1. 42ª LIÇÃO – LEVANTANDO A GUARDA CONTRA O INIMIGO
Mc 8.31-33
MIM1
: Interceda pelo Programa Tour of hope (Turismo pela esperança) da JMM; tal
programa visa fazer viagens missionárias a locais que sofrem por catástrofes ou
conflitos a fim de levar a Palavra de Deus e o auxílio material necessário (alimento,
médicos, dentistas, etc). Peça ao Senhor que abençoe o Pr. Marcos Grava e Luciana
Vasconcelos, responsáveis por tal programa.
INTRODUÇÃO: No estudo anterior, falamos sobre a certeira afirmação de Pedro
quanto a pessoa de Jesus; ao dizer que ele era o Cristo, ou seja, o enviado de Deus,
Pedro estava dizendo que ele e todos os demais discípulos entenderam os sinais e a
mensagem até então pregada pelo messias. Tal seção marca uma guinada no Ministério
de Jesus: se antes ele falava a toda a multidão, a partir de agora ele falaria mais
especificamente aos seus discípulos, que seriam as colunas da igreja primitiva; colunas
estas que estariam firmadas na rocha (At 4.11) que é Jesus.
No entanto, satanás não estava satisfeito. Como vimos no 4° estudo, satanás não
se deu por vencido no deserto e aguardaria outra oportunidade para impedir ou
atrapalhar a obra redentora de Jesus. É exatamente isso que acontece com Pedro; tal
investida satânica também se dará em nossas vidas; não podemos “baixar a guarda”2
para o inimigo!
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 31 e 32a – Embora já tivesse dito isso publicamente (Mt 16.4),
Jesus o fez de modo simbólico, para não despertar pressa nos que
planejavam sua crucificação.
Como o Espírito Santo já havia revelado aos discípulos quem Jesus
era (Mt 16.17), Jesus poderia tratar do assunto de sua morte expiatória
abertamente, no entanto exclusivamente aos discípulos.
Ao passar tal informação aos discípulos, Jesus está dizendo que nEle se
cumprem diversas profecias do AT (p.e: Sl 22, 69, 118; Is 50.4, 52.13-
53.12; Zc 13.7).
b) V. 32b– Que “varada n’água” de Pedro! Se no episódio anterior ele
“matou a pau” ao afirmar que Jesus era “o Cristo o filho do Deus vivo”
(Mt 16.16), aqui ele se contradiz completamente.
2. Em Mt 16.22 vemos que a reprovação de Pedro foi no sentido de
dizer que resistiria à iminente morte de Jesus.
O que pensou Pedro? Que ele poderia impedir os planos de Deus?
Que a descendência da mulher não esmagaria a cabeça da
serpente (Gn 3.15)? Isso é/seria impossível! (Jó 42.2).
É possível traçarmos um paralelo entre o mau procedimento de
Pedro e as três proposta de satanás a Jesus no deserto (Mt 4.3,5-
6,8-9), tentando, desta forma, fazer com que Jesus deixasse sua
missão redentora.
c) V. 32 – Jesus, o Deus-homem, percebeu a investida de satanás e logo o
repreendeu.
Mas poderia um discípulo de Jesus, ontem ou hoje, ser usado por
satanás?
A primeira questão a ser colocada é que Pedro não estava
possesso. Como vimos em outras passagens já estudadas, em caso
de possessão, o ser humano perde o controle total de seus atos.
Não parece, nem de longe, que tal tenha ocorrido com Pedro.
“Mas é possível que um salvo fique possesso?” Nos parece que
não (1Jo 5.18).
No entanto, mesmo não estando possesso, Pedro foi usado por
satanás. Acima traçamos um paralelo entre a conduta de Pedro e
as propostas de satanás no deserto para colocar clarividente a
investida satânica por intermédio de Pedro.
A bem da verdade é que satanás usa muito mais pessoas desta
forma, sem possessão demoníaca, para atrapalhar a igreja de
Cristo, do que pessoas possessas.
Quando Judas vendeu a Jesus, ele não estava possesso; mas foi
totalmente usado por satanás.
E hoje, na qualidade de morada de Deus na pessoa do Espírito
Santo (Ef 1.13), podemos, ainda, ser usados por satanás?
SIM, infelizmente! Quando o discípulo de Jesus não está em
completa comunhão com Ele, cedendo às paixões carnais (Gl
5.16 e 17; 1Jo 1.6 e 7), abafando a atuação do Espírito Santo
3. (1Ts 5.19; Nova Bíblia Viva) e entristecendo-O (Ef 4.30), ou seja:
BAIXANDO SUA GUARDA, é possível que satanás o use.
Não devemos esquecer que satanás é astuto e está sempre à
espreita (1Pe 5.8) para fazer os seus desígnios (Jo 10.10).
“Mas há época os discípulos ainda não tinham o Espírito Santo,
que lhes foi soprado somente quando Jesus apareceu a eles já
ressurreto (Jo 20.22); assim é possível dizer que Pedro não estava
sob a influência do Espírito, por isso foi usado por satanás...” Tal
afirmação é errada! O Espírito já estava em atuação, tanto que
revelou a Pedro quem era Jesus (Mt 16.17).
Isso significa, meu irmão, que devemos ficar atentos e usar, a
todo o momento, as Armas disponibilizadas pelo Senhor (Ef 6.
10-18).
CONCLUSÃO: Ser usado por satanás não foi determinante para Pedro. Apesar
do incidente ora estudado e alguns outros, Pedro se arrependeu (Lc 22.62). No
grego, o arrependimento é designado pela expressão metanoia que significa
completa mudança ou mudança em essência. Pedro mudou a sua essência e foi
uma benção para a igreja de Jesus, sendo o Pastor da igreja de Jerusalém (Gl
2.7).
No entanto, ser usado por satanás foi determinante para Judas, que não se
arrependeu, mas teve remorso e tentou, por sua própria força, reverter o mal que
fez (Mt 27.3-5).
Não baixe a guarda para o inimigo; submeta-se ao Senhor hoje (Tg 4.7),
obedeça ao Senhor agora (At 5.32) e o diabo vai sair por “sete caminhos” (Dt
28.1 e 7; ARA).
Faça um momento especial de oração individual sugerindo ao grupo que
peça por discernimento espiritual e força para resistir aos “dardos
inflamados do inimigo” (Ef 6.16)
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4. 1- Momento de Intercessão Missionária. Nossa ideia é criar em todas as reuniões este
momento inicial de oração por missões nacionais.
2- “Baixar a guarda” é uma expressão utilizada nas artes marciais para designar o lutador que
não se preocupa com sua defesa. Assim procedendo, o lutador cola-se em extremo risco de
nocaute.