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CGCFN-1-1 OSTENSIVO
MANUAL DE
OPERAÇÕES ANFÍBIAS DOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
OSTENSIVO CGCFN-1-1
MANUAL DE OPERAÇÕES ANFÍBIAS DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
FINALIDADE: BÁSICA
1ª Edição
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
ATO DE APROVAÇÃO
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-1-1 - MANUAL DE
OPERAÇÕES ANFÍBIAS DOS GRUPAMENTOS DE FUZILEIROS NAVAIS.
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 12 de novembro de 2008.
ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO
Almirante-de-Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em_____/_____/_____ CARIMBO
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - III - ORIGINAL
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto................................................................................................................ I
Ato de Aprovação........................................................................................................... II
Índice .............................................................................................................................. III
Introdução....................................................................................................................... VII
CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES
1.1 - Conceitos Básicos......................................................................................... 1-1
1.2 - Propósitos ..................................................................................................... 1-2
1.3 - Fases das Operações Anfíbias ...................................................................... 1-3
1.4 - Término da Operação Anfíbia ...................................................................... 1-4
1.5 - Operações Subseqüentes............................................................................... 1-4
CAPÍTULO 2 - ORGANIZAÇÃO DAS FORÇAS E RELAÇÕES DE
COMANDO NAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
2.1 - Princípios de Organização da ForTarAnf..................................................... 2-1
2.2 - Força Naval................................................................................................... 2-1
2.3 - Força de Desembarque ................................................................................. 2-3
2.4 - Grupo de Ataque e Grupo de Desembarque................................................. 2-4
2.5 - Força Avançada ............................................................................................ 2-5
2.6 - Força de Apoio ............................................................................................. 2-5
2.7 - Força Aérea................................................................................................... 2-5
2.8 - Relações de Comando nas Operações Anfíbias............................................ 2-6
CAPÍTULO 3 - OPERAÇÕES PREPARATÓRIAS
3.1 - Conceitos Básicos......................................................................................... 3-1
3.2 - Operações de Apoio...................................................................................... 3-1
3.3 - Operações de Força Avançada...................................................................... 3-3
3.4 - Apoio de Fogo à Força Avançada ................................................................ 3-6
3.5 - Coordenação com Outras Forças.................................................................. 3-6
3.6 - Desembarque Subsidiário ............................................................................. 3-7
3.7 - Despistamento............................................................................................... 3-8
CAPÍTULO 4 - ASSALTO ANFÍBIO
4.1 - Características............................................................................................... 4-1
4.2 - Requisitos para Realização de um Assalto Anfíbio...................................... 4-1
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
4.3 - Término do Assalto Anfíbio......................................................................... 4-2
CAPÍTULO 5 - INCURSÃO ANFÍBIA
5.1 - Generalidades............................................................................................... 5-1
5.2 - Relações de Comando e Organização.......................................................... 5-4
5.3 - Inteligência................................................................................................... 5-7
5.4 - Planejamento................................................................................................ 5-9
5.5 - Adestramento ............................................................................................... 5-16
5.6 - Execução ...................................................................................................... 5-18
CAPÍTULO 6 - RETIRADA ANFÍBIA
6.1 - Generalidades............................................................................................... 6-1
6.2 - Características .............................................................................................. 6-1
6.3 - Organização e Relações de Comando.......................................................... 6-2
6.4 - Planejamento................................................................................................ 6-2
6.5 - Execução ...................................................................................................... 6-3
6.6 - Armas de Apoio ........................................................................................... 6-3
6.7 - Apoio de Serviços ao Combate.................................................................... 6-3
6.8 - Embarque ..................................................................................................... 6-4
CAPÍTULO 7 - DEMONSTRAÇÃO ANFÍBIA
7.1 - Características .............................................................................................. 7-1
7.2 - Tipos de Demonstração Anfíbia................................................................... 7-1
7.3 - O Planejamento de uma Demonstração Anfíbia no Interior da Área do
Objetivo....................................................................................................... 7-1
7.4 - Dimensionamento da Força de Demonstração............................................. 7-3
7.5 - Armas de Apoio ........................................................................................... 7-3
7.6 - Ensaio........................................................................................................... 7-3
7.7 - Execução ...................................................................................................... 7-4
CAPÍTULO 8 - A FASE DO PLANEJAMENTO
8.1 - Generalidades............................................................................................... 8-1
8.2 - O Planejamento das Operações Anfíbias ..................................................... 8-2
CAPÍTULO 9 - AS FASES DO EMBARQUE, ENSAIO E TRAVESSIA
9.1 - Embarque ..................................................................................................... 9-1
9.2 - Ensaio........................................................................................................... 9-7
9.3 - Travessia ...................................................................................................... 9-11
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - V - ORIGINAL
CAPÍTULO 10 - A FASE DO ASSALTO
10.1 - Conceito...................................................................................................... 10-1
10.2 - Etapas do Assalto........................................................................................ 10-1
10.3 - Preparação Final da Área de Desembarque................................................ 10-1
10.4 - Movimento Navio-para-Terra..................................................................... 10-5
10.5 - Desembarque dos Elementos de Assalto .................................................... 10-6
10.6 - Ações em Terra........................................................................................... 10-6
10.7 - Operações de Junção................................................................................... 10-13
10.8 - Desembarque de Outros Elementos da ForDbq.......................................... 10-13
10.9 - Provisão dos Apoios Logístico, Aéreo e Naval.......................................... 10-14
CAPÍTULO 11 - A DEFESA DE UMA CABEÇA-DE-PRAIA
11.1 - Introdução................................................................................................... 11-1
11.2 - Fundamentos da Defesa.............................................................................. 11-2
11.3 - Organização da Área de Defesa.................................................................. 11-9
11.4 - Planejamento............................................................................................... 11-10
11.5 - Inteligência ................................................................................................. 11-13
11.6 - Apoio ao Combate ...................................................................................... 11-14
11.7 - Conduta da Defesa...................................................................................... 11-14
CAPÍTULO 12 - APOIO AO COMBATE
12.1 - Generalidades ............................................................................................. 12-1
12.2 - Artilharia de Campanha.............................................................................. 12-1
12.3 - Artilharia Antiaérea .................................................................................... 12-1
12.4 - Fogo Naval.................................................................................................. 12-2
12.5 - Apoio Aéreo................................................................................................ 12-3
12.6 - Coordenação do Apoio de Fogo (CAF)...................................................... 12-3
12.7 - Apoio de Blindados .................................................................................... 12-3
12.8 - Engenharia .................................................................................................. 12-4
12.9 - Comunicações............................................................................................. 12-4
12.10 - Guerra Eletrônica...................................................................................... 12-5
12.11 - Reconhecimento e Vigilância................................................................... 12-5
12.12 - Defesa Anticarro....................................................................................... 12-6
CAPÍTULO 13 - APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE
13.1 - Generalidades ............................................................................................. 13-1
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - VI - ORIGINAL
13.2 - Planejamento.............................................................................................. 13-1
13.3 - Estrutura de ApSvCmb .............................................................................. 13-2
13.4 - Execução .................................................................................................... 13-5
13.4 - Funções Logísticas..................................................................................... 13-7
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - VII - ORIGINAL
INTRODUÇÃO
1 - PROPÓSITO
A presente publicação tem o propósito de apresentar os conceitos básicos e os
fundamentos para o emprego de Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais
(GptOpFuzNav) na realização de Operações Anfíbias (OpAnf).
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em treze capítulos e um anexo. O capítulo 1 consiste
em uma apresentação genérica das OpAnf; no capítulo 2, é apresentada a organização das
forças e relações de comando nas OpAnf; o capítulo 3 apresenta as operações preparatórias;
os capítulos de 4 a 7 descrevem o assalto anfíbio, a incursão anfíbia, a retirada anfíbia e a
demonstração anfíbia; o capítulo 8 apresenta a fase do planejamento; o capítulo 9 as fases do
embarque, ensaio e travessia; o capítulo 10 aborda a fase do assalto; o capítulo 11 trata da
defesa de uma cabeça-de-praia; o capítulo 12 enfoca o apoio ao combate e por fim, o capítulo
13 abrange o apoio de serviços ao combate.
3 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 Manual de Publicações da
Marinha em: PMB, não controlada, ostensiva, básica e manual.
4 - SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui a CGCFN-2200 - Manual de Operações Anfíbias dos
Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, 1ª edição, aprovada em 25 de junho de 2004,
preservando seu conteúdo, que será adequado ao previsto no Plano de Desenvolvimento da
Série CGCFN (PDS-2008), quando de sua próxima revisão.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 1
GENERALIDADES
1.1 - CONCEITOS BÁSICOS
1.1.1 - Operações Anfíbias (OpAnf)
Operação de Guerra Naval lançada do mar, por uma Força-Tarefa Anfíbia
(ForTarAnf), sobre um litoral hostil ou potencialmente hostil. Compreende as
seguintes modalidades: assalto anfíbio, incursão anfíbia, demonstração anfíbia e a
retirada anfíbia.
É conhecida como a mais complexa das operações militares devido à diversidade de
meios navais, aeronavais e de Fuzileiros Navais, podendo incluir ainda meios das
outras Forças Singulares, o que requer grande coordenação e sincronização das ações
para a sua execução.
1.1.2 - Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf)
Denomina-se ForTarAnf a Força organizada por Tarefas, composta de Unidades
Navais, de Força de Desembarque e de Unidades Aéreas embarcadas, sob o comando
de um Oficial da Marinha do Corpo da Armada, destinada a realizar uma operação
anfíbia.
1.1.3 - Força de Desembarque (ForDbq)
É a designação genérica dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais
(GptOpFuzNav) destinados à realização das OpAnf.
1.1.4 - Comandante da Força-Tarefa Anfíbia (ComForTarAnf)
Oficial do Corpo da Armada designado para conduzir uma OpAnf e que tem sob sua
responsabilidade uma área geográfica, a Área do Objetivo Anfíbio (AOA), na qual
tem autoridade para controlar todas as atividades das forças amigas, caso afetem a(s)
operação(ões) a seu cargo.
1.1.5 - Comandante da Força de Desembarque (ComForDbq)
Oficial do Corpo de Fuzileiros Navais, designado para conduzir, a partir do
desembarque, o desencadeamento das ações sobre os objetivos terrestres que estão
localizados no interior da AOA.
1.1.6 - Assalto Anfíbio (AssAnf)
Ataque lançado do mar para, mediante um desembarque, estabelecer firmemente
uma ForDbq em terra. Tal desembarque é executado por meios de superfície e/ou
aéreos e apoiado por meios navais e/ou aéreos.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL
1.1.7 - Incursão Anfíbia (IncAnf)
Operação realizada por ForTarAnf, envolvendo uma rápida penetração ou a
ocupação temporária de objetivos em terra, seguida de uma retirada planejada.
1.1.8 - Demonstração Anfíbia (DemAnf)
Compreende a aproximação de território inimigo por Forças Navais, inclusive com
meios que caracterizem uma OpAnf, sem o efetivo desembarque de tropa.
1.1.9 - Retirada Anfíbia (RdaAnf)
Modalidade de OpAnf que consiste na evacuação ordenada e coordenada de forças
de um litoral hostil, por meio de navios, embarcações e/ou aeronaves.
1.2 - PROPÓSITOS
Cada modalidade de OpAnf, ao ser realizada, concorre para um ou mais dos seguintes
propósitos:
1.2.1 - Assalto Anfíbio
- conquistar área para o posterior lançamento de ofensiva terrestre;
- conquistar área para o estabelecimento de base avançada; e
- negar ao inimigo o uso de áreas ou instalações.
1.2.2 - Incursão Anfíbia
- destruir ou neutralizar material e instalações;
- criar uma diversão tática;
- inquietar o inimigo;
- elevar o moral da tropa (propósito psicológico);
- apoiar forças amigas;
- reconhecer uma área e obter informações; e
- capturar, evacuar e resgatar pessoal e/ou material.
1.2.3 - Demonstração Anfíbia
- confundir o inimigo quanto ao local da operação principal;
- induzir o inimigo a empreender ações que lhes sejam desfavoráveis; e
- criar uma diversão.
1.2.4 - Retirada Anfíbia
- permitir que uma força desengaje de inimigo cujo poder de combate lhe é superior;
e
- permitir o emprego de uma força em outra região.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL
1.3 - FASES DAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
Embora as fases aqui relacionadas refiram-se ao AssAnf, os conceitos e princípios são
aplicáveis, também, às outras modalidades de OpAnf. A seqüência natural das fases
pode ser alterada devido à premência de tempo para deslocar a ForTarAnf ou devido ao
sigilo da operação. Nessas situações o embarque ocorreria antes do planejamento.
1.3.1 - Planejamento
Corresponde ao período decorrido desde a expedição de uma Diretiva Inicial (DI)
para uma OpAnf até o embarque dos meios. Embora o planejamento da operação não
cesse efetivamente ao término dessa fase, é conveniente distinguí-la, devido às
diferenças que ocorrerão nas relações de comando.
1.3.2 - Embarque
Compreende o período durante o qual as forças e seus meios são embarcados nos
navios previamente designados. Esta fase estará terminada com a partida dos navios.
1.3.3 - Ensaio
É o período durante o qual a operação é ensaiada, ocorrendo, normalmente, durante a
Travessia.
O Ensaio é realizado para testar a adequação dos planos, proporcionando a
familiarização da tropa embarcada com os mesmos. Nele é feita a medida de tempo
dos eventos de forma a confirmar o quadro-horário elaborado para a operação. Serão
testadas, ainda, a prontificação do pessoal e das comunicações.
Antes do Ensaio, assim como antes do desembarque, deverão ser ministrados
“briefings” sobre a operação e disseminadas as medidas de segurança destinadas a
preservar o sigilo da mesma.
1.3.4 - Travessia
A Travessia abrange o movimento de uma ForTarAnf desde as áreas de embarque até
as áreas previstas no interior da Área de Desembarque (ADbq).
Nesta fase deverão ser realizados para a tropa exercícios de “Guarnecer Postos de
Abandono” e instrução de “Controle de Avarias e Combate a Incêndios”.
O tempo disponível nessa fase deverá ser utilizado para disseminar as alterações no
planejamento, se houver, divulgar informações e instruções, bem como realizar
adestramentos possíveis, conforme necessário.
Serão realizados treinamento físico-militar, exercícios de tiro e exercícios de
embarque em viaturas anfíbias ou aeronaves, oportunidade na qual poderão ser
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL
prontificados os manifestos de embarque.
Nesta fase, é importante a verificação diária de pessoal pela manhã, onde deverá ser
observada, rigorosamente, pelo mais antigo de cada fração, a presença física e o
estado de higidez de todos os elementos.
1.3.5 - Assalto
Corresponde ao período entre a chegada do Corpo Principal da ForTarAnf à ADbq e
o término da OpAnf, compreendendo o Movimento Navio-para-Terra (MNT) e as
ações conduzidas em terra.
É nesta fase que a ForDbq é projetada em terra para cumprir suas missões, de acordo
com um conceito de operação próprio, denominado Conceito de Operação em Terra
(COT), sendo este uma decisão fundamental que engloba aspectos atinentes aos
componentes da força (CteC, CCT, CASC e CteCA) e os de importância para análise
pela força naval.
A fase do assalto compreende as seguintes etapas:
- preparação final da ADbq;
- MNT por superfície e/ou por helicópteros;
- desembarque dos elementos de assalto da ForDbq;
- ações em terra para a conquista da CP ou execução das tarefas planejadas;
- desembarque de outros elementos da ForDbq, geralmente de apoio ao combate
(ApCmb) e de apoio de serviços ao combate (ApSvCmb), para a execução de
tarefas que possibilitem o prosseguimento das ações em terra; e
- provisão do apoio de fogo naval e aéreo e do apoio logístico.
1.4 - TÉRMINO DA OPERAÇÃO ANFÍBIA
A OpAnf será considerada terminada imediatamente após o cumprimento da missão do
ComForTarAnf, de acordo com o estabelecido na DI.
1.5 - OPERAÇÕES SUBSEQÜENTES
As operações que se sucedem ao término da OpAnf são denominadas operações
subseqüentes e não constituem parte da OpAnf.
A DI deverá conter as instruções sobre a dissolução da ForTarAnf após o término da
operação, sobre as relações de comando e o destino das forças envolvidas.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 2
ORGANIZAÇÃO DAS FORÇAS E RELAÇÕES DE COMANDO
NAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
2.1 - PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO DA ForTarAnf
As considerações que orientam a organização por tarefas de uma Força para cumprir
determinada missão aplicam-se às OpAnf. Contudo, a organização para a execução de
uma OpAnf reflete o inter-relacionamento, em todos os escalões, entre as tarefas da
ForDbq, da Força Naval correspondente e dos elementos da Força Aérea, se for o caso.
Este relacionamento exige que seja dada especial ênfase à organização de grupamentos
por tarefas correlatas, à economia de meios e às cadeias de comando paralelas.
2.1.1 - Organização por tarefas correlatas
Após a missão ter sido analisada e após o dimensionamento das forças necessárias
para executar as tarefas decorrentes, a ForDbq é organizada de acordo com essas
tarefas. Paralelamente é estabelecida uma organização por tarefas na ForTarAnf,
observando-se as tarefas que guardam relação mútua, dando origem aos componentes
que apoiarão a ForDbq. A organização da ForTarAnf é baseada, portanto, na
necessidade de se projetar a ForDbq em terra.
2.1.2 - Economia de meios
Na condução de uma OpAnf há necessidade de emprego de considerável número de
navios de desembarque. A limitada disponibilidade destes meios requer que a
ForDbq seja organizada de forma a otimizar a utilização dos meios disponíveis.
2.1.3 - Cadeias de comando paralelas
O inter-relacionamento das tarefas das forças navais e da ForDbq durante o
planejamento e a execução de uma OpAnf requer o estabelecimento de cadeias de
comando paralelas e de níveis de comando que se correspondam em todos os
escalões da ForTarAnf.
2.1.4 - Designação numérica
A ForTarAnf será designada por um número de dois ou três algarismos, precedido da
sigla FT (FT 44, FT 301). A ForDbq será designada por uma dezena ou centena
superior à da ForTarAnf (FT 54, FT 401).
2.2 - FORÇA NAVAL
Os elementos navais de uma ForTarAnf podem incluir alguns dos grupos-tarefa (GT) a
seguir relacionados, na medida em que forem necessários para a operação.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL
Buscando a simplicidade e um controle eficaz, dois ou mais desses grupos poderão ser
combinados. Outros, se necessário, poderão ser acrescentados.
As organizações listadas são, normalmente, empregadas podendo ser alteradas a critério
do ComForTarAnf.
2.2.1 - Grupo de transporte
Este grupo é ativado visando ao embarque, à travessia, ao desembarque e ao apoio de
serviços ao combate. Compreende todos os navios nos quais a ForDbq embarcará,
inclusive os que transportarão helicópteros e a tropa a ser helitransportada, se for o
caso. As embarcações de desembarque (ED) que serão utilizadas no MNT são
orgânicas deste GT ou a ele incorporadas.
2.2.2 - Grupo de controle
Formado por pessoal, navios e embarcações designados para controlar o MNT por
superfície.
2.2.3 - Grupo de controle aerotático
Grupo embarcado, constituído pelo pessoal necessário para operar o Centro de
Controle Aerotático (CCAT) e os Centros de Direção Aerotática (CDAT), destinados
ao controle das operações aéreas.
2.2.4 - Grupo de apoio de fogo
Grupo de navios designados para prover o apoio de fogo naval (ApFN) ao
desembarque e às operações em terra.
2.2.5 - Grupo de NAe de apoio
Organização por tarefa nucleada por Navio Aeródromo com suas aeronaves e navios
de apoio, destinada a prover o apoio aeronaval à ForTarAnf.
2.2.6 - Grupo de cobertura Anti-submarino (AS)
Organização por tarefas que provê a cobertura AS à ForTarAnf durante a travessia e
na Área do Objetivo Anfíbio (AOA).
2.2.7 - Grupo de minagem e varredura
Organização por tarefas encarregada de conduzir as operações navais de minagem,
ofensivas ou defensivas, em apoio à ForTarAnf.
2.2.8 - Grupo de reconhecimento e demolição submarina (GRDS)
Organização por tarefas que inclui navios, elementos embarcados, especializados em
reconhecimento, e equipes de demolição submarina, responsável pela condução de
reconhecimento, inclusive hidrográfico, e demolição de obstáculos submarinos
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL
naturais e/ou artificiais.
2.2.9 - Grupo de operações subaquáticas em águas interiores e costeiras
Organização por tarefas que provê a detecção e a destruição de alvos inimigos de
superfície e submarinos, no interior da parte marítima da AOA. Normalmente, é
constituída por um Grupo de Esclarecimento e um Grupo de Ataque (GpAtq).
2.2.10 - Grupo de cobertura aproximada
Organização por tarefas que provê proteção à ForTarAnf contra ataques de
aeronaves e navios de superfície. Constituída, normalmente, por Fragatas,
Contratorpedeiros e Navios Aeródromos.
2.2.11 - Grupo de demonstração
Grupo subordinado à ForTarAnf, organizado para conduzir operações
diversionárias. Pode incluir Grupos de Desembarque (GpDbq) e elementos de
quaisquer organizações que compõem a Força Naval, para simular uma OpAnf. É
comum utilizar-se a reserva do Componente de Combate Terrestre (CCT) e os
navios que a transportam, para compor o Grupo de Demonstração. Neste caso, é
importante ter em mente que esses elementos deverão ser reincorporados tão logo
possível.
2.3 - FORÇA DE DESEMBARQUE
A ForDbq é um GptOpFuzNav destinado à realização de Operações Anfíbias. Como tal,
sua estrutura básica e seus possíveis tipos são detalhados no CGCFN-0-1 Manual de
Organização e Emprego dos GptOpFuzNav.
No caso específico da Incursão Anfíbia, a ForDbq é denominada tradicionalmente de
Força de Incursão (ForInc), mesmo quando constituída por um GpAtq.
A organização da ForDbq e a natureza dos elementos que a compõem lhe conferem as
seguintes características, em maior ou menor grau, dependendo do seu vulto:
- prontidão para um rápido emprego;
- versatilidade de emprego, na maioria dos ambientes e níveis de conflito;
- capacidade de atuar independente de outra força em terra;
- capacidade de coordenar ações terrestres e aéreas; e
- capacidade de ficar baseada em navios.
O AssAnf exige que a ForDbq seja organizada de diversas formas ao longo das
diferentes fases da operação. São organizações temporárias, adotadas, particularmente,
para o embarque e para o desembarque. O detalhamento dessas organizações se
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL
encontra no CGCFN-0-1 Manual de Organização e Emprego de GptOpFuzNav.
A fim de apoiar o conceito da operação, a Organização para o Desembarque deverá ser
capaz de atender aos seguintes aspectos:
- máximo poder de combate possível nas praias e zonas de desembarque;
- meios para se interiorizar com rapidez, permitindo flexibilidade e um crescimento
rápido e sustentável do poder de combate, à medida que o ataque prosseguir;
- máximo emprego de todos os meios de desembarque disponível;
- máxima dispersão possível, sem deixar de atender aos requisitos táticos;
- flexibilidade suficiente para explorar as fraquezas do sistema defensivo inimigo;
- emprego em terra de cada elemento integrante da ForDbq quando assim se fizer
necessário; e
- integridade tática compatível para realização das tarefas necessárias ao cumprimento
da missão.
