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EXERCÍCIOS
Professor Jason Lima
Língua Portuguesa – Professor Jason Lima
REVISÃO
Português em Exercícios – Interpretação de texto
Texto I
Ganhamos a guerra, não a paz
Os físicos se encontram numa posição não muito diferente da de Alfred Nobel. Ele inventou o mais poderoso explosivo
jamais conhecido até sua época, um meio de destruição por excelência. Para reparar isso, para aplacar sua consciência humana,
instituiu seus prêmios à promoção da paz e às realizações pacíficas. Hoje(*), os físicos que participaram da fabricação da mais
aterradora e perigosa arma de todos os tempos sentem-se atormentados por igual sentimento de responsabilidade, para não dizer
culpa. E não podemos desistir de advertir e de voltar a advertir, não podemos e não devemos relaxar em nossos esforços para
despertar nas nações do mundo, e especialmente nos seus governos, a consciência do inominável desastre que eles certamente
irão provocar, a menos que mudem sua atitude em relação uns aos outros e em relação à tarefa de moldar o futuro.
Ajudamos a criar essa nova arma, no intuito de impedir que os inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós, o
que, dada a mentalidade dos nazistas, teria significado uma inconcebível destruição e escravização do resto do mundo.
Entregamos essa arma nas mãos dos povos norte-americano e britânico, vendo neles fiéis depositários de toda a humanidade,
que lutavam pela paz e pela liberdade. Até agora, porém, não conseguimos ver nenhuma garantia das liberdades que foram
prometidas às nações no Pacto do Atlântico. Ganhamos a guerra, não a paz. As grandes potências, unidas na luta, estão agora
divididas quanto aos acordos de paz. Prometeu-se ao mundo que ele ficaria livre do medo, mas, na verdade, o medo aumentou
enormemente desde o fim da guerra. Prometeu-se ao mundo que ele ficaria livre da penúria, mas grandes partes dele se
defrontam com a fome, enquanto outras vivem na abundância. (…)
Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e
fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Do contrário, a
civilização humana estará condenada. (Albert Einstein, Escritos da maturidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994) (*) Este
texto foi escrito em 1945, logo depois do fim da II Guerra Mundial.
1. Ao escrever esse texto, o grande físico Albert Einstein preocupou-se sobretudo em formular uma grave advertência
contra
(A) a pacificação do mundo por meio da ação de governos totalitários.
(B) a perigosa instabilidade gerada pelo Pacto do Atlântico.
(C) o novo potencial belicoso da situação de pós-guerra.
(D) o poder de devastação representado pelo invento de Alfred Nobel.
(E) o espírito do armistício assinado pelas grandes potências.
2. Considere as seguintes afirmações:
I. A criação e a entrega da mais aterradora e perigosa arma de todos os tempos aos norte-americanos e britânicos se deram em
meio a uma perigosa e disputada corrida armamentista.
II. Einstein mostra-se insatisfeito quanto aos termos em que se configurou o Pacto do Atlântico, um acordo em si mesmo tímido e
incapaz de gerar bons resultados.
III. Einstein inclui-se entre os responsáveis pelo término da guerra e pela derrota dos nazistas, mas declina de qualquer
responsabilidade quanto a uma futura utilização da nova e devastadora arma.
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) Ie II.
(E) IIe III.
3. A atitude de vigilância, para a qual Einstein convoca a todos nesse texto, deve materializar-se, conforme deseja o
grande físico,
(A) numa advertência contra os preocupantes riscos representados pela iminente reorganização dos nazistas.
(B) na conscientização dos vitoriosos quanto à necessidade de se entenderem e de assumirem suas responsabilidades diante do
futuro.
(C) no cumprimento das exigências feitas pelos cientistas quando se propuseram a elaborar as condições do Pacto do Atlântico.
(D) na manutenção das auspiciosas condições políticas do pós-guerra, marcadas pela derrota dos nazistas.
(E) na constituição de um novo tratado que, indo de encontro ao Pacto do Atlântico, represente um esforço de real pacificação.
4. Quanto à sua construção interna, as frases Ganhamos a guerra, não a paz e As grandes potências, unidas na luta,
estão agora divididas têm em comum .
(A) um jogo entre alternativas.
