Este documento discute uma passagem bíblica sobre os discípulos discutindo quem era o maior entre eles. Jesus ensina que no Reino de Deus a "pirâmide hierárquica" é invertida e o principal deve ser Jesus, não os líderes. O documento explica que na igreja o serviço e humildade devem primar, não a autoexaltação.
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
Aula Jonatas 48: Jesus deve ser o principal!
1. 48ª LIÇÃO – JESUS DEVE SER O PRINCIPAL
Mc 9.33-37
MIM1: Interceda pela Congregação Batista do Outeiro, fruto do Projeto Uma Igreja em
Cada Bairro da nossa igreja. Peça ao Senhor que abençoe o Pr Luiz e a Ir Tânia na
liderança daquela igreja. Interceda, também, pelas pessoas que ouvirão o evangelho
através daquele trabalho.
INTRODUÇÃO: No estudo anterior falamos sobre o episódio em que, mais uma vez,
Jesus fala aos seus discípulos sobre sua morte e ressurreição; ali nos debruçamos sobre
o marco do cristianismo, que é a ressurreição de Jesus e pontuamos que, com isso, a
retribuição pelo pecado (a morte) foi vencida por Cristo Jesus.
No presente estudo, falaremos sobre uma inócua discussão por parte dos
discípulos; eles estavam a discutir sobre quem dos doze era o mais importante no Reino
de Deus. Pode parecer absurdo, no entanto, vivenciarmos isso na igreja de Jesus. Muitos
acreditam ter mais importância do que outros e por isso se acham superiores. No
entanto, como veremos, a "pirâmide hierárquica" no Reino de Deus é invertida, segundo
a Palavra de Deus.
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 33 – Como vimos no estudo anterior, Jesus estava de volta de sua
"viagem missionária" por toda a Judeia. Havia passado pela Galileia
(Mc 9.30) e agora chega a Cafarnaum.
Jesus estava rumando aos seus últimos momentos e sua última estadia,
enquanto homem, em Jerusalém (Mc 11.11).
Observe que a pergunta de Jesus foi retórica. No verso 35 vemos que,
mesmo sem os discípulos responderem, Ele já sabia. A humanidade de
Jesus não anulou sua divindade, sendo, pois, onisciente.
b) V. 34 – Parece ser uma discussão arrogante e desconexa com a
realidade em que viviam, tendo em vista que estavam a presenciar
diversos acontecimentos sobrenaturais (p.e. Mc 9.25-27) e acabaram
de amargar uma frustração contra o reino das trevas (Mc 9.18 e 19).
No entanto, quando observamos este evento na narrativa de Lucas
(Lc 22.24-30) vemos que tal discussão sucedeu a Ceia celebrada
pelo próprio Jesus em que Ele disse que o traidor estava ali no
meio deles (Lc 22.21).
2. Assim, ao tentarem saber quem era o traidor (Lc 24.23), acabaram
"avançando" a discussão para saber quem seria o melhor dentre
eles.
A grande verdade é que não importa a razão pela qual chegaram a
tal discussão; o que importa é que erraram feio o alvo.
Se devemos olhar para Jesus, devemos resistir a provação de
olhar, mesmo que de relance, para nós mesmos.
O discípulo de Jesus deve ter sempre bem clara a sua missão:
refletir a verdade que, para nós, é uma pessoa (Jo 14.6).
Aquele que crê em Jesus precisa seguir o exemplo de João
Batista, que mesmo sendo um líder religioso respeitado até por
quem afrontava (Mc 11.32), deixou bem claro que seu ministério
era enaltecer o Senhor Jesus (Jo 3.30)
c) v. 35-37 – No Reino, o “organograma” é invertido.
Em primeiro vem Jesus Cristo, que precisa sobressair em nossas
vidas (At 20.24).
Os Apóstolos estão em último lugar (1Co 4.9), seguidos dos
demais líderes que estão abaixo de todos os outros discípulos de
Jesus.
Isso porque a essência do cristianismo é o serviço em amor.
Por isso que Jesus encerra este ensinamento dizendo que quem
receber (ou seja, servir) uma criança está servindo a Jesus e ao
Pai, pois sem Jesus não há como chegar ao único e verdadeiro
Deus (Jo 14.6).
Se tivermos isso bem claro em nossas cabeças, veremos que
nosso ministério terreno é servir a Jesus evangelizando e servindo
ao próximo.
Evangelizando porque precisamos mostrar que há um Deus que
liberta da escravidão do pecado e nos dá vida eterna
Servindo o próximo porque todo o conhecimento produzido a
partir de Jesus, ou seja, a Bíblia Sagrada, destina-se para o
exercício do amor, senão é inócuo (1Co 8.1b).
Este “organograma invertido” é bem retratado na nossa
celebração da Ceia: 1º os diáconos (gr. Diakonia, significa servo)
servem a congregação, depois o pastor serve aos diáconos.
Assim, se o diácono é o servo dos servos de Jesus (congregação
composta por discípulos de Jesus) o pastor é servo dos servos que
servem os servos de Jesus...
3. Matematicamente o Pastor seria a raiz cúbica de um Servo....
Enfim, para simplificar, na igreja local o pastor seria o último.
Interessante que James Hunter, em sua trilogia sobre liderança (O
monge e o executivo, Como ser um líder servidor e De volta ao
mosteiro) diz, em suma, que a essência da liderança é o serviço e
a confiança. De onde será que ele extraiu tais ensinamentos?
CONCLUSÃO: Se pretendo servir com excelência a Jesus, devo me sentir o
menor de todos (Fl 2.3) e aquele que deve servir a todos.
Assim agindo, permitirei que Jesus Cristo sobressaia em minha vida e
esse deve ser o desejo de todo e qualquer discípulo de Jesus.
Algumas perguntas para discussão em grupo:
a) Nos dias atuais, o que mais atrapalha o serviço cristão?
b) Você acredita que o desejo de auto-enaltecimento tem sido
observado nos dias atuais nas atividades do Reino dos Céus?
c) O que devemos fazer para que isso acabe? Tal(ais) atitude(s) devem
ser coletivas ou individuais?
_________________
1- Momento de Intercessão Missionária. Nossa ideia é criar em todas as reuniões este
momento inicial de oração por missões nacionais.