2.4 - GRUPO DE ATAQUE E GRUPO DE DESEMBARQUE
Em certas circunstâncias, pode ser necessário dividir a Força Naval componente da
ForTarAnf e a ForDbq em dois ou mais pares de GT denominados, respectivamente,
GpAtq e GpDbq.
Esses grupos são formados por elementos das mesmas organizações que compõem a
Força Naval e a ForDbq. A decisão de formá-los será tomada pelo ComForTarAnf, após
consulta ao ComForDbq, quando ocorrer assalto simultâneo, ou quase simultâneo, em
áreas tão afastadas que impeçam o controle eficaz por um único comandante tático,
quando o vulto das Forças envolvidas impedir um controle centralizado eficaz ou
quando existirem tarefas a serem executadas em momentos defasados.
2.4.1 - Grupo de ataque
É uma organização-por-tarefas de elementos pertencentes à Força Naval. É
constituído por navios de assalto e unidades de apoio designados para transportar,
proteger, desembarcar e apoiar um GpDbq.
2.4.2 - Grupo de desembarque
É uma organização-por-tarefas de elementos pertencentes à ForDbq. É composto por
tropas especialmente organizadas, e por unidades aéreas, quando designadas, capazes
de conduzir operações de desembarque contra objetivos que por sua localização não
permitam sua conquista por tropas que operem sob um único comando tático ou para
executar tarefas defasadas no tempo em relação às executadas pela ForDbq.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL
2.5 - FORÇA AVANÇADA
Esta organização é um grupo subordinado à ForTarAnf, que precede o seu corpo
principal na AOA. Destina-se a preparar a ADbq para o assalto, pela condução de ações
de reconhecimento, bombardeio preliminar, minagem e contra-minagem, demolição
submarina e operações aéreas. Pode incluir elementos de quaisquer das organizações
que compõem a Força Naval e ainda um Grupo de Demonstração.
Se for necessária a execução de desembarques subsidiários um GpDbq poderá ser
incluído na Força Avançada (ForAvç). Os desembarques subsidiários permitem a
conquista de ilhas ou promontórios para, se for o caso, estabelecer posições de artilharia
em apoio ao desembarque principal ou, ainda, para executar operações de
reconhecimento.
A ForAvç é, normalmente, dissolvida quando da chegada do corpo principal da
ForTarAnf à AOA, sendo os seus componentes reincorporados aos grupos componentes
da ForTarAnf. O exato momento da desativação e da reincorporação precisa ser
disseminado, de forma que todos os comandos envolvidos sejam informados da
mudança de responsabilidade.
2.6 - FORÇA DE APOIO
Há ocasiões em que outras Forças podem receber a tarefa de apoiar uma OpAnf sem
que façam parte da ForTarAnf. A participação dessas Forças será regulada pelo
comandante superior comum, com base nas necessidades apresentadas pelo
ComForTarAnf ou por ele mesmo determinadas.
2.7 - FORÇA AÉREA
Quando for estabelecida a Estrutura Militar de Guerra (EMG), farão parte do Teatro de
Operações Marítimo (TOM) uma Força Naval do TOM (FNTOM) e uma Força Aérea
do TOM (FATOM), das quais serão constituídas, respectivamente, a(s) Força(s) Tarefa
Anfíbia(s) e a(s) Força(s) Aerotática(s) para o cumprimento de tarefas visando à
consecução da campanha no referido TOM.
Haverá, no comando da FNTOM, um Oficial de Ligação Aéreo (OLA) da FATOM e,
no comando da FATOM, um Oficial de Ligação Naval (OLN) da FNTOM.
Junto ao Centro de Operações de Combate (COC) da ForTarAnf, que opera no navio
capitânia da Força, haverá uma Equipe de Controle Aerotático (ECAT-Bordo), que é o
órgão de controle aerotático da estrutura organizacional da FATOM; o mesmo ocorrerá
no nível da ForDbq, quando esta se estabelecer em terra (ECAT-Terra), e no nível do
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OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL
CCT, no Centro de Coordenação de Apoio de Fogo (CCAF) do CCT.
Existirão, ainda, no nível unidade, Controladores Aéreos Avançados (CAA), oficiais da
Força Aérea que acompanharão cada Grupamento de Desembarque de Batalhão (GDB)
durante a OpAnf, podendo haver, também, um OLA junto ao CCAF do GDB.
2.8 - RELAÇÕES DE COMANDO NAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
2.8.1 - Considerações básicas
Em qualquer operação militar, a unidade de comando é essencial. Entretanto, durante
a fase do planejamento de uma OpAnf, não existe essa unidade em face da
impossibilidade de se vincular forças diferentes, nas circunstâncias existentes.
A unidade de comando torna-se possível e indispensável a partir do início da fase do
embarque, quando a ForDbq é integrada à ForTarAnf. As peculiaridades necessárias
ao transporte e ao desembarque na AOA determinam que a tropa seja fracionada.
Assim, as circunstâncias forçam a degradação da integridade organizacional e tática
da ForDbq, enquanto a integridade da Força Naval é mantida intacta. No início da
fase do Assalto, a integridade da ForDbq encontra-se praticamente nula.
Com o movimento dos elementos da ForDbq para a praia, inicia-se uma
reconstituição gradual dessa integridade. Somente após certo período e progresso
tático é que a ForDbq começa a readquirir sua integridade e auto-suficiência. Assim,
nessas circunstâncias, a unidade de comando precisa ser exercida pelo
ComForTarAnf, pois a iniciativa e a capacidade de projetar a ForDbq, assim como o
poder de ataque contra a praia hostil, permanecem sob o controle da Força Naval.
Durante esse período de extrema vulnerabilidade, a ForDbq ainda não possui a
capacidade necessária para impor seu poder de combate. Uma vez alcançada a plena
capacidade de atuação da ForDbq, o Comando e a responsabilidade pelas operações
em terra devem passar para o ComForDbq, assim permanecendo até o término da
OpAnf, quando são iniciadas as operações terrestres subseqüentes.
Na eventualidade de o embarque ocorrer antes do término da fase do planejamento, a
subordinação anteriormente citada não deve ser observada para efeitos de condução
do planejamento, tendo em vista a necessidade de se observar o paralelismo entre os
dois comandos durante esta atividade.
2.8.2 - Relações com o Comando Imediatamente Superior (ComImSup)
O ComImSup do ComForTarAnf é, normalmente, o Comandante do Teatro de
Operações Marítimo (COMTOM). Entretanto, quando a OpAnf fizer parte de uma
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OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL
série de operações que se desenvolvam numa grande área geográfica, poderá ser
designado um Comandante-Geral da Operação, que ficará em escalão acima do
ComForTarAnf e subordinado ao COMTOM.
2.8.3 - Designação de comandantes
O ComForTarAnf será sempre um oficial do Corpo da Armada, assim como o
ComForDbq será um oficial do Corpo de Fuzileiros Navais, e ambos serão
designados na Diretiva Inicial. Os Comandantes dos GT que constituem a
ForTarAnf, quando não nomeados na Diretiva Inicial, serão designados pelo
ComForTarAnf.
Quando elementos ponderáveis da Força Aérea forem designados para tomar parte na
Operação, seu Comandante será um Oficial da Força Aérea, também designado na
Diretiva Inicial (DI).
As relações entre os elementos da Força Naval e da ForDbq durante o Planejamento
e a Execução exigem o estabelecimento de um sistema conhecido como cadeias de
comando paralelas, que obedece às seguintes considerações:
- exceto durante a fase do Planejamento, o ComForTarAnf é o responsável pelas
operações e exerce um grau de autoridade sobre todas as forças necessárias ao
sucesso da Operação;
- o ComForTarAnf e o ComForDbq estão em escalões correspondentes de comando,
com relação às suas respectivas Forças;
- comandos correspondentes são estabelecidos em cada escalão subordinado, tanto
nos componentes da Força Naval como na ForDbq;
- para assuntos que afetem somente a Força Naval, o comando é exercido pelo
ComForTarAnf, através da sua cadeia de comando;
- para assuntos que afetem somente a ForDbq, o comando é exercido pelo
ComForDbq, através da cadeia de comando da ForDbq; e
- para assuntos que afetem tanto a Força Naval quanto a ForDbq, o comando é
exercido através das cadeias de comando paralelas. Os Comandantes da Força
Naval e da ForDbq, em todos os escalões, devem manter a mais estreita
coordenação, a fim de que nenhuma decisão tomada por um componente, que afete
um outro, seja posta em vigor sem consulta prévia aos Comandantes interessados,
exceto em caso de emergência.
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OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL
2.8.4 - Comando durante a fase do planejamento
Os Comandantes componentes da ForTarAnf designados pela autoridade superior
emissora da DI, apresentam-se ao ComForTarAnf para dar início ao planejamento da
OpAnf. O ComForTarAnf é o responsável pela preparação geral dos planos para a
operação em curso e atua como autoridade coordenadora na condução do
planejamento.
Durante a fase do planejamento, não existe subordinação entre o ComForDbq, o(s)
Comandante(s) da(s) Força(s) de Apoio (ComForAp) e o ComForTarAnf, os
assuntos sobre os quais esses comandos não cheguem a um acordo, serão levados ao
escalão superior para decisão. As relações de Comando são as apresentadas na Fig
2.1.
Unidades
da ForTarAnf
ComForTarAnf
Unidades
da ForDbq
ComForDbq
ComImSup
Legenda:
Comando
Coordenação
ComForAp
Fig 2.1 - Comando durante a fase do Planejamento
2.8.5 - Comando durante a execução
A condução de uma OpAnf deve ser de responsabilidade de um único comandante a
fim de se conseguir a unidade de comando. Como durante a fase do planejamento
existem dois ou mais comandantes, na execução (fases do embarque, ensaio,
travessia para a Área do Objetivo e assalto) terão que ocorrer mudanças nas relações
de comando.
Ao iniciar-se a execução da operação, o ComForTarAnf assume total
responsabilidade pela OpAnf, ficando investido da autoridade necessária e suficiente
para assegurar o sucesso da operação. O ComForTarAnf exerce sua autoridade por
meio dos comandantes da sua organização por tarefas e estes, por sua vez, a exercem
através de suas respectivas cadeias de comando. Nesta situação o ComForDbq passa
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL
a ficar subordinado ao ComForTarAnf e as relações de comando passam a ser as
apresentadas na Fig 2.2.
Unidades
da ForTarAnf
ComForTarAnf
Unidades
da ForDbq
ComForDbq
ComImSup
Legenda:
Comando
Coordenação
ComForAp
Fig 2.2 - Comando durante a Execução
O ComForTarAnf exercerá o controle operativo, desde que prescrito na DI, sobre
forças que, não fazendo parte da ForTarAnf, vierem a operar na AOA, após a
chegada da ForAvç ou da própria ForTarAnf. Quando essas Forças forem apenas
atravessar a AOA, esse controle será exercido somente no grau necessário para evitar
ou diminuir interferências mútuas.
2.8.6 - Comandos Paralelos subordinados
Na ForTarAnf existe um tipo de relação de comando limitada, especialmente
estabelecida entre Comandantes correspondentes, situados em escalões subordinados.
Quando Comandos subordinados paralelos tiverem que executar uma tarefa comum,
esta deverá ser atribuída ao Comandante, entre os dois considerados, que esteja em
melhores condições para executá-la.
As discordâncias entre dois Comandantes de escalões paralelos devem ser levadas à
autoridade superior comum a ambos, para uma decisão final. No entanto, o controle
administrativo permanecerá sempre com os comandantes orgânicos dos escalões
considerados.
2.8.7 - Organização de grupos-tarefa subordinados
Poderá haver necessidade de serem organizados GT subordinados, que serão
desfeitos logo que cumpram suas tarefas específicas. Em situações normais, em que
não haja necessidade de delegação de comando, as relações de comando serão as
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OSTENSIVO - 2-10 - ORIGINAL
apresentadas na figura 2.3.
ComForTarAnf
ComForDbq
ComGpAtq 2 ComGpAtq 1
Outras Unidades
da ForDbq
ComGpDbq 1 ComGpDbq 2
ComImSup
Legenda:
Comando
Coordenação
ComForAp
Fig 2.3 - Comando com GT subordinados sem delegação de autoridade de comando
2.8.8 - Comando com grupos-tarefa subordinados com delegação de autoridade de
comando
A autoridade de comando sobre um escalão paralelo da ForDbq poderá ser delegada
a um Oficial do Corpo da Armada, quando:
- são executados assaltos simultâneos em áreas tão afastadas, que o eficaz exercício
do controle por um só comandante não possa ser exercido;
- são conduzidas operações independentes por uma fração da ForTarAnf; e
- no caso de operações levadas a efeito por uma ForAvç e pelo seu correspondente
GpDbq.
A decisão de delegar autoridade de comando sobre elementos da ForDbq é tomada
pelo ComForTarAnf, durante a fase do Planejamento, após ouvir o ComForDbq e os
comandantes dos elementos subordinados principais. Nesse caso, o ComForTarAnf
passa a exercer o comando através dos Comandantes dos GT criados.
Sempre que ele tiver que dar a esses GT uma ordem que afete os GpDbq
correspondentes deverá, antes disso, informar e ouvir o ComForDbq. Quando houver
a formação de GT com delegação de autoridade de comando, será observado o
organograma apresentado na figura 2.4 e as relações de comando serão semelhantes
às existentes entre o ComForTarAnf e o ComForDbq durante a Execução.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 2-11 - ORIGINAL
ComForTarAnf
ComForDbq
ComGpAtq 2 ComGpAtq 1
Outras Unidades
da ForDbq
ComGpDbq 1 ComGpDbq 2
ComImSup
Legenda:
Comando
Coordenação
ComForAp
Fig 2.4 - Comando com GT subordinados com delegação de autoridade de comando
2.8.9 - Transferência de controle do Apoio Aéreo e do Apoio de Fogo Naval
No caso do AssAnf, logo que as condições de segurança o permitam e que os órgãos
de comando, coordenação, controle e inteligência da ForDbq estejam estabelecidos
em terra, o ComForTarAnf poderá delegar ao ComForDbq o controle do Apoio
Aéreo (ApAe), do ApFN e, quando necessário, a direção total ou parcial da Defesa
Aeroespacial.
2.8.10 - Mudanças nas relações de comando com o término da OpAnf
A OpAnf será considerada terminada imediatamente após o cumprimento da missão
do ComForTarAnf, de acordo com o estabelecido na Diretiva Inicial.
Quando o ComForTarAnf e o ComForDbq considerarem que as condições
estipuladas tiverem sido satisfeitas, o ComForTarAnf comunicará ao ComImSup que
a missão da ForTarAnf foi cumprida. Essa autoridade determinará o término da
OpAnf, dissolverá a ForTarAnf e proverá as necessárias modificações nas relações
de comando e na distribuição das Forças.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 3
OPERAÇÕES PREPARATÓRIAS
3.1 - CONCEITOS BÁSICOS
3.1.1 - Definição
São denominadas Operações Preparatórias todas as operações conduzidas no interior
ou no exterior da AOA, em proveito de uma OpAnf, compreendendo as Operações
de Apoio, de Força Avançada (ForAvç) e Pré-Desembarque (Pré-Dbq).
Normalmente são realizadas visando: o isolamento da AOA, obtenção de dados,
preparação da AOA e despistamento.
3.1.2 - Operações de Apoio
São aquelas conduzidas por forças não pertencentes à ForTarAnf, denominadas
ForAp, anteriormente ou simultaneamente às operações da ForTarAnf e realizadas
em seu proveito. Podem ser executadas dentro ou fora da AOA. As operações
conduzidas por forças não pertencentes à ForTarAnf, em apoio à uma OpAnf, após a
Hora-H, embora sejam enquadradas como Operações de Apoio, não são consideradas
Operações Preparatórias.
3.1.3 - Operações de ForAvç
São aquelas realizadas no interior da AOA por componentes da ForTarAnf, antes da
chegada do seu Corpo Principal. Os elementos que executam tais operações
constituem uma organização por tarefas da ForTarAnf denominada ForAvç.
3.1.4 - Operações Pré-Desembarque
Consistem de operações de preparação final para o desembarque, realizadas pelo
Corpo Principal da ForTarAnf, dentro da AOA e cujo início ocorre antes da Hora-H.
A figura 3.1 apresenta a classificação das Operações Preparatórias:
Tipos de Operações Preparatórias Forças Participantes
Operações de Apoio ForAp
Op de Força Avançada ForAvç
Op Pré-Desembarque ForTarAnf
Fig 3.1 - Classificação das Operações Preparatórias
3.2 - OPERAÇÕES DE APOIO
3.2.1 - Generalidades
Como já mencionado, essas operações são realizadas por forças não pertencentes à
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OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL
ForTarAnf, denominadas ForAp, e podem ser executadas dentro ou fora da AOA.
Normalmente são executadas antes da OpAnf. Entretanto, em alguns casos, poderão
ocorrer simultaneamente com esta, como, por exemplo, quando o isolamento da
AOA é feito com o emprego de operações aéreas. Apenas por solicitação do
ComForTarAnf é que as operações de apoio são realizadas dentro da AOA e, nesse
caso, caberá ao ComForTarAnf a coordenação das mesmas.
3.2.2 - Tarefas
As seguintes tarefas podem ser atribuídas às ForAp:
a) Isolar a AOA
É realizada, principalmente, por meio de operações aéreas destinadas a cortar as
linhas de comunicações do inimigo. O ataque às instalações inimigas, por meio de
incursões e/ou bombardeio naval, bem como a destruição de seus navios, por
ataques de navios ou submarinos, também contribuem para esse isolamento.
b) Obter o controle local da AOA
O controle é obtido por meio de operações que concorram para a obtenção e/ou
manutenção da capacidade aérea e de projeção de poder sobre terra e, ainda, o
controle da área marítima.
c) Destruir alvos específicos
A destruição de alvos específicos na AOA pode ser realizada por meio de ataques
aéreos, fogo naval, incursões e/ou operações especiais.
d) Inquietar o inimigo
A inquietação pode ser obtida por meio de ataques aéreos, fogo naval e incursões.
Ela concorre para confundir o inimigo e prejudicar o seu esforço de defesa.
e) Realizar operações de guerra psicológica
Essas operações são conduzidas para reduzir a vontade de lutar do inimigo. São
exemplos dessas operações o lançamento aéreo de panfletos e a transmissão de
programas radiofônicos ou de televisão com este intuito.
f) Obter dados
Dados referentes à AOA, tais como instalações e dispositivo do inimigo podem
ser obtidos por meio de:
- reconhecimento aéreo, inclusive com o uso de veículos aéreos não-tripulados;
- imagens satélite;
- fotografias tiradas a partir de submarinos ou de navios de superfície;
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OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL
- levantamento realizado por mergulhadores de combate;
- incursões;
- agentes infiltrados na AOA; e
- medidas de apoio à guerra eletrônica (MAGE).
g) Destruir ou neutralizar forças inimigas distantes
Esta tarefa é cumprida por meio de operações de ataque a bases navais e aéreas,
pontos de reunião de carga e instalações de tropas. Ela contribui para livrar a
ForTarAnf da interferência de forças inimigas durante a travessia e,
principalmente, durante o assalto.
h) Despistar
Visando a iludir o inimigo quanto ao verdadeiro local de desembarque, pode ser
realizada uma operação de apoio para executar uma finta ou demonstração.
3.3 - OPERAÇÕES DE FORÇA AVANÇADA
3.3.1 - Generalidades
A ForAvç é uma organização por tarefas, integrante da ForTarAnf, que precede o
Corpo Principal, com a função de preparar a AOA para o assalto. Normalmente, a
ForAvç é desativada quando o Corpo Principal chega à AOA, ocasião em que seus
elementos constitutivos são reintegrados às suas organizações por tarefas de origem.
3.3.2 - Emprego da ForAvç
Caso não tenha sido decidido pelo escalão superior, a decisão de empregar uma
ForAvç caberá ao ComForTarAnf, o que, normalmente, ocorre logo no início da fase
do planejamento, após ouvido o ComForDbq.
Na tomada dessa decisão, devem ser avaliadas as vantagens da surpresa tática e/ou
estratégica que poderão ser perdidas com operações de preparação da AOA. A
surpresa, tática ou estratégica, particularmente esta última, é difícil de ser obtida,
principalmente contra um inimigo alerta.
Os movimentos da ForTarAnf e sua aproximação da ADbq não devem revelar as
Praias de Desembarque (PraDbq) e Zonas de Desembarque (ZDbq) em que o assalto
será realizado, pelo menos até que seja efetivamente iniciado o MNT. A surpresa
tática, embora desejável, pode não ser imprescindível, desde que os resultados
obtidos na preparação da área compensem as desvantagens de sua perda. Quando o
sucesso da operação depender da surpresa, e esta não puder ser obtida, poderão
ocorrer severas perdas, culminando, inclusive, com o fracasso da operação.
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OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL
Em decorrência dessa possibilidade, os Comandantes dos vários escalões deverão
pesar cuidadosamente os riscos e os benefícios envolvidos, advindos da utilização ou
não de uma ForAvç, antes de sugerir ou decidir pelo seu emprego. O emprego da
ForAvç será indicado quando a ADbq selecionada estiver bem organizada para a
defesa, com as águas ao largo fortemente minadas, a maioria da forças inimigas
guarnecendo as posições e com reservas reduzidas, ou seja, estando em condições de
opor-se a um pretenso desembarque.
3.3.3 - Responsabilidades no planejamento das operações
a) ComForTarAnf
É o responsável pela consolidação das necessidades da ForDbq com as dos demais
elementos da ForTarAnf, bem como pela expedição da diretiva ao Comandante da
ForAvç.
b) ComForDbq
É o responsável pela determinação das necessidades da ForDbq em termos de
apoio de fogo naval, apoio aéreo, conquista de posições pré-Dia-D,
demonstrações, reconhecimento e destruição de posições que ameacem o
desembarque, bem como pelo encaminhamento dessas necessidades ao
ComForTarAnf.
c) Comandante da Força Avançada (ComForAvç)
É o responsável pelo planejamento detalhado das operações de sua Força. É
designado pelo ComForTarAnf.
d) Comandante do Grupo de Desembarque (ComGpDbq)
Caso seja empregado o GpDbq, seu Comandante planejará suas ações em
conjunto com o ComForAvç, observando os mesmos procedimentos adotados
pelo ComForDbq em relação ao ComForTarAnf, caso haja sido delegada
autoridade de comando. Caso contrário, ou seja, se não houver essa delegação ao
ComForAvç, o ComGpDbq apenas coordenará suas ações com o mesmo.
