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Arcadismo
(Neoclassicismo)
Características gerais:
• arte mais baseado no racional do que no sensitivo (ao contrário do
barroco)
• vinculação ao Iluminismo
• domínio da razão
• imitação dos clássicos
• aproximação à natureza
• simplicidade
• ausência de subjetividade
• amor galante
Iluminismo
• Movimento intelectual surgido no fim do século XVII que diz que
todas as coisas podem ser compreendidas, resolvidas e decididas pela
razão. A razão é o guia infalível da verdade.
Imitação dos clássicos
• A imitação significa, aqui, seguir modelos, e não copiá-los. Os
escritores árcades buscavam nos clássicos a racionalidade e a
simplicidade. Além disso eles acreditavam encontrar nos modelos da
cultura greco-romana a mais perfeita representação da natureza.
"Fazer poesia (literatura) é pintar com palavras" - Horácio
Apróximação à natureza
• Vimos, portanto, que os árcades buscavam nos clássicos uma
perfeita imitação da natureza. Eles buscam na vida natural uma
simplicidade e harmonia que não estava presente na obra
barroca, de caráter mais urbano. A obra árcade cultua a
serenidade da natureza, a integração serena, tranquila, entre
indivíduo e paisagem natural. À essa integração chamamos
bucolismo.
• Essa aproximação se dá por meio de uma literatura chamada
pastoril. Nela acontece a representação da tranquilidade da
vida no campo. Isso tudo, entretanto, era mais uma convenção
do que um modo de vida real dos poetas. Por isso podemos
enxergar nessa poesia uma certa artificialidade.
Simplicidade
• Verdade = razão = simplicidade
• Ao contrário das contradições e confusões barrocas, os artistas
árcades buscavam a simplicidade. E onde eles a encontravam? Como
já vimos, na imitação da natureza e das obras da Antiguidade clássica.
Ausência de subjetividade
• O artista árcade é contra os sentimentos extravagantes. Sua busca é
pela simplicidade, pelos sentimentos médios, comuns, genéricos. A
individualidade do poeta acaba escondida.
• Mesmo nas poesias de amor o poeta árcade respeita um jogo de
etiquetas, de gestos elegantes e nunca demonstra uma paixão
impulsiva, exagerada. Essa poesia de amor educada e que respeita as
etiquetas é chamada de poesia de amor galante: uma poesia
característica do Arcadismo.
Arcadismo no Brasil
• Descoberta de ouro no interior do Brasil (Minas Gerais)
• Riqueza rápida
• Formação de uma clásse média: comerciantes que invadem o espaço
urbano dessas cidades recem surgidas e todo o aparato da burocracia
estatal portuguesa que vem fiscalizar a tributação do ouro
• Surgimento de arcádias e academias literárias onde acontecem saraus
e debates sobre questões estéticas
• Formação de um público leitor
Inconfidência mineira (1789)
• Endividamento devido à alta carga tributária imposta pela metrópole
• Circulação de ideias iluministas
• Independência americana (1776)
• Participação de poetas árcades
Formação de sistema literário
• autores
• obras na mesma língua e mesma perspectiva estética
• público leitor permanente
Cláudio Manuel da Costa (1729 - 1789)
• Poeta de transição entre o barroco e o arcadismo (racionalmente um
árcade, emotivamente um barroco)
• Gosto pela antítese e pelo soneto (características barrocas)
• Temáticas semelhantes às barrocas, tais como o desencanto com a
vida e a brevidade do amor e dos demais sentimentos
"Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci! Oh, quem cuidara
Que entre penhas* tão duras se criara
Uma al terna, um peito sem dureza!"
*rochas
Tomás Antônio Gonzaga (1744 - 1810)
• Principal obra: Marília de Dirceu (dividida em tres partes)
• Na parte I, escrita quando o poeta estava em liberdade, temos os poemas
mais caracteristicamente árcades de sua obra, seus principais aspectos são:
- vida poastoril
- recusa a intensificar a subjetividade
- o canto da natureza convencional
- galanteria
- clareza de estilo
- desejo da vida comum
"Tú, Marília, agora vendo
Do Amor o lindo retrato
Contigo estarás dizendo
Que é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,
Que Cupido é Deus suposto:
Se há Cupido, é só teu rosto
Que ele foi quem me venceu."
