SlideShare uma empresa Scribd logo
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA
MÉDICA
Traumatologia-Ortopedia
Mauricio Custódio Fabiani
R2
Síndrome do impacto e lesões
do manguito rotador
NEER 1972:
- Atrito entre a porção tendinosa
do manguito rotador do ombro
com a porção antero-inferior do
acrômio, lig. Coracoacromial e
articulação acromio-clavicular
levando a uma degeneração e
ruptura do manguito rotador do
ombro
• Manguito Rotador  Conjunto de 4 músculos
- Mm. Supra-espinhal
N. Supraescapular
- Mm. Infra-espinhal
N. Supraescapular
- Mm. Redondo menor
N. Axilar
- Mm. Subescapular
N. Subescapular sup. e inferior
• Supefície inferior e anterior
do acromio
• Ligamento coracoacromial
• Articulação acromioclavicular
• Suprimento sanguíneo primário
- Aa. Circunflexa umeral Anterior e Posterior
- Aa. Subescapular
- Aa. Supraescapular
• Área crítica de Codman
- Local onde inicia degeneração do manguito
- Próximo a inserção do Supra e junto ao TM
- Cerca de 1cm de largura
- Local vulnerável onde ocorre o impacto
• Estabilidade dinâmica a cabeça umeral
- Equilibra as forças do deltóide e peitoral maior
durante os movimentos
• Abraça 2/3 da cabeça umeral
• Reforça a capsula articular
• Coapta a cabeça na glenóide
• Depressores da cabeça do úmero (Rm, IE,
SE)
• Nutrição da articulação gleno-umeral
Lesão manguito rotador
• Prevalência 7 –40%
• ↑ com idade
- Geralmente início na 5ª
década
- Mais comum entre 60 e 70
anos
Neer  95% lesões relacionadas com impacto
- Trauma
- Lesões degenerativas
- Relacionadas c/ idade ou esforços repetitivos
* Levam a falência do manguito mas não
necessariamente a dor
- Impacto subacromial
- Hipovascularização
• Tendão do supraespinhal  Mais comumente
lesado
• Inicia na porção articular e profunda do tendão
- Progride de profundo para superficial e Anterior para posterior
• Manguito perde capacidade estabilizar a cabeça umeral
 Migração proximal da cabeça
• Tendão cabo longo do bíceps  Torna-se o principal
estabilizador primário
• Progressão da lesão  Lesão do subescapular
• Lesão maciça
- Atinge mais de um tendão
- Possui diâmetro maior do que 5cm
• Progressão da lesão do subescapular  luxação
medial da cabeça longa do bíceps  aumento
da Instabilidade  Degeneração articular 
Artropatia do manguito rotador
• Fator extrínseco - Neer  Impacto mecânico
- Lesões do MR pela síndrome do impacto
• Fator intrínseco – Uthoff e Matsen  Hipovascularização
tendínea
- Envelhecimento, sobre-uso ou lesão traumática
• Fukuda: multifatorial
Mudanças degenerativas relacionadas a idade
como consequência de microtraumas;
Envelhecimento do tendão – entesopatia
• Avascularidade
• Idade
• Sobrecarga de uso
Estágio I:
• Edema e hemorragia no tendão
• Movimentos repetitivos com braço
acima da cabeça
• Reversível com repouso
• Jovem atleta (esporte de
arremesso)
• Repetição da lesão ao longo do tempo
• Fibrose do tendão e espessamento da bursa
subacromial
• Idade 25 a 40 anos
• Dor recorrente durante atividade física
• Rotura tendinosa e suas conseqüências
- Lesão parcial ou total do manguito
• Ruptura do bíceps alterações ósseas ao RX
• Pacientes > 40 anos
• Dor e progressiva piora da função
• Alterações degenerativas do MR pelo tempo
de evolução e envelhecimento biológico:
– Aspecto isquêmico e atrófico
– Consistência friável
– Afilamento
– Delaminação longitudinal
– Retração variável dos cotos tendinosos rotos
• Inserção do supraespinhal e margem posterior
da glenóide
• Atletas jovens – esporte de arremesso
• Movimentos de Abdução e Rotação externa
• Jogadores de vôlei e tênnis
