que a BiaT, que está em ApDto ao BtlInfFuzNav terá como ZF a ZAç desta unidade e não a ZF da BdaFuzNav. Contudo, em uma terceira prioridade, esta BiaT poderá atender a pedidos de tiros designados pelo BtlArtFuzNav.          
  • 37. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-13 - ORIGINAL  Assim, a centralização da direção de tiro permanece. Contudo, a centralização do comando deixa de existir, pois o BtlArtFuzNav ficará apenas com controle logístico desta sua SU, não tendo, entretanto, seu controle tático, pois, de acordo com o quadro de responsabilidades de apoio de fogo, esta BiaT em ApDto fará seu próprio planejamento de fogos e terá autonomia para mudar de posição de acordo com a decisão do comandante da BiaT. Os encargos logísticos do BtlArtFuzNav para com sua SU permanecem. Desta forma, a ArtCmp está sendo empregada de forma articulada. O BtlArtFuzNav, neste caso, por outro lado, continuará tendo como ZF a ZAç da BdaFuzNav. Contudo, poderá dar prioridade ao atendimento dos pedidos de tiro para outras PçMan do CCT. Sendo assim, na Fig 3.4, verifica-se que o BtlInfFuzNav posicionado à esquerda dispõe de menor volume de apoio de fogo que as demais PçMan do CCT. Verifica-se, ainda, que o BtlArtFuzNav desobrigou-se de apoiar o BtlInfFuzNav à esquerda, em uma primeira e segunda prioridades, pelo fato deste ter recebido uma BiaT em ApDto, a qual atenderá, com exclusividade, seus pedidos de tiro. Sendo assim, o BtlArtFuzNav priorizou, na verdade, o apoio de fogo para as demais PçMan do CCT. 3.7.2 - Tarefa tática não padronizada Em algumas ocasiões, quando nenhuma das tarefas táticas padronizadas, mesmo modificadas, traduzir a ideia de manobra do comandante, deve-se atribuir uma tarefa tática não padronizada. Quando ocorrer tal situação, é necessário prescrever todas as responsabilidades de apoio de fogo desse BtlArtFuzNav. Exemplo: BtlArtFuzNav (-) em ApG ao CCT. 2ªBiaO105mm em Apoio ao 2ºBtlInfFuzNav e à 3ªCia/3ºBtlInfFuzNav: - ligar-se e ter como Zona de Fogos (ZF) as Zona de Ação (ZAç) dos 2ºBtlInfFuzNav e 3ªCia/3ºBtlInfFuzNav, nesta prioridade; - fornecer observadores avançados e atender aos pedidos de tiro dos 2ºBtlInfFuzNav e 3ªCia/3ºBtlInfFuzNav, nesta prioridade; - ocupar posição ou deslocar-se quando o Comandante do BtlArtFuzNav julgar necessário ou MdtO do Comandante da ForDbq; e - planejar seus próprios fogos.
  • 38. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 3-14 - ORIGINAL  3.8 - ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE DA ARTILHARIA DE CAMPANHA Organizar a artilharia para o combate é empregá-la de forma a atender às necessidades táticas do elemento apoiado. Isso é feito atribuindo-se uma tarefa tática e/ou uma situação de comando a um determinado escalão de artilharia. Os fatores condicionantes que fundamentam a organização para o combate da artilharia são os seguintes: - fatores da decisão; - ideia de manobra em terra; e - fundamentos da organização para o combate.