3.3.4 - Tarefas da Força Avançada
a) Destruir defesas em terra
Compreende a destruição de defesas nas PraDbq, ZDbq, postos de comando e
observação e quaisquer outras instalações que possam ser usadas pelo inimigo
para se opor ao assalto. São utilizados, no cumprimento desta tarefa, ataques
aéreos, fogo naval e de artilharia, caso esta já tenha desembarcado através de
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL
desembarque subsidiário, e também incursões.
b) Preparar as áreas marítimas
Compreende as operações de minagem e contra medidas de minagem,
levantamentos hidrográficos e a colocação de redes de proteção.
c) Preparar e reconhecer as praias e suas proximidades
Na preparação de praias para o desembarque e de suas proximidades, para a
passagem de embarcações, navios de desembarque e viaturas anfíbias, todos os
obstáculos naturais e artificiais que ameacem a aproximação por mar, o
desembarque e o prosseguimento em terra devem ser destruídos. O Grupo de
Reconhecimento e Demolição Submarina (GRDS), composto por equipes de
Mergulhadores de Combate (MEC) e de Reconhecimento Anfíbio (ReconAnf),
realiza a destruição, remoção e balizamento desses obstáculos.
d) Isolar a AOA e obter e/ou manter a superioridade aérea local
Ataques aéreos, fogo naval e ações de comando são realizados, quando
necessário, contra campos de pouso, aeronaves, centro de comunicações e de
abastecimento, navios aeródromos e outros alvos críticos, para isolar a AOA e
obter e/ou manter a superioridade aérea local.
e) Realizar desembarques Pré-Dia-D
Podem ser realizados desembarques pré-Dia-D para fins de reconhecimento,
destruição ou inquietação; para capturar ilhas ao largo ou promontórios, onde
possam ser estabelecidas posições de artilharia, auxílios à navegação, estações de
radar e bases logísticas. Unidades de tropa helitransportada e/ou aeroterrestre
podem ser empregadas no cumprimento dessas tarefas, incluindo-se o
reconhecimento de ZDbq e zona de lançamento (ZL).
f) Realizar demonstrações
Podem ser conduzidas demonstrações através de Grupos de Demonstração
(GpDem), com o propósito de confundir o inimigo em relação a provável ADbq,
realizando um despistamento tático.
g) Realizar busca de interceptação
A ForAvç procura obter o máximo de dados sobre a utilização do espectro
eletromagnético pelo inimigo, dentro da AOA e nas suas imediações. Durante
essas operações, os meios de comunicações/guerra eletrônica devem ser
destruídos ou neutralizados, a fim de preparar a AOA para o assalto. Antes de
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OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL
determinar a destruição, deve-se considerar a necessidade de preservação de
dados que possam ser obtidos por meio da interceptação das comunicações
inimigas.
h) Obter dados meteorológicos
Quando determinado, observar e transmitir para o ComForTarAnf os dados
meteorológicos e oceanográficos da Área de Assalto, particularmente as
condições meteorológicas e do mar na Área dos Transportes prevista e as
condições de arrebentação.
3.4 - APOIO DE FOGO À FORÇA AVANÇADA
A ForAvç deve prever em sua organização a inclusão de unidades que possam prestar o
apoio de fogo a seus integrantes, enquanto estes cumprem suas tarefas de preparar a
área do objetivo para o assalto.
3.4.1 - Fogo aéreo e naval
O apoio de fogo naval e aéreo deve ser provido, como necessário, a todos os
elementos da ForAvç engajados na preparação da AOA.
3.4.2 - Artilharia
As operações da ForAvç podem envolver um desembarque pré-Dia-D da artilharia,
que será empregada em posições das quais possa apoiar as unidades que
desembarquem posteriormente.
3.4.3 - Controle e coordenação
É ativado um Centro de Coordenação das Armas de Apoio (CCAA) que operará no
capitânea da ForAvç. Caso seja previsto o emprego de um GpDbq, normalmente,
será constituído um Centro de Coordenação de Apoio de Fogo (CCAF), geralmente
oriundo do CCAF da ForDbq e que atuará como seu escalão avançado.
3.5 - COORDENAÇÃO COM OUTRAS FORÇAS
O ComForAvç deverá coordenar a operação de sua Força com os elementos de Forças
amigas que estejam operando na AOA, dedicando atenção especial a:
3.5.1 - Espaço aéreo
Todas as aeronaves que operam na AOA durante as operações pré-assalto ficam sob
o controle do ComForAvç. Há necessidade de que o planejamento do seu emprego
seja coordenado, visando à segurança das forças amigas.
3.5.2 - Forças de demonstração
Geralmente os despistamentos a serem conduzidos por Forças de Demonstração, por
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL
meio de Operações de Apoio, são planejados por escalões superiores. O ComForAvç,
entretanto, deverá coordenar seu esforço com os dessas Forças ampliando, assim, as
oportunidades de obtenção da surpresa tática pelo Corpo Principal da ForTarAnf.
3.5.3 - Força de submarinos
Quando submarinos amigos operam na AOA, realizando reconhecimento ou busca e
salvamento, suas operações são coordenadas com as da ForAvç. O reconhecimento,
os procedimentos de emergência e os santuários de submarinos são estabelecidos por
autoridade superior ao ComForTarAnf.
3.5.4 - Outras forças
Antes da chegada da ForAvç podem ter sido conduzidas operações de ataque ou de
reconhecimento por outras forças e, nesse caso, os resultados dessas operações
devem ser transmitidos à ForAvç, juntamente com outros dados pertinentes. Da
mesma forma, a ForAvç deve disseminar à ForTarAnf esses dados, bem como os
resultados detalhados de suas operações, o que permitirá ao ComForTarAnf, ao
ComForDbq e aos Comandantes de outras Forças, se for o caso, a modificação dos
planos de assalto.
3.6 - DESEMBARQUE SUBSIDIÁRIO
Em uma OpAnf, pode ser necessário que um ou mais desembarques subsidiários sejam
realizados para apoiar o desembarque principal. Esses desembarques podem ser
conduzidos antes, durante ou depois do desembarque principal. Caso sejam realizados
antes, devem ser cuidadosamente avaliados seus efeitos sobre a possível perda de
surpresa. Desembarques subsidiários devem ser planejados e executados com a mesma
precisão de um desembarque principal.
A divisão de forças para conduzir um desembarque subsidiário só se justificará quando
o seu emprego contribuir significativamente para o sucesso do desembarque principal.
Quando o desembarque subsidiário preceder o principal, poderá ser empregada a reserva
do CCT nucleando o GpDbq que realizará aquele desembarque.
O desembarque subsidiário pode ser executado para a obtenção de um ou mais dos
seguintes propósitos:
- captura de áreas específicas a serem usadas em apoio ao desembarque principal, como
ilhas e promontórios que permitam o estabelecimento de posições de artilharia e
mísseis, ou ainda o estabelecimento de bases aéreas e/ou navais;
- captura de uma área para negar o seu uso ao inimigo, reduzindo assim sua capacidade
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OSTENSIVO - 3-8 - ORIGINAL
de se opor ao desembarque principal; e
- como despistamento para desviar a atenção do inimigo da área onde ocorrerá o
desembarque principal, ou para força-la a empregar sua reserva indevidamente.
3.7 - DESPISTAMENTO
3.7.1 - Definição
Conjunto de medidas adotadas contra o inimigo, de forma a induzi-lo a reagir
contrariamente aos seus interesses, por meio da manipulação, distorção ou
falsificação de evidências.
3.7.2 - Propósitos
Os despistamentos são classificados, segundo o seu propósito, em:
a) Despistamento estratégico
Essa modalidade tem por propósito não revelar ao inimigo a localização da AOA.
O despistamento estratégico é uma operação de apoio realizada por Forças de
Demonstração. É conduzido sob a direção do escalão superior ao ComForTarAnf.
As operações realizadas para se obter o despistamento estratégico são, muitas
vezes, baseadas na revelação intencional de informações sobre operações
inexistentes que, por sua vez, podem ser implementadas com a realização de
embarques, ensaios e travessias.
b) Despistamento tático
Quando tem o propósito de não revelar ao inimigo a localização da ADbq.
Normalmente é realizado pela ForAvç ou pelo próprio Corpo Principal da
ForTarAnf, constituindo-se para tal, um Grupo de Demonstração. Seu
planejamento é de responsabilidade do ComForTarAnf.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 4
ASSALTO ANFÍBIO
4.1 - CARACTERÍSTICAS
O AssAnf distingue-se dos demais tipos de OpAnf pelo fato de a sua missão impor o
estabelecimento de uma ForDbq em um litoral hostil ou potencialmente hostil. Para a
consecução do mesmo, a ForDbq deve ter condições de conquistar e manter uma
ponderável superioridade sobre o inimigo com que se defronta, não permitindo que ele
seja reforçado e/ou rearticulado.
4.2 - REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DE UM ASSALTO ANFÍBIO
4.2.1 - Obtenção da surpresa
O AssAnf deve explorar amplamente este princípio de guerra. O inimigo deve ser
engajado na oportunidade e no local que ofereçam maiores vantagens à ForDbq. A
presença de uma ForTarAnf pode induzir o inimigo a dispersar suas forças, na
tentativa de defender sua linha de costa, o que possibilitaria à ForDbq obter
superioridade de poder de combate em certos trechos desse litoral.
4.2.2 - Relação de poder de combate
A fim de atingir seus propósitos, a ForDbq deve buscar obter a superioridade aérea
local, além de uma substancial superioridade de forças terrestres.
4.2.3 - Meios adequados
A evolução tecnológica tem proporcionado uma flexibilidade cada vez maior à
execução do AssAnf. Por exemplo, em 1945 apenas 17% das linhas de costa no
mundo possibilitavam a realização deste tipo de OpAnf com os meios de que então
se dispunha. Inovações como o helicóptero e como a Embarcação de Desembarque
sobre Colchão de Ar (EDCA) ampliaram esta possibilidade para cerca de 70%.
Ademais, essas inovações permitem a realização do MNT a distâncias maiores,
aumentando as possibilidades da obtenção da surpresa e mantendo os meios navais
afastados das defesas de terra. No planejamento de um AssAnf deverão ser previstos
para a ForDbq meios que lhe permitam fazer frente às ameaças e com elevadas
capacidades de aprofundamento, apoio de fogo e mobilidade.
4.2.4 - Capacidade de projetar poder sobre terra
A ForDbq deve estar capacitada a superar as dificuldades resultantes de ter que
iniciar um desembarque, no litoral inimigo, dispondo de um poder de combate inicial
praticamente nulo. Nessa situação, avultam de importância os apoios logístico, de
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL
comando e controle e de fogo naval e aéreo prestados pela ForTarAnf.
4.2.5 - Condições hidrográficas e meteorológicas favoráveis
Deve-se considerar de particular interesse a influência causada por essas condições
nas operações da ForDbq. A busca e a atualização destes conhecimentos devem
ocorrer durante todas as fases do AssAnf.
4.2.6 - Conhecimentos sobre o inimigo e a área de operações
A falta de contato com o inimigo e o distanciamento da AOA são fatores limitativos
ao atendimento desses requisitos, pela ForDbq. As imposições de sigilo irão
restringir as ligações e as ações de reconhecimento. A situação é agravada em razão
do volume de conhecimentos necessários ao planejamento do AssAnf.
4.3 - TÉRMINO DO ASSALTO ANFÍBIO
No AssAnf, uma das principais condições observadas para o término da Operação é o
firme estabelecimento da ForDbq em terra, de acordo com proposta do ComForDbq e
aceitação do ComForTarAnf. O cumprimento desta condição ocorre, normalmente,
quando são observados os seguintes requisitos:
- a Cabeça-de-Praia (CP) estiver assegurada;
- forças táticas e de apoio suficientes tiverem sido estabelecidas em terra, assegurando,
se for o caso, um contínuo desembarque de tropas, equipamentos e suprimentos para
operações subseqüentes;
- houver instalações para o comando e controle estabelecidas em terra, tais como:
instalações de comunicações, coordenação das armas de apoio, serviços, etc; e
- o ComForDbq tiver notificado o ComForTarAnf de que está pronto para assumir a
responsabilidade pelas operações subseqüentes.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 5
INCURSÃO ANFÍBIA
5.1 - GENERALIDADES
A Incursão Anfíbia (IncAnf) é uma operação lançada do mar que compreende uma
rápida penetração ou a ocupação temporária de um objetivo em terra, seguida de uma
retirada planejada. A IncAnf não é caracterizada pelo vulto nem pela duração da
operação, mas sim pelo fato da haver uma retirada planejada.
A Força de Incursão (ForInc) poderá empregar outros meios de transporte como
helicópteros e aviões de transporte, combinados com navios e/ou submarinos para
penetrar ou retirar-se da Área de Operações (AOp).
5.1.1 - Propósitos das IncAnf
a) Psicológico
Uma Incursão Anfíbia pode ser efetuada com uma intenção psicológica, como,
por exemplo, para elevar o moral das tropas e/ou Forças amigas. Isso pode ocorrer
no início das hostilidades ou mais tarde, no caso de as Forças amigas terem
permanecido na defensiva por um longo período. As Incursões Anfíbias efetuadas
nessas circunstâncias podem ser proveitosas para a preservação do "espírito
ofensivo" das Forças em operação.
b) Destruição
As Incursões Anfíbias podem ser efetuadas para destruir determinados alvos,
particularmente quando isso não for possível por outros meios. Os alvos para
destruição podem consistir em instalações militares ou industriais, centros de
comunicações pontes e túneis. As Incursões Anfíbias destinadas à destruição
podem ter valor estratégico e/ou tático.
c) Neutralização
Uma IncAnf pode ser planejada não apenas visando a destruição de determinados
alvos, conforme a alínea acima, mas apenas com o objetivo de neutralizar esses
alvos por um período pré-estabelecido de tempo. Este propósito é aplicado quando
não se faz necessária a plena destruição do alvo ou, quando é prevista a utilização
do alvo, após sua neutralização, em proveito da ForInc.
d) Inquietação
As Incursões Anfíbias servem para inquietar o inimigo, quando efetuadas contra
postos isolados e instalações de comando, para capturar ou resgatar pessoal. Além
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OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL
dessas finalidades, a inquietação do inimigo pode concorrer para baixar o seu
moral.
e) Reconhecimento
As Incursões Anfíbias podem gerar informações sobre a hidrografia, terreno e o
inimigo, incluindo, quanto a este, efetivos, dispositivo, movimento e armamento.
f) Diversão
A Incursão Anfíbia pode criar uma diversão em conexão com uma finta
estratégica ou tática.
g) Evacuação, captura ou resgate
A Incursão Anfíbia pode ser efetuada para evacuar, capturar ou resgatar pessoal,
ou material.
h) Apoio a forças amigas
Uma Incursão Anfíbia pode ser efetuada para estabelecer, apoiar ou coordenar
atividades de forças amigas.
5.1.2 - Fatores que afetam a ForInc
As ações militares em uma IncAnf envolvem, normalmente, a captura e/ou conquista
de um ou mais objetivos, sua manutenção por um curto espaço de tempo e, então,
uma retirada. Embora essas ações sejam semelhantes às efetuadas em outras
operações, há certos fatores que são peculiares e que afetam a organização, o
emprego tático, as técnicas e os equipamentos da Força empregada.
a) Inteligência
O planejamento de uma IncAnf, por sua natureza requer, dos setores envolvidos,
um esforço voltado para a obtenção dos conhecimentos necessários à operação.
Porém, nem todos os conhecimento necessários estarão disponíveis a tempo para a
fase de planejamento da IncAnf.
Para compensar esta falta de conhecimentos detalhados, será acrescida uma
margem de segurança no poder combatente planejado que poderá, caso mal-
avaliado, diminuir a capacidade da ForInc alcançar a surpresa e a velocidade
desejada na execução da missão.
b) Rapidez
O sucesso de uma ForInc depende de sua capacidade em cumprir sua missão,
antes que o inimigo tenha tempo para reagir com todo o seu poder combatente. A
necessidade de rapidez exerce influência direta sobre o efetivo, a organização e a
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL
composição da ForInc. Quando as quantidades de pessoal e de equipamentos
forem tais que possam retardar consideravelmente a execução da IncAnf, o risco
de empregar essas quantidades de meios deve ser reavaliado, em termos da
contribuição global que possam vir a prestar à execução da missão da ForInc.
c) Duração
As IncAnf normalmente são de curta duração, não sendo necessário manter o(s)
objetivo(s) por um período prolongado. Todavia, devem ser planejadas medidas
que assegurem o controle da AOp, como Posições de Bloqueio (PBlq) e Postos de
Vigilância (PV). Esta curta duração poderá possibilitar a redução da quantidade de
material a ser conduzida pela ForInc.
d) Surpresa
A surpresa tanto com relação ao momento da ação como quanto à sua localização
é de fundamental importância para o sucesso da IncAnf. A exploração do fator
surpresa permite que a ForInc seja empregada contra inimigos com poder de
combate superior e serve, também, para reduzir as limitações da falta de um forte
apoio de fogo e logístico.
e) Apoio de fogo
O apoio de fogo a uma ForInc poderá estar limitado àquele provido pelos meios
navais e aeronavais da ForTarAnf. Esta limitação pode ser compensada, de certa
forma, pelo emprego da surpresa, rapidez e mobilidade. O emprego do apoio de
fogo terá grande influência tanto na fase do assalto quanto, e principalmente, na
retirada da ForInc.
f) Reserva
Ao considerar o problema da reserva para uma IncAnf, um comandante se vê
diante de necessidades conflitantes. Por um lado, ele precisa dispor de uma Força
com suficiente poder de combate para cumprir a sua missão e, por outro, não será
conveniente conduzir quaisquer elementos para os quais não haja tarefas
definidas, uma vez que ele terá que efetuar uma retirada.
g) Retirada
Considerações referentes à retirada afetam todas as fases do planejamento. Os
planos de retirada devem ser flexíveis e formulados de modo que a ForInc possa
se retirar em qualquer situação, engajada ou não com o inimigo.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL
h) Apoio de serviços ao combate
A principal preocupação no planejamento do ApSvCmb à ForcInc deve ser a de
dotá-la com o mínimo de equipamentos e suprimentos necessários ao
cumprimento de sua missão. Planejamento e coordenação detalhados são
necessários, tendo em vista a curta duração e as características da operação.
Podem ser realizados, eventualmente, ressuprimento por lançamento de carga ou
helitransportado.
i) Diversão
A diversão tática é habitualmente dirigida pela autoridade mais antiga da área de
operações. Pode ser efetuada para auxiliar o Comandante da ForInc (ComForInc)
a cumprir a sua missão, com um mínimo de perdas humanas, material e tempo. A
diversão é de caráter local e efetuada durante um período relativamente curto de
tempo, em apoio a uma missão tática bem definida. O plano de diversão tática é
coordenado e aprovado pela ForInc ou escalão mais elevado.
5.1.3 - Efeito moral
O efeito moral das IncAnf pode ser muito mais importante que seus resultados
operativos imediatos.
Uma série de IncAnf bem sucedidas pode afetar significativamente, tanto o moral das
forças amigas, elevando-o, quanto o do inimigo, reduzindo-o. Entretanto, o efeito
moral negativo diante do insucesso de uma IncAnf supera o de várias bem sucedidas.
Por isso, para atingir-se o efeito psicológico, escolhe-se normalmente um alvo que
esteja de acordo com a capacidade de ação da ForInc.
5.2 - RELAÇÕES DE COMANDO E ORGANIZAÇÃO
5.2.1 - Relações de comando
As relações de comando descritas no artigo 2.8, devem ser observadas.
No caso de uma IncAnf realizada como uma operação independente ou em apoio a
outras operações, sem configurar uma operação de ForAv, o Comandante da
ForTarAnf formada para esta operação exercerá o controle operacional sobre a
ForInc.
No caso de uma IncAnf realizada por parcela de uma ForTarAnf, deverão ser
constituídos um Grupo de Ataque, com meios navais e aeronavais oriundos da
ForTarAnf, e um Grupo de Desembarque que constituirá a própria ForInc e será
composto com meios da ForDbq. Nessa situação, o Cmt do GpAtq exercerá o
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL
controle operacional sobre a ForInc durante as fases da IncAnf, exceto durante o
planejamento, quando deverá ser observado o descrito no Inciso 2.8.4 – comando
durante a fase do planejamento.
Devido à natureza especial das tarefas que podem ser atribuídas e às variações
conseqüentes nas organizações por tarefa da Força Naval e da tropa, o superior
comum deve especificar, em sua diretiva inicial, os detalhes exatos das relações de
comando em cada caso.
É particularmente importante, também, que sejam especificadas as condições sob as
quais os planos básicos poderão ser alterados, a Incursão Anfíbia possa ser
postergada ou cancelada e contingências semelhantes.
5.2.2 - Organização
A ForInc é uma organização por tarefas cujo núcleo é, normalmente, um elemento de
infantaria. Como em todas as operações de FN, esta Força deverá estar organizada
segundo a estrutura básica dos GptOpFuzNav, conforme o apresentado na Fig 5.1 -
Organização da ForInc.
Componente
de
Comando
Componente
de Combate
Terrestre
Componente
de Combate
Aéreo
Componente de
Apoio de Serviços
ao Combate
Outros
Componentes
ForInc (GptOpFuzNav)
Fig 5.1 - Organização da ForInc
A especificidade das tarefas atribuídas à ForInc, assim como as peculiaridades de seu
planejamento e execução, fazem com que seu CCT seja organizado em Grupamentos
Funcionais conforme o apresentado na Fig 5.2 - Organização do CCT da ForInc:
Grupamento
Funcional de
Assalto
Grupamento
Funcional de
Cobertura
Grupamento
Funcional de
Reconhecimento
e Segurança
Reserva
Componente de Combate Terrestre (CCT) ForInc
Fig 5.2 - Organização do CCT da ForInc
a) Grupamento funcional de reconhecimento e segurança
O grupamento funcional de reconhecimento e segurança, geralmente, é
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL
desembarcado antes dos demais grupamentos funcionais. Provê o levantamento
e/ou a confirmação de dados sobre a AOp e segurança às praias de desembarque
(PraDbq). Em certas circunstâncias, grupos de reconhecimento e segurança
poderão cumprir antecipadamente tarefas de reconhecimento na área de
operações, a fim de selecionar alvos. Após o desembarque dos demais
grupamentos funcionais, pode fornecer guias que aumentarão a rapidez dos
deslocamentos dentro da AOp.
b) Grupamento funcional de cobertura
O grupamento funcional de cobertura desembarca depois do grupamento
funcional de reconhecimento e segurança e conquista posições do terreno, das
quais possa cobrir o avanço do grupamento funcional de assalto para o objetivo e
sua subseqüente retirada. O grupamento funcional de cobertura poderá estabelecer
posições de bloqueio ao longo das principais vias de acesso, para impedir ou
retardar as possibilidades de reação do inimigo. Nessas circunstâncias, é mais
provável que o grupamento funcional de cobertura seja mais ativamente engajado
com o inimigo que o grupamento funcional de assalto.
c) Grupamento funcional de assalto
O grupamento funcional de assalto é o elemento de combate da ForInc
responsável pela execução da tarefa específica da força. Poderá ser infiltrado pré
Dia-D ou desembarcado a partir da Hora-H. Após o cumprimento de suas tarefas,
é normalmente o primeiro a ser retirado da AOp.
d) Reserva
Em face da curta duração de uma Incursão Anfíbia, o valor da reserva, assim
como a decisão sobre desembarca-la ou mante-la a bordo, devem ser bem
avaliados. Os principais fatores a serem considerados são o poder de combate e a
mobilidade necessários.
