O documento discute a necessidade de unidade entre os cristãos. Jesus repreende João por proibir alguém de fora do grupo de discípulos de exorcizar demônios em nome de Jesus. Todos que crêem em Jesus são um, e servi-lo significa servir uns aos outros, independente de denominação.
1. 49ª LIÇÃO – EM CRISTO SOMOS UM
Mc 9.38-41
MIM1: Interceda pela Congregação Batista XV de Novembro, fruto do Projeto Uma
Igreja em Cada Bairro da nossa igreja. Peça ao Senhor que abençoe o Pr Ricardo
Conceição na liderança daquela igreja. Interceda, também, pela construção do templo
naquela localidade e, principalmente, pelas pessoas que ouvirão o evangelho através
daquele trabalho.
INTRODUÇÃO: No estudo anterior, falamos sobre o episódio em que os discípulos
discutiam entre si sobre quem deveria ser o mais importante; já que alguém haveria de
trair a Jesus (Lc 22.22), quem então seria o melhor? Naquela oportunidade, vimos que,
no Reino de Deus, o melhor e o principal deve ser Jesus, a encarnação do único Deus
existente. Quanto a nós, seus discípulos, se desejamos posição de honra, devemos
buscá-la através do serviço.
No presente estudo vamos continuar a desenvolver esta temática; Jesus
aproveitou uma colocação feita por João e aproveitou para expandir o assunto antes
tratado, deixando implícito a unidade do Reino de Deus.
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 38 – Observe que João deixa bem claro pra Jesus:
a) que era em nome de Jesus que aquele “estranho”
exorcizava;
b) E que o exorcismo era bem sucedido, tendo em vista que
o “estranho” expelia os demônios.
Observe, ainda, que aquele “estranho” obtivera sucesso numa tarefa
antes frustrada pelos discípulos de Jesus (Mc 9.18).
João deixa claro o porquê de ter proibido o “estranho”: ele não andava
com Jesus e os demais discípulos.
Seja por preconceito quanto ao que estava de fora do grupo, seja, por
que não, por inveja quanto ao sucesso do “estranho”, a verdade é que
João foi repreendido por Jesus no verso seguinte.
Muitas das vezes agimos assim como igreja: já que eles não são
batistas, não são nossos irmãos. já que não praticam a mesma liturgia
que nós, não adoram ao Senhor.
Tal isolacionismo tem sido um desserviço ao Reino de Deus e tem sido
utilizado por satanás para quebrar a unidade da igreja de Jesus e
atrapalhar a expansão da obra missionária.
2. Aquele “estranho” para João não era um estranho para Jesus: ele tinha
fé em Jesus. Mesmo não pertencendo ao grupo dos apóstolos, ele era
um discípulo de Jesus.
Não podemos olhar os outros, seja por ser um “estranho”, seja por seu
sucesso, como pessoas que não são seguidoras de Jesus.
Precisamos ter bem claro em nossas mentes como discípulos de Jesus e
pessoas que amam cumprir o IDE (Mt 28.19) que é a fé em Jesus (e
nada mais!) que torna uma pessoa salva (Ef.2.8)
b) V. 39 e 40 – A fé em Jesus por parte deste homem que não pertencia
ao grupo dos apóstolos era notória.
Ninguém invocaria com sucesso o nome de Deus se não cresse
nEle.
Observe que este homem, apenas por sua fé em Jesus, viveu os
resultados prometidos pelo nosso Mestre em Mt 17.20.
No verso 39 o Mestre diz, ainda, que não há quem possa ser um
instrumento para um milagre e fale mal Dele.
Pois bem, se essa pessoa utiliza o nome de Jesus, ou seja, se é por
Jesus que o milagre foi realizado, este homem, mesmo não sendo
apóstolo, é um com Cristo Jesus.
Assim, se eu, pela fé em Jesus, sou um com Ele, em última
análise somos um eu e aquele homem repreendido por João no
verso 38.
Me parece que é exatamente essa visão de unidade que faltava ao
apóstolo do amor². Você se enxerga nesta mesma situação?
c) v. 41 – Se com Cristo TODOS OS QUE CREEM NELE são um, tudo
o que fizermos entre nós será imputado a Cristo.
Perceba que não será indiretamente para Cristo, mas diretamente
para Ele, pois Ele é o cabeça (Ef 1.22).
Quando entendermos que tudo o que fizermos para um dos servos
de Jesus é como se para Ele fizermos (Mt 25.31-40)
necessariamente mudaremos o rumo da nossa adoração.
Não estou sugerindo que acabemos com a adoração (culto)
pública. De jeito algum!
Mas se percebermos que o culto a Cristo passa pelo serviço ao
próximo, sem dúvida experimentaremos um verdadeiro
avivamento na igreja de Deus!
3. CONCLUSÃO: Assim como João (v. 38), precisamos nos despir da nossa visão isolada
e nos enxergarmos como membros de um corpo e que temos uma função neste corpo.
Tal função envolve o serviço: servir a Cristo através do próximo.
E quanto aos que estão de fora do corpo? Não precisamos servi-los?
Tenho certeza que você já sabe a resposta, mas o interessante é que ser ou não
ser do corpo de Cristo é uma questão de tempo; essa deve ser a mentalidade do
discípulo/missionário de Jesus!
Algumas perguntas para discussão em grupo:
a) O que você acha da grande quantidade de denominações existentes?
b) Isso constituiria um fracionamento do corpo de Cristo, ou se trata de
um artifício humano e não divino? Ou seja, é um fracionamento que
visa ajuntar pessoas que comungam da mesma ordem?
c) Você se relaciona com pessoas de outras denominações? Você os
trata como membros do mesmo corpo?
OBS: Agostinho de Hipona, vulgarmente conhecido como Santo Agostinho, certa
vez disse o seguinte: “Nas coisas essenciais precisamos ter unidade; nas não
essenciais precisamos ter liberdade; e em todas as questões a fraternidade (o amor)!”
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1- Momento de Intercessão Missionária. Nossa ideia é criar em todas as reuniões este
momento inicial de oração por missões nacionais.
2- O apóstolo João, pela forma como discorre sobre o amor de Deus no evangelho e em suas
cartas, é considerado o apóstolo do amor.