(B) uma relação de causa e efeito.
(C) a formulação de uma condicionalidade.
(D) a articulação de uma hipótese.
(E) a exploração de antíteses.
5. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em:
(A) numa posição não muito diferente da de Alfred Nobel = em atitude inteiramente similar à de Alfred Nobel.
(B) para aplacar sua consciência humana = para obliterar seu juízo sobre a humanidade.
(C) dada a mentalidade dos nazistas = em que pese a consciência dos nazistas.
(D) vendo neles fiéis depositários = reconhecendo-os como confiáveis guardiões.
(E) consciência do inominável desastre = concepção inevitável da tragédia.
6. Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade
e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Observa-se
que na construção do período acima, se empregou o verbo
(A) poder como auxiliar do verbo criar.
(B) criar como auxiliar do verbo prevalecer.
(C) motivar como auxiliar de prevalecer.
(D) criar como auxiliar do verbo poder.
(E) poder como auxiliar do verbo prevalecer.
Texto II
Ciência e esoterismo
A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma
revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha:
numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
Como físico, não cabe a mim explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que
chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu
aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimentos ou "poderes" esotéricos para que ele fale sobre você,
sua vida, seus problemas, seu futuro...
O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que certos fenômenos realmente
ocorrem. As "provas" que foram oferecidas até o momento – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações
estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas no
laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada. Uma das grandes armas da ciência
contra o charlatanismo é justamente a possibilidade de repetirmos certos experimentos tantas vezes quantas desejarmos. Os
cientistas não precisam "acreditar" nos resultados de outros cientistas; basta repetir o experimento em seu próprio laboratório, sob
condições idênticas, e os mesmos resultados devem ser encontrados.
Seria realmente fascinante se houvesse uma força desconhecida que pudesse influenciar nosso comportamento (ou pelo
menos indicar tendências) a partir de um arranjo cósmico em que nós, como indivíduos, participássemos ativamente, uma espécie
de astronomia personalizada.
Mas, para mim, mais fascinante ainda é seguir os passos de outros cientistas e dedicar toda uma vida ao estudo dos
fenômenos naturais, armado apenas com inspiração e razão. Ao compreendermos um pouco mais sobre o mundo à nossa volta,
estaremos, também, compreendendo um pouco mais sobre nós mesmos e sobre nosso lugar neste vasto e misterioso Universo.
(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999)
7. Observando-se alguns dos recursos utilizados na construção do texto, verifica-se que
(A) o emprego das aspas em "poderes" justifica-se do mesmo modo que em "provas".
(B) a falta de marca pessoal na linguagem garante a objetividade da demonstração.
(C) as expressões astronomia personalizada e basta repetir o experimento são manifestações da ironia do autor.
(D) o emprego das aspas em "acreditar" deve-se à ênfase atribuída a uma ação afirmativa dos cientistas.
(E) o emprego da palavra inspiração, no final do texto, revela que o autor reviu e retificou sua posição contrária ao esoterismo.
8. Na argumentação que desenvolve em seu texto, o autor se vale dos seguintes procedimentos:
I. Não aceita a suposta popularização das crenças de natureza esotérica, considerando-a uma manipulação dos charlatões que
têm interesse em propagar seus falsos poderes.
II. Afirma que os fenômenos esotéricos não são comprovados quando submetidos a testes rigorosamente científicos ou a análises
largas e detalhadas.
III. Admite que a ciência é menos atraente que as práticas esotéricas, já que ela não se propõe a desvendar as grandes incógnitas
do nosso Universo.
IV. Conclui que a ciência também tem seus encantos, embora aceite que os que a praticam não costumam se valer dos
conhecimentos já conquistados dentro da tradição científica.
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) III e IV.
9. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em:
(A) ao menos oferecer uma conjectura = pleitear, mesmo assim, uma comprovação.
(B) seu aspecto pessoal, privado = sua verdade íntima, inconfessável.
(C) arranjo cósmico = pretexto universal.
(D) sob o escrutínio do cientista = pela análise minuciosa do cientista.
(E) armado apenas com inspiração e razão = tão-somente com a fé e a perseverança.