  • 39. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL  CAPÍTULO 4 APOIO DE FOGO DE BLINDADOS 4.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS No CFN, entende-se por mecanizado todo meio terrestre ou anfíbio autopropulsado capaz de transportar, através campo e em Cmb, tropa de infantaria e apoiar o seu avanço, quando desembarcada, com seus fogos. O termo blindado, por sua vez, é a designação genérica dos meios terrestres dotados de couraça. Incluem-se entre os blindados os CC, as Viaturas Blindadas (VtrBld) e os Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf). Os CC são empregados, primordialmente, no apoio ao combate. Os CLAnf e as VtrBld podem ser empregados no apoio ao combate (ApCmb), provendo apoio de fogo suplementar e recursos adicionais de comunicações, ou no (ApSvCmb), no transporte com proteção blindada, dependendo da tarefa que lhes forem atribuídas. 4.2 - CARACTERÍSTICAS DOS BLINDADOS A publicação CGCFN-313 - MANUAL DE BLINDADOS DE FUZILEIROS NAVAIS apresenta as características dos meios blindados empregados pelo CFN. Contudo, algumas dessas características guardam uma relação mais estreita com o apoio de fogo, em especial o poder de fogo dos blindados. A potência de fogo do canhão dos CC, aliado à sua capacidade de transportar uma considerável quantidade de diferentes tipos de munição, permite-lhe engajar e destruir a maioria dos alvos encontrados em Cmb. Já as metralhadoras existentes nos blindados permitem apoiar a tropa de infantaria no assalto a posições inimigas e, na defensiva, bater com fogos rasantes e de flanqueamento as possíveis VA do inimigo. Outra característica importante para o apoio de fogo é a existência de comunicações amplas e flexíveis, proporcionadas pelos equipamentos rádio disponíveis nos blindados, que garantem a adequada coordenação da manobra e do apoio de fogo. 4.3 - MÉTODOS DE CONTROLE Os blindados quando empregados em apoio ao combate estabelecem uma relação de comando com a unidade/subunidade apoiada pela atribuição de um método de controle e/ou alteração na sua situação de comando.
  • 40. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL  4.3.1 - Apoio ao conjunto Neste método de controle os blindados apóiam o CCT como um todo. É o método de controle que permite a maior centralização, uma vez que a fração ou subunidade de blindados estará tática e administrativamente subordinada a um único comando, proporcionando flexibilidade e o emprego decisivo do seu apoio de fogo. 4.3.2 - Apoio direto Neste método de controle os blindados apoiam uma parcela específica do CCT (uma PçMan). Enquanto permanecer nesta situação, o Comandante dos blindados ficará sujeito às decisões táticas do Comandante apoiado e deverá prover o apoio solicitado por ele, permanecendo, entretanto, sob o comando da sua organização de origem. Este método de controle não poderá ser alterado a menos que determinado pelo Comandante que o estabeleceu. A responsabilidade pela administração, abastecimento e manutenção permanece com a organização de origem, cujo Comandante é responsável, ainda, pelo estabelecimento das ligações iniciais entre os elementos de blindados e o elemento apoiado. 4.3.3 - Alteração na situação de comando Colocar uma subunidade ou fração de blindados à disposição de uma peça de manobra do CCT, não significa atribuir-lhe um método de controle. Isto implica uma alteração na situação de comando dessa subunidade ou fração. Esta situação só se justifica em determinadas circunstâncias em que o controle e a coordenação do elemento de blindados em apoio não puderem ser mantidos por seu Comandante enquadrante e/ou quando a análise dos fatores da decisão recomendar este procedimento. A peça de manobra que receber um elemento de blindados à disposição irá incluí-lo em sua organização por tarefas, cabendo-lhe, consequentemente, a responsabilidade por seu emprego e pelos encargos de ApSvCmb decorrentes. 4.3.4 - Aspectos relevantes para a atribuição do método de controle Os meios blindados devem ser empregados, preferencialmente, centralizados, de forma a se obter maior ação de choque119 e permitir maior flexibilidade de emprego ao Comandante da tropa apoiada. No caso dos CC, em particular, o método de                                                              19  Ação de choque é o efeito resultante do aproveitamento simultâneo das características de mobilidade, poder de fogo e da proteção blindada, que gera sobre o oponente um impacto físico e psicológico devastador, provocando destruição e degradação do seu poder combate, pânico e confusão, tornando-o impotente para reagir apropriadamente à ameaça blindada.