• Degeneração da face articular do tendão e até
rotura completa
• Alongamento progressivo da cápsula (Natação) 
Aumento de volume capsular  Instabilidade 
Microtraumas nos tendões (choque com arco
coracoacromial)
• Duração:
- Crônica ou aguda
• Extensão
- parcial ou total
• Etiologia
- Traumática ou degenerativa
• Grau 1: Rotura de menos de ¼ espessura do
tendão e profundidade < 3mm
• Grau 2: Rotura menor que ½ da espessura e
profundiade entre 3 e 6mm
• Grau 3: Rotura maior que ½ da espessura e
mais de 6mm profundidade
• Tamanho:
– Pequena: <1 cm
– Média: 1-3 cm
– Grande: 3-5 cm
– Maciça: > 5 cm
• Dor – principal sintoma
– Inicio insidioso e longa duração
– Região antero - lateral do ombro e face lateral do braço
– Intensidade variável
– Maioria: dor noturna e não deita sobre o lado doloroso
• Arco de movimento pode estar diminuído
• Crepitação
• Perda de força muscular
• Hipotrofia
Quadro Clínico
• Teste de Neer
Quadro Clínico
• Teste de Hawkins
• Manobra de Yokum
Quadro Clínico
• Teste de Jobe
Quadro Clínico
• Teste de Patte
Quadro Clínico
• Teste de Gerber
• História
• Exame físico
• Testes irritativos
• Teste da Xilocaína:
- 8 a 10ml xilocaína 1% no espaço
subacromial
- Alívio imediato da dor
- Excelente para diagnóstico diferencial
• Rx Simples  ajuda limitada
• Ap verdadeiro (inclinação caudal 45°)
• Ap Rotação Interna + Externa
• Axilar
• Túnel do supra
• Inclinação caudal 30 graus (Rockwood)
• Artrose acromio-
clavicular e Os acromiale
• Em pé ou deitado com
filme sobre o ombro
• Raio em direção da axila
• Usado para classificar os
tipos de acrômio
• Pcte em pé ou deitado
• Raio na direção da espinha
da escápula (acrômio em
perfil
• Inclinação caudal 15 a 25°
• Ap simples (não
verdadeiro)
• 30° inclinação caudal
• Avalia porção anterior
do acrômio
• Procurar esporão
ântero-inferior
– Osteopenia e cistos subcondrais no TM
– Osteófito no LCA e artrose e osteófitos
na AAC
– Diminuição do espaço umeroacromial
(<7mm) lesão maciça
– Deformidade da cabeça do úmero,
deformidade e adelgaçamento do
acromio
Forma do acrômio: Morrison
e Bigliani
• Tipo I ou plano (32%)
• Tipo II ou curvo (42%)
• Tipo III ou ganchoso (26%)
81% das rupturas do MR tipo curvo
– Baixo custo e segurança
– Demonstra:
- Espessura dos tendões e da bursa
- Alterações cabeça longa bíceps (porção intra-
articular)
– Mostra lesões maiores que 1cm
– Desvantagem  Examinador dependente
• Padrão-ouro para avaliação do MR
• Sensibilidade/Especificidade > 90%
• Artro-Rm  Resultados ainda melhores
• Descontinuidade do tendão  Hipersinal
• Demonstra:
- Tamanho da laceração
- Grau de retração da lesão
- Atrofia ou alterações ósseas associadas
• Avaliação da degeneração gordurosa
– Grau 0 = sem depósito de gordura
– Grau 1 = Pequenas estrias de gordura
– Grau 2 = mais músculo que gordura
– Grau 3 = quantidade de músculo igual a de
gordura
– Grau 4 = menos músculo que gordura
• Artrose gleno-umeral
• Capsulite adesiva
• Artrose Acromio-clavicular
• Radiculopatia cervical
• Artrite reumatóide
• Os acromiale
Objetivos:
- Combate da dor
- Recuperação do arco de movimento
- Recuperação da força do ombro
TRATAMENTO CONSERVADOR:
- Inflamação da Bursa e do Tendão
- Lesões parciais em sedentários ou desportistas
eventuais
- Estágio 3 acima de 70 anos (Considerar idade
fisiológica)
Divide-se em 3 fases:
A) Alívio da dor
B) Estiramento capsular
C) Reforço muscular
• AINE
• Tipóia
• Gelo local
• Fisioterapia de calor profundo (US,laser,OC)
• Suspensão de atividades com ombro elevado
acima de 90° e atividades repetitivas
• Infiltração