Texto III
O Brasil entrou no século XXI justificando o lugar comum do século passado: continua sendo um país de contrastes. Isso
é o que revelam os números iniciais do Censo 2000, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No
último ano da década passada, em comparação com o primeiro – 1991 –, muito mais brasileiros estavam estudando, tinham
carros, eletrodomésticos, telefones, luz, água encanada, esgoto e coleta de lixo, e muito menos brasileiros morriam antes de
completar um ano de vida. A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. A queda foi maior do que os
especialistas haviam projetado no início da década.
Isso, a despeito de a maioria da população continuar vivendo com rendimentos franciscanos: pouco mais da metade dos
76,1 milhões de membros da população economicamente ativa ganhava até dois salários mínimos por mês (ou R$ 302,00 à data
do recenseamento e R$ 400,00 hoje) e apenas 2,4% ganhavam mais de vinte salários mínimos, ou seja, R$ 4 000,00 – um salário
relativamente modesto nas sociedades desenvolvidas. Por esse ângulo, pode-se dizer que o Brasil é um país igualitário: ostenta a
dramática igualdade na pobreza.
Os números agregados escondem que o consumo se distribui de forma acentuadamente desigual pelo território e entre
os diversos grupos de renda. Enquanto no Sul e no Sudeste os domicílios com carro somam mais de 40%, no Norte e no Nordeste
não chegam a 15%. De certo modo, quem pode consumir bens duráveis acaba consumindo por si e por quem não pode. O
desequilíbrio regional e social do consumo acompanha, obviamente, a concentração da capacidade aquisitiva.
Os dados que apontam para a intolerável persistência da igualdade na pobreza entre os brasileiros têm relação manifesta
com o desempenho da economia. Se é verdade que, em matéria de expansão dos benefícios sociais e do acesso a bens
indispensáveis no mundo contemporâneo, como o telefone, os anos 1990 foram uma década ganha, no que toca ao crescimento
econômico foram uma década das mais medíocres, desde a transformação do País em sociedade industrial. Entre 1991 e 2000, o
Brasil cresceu, em média, parcos 2,7% ao ano. Mesmo em 1994, o melhor ano do período, o Produto Interno Bruto (PIB) não
chegou a 6% – muito abaixo dos picos registrados na década de 1970, a do "milagre brasileiro". É óbvio que a retomada do
desenvolvimento é condição sine qua para a elevação da renda do povo.
(Adaptado de O Estado de S. Paulo, maio/2002)
10. De certo modo, quem pode consumir bens duráveis acaba consumindo por si e por quem não pode. A afirmação
acima aponta para
(A) a melhoria real do padrão de vida da população brasileira, registrando existência de consumo mesmo entre os mais pobres.
(B) resultados estatísticos aparentemente otimistas, mas que deixam de mostrar dados pouco animadores da situação econômica
e social da população brasileira.
(C) um equilíbrio final da capacidade de consumo da população nas várias regiões brasileiras, igualando os resultados de cada
uma delas.
(D) o paradoxo que resulta dos dados do último censo, pois eles indicam o consumo de bens duráveis por uma população que não
tem poder aquisitivo.
(E) a falsidade do resultado de certas pesquisas, cujos dados desvirtuam a realidade, especialmente a da classe social mais
desfavorecida.
11. Considere as afirmativas abaixo, a respeito do texto. O Censo 2000
I. indica o avanço do Brasil, idêntico ao de algumas sociedades desenvolvidas, especialmente quanto à garantia de emprego,
apesar de um valor modesto para o salário mínimo.
II. apresenta índices positivos de melhoria na qualidade de vida do povo brasileiro, ao lado de disparidades acentuadas, em todo o
território nacional.
III. assinala um aumento geral do poder aquisitivo do povo brasileiro, reduzindo a um mínimo as diferenças regionais.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) I e II
(B) II e III
(C) I
(D) II
(E) III
12. A afirmação no segundo parágrafo: “Por esse ângulo, pode-se dizer que o Brasil é um país igualitário”. É correto
afirmar que a conclusão acima tem um caráter
(A) acentuadamente irônico, pela constatação que se segue a ela.
(B) bastante otimista, por ter sido possível constatar melhorias na distribuição de renda.