Quando empregada, a reserva atua de modo semelhante ao de outras operações de
combate terrestre.
A reserva da ForInc poderá estar em uma das seguintes situações:
- em prontidão, embarcada (nos navios da ForTarAnf) ou desembarcada, em zona
de reunião (ZReu), fora da AOp;
- desembarcada, em ZReu, no interior da AOp;
- fracionada, reforçando os grupamentos funcionais de assalto e/ou de cobertura
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-7 - ORIGINAL
de modo a fazer frente a situações imprevistas; e
- elementos dos grupamentos funcionais de assalto e/ou de cobertura com tarefas
limitadas na fase do assalto, poderão ser previamente designados para
reverterem à reserva, após o cumprimento de suas tarefas, permanecendo,
normalmente em terra, em ZReu.
5.3 - INTELIGÊNCIA
Informações acuradas, detalhadas e oportunas são essenciais ao planejamento e à
execução de uma IncAnf. A necessidade de sigilo, rapidez e surpresa, em uma IncAnf,
gera a necessidade de conhecimentos mais precisos do que os exigidos para um AssAnf,
particularmente sobre o inimigo e a sobre a área de operações, a fim de se avaliar, com
maior exatidão, se a ForInc está convenientemente equipada e organizada para o
cumprimento de sua missão. Portanto, o planejamento baseado em conhecimentos
incompletos ou de pouca confiabilidade, aumenta a probabilidade de um fracasso.
5.3.1 - Características da área de operações
As necessidades de conhecimentos relativos ao terreno e às condições climáticas,
meteorológicas e hidrográficas na área de operações incluem:
- fotografias das linhas de desembarque, tomadas na preamar e na baixa-mar,
mostrando as aproximações e saídas de praia; normalmente, não são tiradas novas
fotografias aéreas, para não demonstrar um interesse especial pela área; quando
praticável, obtêm-se fotografias tiradas de terra, por satélites, de embarcações ou
através do periscópio de submarinos;
- previsões meteorológicas detalhadas, incluindo as condições de nebulosidade para o
período escolhido, e os prováveis efeitos das condições climáticas e meteorológicas
sobre as ações da ForInc e do inimigo;
- prováveis efeitos do vento previsto, das condições de arrebentação, e das
características do terreno na capacidade do inimigo em pressentir os nossos
movimentos no mar e na praia;
- localização das possíveis PraDbq ou ZDbq e avaliação relativa de cada uma;
- descrição detalhada dos eixos de progressão ou itinerários para os objetivos e para a
retirada da própria Força, analisando-os principalmente quanto à rapidez e ao sigilo
do movimento;
- descrição das condições locais de arrebentação e da natureza de quaisquer possíveis
obstáculos à aproximação das praias, incluindo correntes locais e suas alterações
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-8 - ORIGINAL
pela maré e pela natureza do fundo (lama, coral ou areia), bem como as medidas de
segurança que devem ser tomadas para evitá-los;
- localização e descrição dos locais favoráveis à ocultação de embarcações e pessoal,
nas áreas imediatamente vizinhas às praias e/ou zonas de desembarque;
- cartas hidrográficas adicionais ou outros dados disponíveis sobre as aproximações
da praia;
- equipamentos especiais, tendo em vista o terreno e as condições climáticas e
meteorológicas na área de operações; e
- localização de qualquer tipo de solo ou vegetação que possam denunciar
prematuramente a passagem recente dos incursores (como estradas de superfície
lamacenta) e indicação dos melhores pontos para se cruzar estradas paralelas à
costa.
5.3.2 - Situação militar do inimigo
Os conhecimentos relativos à situação militar do inimigo, para permitir uma análise
detalhada, devem incluir:
- efetivo e armamento;
- as mais detalhadas informações possíveis sobre as características do objetivo;
- natureza e localização dos postos de sentinela e itinerários das guardas, bem como
composição e freqüência de patrulhas;
- grau de alerta à noite ou fora do período das ações no objetivo;
- embasamentos, trincheiras e campos de tiro;
- informes sobre minas e outros obstáculos artificiais;
- comunicações e outros sistemas de alarme;
- condições de disciplina de luzes e ruídos;
- existência de sensores infravermelhos, térmicos, acústicos, sísmicos, iluminativos,
magnéticos ou sensores de fortuna;
- sistemas de alarme;
- meios e capacidades de transporte;
- forças de reação, reforços e suas localizações em relação aos objetivos e itinerários;
- fatores de tempo e distância;
- detalhes sobre as rotinas do inimigo, inclusive a de licença; e
- destinação de todos os edifícios e instalações.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-9 - ORIGINAL
5.3.3 - Possibilidades do inimigo
As necessidades de conhecimentos pertinentes à capacidade de reação do inimigo
demandam uma estimativa do efetivo e da localização das Forças inimigas
disponíveis para reforçar a área de operações, a rapidez com que o inimigo pode
reagir, uma vez que tenha sido detectada a Incursão Anfíbia, as vias de acesso
disponíveis para este propósito e a linha ou linhas de ação mais prováveis de serem
adotadas pelo inimigo. Quando puderem ser observados exercícios sendo realizados,
uma descrição das suas táticas e planos defensivos deve ser incluída.
5.4 - PLANEJAMENTO
O planejamento de uma IncAnf é idêntico ao de qualquer outra OpAnf, exceto no que
diz respeito ao planejamento da retirada. O Estado-Maior (EM), quer seja da ForInc,
quer seja do escalão superior, utiliza o Processo de Planejamento Militar (PPM), da
mesma forma que em um AssAnf, elaborando, portanto, os mesmos planos necessários
a uma OpAnf. Além disso, estabelece instruções e procedimentos para a retirada da
ForInc. Para otimizar a preparação destes planos, o ComForInc reúne o mais rápido
possível seu EM para iniciar o planejamento. Suas primeiras considerações são a busca
de conhecimentos e o processamento daqueles já disponíveis. Simultaneamente, são
elaborados planos de segurança e de contra-inteligência, para proteção das operações.
O ponto crucial do planejamento é o desenvolvimento do Conceito da Operação em
Terra, a fim de serem desencadeados os planos detalhados dos diversos setores do
planejamento
5.4.1 - Seqüência do planejamento
A seqüência do planejamento de uma IncAnf, detalhada no inciso 5.4.2, é diferente
da seqüência cronológica das ações a serem executadas, que abrangem o embarque, a
travessia e o movimento navio-para-terra, o assalto – que inclui o movimento da
praia ou zona de desembarque para o objetivo e o ataque propriamente dito – a
retirada e o reembarque.
As razões para essa variação se justificam porque o ataque ao objetivo é o essencial
da IncAnf sendo todas as outras medidas tomadas de modo a contribuir para o seu
sucesso, porque os planos para o MNT e para o deslocamento da ForInc em direção
ao objetivo devem visar à assunção da melhor posição para o lançamento do ataque e
porque a retirada e o subseqüente reembarque devem ser realizados de forma mais
rápida e coordenada possível.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-10 - ORIGINAL
5.4.2 - Etapas do planejamento
Normalmente, são nove as etapas principais do planejamento detalhado de uma
IncAnf:
a) Analisar os conhecimentos disponíveis
Nesta etapa são analisadas, cuidadosamente, todas as informações e informes
disponíveis para uma completa compreensão da situação na área de operações;
b) Planejar o ataque ao(s) objetivo(s)
Os grupamentos funcionais da ForInc são organizados por tarefas, de forma a se
obter o máximo de flexibilidade e a se reduzir ao mínimo essencial o efetivo da
tropa;
c) Planejar o movimento da PraDbq ou ZDbq para o objetivo
Os planos devem visar à chegada intacta do grupamento funcional de assalto ao
objetivo. Utilizam-se, para tanto, elementos do grupamento funcional de cobertura
para neutralizar e conter qualquer interferência do inimigo. A composição desse
grupamento funcional dependerá da sua tarefa e da resistência que se espera
encontrar;
d) Planejar a retirada
Após o cumprimento das ações nos objetivos, inicia-se a retirada que deve ser
cuidadosamente planejada. Deve-se evitar a tendência de diminuir o ímpeto
ofensivo nesta fase, pois espera-se grande reação por parte do inimigo após a
quebra do sigilo. A retirada deve ser rápida e sistemática, por itinerários e em
seqüência pré-determinados. Esses itinerários devem, de preferência, percorrer
terrenos abrigados e que ofereçam posições adequadas, nas quais os elementos de
cobertura possam efetuar uma ação retardadora no caso de perseguição pelo
inimigo. Deve-se empregar ao máximo o ApFN e o apoio aéreo ofensivo neste
movimento retrógrado.
Além da retirada principal, deve-se prever alternativas para a retirada da ForInc,
alternando os meios, locais de reembarque, seqüência de movimentos, itinerários e
horários. O Plano de Retirada Alternativa será acionado quando da
impossibilidade parcial ou total de cumprimento do Plano de Retirada. Dentre os
fatores que poderão comprometer a execução do Plano de Retirada temos:
mudança inesperada nas condições meteorológicas, que inviabilizem o emprego
de meios e/ou locais de retirada, e/ou a imposição do dispositivo de reação
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-11 - ORIGINAL
inimiga às ações da ForInc.
Situações especiais podem indicar a retirada da ForInc diretamente para território
amigo ou controlado por força amiga ou, ainda, a sua permanência homiziada na
própria área do objetivo para ser acolhida por outra força posteriormente.
O mesmo estudo de maré e arrebentação feito para a escolha da Hora-H é feito
para a escolha da hora da retirada.
As retiradas alternativas terão que ser planejadas por um período de dias limitado,
a fim de não colocar em risco a segurança da ForInc.
O efeito psicológico terá um impacto muito maior se a ForInc não for detectada
durante a ação em território inimigo. Destarte, todo o esforço deve ser envidado
para retirar, também, o equipamento utilizado e, só em casos especiais, quando
não for possível retirá-lo, deverá ser destruído;
e) Planejar o movimento navio-para-terra
O planejamento é semelhante ao do AssAnf. Devido à menor amplitude do MNT
e das necessidades logísticas, raramente são usados navios de controle e linha de
partida.
Não existe a descarga geral e, se a atuação do inimigo permitir, os navios de
transporte se aproximarão ao máximo do litoral.
São comuns os desembarques em períodos de visibilidade reduzida.
A ForInc procura empregar outras técnicas que preservem a surpresa, como a
restrição de comunicações e o retardamento no lançamento de embarcações.
Devem, também, ser elaborados planos alternativos para mudança das PraDbq no
caso das previstas não puderem ser utilizadas em razão da ação do inimigo ou das
condições hidrográficas/meteorológicas (maré, arrebentação e vento) adversas.
Pode ser previsto o desembarque, em botes pneumáticos, de elementos de
reconhecimento/segurança ou da primeira vaga do grupamento funcional de
cobertura, para ocupar objetivos iniciais ou posições de bloqueio e cobrir o
desembarque do restante da Força.
f) Planejar o embarque e a travessia
Deve ser dada ênfase à rapidez e, se possível, ao movimento em períodos de
visibilidade reduzida, para manter o fator surpresa. A derrota utilizada deve
confundir o inimigo quanto ao destino.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-12 - ORIGINAL
g) Planejar o reembarque
O reembarque dos diversos elementos da ForInc ocorre, geralmente, em locais
diferentes dos utilizados para o desembarque, sempre que a disponibilidade de
outras PraDbq favoreçam a rapidez no retraimento dos diversos grupamentos
funcionais e a retirada da ForInc como um todo.
A retirada da área de operações por aeronaves poderá ser exeqüível quando a
resistência do inimigo tiver sido suficientemente reduzida. Por outro lado, caso a
ação de Forças Navais ou das defesas de costa inimigas obrigue os navios da
ForTarAnf a se retirarem da área após o desembarque da ForInc, a retirada por
aeronaves será imprescindível.
Devem ser previstas tantas alternativas quanto possíveis para o reembarque de
cada elemento da Força. No entanto, só deverá ser prevista uma única retirada
alternativa para cada situação (evitando-se que haja a alternativa da alternativa).
Uma vez iniciada a operação, não se deve alterar os locais de reembarque
planejados (principais e alternativos), a não ser excepcionalmente.
Por fim, deve ser planejado o posterior resgate do pessoal que não tenha, por
qualquer motivo, podido reembarcar. Neste caso, o recolhimento se fará em locais
suficientemente distantes da Área de Operações, o mais coberto e abrigado
possível, e que permitam a aproximação com segurança do meio a ser utilizado no
resgate. Os horários desse recolhimento, geralmente, se sucedem a intervalos de
24 horas, por um número limitado de dias consecutivos. Por normalmente
demandar, por vários dias a presença de meios navais próximos à AOp e após a
quebra de sigilo, o resgate deste pessoal deve ser detalhadamente planejado e
coordenado com a ForTarAnf.
h) Planejar o apoio de fogo
Os princípios de emprego do fogo naval e aéreo em um AssAnf são aplicáveis à
IncAnf, exceto quando isso puder prejudicar a surpresa. Nessa situação, o apoio
de fogo será executado MO e o silêncio-rádio será mantido até a quebra de sigilo.
Os fogos naval e aéreo são os principais meios de apoio de fogo à ForInc uma vez
que a artilharia, os carros de combate e outros meios pesados de apoio de fogo não
são, normalmente, desembarcados.
Pode haver necessidade de apoio de fogo para cobrir a retirada e o reembarque, e
para auxiliar no desengajamento dos grupamentos funcionais de cobertura.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-13 - ORIGINAL
Quando possível, a observação e o controle dos fogos são feitos pelo elemento
que os requisitou. A observação aérea pode também ser utilizada. O Comandante
da ForInc é quem aprova os fogos em apoio à retirada.
i) Preparar a organização por tarefas e a listagem de equipamentos
A ForInc é organizada por tarefas aplicando-se a mesma sistemática utilizada no
AssAnf. O comandante deve procurar, ao máximo, a manutenção da integridade
tática dos seus grupamentos funcionais orgânicos e à disposição. Com base nessa
organização, são preparadas listas de equipamentos específicos, armamentos,
munições e suprimentos a serem fornecidos a cada um dos elementos
subordinados.
5.4.3 - Idéia de manobra
Os comandantes, nos diversos escalões da ForInc, devem atribuir tarefas simples e
que confiram flexibilidade à execução da operação, de forma que o eventual
insucesso de parcela da força não inviabilize o cumprimento de sua missão.
As PraDbq devem permitir fácil acesso ao objetivo; entretanto, para preservação da
surpresa, pode-se escolher uma PraDbq menos favorável ou mais distante do
objetivo.
Elementos de cobertura devem ser designados para impedir que forças inimigas
interfiram com a ação no objetivo e na retirada.
Para se planejar a retirada considera-se o tempo necessário para ação no objetivo, a
possível reação inimiga, o atraso resultante dessa reação e no atendimento as
prováveis baixas, e o tempo necessário para que o grupamento funcional de cobertura
retraia.
5.4.4 - Meios de transporte
A ForInc pode ser transportada para a área de operações e dela retirada por
superfície, submarino, aeronave de transporte ou por uma combinação desses meios.
Dependendo do efetivo de tropa envolvido, a ForInc poderá empregar como meio de
transporte desde navios desembarque doca e navios de desembarque de carros de
combate até transportes de alta velocidade. Pode ser desembarcada por helicópteros,
embarcações de desembarque, viaturas anfíbias e pára-quedas. Avulta de importância
o uso de helicópteros para as IncAnf que envolvam pequenos efetivos.
5.4.5 - Seleção de objetivos
Os objetivos da ForInc e as medidas de coordenação necessárias serão selecionados e
OSTENSIVO CGCFN-1-1
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estabelecidas de maneira semelhante à realizada no Assalto Anfíbio, com as
adaptações inerentes à natureza da operação.
Ao grupamento funcional de cobertura é comum que se atribua a tarefa de
estabelecer posições de bloqueio, ao invés da designação de objetivos para serem
conquistados e mantidos.
5.4.6 - Escolha do local de desembarque
As PraDbq ou ZDbq devem oferecer as maiores probabilidades de obtenção da
surpresa e estar o mais próximo possível dos objetivos e PBlq. Desta forma, atenua-
se o desgaste da tropa pela diminuição das distâncias a serem percorridas.
5.4.7 - Seleção da praia de desembarque
Na seleção da PraDbq para uma Incursão Anfíbia devem ser considerados os
seguintes fatores:
- aproximação segura;
- possibilidade de se conseguir surpresa;
- compatibilidade com a idéia de manobra;
- distância do objetivo e das PBlq;
- dispositivo inimigo;
- características das saídas de praias;
- equipamentos a serem deslocados através da praia; e
- disponibilidade de cobertas e abrigos.
5.4.8 - Zonas de desembarque
Sua escolha também se baseia no compromisso entre a facilidade do desembarque e a
segurança. As ZDbq devem possuir espaço suficiente para permitir que os principais
elementos da ForInc desembarquem, preferencialmente, em uma única vaga. Devem
também ser relativamente próximas ao objetivo e às PBlq e facilitar as ações de
segurança a serem providas pelo elementos de reconhecimento/segurança.
5.4.9 - Orientação da força de incursão
Para facilitar a orientação inicial da ForInc, deve-se determinar um ponto de
referência comum a toda Força, preferencialmente um acidente notável do terreno ou
um ponto crítico, como uma ponte ou foz de um rio. Sua localização deve ser
conhecida com precisão, não só relativamente à PraDbq/ZDbq, como também ao
objetivo e PBlq.
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-15 - ORIGINAL
5.4.10 - Seleção de datas
O propósito de uma IncAnf, incluindo seu relacionamento com outras operações
simultâneas ou iminentes, em cujo apoio a IncAnf será realizada, influenciará na
escolha do Dia-D. Em adição a esses fatores, deve-se ainda considerar as
disponibilidades de meios navais, aéreos, logísticos e de apoio de fogo.
As condições atmosféricas e meteorológicas e o perfil do inimigo, incluindo seus
padrões de procedimento e doutrina, são também considerados.
O estudo das fases da lua e das marés é particularmente importante para uma
IncAnf.
a) Lua
A posição da lua, independentemente da fase em que se encontre, será mais
favorável quando o seu nascer ocorrer a partir do interior, na direção oposta à
praia, e se verificar pouco depois do desembarque da ForInc. Isso permite que os
navios e embarcações se aproximem na escuridão, com os acidentes do terreno
fracamente silhuetados pela penumbra que precede o nascer da lua. Assim a
ForInc se deslocará com um luar cada vez mais intenso, que a ajudará a
reconhecer o caminho, bem como lhe possibilitará detectar a aproximação do
inimigo. Finalmente, a lua deverá estar ainda suficientemente próxima do
horizonte, a fim de permitir que os navios se retirem em relativa escuridão.
b) Maré
As condições de maré envolvem o estudo de diversos fatores e variam de acordo
com os diferentes tipos de costa.
As melhores condições para desembarcar e reembarcar ocorrem na preamar.
Esta condição diminui, para as Forças Navais, as dificuldades com encalhes e
obstáculos submersos e permite que as embarcações se aproximem ao máximo
da praia.
O Comandante da ForInc deverá, no entanto, considerar um desembarque na
baixamar, que apresenta as seguintes vantagens:
- como os fogos preparados pelo inimigo para o período noturno são,
normalmente, previstos para baterem áreas próximas à linha de preamar como,
por exemplo, no caso da amarração dos tiros das metralhadoras, há uma boa
possibilidade de se obter surpresa;
- pode-se conseguir maior espaço para desdobrar a tropa antes do avanço e até
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-16 - ORIGINAL
para manobrar e, com isso, flanquear posições inimigas próximas da PraDbq; e
- quanto mais baixa estiver a maré, mais larga estará a praia possibilitando um
desembarque com poucas possibilidades de ser detectado pelos postos de
escuta/vigilância existentes em terra.
Como desvantagem de um desembarque na baixa-mar temos a possibilidade
maior de encalhe das embarcações e a necessidade de realizar um deslocamento
maior por área descoberta.
c) Seleção da Hora-H
A fixação da Hora-H é influenciada pelo tempo estimado para as ações em terra.
Entretanto, a programação de horários deverá levar em conta os atrasos
previsíveis. Todos os horários devem ser verificados nos vários ensaios, que
devem ser realizados sob condições semelhantes às esperadas na área de
operações. Sempre que possível, o ataque e a retirada devem ser executados sob
condições de baixa luminosidade.
d) Apoio de serviços ao combate
O planejamento do ApSvCmb para a IncAnf visa prover o apoio mínimo ao
cumprimento da missão.
Os suprimentos conduzidos pela ForInc se restringem à carga prescrita,
estabelecida no planejamento e testada no ensaio.
Geralmente não é previsto o reabastecimento de uma ForInc. Contudo, poderá
ser necessário o lançamento aéreo de suprimento Classe I e V, caso o inimigo
obtenha sucesso em retardar a retirada da ForInc. Em casos excepcionais, será
possível o pré-posicionamento de suprimentos e/ou equipamentos em certos
locais, por meios clandestinos.
Quantidades adicionais de equipamentos críticos poderão ser desembarcadas ou
transportadas nos navios como “itens de segurança”.
Todos os equipamentos empregados pela ForInc deverão ser inspecionados e
testados sob as condições reais da operação, principalmente durante os ensaios.
O apoio de saúde tem como principal preocupação a evacuação e o tratamento
imediato das baixas, que devem ser evacuadas o mais cedo possível e pelos
meios mais rápidos disponíveis.
5.5 - ADESTRAMENTO
Todos os elementos designados para uma Incursão Anfíbia devem ser concentrados, o
OSTENSIVO CGCFN-1-1
OSTENSIVO - 5-17 - ORIGINAL
mais cedo possível, para adestramento em conjunto.
De maneira geral os integrantes de uma ForInc são selecionados por sua experiência,
moral, grau de adestramento e, quando possível, por sua experiência prévia de combate.
Também devem ser levados em consideração suas condições de higidez física e mental.
Geralmente a ForInc inicia o adestramento com um efetivo superior ao previsto para a
execução da operação em razão dos cortes que ocorrerão nesta fase.
A principal finalidade do adestramento é familiarizar cada militar com sua tarefa na
operação e também com a relação existente entre ela e a dos demais elementos, bem
como com o plano geral da operação. A experiência colhida da história militar tem
demonstrado a importância de todo o pessoal conhecer perfeitamente o que lhe compete
realizar na operação.
Muitas vezes é necessário começar o adestramento com assuntos básicos, tais como
natação, armamento, tiro, fuga e evasão, operação de equipamentos de visão noturna e
explosivos. Há também assuntos que exigem um enfoque especial por serem aspectos
do adestramento, geralmente necessários à execução de qualquer IncAnf, como
reconhecimento, operações noturnas, operações helitransportadas, técnicas de
sobrevivência, combate corpo-a-corpo, ultrapassagem de obstáculos e comunicações.