- Corticóide + xilocaína se não alívio da dor em 10 dias
- Máximo 2 ou 3 doses
- Acima de 4 dose  Dano irreversível aos tecidos
• Retração capsular determina aumento do
impacto entre grande tuberosidade e
acrômio inferior
• Programa de reabilitação adequado
• Exercícios isométricos e de contra-resistência
• Fortalecimento dos rebaixadores da cabeça
umeral
- Cabeça longa do bíceps
- Rotadores internos e externos
- Cintura escapular
• Afasta dinamicamente a cabeça do úmero do
acrômio
• Tratamento Conservador  3 a 6 meses
• CONTROLE DA INFLAMAÇÃO / DEGENERAÇÃO / DOR
• EVITAR COMPLICAÇÕES
• REPARAR TENDÕES DO MANGUITO = BIOMECÂNICA
(FUNÇÃO DEPRESSORA DA CABEÇA)
• RETORNO A FUNÇÃO
• MELHORA NA QUALIDADE DE VIDA
(TOTAL OU PARCIAL)
• Fase II  70% respondem
ao tratamento conservador
- 3 a 6 meses de tto conservador
• Falha do tratamento
conservador 
Descompressão
subacromial
- Regularização da borda ântero-inferior do
acrômio
- Ressecção do esporão ósseo e excesso da
curvatura acromial
- Ressecção de osteófitos acrômio-claviculares e
sinovectomia subacromial-subdeltoideana
• Não seccionar o ligamento coracoacromial 
importante na estabilização ascensional da
cabeça do úmero.
• “Via aberta” descrita por NEER
• Videoartroscopia:
- Vantagens fundamentais:
1 - Pouca agressividade (poupa a origem do deltóide)
2 - Redução da dor e da morbidade pós-cirúrgica
3 - Retorno precoce ao trabalho lazer
4 - Possibilidade de diagnóstico e tratamento de lesões
associadas intra e extra-articulares glenoumerais
* Maior visão espacial e de melhor qualidade, sem
sangramento, com visão direta da participação de cada
estrutura
• Lesões associada  30% pacientes submetidos a
tratamento cirúrgico para síndrome do impacto
- Sinovite inespecífica (Sinovectomia articular artroscópica)
- Lesões labrais
- Corpos livres articulares
- Lesões parciais localizadas na superfície articular (inferior)
• Provável resultado insatisfatório se tratados pela via clássica
aberta nesses casos
• Fase III (Rotura tendinosa)  Tratamento cirúrgico
- Idade < 60 anos  Indicação formal
- Idade > 70 anos  Cirurgia é exceção
- Idade 60-70 anos  Indicação relativa
• Idade < 60 anos  Potencial de recuperação tecidual
• Avaliar atividades produtivas e prática desportiva
• Tratamento cirúrgico fase III:
- Descompressão subacromial +
acromioplastia ântero-inferior
- Reparação dos tendões e reinserção
óssea dos mesmos
- Artrose acromioclavicular 
Artroplastia de ressecção
Reparação dos tendões rotos:
• Tendão/tendão
• Tendão/osso: âncora, microparafusos
• Sutura sem tensão estando o braço ao
lado do corpo
 REINSERÇÃO “IN SITO” (McLaughlin)
 UTILIZAÇÃO DA C. L. B. COMO ENXERTO
 ROTAÇÃO RETALHOS
* SUBESCAPULAR
* INFRA-ESPINHAL
* REDONDO MAIOR (Celli)
* GRANDE DORSAL (Gerber)
LESÃO EXTENSA REPARÁVEL
Canaleta
tm
Canaleta
LESÃO EXTENSA REPARÁVEL
Canaleta
TM
tm
Sub
Supra
b
LCA
Articulação acromioclavicular:
• Ver se tem relação com sintomas
• Infiltrar lidocaina 1% intra-articular
• Se necessário: excisão da extremidade
externa da clavícula
• PACIENTE - IDADE, MOTIVAÇÃO ( psiquismo)
• LESÃO - EXTENSÃO, TEMPO DE EVOLUÇÃO, GRAU DE
DEGENERAÇÃO GORDUROSA
• CIRURGIA - EXPERIÊNCIA, MATERIAL ADEQUADO
• REABILITAÇÃO PÓS-OP. - 50% DO SUCESSO
• PENDULARES PRECOCES PO - 5°
• CINÉSIO PASSIVA PARA ADM PO - 10°
(NÃO FAZER EXT. e R.E.)
• REFORÇO MUSCULAR PO - 20°
• RESULTADOS DEFINITIVOS APÓS 6 MESES
• DOR RESIDUAL
• DESINSERÇÃO DO DELTÓIDE
• RIGIDEZ PÓS-OPERATÓRIA
• RE - RUPTURA
ACROMIOPLASTIA INSUFICIENTE
FALTA DE ABORDAGEM DA A.A.C.
LESÕES IRREPARÁVEIS
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf

Síndrome do impacto
Síndrome do impactoSíndrome do impacto
Síndrome do impactoRaquel Pizol
 
pptx_20221211_210509_0000.pptx
pptx_20221211_210509_0000.pptxpptx_20221211_210509_0000.pptx
pptx_20221211_210509_0000.pptxRanielyMatias1
 
Vias-de-acesso-Quadril.ppt
Vias-de-acesso-Quadril.pptVias-de-acesso-Quadril.ppt
Vias-de-acesso-Quadril.pptWhiskaMontao
 
01 monitoria da cintura escapular
01   monitoria da cintura escapular01   monitoria da cintura escapular
01 monitoria da cintura escapularRafael Rezende
 
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)GabrielaSoares07
 
Anatomia e Patologias do Coluna Vertebral.ppt
Anatomia e Patologias do Coluna Vertebral.pptAnatomia e Patologias do Coluna Vertebral.ppt
Anatomia e Patologias do Coluna Vertebral.pptDanilloAguiar6
 
Avaliaoradiologicadotrauma
AvaliaoradiologicadotraumaAvaliaoradiologicadotrauma
Avaliaoradiologicadotraumaleandrodocarmo6
 
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptx
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptxdrcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptx
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptxGustavoArouche1
 
Avaliação radiológica do trauma no sistema músculo esquelético
Avaliação radiológica do trauma no sistema músculo esqueléticoAvaliação radiológica do trauma no sistema músculo esquelético
Avaliação radiológica do trauma no sistema músculo esqueléticoMarcelo Madureira Montroni
 
Fraturas dos membros_superiores[1]
Fraturas dos membros_superiores[1]Fraturas dos membros_superiores[1]
Fraturas dos membros_superiores[1]Claudevir Tunussi
 
Fratura peritrocanterica
Fratura peritrocantericaFratura peritrocanterica
Fratura peritrocantericaNathália Corso
 

Semelhante a aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf (20)