  • 41. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL  controle ApCj é o mais apropriado quando se deseja o aumento da capacidade anticarro, explorar o êxito ou uma fraqueza do inimigo. Na ofensiva, a Companhia de Carros de Combate (CiaCC) só poderá cumprir tarefas muito específicas, tais como vigilância de flanco, reconhecimento e apoio de fogo, quando estiver em ApCj. Quando a situação tática, as distâncias envolvidas, o terreno e as comunicações exigirem e a logística permitir, um elemento de blindados poderá ser colocado em ApDto a uma peça de manobra. Tal situação ocorrerá, normalmente, quando o elemento blindado centralizado não puder apoiar todas as peças de manobra do elemento apoiado ou, pelo menos, as que participam do esforço principal. Sempre que possível, deve ser evitada a colocação de meios blindados à disposição da peça de manobra apoiada, uma vez que gera pesados encargos de ApSvCmb, concorrendo para a perda da flexibilidade no emprego desse meio. 4.4 - APOIO DE FOGO DOS CARROS DE COMBATE No que tange ao apoio de fogo, os CC têm a possibilidade de incrementar a DAC e ampliar o poder de fogo do componente apoiado (CCT, CASC). Quando empregados no apoio ao combate, os CC deverão fazer uso da sua ação de choque em proveito da tropa de infantaria apoiada e atuar em coordenação com as demais armas de apoio. As tarefas básicas dos CC no apoio de fogo são: apoiar as unidades de infantaria, participar da defesa anticarro e suplementar a artilharia. 4.4.1 - Apoiar as unidades de infantaria Durante a execução da manobra, conduzem suas ações de modo a contribuir para a consecução do efeito desejado da unidade apoiada. Para tal, poderão participar diretamente das ações ofensivas ou defensivas ou então apoiá-las pelo fogo. Os CC poderão, também, integrar organizações por tarefas para os deslocamentos táticos com a tropa de infantaria embarcada em CLAnf e/ou VtrBld. 4.4.2 - Participar da defesa anticarro A DAC compreende as ações de Cmb desenvolvidas com o propósito de destruir ou neutralizar blindados inimigos. Estas ações incluem todos os meios AC, ativos e passivos, que podem ser efetivamente empregados contra forças blindadas hostis. Meios AC ativos são aqueles capazes de destruir ou avariar os blindados inimigos, de maneira a comprometer sua operação.
  • 42. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL  Dentre os meios empregados na DAC ativa, os CC são os mais eficientes, uma vez que seu armamento principal possui grande capacidade de penetração em blindagem. Assim, os CC integram o esforço AC do componente apoiado, juntamente com os demais meios AC. 4.4.3 - Suplementar a artilharia Os CC são capazes de suplementar a artilharia, executando missões de tiro direto ou indireto. Esta é uma tarefa pouco apropriada para os CC e deverá ser cuidadosamente considerada, visto que sua característica de mobilidade deixará de ser convenientemente explorada e que a necessidade de reabastecimento contínuo de munição (mais cara que a da artilharia) tornará esse emprego extremamente oneroso.
  • 43. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL  CAPÍTULO 5 APOIO DE FOGO NAVAL 5.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS O propósito do Apoio de Fogo Naval (ApFN) em uma Operação Anfíbia (OpAnf) é contribuir para o cumprimento da missão da ForDbq mediante a destruição ou neutralização das instalações terrestres e defesas que se opuserem à aproximação dos navios e aeronaves e ao desembarque das tropas e, ainda, do permanente apoio à progressão das tropas no terreno depois de efetivado o desembarque. A fim de aproveitar ao máximo as vantagens decorrentes do ApFN, os Comandantes, em todos os escalões, devem conhecer as possibilidades e limitações desse apoio. Outro aspecto importante no ApFN é a necessidade de integração do seu emprego com as demais armas de apoio, em especial com a artilharia e o apoio aéreo. 5.2 - POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DO APOIO DE FOGO NAVAL 5.2.1 - Possibilidades a) Mobilidade Dentro das limitações impostas pelas características hidrográficas da Área de Desembarque, o navio de apoio de fogo pode localizar-se de modo a ficar na posição mais vantajosa para melhor apoiar as tropas em terra, como também, pode manobrar para evadir-se de fogos de artilharia de costa ou outro tipo de ameaça inimiga. Essa possibilidade é um fator importante a ser considerado no planejamento do apoio de fogo quando as praias de desembarque estão bastante separadas. b) Precisão A precisão inerente aos equipamentos de direção de tiro permite que o fogo, direto e indireto, executado em apoio à ForDbq seja dotado de grande precisão, tanto com o navio em movimento, como fundeado. c) Variedade de armamento Tem-se disponível, a bordo dos navios de apoio de fogo, uma variedade de armas, como foguetes, mísseis e canhões de diversos calibres, para bater os alvos em terra.