O adestramento individual, sempre que possível, é conduzido simultaneamente com o
adestramento da unidade.
5.5.1 - Ensaios
Os ensaios assumem importância considerável na preparação das IncAnf. São
necessários ensaios gerais, para se obter precisão e rapidez na execução da IncAnf.
Todas as Forças participantes são treinadas em todos os detalhes de desembarque,
operações em terra, retirada e reembarque. O quadro de horários, vital na IncAnf, não
pode ser estimado com precisão ou aceito sem adequados ensaios de toda a ForInc.
O propósito e a conduta dos ensaios em IncAnf são semelhantes aos do AssAnf. São
realizados para testar as comunicações, verificar os fatores de tempo e distância para
cada fase da IncAnf, assegurar um quadro horário apropriado, familiarizar o pessoal
com o plano de operações e com as técnicas e equipamentos especiais a serem
utilizados, medir a eficiência individual dos elementos, unidades e grupos,
desenvolver a coordenação, resolver problemas e sugerir mudanças necessárias e
incorporar ao plano todas as modificações necessárias.
Os ensaios requerem a distribuição de cartas e fotografias aéreas, modelos reduzidos
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  • 3. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - II - ORIGINAL ATO DE APROVAÇÃO APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-1-1 - MANUAL DE OPERAÇÕES ANFÍBIAS DOS GRUPAMENTOS DE FUZILEIROS NAVAIS. RIO DE JANEIRO, RJ. Em 12 de novembro de 2008. ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO Almirante-de-Esquadra (FN) Comandante-Geral ASSINADO DIGITALMENTE AUTENTICADO PELO ORC RUBRICA Em_____/_____/_____ CARIMBO
  • 4. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - III - ORIGINAL ÍNDICE PÁGINAS Folha de Rosto................................................................................................................ I Ato de Aprovação........................................................................................................... II Índice .............................................................................................................................. III Introdução....................................................................................................................... VII CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES 1.1 - Conceitos Básicos......................................................................................... 1-1 1.2 - Propósitos ..................................................................................................... 1-2 1.3 - Fases das Operações Anfíbias ...................................................................... 1-3 1.4 - Término da Operação Anfíbia ...................................................................... 1-4 1.5 - Operações Subseqüentes............................................................................... 1-4 CAPÍTULO 2 - ORGANIZAÇÃO DAS FORÇAS E RELAÇÕES DE COMANDO NAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS 2.1 - Princípios de Organização da ForTarAnf..................................................... 2-1 2.2 - Força Naval................................................................................................... 2-1 2.3 - Força de Desembarque ................................................................................. 2-3 2.4 - Grupo de Ataque e Grupo de Desembarque................................................. 2-4 2.5 - Força Avançada ............................................................................................ 2-5 2.6 - Força de Apoio ............................................................................................. 2-5 2.7 - Força Aérea................................................................................................... 2-5 2.8 - Relações de Comando nas Operações Anfíbias............................................ 2-6 CAPÍTULO 3 - OPERAÇÕES PREPARATÓRIAS 3.1 - Conceitos Básicos......................................................................................... 3-1 3.2 - Operações de Apoio...................................................................................... 3-1 3.3 - Operações de Força Avançada...................................................................... 3-3 3.4 - Apoio de Fogo à Força Avançada ................................................................ 3-6 3.5 - Coordenação com Outras Forças.................................................................. 3-6 3.6 - Desembarque Subsidiário ............................................................................. 3-7 3.7 - Despistamento............................................................................................... 3-8 CAPÍTULO 4 - ASSALTO ANFÍBIO 4.1 - Características............................................................................................... 4-1 4.2 - Requisitos para Realização de um Assalto Anfíbio...................................... 4-1
  • 5. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - IV - ORIGINAL 4.3 - Término do Assalto Anfíbio......................................................................... 4-2 CAPÍTULO 5 - INCURSÃO ANFÍBIA 5.1 - Generalidades............................................................................................... 5-1 5.2 - Relações de Comando e Organização.......................................................... 5-4 5.3 - Inteligência................................................................................................... 5-7 5.4 - Planejamento................................................................................................ 5-9 5.5 - Adestramento ............................................................................................... 5-16 5.6 - Execução ...................................................................................................... 5-18 CAPÍTULO 6 - RETIRADA ANFÍBIA 6.1 - Generalidades............................................................................................... 6-1 6.2 - Características .............................................................................................. 6-1 6.3 - Organização e Relações de Comando.......................................................... 6-2 6.4 - Planejamento................................................................................................ 6-2 6.5 - Execução ...................................................................................................... 6-3 6.6 - Armas de Apoio ........................................................................................... 6-3 6.7 - Apoio de Serviços ao Combate.................................................................... 6-3 6.8 - Embarque ..................................................................................................... 6-4 CAPÍTULO 7 - DEMONSTRAÇÃO ANFÍBIA 7.1 - Características .............................................................................................. 7-1 7.2 - Tipos de Demonstração Anfíbia................................................................... 7-1 7.3 - O Planejamento de uma Demonstração Anfíbia no Interior da Área do Objetivo....................................................................................................... 7-1 7.4 - Dimensionamento da Força de Demonstração............................................. 7-3 7.5 - Armas de Apoio ........................................................................................... 7-3 7.6 - Ensaio........................................................................................................... 7-3 7.7 - Execução ...................................................................................................... 7-4 CAPÍTULO 8 - A FASE DO PLANEJAMENTO 8.1 - Generalidades............................................................................................... 8-1 8.2 - O Planejamento das Operações Anfíbias ..................................................... 8-2 CAPÍTULO 9 - AS FASES DO EMBARQUE, ENSAIO E TRAVESSIA 9.1 - Embarque ..................................................................................................... 9-1 9.2 - Ensaio........................................................................................................... 9-7 9.3 - Travessia ...................................................................................................... 9-11
  • 6. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - V - ORIGINAL CAPÍTULO 10 - A FASE DO ASSALTO 10.1 - Conceito...................................................................................................... 10-1 10.2 - Etapas do Assalto........................................................................................ 10-1 10.3 - Preparação Final da Área de Desembarque................................................ 10-1 10.4 - Movimento Navio-para-Terra..................................................................... 10-5 10.5 - Desembarque dos Elementos de Assalto .................................................... 10-6 10.6 - Ações em Terra........................................................................................... 10-6 10.7 - Operações de Junção................................................................................... 10-13 10.8 - Desembarque de Outros Elementos da ForDbq.......................................... 10-13 10.9 - Provisão dos Apoios Logístico, Aéreo e Naval.......................................... 10-14 CAPÍTULO 11 - A DEFESA DE UMA CABEÇA-DE-PRAIA 11.1 - Introdução................................................................................................... 11-1 11.2 - Fundamentos da Defesa.............................................................................. 11-2 11.3 - Organização da Área de Defesa.................................................................. 11-9 11.4 - Planejamento............................................................................................... 11-10 11.5 - Inteligência ................................................................................................. 11-13 11.6 - Apoio ao Combate ...................................................................................... 11-14 11.7 - Conduta da Defesa...................................................................................... 11-14 CAPÍTULO 12 - APOIO AO COMBATE 12.1 - Generalidades ............................................................................................. 12-1 12.2 - Artilharia de Campanha.............................................................................. 12-1 12.3 - Artilharia Antiaérea .................................................................................... 12-1 12.4 - Fogo Naval.................................................................................................. 12-2 12.5 - Apoio Aéreo................................................................................................ 12-3 12.6 - Coordenação do Apoio de Fogo (CAF)...................................................... 12-3 12.7 - Apoio de Blindados .................................................................................... 12-3 12.8 - Engenharia .................................................................................................. 12-4 12.9 - Comunicações............................................................................................. 12-4 12.10 - Guerra Eletrônica...................................................................................... 12-5 12.11 - Reconhecimento e Vigilância................................................................... 12-5 12.12 - Defesa Anticarro....................................................................................... 12-6 CAPÍTULO 13 - APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE 13.1 - Generalidades ............................................................................................. 13-1
  • 7. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - VI - ORIGINAL 13.2 - Planejamento.............................................................................................. 13-1 13.3 - Estrutura de ApSvCmb .............................................................................. 13-2 13.4 - Execução .................................................................................................... 13-5 13.4 - Funções Logísticas..................................................................................... 13-7
  • 8. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - VII - ORIGINAL INTRODUÇÃO 1 - PROPÓSITO A presente publicação tem o propósito de apresentar os conceitos básicos e os fundamentos para o emprego de Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) na realização de Operações Anfíbias (OpAnf). 2 - DESCRIÇÃO Esta publicação está dividida em treze capítulos e um anexo. O capítulo 1 consiste em uma apresentação genérica das OpAnf; no capítulo 2, é apresentada a organização das forças e relações de comando nas OpAnf; o capítulo 3 apresenta as operações preparatórias; os capítulos de 4 a 7 descrevem o assalto anfíbio, a incursão anfíbia, a retirada anfíbia e a demonstração anfíbia; o capítulo 8 apresenta a fase do planejamento; o capítulo 9 as fases do embarque, ensaio e travessia; o capítulo 10 aborda a fase do assalto; o capítulo 11 trata da defesa de uma cabeça-de-praia; o capítulo 12 enfoca o apoio ao combate e por fim, o capítulo 13 abrange o apoio de serviços ao combate. 3 - CLASSIFICAÇÃO Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 Manual de Publicações da Marinha em: PMB, não controlada, ostensiva, básica e manual. 4 - SUBSTITUIÇÃO Esta publicação substitui a CGCFN-2200 - Manual de Operações Anfíbias dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, 1ª edição, aprovada em 25 de junho de 2004, preservando seu conteúdo, que será adequado ao previsto no Plano de Desenvolvimento da Série CGCFN (PDS-2008), quando de sua próxima revisão.
  • 9. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 1 GENERALIDADES 1.1 - CONCEITOS BÁSICOS 1.1.1 - Operações Anfíbias (OpAnf) Operação de Guerra Naval lançada do mar, por uma Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), sobre um litoral hostil ou potencialmente hostil. Compreende as seguintes modalidades: assalto anfíbio, incursão anfíbia, demonstração anfíbia e a retirada anfíbia. É conhecida como a mais complexa das operações militares devido à diversidade de meios navais, aeronavais e de Fuzileiros Navais, podendo incluir ainda meios das outras Forças Singulares, o que requer grande coordenação e sincronização das ações para a sua execução. 1.1.2 - Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf) Denomina-se ForTarAnf a Força organizada por Tarefas, composta de Unidades Navais, de Força de Desembarque e de Unidades Aéreas embarcadas, sob o comando de um Oficial da Marinha do Corpo da Armada, destinada a realizar uma operação anfíbia. 1.1.3 - Força de Desembarque (ForDbq) É a designação genérica dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) destinados à realização das OpAnf. 1.1.4 - Comandante da Força-Tarefa Anfíbia (ComForTarAnf) Oficial do Corpo da Armada designado para conduzir uma OpAnf e que tem sob sua responsabilidade uma área geográfica, a Área do Objetivo Anfíbio (AOA), na qual tem autoridade para controlar todas as atividades das forças amigas, caso afetem a(s) operação(ões) a seu cargo. 1.1.5 - Comandante da Força de Desembarque (ComForDbq) Oficial do Corpo de Fuzileiros Navais, designado para conduzir, a partir do desembarque, o desencadeamento das ações sobre os objetivos terrestres que estão localizados no interior da AOA. 1.1.6 - Assalto Anfíbio (AssAnf) Ataque lançado do mar para, mediante um desembarque, estabelecer firmemente uma ForDbq em terra. Tal desembarque é executado por meios de superfície e/ou aéreos e apoiado por meios navais e/ou aéreos.
  • 10. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL 1.1.7 - Incursão Anfíbia (IncAnf) Operação realizada por ForTarAnf, envolvendo uma rápida penetração ou a ocupação temporária de objetivos em terra, seguida de uma retirada planejada. 1.1.8 - Demonstração Anfíbia (DemAnf) Compreende a aproximação de território inimigo por Forças Navais, inclusive com meios que caracterizem uma OpAnf, sem o efetivo desembarque de tropa. 1.1.9 - Retirada Anfíbia (RdaAnf) Modalidade de OpAnf que consiste na evacuação ordenada e coordenada de forças de um litoral hostil, por meio de navios, embarcações e/ou aeronaves. 1.2 - PROPÓSITOS Cada modalidade de OpAnf, ao ser realizada, concorre para um ou mais dos seguintes propósitos: 1.2.1 - Assalto Anfíbio - conquistar área para o posterior lançamento de ofensiva terrestre; - conquistar área para o estabelecimento de base avançada; e - negar ao inimigo o uso de áreas ou instalações. 1.2.2 - Incursão Anfíbia - destruir ou neutralizar material e instalações; - criar uma diversão tática; - inquietar o inimigo; - elevar o moral da tropa (propósito psicológico); - apoiar forças amigas; - reconhecer uma área e obter informações; e - capturar, evacuar e resgatar pessoal e/ou material. 1.2.3 - Demonstração Anfíbia - confundir o inimigo quanto ao local da operação principal; - induzir o inimigo a empreender ações que lhes sejam desfavoráveis; e - criar uma diversão. 1.2.4 - Retirada Anfíbia - permitir que uma força desengaje de inimigo cujo poder de combate lhe é superior; e - permitir o emprego de uma força em outra região.
  • 11. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL 1.3 - FASES DAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS Embora as fases aqui relacionadas refiram-se ao AssAnf, os conceitos e princípios são aplicáveis, também, às outras modalidades de OpAnf. A seqüência natural das fases pode ser alterada devido à premência de tempo para deslocar a ForTarAnf ou devido ao sigilo da operação. Nessas situações o embarque ocorreria antes do planejamento. 1.3.1 - Planejamento Corresponde ao período decorrido desde a expedição de uma Diretiva Inicial (DI) para uma OpAnf até o embarque dos meios. Embora o planejamento da operação não cesse efetivamente ao término dessa fase, é conveniente distinguí-la, devido às diferenças que ocorrerão nas relações de comando. 1.3.2 - Embarque Compreende o período durante o qual as forças e seus meios são embarcados nos navios previamente designados. Esta fase estará terminada com a partida dos navios. 1.3.3 - Ensaio É o período durante o qual a operação é ensaiada, ocorrendo, normalmente, durante a Travessia. O Ensaio é realizado para testar a adequação dos planos, proporcionando a familiarização da tropa embarcada com os mesmos. Nele é feita a medida de tempo dos eventos de forma a confirmar o quadro-horário elaborado para a operação. Serão testadas, ainda, a prontificação do pessoal e das comunicações. Antes do Ensaio, assim como antes do desembarque, deverão ser ministrados “briefings” sobre a operação e disseminadas as medidas de segurança destinadas a preservar o sigilo da mesma. 1.3.4 - Travessia A Travessia abrange o movimento de uma ForTarAnf desde as áreas de embarque até as áreas previstas no interior da Área de Desembarque (ADbq). Nesta fase deverão ser realizados para a tropa exercícios de “Guarnecer Postos de Abandono” e instrução de “Controle de Avarias e Combate a Incêndios”. O tempo disponível nessa fase deverá ser utilizado para disseminar as alterações no planejamento, se houver, divulgar informações e instruções, bem como realizar adestramentos possíveis, conforme necessário. Serão realizados treinamento físico-militar, exercícios de tiro e exercícios de embarque em viaturas anfíbias ou aeronaves, oportunidade na qual poderão ser
  • 12. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL prontificados os manifestos de embarque. Nesta fase, é importante a verificação diária de pessoal pela manhã, onde deverá ser observada, rigorosamente, pelo mais antigo de cada fração, a presença física e o estado de higidez de todos os elementos. 1.3.5 - Assalto Corresponde ao período entre a chegada do Corpo Principal da ForTarAnf à ADbq e o término da OpAnf, compreendendo o Movimento Navio-para-Terra (MNT) e as ações conduzidas em terra. É nesta fase que a ForDbq é projetada em terra para cumprir suas missões, de acordo com um conceito de operação próprio, denominado Conceito de Operação em Terra (COT), sendo este uma decisão fundamental que engloba aspectos atinentes aos componentes da força (CteC, CCT, CASC e CteCA) e os de importância para análise pela força naval. A fase do assalto compreende as seguintes etapas: - preparação final da ADbq; - MNT por superfície e/ou por helicópteros; - desembarque dos elementos de assalto da ForDbq; - ações em terra para a conquista da CP ou execução das tarefas planejadas; - desembarque de outros elementos da ForDbq, geralmente de apoio ao combate (ApCmb) e de apoio de serviços ao combate (ApSvCmb), para a execução de tarefas que possibilitem o prosseguimento das ações em terra; e - provisão do apoio de fogo naval e aéreo e do apoio logístico. 1.4 - TÉRMINO DA OPERAÇÃO ANFÍBIA A OpAnf será considerada terminada imediatamente após o cumprimento da missão do ComForTarAnf, de acordo com o estabelecido na DI. 1.5 - OPERAÇÕES SUBSEQÜENTES As operações que se sucedem ao término da OpAnf são denominadas operações subseqüentes e não constituem parte da OpAnf. A DI deverá conter as instruções sobre a dissolução da ForTarAnf após o término da operação, sobre as relações de comando e o destino das forças envolvidas.
  • 13. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 2 ORGANIZAÇÃO DAS FORÇAS E RELAÇÕES DE COMANDO NAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS 2.1 - PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO DA ForTarAnf As considerações que orientam a organização por tarefas de uma Força para cumprir determinada missão aplicam-se às OpAnf. Contudo, a organização para a execução de uma OpAnf reflete o inter-relacionamento, em todos os escalões, entre as tarefas da ForDbq, da Força Naval correspondente e dos elementos da Força Aérea, se for o caso. Este relacionamento exige que seja dada especial ênfase à organização de grupamentos por tarefas correlatas, à economia de meios e às cadeias de comando paralelas. 2.1.1 - Organização por tarefas correlatas Após a missão ter sido analisada e após o dimensionamento das forças necessárias para executar as tarefas decorrentes, a ForDbq é organizada de acordo com essas tarefas. Paralelamente é estabelecida uma organização por tarefas na ForTarAnf, observando-se as tarefas que guardam relação mútua, dando origem aos componentes que apoiarão a ForDbq. A organização da ForTarAnf é baseada, portanto, na necessidade de se projetar a ForDbq em terra. 2.1.2 - Economia de meios Na condução de uma OpAnf há necessidade de emprego de considerável número de navios de desembarque. A limitada disponibilidade destes meios requer que a ForDbq seja organizada de forma a otimizar a utilização dos meios disponíveis. 2.1.3 - Cadeias de comando paralelas O inter-relacionamento das tarefas das forças navais e da ForDbq durante o planejamento e a execução de uma OpAnf requer o estabelecimento de cadeias de comando paralelas e de níveis de comando que se correspondam em todos os escalões da ForTarAnf. 2.1.4 - Designação numérica A ForTarAnf será designada por um número de dois ou três algarismos, precedido da sigla FT (FT 44, FT 301). A ForDbq será designada por uma dezena ou centena superior à da ForTarAnf (FT 54, FT 401). 2.2 - FORÇA NAVAL Os elementos navais de uma ForTarAnf podem incluir alguns dos grupos-tarefa (GT) a seguir relacionados, na medida em que forem necessários para a operação.
  • 14. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL Buscando a simplicidade e um controle eficaz, dois ou mais desses grupos poderão ser combinados. Outros, se necessário, poderão ser acrescentados. As organizações listadas são, normalmente, empregadas podendo ser alteradas a critério do ComForTarAnf. 2.2.1 - Grupo de transporte Este grupo é ativado visando ao embarque, à travessia, ao desembarque e ao apoio de serviços ao combate. Compreende todos os navios nos quais a ForDbq embarcará, inclusive os que transportarão helicópteros e a tropa a ser helitransportada, se for o caso. As embarcações de desembarque (ED) que serão utilizadas no MNT são orgânicas deste GT ou a ele incorporadas. 2.2.2 - Grupo de controle Formado por pessoal, navios e embarcações designados para controlar o MNT por superfície. 2.2.3 - Grupo de controle aerotático Grupo embarcado, constituído pelo pessoal necessário para operar o Centro de Controle Aerotático (CCAT) e os Centros de Direção Aerotática (CDAT), destinados ao controle das operações aéreas. 2.2.4 - Grupo de apoio de fogo Grupo de navios designados para prover o apoio de fogo naval (ApFN) ao desembarque e às operações em terra. 2.2.5 - Grupo de NAe de apoio Organização por tarefa nucleada por Navio Aeródromo com suas aeronaves e navios de apoio, destinada a prover o apoio aeronaval à ForTarAnf. 2.2.6 - Grupo de cobertura Anti-submarino (AS) Organização por tarefas que provê a cobertura AS à ForTarAnf durante a travessia e na Área do Objetivo Anfíbio (AOA). 2.2.7 - Grupo de minagem e varredura Organização por tarefas encarregada de conduzir as operações navais de minagem, ofensivas ou defensivas, em apoio à ForTarAnf. 2.2.8 - Grupo de reconhecimento e demolição submarina (GRDS) Organização por tarefas que inclui navios, elementos embarcados, especializados em reconhecimento, e equipes de demolição submarina, responsável pela condução de reconhecimento, inclusive hidrográfico, e demolição de obstáculos submarinos
  • 15. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL naturais e/ou artificiais. 2.2.9 - Grupo de operações subaquáticas em águas interiores e costeiras Organização por tarefas que provê a detecção e a destruição de alvos inimigos de superfície e submarinos, no interior da parte marítima da AOA. Normalmente, é constituída por um Grupo de Esclarecimento e um Grupo de Ataque (GpAtq). 2.2.10 - Grupo de cobertura aproximada Organização por tarefas que provê proteção à ForTarAnf contra ataques de aeronaves e navios de superfície. Constituída, normalmente, por Fragatas, Contratorpedeiros e Navios Aeródromos. 2.2.11 - Grupo de demonstração Grupo subordinado à ForTarAnf, organizado para conduzir operações diversionárias. Pode incluir Grupos de Desembarque (GpDbq) e elementos de quaisquer organizações que compõem a Força Naval, para simular uma OpAnf. É comum utilizar-se a reserva do Componente de Combate Terrestre (CCT) e os navios que a transportam, para compor o Grupo de Demonstração. Neste caso, é importante ter em mente que esses elementos deverão ser reincorporados tão logo possível. 2.3 - FORÇA DE DESEMBARQUE A ForDbq é um GptOpFuzNav destinado à realização de Operações Anfíbias. Como tal, sua estrutura básica e seus possíveis tipos são detalhados no CGCFN-0-1 Manual de Organização e Emprego dos GptOpFuzNav. No caso específico da Incursão Anfíbia, a ForDbq é denominada tradicionalmente de Força de Incursão (ForInc), mesmo quando constituída por um GpAtq. A organização da ForDbq e a natureza dos elementos que a compõem lhe conferem as seguintes características, em maior ou menor grau, dependendo do seu vulto: - prontidão para um rápido emprego; - versatilidade de emprego, na maioria dos ambientes e níveis de conflito; - capacidade de atuar independente de outra força em terra; - capacidade de coordenar ações terrestres e aéreas; e - capacidade de ficar baseada em navios. O AssAnf exige que a ForDbq seja organizada de diversas formas ao longo das diferentes fases da operação. São organizações temporárias, adotadas, particularmente, para o embarque e para o desembarque. O detalhamento dessas organizações se
  • 16. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL encontra no CGCFN-0-1 Manual de Organização e Emprego de GptOpFuzNav. A fim de apoiar o conceito da operação, a Organização para o Desembarque deverá ser capaz de atender aos seguintes aspectos: - máximo poder de combate possível nas praias e zonas de desembarque; - meios para se interiorizar com rapidez, permitindo flexibilidade e um crescimento rápido e sustentável do poder de combate, à medida que o ataque prosseguir; - máximo emprego de todos os meios de desembarque disponível; - máxima dispersão possível, sem deixar de atender aos requisitos táticos; - flexibilidade suficiente para explorar as fraquezas do sistema defensivo inimigo; - emprego em terra de cada elemento integrante da ForDbq quando assim se fizer necessário; e - integridade tática compatível para realização das tarefas necessárias ao cumprimento da missão. 2.4 - GRUPO DE ATAQUE E GRUPO DE DESEMBARQUE Em certas circunstâncias, pode ser necessário dividir a Força Naval componente da ForTarAnf e a ForDbq em dois ou mais pares de GT denominados, respectivamente, GpAtq e GpDbq. Esses grupos são formados por elementos das mesmas organizações que compõem a Força Naval e a ForDbq. A decisão de formá-los será tomada pelo ComForTarAnf, após consulta ao ComForDbq, quando ocorrer assalto simultâneo, ou quase simultâneo, em áreas tão afastadas que impeçam o controle eficaz por um único comandante tático, quando o vulto das Forças envolvidas impedir um controle centralizado eficaz ou quando existirem tarefas a serem executadas em momentos defasados. 2.4.1 - Grupo de ataque É uma organização-por-tarefas de elementos pertencentes à Força Naval. É constituído por navios de assalto e unidades de apoio designados para transportar, proteger, desembarcar e apoiar um GpDbq. 2.4.2 - Grupo de desembarque É uma organização-por-tarefas de elementos pertencentes à ForDbq. É composto por tropas especialmente organizadas, e por unidades aéreas, quando designadas, capazes de conduzir operações de desembarque contra objetivos que por sua localização não permitam sua conquista por tropas que operem sob um único comando tático ou para executar tarefas defasadas no tempo em relação às executadas pela ForDbq.