(C) de justificado orgulho, pela melhoria da qualidade de vida no Brasil.
(D) de extremo exagero, considerando-se os dados indicativos do progresso brasileiro.
(E) pessimista, tendo em vista a impossibilidade de aumento do salário mínimo.
13. A queda foi maior do que os especialistas haviam projetado no início da década. O emprego da forma verbal grifada
na frase acima indica, no contexto,
(A) uma incerteza em relação a um fato hipotético.
(B) um fato consumado dentro de um tempo determinado.
(C) a repetição de um fato até o momento da fala.
(D) uma ação passada anterior a outra, também passada.
(E) uma ação que acontece habitualmente.
14. O segundo parágrafo do texto está ligado ao primeiro
(A) por tratar-se de uma explicação das afirmações apresentadas de início.
(B) pela condição imposta no início desse segundo parágrafo, em relação aos dados
observados no Censo.
(C) por ser uma síntese do que vem sendo desenvolvido.
(D) pela continuidade da mesma idéia, desenvolvida em ambos.
(E) por uma ressalva, marcada pelo uso da expressão a despeito de.
15. Há, no texto, relação de causa e efeito entre
(A) retomada do desenvolvimento e elevação da renda do povo.
(B) a década do "milagre brasileiro" e a persistência da situação de pobreza do povo.
(C) situação econômica do Brasil no século XX e a que se apresenta no início do século XXI.
(D) queda dos índices de mortalidade infantil e valor do salário mínimo.
(E) consumo maior no Sul e no Sudeste e acentuadamente menor no Norte e no Nordeste.
16. A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. O emprego
dos dois pontos assinala
(A) uma restrição à afirmação do período anterior.
(B) a ligação entre palavras que formam uma cadeia na frase.
(C) a inclusão de um segmento explicativo.
(D) a citação literal do que consta no relatório do IBGE.
(E) a brusca interrupção da seqüência de idéias.
17. Os números iniciais do Censo 2000 revelam melhorias. A queda das taxas demortalidade infantil foi maior do que o
esperado. Boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza.
As frases acima formam um único período, com correção e lógica, em:
(A) Se as taxas de mortalidade infantil entraram em queda maior do que era esperada, a população brasileira continua vivendo na
pobreza, apesar das melhorias que o Censo 2000, revelam em seus dados iniciais.
(B) A população brasileira em boa parte continua vivendo na pobreza, os números iniciais do Censo 2000 revelam as melhorias,
onde as taxas de mortalidade infantil em queda, maior do que se esperava.
(C) Com a queda das taxas de mortalidade infantil, e os números iniciais do Censo 2000 revela que foi maior que o esperado, mas
boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza.
(D) Os números iniciais do Censo 2000 melhoraram, com a queda das taxas de mortalidade infantil, que foi maior do que se
esperavam, onde boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza.
(E) Boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza, conquanto os números iniciais do Censo 2000 revelem
melhorias, como a queda das taxas de mortalidade infantil, maior do que o esperado.
Texto IV
18- Em relação ao sentido das palavras e expressões do texto, assinale a opção correta.
A farsa — se existe rigorosamente — é, no momento atual, o menor problema que temos de enfrentar. Sabemos, hoje,
que a repetição histórica tem-nos conduzido muito mais a novas tragédias — não raro, aproximando-se da barbárie — do que a
ações burlescas; ou ao menos há uma certa identificação entre ambas, sendo aquelas mais penosas do que estas. Se tomarmos
a globalização como referência, a pantomima atribuída a ela não difere muito de sua face trágica. Mas a última excede a primeira
à medida que revela o ângulo visível de sua aparente inocência. Só se percebe o que acontece, efetivamente, quando os olhos (e
a razão) dão conta da realidade em toda sua crueza.
(Fernando Magalhães, ―A globalização e as lições da história‖)
a) A palavra ―barbárie‖ está associada à idéia de barbarismo, ou seja, à inadequação de linguagem.
b) A expressão ―burlescas‖ está associada à idéia de heróicas.
c) A palavra ―pantomima‖ está sendo utilizada em seu sentido conotativo de vanguarda, modernidade.
d) A expressão ―à medida que‖ pode ser substituída por à proporção que, sem prejuízo gramatical para o período.
e) A expressão ―sua crueza‖ refere-se à palavra ―razão‖.