Lira II
"O ser herói, Marília, não consste
Em queimar os Impérios: move a gerra,
Espalha o sangue humano,
E despovoa a terra
Também o mau tirano.
Consiste o ser herói em viver justo:
E tanto pode ser herói o pobre,
Como o maior Augusto."
Lira XXVII
• A parte II de Marília de Dirceu foi escrita na prisão, nela prevalecem:
• - Tom de desabafo
- Tristeza pelo sofrimento vivido por Dirceu
- Características vistas como pré-românticas:
subjetividade, sentimentalidade
"Eu tenho um coração maior que o mundo,
Tu formosa Marília, bem o sabes:
Um coração, e basta:
Onde tu mesma cabes"
• A parte III de Marília de Dirceu foi publicada em condições
confusas, reúne material de valor expressivo diversificado e no fim
das contas, não acrescenta nada ao sentido final da obra.
Basílio da Gama (1741 – 1795)
• Principal obra: O Uraguai (1769)
- Tentativa de poema épico dividido em 5 cantos
- Versos brancos (sem rimas) decassílabos
- Tema: tomada das missões jesuíticas pela expedição de Gomes
Freire, em 1756, cumprindo o tratado de Madrid.
- Dedicado ao Senhor Conde de Oeiras (irmão do Marquês do Pombal)
O Uraguai (1769)
O poema se inicia pela reunião das tropas portuguesas e espanholas
sob o comando de Gomes Freire de Andrade, que, primeiramente, em
longa fala, descreve a guerra informando sobre os motivos históricos
da obra. O canto dois é dedicado à narrativa da batalha travada entre
os índios e conquistadores brancos, cabendo a vitória aos
portugueses e espanhóis.
No terceiro canto surge a sombra de um chefe indígena desaparecido
em combate, que aconselha o cacique Cacambo a incendiar o
acampamento dos brancos e a fugir. O cacique acata o conselho e
depois de voltar a sua aldeia encontra o jesuíta Balda que manda
prendê-lo e o envenenar.
Paralelamente, a feiticeira Tanajura faz Lindóia, mulher de Cacambo, ter
visões, e ela de modo pouco claro contempla nessas visões a cidade
de Lisboa, destruída pelo terremoto de 1755 e, a seguir, reconstruída.
Aqui, transparece o objetivo de Basílio da Gama de lembrar a figura
do Marquês do Pombal.
O canto quarto nos mostra o encontro dos índios para a cerimônia de
casamento de Lindóia com o índio Baldeta, protegido e suposto filho
do jesuíta Balda. A heroína Lindóia, entretanto, suicida-se, deixando-
se picar por uma cobra. Neste momento, as tropas portuguesas e
espanholas já se achavam nas cercanias da aldeia e os índios batem
em retirada. Por fim, o quinto e último canto descreve um templo
religioso, os crimes cometidos pelos jesuítas e a prisão dos religiosos.
Características
• Fracassa como épico, mas possui força no lirismo e poeticidade
• Tenta glorificar tanto o conquistador europeu quanto o índio. O alvo
de suas críticas são os jesuítas.
• Por tentar valorizar os índios, é lido por alguns críticos como um
precursor do indianismo, que virá a ser um assunto valorizado pelos
autores do Romantismo.
Leia as afirmações abaixo sobre o Arcadismo brasileiro.
• I - Os poetas árcades colocavam-se como pastores para realizarem, dessa
forma, o ideal de uma vida simples em contato com a natureza.
• II - O Arcadismo brasileiro, embora tenha reproduzido muito dos modelos
europeus, apresentou características próprias, como a incorporação do
elemento indígena e a sátira política.
• III- O tema do Carpe diem, em que o poeta expressa o desejo de aproveitar
intensamente o momento presente, fugaz e passageiro, foi ignorado pelos
árcades brasileiros, excessivamente racionalistas.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I
(B) Apenas III
(C) Apenas I e II
(D) Apenas II e III
(E) I, II e III
A alternativa certa é a letra C.
As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a III é falsa, pois o carpe diem
não foi ignorado pelos árcades brasileiros.