  • 17. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL 2.5 - FORÇA AVANÇADA Esta organização é um grupo subordinado à ForTarAnf, que precede o seu corpo principal na AOA. Destina-se a preparar a ADbq para o assalto, pela condução de ações de reconhecimento, bombardeio preliminar, minagem e contra-minagem, demolição submarina e operações aéreas. Pode incluir elementos de quaisquer das organizações que compõem a Força Naval e ainda um Grupo de Demonstração. Se for necessária a execução de desembarques subsidiários um GpDbq poderá ser incluído na Força Avançada (ForAvç). Os desembarques subsidiários permitem a conquista de ilhas ou promontórios para, se for o caso, estabelecer posições de artilharia em apoio ao desembarque principal ou, ainda, para executar operações de reconhecimento. A ForAvç é, normalmente, dissolvida quando da chegada do corpo principal da ForTarAnf à AOA, sendo os seus componentes reincorporados aos grupos componentes da ForTarAnf. O exato momento da desativação e da reincorporação precisa ser disseminado, de forma que todos os comandos envolvidos sejam informados da mudança de responsabilidade. 2.6 - FORÇA DE APOIO Há ocasiões em que outras Forças podem receber a tarefa de apoiar uma OpAnf sem que façam parte da ForTarAnf. A participação dessas Forças será regulada pelo comandante superior comum, com base nas necessidades apresentadas pelo ComForTarAnf ou por ele mesmo determinadas. 2.7 - FORÇA AÉREA Quando for estabelecida a Estrutura Militar de Guerra (EMG), farão parte do Teatro de Operações Marítimo (TOM) uma Força Naval do TOM (FNTOM) e uma Força Aérea do TOM (FATOM), das quais serão constituídas, respectivamente, a(s) Força(s) Tarefa Anfíbia(s) e a(s) Força(s) Aerotática(s) para o cumprimento de tarefas visando à consecução da campanha no referido TOM. Haverá, no comando da FNTOM, um Oficial de Ligação Aéreo (OLA) da FATOM e, no comando da FATOM, um Oficial de Ligação Naval (OLN) da FNTOM. Junto ao Centro de Operações de Combate (COC) da ForTarAnf, que opera no navio capitânia da Força, haverá uma Equipe de Controle Aerotático (ECAT-Bordo), que é o órgão de controle aerotático da estrutura organizacional da FATOM; o mesmo ocorrerá no nível da ForDbq, quando esta se estabelecer em terra (ECAT-Terra), e no nível do
  • 18. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL CCT, no Centro de Coordenação de Apoio de Fogo (CCAF) do CCT. Existirão, ainda, no nível unidade, Controladores Aéreos Avançados (CAA), oficiais da Força Aérea que acompanharão cada Grupamento de Desembarque de Batalhão (GDB) durante a OpAnf, podendo haver, também, um OLA junto ao CCAF do GDB. 2.8 - RELAÇÕES DE COMANDO NAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS 2.8.1 - Considerações básicas Em qualquer operação militar, a unidade de comando é essencial. Entretanto, durante a fase do planejamento de uma OpAnf, não existe essa unidade em face da impossibilidade de se vincular forças diferentes, nas circunstâncias existentes. A unidade de comando torna-se possível e indispensável a partir do início da fase do embarque, quando a ForDbq é integrada à ForTarAnf. As peculiaridades necessárias ao transporte e ao desembarque na AOA determinam que a tropa seja fracionada. Assim, as circunstâncias forçam a degradação da integridade organizacional e tática da ForDbq, enquanto a integridade da Força Naval é mantida intacta. No início da fase do Assalto, a integridade da ForDbq encontra-se praticamente nula. Com o movimento dos elementos da ForDbq para a praia, inicia-se uma reconstituição gradual dessa integridade. Somente após certo período e progresso tático é que a ForDbq começa a readquirir sua integridade e auto-suficiência. Assim, nessas circunstâncias, a unidade de comando precisa ser exercida pelo ComForTarAnf, pois a iniciativa e a capacidade de projetar a ForDbq, assim como o poder de ataque contra a praia hostil, permanecem sob o controle da Força Naval. Durante esse período de extrema vulnerabilidade, a ForDbq ainda não possui a capacidade necessária para impor seu poder de combate. Uma vez alcançada a plena capacidade de atuação da ForDbq, o Comando e a responsabilidade pelas operações em terra devem passar para o ComForDbq, assim permanecendo até o término da OpAnf, quando são iniciadas as operações terrestres subseqüentes. Na eventualidade de o embarque ocorrer antes do término da fase do planejamento, a subordinação anteriormente citada não deve ser observada para efeitos de condução do planejamento, tendo em vista a necessidade de se observar o paralelismo entre os dois comandos durante esta atividade. 2.8.2 - Relações com o Comando Imediatamente Superior (ComImSup) O ComImSup do ComForTarAnf é, normalmente, o Comandante do Teatro de Operações Marítimo (COMTOM). Entretanto, quando a OpAnf fizer parte de uma
  • 19. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL série de operações que se desenvolvam numa grande área geográfica, poderá ser designado um Comandante-Geral da Operação, que ficará em escalão acima do ComForTarAnf e subordinado ao COMTOM. 2.8.3 - Designação de comandantes O ComForTarAnf será sempre um oficial do Corpo da Armada, assim como o ComForDbq será um oficial do Corpo de Fuzileiros Navais, e ambos serão designados na Diretiva Inicial. Os Comandantes dos GT que constituem a ForTarAnf, quando não nomeados na Diretiva Inicial, serão designados pelo ComForTarAnf. Quando elementos ponderáveis da Força Aérea forem designados para tomar parte na Operação, seu Comandante será um Oficial da Força Aérea, também designado na Diretiva Inicial (DI). As relações entre os elementos da Força Naval e da ForDbq durante o Planejamento e a Execução exigem o estabelecimento de um sistema conhecido como cadeias de comando paralelas, que obedece às seguintes considerações: - exceto durante a fase do Planejamento, o ComForTarAnf é o responsável pelas operações e exerce um grau de autoridade sobre todas as forças necessárias ao sucesso da Operação; - o ComForTarAnf e o ComForDbq estão em escalões correspondentes de comando, com relação às suas respectivas Forças; - comandos correspondentes são estabelecidos em cada escalão subordinado, tanto nos componentes da Força Naval como na ForDbq; - para assuntos que afetem somente a Força Naval, o comando é exercido pelo ComForTarAnf, através da sua cadeia de comando; - para assuntos que afetem somente a ForDbq, o comando é exercido pelo ComForDbq, através da cadeia de comando da ForDbq; e - para assuntos que afetem tanto a Força Naval quanto a ForDbq, o comando é exercido através das cadeias de comando paralelas. Os Comandantes da Força Naval e da ForDbq, em todos os escalões, devem manter a mais estreita coordenação, a fim de que nenhuma decisão tomada por um componente, que afete um outro, seja posta em vigor sem consulta prévia aos Comandantes interessados, exceto em caso de emergência.
  • 20. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL 2.8.4 - Comando durante a fase do planejamento Os Comandantes componentes da ForTarAnf designados pela autoridade superior emissora da DI, apresentam-se ao ComForTarAnf para dar início ao planejamento da OpAnf. O ComForTarAnf é o responsável pela preparação geral dos planos para a operação em curso e atua como autoridade coordenadora na condução do planejamento. Durante a fase do planejamento, não existe subordinação entre o ComForDbq, o(s) Comandante(s) da(s) Força(s) de Apoio (ComForAp) e o ComForTarAnf, os assuntos sobre os quais esses comandos não cheguem a um acordo, serão levados ao escalão superior para decisão. As relações de Comando são as apresentadas na Fig 2.1. Unidades da ForTarAnf ComForTarAnf Unidades da ForDbq ComForDbq ComImSup Legenda: Comando Coordenação ComForAp Fig 2.1 - Comando durante a fase do Planejamento 2.8.5 - Comando durante a execução A condução de uma OpAnf deve ser de responsabilidade de um único comandante a fim de se conseguir a unidade de comando. Como durante a fase do planejamento existem dois ou mais comandantes, na execução (fases do embarque, ensaio, travessia para a Área do Objetivo e assalto) terão que ocorrer mudanças nas relações de comando. Ao iniciar-se a execução da operação, o ComForTarAnf assume total responsabilidade pela OpAnf, ficando investido da autoridade necessária e suficiente para assegurar o sucesso da operação. O ComForTarAnf exerce sua autoridade por meio dos comandantes da sua organização por tarefas e estes, por sua vez, a exercem através de suas respectivas cadeias de comando. Nesta situação o ComForDbq passa
  • 21. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL a ficar subordinado ao ComForTarAnf e as relações de comando passam a ser as apresentadas na Fig 2.2. Unidades da ForTarAnf ComForTarAnf Unidades da ForDbq ComForDbq ComImSup Legenda: Comando Coordenação ComForAp Fig 2.2 - Comando durante a Execução O ComForTarAnf exercerá o controle operativo, desde que prescrito na DI, sobre forças que, não fazendo parte da ForTarAnf, vierem a operar na AOA, após a chegada da ForAvç ou da própria ForTarAnf. Quando essas Forças forem apenas atravessar a AOA, esse controle será exercido somente no grau necessário para evitar ou diminuir interferências mútuas. 2.8.6 - Comandos Paralelos subordinados Na ForTarAnf existe um tipo de relação de comando limitada, especialmente estabelecida entre Comandantes correspondentes, situados em escalões subordinados. Quando Comandos subordinados paralelos tiverem que executar uma tarefa comum, esta deverá ser atribuída ao Comandante, entre os dois considerados, que esteja em melhores condições para executá-la. As discordâncias entre dois Comandantes de escalões paralelos devem ser levadas à autoridade superior comum a ambos, para uma decisão final. No entanto, o controle administrativo permanecerá sempre com os comandantes orgânicos dos escalões considerados. 2.8.7 - Organização de grupos-tarefa subordinados Poderá haver necessidade de serem organizados GT subordinados, que serão desfeitos logo que cumpram suas tarefas específicas. Em situações normais, em que não haja necessidade de delegação de comando, as relações de comando serão as
  • 22. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-10 - ORIGINAL apresentadas na figura 2.3. ComForTarAnf ComForDbq ComGpAtq 2 ComGpAtq 1 Outras Unidades da ForDbq ComGpDbq 1 ComGpDbq 2 ComImSup Legenda: Comando Coordenação ComForAp Fig 2.3 - Comando com GT subordinados sem delegação de autoridade de comando 2.8.8 - Comando com grupos-tarefa subordinados com delegação de autoridade de comando A autoridade de comando sobre um escalão paralelo da ForDbq poderá ser delegada a um Oficial do Corpo da Armada, quando: - são executados assaltos simultâneos em áreas tão afastadas, que o eficaz exercício do controle por um só comandante não possa ser exercido; - são conduzidas operações independentes por uma fração da ForTarAnf; e - no caso de operações levadas a efeito por uma ForAvç e pelo seu correspondente GpDbq. A decisão de delegar autoridade de comando sobre elementos da ForDbq é tomada pelo ComForTarAnf, durante a fase do Planejamento, após ouvir o ComForDbq e os comandantes dos elementos subordinados principais. Nesse caso, o ComForTarAnf passa a exercer o comando através dos Comandantes dos GT criados. Sempre que ele tiver que dar a esses GT uma ordem que afete os GpDbq correspondentes deverá, antes disso, informar e ouvir o ComForDbq. Quando houver a formação de GT com delegação de autoridade de comando, será observado o organograma apresentado na figura 2.4 e as relações de comando serão semelhantes às existentes entre o ComForTarAnf e o ComForDbq durante a Execução.
  • 23. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 2-11 - ORIGINAL ComForTarAnf ComForDbq ComGpAtq 2 ComGpAtq 1 Outras Unidades da ForDbq ComGpDbq 1 ComGpDbq 2 ComImSup Legenda: Comando Coordenação ComForAp Fig 2.4 - Comando com GT subordinados com delegação de autoridade de comando 2.8.9 - Transferência de controle do Apoio Aéreo e do Apoio de Fogo Naval No caso do AssAnf, logo que as condições de segurança o permitam e que os órgãos de comando, coordenação, controle e inteligência da ForDbq estejam estabelecidos em terra, o ComForTarAnf poderá delegar ao ComForDbq o controle do Apoio Aéreo (ApAe), do ApFN e, quando necessário, a direção total ou parcial da Defesa Aeroespacial. 2.8.10 - Mudanças nas relações de comando com o término da OpAnf A OpAnf será considerada terminada imediatamente após o cumprimento da missão do ComForTarAnf, de acordo com o estabelecido na Diretiva Inicial. Quando o ComForTarAnf e o ComForDbq considerarem que as condições estipuladas tiverem sido satisfeitas, o ComForTarAnf comunicará ao ComImSup que a missão da ForTarAnf foi cumprida. Essa autoridade determinará o término da OpAnf, dissolverá a ForTarAnf e proverá as necessárias modificações nas relações de comando e na distribuição das Forças.
  • 24. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 3 OPERAÇÕES PREPARATÓRIAS 3.1 - CONCEITOS BÁSICOS 3.1.1 - Definição São denominadas Operações Preparatórias todas as operações conduzidas no interior ou no exterior da AOA, em proveito de uma OpAnf, compreendendo as Operações de Apoio, de Força Avançada (ForAvç) e Pré-Desembarque (Pré-Dbq). Normalmente são realizadas visando: o isolamento da AOA, obtenção de dados, preparação da AOA e despistamento. 3.1.2 - Operações de Apoio São aquelas conduzidas por forças não pertencentes à ForTarAnf, denominadas ForAp, anteriormente ou simultaneamente às operações da ForTarAnf e realizadas em seu proveito. Podem ser executadas dentro ou fora da AOA. As operações conduzidas por forças não pertencentes à ForTarAnf, em apoio à uma OpAnf, após a Hora-H, embora sejam enquadradas como Operações de Apoio, não são consideradas Operações Preparatórias. 3.1.3 - Operações de ForAvç São aquelas realizadas no interior da AOA por componentes da ForTarAnf, antes da chegada do seu Corpo Principal. Os elementos que executam tais operações constituem uma organização por tarefas da ForTarAnf denominada ForAvç. 3.1.4 - Operações Pré-Desembarque Consistem de operações de preparação final para o desembarque, realizadas pelo Corpo Principal da ForTarAnf, dentro da AOA e cujo início ocorre antes da Hora-H. A figura 3.1 apresenta a classificação das Operações Preparatórias: Tipos de Operações Preparatórias Forças Participantes Operações de Apoio ForAp Op de Força Avançada ForAvç Op Pré-Desembarque ForTarAnf Fig 3.1 - Classificação das Operações Preparatórias 3.2 - OPERAÇÕES DE APOIO 3.2.1 - Generalidades Como já mencionado, essas operações são realizadas por forças não pertencentes à
  • 25. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL ForTarAnf, denominadas ForAp, e podem ser executadas dentro ou fora da AOA. Normalmente são executadas antes da OpAnf. Entretanto, em alguns casos, poderão ocorrer simultaneamente com esta, como, por exemplo, quando o isolamento da AOA é feito com o emprego de operações aéreas. Apenas por solicitação do ComForTarAnf é que as operações de apoio são realizadas dentro da AOA e, nesse caso, caberá ao ComForTarAnf a coordenação das mesmas. 3.2.2 - Tarefas As seguintes tarefas podem ser atribuídas às ForAp: a) Isolar a AOA É realizada, principalmente, por meio de operações aéreas destinadas a cortar as linhas de comunicações do inimigo. O ataque às instalações inimigas, por meio de incursões e/ou bombardeio naval, bem como a destruição de seus navios, por ataques de navios ou submarinos, também contribuem para esse isolamento. b) Obter o controle local da AOA O controle é obtido por meio de operações que concorram para a obtenção e/ou manutenção da capacidade aérea e de projeção de poder sobre terra e, ainda, o controle da área marítima. c) Destruir alvos específicos A destruição de alvos específicos na AOA pode ser realizada por meio de ataques aéreos, fogo naval, incursões e/ou operações especiais. d) Inquietar o inimigo A inquietação pode ser obtida por meio de ataques aéreos, fogo naval e incursões. Ela concorre para confundir o inimigo e prejudicar o seu esforço de defesa. e) Realizar operações de guerra psicológica Essas operações são conduzidas para reduzir a vontade de lutar do inimigo. São exemplos dessas operações o lançamento aéreo de panfletos e a transmissão de programas radiofônicos ou de televisão com este intuito. f) Obter dados Dados referentes à AOA, tais como instalações e dispositivo do inimigo podem ser obtidos por meio de: - reconhecimento aéreo, inclusive com o uso de veículos aéreos não-tripulados; - imagens satélite; - fotografias tiradas a partir de submarinos ou de navios de superfície;
  • 26. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL - levantamento realizado por mergulhadores de combate; - incursões; - agentes infiltrados na AOA; e - medidas de apoio à guerra eletrônica (MAGE). g) Destruir ou neutralizar forças inimigas distantes Esta tarefa é cumprida por meio de operações de ataque a bases navais e aéreas, pontos de reunião de carga e instalações de tropas. Ela contribui para livrar a ForTarAnf da interferência de forças inimigas durante a travessia e, principalmente, durante o assalto. h) Despistar Visando a iludir o inimigo quanto ao verdadeiro local de desembarque, pode ser realizada uma operação de apoio para executar uma finta ou demonstração. 3.3 - OPERAÇÕES DE FORÇA AVANÇADA 3.3.1 - Generalidades A ForAvç é uma organização por tarefas, integrante da ForTarAnf, que precede o Corpo Principal, com a função de preparar a AOA para o assalto. Normalmente, a ForAvç é desativada quando o Corpo Principal chega à AOA, ocasião em que seus elementos constitutivos são reintegrados às suas organizações por tarefas de origem. 3.3.2 - Emprego da ForAvç Caso não tenha sido decidido pelo escalão superior, a decisão de empregar uma ForAvç caberá ao ComForTarAnf, o que, normalmente, ocorre logo no início da fase do planejamento, após ouvido o ComForDbq. Na tomada dessa decisão, devem ser avaliadas as vantagens da surpresa tática e/ou estratégica que poderão ser perdidas com operações de preparação da AOA. A surpresa, tática ou estratégica, particularmente esta última, é difícil de ser obtida, principalmente contra um inimigo alerta. Os movimentos da ForTarAnf e sua aproximação da ADbq não devem revelar as Praias de Desembarque (PraDbq) e Zonas de Desembarque (ZDbq) em que o assalto será realizado, pelo menos até que seja efetivamente iniciado o MNT. A surpresa tática, embora desejável, pode não ser imprescindível, desde que os resultados obtidos na preparação da área compensem as desvantagens de sua perda. Quando o sucesso da operação depender da surpresa, e esta não puder ser obtida, poderão ocorrer severas perdas, culminando, inclusive, com o fracasso da operação.