Texto VI
19- Considerando as idéias do texto, assinale as inferências como verdadeiras (V) ou falsas (F) e marque a correta opção
em seguida.
Li que a espécie humana é um sucesso sem precedentes. Nenhuma outra com uma proporção parecida de peso e
volume se iguala à nossa em termos de sobrevivência e proliferação. E tudo se deve à agricultura. Como controlamos a produção
do nosso
próprio alimento, somos a primeira espécie na história do planeta a poder viver fora de seu ecossistema de nascença. Isso nos
deu mobilidade e a sociabilidade que nos salvaram do processo de seleção, que limitou outros bichos de tamanho equivalente. É
por isso que não temos mudado muito, mas também não nos extinguimos.
(Luiz Fernando Veríssimo, Recursos Humanos, in: O Desafio Ético, org. de Ari Roitman, com adaptações)
( ) Mede-se o sucesso pela capacidade de sobrevivência e proliferação.
( ) Se a espécie humana tivesse outro peso e volume não teria sobrevivido.
( ) Viver fora do ecossistema de nascença depende da capacidade de criar o próprio alimento.
( ) O processo de seleção das espécies é que limita a mobilidade e a sociabilidade.
( ) A história da espécie humana poderia ser outra se não houvesse agricultura.
( ) Poucas mudanças trazem como conseqüência a não-extinção da espécie.
A seqüência correta é:
a) V, V, V, F, F, V
b) V, F, F, V, V, F
c) F, F, V, V, F, V
d) F, V, F, V, V, F
e) V, F, V, F, V, F
Texto VII
A racionalidade comunicativa se tornou possível com o advento da modernidade, que emancipou o homem do jugo da
tradição e da autoridade, e permitiu que ele próprio decidisse, sujeito unicamente à força do melhor argumento, que proposições
são ou não aceitáveis, na tríplice dimensão: da verdade (mundo objetivo), da justiça (mundo social) e da veracidade (mundo
subjetivo). Ocorre que simultaneamente com a racionalização do mundo vivido, que permitiu esse aumento de autonomia, a
modernidade gerou outro processo de racionalização, abrangendo a esfera do Estado e da Economia, que acabou se
automatizando do mundo vivido e se incorporou numa esfera "sistêmica", regida pela razão instrumental. A racionalização
sistêmica, prescindido da coordenação comunicativa das ações e impondo aos indivíduos uma coordenação automática,
independente de sua vontade, produziu uma crescente perda de liberdade.
20. De acordo com o texto, na modernidade:
a) a racionalização comunicativa valorizou o trabalho
b) o homem pôde decidir quais seriam os novos valores aceitáveis
c) o advento da racionalidade emancipou o homem do jugo da tradição e da autoridade
d) o homem, ao perder a tradição, perdeu a autoridade
e) a racionalidade impeliu o homem ao jugo da tradição
21. A racionalização do mundo vivido permitiu:
a) a tríplice dimensão da verdade d) um aumento da autonomia
b) a aceitação da autoridade e) a busca da justiça social
c) a valorização do trabalho
22. A modernidade gerou dois processos da racionalização:
a) a do mundo vivido e a sistêmica
b) a subjetiva e a objetiva
c) a instrumental e a da Economia
d) a da tradição e a da autoridade
e) a da comunicação e a do mundo vivido
23. A racionalização regida pela razão institucional:
a) veio explicar a tradição e a autoridade
b) é imprescindível para a comunicação humana
c) impõe aos indivíduos a comunicação das ações
d) ganhou dimensão maior por causa do Estado
e) fez decrescer a liberdade
Texto VIII
A liberdade e o consumo
Quantos morreram pela liberdade de sua pátria? Quantos foram presos ou espancados pela liberdade de dizer o que
pensam? Quantos lutaram pela libertação dos escravos?
No plano intelectual, o tema da liberdade ocupa as melhores cabeças, desde
Platão e Sócrates, passando por Santo Agostinho, Spinoza, Locke, Hobbes, Hegel, Kant, Stuart Mill, Tolstoi e muitos outros. Como
conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado? Como as liberdades essenciais se transformam em direitos do
cidadão? Essas questões puseram em choque os melhores neurônios da filosofia, mas não foram as únicas a galvanizar
controvérsias.
