Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Aula Jonatas 56: Soli deo gloria
1. 56ª LIÇÃO – Soli Deo Gloria1
Mc 10.35-45
MIM2
: Interceda pelo grupo da nossa igreja que irá para Minas Gerais participar de um
programa de evangelização durante o carnaval. Peça ao Senhor que abençoe o Pr.
Ricardo Conceição, que está à frente deste grupo, e por cada participante. Peça ao
Senhor que eles possam viver a realidade prevista pelo Mestre Jesus no sentido de que o
inferno não resista a esta investida da Igreja de Deus.
INTRODUÇÃO: No estudo anterior, falamos sobre a terceira vez em que Jesus antevê
seu martírio e ressurreição. Com isso, Jesus está dizendo aos seus discípulos que além
das bênçãos antes mencionadas (Mc 10.29 e 30), a maior benção ainda viria: a vitória
sobre a morte!
Jesus continua suas lições sobre o discipulado e dois problemas surgem:
a arrogância e a inveja. Pode parecer estranho, mas trata-se de problemas comuns hoje
dentro da igreja de Cristo. Como será que Jesus lidou com esses dois problemas?
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 35-37 – Na narrativa paralela (Mt 20.20-28) está registrado que foi
a mãe de João e Tiago, a mulher de Zebedeu, quem fez o pedido.
Certo é que eles (Tiago e João) estão presentes: Jesus fala a eles e
eles respondem (Mt 20.22) e os demais discípulos ficam furiosos
com eles (Mt 20.24).
Tais variações entre os evangelhos sempre são alvos de críticas:
se há diferença onde está a inerrância das Escrituras Sagradas?
No entanto, penso exatamente o oposto: tais variações,
absolutamente comuns quando a mesma história é narrada por
pessoas diferentes, é o que confirma a veracidade e historicidade
do evento.
A igreja primitiva sempre foi acusada de alterar os originais da Bíblia;
os críticos (linha exegética da crítica-histórica) sempre disseram que a
igreja de Jesus, ao longo dos anos, tem modificado a Palavra de Deus
para adequá-la aos seus interesses.
Convenhamos: se assim o fosse, tal desencontro entre Mateus e João
Marcos já teria sido solucionado, não é verdade? A Bíblia não teria
chegado em nossas mãos com esse “impasse”.
2. A verdade é que Tiago e João queriam, de fato, um lugar de destaque
no Reino de Deus.
A Bíblia não registra o que os motivou (ou a sua mãe) a fazer tal
pedido; penso, no entanto, que tenha sido a arrogância. Eles deveriam
se achar melhores do que os outros.
Infelizmente muitos discípulos de Jesus acham o mesmo; por conta do
seu grau de escolaridade, sua posição na igreja local ou, até mesmo, o
valor do seu dízimo, pensam ser mais especiais que as demais ovelhas.
Ai está uma das áreas mais atacadas por Satanás nos discípulos de
Jesus. Não podemos deixar de parafrasear João Batista: “importa que
ele cresça e que eu diminua” Jo 3.30.
b) V. 38-40 – Aqui Jesus profetiza a forma da morte desses dois
discípulos.
Cálice e batismo, aqui, simbolizam o sofrimento e a morte de
Jesus.
Tiago foi assassinado por Herodes “ a fio de espada” (At 12.2).
João viveu seus últimos dias numa caverna escura na Ilha de
Patmos (Ap 1.9).
Todo discípulo deve estar pronto para ser fiel até a morte (Ap
2.10).
c) V. 41 – Como consequência do pedido dos discípulos, os demais se
insurgem e ficam furiosos com estes.
Na narrativa não temos condições de ver o que motivou este
sentimento por parte dos dez discípulos; penso, no entanto, que
tenha sido a inveja ou o ciúme.
O pensamento comum entre os dez deve ter sido: então esses
camaradas querem ser os nossos chefes, né?!
3. d) V. 42-45 – A fim de acabar com a discussão, Jesus interrompe e mais
uma vez deixa claro que a essência do discipulado é o serviço.
Partindo do exemplo do próprio Deus encarnado, aquele que
pretende ser seguidor Dele deve ser servo.
Diferentemente da estrutura política terrena, a hierarquia no
Reino é inversa.
Interessante que a palavra sirva (v. 43) no grego é “diakonos”, ou
seja, ministro, servo voluntário. Já a palavra servo (v.44) no
grego é “doulos”, ou seja, escravo, um serviço obrigatório. Em
outras palavras, Jesus está dizendo: Quem quiser ser grande,
sirva com amor; quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo.
CONCLUSÃO:
Martinho Lutero, quando fixou os postulados da reforma protestante
,disse que somente devemos dar glórias a Deus. Nenhuma outra pessoa, nem
Tiago nem João, deveriam ser adorados. Adoração só a Jesus, a perfeita
revelação do Pai.
Se os discípulos de Jesus tiverem essa nítida concepção não se deixaram
influenciar pelas estratégias diabólicas da arrogância, inveja, ciúme ou seja lá o
que for. Os discípulos devem viver para adorar o seu Deus: Jesus Cristo o filho
do Deus Vivo. Sola Deo Gloria!
O que te motiva a participar de uma atividade na igreja? Existe alguma diferença
entre louvar a Deus na Piba ou, p.e., na Missão Batista de Paraty, o mais humilde
trabalho evangelístico da Piba?
Faça uma lista (pessoal e secreta) dos sentimentos que têm te atrapalhado a exercer a
diakonia no Reino:
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4. Irmão, gostaria de ouvir sua opinião, crítica, sugestão ou correção sobre os
estudos. Mande-os para jonatasviana@hotmail.com.br (não esqueça do “.br” no
final!)
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1- Somente glórias a Deus, em latim. A fim de fazer alusão aos 500 anos da reforma
protestante ocorrida em 31/10/1517, vamos, ao longo deste ano, tratar sobre os cinco
postulados da reforma propostos por Martinho Lutero (sola fide, sola scriptura, sola
christus, sola gratia e sola deo gloria).
2- Momento de Intercessão Missionária. Nossa ideia é criar em todas as reuniões este
momento inicial de oração por missões nacionais.