  • 27. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL Em decorrência dessa possibilidade, os Comandantes dos vários escalões deverão pesar cuidadosamente os riscos e os benefícios envolvidos, advindos da utilização ou não de uma ForAvç, antes de sugerir ou decidir pelo seu emprego. O emprego da ForAvç será indicado quando a ADbq selecionada estiver bem organizada para a defesa, com as águas ao largo fortemente minadas, a maioria da forças inimigas guarnecendo as posições e com reservas reduzidas, ou seja, estando em condições de opor-se a um pretenso desembarque. 3.3.3 - Responsabilidades no planejamento das operações a) ComForTarAnf É o responsável pela consolidação das necessidades da ForDbq com as dos demais elementos da ForTarAnf, bem como pela expedição da diretiva ao Comandante da ForAvç. b) ComForDbq É o responsável pela determinação das necessidades da ForDbq em termos de apoio de fogo naval, apoio aéreo, conquista de posições pré-Dia-D, demonstrações, reconhecimento e destruição de posições que ameacem o desembarque, bem como pelo encaminhamento dessas necessidades ao ComForTarAnf. c) Comandante da Força Avançada (ComForAvç) É o responsável pelo planejamento detalhado das operações de sua Força. É designado pelo ComForTarAnf. d) Comandante do Grupo de Desembarque (ComGpDbq) Caso seja empregado o GpDbq, seu Comandante planejará suas ações em conjunto com o ComForAvç, observando os mesmos procedimentos adotados pelo ComForDbq em relação ao ComForTarAnf, caso haja sido delegada autoridade de comando. Caso contrário, ou seja, se não houver essa delegação ao ComForAvç, o ComGpDbq apenas coordenará suas ações com o mesmo. 3.3.4 - Tarefas da Força Avançada a) Destruir defesas em terra Compreende a destruição de defesas nas PraDbq, ZDbq, postos de comando e observação e quaisquer outras instalações que possam ser usadas pelo inimigo para se opor ao assalto. São utilizados, no cumprimento desta tarefa, ataques aéreos, fogo naval e de artilharia, caso esta já tenha desembarcado através de
  • 28. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL desembarque subsidiário, e também incursões. b) Preparar as áreas marítimas Compreende as operações de minagem e contra medidas de minagem, levantamentos hidrográficos e a colocação de redes de proteção. c) Preparar e reconhecer as praias e suas proximidades Na preparação de praias para o desembarque e de suas proximidades, para a passagem de embarcações, navios de desembarque e viaturas anfíbias, todos os obstáculos naturais e artificiais que ameacem a aproximação por mar, o desembarque e o prosseguimento em terra devem ser destruídos. O Grupo de Reconhecimento e Demolição Submarina (GRDS), composto por equipes de Mergulhadores de Combate (MEC) e de Reconhecimento Anfíbio (ReconAnf), realiza a destruição, remoção e balizamento desses obstáculos. d) Isolar a AOA e obter e/ou manter a superioridade aérea local Ataques aéreos, fogo naval e ações de comando são realizados, quando necessário, contra campos de pouso, aeronaves, centro de comunicações e de abastecimento, navios aeródromos e outros alvos críticos, para isolar a AOA e obter e/ou manter a superioridade aérea local. e) Realizar desembarques Pré-Dia-D Podem ser realizados desembarques pré-Dia-D para fins de reconhecimento, destruição ou inquietação; para capturar ilhas ao largo ou promontórios, onde possam ser estabelecidas posições de artilharia, auxílios à navegação, estações de radar e bases logísticas. Unidades de tropa helitransportada e/ou aeroterrestre podem ser empregadas no cumprimento dessas tarefas, incluindo-se o reconhecimento de ZDbq e zona de lançamento (ZL). f) Realizar demonstrações Podem ser conduzidas demonstrações através de Grupos de Demonstração (GpDem), com o propósito de confundir o inimigo em relação a provável ADbq, realizando um despistamento tático. g) Realizar busca de interceptação A ForAvç procura obter o máximo de dados sobre a utilização do espectro eletromagnético pelo inimigo, dentro da AOA e nas suas imediações. Durante essas operações, os meios de comunicações/guerra eletrônica devem ser destruídos ou neutralizados, a fim de preparar a AOA para o assalto. Antes de
  • 29. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL determinar a destruição, deve-se considerar a necessidade de preservação de dados que possam ser obtidos por meio da interceptação das comunicações inimigas. h) Obter dados meteorológicos Quando determinado, observar e transmitir para o ComForTarAnf os dados meteorológicos e oceanográficos da Área de Assalto, particularmente as condições meteorológicas e do mar na Área dos Transportes prevista e as condições de arrebentação. 3.4 - APOIO DE FOGO À FORÇA AVANÇADA A ForAvç deve prever em sua organização a inclusão de unidades que possam prestar o apoio de fogo a seus integrantes, enquanto estes cumprem suas tarefas de preparar a área do objetivo para o assalto. 3.4.1 - Fogo aéreo e naval O apoio de fogo naval e aéreo deve ser provido, como necessário, a todos os elementos da ForAvç engajados na preparação da AOA. 3.4.2 - Artilharia As operações da ForAvç podem envolver um desembarque pré-Dia-D da artilharia, que será empregada em posições das quais possa apoiar as unidades que desembarquem posteriormente. 3.4.3 - Controle e coordenação É ativado um Centro de Coordenação das Armas de Apoio (CCAA) que operará no capitânea da ForAvç. Caso seja previsto o emprego de um GpDbq, normalmente, será constituído um Centro de Coordenação de Apoio de Fogo (CCAF), geralmente oriundo do CCAF da ForDbq e que atuará como seu escalão avançado. 3.5 - COORDENAÇÃO COM OUTRAS FORÇAS O ComForAvç deverá coordenar a operação de sua Força com os elementos de Forças amigas que estejam operando na AOA, dedicando atenção especial a: 3.5.1 - Espaço aéreo Todas as aeronaves que operam na AOA durante as operações pré-assalto ficam sob o controle do ComForAvç. Há necessidade de que o planejamento do seu emprego seja coordenado, visando à segurança das forças amigas. 3.5.2 - Forças de demonstração Geralmente os despistamentos a serem conduzidos por Forças de Demonstração, por
  • 30. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL meio de Operações de Apoio, são planejados por escalões superiores. O ComForAvç, entretanto, deverá coordenar seu esforço com os dessas Forças ampliando, assim, as oportunidades de obtenção da surpresa tática pelo Corpo Principal da ForTarAnf. 3.5.3 - Força de submarinos Quando submarinos amigos operam na AOA, realizando reconhecimento ou busca e salvamento, suas operações são coordenadas com as da ForAvç. O reconhecimento, os procedimentos de emergência e os santuários de submarinos são estabelecidos por autoridade superior ao ComForTarAnf. 3.5.4 - Outras forças Antes da chegada da ForAvç podem ter sido conduzidas operações de ataque ou de reconhecimento por outras forças e, nesse caso, os resultados dessas operações devem ser transmitidos à ForAvç, juntamente com outros dados pertinentes. Da mesma forma, a ForAvç deve disseminar à ForTarAnf esses dados, bem como os resultados detalhados de suas operações, o que permitirá ao ComForTarAnf, ao ComForDbq e aos Comandantes de outras Forças, se for o caso, a modificação dos planos de assalto. 3.6 - DESEMBARQUE SUBSIDIÁRIO Em uma OpAnf, pode ser necessário que um ou mais desembarques subsidiários sejam realizados para apoiar o desembarque principal. Esses desembarques podem ser conduzidos antes, durante ou depois do desembarque principal. Caso sejam realizados antes, devem ser cuidadosamente avaliados seus efeitos sobre a possível perda de surpresa. Desembarques subsidiários devem ser planejados e executados com a mesma precisão de um desembarque principal. A divisão de forças para conduzir um desembarque subsidiário só se justificará quando o seu emprego contribuir significativamente para o sucesso do desembarque principal. Quando o desembarque subsidiário preceder o principal, poderá ser empregada a reserva do CCT nucleando o GpDbq que realizará aquele desembarque. O desembarque subsidiário pode ser executado para a obtenção de um ou mais dos seguintes propósitos: - captura de áreas específicas a serem usadas em apoio ao desembarque principal, como ilhas e promontórios que permitam o estabelecimento de posições de artilharia e mísseis, ou ainda o estabelecimento de bases aéreas e/ou navais; - captura de uma área para negar o seu uso ao inimigo, reduzindo assim sua capacidade
  • 31. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 3-8 - ORIGINAL de se opor ao desembarque principal; e - como despistamento para desviar a atenção do inimigo da área onde ocorrerá o desembarque principal, ou para força-la a empregar sua reserva indevidamente. 3.7 - DESPISTAMENTO 3.7.1 - Definição Conjunto de medidas adotadas contra o inimigo, de forma a induzi-lo a reagir contrariamente aos seus interesses, por meio da manipulação, distorção ou falsificação de evidências. 3.7.2 - Propósitos Os despistamentos são classificados, segundo o seu propósito, em: a) Despistamento estratégico Essa modalidade tem por propósito não revelar ao inimigo a localização da AOA. O despistamento estratégico é uma operação de apoio realizada por Forças de Demonstração. É conduzido sob a direção do escalão superior ao ComForTarAnf. As operações realizadas para se obter o despistamento estratégico são, muitas vezes, baseadas na revelação intencional de informações sobre operações inexistentes que, por sua vez, podem ser implementadas com a realização de embarques, ensaios e travessias. b) Despistamento tático Quando tem o propósito de não revelar ao inimigo a localização da ADbq. Normalmente é realizado pela ForAvç ou pelo próprio Corpo Principal da ForTarAnf, constituindo-se para tal, um Grupo de Demonstração. Seu planejamento é de responsabilidade do ComForTarAnf.
  • 32. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 4 ASSALTO ANFÍBIO 4.1 - CARACTERÍSTICAS O AssAnf distingue-se dos demais tipos de OpAnf pelo fato de a sua missão impor o estabelecimento de uma ForDbq em um litoral hostil ou potencialmente hostil. Para a consecução do mesmo, a ForDbq deve ter condições de conquistar e manter uma ponderável superioridade sobre o inimigo com que se defronta, não permitindo que ele seja reforçado e/ou rearticulado. 4.2 - REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DE UM ASSALTO ANFÍBIO 4.2.1 - Obtenção da surpresa O AssAnf deve explorar amplamente este princípio de guerra. O inimigo deve ser engajado na oportunidade e no local que ofereçam maiores vantagens à ForDbq. A presença de uma ForTarAnf pode induzir o inimigo a dispersar suas forças, na tentativa de defender sua linha de costa, o que possibilitaria à ForDbq obter superioridade de poder de combate em certos trechos desse litoral. 4.2.2 - Relação de poder de combate A fim de atingir seus propósitos, a ForDbq deve buscar obter a superioridade aérea local, além de uma substancial superioridade de forças terrestres. 4.2.3 - Meios adequados A evolução tecnológica tem proporcionado uma flexibilidade cada vez maior à execução do AssAnf. Por exemplo, em 1945 apenas 17% das linhas de costa no mundo possibilitavam a realização deste tipo de OpAnf com os meios de que então se dispunha. Inovações como o helicóptero e como a Embarcação de Desembarque sobre Colchão de Ar (EDCA) ampliaram esta possibilidade para cerca de 70%. Ademais, essas inovações permitem a realização do MNT a distâncias maiores, aumentando as possibilidades da obtenção da surpresa e mantendo os meios navais afastados das defesas de terra. No planejamento de um AssAnf deverão ser previstos para a ForDbq meios que lhe permitam fazer frente às ameaças e com elevadas capacidades de aprofundamento, apoio de fogo e mobilidade. 4.2.4 - Capacidade de projetar poder sobre terra A ForDbq deve estar capacitada a superar as dificuldades resultantes de ter que iniciar um desembarque, no litoral inimigo, dispondo de um poder de combate inicial praticamente nulo. Nessa situação, avultam de importância os apoios logístico, de
  • 33. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL comando e controle e de fogo naval e aéreo prestados pela ForTarAnf. 4.2.5 - Condições hidrográficas e meteorológicas favoráveis Deve-se considerar de particular interesse a influência causada por essas condições nas operações da ForDbq. A busca e a atualização destes conhecimentos devem ocorrer durante todas as fases do AssAnf. 4.2.6 - Conhecimentos sobre o inimigo e a área de operações A falta de contato com o inimigo e o distanciamento da AOA são fatores limitativos ao atendimento desses requisitos, pela ForDbq. As imposições de sigilo irão restringir as ligações e as ações de reconhecimento. A situação é agravada em razão do volume de conhecimentos necessários ao planejamento do AssAnf. 4.3 - TÉRMINO DO ASSALTO ANFÍBIO No AssAnf, uma das principais condições observadas para o término da Operação é o firme estabelecimento da ForDbq em terra, de acordo com proposta do ComForDbq e aceitação do ComForTarAnf. O cumprimento desta condição ocorre, normalmente, quando são observados os seguintes requisitos: - a Cabeça-de-Praia (CP) estiver assegurada; - forças táticas e de apoio suficientes tiverem sido estabelecidas em terra, assegurando, se for o caso, um contínuo desembarque de tropas, equipamentos e suprimentos para operações subseqüentes; - houver instalações para o comando e controle estabelecidas em terra, tais como: instalações de comunicações, coordenação das armas de apoio, serviços, etc; e - o ComForDbq tiver notificado o ComForTarAnf de que está pronto para assumir a responsabilidade pelas operações subseqüentes.
  • 34. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 5 INCURSÃO ANFÍBIA 5.1 - GENERALIDADES A Incursão Anfíbia (IncAnf) é uma operação lançada do mar que compreende uma rápida penetração ou a ocupação temporária de um objetivo em terra, seguida de uma retirada planejada. A IncAnf não é caracterizada pelo vulto nem pela duração da operação, mas sim pelo fato da haver uma retirada planejada. A Força de Incursão (ForInc) poderá empregar outros meios de transporte como helicópteros e aviões de transporte, combinados com navios e/ou submarinos para penetrar ou retirar-se da Área de Operações (AOp). 5.1.1 - Propósitos das IncAnf a) Psicológico Uma Incursão Anfíbia pode ser efetuada com uma intenção psicológica, como, por exemplo, para elevar o moral das tropas e/ou Forças amigas. Isso pode ocorrer no início das hostilidades ou mais tarde, no caso de as Forças amigas terem permanecido na defensiva por um longo período. As Incursões Anfíbias efetuadas nessas circunstâncias podem ser proveitosas para a preservação do "espírito ofensivo" das Forças em operação. b) Destruição As Incursões Anfíbias podem ser efetuadas para destruir determinados alvos, particularmente quando isso não for possível por outros meios. Os alvos para destruição podem consistir em instalações militares ou industriais, centros de comunicações pontes e túneis. As Incursões Anfíbias destinadas à destruição podem ter valor estratégico e/ou tático. c) Neutralização Uma IncAnf pode ser planejada não apenas visando a destruição de determinados alvos, conforme a alínea acima, mas apenas com o objetivo de neutralizar esses alvos por um período pré-estabelecido de tempo. Este propósito é aplicado quando não se faz necessária a plena destruição do alvo ou, quando é prevista a utilização do alvo, após sua neutralização, em proveito da ForInc. d) Inquietação As Incursões Anfíbias servem para inquietar o inimigo, quando efetuadas contra postos isolados e instalações de comando, para capturar ou resgatar pessoal. Além
  • 35. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL dessas finalidades, a inquietação do inimigo pode concorrer para baixar o seu moral. e) Reconhecimento As Incursões Anfíbias podem gerar informações sobre a hidrografia, terreno e o inimigo, incluindo, quanto a este, efetivos, dispositivo, movimento e armamento. f) Diversão A Incursão Anfíbia pode criar uma diversão em conexão com uma finta estratégica ou tática. g) Evacuação, captura ou resgate A Incursão Anfíbia pode ser efetuada para evacuar, capturar ou resgatar pessoal, ou material. h) Apoio a forças amigas Uma Incursão Anfíbia pode ser efetuada para estabelecer, apoiar ou coordenar atividades de forças amigas. 5.1.2 - Fatores que afetam a ForInc As ações militares em uma IncAnf envolvem, normalmente, a captura e/ou conquista de um ou mais objetivos, sua manutenção por um curto espaço de tempo e, então, uma retirada. Embora essas ações sejam semelhantes às efetuadas em outras operações, há certos fatores que são peculiares e que afetam a organização, o emprego tático, as técnicas e os equipamentos da Força empregada. a) Inteligência O planejamento de uma IncAnf, por sua natureza requer, dos setores envolvidos, um esforço voltado para a obtenção dos conhecimentos necessários à operação. Porém, nem todos os conhecimento necessários estarão disponíveis a tempo para a fase de planejamento da IncAnf. Para compensar esta falta de conhecimentos detalhados, será acrescida uma margem de segurança no poder combatente planejado que poderá, caso mal- avaliado, diminuir a capacidade da ForInc alcançar a surpresa e a velocidade desejada na execução da missão. b) Rapidez O sucesso de uma ForInc depende de sua capacidade em cumprir sua missão, antes que o inimigo tenha tempo para reagir com todo o seu poder combatente. A necessidade de rapidez exerce influência direta sobre o efetivo, a organização e a
  • 36. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL composição da ForInc. Quando as quantidades de pessoal e de equipamentos forem tais que possam retardar consideravelmente a execução da IncAnf, o risco de empregar essas quantidades de meios deve ser reavaliado, em termos da contribuição global que possam vir a prestar à execução da missão da ForInc. c) Duração As IncAnf normalmente são de curta duração, não sendo necessário manter o(s) objetivo(s) por um período prolongado. Todavia, devem ser planejadas medidas que assegurem o controle da AOp, como Posições de Bloqueio (PBlq) e Postos de Vigilância (PV). Esta curta duração poderá possibilitar a redução da quantidade de material a ser conduzida pela ForInc. d) Surpresa A surpresa tanto com relação ao momento da ação como quanto à sua localização é de fundamental importância para o sucesso da IncAnf. A exploração do fator surpresa permite que a ForInc seja empregada contra inimigos com poder de combate superior e serve, também, para reduzir as limitações da falta de um forte apoio de fogo e logístico. e) Apoio de fogo O apoio de fogo a uma ForInc poderá estar limitado àquele provido pelos meios navais e aeronavais da ForTarAnf. Esta limitação pode ser compensada, de certa forma, pelo emprego da surpresa, rapidez e mobilidade. O emprego do apoio de fogo terá grande influência tanto na fase do assalto quanto, e principalmente, na retirada da ForInc. f) Reserva Ao considerar o problema da reserva para uma IncAnf, um comandante se vê diante de necessidades conflitantes. Por um lado, ele precisa dispor de uma Força com suficiente poder de combate para cumprir a sua missão e, por outro, não será conveniente conduzir quaisquer elementos para os quais não haja tarefas definidas, uma vez que ele terá que efetuar uma retirada. g) Retirada Considerações referentes à retirada afetam todas as fases do planejamento. Os planos de retirada devem ser flexíveis e formulados de modo que a ForInc possa se retirar em qualquer situação, engajada ou não com o inimigo.
  • 37. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL h) Apoio de serviços ao combate A principal preocupação no planejamento do ApSvCmb à ForcInc deve ser a de dotá-la com o mínimo de equipamentos e suprimentos necessários ao cumprimento de sua missão. Planejamento e coordenação detalhados são necessários, tendo em vista a curta duração e as características da operação. Podem ser realizados, eventualmente, ressuprimento por lançamento de carga ou helitransportado. i) Diversão A diversão tática é habitualmente dirigida pela autoridade mais antiga da área de operações. Pode ser efetuada para auxiliar o Comandante da ForInc (ComForInc) a cumprir a sua missão, com um mínimo de perdas humanas, material e tempo. A diversão é de caráter local e efetuada durante um período relativamente curto de tempo, em apoio a uma missão tática bem definida. O plano de diversão tática é coordenado e aprovado pela ForInc ou escalão mais elevado. 5.1.3 - Efeito moral O efeito moral das IncAnf pode ser muito mais importante que seus resultados operativos imediatos. Uma série de IncAnf bem sucedidas pode afetar significativamente, tanto o moral das forças amigas, elevando-o, quanto o do inimigo, reduzindo-o. Entretanto, o efeito moral negativo diante do insucesso de uma IncAnf supera o de várias bem sucedidas. Por isso, para atingir-se o efeito psicológico, escolhe-se normalmente um alvo que esteja de acordo com a capacidade de ação da ForInc. 5.2 - RELAÇÕES DE COMANDO E ORGANIZAÇÃO 5.2.1 - Relações de comando As relações de comando descritas no artigo 2.8, devem ser observadas. No caso de uma IncAnf realizada como uma operação independente ou em apoio a outras operações, sem configurar uma operação de ForAv, o Comandante da ForTarAnf formada para esta operação exercerá o controle operacional sobre a ForInc. No caso de uma IncAnf realizada por parcela de uma ForTarAnf, deverão ser constituídos um Grupo de Ataque, com meios navais e aeronavais oriundos da ForTarAnf, e um Grupo de Desembarque que constituirá a própria ForInc e será composto com meios da ForDbq. Nessa situação, o Cmt do GpAtq exercerá o
  • 38. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL controle operacional sobre a ForInc durante as fases da IncAnf, exceto durante o planejamento, quando deverá ser observado o descrito no Inciso 2.8.4 – comando durante a fase do planejamento. Devido à natureza especial das tarefas que podem ser atribuídas e às variações conseqüentes nas organizações por tarefa da Força Naval e da tropa, o superior comum deve especificar, em sua diretiva inicial, os detalhes exatos das relações de comando em cada caso. É particularmente importante, também, que sejam especificadas as condições sob as quais os planos básicos poderão ser alterados, a Incursão Anfíbia possa ser postergada ou cancelada e contingências semelhantes. 5.2.2 - Organização A ForInc é uma organização por tarefas cujo núcleo é, normalmente, um elemento de infantaria. Como em todas as operações de FN, esta Força deverá estar organizada segundo a estrutura básica dos GptOpFuzNav, conforme o apresentado na Fig 5.1 - Organização da ForInc. Componente de Comando Componente de Combate Terrestre Componente de Combate Aéreo Componente de Apoio de Serviços ao Combate Outros Componentes ForInc (GptOpFuzNav) Fig 5.1 - Organização da ForInc A especificidade das tarefas atribuídas à ForInc, assim como as peculiaridades de seu planejamento e execução, fazem com que seu CCT seja organizado em Grupamentos Funcionais conforme o apresentado na Fig 5.2 - Organização do CCT da ForInc: Grupamento Funcional de Assalto Grupamento Funcional de Cobertura Grupamento Funcional de Reconhecimento e Segurança Reserva Componente de Combate Terrestre (CCT) ForInc Fig 5.2 - Organização do CCT da ForInc a) Grupamento funcional de reconhecimento e segurança O grupamento funcional de reconhecimento e segurança, geralmente, é
  • 39. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL desembarcado antes dos demais grupamentos funcionais. Provê o levantamento e/ou a confirmação de dados sobre a AOp e segurança às praias de desembarque (PraDbq). Em certas circunstâncias, grupos de reconhecimento e segurança poderão cumprir antecipadamente tarefas de reconhecimento na área de operações, a fim de selecionar alvos. Após o desembarque dos demais grupamentos funcionais, pode fornecer guias que aumentarão a rapidez dos deslocamentos dentro da AOp. b) Grupamento funcional de cobertura O grupamento funcional de cobertura desembarca depois do grupamento funcional de reconhecimento e segurança e conquista posições do terreno, das quais possa cobrir o avanço do grupamento funcional de assalto para o objetivo e sua subseqüente retirada. O grupamento funcional de cobertura poderá estabelecer posições de bloqueio ao longo das principais vias de acesso, para impedir ou retardar as possibilidades de reação do inimigo. Nessas circunstâncias, é mais provável que o grupamento funcional de cobertura seja mais ativamente engajado com o inimigo que o grupamento funcional de assalto. c) Grupamento funcional de assalto O grupamento funcional de assalto é o elemento de combate da ForInc responsável pela execução da tarefa específica da força. Poderá ser infiltrado pré Dia-D ou desembarcado a partir da Hora-H. Após o cumprimento de suas tarefas, é normalmente o primeiro a ser retirado da AOp. d) Reserva Em face da curta duração de uma Incursão Anfíbia, o valor da reserva, assim como a decisão sobre desembarca-la ou mante-la a bordo, devem ser bem avaliados. Os principais fatores a serem considerados são o poder de combate e a mobilidade necessários. Quando empregada, a reserva atua de modo semelhante ao de outras operações de combate terrestre. A reserva da ForInc poderá estar em uma das seguintes situações: - em prontidão, embarcada (nos navios da ForTarAnf) ou desembarcada, em zona de reunião (ZReu), fora da AOp; - desembarcada, em ZReu, no interior da AOp; - fracionada, reforçando os grupamentos funcionais de assalto e/ou de cobertura
  • 40. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-7 - ORIGINAL de modo a fazer frente a situações imprevistas; e - elementos dos grupamentos funcionais de assalto e/ou de cobertura com tarefas limitadas na fase do assalto, poderão ser previamente designados para reverterem à reserva, após o cumprimento de suas tarefas, permanecendo, normalmente em terra, em ZReu. 5.3 - INTELIGÊNCIA Informações acuradas, detalhadas e oportunas são essenciais ao planejamento e à execução de uma IncAnf. A necessidade de sigilo, rapidez e surpresa, em uma IncAnf, gera a necessidade de conhecimentos mais precisos do que os exigidos para um AssAnf, particularmente sobre o inimigo e a sobre a área de operações, a fim de se avaliar, com maior exatidão, se a ForInc está convenientemente equipada e organizada para o cumprimento de sua missão. Portanto, o planejamento baseado em conhecimentos incompletos ou de pouca confiabilidade, aumenta a probabilidade de um fracasso. 5.3.1 - Características da área de operações As necessidades de conhecimentos relativos ao terreno e às condições climáticas, meteorológicas e hidrográficas na área de operações incluem: - fotografias das linhas de desembarque, tomadas na preamar e na baixa-mar, mostrando as aproximações e saídas de praia; normalmente, não são tiradas novas fotografias aéreas, para não demonstrar um interesse especial pela área; quando praticável, obtêm-se fotografias tiradas de terra, por satélites, de embarcações ou através do periscópio de submarinos; - previsões meteorológicas detalhadas, incluindo as condições de nebulosidade para o período escolhido, e os prováveis efeitos das condições climáticas e meteorológicas sobre as ações da ForInc e do inimigo; - prováveis efeitos do vento previsto, das condições de arrebentação, e das características do terreno na capacidade do inimigo em pressentir os nossos movimentos no mar e na praia; - localização das possíveis PraDbq ou ZDbq e avaliação relativa de cada uma; - descrição detalhada dos eixos de progressão ou itinerários para os objetivos e para a retirada da própria Força, analisando-os principalmente quanto à rapidez e ao sigilo do movimento; - descrição das condições locais de arrebentação e da natureza de quaisquer possíveis obstáculos à aproximação das praias, incluindo correntes locais e suas alterações
  • 41. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-8 - ORIGINAL pela maré e pela natureza do fundo (lama, coral ou areia), bem como as medidas de segurança que devem ser tomadas para evitá-los; - localização e descrição dos locais favoráveis à ocultação de embarcações e pessoal, nas áreas imediatamente vizinhas às praias e/ou zonas de desembarque; - cartas hidrográficas adicionais ou outros dados disponíveis sobre as aproximações da praia; - equipamentos especiais, tendo em vista o terreno e as condições climáticas e meteorológicas na área de operações; e - localização de qualquer tipo de solo ou vegetação que possam denunciar prematuramente a passagem recente dos incursores (como estradas de superfície lamacenta) e indicação dos melhores pontos para se cruzar estradas paralelas à costa. 5.3.2 - Situação militar do inimigo Os conhecimentos relativos à situação militar do inimigo, para permitir uma análise detalhada, devem incluir: - efetivo e armamento; - as mais detalhadas informações possíveis sobre as características do objetivo; - natureza e localização dos postos de sentinela e itinerários das guardas, bem como composição e freqüência de patrulhas; - grau de alerta à noite ou fora do período das ações no objetivo; - embasamentos, trincheiras e campos de tiro; - informes sobre minas e outros obstáculos artificiais; - comunicações e outros sistemas de alarme; - condições de disciplina de luzes e ruídos; - existência de sensores infravermelhos, térmicos, acústicos, sísmicos, iluminativos, magnéticos ou sensores de fortuna; - sistemas de alarme; - meios e capacidades de transporte; - forças de reação, reforços e suas localizações em relação aos objetivos e itinerários; - fatores de tempo e distância; - detalhes sobre as rotinas do inimigo, inclusive a de licença; e - destinação de todos os edifícios e instalações.
