O documento discute os operadores argumentativos, que são elementos da gramática que indicam a força argumentativa de enunciados. São apresentados exemplos de operadores que somam argumentos, introduzem conclusões, estabelecem comparações e justificativas.
MEMES EM AULAS DE PORTUGUÊS NO ENSINO MÉDIO: linguagem, produção e replicação...Carlos Fabiano de Souza
O presente trabalho propõe fomentar uma discussão acerca das potencialidades do gênero digital meme enquanto um elemento multifário capaz de auxiliar no desenvolvimento das competências linguístico-discursivas de educandos em aulas de língua portuguesa (LP) no ensino médio. Pode-se afirmar que, através da cibercultura, aspectos linguísticos, discursivos e sociais têm se materializado em diversas interações multimidiáticas que colocam em evidência o papel da tecnologia como meio de engendrar novas formas de se comunicar, significar e produzir cultura na pós-modernidade. Diante das demandas atuais que sinalizam para a importância da articulação entre tecnologia, linguagem e práticas sociais de uso da língua, em consonância com as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) e as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM), afirmo ser necessário pensar maneiras de implementação de propostas pedagógicas de produção de texto multimodal com o intuito de valorizar as novas formas de linguagem que se proliferam no mundo contemporâneo por meio das tecnologias digitais, agregando-as às aulas de LP. Não podemos negligenciar o fato de que os nossos alunos, cada vez mais, têm feito uso de ferramentas de áudio, vídeo, tratamento de imagem, edição, etc., atuando ativamente em práticas de produção e replicação na cibercultura, como coconstrutores de sentidos em ambientes virtuais. Nesse sentido, em tempos de alunos pertencentes à Geração Digital, práticas de ensino-aprendizagem de LP devem se constituir, essencialmente, num espaço que privilegia as diversidades de linguagens, permitindo que nossos educandos se tornem protagonistas na construção de conhecimentos significativos, reconhecendo, assim, o papel que esses ocupam como produtores e consumidores de bens culturais em novas mídias.
MEMES EM AULAS DE PORTUGUÊS NO ENSINO MÉDIO: linguagem, produção e replicação...Carlos Fabiano de Souza
O presente trabalho propõe fomentar uma discussão acerca das potencialidades do gênero digital meme enquanto um elemento multifário capaz de auxiliar no desenvolvimento das competências linguístico-discursivas de educandos em aulas de língua portuguesa (LP) no ensino médio. Pode-se afirmar que, através da cibercultura, aspectos linguísticos, discursivos e sociais têm se materializado em diversas interações multimidiáticas que colocam em evidência o papel da tecnologia como meio de engendrar novas formas de se comunicar, significar e produzir cultura na pós-modernidade. Diante das demandas atuais que sinalizam para a importância da articulação entre tecnologia, linguagem e práticas sociais de uso da língua, em consonância com as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) e as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM), afirmo ser necessário pensar maneiras de implementação de propostas pedagógicas de produção de texto multimodal com o intuito de valorizar as novas formas de linguagem que se proliferam no mundo contemporâneo por meio das tecnologias digitais, agregando-as às aulas de LP. Não podemos negligenciar o fato de que os nossos alunos, cada vez mais, têm feito uso de ferramentas de áudio, vídeo, tratamento de imagem, edição, etc., atuando ativamente em práticas de produção e replicação na cibercultura, como coconstrutores de sentidos em ambientes virtuais. Nesse sentido, em tempos de alunos pertencentes à Geração Digital, práticas de ensino-aprendizagem de LP devem se constituir, essencialmente, num espaço que privilegia as diversidades de linguagens, permitindo que nossos educandos se tornem protagonistas na construção de conhecimentos significativos, reconhecendo, assim, o papel que esses ocupam como produtores e consumidores de bens culturais em novas mídias.
Modalizadores Linguísticos para alunos de DireitoMarcelo Spalding
Modalizadores Linguísticos para alunos de Direito - baseado no livro "Português para Convencer", de Cláudio Moreno e Túlio Martins. Pelo professor Marcelo Spalding.