  • 44. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL  d) Variedade de munição Os diferentes tipos de projetis, de carga de projeção e de espoletas disponíveis permitem uma criteriosa escolha da melhor combinação desses elementos, para o ataque a qualquer tipo de alvo. e) Alta velocidade inicial A alta velocidade inicial dos projetis lançados pelos canhões navais os torna especialmente apropriados para o ataque a alvos que requeiram penetração e destruição, particularmente aqueles que apresentam uma apreciável superfície vertical ou que se localizam em encostas. f) Elevada cadência de tiro Um grande volume de fogo pode ser conseguido em curto espaço de tempo, em decorrência do carregamento automático, da computação eletrônica e da ajustagem automática das espoletas dos projetis. Isso é vantajoso quando se trata de executar a neutralização. g) Dispersão em deflexão A dispersão do canhão naval é grande em alcance, sendo relativamente pequena em direção (deflexão), ou seja, o retângulo de dispersão é estreito, com a dimensão maior na direção de tiro. Essa característica permite levar o tiro para bem próximo das linhas de frente desde que a linha canhão-alvo seja paralela às tropas amigas. Permite também a cobertura eficaz de alvos, tais como estradas, caminhos, pistas de aeroportos, quando a linha de tiro for paralela ao eixo longitudinal do alvo (tiro de enfiada). h) Reabastecimento de munição Normalmente é previsto o reabastecimento de munição dos navios de apoio de fogo sem que eles deixem a Área Marítima da (ADbq) que permite rápido retorno à ação. 5.2.2 - Limitações a) Hidrografia O navio de apoio de fogo pode ser obrigado a assumir uma posição desfavorável relativamente à área-alvo, em decorrência de condições hidrográficas desfavoráveis, representadas por baixios, recifes, pedras e outros perigos à navegação, nas áreas marítimas costeiras, próximas da mencionada área.
  • 45. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL  Adicionalmente, minas ou outros obstáculos artificiais submersos podem impedir ou dificultar a aproximação dos navios. b) Determinação da posição do navio Em áreas onde houver deficiência de auxílios à navegação, poderão ocorrer consideráveis imprecisões nos tiros não observados e nas salvas iniciais dos fogos observados. c) Condições de tempo e visibilidade O mau tempo e a visibilidade restrita podem tornar difícil a determinação da posição geográfica do navio e reduzir as oportunidades de localização do alvo e prejudicar a condução e ajustagem do tiro. d) Linha canhão-alvo variável Quando o tiro estiver sendo realizado com o navio em movimento, a linha canhão- alvo pode variar em relação à linha de frente em terra, podendo tornar-se necessário, para maior segurança da tropa, impor certas restrições à execução de algumas das tarefas de apoio de fogo. e) Dispersão em alcance A dispersão em alcance apresenta um maior risco para as forças amigas quando a linha canhão-alvo não é paralela a linha de frente, ocorrendo, neste caso, uma maior preocupação quanto à segurança das tropas amigas, sendo necessário adotar medidas de controle que salvaguardem sua integridade física. f) Trajetória tensa A precisão inerente à trajetória tensa do canhão naval torna-o apto à execução do fogo de destruição. Entretanto, essa trajetória restringe a possibilidade de seu uso contra alvos de pequena dimensão vertical ou localizados em contraencostas. Isso pode ser contornado, por meio da utilização de carga reduzida, o que irá limitar significativamente o alcance do apoio prestado. g) Capacidade de armazenamento de munição A capacidade dos paióis de munição dos navios de apoio de fogo é limitada. Além disso, a munição disponível para o apoio de fogo é reduzida ainda mais pela necessidade de se reservar munição para a autodefesa dos navios que prestam o apoio de fogo.