Trauma dos Membros Superiores
Trauma dos Membros SuperioresTrauma dos Membros Superiores
Trauma dos Membros Superiores
 
Síndrome do impacto
Síndrome do impactoSíndrome do impacto
Síndrome do impacto
 
Traumas dos Membros Inferiores
Traumas dos Membros InferioresTraumas dos Membros Inferiores
Traumas dos Membros Inferiores
 
pptx_20221211_210509_0000.pptx
pptx_20221211_210509_0000.pptxpptx_20221211_210509_0000.pptx
pptx_20221211_210509_0000.pptx
 
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
 
Vias-de-acesso-Quadril.ppt
Vias-de-acesso-Quadril.pptVias-de-acesso-Quadril.ppt
Vias-de-acesso-Quadril.ppt
 
01 monitoria da cintura escapular
01   monitoria da cintura escapular01   monitoria da cintura escapular
01 monitoria da cintura escapular
 
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
 
Anatomia e Patologias do Coluna Vertebral.ppt
Anatomia e Patologias do Coluna Vertebral.pptAnatomia e Patologias do Coluna Vertebral.ppt
Anatomia e Patologias do Coluna Vertebral.ppt
 
Avaliaoradiologicadotrauma
AvaliaoradiologicadotraumaAvaliaoradiologicadotrauma
Avaliaoradiologicadotrauma
 
Modulo 20
Modulo 20Modulo 20
Modulo 20
 
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptx
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptxdrcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptx
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptx
 
Fraturas do femur distal
Fraturas do femur distalFraturas do femur distal
Fraturas do femur distal
 
Ruptura distal do tendao do biceps
Ruptura distal do tendao do bicepsRuptura distal do tendao do biceps
Ruptura distal do tendao do biceps
 
Avaliação radiológica do trauma no sistema músculo esquelético
Avaliação radiológica do trauma no sistema músculo esqueléticoAvaliação radiológica do trauma no sistema músculo esquelético
Avaliação radiológica do trauma no sistema músculo esquelético
 
Dctb
DctbDctb
Dctb
 
Amputação
AmputaçãoAmputação
Amputação
 
Fraturas dos membros_superiores[1]
Fraturas dos membros_superiores[1]Fraturas dos membros_superiores[1]
Fraturas dos membros_superiores[1]
 
Fratura peritrocanterica
Fratura peritrocantericaFratura peritrocanterica
Fratura peritrocanterica
 
Fraturas de tibia e fibula proximais
Fraturas de tibia e fibula proximaisFraturas de tibia e fibula proximais
Fraturas de tibia e fibula proximais
 

aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf

  • 2. Síndrome do impacto e lesões do manguito rotador
  • 3. NEER 1972: - Atrito entre a porção tendinosa do manguito rotador do ombro com a porção antero-inferior do acrômio, lig. Coracoacromial e articulação acromio-clavicular levando a uma degeneração e ruptura do manguito rotador do ombro
  • 4. • Manguito Rotador  Conjunto de 4 músculos - Mm. Supra-espinhal N. Supraescapular - Mm. Infra-espinhal N. Supraescapular - Mm. Redondo menor N. Axilar - Mm. Subescapular N. Subescapular sup. e inferior
  • 5. • Supefície inferior e anterior do acromio • Ligamento coracoacromial • Articulação acromioclavicular
  • 6. • Suprimento sanguíneo primário - Aa. Circunflexa umeral Anterior e Posterior - Aa. Subescapular - Aa. Supraescapular • Área crítica de Codman - Local onde inicia degeneração do manguito - Próximo a inserção do Supra e junto ao TM - Cerca de 1cm de largura - Local vulnerável onde ocorre o impacto
  • 7. • Estabilidade dinâmica a cabeça umeral - Equilibra as forças do deltóide e peitoral maior durante os movimentos • Abraça 2/3 da cabeça umeral • Reforça a capsula articular • Coapta a cabeça na glenóide • Depressores da cabeça do úmero (Rm, IE, SE) • Nutrição da articulação gleno-umeral
  • 8. Lesão manguito rotador • Prevalência 7 –40% • ↑ com idade - Geralmente início na 5ª década - Mais comum entre 60 e 70 anos
  • 9. Neer  95% lesões relacionadas com impacto - Trauma - Lesões degenerativas - Relacionadas c/ idade ou esforços repetitivos * Levam a falência do manguito mas não necessariamente a dor - Impacto subacromial - Hipovascularização
  • 10. • Tendão do supraespinhal  Mais comumente lesado • Inicia na porção articular e profunda do tendão - Progride de profundo para superficial e Anterior para posterior • Manguito perde capacidade estabilizar a cabeça umeral  Migração proximal da cabeça • Tendão cabo longo do bíceps  Torna-se o principal estabilizador primário
  • 11. • Progressão da lesão  Lesão do subescapular • Lesão maciça - Atinge mais de um tendão - Possui diâmetro maior do que 5cm • Progressão da lesão do subescapular  luxação medial da cabeça longa do bíceps  aumento da Instabilidade  Degeneração articular  Artropatia do manguito rotador
  • 12. • Fator extrínseco - Neer  Impacto mecânico - Lesões do MR pela síndrome do impacto • Fator intrínseco – Uthoff e Matsen  Hipovascularização tendínea - Envelhecimento, sobre-uso ou lesão traumática • Fukuda: multifatorial
  • 13. Mudanças degenerativas relacionadas a idade como consequência de microtraumas; Envelhecimento do tendão – entesopatia • Avascularidade • Idade • Sobrecarga de uso
  • 14. Estágio I: • Edema e hemorragia no tendão • Movimentos repetitivos com braço acima da cabeça • Reversível com repouso • Jovem atleta (esporte de arremesso)
  • 15. • Repetição da lesão ao longo do tempo • Fibrose do tendão e espessamento da bursa subacromial • Idade 25 a 40 anos • Dor recorrente durante atividade física
  • 16. • Rotura tendinosa e suas conseqüências - Lesão parcial ou total do manguito • Ruptura do bíceps alterações ósseas ao RX • Pacientes > 40 anos • Dor e progressiva piora da função
  • 17. • Alterações degenerativas do MR pelo tempo de evolução e envelhecimento biológico: – Aspecto isquêmico e atrófico – Consistência friável – Afilamento – Delaminação longitudinal – Retração variável dos cotos tendinosos rotos
  • 18.
  • 19. • Inserção do supraespinhal e margem posterior da glenóide • Atletas jovens – esporte de arremesso • Movimentos de Abdução e Rotação externa • Jogadores de vôlei e tênnis • Degeneração da face articular do tendão e até rotura completa
