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EPIFISIÓLISE
Definição
“ É uma afecção caracterizada pelo
alargamento e conseqüente enfraquecimento
ao nível da camada hipertrófica da placa de
crescimento proximal do fêmur e, que,
mediante o estresse mecânico local, propicia
o escorregamento da epífise em relação ao
colo femoral (epifisiolistese).
Generalidades
Ocorre ruptura espontânea durante o estirão do
crescimento, devido à “lise da fise”.
Pré-adolescência e adolescência 11-13 anos
meninas e 13-15 anos meninos
Enfermidade mais comum do quadril do
adolescente
Colo do fêmur desvia anterior e superior em relação
à cabeça femoral, ao nível da placa de crescimento
Deformidade em varo – “coxa vara do adolescente”
Epidemiologia
2 adolescentes por 100.000 indivíduos
2X mais comuns nos meninos
Raça negra mais acometida
Pacientes acima do peso ou da estatura
Comumente acomete um dos lados, mas pode
apresentar-se bilateralmente 50-85%
Em pacientes < 10 e >16 anos pesquisar
disfunção endócrina
- biotipo adiposo genital tipo Frölich
Lado esquerdo mais afetado nos meninos
Etiologia
Não está bem-definida
Teorias:
- Traumática
- Anatômica
- Familiar
- Hormonal
- Sinovite
Etiologia
Teoria Traumática
Baseia-se na postura assumida pelas
crianças
Ao sentar-se inclinam o colo femoral
esquerdo provocando escorregamento
Teoria Anatômica
Retroversão acentuada em quadris com
epifisiólise
Etiologia
Teoria Familiar
Maior incidência em familiares de pacientes já
acometidos 2 a 7%
Teoria Hormonal
Mais aceita
Quatro enfermidades: hipotireoidismo, pan-
hipopituitarismo, hipogonadismo e
hiperparatireoidismo
Sinovite
Presença de sinovite é constante
Classificação – Fahey e O´brien
AGUDO
- queixas aparecem subitamente
- diagnóstico em menos de 3 sem do processo
CRÔNICO
- sintomas aparecem gradativamente
- diagnóstico após 3 sem
CRÔNICO-AGUDIZADO
- associação das anteriores
- sintomas prévios com exacerbação
Classificação
ESTÁVEIS
- pacientes continuam deambulando
INSTÁVEIS
- mesmo com auxílio de muletas não
deambulam
Quadro Clínico
Queixas vagas e inexpressivas no início
Claudicação e dor na face ântero-medial da
coxa e do joelho sem história de trauma –
epifisiólise crônica
Epifisiólise aguda  dor súbita, aguda,
lancinante e persistente, com dificuldade
para deambular e apoiar membro – tem
história de trauma
Exame Físico
Pacientes são geralmente obesos
Claudicação antálgica
- passo curto no lado afetado
- passo mais longo no lado normal
Deslizamento agudo  paciente não deambula
Em DD – atitude em rotação externa
Mobilidade – perda da RI e contratura em RE
Exame Físico
Limitação da mobilidade – grau de
deslizamento
Sinal de Drehman
Diagnóstico por Imagem
Raio-x em AP e posição de rã
- frente da pelve; rã ou dupla abdução
Agudos: solução de continuidade ao longo
da placa
Crônicos: epífise desvia-se posteriormente,
há neoformação óssea
- colo femoral forma de “cajado” ou “giba”
Diagnóstico por Imagem
Linha de Klein – sinal de Trethovan ou Perkins
Diagnóstico por Imagem
Sinal de Steel
Linha de esclerose
sobreposta á
imagem do colo –
sinal do crescente
de Steel
Classificação Radiográfica
Grau 0 – pré-deslizamento: “alargamento”
da placa epifisária que sofre um aumento
de sua altura
Classificação Radiográfica
Grau I (mínimo ou leve)
- epífise desloca-se até 1/3
da largura da metáfise
do colo femoral
Classificação Radiográfica
Grau II (moderado)
- epífise desloca-se até
metade da largura da
metáfise do colo femoral
Classificação Radiográfica
Grau III (grave)
- epífise desloca-se mais da metade da
largura do colo femoral
Classificação Radiográfica –
Southwick (1967)
Escorregamentos leves:
Até 30°
Escorregamentos moderados:
Entre 30° e 60°
Escorregsmentos graves:
Acima de 60°
Outros métodos de diagnóstico
USG
- distensão da cápsula devido ao aumento
de líquidos no espaço articular
TAC
- melhor avaliação do deslizamento
TC com reconstrução tridimensional
RNM
Cintilografia Óssea com Tc-99

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Epifisiólise: definição, etiologia, classificação e tratamento

  • 2. Definição “ É uma afecção caracterizada pelo alargamento e conseqüente enfraquecimento ao nível da camada hipertrófica da placa de crescimento proximal do fêmur e, que, mediante o estresse mecânico local, propicia o escorregamento da epífise em relação ao colo femoral (epifisiolistese).