  • 46. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL  h) Comunicações entre o navio e a tropa O único meio de comunicação que pode ser usado para realizar o controle do apoio de fogo é o rádio, que é susceptível a falha em decorrência de interferência externa e de condições atmosféricas adversas. 5.3 - TAREFAS TÁTICAS ATRIBUÍDAS AOS NAVIOS DE APOIO DE FOGO Aos Navios de Apoio de Fogo (NApF) são atribuídas tarefas táticas semelhantes a algumas da ArtCmp mas, quanto ao comando, as relações entre as unidades de apoio e as apoiadas são diferentes, pois os navios permanecem sob o comando do ComForTarAnf cabendo ao Comando da Força de Desembarque (ComForDbq) o controle, a ligação e o comando das agências de controle. Os navios atendem aos pedidos de apoio dentro de suas possibilidades, escolhendo a sua posição e o seu método de atirar, enquanto o CCT ou a PçMan apoiada seleciona os alvos, determina a duração (início e término) do fogo e ajusta os tiros. 5.3.1 - Apoio direto Um navio recebe a tarefa tática de ApDto, quando apoia um elemento de manobra do CCT (normalmente um GDB). Este navio executa fogos planejados e a pedido em proveito desse elemento de manobra. Os tiros são controlados em terra por um grupo de observação, proveniente da tropa ou por um observador aéreo. Quando solicitado pelo Grupo de Ligação de Fogo Naval (GRULIFONA) ou pelo Grupo de Observação de Tiro Naval (GRUOBTINA), um navio com a tarefa tática de ApDto desencadeia fogos sobre alvos localizados em sua ZR, prestando apoio de fogo cerrado e contínuo a um único elemento de manobra. Essa zona normalmente coincide com a zona de ação do elemento de manobra. Os navios de ApDto realizam fogos em sua ZR a pedido ou com a permissão do comandante da elemento de manobra. 5.3.2 - Ação de conjunto Um navio com a tarefa tática de AçCj ao CCT ou ao GptOpFuzNav executa missões de apoio de fogo que são coordenadas, geralmente, pelo GRULIFONA. Os fogos executados pelo navio em AçCj, se observados, são ajustados por um observador designado, que pode ser aéreo, terrestre ou observador a bordo de um navio. As missões de tiro contra alvos inopinados podem ser executadas por esses NApF, desde que seja feita uma coordenação entre as agências de controle de fogo naval envolvidas.
  • 47. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL  Os navios em AçCj atendem às solicitações de fogo do CCT ou do comando do GptOpFuzNav. Além do mais, mantêm observação em sua ZR, colocando sob fogos quaisquer alvos ali localizados. Eles podem receber do grupamento/força apoiada, determinações no sentido de atirar fora das ZR ou para reforçar os fogos dos navios de ApDto. Normalmente, o NApF em AçCj à ForDbq deve engajar alvos de interesse da força, localizados fora da cabeça-de-praia (CP). O NApF em AçCj ao GDBda, CCT de uma BAnf, é o mais apropriado para prestar o apoio de fogo adicional às unidades de primeiro escalão, atendendo às solicitações de apoio de fogo, caso os seus NApF em ApDto encontrem-se impossibilitados de apoiá-las. Caso haja necessidade adicional de NApF deverão ser encaminhadas solicitações ao Oficial de Ligação de Fogo Naval (OLIFONA) da ForDbq. Se o pedido for aprovado pelo ComForDbq, aquele oficial designa um ou mais navios em AçCj ao CCT para, temporariamente, executar a missão. O CCT e as PçMan apoiadas devem ser alertados sobre essa designação. Os navios empregados em AçCj são, normalmente, navios com armamento de maior alcance. 5.4 - ORGANIZAÇÃO DA TROPA Faz-se necessária uma permanente ligação das PçMan do CCT apoiadas com os navios de apoio, para que haja um eficiente ApFN durante suas operações em terra. Para isso, a FFE dispõe, em sua organização, de elementos especializados e adestrados para a constituição de diversas agências de controle do fogo naval. Além disso, para o controle e coordenação do fogo naval nos diversos escalões, nos CCAF são reunidos representantes das diversas armas de apoio capazes de assessorar os comandantes dos componentes e das PçMan do CCT quanto ao emprego dos fogos de suas armas de apoio, prestar informações quanto às possibilidades do seu armamento e ainda planejar o emprego dos fogos. Desta forma, o fogo naval é controlado pelas seguintes agências: 5.4.1 - Nos escalões ForDbq e GDBda O GRULIFONA é composto de um oficial do Corpo da Armada (CA), que desempenha as funções de OLIFONA, de uma equipe de praças para guarnecer as comunicações necessárias.