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Aula arcadismo

  • 2. Características gerais: • arte mais baseado no racional do que no sensitivo (ao contrário do barroco) • vinculação ao Iluminismo • domínio da razão • imitação dos clássicos • aproximação à natureza • simplicidade • ausência de subjetividade • amor galante
  • 3. Iluminismo • Movimento intelectual surgido no fim do século XVII que diz que todas as coisas podem ser compreendidas, resolvidas e decididas pela razão. A razão é o guia infalível da verdade.
  • 4. Imitação dos clássicos • A imitação significa, aqui, seguir modelos, e não copiá-los. Os escritores árcades buscavam nos clássicos a racionalidade e a simplicidade. Além disso eles acreditavam encontrar nos modelos da cultura greco-romana a mais perfeita representação da natureza. "Fazer poesia (literatura) é pintar com palavras" - Horácio
  • 5. Apróximação à natureza • Vimos, portanto, que os árcades buscavam nos clássicos uma perfeita imitação da natureza. Eles buscam na vida natural uma simplicidade e harmonia que não estava presente na obra barroca, de caráter mais urbano. A obra árcade cultua a serenidade da natureza, a integração serena, tranquila, entre indivíduo e paisagem natural. À essa integração chamamos bucolismo. • Essa aproximação se dá por meio de uma literatura chamada pastoril. Nela acontece a representação da tranquilidade da vida no campo. Isso tudo, entretanto, era mais uma convenção do que um modo de vida real dos poetas. Por isso podemos enxergar nessa poesia uma certa artificialidade.
  • 6. Simplicidade • Verdade = razão = simplicidade • Ao contrário das contradições e confusões barrocas, os artistas árcades buscavam a simplicidade. E onde eles a encontravam? Como já vimos, na imitação da natureza e das obras da Antiguidade clássica.
  • 7. Ausência de subjetividade • O artista árcade é contra os sentimentos extravagantes. Sua busca é pela simplicidade, pelos sentimentos médios, comuns, genéricos. A individualidade do poeta acaba escondida. • Mesmo nas poesias de amor o poeta árcade respeita um jogo de etiquetas, de gestos elegantes e nunca demonstra uma paixão impulsiva, exagerada. Essa poesia de amor educada e que respeita as etiquetas é chamada de poesia de amor galante: uma poesia característica do Arcadismo.
  • 8. Arcadismo no Brasil • Descoberta de ouro no interior do Brasil (Minas Gerais) • Riqueza rápida • Formação de uma clásse média: comerciantes que invadem o espaço urbano dessas cidades recem surgidas e todo o aparato da burocracia estatal portuguesa que vem fiscalizar a tributação do ouro • Surgimento de arcádias e academias literárias onde acontecem saraus e debates sobre questões estéticas • Formação de um público leitor
  • 9. Inconfidência mineira (1789) • Endividamento devido à alta carga tributária imposta pela metrópole • Circulação de ideias iluministas • Independência americana (1776) • Participação de poetas árcades
  • 10. Formação de sistema literário • autores • obras na mesma língua e mesma perspectiva estética • público leitor permanente
  • 11. Cláudio Manuel da Costa (1729 - 1789) • Poeta de transição entre o barroco e o arcadismo (racionalmente um árcade, emotivamente um barroco) • Gosto pela antítese e pelo soneto (características barrocas) • Temáticas semelhantes às barrocas, tais como o desencanto com a vida e a brevidade do amor e dos demais sentimentos
  • 12. "Destes penhascos fez a natureza O berço em que nasci! Oh, quem cuidara Que entre penhas* tão duras se criara Uma al terna, um peito sem dureza!" *rochas
  • 13. Tomás Antônio Gonzaga (1744 - 1810) • Principal obra: Marília de Dirceu (dividida em tres partes) • Na parte I, escrita quando o poeta estava em liberdade, temos os poemas mais caracteristicamente árcades de sua obra, seus principais aspectos são: - vida poastoril - recusa a intensificar a subjetividade - o canto da natureza convencional - galanteria - clareza de estilo - desejo da vida comum
  • 14. "Tú, Marília, agora vendo Do Amor o lindo retrato Contigo estarás dizendo Que é este o retrato teu. Sim, Marília, a cópia é tua, Que Cupido é Deus suposto: Se há Cupido, é só teu rosto Que ele foi quem me venceu." Lira II
  • 15. "O ser herói, Marília, não consste Em queimar os Impérios: move a gerra, Espalha o sangue humano, E despovoa a terra Também o mau tirano. Consiste o ser herói em viver justo: E tanto pode ser herói o pobre, Como o maior Augusto." Lira XXVII
  • 16. • A parte II de Marília de Dirceu foi escrita na prisão, nela prevalecem: • - Tom de desabafo - Tristeza pelo sofrimento vivido por Dirceu - Características vistas como pré-românticas: subjetividade, sentimentalidade "Eu tenho um coração maior que o mundo, Tu formosa Marília, bem o sabes: Um coração, e basta: Onde tu mesma cabes"
  • 17. • A parte III de Marília de Dirceu foi publicada em condições confusas, reúne material de valor expressivo diversificado e no fim das contas, não acrescenta nada ao sentido final da obra.