Mas vivemos hoje em uma sociedade em que a maioria já não sofre agressões a essas liberdades tão vitais, cuja
conquista ou reconquista desencadeou descomunais energias físicas e intelectuais. Nosso apetite pela liberdade se aburguesou.
Foi atraído (corrompido?) pelas tentações da sociedade de consumo.
O que é percebido como liberdade para um pacato cidadão contemporâneo que vota, fala o que quer, vive sob o manto
da lei (ainda que capenga) e tem direito de mover-se livremente?
O primeiro templo da liberdade burguesa é o supermercado. Em que pesem as angustiantes restrições do contracheque,
são as prateleiras abundantemente supridas que satisfazem a liberdade do consumo (não faz muitas décadas, nas prateleiras dos
nossos armazéns ora faltava manteiga, ora leite, ora feijão). Não houve ideal comunista que resistisse às tentações do
supermercado. Logo depois da queda do Muro de Berlim, comer uma banana virou ícone da liberdade no Leste Europeu.
A segunda liberdade moderna é o transporte próprio. BMW ou bicicleta, o que conta é a sensação de poder sentar-se ao
veículo e resolver em que direção partir. Podemos até não ir a lugar algum, mas é gostoso saber que há um veículo parado à
porta, concedendo permanentemente a liberdade de ir, seja aonde for. Alguém já disse que a Vespa e a Lambretta tiraram o fervor
revolucionário que poderia ter levado a Itália ao comunismo.
A terceira liberdade é a televisão. É a janela para o mundo. É a liberdade de
escolher os canais (restritos em países totalitários), de ver um programa imbecil ou um jogo, ou estar tão perto das notícias quanto
um presidente da República - que nos momentos dramáticos pode assistir às mesmas cenas pela CNN. É estar próximo de reis,
heróis, criminosos, super atletas ou cafajestes metamorfoseados em apresentadores de TV.
Uma ―liberdade‖ recente é o telefone celular. É o gostinho todo especial de ser capaz de falar com qualquer pessoa, em
qualquer momento, onde quer que se esteja.
Importante? Para algumas pessoas, é uma revolução no cotidiano e na profissão. Para outras, é apenas o prazer de saber que a
distância não mais cerceia a comunicação, por boba que seja.
Há ainda uma última liberdade, mais nova, ainda elitizada: a internet e o correio eletrônico. É um correio sem as
peripécias e demoras do carteiro, instantâneo, sem remorsos pelo tamanho da mensagem (que se dane o destinatário do nosso
attachment megabáitico) e que está a nosso dispor, onde quer que estejamos. E acoplado a ele vem a web, com sua cacofonia de
informações, excessivas e desencontradas, onde se compra e vende, consomem-se filosofia e pornografia, arte e empulhação.
Causa certo desconforto intelectual ver substituídas por objetos de consumo as discussões filosóficas sobre liberdade e o
heroísmo dos atos que levaram à sua preservação em múltiplos domínios da existência humana. Mas assim é a nossa natureza,
só nos preocupamos com o que não temos ou com o que está ameaçado. Se há um consolo nisso, ele está no saber que a
preeminência de nossas liberdades consumistas marca a vitória de havermos conquistado as outras liberdades, mais vitais. Mas,
infelizmente, deleitar-se com a alienação do consumismo está fora do horizonte de muitos. E, se o filósofo Joãosinho Trinta tem
razão, não é por desdenhar os luxos, mas
por não poder desfrutá-los.
Cláudio de Moura Castro
24. O primeiro parágrafo do texto apresenta:
(A) uma série de perguntas que são respondidas no desenrolar do texto;
(B) uma estrutura que procura destacar os itens básicos do tema discutido no texto;
(C) um questionamento que pretende despertar o interesse do leitor pelas respostas;
(D) um conjunto de perguntas retóricas, ou seja, que não necessitam de respostas;
(E) umas questões que pretendem realçar o valor histórico de alguns heróis nacionais.