A PNRS a A3P e o Desenvolvimento SustentávelApresentação qualificação-sem efe...Dacifran Carvalho
Política Nacional de Resíduos Sólidos,
Agenda Ambiental da Administração Pública:
Instrumentos para promover o desenvolvimento sustentável nas instituições federais
A questão da dificuldade de leitura de textos argumentativos no Ensino Médio no Brasil atualmente é o tema de nossa pesquisa. Apoiando-se em vasta teoria apresentada por Aristóteles, Chaïm Perelman, Olivier Reboul e outros pesquisadores da atualidade, cremos que uma análise baseada na Retórica, feita pelos professores de Leitura com seus alunos, pode contribuir para torná-los mais aptos a desenvolver o seu nível de compreensão de textos desta natureza. Pelo reconhecimento de recursos retóricos e estratégias argumentativas que são utilizados para persuadir diferentes auditórios nestes textos, é possível compreender melhor os objetivos de seus enunciadores. Desta forma, os professores podem contribuir para a formação de leitores críticos e também capazes de exercer a arte da persuasão pela palavra.
Palavras-chave: Retórica leitura, texto argumentativo.
proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
Argumentação
1. Argumentação
♦ O uso da linguagem é essencialmente
argumentativo
♦ Nos comunicamos sempre procurando levar
a conclusões (orientação de enunciados)
♦ Assim, toda língua possui mecanismos que
orientam a argumentação
2. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores argumentativos: elementos da
gramática que tem função de indicar a força
argumentativa do enunciado (oração)
♦ Classe argumentativa: conjunto de enunciados
(orações) que servem como argumento para determinada
conclusão
♦ Escala argumentativa: enunciados de uma classe
colocados em ordem de força em favor de uma mesma
conclusão
3. Operadores
argumentativos Ducrot
Classe argumentativa, exemplo:
João é o melhor candidato, tem boa formação
em economia, tem experiência no cargo, não se
envolve em negociatas.
]
Conclusão:
ARG. 1 – tem boa formação em economia
João é o
ARG. 2 – tem experiência no cargo
melhor
ARG. 3 – não se envolve em negociatas candidato
4. Operadores
argumentativos Ducrot
Escala argumentativa, exemplo:
João é o melhor candidato, não só tem boa
formação em economia, mas também tem
experiência no cargo e não se envolve em
negociatas.
argumento
mas também tem experiência no cargo
Força do
e não se envolve em negociatas
não só tem boa formação em economia
5. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que assinalam o argumento mais
forte de uma escala:
Até, até mesmo, inclusive
EX:
A apresentação foi coroada de sucesso: estiveram
presentes personalidades do mundo artístico,
pessoas influentes do meio político e até mesmo
o Presidente da República.
6. Ducrot
Exemplo: “Como consequência de tudo isso, o
usuário que baixar algum arquivo sem
autorização, por exemplo, músicas do ares, será
punido, podendo receber multa ou, até mesmo, de
um a três aos de prisão. Isso significa a perda de
liberdade na Internet.
“Há quem seja contra, cerca de 74,2 mil
assinaturas de pessoas que se opõem ao projeto.
Dizendo que até no fato de acessarmos um site
seria proibido, pois não temos autorização para
isso.”
7. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que somam argumentos a favor de
uma mesma conclusão:
E, também, ainda, nem, não só... mas
também, tanto... como, além de, além
disso, a par de
EX:
O rapaz, além de inteligente, é gentil, deve
ser uma ótima companhia.
8. Operadores
argumentativos Ducrot
Exemplo: “Além de todas estas oposições há aqueles que
afirmam que a lei da uma margem de interpretação
muito grande.”
“Muitas críticas foram feitas ao projeto, alegando ser um
absurdo o que é proposto, e que a lei trás parágrafos
confusos que podem ser mal interpretados e causarndo
danos às pessoas que realmente necessitam da internet.”
9. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Outro operador que soma argumento, mas de forma
como se fosse desnecessário, e no entanto é decisivo, é
o “golpe final”:
aliás
EX:
A apresentação foi coroada de sucesso: estiveram
presentes personalidades do mundo artístico,
pessoas influentes do meio político e até mesmo
o Presidente da República. Aliás, sua
apresentação mereceu um público de alto nível.
10. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que introduzem uma conclusão relativa a
um enunciado apresentado anteriormente:
Portanto, logo, por conseguinte, pois em
decorrência, consequentemente
EX:
O custo de vida continua subindo, as condições
de saúde do povo brasileiro são péssimas e a
educação vai de mal a pior. Portanto não se pode
dizer que o Brasil esteja prestes a se integrar no
primeiro mundo.
11. Operadores
argumentativos Ducrot
Exemplo: “Copiar informações de uma página, se a
lei for implantada, será considerado um crime,
logo, acontecerá uma retirada em massa de sites
de download.”