  • 48. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL  5.4.2 - No Escalão GDB O Destacamento Terrestre de Direção do Tiro Naval (DETEDITINA) é constituído por dois grupos: - Um GRULIFONA, chefiado por um oficial do CA que acumula a chefia do DETEDITINA, estabelecendo as ligações com o OBTINA do GRUOBTINA e com os navios em ApDto; e - Um GRUOBTINA, chefiado por um oficial Fuzileiro Naval (FN), que conduz, controla e ajusta os tiros dos navios designados para apoiar a unidade. Desembarca nas primeiras vagas de assalto e, normalmente, opera junto ao comandante de uma CiaFuzNav em 1º escalão, a fim de executar pedidos de tiros. Na organização de cada grupo que compõe o DETEDITINA está previsto uma equipe de praças para prover as comunicações necessárias. 5.5 - FASES DA EXECUÇÃO DO APOIO DE FOGO NAVAL O apoio de fogo naval é dividido em três fases operacionais claramente definidas: preparação da área do objetivo, apoio ao desembarque e apoio após o desembarque. Os fogos previstos são executados, principalmente, durante as duas primeiras fases. Os fogos planejados em apoio às operações da ForDbq são, tanto quanto possível, previstos a horário, mas deve ser considerada a necessidade de fogos "a pedido". 5.5.1 - Preparação da área do objetivo (Fogos Pré Dia-D) Os fogos Pré Dia-D destinam-se primordialmente à destruição e/ou neutralização de instalações e/ou defesas inimigas que possam se opor à aproximação da ForTarAnf da área do objetivo anfíbio (AOA), assim como a interdição de áreas e vias de acesso que possibilitem às forças inimigas se movimentarem para o interior da AOA. Compreende dois tipos de operações: bombardeios aéreos estratégicos e/ou táticos e ação de força avançada. A execução destas operações deve ser cuidadosamente planejada, pois pode implicar a redução do grau de surpresa estratégica e/ou tática. A preparação da Área do Objetivo Anfíbio (AOA) pelo fogo naval é proporcional ao vulto da operação e está intimamente associada à necessidade de neutralização e/ou destruição das principais defesas do inimigo nesta área. Compreende, normalmente, os seguintes tipos de missões: - fogos de destruição; - apoio às operações de varredura de minas; - apoio às operações de reconhecimento e de demolição;
  • 49. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-7 - ORIGINAL  - isolamento da área do objetivo; - inquietação das forças inimigas; - fogo contra alvos inopinados; - apoio às operações anfíbias secundárias e as operações de apoio; e - outras missões de apoio. 5.5.2 - Apoio ao desembarque (Fogos do Dia-D) Os fogos do Dia-D destinam-se principalmente à neutralização das instalações defensivas e/ou aéreas que interfiram no movimento navio-para-terra (MNT) e nas operações iniciais em terra, assim como a interdição de áreas e VA, a fim de impedir que forças inimigas reforcem as localmente disponíveis na CP. Os alvos ou áreas selecionadas para serem neutralizados são aqueles de interesse para os elementos de assalto da ForDbq. A condução dos fogos sobre esses alvos ou áreas selecionadas consiste na neutralização da PraDbq, nos fogos de apoio aproximado (apoio cerrado previsto a horário - ACPH120 ) e de apoio à distância, de contrabateria e de interdição (isolamento da CP). Para a continuidade do apoio, os fogos previstos devem ser programados até o momento a partir do qual os observadores estejam em condições de dirigir os fogos "a pedido". À medida que as unidades de assalto desembarcam, os fogos previstos serão suplantados pelos fogos "a pedido" sobre alvos inopinados. Após o desembarque, normalmente, os fogos "a pedido" constituem a maioria dos fogos do Dia-D e Pós Dia-D. Cabe ressaltar que os fogos de destruição serão conduzidos de acordo com as necessidades de apoio à manobra e a disponibilidade de meios de ApFN. a) Fogos previstos São os fogos planejados, normalmente de destruição ou neutralização, executados contra alvos conhecidos ou suspeitos, de acordo com uma programação. Nessa fase, os fogos previstos são de preparação final da (ADbq), apoio aproximado e apoio à distância.                                                              