  • 3. Generalidades Ocorre ruptura espontânea durante o estirão do crescimento, devido à “lise da fise”. Pré-adolescência e adolescência 11-13 anos meninas e 13-15 anos meninos Enfermidade mais comum do quadril do adolescente Colo do fêmur desvia anterior e superior em relação à cabeça femoral, ao nível da placa de crescimento Deformidade em varo – “coxa vara do adolescente”
  • 4. Epidemiologia 2 adolescentes por 100.000 indivíduos 2X mais comuns nos meninos Raça negra mais acometida Pacientes acima do peso ou da estatura Comumente acomete um dos lados, mas pode apresentar-se bilateralmente 50-85% Em pacientes < 10 e >16 anos pesquisar disfunção endócrina - biotipo adiposo genital tipo Frölich Lado esquerdo mais afetado nos meninos
  • 5. Etiologia Não está bem-definida Teorias: - Traumática - Anatômica - Familiar - Hormonal - Sinovite
  • 6. Etiologia Teoria Traumática Baseia-se na postura assumida pelas crianças Ao sentar-se inclinam o colo femoral esquerdo provocando escorregamento Teoria Anatômica Retroversão acentuada em quadris com epifisiólise
  • 7. Etiologia Teoria Familiar Maior incidência em familiares de pacientes já acometidos 2 a 7% Teoria Hormonal Mais aceita Quatro enfermidades: hipotireoidismo, pan- hipopituitarismo, hipogonadismo e hiperparatireoidismo Sinovite Presença de sinovite é constante
  • 8. Classificação – Fahey e O´brien AGUDO - queixas aparecem subitamente - diagnóstico em menos de 3 sem do processo CRÔNICO - sintomas aparecem gradativamente - diagnóstico após 3 sem CRÔNICO-AGUDIZADO - associação das anteriores - sintomas prévios com exacerbação
  • 9. Classificação ESTÁVEIS - pacientes continuam deambulando INSTÁVEIS - mesmo com auxílio de muletas não deambulam
  • 10. Quadro Clínico Queixas vagas e inexpressivas no início Claudicação e dor na face ântero-medial da coxa e do joelho sem história de trauma – epifisiólise crônica Epifisiólise aguda  dor súbita, aguda, lancinante e persistente, com dificuldade para deambular e apoiar membro – tem história de trauma
  • 11. Exame Físico Pacientes são geralmente obesos Claudicação antálgica - passo curto no lado afetado - passo mais longo no lado normal Deslizamento agudo  paciente não deambula Em DD – atitude em rotação externa Mobilidade – perda da RI e contratura em RE
  • 12.
  • 13. Exame Físico Limitação da mobilidade – grau de deslizamento Sinal de Drehman
  • 14. Diagnóstico por Imagem Raio-x em AP e posição de rã - frente da pelve; rã ou dupla abdução Agudos: solução de continuidade ao longo da placa Crônicos: epífise desvia-se posteriormente, há neoformação óssea - colo femoral forma de “cajado” ou “giba”
  • 15. Diagnóstico por Imagem Linha de Klein – sinal de Trethovan ou Perkins
  • 16. Diagnóstico por Imagem Sinal de Steel Linha de esclerose sobreposta á imagem do colo – sinal do crescente de Steel
  • 17. Classificação Radiográfica Grau 0 – pré-deslizamento: “alargamento” da placa epifisária que sofre um aumento de sua altura
  • 18. Classificação Radiográfica Grau I (mínimo ou leve) - epífise desloca-se até 1/3 da largura da metáfise do colo femoral
  • 19. Classificação Radiográfica Grau II (moderado) - epífise desloca-se até metade da largura da metáfise do colo femoral
  • 20. Classificação Radiográfica Grau III (grave) - epífise desloca-se mais da metade da largura do colo femoral
  • 21. Classificação Radiográfica – Southwick (1967) Escorregamentos leves: Até 30° Escorregamentos moderados: Entre 30° e 60° Escorregsmentos graves: Acima de 60°
  • 22. Outros métodos de diagnóstico USG - distensão da cápsula devido ao aumento de líquidos no espaço articular TAC - melhor avaliação do deslizamento TC com reconstrução tridimensional RNM Cintilografia Óssea com Tc-99