“Contudo (Portanto), vê-se que a lei Azeredo não
terá sucesso. A internet não tem como ser
controlada ou limitada e os usuários nunca
aceitarão as imposições da lei.”
12. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que introduzem argumentos
alternativos, que levam a conclusões diferentes ou
opostas:
ou, ou então, quer... quer, seja... seja
EX:
Vamos juntos participar da passeata. Ou você
prefere se omitir e ficar aguardando os
acontecimentos?
13. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que estabelecem comparação entre
elementos:
mais que, menos que, tão... como,
EX:
Vamos contratar Márcia que é tão competente
quanto a Lúcia.
14. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que introduzem uma justificativa ou
explicação relativa ao enunciado anterior:
porque, que, já que, pois
EX:
Teremos que tomar uma atitude com
urgência, porque com doença não se brinca.
15. Operadores
argumentativos Ducrot
Exemplo: “Desde que um projeto de lei foi aprovado,
a lei Azeredo. Vem causando muita discussão e
polêmica, pois muitos não sabem o conteúdo total
que ela engloba.”
“A internet ocupa uma parte muito importante na
vida das pessoas. Sempre que precisamos de alguma
informação, recorremos a internet, uma notícia,
novidade ou música. Mas agora, muitas coisas que
costumamos fazer estão ameaçadas. Pois há também
pessoas que fazem o mau uso da internet.”
16. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que introduzem argumentos
deixando subentendida uma escala com outros
argumentos mais fortes:
Ao menos, pelo menos, no mínimo. (este deve
ser inserido logo após os operadores que
sinalizam o argumento mais forte)
Ex. O rapaz era dotado de grandes ambições.
Pensava em ser, no mínimo, prefeito da cidade
onde nascera.
17. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que contrapõem argumentos orientados
para conclusões contrárias:
mas (porém, contudo, todavia, no entanto, etc.), embora
(ainda que, posto que, apesar de, apesar de que, etc.)
Exemplo: O candidato se esforçou para causar boa
impressão, mas sua timidez e insegurança fizeram com
que não fosse selecionado.
Embora o candidato se tivesse esforçado para causar
boa impressão, sua timidez e insegurança fizeram com
que não fosse selecionado.
18. Operadores
argumentativos Ducrot
Exemplo: “A lei Azeredo foi criada com as intenções de
proporcionar segurança e paz a população acabando com
os crimes cibernéticos, porém, para que isto ocorra, esta
proibirá atividades on-line e limitará nossa privacidade e
liberdade de expressão.”
“Em 9 de junho de 2011, o Senado aprovou o projeto de
lei do senador Eduardo Brandão de Azeredo (iniciado no
ano de 1996), sobre crimes cibernéticos. Seu rigor, no
entanto, vem sendo questionado por especialistas e
usuários da rede, pois a privacidade e responsabilidade
de ambos é posta em jogo.”
19. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ operadores que tem por função introduzir no
enunciado conteúdos pressupostos:
já, ainda, agora
Exemplo: Paulo mora no Rio.
Paulo ainda mora no Rio.
Paulo já não mora no Rio.
Paulo agora mora no Rio.
20. Operadores
argumentativos Ducrot
Exemplo de falta de uso:
Criada pelo deputado Eduardo Azeredo a lei PL
84/99, conhecida como Lei Azeredo, vem sendo
discutida e criticada desde 1999. Agora, em 2011, esta
foi reforçada em 2011 por causa dos ataques a sites
governamentais.
21. Operadores
argumentativos Ducrot
♦ Operadores que se distribuem em escalas opostas,
isto é, um deles funciona numa escala orientada para a
afirmação total e o outro, para a negação total.
às vezes, tais operadores são morfologicamente
relacionados, como é o caso de um pouco e pouco.
Exemplo: Será que Ana vai passar? Ela estudou um
pouco ( b) ela estudou pouco.
22. Operadores
argumentativos Ducrot
Quase e Apenas
Quase aponta para a afirmação da totalidade e por isso
combina com a maioria:
A maioria dos cidadãos já vota conscientemente;
Quase aponta para a afirmação da totalidade e por isso
combina com a maioria:
A maioria dos cidadãos já vota conscientemente: quase 80%.
São poucos, mesmo agora, os que votam conscientemente:
apenas 30%.
Apenas combina com 'poucos' porque aponta para a negação
da totalidade