20   O ACPH fundamenta-se numa média estimada de progressão da tropa que desembarca, sendo aplicado à frente e nos flancos da mesma, sempre observando os fatores de segurança ditados pelo ComForDbq, dentro do período de tempo planejado para a sua execução. O ComForTarAnf, através do Centro de Coordenação das Armas de Apoio (CCAA), retardará ou acelerará o deslocamento destes fogos previstos, consoante com as solicitações do ComForDbq.
  • 50. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-8 - ORIGINAL  I) Preparação final da área de desembarque Esse tipo de fogo tem por finalidade destruir ou neutralizar as instalações defensivas inimigas que possam interferir na aproximação e desdobramento final da ForTarAnf e para auxiliar no isolamento da ADbq. O fogo naval é utilizado para apoiar as operações de demolição e de varredura de minas. Imediatamente antes da Hora-H, a maior ênfase é dada à destruição e neutralização das defesas inimigas mais perigosas para o desembarque da tropa, ocorrendo, neste momento, os fogos de neutralização das PDbq e ZDbq. II) Fogos de apoio aproximado O bombardeio naval continua sobre as PDbq e ZDbq até o momento em que a segurança das vagas iniciais exija o seu aprofundamento. A aproximação final das vagas iniciais de ED e VtrAnf necessita que os fogos sejam aprofundados, afastando-os das praias. A maioria dos fogos de apoio aproximado ao desembarque consiste em fogos previstos, utilizando canhões de grande e médio calibre, efetuados em estreita observância a uma programação sobre as ZAç das unidades de assalto. III) Fogos de apoio à distância Os fogos de apoio a distância são executados, geralmente, pelos navios designados para AçCj. A cada um desses navios é atribuída uma ZR, por ele coberta por meio do fogo e da observação do tiro. Dentro de sua ZR, de acordo com uma programação prevista, o navio de AçCj neutraliza alvos inimigos conhecidos, interdita VA, ataca alvos inopinados, executa fogos de contrabateria, presta apoio de fogo adicional e realiza missões solicitadas pelos Cmt do GptOpFuzNav, do CCT ou de suas PçMan. As principais considerações a serem feitas quando do planejamento dos fogos previstos para o Dia-D são: - terreno: determinar as áreas em que possam existir armas capazes de desencadear fogos diretos ou indiretos sobre as unidades de assalto, quando de seu desembarque e progressão para o interior, e os movimentos do terreno que possam interferir na observação de bordo e no fogo sobre áreas desenfiadas;
  • 51. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-9 - ORIGINAL  - segurança da tropa: aprofundar os fogos, batendo à frente e nos flancos das tropas que avançam, a uma distância prescrita, baseada na média estimada de sua progressão, o que caracteriza o ACPH; - observação do avanço da tropa: servir como uma base para modificação de programação dos fogos previstos, quando a progressão da tropa for diferente daquela planejada; - dimensões das áreas-alvo: calcular a quantidade de munição necessária para obter e manter a neutralização; e - fogos