  • 18. Basílio da Gama (1741 – 1795) • Principal obra: O Uraguai (1769) - Tentativa de poema épico dividido em 5 cantos - Versos brancos (sem rimas) decassílabos - Tema: tomada das missões jesuíticas pela expedição de Gomes Freire, em 1756, cumprindo o tratado de Madrid. - Dedicado ao Senhor Conde de Oeiras (irmão do Marquês do Pombal)
  • 19. O Uraguai (1769) O poema se inicia pela reunião das tropas portuguesas e espanholas sob o comando de Gomes Freire de Andrade, que, primeiramente, em longa fala, descreve a guerra informando sobre os motivos históricos da obra. O canto dois é dedicado à narrativa da batalha travada entre os índios e conquistadores brancos, cabendo a vitória aos portugueses e espanhóis. No terceiro canto surge a sombra de um chefe indígena desaparecido em combate, que aconselha o cacique Cacambo a incendiar o acampamento dos brancos e a fugir. O cacique acata o conselho e depois de voltar a sua aldeia encontra o jesuíta Balda que manda prendê-lo e o envenenar.
  • 20. Paralelamente, a feiticeira Tanajura faz Lindóia, mulher de Cacambo, ter visões, e ela de modo pouco claro contempla nessas visões a cidade de Lisboa, destruída pelo terremoto de 1755 e, a seguir, reconstruída. Aqui, transparece o objetivo de Basílio da Gama de lembrar a figura do Marquês do Pombal. O canto quarto nos mostra o encontro dos índios para a cerimônia de casamento de Lindóia com o índio Baldeta, protegido e suposto filho do jesuíta Balda. A heroína Lindóia, entretanto, suicida-se, deixando- se picar por uma cobra. Neste momento, as tropas portuguesas e espanholas já se achavam nas cercanias da aldeia e os índios batem em retirada. Por fim, o quinto e último canto descreve um templo religioso, os crimes cometidos pelos jesuítas e a prisão dos religiosos.
  • 21. Características • Fracassa como épico, mas possui força no lirismo e poeticidade • Tenta glorificar tanto o conquistador europeu quanto o índio. O alvo de suas críticas são os jesuítas. • Por tentar valorizar os índios, é lido por alguns críticos como um precursor do indianismo, que virá a ser um assunto valorizado pelos autores do Romantismo.
  • 22. Leia as afirmações abaixo sobre o Arcadismo brasileiro. • I - Os poetas árcades colocavam-se como pastores para realizarem, dessa forma, o ideal de uma vida simples em contato com a natureza. • II - O Arcadismo brasileiro, embora tenha reproduzido muito dos modelos europeus, apresentou características próprias, como a incorporação do elemento indígena e a sátira política. • III- O tema do Carpe diem, em que o poeta expressa o desejo de aproveitar intensamente o momento presente, fugaz e passageiro, foi ignorado pelos árcades brasileiros, excessivamente racionalistas. Quais estão corretas?
  • 23. (A) Apenas I (B) Apenas III (C) Apenas I e II (D) Apenas II e III (E) I, II e III
  • 24. A alternativa certa é a letra C. As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a III é falsa, pois o carpe diem não foi ignorado pelos árcades brasileiros.