  • 42. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-9 - ORIGINAL 5.3.3 - Possibilidades do inimigo As necessidades de conhecimentos pertinentes à capacidade de reação do inimigo demandam uma estimativa do efetivo e da localização das Forças inimigas disponíveis para reforçar a área de operações, a rapidez com que o inimigo pode reagir, uma vez que tenha sido detectada a Incursão Anfíbia, as vias de acesso disponíveis para este propósito e a linha ou linhas de ação mais prováveis de serem adotadas pelo inimigo. Quando puderem ser observados exercícios sendo realizados, uma descrição das suas táticas e planos defensivos deve ser incluída. 5.4 - PLANEJAMENTO O planejamento de uma IncAnf é idêntico ao de qualquer outra OpAnf, exceto no que diz respeito ao planejamento da retirada. O Estado-Maior (EM), quer seja da ForInc, quer seja do escalão superior, utiliza o Processo de Planejamento Militar (PPM), da mesma forma que em um AssAnf, elaborando, portanto, os mesmos planos necessários a uma OpAnf. Além disso, estabelece instruções e procedimentos para a retirada da ForInc. Para otimizar a preparação destes planos, o ComForInc reúne o mais rápido possível seu EM para iniciar o planejamento. Suas primeiras considerações são a busca de conhecimentos e o processamento daqueles já disponíveis. Simultaneamente, são elaborados planos de segurança e de contra-inteligência, para proteção das operações. O ponto crucial do planejamento é o desenvolvimento do Conceito da Operação em Terra, a fim de serem desencadeados os planos detalhados dos diversos setores do planejamento 5.4.1 - Seqüência do planejamento A seqüência do planejamento de uma IncAnf, detalhada no inciso 5.4.2, é diferente da seqüência cronológica das ações a serem executadas, que abrangem o embarque, a travessia e o movimento navio-para-terra, o assalto – que inclui o movimento da praia ou zona de desembarque para o objetivo e o ataque propriamente dito – a retirada e o reembarque. As razões para essa variação se justificam porque o ataque ao objetivo é o essencial da IncAnf sendo todas as outras medidas tomadas de modo a contribuir para o seu sucesso, porque os planos para o MNT e para o deslocamento da ForInc em direção ao objetivo devem visar à assunção da melhor posição para o lançamento do ataque e porque a retirada e o subseqüente reembarque devem ser realizados de forma mais rápida e coordenada possível.
  • 43. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-10 - ORIGINAL 5.4.2 - Etapas do planejamento Normalmente, são nove as etapas principais do planejamento detalhado de uma IncAnf: a) Analisar os conhecimentos disponíveis Nesta etapa são analisadas, cuidadosamente, todas as informações e informes disponíveis para uma completa compreensão da situação na área de operações; b) Planejar o ataque ao(s) objetivo(s) Os grupamentos funcionais da ForInc são organizados por tarefas, de forma a se obter o máximo de flexibilidade e a se reduzir ao mínimo essencial o efetivo da tropa; c) Planejar o movimento da PraDbq ou ZDbq para o objetivo Os planos devem visar à chegada intacta do grupamento funcional de assalto ao objetivo. Utilizam-se, para tanto, elementos do grupamento funcional de cobertura para neutralizar e conter qualquer interferência do inimigo. A composição desse grupamento funcional dependerá da sua tarefa e da resistência que se espera encontrar; d) Planejar a retirada Após o cumprimento das ações nos objetivos, inicia-se a retirada que deve ser cuidadosamente planejada. Deve-se evitar a tendência de diminuir o ímpeto ofensivo nesta fase, pois espera-se grande reação por parte do inimigo após a quebra do sigilo. A retirada deve ser rápida e sistemática, por itinerários e em seqüência pré-determinados. Esses itinerários devem, de preferência, percorrer terrenos abrigados e que ofereçam posições adequadas, nas quais os elementos de cobertura possam efetuar uma ação retardadora no caso de perseguição pelo inimigo. Deve-se empregar ao máximo o ApFN e o apoio aéreo ofensivo neste movimento retrógrado. Além da retirada principal, deve-se prever alternativas para a retirada da ForInc, alternando os meios, locais de reembarque, seqüência de movimentos, itinerários e horários. O Plano de Retirada Alternativa será acionado quando da impossibilidade parcial ou total de cumprimento do Plano de Retirada. Dentre os fatores que poderão comprometer a execução do Plano de Retirada temos: mudança inesperada nas condições meteorológicas, que inviabilizem o emprego de meios e/ou locais de retirada, e/ou a imposição do dispositivo de reação
  • 44. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-11 - ORIGINAL inimiga às ações da ForInc. Situações especiais podem indicar a retirada da ForInc diretamente para território amigo ou controlado por força amiga ou, ainda, a sua permanência homiziada na própria área do objetivo para ser acolhida por outra força posteriormente. O mesmo estudo de maré e arrebentação feito para a escolha da Hora-H é feito para a escolha da hora da retirada. As retiradas alternativas terão que ser planejadas por um período de dias limitado, a fim de não colocar em risco a segurança da ForInc. O efeito psicológico terá um impacto muito maior se a ForInc não for detectada durante a ação em território inimigo. Destarte, todo o esforço deve ser envidado para retirar, também, o equipamento utilizado e, só em casos especiais, quando não for possível retirá-lo, deverá ser destruído; e) Planejar o movimento navio-para-terra O planejamento é semelhante ao do AssAnf. Devido à menor amplitude do MNT e das necessidades logísticas, raramente são usados navios de controle e linha de partida. Não existe a descarga geral e, se a atuação do inimigo permitir, os navios de transporte se aproximarão ao máximo do litoral. São comuns os desembarques em períodos de visibilidade reduzida. A ForInc procura empregar outras técnicas que preservem a surpresa, como a restrição de comunicações e o retardamento no lançamento de embarcações. Devem, também, ser elaborados planos alternativos para mudança das PraDbq no caso das previstas não puderem ser utilizadas em razão da ação do inimigo ou das condições hidrográficas/meteorológicas (maré, arrebentação e vento) adversas. Pode ser previsto o desembarque, em botes pneumáticos, de elementos de reconhecimento/segurança ou da primeira vaga do grupamento funcional de cobertura, para ocupar objetivos iniciais ou posições de bloqueio e cobrir o desembarque do restante da Força. f) Planejar o embarque e a travessia Deve ser dada ênfase à rapidez e, se possível, ao movimento em períodos de visibilidade reduzida, para manter o fator surpresa. A derrota utilizada deve confundir o inimigo quanto ao destino.
  • 45. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-12 - ORIGINAL g) Planejar o reembarque O reembarque dos diversos elementos da ForInc ocorre, geralmente, em locais diferentes dos utilizados para o desembarque, sempre que a disponibilidade de outras PraDbq favoreçam a rapidez no retraimento dos diversos grupamentos funcionais e a retirada da ForInc como um todo. A retirada da área de operações por aeronaves poderá ser exeqüível quando a resistência do inimigo tiver sido suficientemente reduzida. Por outro lado, caso a ação de Forças Navais ou das defesas de costa inimigas obrigue os navios da ForTarAnf a se retirarem da área após o desembarque da ForInc, a retirada por aeronaves será imprescindível. Devem ser previstas tantas alternativas quanto possíveis para o reembarque de cada elemento da Força. No entanto, só deverá ser prevista uma única retirada alternativa para cada situação (evitando-se que haja a alternativa da alternativa). Uma vez iniciada a operação, não se deve alterar os locais de reembarque planejados (principais e alternativos), a não ser excepcionalmente. Por fim, deve ser planejado o posterior resgate do pessoal que não tenha, por qualquer motivo, podido reembarcar. Neste caso, o recolhimento se fará em locais suficientemente distantes da Área de Operações, o mais coberto e abrigado possível, e que permitam a aproximação com segurança do meio a ser utilizado no resgate. Os horários desse recolhimento, geralmente, se sucedem a intervalos de 24 horas, por um número limitado de dias consecutivos. Por normalmente demandar, por vários dias a presença de meios navais próximos à AOp e após a quebra de sigilo, o resgate deste pessoal deve ser detalhadamente planejado e coordenado com a ForTarAnf. h) Planejar o apoio de fogo Os princípios de emprego do fogo naval e aéreo em um AssAnf são aplicáveis à IncAnf, exceto quando isso puder prejudicar a surpresa. Nessa situação, o apoio de fogo será executado MO e o silêncio-rádio será mantido até a quebra de sigilo. Os fogos naval e aéreo são os principais meios de apoio de fogo à ForInc uma vez que a artilharia, os carros de combate e outros meios pesados de apoio de fogo não são, normalmente, desembarcados. Pode haver necessidade de apoio de fogo para cobrir a retirada e o reembarque, e para auxiliar no desengajamento dos grupamentos funcionais de cobertura.
  • 46. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-13 - ORIGINAL Quando possível, a observação e o controle dos fogos são feitos pelo elemento que os requisitou. A observação aérea pode também ser utilizada. O Comandante da ForInc é quem aprova os fogos em apoio à retirada. i) Preparar a organização por tarefas e a listagem de equipamentos A ForInc é organizada por tarefas aplicando-se a mesma sistemática utilizada no AssAnf. O comandante deve procurar, ao máximo, a manutenção da integridade tática dos seus grupamentos funcionais orgânicos e à disposição. Com base nessa organização, são preparadas listas de equipamentos específicos, armamentos, munições e suprimentos a serem fornecidos a cada um dos elementos subordinados. 5.4.3 - Idéia de manobra Os comandantes, nos diversos escalões da ForInc, devem atribuir tarefas simples e que confiram flexibilidade à execução da operação, de forma que o eventual insucesso de parcela da força não inviabilize o cumprimento de sua missão. As PraDbq devem permitir fácil acesso ao objetivo; entretanto, para preservação da surpresa, pode-se escolher uma PraDbq menos favorável ou mais distante do objetivo. Elementos de cobertura devem ser designados para impedir que forças inimigas interfiram com a ação no objetivo e na retirada. Para se planejar a retirada considera-se o tempo necessário para ação no objetivo, a possível reação inimiga, o atraso resultante dessa reação e no atendimento as prováveis baixas, e o tempo necessário para que o grupamento funcional de cobertura retraia. 5.4.4 - Meios de transporte A ForInc pode ser transportada para a área de operações e dela retirada por superfície, submarino, aeronave de transporte ou por uma combinação desses meios. Dependendo do efetivo de tropa envolvido, a ForInc poderá empregar como meio de transporte desde navios desembarque doca e navios de desembarque de carros de combate até transportes de alta velocidade. Pode ser desembarcada por helicópteros, embarcações de desembarque, viaturas anfíbias e pára-quedas. Avulta de importância o uso de helicópteros para as IncAnf que envolvam pequenos efetivos. 5.4.5 - Seleção de objetivos Os objetivos da ForInc e as medidas de coordenação necessárias serão selecionados e
  • 47. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-14 - ORIGINAL estabelecidas de maneira semelhante à realizada no Assalto Anfíbio, com as adaptações inerentes à natureza da operação. Ao grupamento funcional de cobertura é comum que se atribua a tarefa de estabelecer posições de bloqueio, ao invés da designação de objetivos para serem conquistados e mantidos. 5.4.6 - Escolha do local de desembarque As PraDbq ou ZDbq devem oferecer as maiores probabilidades de obtenção da surpresa e estar o mais próximo possível dos objetivos e PBlq. Desta forma, atenua- se o desgaste da tropa pela diminuição das distâncias a serem percorridas. 5.4.7 - Seleção da praia de desembarque Na seleção da PraDbq para uma Incursão Anfíbia devem ser considerados os seguintes fatores: - aproximação segura; - possibilidade de se conseguir surpresa; - compatibilidade com a idéia de manobra; - distância do objetivo e das PBlq; - dispositivo inimigo; - características das saídas de praias; - equipamentos a serem deslocados através da praia; e - disponibilidade de cobertas e abrigos. 5.4.8 - Zonas de desembarque Sua escolha também se baseia no compromisso entre a facilidade do desembarque e a segurança. As ZDbq devem possuir espaço suficiente para permitir que os principais elementos da ForInc desembarquem, preferencialmente, em uma única vaga. Devem também ser relativamente próximas ao objetivo e às PBlq e facilitar as ações de segurança a serem providas pelo elementos de reconhecimento/segurança. 5.4.9 - Orientação da força de incursão Para facilitar a orientação inicial da ForInc, deve-se determinar um ponto de referência comum a toda Força, preferencialmente um acidente notável do terreno ou um ponto crítico, como uma ponte ou foz de um rio. Sua localização deve ser conhecida com precisão, não só relativamente à PraDbq/ZDbq, como também ao objetivo e PBlq.
  • 48. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-15 - ORIGINAL 5.4.10 - Seleção de datas O propósito de uma IncAnf, incluindo seu relacionamento com outras operações simultâneas ou iminentes, em cujo apoio a IncAnf será realizada, influenciará na escolha do Dia-D. Em adição a esses fatores, deve-se ainda considerar as disponibilidades de meios navais, aéreos, logísticos e de apoio de fogo. As condições atmosféricas e meteorológicas e o perfil do inimigo, incluindo seus padrões de procedimento e doutrina, são também considerados. O estudo das fases da lua e das marés é particularmente importante para uma IncAnf. a) Lua A posição da lua, independentemente da fase em que se encontre, será mais favorável quando o seu nascer ocorrer a partir do interior, na direção oposta à praia, e se verificar pouco depois do desembarque da ForInc. Isso permite que os navios e embarcações se aproximem na escuridão, com os acidentes do terreno fracamente silhuetados pela penumbra que precede o nascer da lua. Assim a ForInc se deslocará com um luar cada vez mais intenso, que a ajudará a reconhecer o caminho, bem como lhe possibilitará detectar a aproximação do inimigo. Finalmente, a lua deverá estar ainda suficientemente próxima do horizonte, a fim de permitir que os navios se retirem em relativa escuridão. b) Maré As condições de maré envolvem o estudo de diversos fatores e variam de acordo com os diferentes tipos de costa. As melhores condições para desembarcar e reembarcar ocorrem na preamar. Esta condição diminui, para as Forças Navais, as dificuldades com encalhes e obstáculos submersos e permite que as embarcações se aproximem ao máximo da praia. O Comandante da ForInc deverá, no entanto, considerar um desembarque na baixamar, que apresenta as seguintes vantagens: - como os fogos preparados pelo inimigo para o período noturno são, normalmente, previstos para baterem áreas próximas à linha de preamar como, por exemplo, no caso da amarração dos tiros das metralhadoras, há uma boa possibilidade de se obter surpresa; - pode-se conseguir maior espaço para desdobrar a tropa antes do avanço e até
  • 49. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-16 - ORIGINAL para manobrar e, com isso, flanquear posições inimigas próximas da PraDbq; e - quanto mais baixa estiver a maré, mais larga estará a praia possibilitando um desembarque com poucas possibilidades de ser detectado pelos postos de escuta/vigilância existentes em terra. Como desvantagem de um desembarque na baixa-mar temos a possibilidade maior de encalhe das embarcações e a necessidade de realizar um deslocamento maior por área descoberta. c) Seleção da Hora-H A fixação da Hora-H é influenciada pelo tempo estimado para as ações em terra. Entretanto, a programação de horários deverá levar em conta os atrasos previsíveis. Todos os horários devem ser verificados nos vários ensaios, que devem ser realizados sob condições semelhantes às esperadas na área de operações. Sempre que possível, o ataque e a retirada devem ser executados sob condições de baixa luminosidade. d) Apoio de serviços ao combate O planejamento do ApSvCmb para a IncAnf visa prover o apoio mínimo ao cumprimento da missão. Os suprimentos conduzidos pela ForInc se restringem à carga prescrita, estabelecida no planejamento e testada no ensaio. Geralmente não é previsto o reabastecimento de uma ForInc. Contudo, poderá ser necessário o lançamento aéreo de suprimento Classe I e V, caso o inimigo obtenha sucesso em retardar a retirada da ForInc. Em casos excepcionais, será possível o pré-posicionamento de suprimentos e/ou equipamentos em certos locais, por meios clandestinos. Quantidades adicionais de equipamentos críticos poderão ser desembarcadas ou transportadas nos navios como “itens de segurança”. Todos os equipamentos empregados pela ForInc deverão ser inspecionados e testados sob as condições reais da operação, principalmente durante os ensaios. O apoio de saúde tem como principal preocupação a evacuação e o tratamento imediato das baixas, que devem ser evacuadas o mais cedo possível e pelos meios mais rápidos disponíveis. 5.5 - ADESTRAMENTO Todos os elementos designados para uma Incursão Anfíbia devem ser concentrados, o
  • 50. OSTENSIVO CGCFN-1-1 OSTENSIVO - 5-17 - ORIGINAL mais cedo possível, para adestramento em conjunto. De maneira geral os integrantes de uma ForInc são selecionados por sua experiência, moral, grau de adestramento e, quando possível, por sua experiência prévia de combate. Também devem ser levados em consideração suas condições de higidez física e mental. Geralmente a ForInc inicia o adestramento com um efetivo superior ao previsto para a execução da operação em razão dos cortes que ocorrerão nesta fase. A principal finalidade do adestramento é familiarizar cada militar com sua tarefa na operação e também com a relação existente entre ela e a dos demais elementos, bem como com o plano geral da operação. A experiência colhida da história militar tem demonstrado a importância de todo o pessoal conhecer perfeitamente o que lhe compete realizar na operação. Muitas vezes é necessário começar o adestramento com assuntos básicos, tais como natação, armamento, tiro, fuga e evasão, operação de equipamentos de visão noturna e explosivos. Há também assuntos que exigem um enfoque especial por serem aspectos do adestramento, geralmente necessários à execução de qualquer IncAnf, como reconhecimento, operações noturnas, operações helitransportadas, técnicas de sobrevivência, combate corpo-a-corpo, ultrapassagem de obstáculos e comunicações. O adestramento individual, sempre que possível, é conduzido simultaneamente com o adestramento da unidade. 5.5.1 - Ensaios Os ensaios assumem importância considerável na preparação das IncAnf. São necessários ensaios gerais, para se obter precisão e rapidez na execução da IncAnf. Todas as Forças participantes são treinadas em todos os detalhes de desembarque, operações em terra, retirada e reembarque. O quadro de horários, vital na IncAnf, não pode ser estimado com precisão ou aceito sem adequados ensaios de toda a ForInc. O propósito e a conduta dos ensaios em IncAnf são semelhantes aos do AssAnf. São realizados para testar as comunicações, verificar os fatores de tempo e distância para cada fase da IncAnf, assegurar um quadro horário apropriado, familiarizar o pessoal com o plano de operações e com as técnicas e equipamentos especiais a serem utilizados, medir a eficiência individual dos elementos, unidades e grupos, desenvolver a coordenação, resolver problemas e sugerir mudanças necessárias e incorporar ao plano todas as modificações necessárias. Os ensaios requerem a distribuição de cartas e fotografias aéreas, modelos reduzidos