  • 20. • Alongamento progressivo da cápsula (Natação)  Aumento de volume capsular  Instabilidade  Microtraumas nos tendões (choque com arco coracoacromial)
  • 21. • Duração: - Crônica ou aguda • Extensão - parcial ou total • Etiologia - Traumática ou degenerativa
  • 22. • Grau 1: Rotura de menos de ¼ espessura do tendão e profundidade < 3mm • Grau 2: Rotura menor que ½ da espessura e profundiade entre 3 e 6mm • Grau 3: Rotura maior que ½ da espessura e mais de 6mm profundidade
  • 23. • Tamanho: – Pequena: <1 cm – Média: 1-3 cm – Grande: 3-5 cm – Maciça: > 5 cm
  • 24. • Dor – principal sintoma – Inicio insidioso e longa duração – Região antero - lateral do ombro e face lateral do braço – Intensidade variável – Maioria: dor noturna e não deita sobre o lado doloroso • Arco de movimento pode estar diminuído • Crepitação • Perda de força muscular • Hipotrofia
  • 27. • Manobra de Yokum
  • 31. • História • Exame físico • Testes irritativos • Teste da Xilocaína: - 8 a 10ml xilocaína 1% no espaço subacromial - Alívio imediato da dor - Excelente para diagnóstico diferencial
  • 32. • Rx Simples  ajuda limitada • Ap verdadeiro (inclinação caudal 45°) • Ap Rotação Interna + Externa • Axilar • Túnel do supra • Inclinação caudal 30 graus (Rockwood)
  • 33. • Artrose acromio- clavicular e Os acromiale • Em pé ou deitado com filme sobre o ombro • Raio em direção da axila
  • 34. • Usado para classificar os tipos de acrômio • Pcte em pé ou deitado • Raio na direção da espinha da escápula (acrômio em perfil • Inclinação caudal 15 a 25°
  • 35.
  • 36. • Ap simples (não verdadeiro) • 30° inclinação caudal • Avalia porção anterior do acrômio • Procurar esporão ântero-inferior
  • 37.
  • 38. – Osteopenia e cistos subcondrais no TM – Osteófito no LCA e artrose e osteófitos na AAC – Diminuição do espaço umeroacromial (<7mm) lesão maciça – Deformidade da cabeça do úmero, deformidade e adelgaçamento do acromio
  • 39. Forma do acrômio: Morrison e Bigliani • Tipo I ou plano (32%) • Tipo II ou curvo (42%) • Tipo III ou ganchoso (26%) 81% das rupturas do MR tipo curvo
  • 40. – Baixo custo e segurança – Demonstra: - Espessura dos tendões e da bursa - Alterações cabeça longa bíceps (porção intra- articular) – Mostra lesões maiores que 1cm – Desvantagem  Examinador dependente
  • 41.
  • 42. • Padrão-ouro para avaliação do MR • Sensibilidade/Especificidade > 90% • Artro-Rm  Resultados ainda melhores • Descontinuidade do tendão  Hipersinal • Demonstra: - Tamanho da laceração - Grau de retração da lesão - Atrofia ou alterações ósseas associadas
  • 43. • Avaliação da degeneração gordurosa – Grau 0 = sem depósito de gordura – Grau 1 = Pequenas estrias de gordura – Grau 2 = mais músculo que gordura – Grau 3 = quantidade de músculo igual a de gordura – Grau 4 = menos músculo que gordura
  • 44. • Artrose gleno-umeral • Capsulite adesiva • Artrose Acromio-clavicular • Radiculopatia cervical • Artrite reumatóide • Os acromiale
  • 45. Objetivos: - Combate da dor - Recuperação do arco de movimento - Recuperação da força do ombro TRATAMENTO CONSERVADOR: - Inflamação da Bursa e do Tendão - Lesões parciais em sedentários ou desportistas eventuais - Estágio 3 acima de 70 anos (Considerar idade fisiológica)
  • 46. Divide-se em 3 fases: A) Alívio da dor B) Estiramento capsular C) Reforço muscular
  • 47. • AINE • Tipóia • Gelo local • Fisioterapia de calor profundo (US,laser,OC) • Suspensão de atividades com ombro elevado acima de 90° e atividades repetitivas • Infiltração - Corticóide + xilocaína se não alívio da dor em 10 dias - Máximo 2 ou 3 doses - Acima de 4 dose  Dano irreversível aos tecidos
