O documento discute se a Bíblia endossa a doutrina da reencarnação com base no relato de Jesus sobre o retorno de Elias. Explica que Jesus se referia a João Batista, que cumpriu a profecia de Malaquias como um profeta tão importante quanto Elias, e não era uma reencarnação. A Bíblia prega a encarnação de Deus em Jesus Cristo, não a reencarnação da alma.
1. 45ª LIÇÃO – REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA?!
Mc 9.9-13
MIM1
: Interceda pela Cristolândia em Campos dos Goytacazes - RJ. Peça ao Senhor que
abençoe os obreiros e as internas; que o Espírito Santo possa conduzir os internos no
processo de desintoxicação e reintegração a vida sadia. Que o testemunho de nossas irmãs
lá em tratamento possa impactar e ser instrumento de transformação de outros escravizados
pelo vício.
INTRODUÇÃO: No estudo anterior, falamos sobre o episódio da transfiguração; vimos
que tal evento foi um testemunho prestado pelo próprio Deus-Pai acerca de Jesus, o Deus-
filho. A visão de Elias e Moisés serviu como prova acerca da pessoa de Jesus e foi
fundamental na consolidação da igreja de Jesus; um exemplo de legislador e de profeta
serviram para deixar escancarado para qualquer judeu quem era Jesus: a Palavra (Lei e
Profecia) Viva!
Na presente perícope, nos debruçaremos sobre uma afirmação de Jesus
sobre o retorno de Elias. Se Jesus afirmou que Elias retornou, seria este um caso bíblico de
reencarnação? Alguns espíritas fazem tal afirmação. Com o presente estudo, procuraremos
estancar toda e qualquer dúvida sobre o tema.
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 9 – Mais uma vez Jesus pede silêncio quanto aos fatos testemunhados
pelos discípulos.
Tais fatos não teriam grande valor se propagados naquele momento; a
hora (da morte) de Jesus já estava próxima e tal fato (a transfiguração)
teve muito peso no primeiro século de existência da igreja de Jesus, haja
vista que o mestre não mais estava entre os seus, sendo o evangelho
pregado através do testemunho das obras do Filho de Deus pelos
apóstolos (2Pe 1.17 e 18).
A divulgação de tal fato naquele momento só aumentaria a raiva e
apressaria a crucificação de Jesus.
b) V. 10 e 11 – Os discípulos ainda não tinham entendido que Jesus iria
vencer a morte!
Embora já houvesse comentado sobre isso (Mt 16.4; Mc 8.31), os
discípulos ainda não haviam entendido que Jesus iria, de fato, morrer
e voltar a viver.
2. A incredulidade pode ser uma das causas, mas creio que pelo fato de
Jesus ensinar através de parábolas, os discípulos pensaram que a
ressurreição anunciada pelo mestre era num sentido alegórico, por
isso ainda não tinham entendido direito.
O fato é que a menção à ressurreição dos mortos fez com que os
discípulos lembrassem de um ensinamento dos escribas: A
necessária volta do profeta Elias.
Mas esta volta de Elias tem base bíblica?
c) v. 12 e 13 – Jesus endossa a doutrina da volta de Elias; mas onde está
isso?
O retorno do profeta Elias foi anunciado por Deus através do Profeta
Malaquias (Ml 4.5)
Mas como interpretar Ml 4.5? Como dito no estudo anterior, um
exemplo de profeta em Israel era o profeta Elias. Quando Deus diz
através de Malaquias que antes do grande e terrível dia do Senhor,
ou seja, a crucificação de Jesus, mandaria o profeta Elias Ele está a
dizer que enviaria um profeta tão importante quanto o profeta Elias.
Tal profeta proclamará a conversão (Ml 4.6), o arrependimento (gr.
metanoia), a mudança de comportamento (Mt 3.2).
Com isso, Jesus está dizendo que a profecia de Ml 4.5 se cumpriu
em João Batista, profeta do Senhor que antecedeu Jesus (Mt 3.1-3).
Um homem que, assim como Elias, marcou a sua época (Mc 11.32).
Mas João Batista era a reencarnação de Elias?
ABSOLUTAMENTE NÃO! Por diversas razões:
a) Porque ao homem é dado morrer uma só vez (Hb 9.27);
b) O próprio João Batista, quando interrogado, negou tal
possibilidade (Jo 1.21)
c) João Batista era um profeta com o estilo de vida parecido
com o de Elias (Mt 1.4; 2Rs 1.8), pois era profeta e vivia
sozinho em constante comunhão com Deus;
3. d) Usando a própria doutrina dos espíritas, Elias não
“desencarnou”, ou seja, ele não morreu (2Rs 2.1,11), como
poderia ter reencarnado?
e) João Batista era, na verdade, um profeta tão importante
quanto o profeta Elias, com a mesma autoridade e poder,
assim como o evangelista Lucas interpretou (Lc 1.17)
Nós, discípulos de Jesus, não cremos na doutrina da reencarnação,
mas sim na doutrina da ENCARNAÇÃO; nosso Deus se fez homem
e habitou entre nós (Jo1.14), deixou a sua glória em humildade (Fp
2.5-11), pagou um preço que eu não poderia pagar (Hb 10.12) por
um erro que eu cometi (Rm 3.23).
Cremos na doutrina da encarnação porque nosso Deus se fez homem
sim (1Jo 1.1,3 ), foi tentando e sentiu vontade de pecar (Mt 4.1-11),
mas não pecou (1Pe 2.23), mostrando a mim a você que não
devemos viver pecando (1Jo 3.9). Mesmo sendo homem e
encarando a dor da morte física (Mt 27.50), não deixou de ser Deus.
100% homem, 100% Deus. Eu sei que essa conta não bate.... mas o
que Ele fez por mim e o que eu faço por Ele, também não bate nem
nunca baterá.
Um Deus-homem! Impossível explicar com a lógica humana, assim
como o sacrifício que Ele fez é incompreensível (Rm 11.33-36).
CONCLUSÃO: A Bíblia não avaliza a doutrina da reencarnação. Esse pensamento
é uma tentativa humana de explicar o sistema de justiça (ou justificação) espiritual.
O ímpio assim pensa porque não entende que por Jesus somos justificados, ou seja,
nossa culpa é retirada e somos inocentados diante do Pai.
O racionalismo (tentativa de explicar todos os fenômenos da vida através da
lógica humana) por vezes é equiparado à inteligência; logo, a falta de racionalismo,
comparada a burrice.
Trata-se de mais uma artimanha de satanás para afastar as criaturas de seu
criador; aceitar (e não entender) o sistema de justiça divina, que tira a culpa apenas
e tão somente pela fé em Jesus é um ato de humildade (e não de burrice!). Porque o
meu criador sabe mais do que eu, me curvo ao Seu sistema de justiça.
4. Em Jó 38.1-40.2 Deus faz uma série de perguntas a Jó. Se alguém for capaz
de responder qualquer das perguntas ali expostas poderá tentar discutir o sistema de
justiça imposto por Deus.
O amor de Deus é incompreensível!
Aconselhe aos membros do PG a fazerem remissões dos versículos
mencionados em suas Bíblias; esse tema é recorrente entre os não-crentes que
leem a Bíblia mal intencionados.
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1- Momento de Intercessão Missionária. Nossa ideia é criar em todas as reuniões este momento
inicial de oração por missões nacionais.