Estudo dos PGs da PIB Araruama sobre a relação de Jesus com as crianças que eram postas aos seus pés e sua repreensão aos discípulos, que impediam que isso acontecesse.
1. 52ª LIÇÃO – Quero ser como criança!
Mc 10.13-16
MIM1
: Interceda pela PG-NEB (Núcleo de Estudo Bíblico) Batista no bairro Paraty,
fruto do Projeto Uma Igreja em Cada Bairro da nossa igreja. Peça ao Senhor que
abençoe o Pr. Idigar e a Ir. Marivânia na liderança daquele grupo. Interceda, também,
pela necessidade urgente de um local próprio para suas reuniões; peça ao Senhor que
disponibilize um terreno, casa ou loja para a continuidade daquele trabalho
evangelístico.
INTRODUÇÃO: No estudo anterior, falamos sobre a relação do nosso Deus com o
divórcio: Ele o ODEIA. Assim, o assunto de Jesus é o casamento, a união, o
relacionamento duradouro através do qual ele escreveu a história da humanidade,
começando no Éden, passando por hoje e indo até o retorno do nosso Senhor Jesus;
MARANATA2
!
No presente estudo, vamos falar sobre um episódio em que os Apóstolos
estavam impedindo um grupo renegado pela sociedade de chegar até Jesus. No entanto,
foi justamente para resgatar os que se enxergam pequenos que Jesus veio ao mundo.
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 13 – As crianças do primeiro século não diferiam muito das atuais;
assim, precisavam ser levadas por seus pais ou responsáveis, como está
bem claro no verso em destaque.
Essa atitude da multidão precisa encontrar eco na atualidade: os pais
têm o dever, perante o Senhor Jesus, de trazer seus filhos até Ele.
Observe que os pais/responsáveis também estavam ali, pois trouxeram
os infantes; esses pais, na verdade, estavam obedecendo o mandamento
disposto em Pv 22.6.
Muitos responsáveis na atualidade querem que seus filhos cresçam
sendo discipulados por Jesus, enquanto eles mesmos estão fora desta
proposta. Penso que os que tal praticam são completos mentirosos; ou
mentem para seus filhos, instruindo-os num caminho falso, ou mentem
para si mesmos, não querendo enxergar a verdade que liberta.... eu fico
com a segunda opção.
b) V. 14 e 15 – A atitude de repreender as crianças (v.13) causou em
Jesus indignação.
2. Penso que algumas atitudes nossas, discípulos de Jesus do Séc
XXI, em relação as crianças também causam no mestre
indignação.
As crianças devem ter parte no culto público a Jesus; precisam
ser instruídas na doutrina bíblica e na liturgia que praticamos.
Os pequenos precisam ter liberdade na adoração; devem cantar,
ainda que desafinados; devem se expressar corporalmente, ainda
que isso não seja um costume dos adultos.
Todo e qualquer louvor precisa ser espontâneo. Por que seria
diferente com as crianças?
Enfim, o culto público precisa ser agradável também para as
crianças; caso contrário tornar-se-ão adolescentes avessos ao
culto, fato que desagrada a todo e qualquer pai.
Jesus disse que o Reino de Deus é dos pequeninos. Mais uma vez
o Mestre utiliza-se de linguagem figurada para mostrar as
verdades do Reino.
O que Jesus quer dizer é que só com a pureza de uma criança é
que será possível ao adulto herdar o Reino dos Céus, o que fica
muito claro no v.15.
c) v. 16 – As crianças faziam parte de um grupo excluído da sociedade
judaica de então. Observe em Mt 14.21 que nem as mulheres nem as
crianças eram contadas numa multidão.
No entanto, Jesus dá um valor todo especial aos infantes. Não só
os considera, mas repreende os discípulos por impedi-los e diz
que quem não for como criança não irá para o Céu.
Jesus também valorizava a mulher, outro grupo excluído há
época. Ele dizia que ela poderia pedir o divórcio (Mc 10.12) em
igualdade com o homem; Ele conversava com elas, fato que
causava estranheza nos demais homens (Jo 4.27); era seguido por
elas (Mc 15.40 e 41) e as visitava (Lc 10.38). Embora a crítica
moderna diga que a Bíblia é machista, vemos que Jesus foi
bastante “progressivo” para a cultura de sua época.
A verdade é que sempre foi assim; Deus sempre se importou com
os grupos menos favorecidos (Ex 22.21-24). Alguns teólogos
3. dizem que o nome “Hebreu” vem de um grupo sem etnia definida
conhecido na época do Êxodo como habirus; esse grupo era
composto por apátridas, nômades, escravos, etc; Javé, traduzido
na nossa Bíblia por EU SOU (Ex 3.14) nome com que Deus se
apresenta a Moisés, seria, pois, o Deus dos habirus, ou seja, dos
Hebreus. Posteriormente, Jesus revindica essa personalidade (Jo
6.35; 8.12,28; 10.7; 11.11,25; 15.1). Em última análise, Jesus e
Javé são a mesma pessoa (Jo 10.30).
Abençoar significar receber. Jesus abençoou as crianças porque
recebeu a adoração delas.
CONCLUSÃO: Se as crianças foram recebidas por Jesus devemos nós imitá-las.
Quero ser como criança
Te amar pelo que és
Voltar à inocência
E acreditar em Ti
Mas às vezes sou levado
Pela vontade de crescer
Torno-me independente
E deixo de simplesmente crer...
Essa precisa ser a oração de todo e qualquer discípulo de Jesus.
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1- Momento de Intercessão Missionária. Nossa ideia é criar em todas as reuniões este
momento inicial de oração por missões nacionais.
2- Expressão aramaica utilizada pelo Ap. Paulo em 1Co 16.22 que significa “Vem Senhor!”