  • 48. • Retração capsular determina aumento do impacto entre grande tuberosidade e acrômio inferior • Programa de reabilitação adequado
  • 49. • Exercícios isométricos e de contra-resistência • Fortalecimento dos rebaixadores da cabeça umeral - Cabeça longa do bíceps - Rotadores internos e externos - Cintura escapular • Afasta dinamicamente a cabeça do úmero do acrômio • Tratamento Conservador  3 a 6 meses
  • 50. • CONTROLE DA INFLAMAÇÃO / DEGENERAÇÃO / DOR • EVITAR COMPLICAÇÕES • REPARAR TENDÕES DO MANGUITO = BIOMECÂNICA (FUNÇÃO DEPRESSORA DA CABEÇA) • RETORNO A FUNÇÃO • MELHORA NA QUALIDADE DE VIDA (TOTAL OU PARCIAL)
  • 51. • Fase II  70% respondem ao tratamento conservador - 3 a 6 meses de tto conservador • Falha do tratamento conservador  Descompressão subacromial
  • 52. - Regularização da borda ântero-inferior do acrômio - Ressecção do esporão ósseo e excesso da curvatura acromial - Ressecção de osteófitos acrômio-claviculares e sinovectomia subacromial-subdeltoideana • Não seccionar o ligamento coracoacromial  importante na estabilização ascensional da cabeça do úmero.
  • 53. • “Via aberta” descrita por NEER • Videoartroscopia: - Vantagens fundamentais: 1 - Pouca agressividade (poupa a origem do deltóide) 2 - Redução da dor e da morbidade pós-cirúrgica 3 - Retorno precoce ao trabalho lazer 4 - Possibilidade de diagnóstico e tratamento de lesões associadas intra e extra-articulares glenoumerais * Maior visão espacial e de melhor qualidade, sem sangramento, com visão direta da participação de cada estrutura
  • 54. • Lesões associada  30% pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para síndrome do impacto - Sinovite inespecífica (Sinovectomia articular artroscópica) - Lesões labrais - Corpos livres articulares - Lesões parciais localizadas na superfície articular (inferior) • Provável resultado insatisfatório se tratados pela via clássica aberta nesses casos
  • 55. • Fase III (Rotura tendinosa)  Tratamento cirúrgico - Idade < 60 anos  Indicação formal - Idade > 70 anos  Cirurgia é exceção - Idade 60-70 anos  Indicação relativa • Idade < 60 anos  Potencial de recuperação tecidual • Avaliar atividades produtivas e prática desportiva
  • 56. • Tratamento cirúrgico fase III: - Descompressão subacromial + acromioplastia ântero-inferior - Reparação dos tendões e reinserção óssea dos mesmos - Artrose acromioclavicular  Artroplastia de ressecção
  • 57. Reparação dos tendões rotos: • Tendão/tendão • Tendão/osso: âncora, microparafusos • Sutura sem tensão estando o braço ao lado do corpo
  • 58.  REINSERÇÃO “IN SITO” (McLaughlin)  UTILIZAÇÃO DA C. L. B. COMO ENXERTO  ROTAÇÃO RETALHOS * SUBESCAPULAR * INFRA-ESPINHAL * REDONDO MAIOR (Celli) * GRANDE DORSAL (Gerber)
  • 61. Articulação acromioclavicular: • Ver se tem relação com sintomas • Infiltrar lidocaina 1% intra-articular • Se necessário: excisão da extremidade externa da clavícula
  • 62.
  • 63.
  • 64.
  • 65.
  • 66. • PACIENTE - IDADE, MOTIVAÇÃO ( psiquismo) • LESÃO - EXTENSÃO, TEMPO DE EVOLUÇÃO, GRAU DE DEGENERAÇÃO GORDUROSA • CIRURGIA - EXPERIÊNCIA, MATERIAL ADEQUADO • REABILITAÇÃO PÓS-OP. - 50% DO SUCESSO
  • 67. • PENDULARES PRECOCES PO - 5° • CINÉSIO PASSIVA PARA ADM PO - 10° (NÃO FAZER EXT. e R.E.) • REFORÇO MUSCULAR PO - 20° • RESULTADOS DEFINITIVOS APÓS 6 MESES
  • 68. • DOR RESIDUAL • DESINSERÇÃO DO DELTÓIDE • RIGIDEZ PÓS-OPERATÓRIA • RE - RUPTURA ACROMIOPLASTIA INSUFICIENTE FALTA DE ABORDAGEM DA A.A.C.