em profundidade: realizar a destruição ou neutralização de alvos distantes. b) Fogos "a pedido" Realizam-se os fogos "a pedido", sobre alvos previstos ou inopinados, em atendimento a solicitações do GptOpFuzNav, dos componentes, ou de PçMan do CCT. Os planos para a execução dos fogos "a pedido" exigem que as agências de controle de tiro estejam operando junto aos componentes ou PçMan solicitantes. O OLIFONA é necessário na agência de coordenação de apoio de fogo, em cada escalão de comando da ForDbq. Os NApF são designados para prover os fogos "a pedido" para PçMan ou componentes, normalmente estabelecidos no nível GDB, por meio de seus respectivos DETEDITINA, ao passo que os NApF em AçCj só atendem aos pedidos de fogos dos componentes ou de PçMan, quando determinado. 5.5.3 - Apoio após o desembarque (fogos Pós Dia-D) Compreende a destruição e/ou neutralização de instalações e/ou defesas inimigas, a interdição de áreas e VA e a neutralização de tropas que possam se opor à progressão da ForDbq em direção aos seus objetivos intermediários e finais. É a fase do apoio de fogo naval em que mais atuam os GRUOBTINA. Consiste na execução de fogos de preparação, de inquietação, de interdição, iluminativos, contra alvos inopinados, contrabateria, supressão de baterias antiaéreas e outros tipos de fogos. Após o desembarque da artilharia, o fogo naval em coordenação com esta e o apoio aéreo, continua a apoiar o ataque, até o término da operação. A execução desses fogos pode começar no Dia-D, e o seu planejamento continua durante todo o decorrer do restante da operação. Os principais aspectos desse planejamento são discutidos a seguir:
  • 52. OSTENSIVO CGCFN-311   OSTENSIVO - 5-10 - ORIGINAL  a) Fogos previstos Ao planejar os fogos previstos subsequentes ao Dia-D, a ForDbq coordena os planos de fogos pela seleção e designação de alvos, pela programação de tempo (quando necessário), pelas recomendações referentes à quantidade e tipos de munição a serem utilizados e pela designação das agências da ForDbq para condução do tiro. Podem ser previstos fogos de preparação, defensivos (incluindo- se os fogos antimecanizados), de interdição, inquietação e iluminativos. b) Liberação dos navios de apoio de fogo e aeronaves de observação Os NApF precisam ser liberados a intervalos oportunos, a fim de se reabastecerem de munição e combustível. Eles, sempre que possível, só devem ser liberados dos postos após uma verificação das comunicações e da situação, realizada pelo navio com o componente ou PçMan apoiada. A liberação das aeronaves de observação, orgânicas dos NApF, é efetuada juntamente com a dos respectivos navios. A liberação de uma aeronave de observação, não orgânica de um NApF, efetua-se por meio do Centro de Controle Aerotático ou dos Centros de Direção Aerotática, após a necessária coordenação entre o navio-aeródromo ou base de origem, o ComForTarAnf e o ComForDbq. c) Consolidação dos pedidos diários de ApFN Os pedidos da ForDbq, atinentes a NApF, aeronaves de observação e missões especiais, originam-se em todos os seus escalões, a começar no GDB (ou outro elemento de manobra da ForDbq). Esses pedidos são estudados, conciliados e consolidados em cada escalão por onde passam. No nível ForDbq, após o estudo e a coordenação finais, eles constituem a consolidação diária dos pedidos de fogo naval. Esses pedidos consolidados são apresentados ao ComForTarAnf, em horas determinadas, que, com base nessa consolidação de pedidos e nas disponibilidades de navios de apoio de fogo, realiza as designações diárias, para atender às necessidades da ForDbq.