25. Nos itens abaixo, o emprego da conjunção OU (em maiúsculas) só tem nítido valor alternativo em:
(A) ―Quantos foram presos OU espancados pela liberdade de dizer o que pensam?‖;
(B) ―A segunda liberdade moderna é o transporte próprio, BMW OU bicicleta...‖;
(C) ―...de ver um programa imbecil ou um jogo, OU estar tão perto das notícias...‖;
(D) ―...só nos preocupamos com o que não temos OU com o que está ameaçado.‖;
(E) ―É estar próximo de reis, heróis, criminosos, superatletas OU cafajestes...‖.
26. “Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado?”; nesse segmento do texto, o articulista
afirma que:
(A) o Estado age obrigatoriamente contra a liberdade;
(B) é impossível haver liberdade e governo ditatorial;
(C) ainda não se chegou a unir os cidadãos e o governo;
(D) cidadãos e governo devem trabalhar juntos pela liberdade;
(E) o Estado é o responsável pela liberdade da população.
27. “O primeiro templo da liberdade burguesa é o supermercado. Em que pesem as angustiantes restrições do
contracheque, são as prateleiras abundantemente supridas que satisfazem a liberdade do consumo...”; o segmento
sublinhado corresponde semanticamente a:
(A) as despesas do supermercado são muito pesadas no orçamento doméstico;
(B) os salários não permitem que se compre tudo o que se deseja;
(C) as limitações de crédito impedem que se compre o necessário;
(D) a inflação prejudica o acesso da população aos bens de consumo;
(E) a satisfação de comprar só é permitida após o recebimento do salário.
28. “Não houve ideal comunista que resistisse às tentações do supermercado”.; com esse segmento do texto o autor
quer dizer que:
(A) todo ideal comunista se opõe aos ideais capitalistas;
(B) a ideologia comunista sofre pressões por parte dos consumidores;
(C) os supermercados socialistas são menos variados que os do mundo capitalista;
(D) o ideal comunista ainda resiste à procura desenfreada por bens de consumo;
(E) as tentações do supermercado abalaram as estruturas capitalistas.
29. “É a liberdade de escolher os canais (restritos em países totalitários),...”; o segmento sublinhado significa que:
(A) nos países totalitários a censura impede o acesso à programação capitalista;
(B) o número de canais disponíveis é bem menor do que nos países não-totalitários;
(C) a televisão, nos países totalitários, é bem de que só poucos dispõem;
(D) nos países totalitários todos os canais são do sistema de TV a cabo;
(E) nos países totalitários, a TV não sofre censura governamental.
Texto IX
Leia atentamente o texto a seguir para responder às duas primeiras questões!
―Os principais da agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo caráter truncado da
modernização, do que à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões de estabelecimentos
agrícolas marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de modernização, do que à sua falta de
abrangência‖.
(Folha de S. Paulo, Editoral, fevereiro/2001)
30. Podemos afirmar, de acordo com o texto acima, que:
a) O processo de modernização deve tornar-se mais abrangente para implementar a agricultura.
b) Os problemas da agricultura resultam do impacto causado pela modernização progressiva do setor.
c) Os problemas da agricultura resultam da inadequação do processo de modernização do setor.
d) Segmentos do setor agrícola recusam-se a adotar processos de modernização.
e) Os problemas da agricultura decorrem da não-modernização de estabelecimentos agrícolas marginalizados.
31.No trecho “à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes”, a expressão “teriam ficado” exprime:
a) Desejo de que esse fato não tenha ocorrido.
b) A certeza de que a imunidade à modernização é própria de estabelecimentos agrícolas marginalizados.
c) A certeza de que esse fato realmente não ocorreu.
d) A hipótese de que esse fato tenha ocorrido.
e) A possibilidade de a imunidade à modernização ser decorrente de certos segmentos.
Texto X
Num de seus poemas, Carlos Drummond de Andrade refere-se à rotina dos ―homens que voltam para casa‖, que ―levam
o jornal embaixo do braço‖, depois de mais de um dia de trabalho. Sugere o poeta que esses homens cansados, depois do jantar,
vão
ao jornal e ―soletram o mundo, sabendo que o perdem‖.
―Soletram o mundo‖: é um belo modo que Drummond encontrou para expressar seu ponto de vista. Num jornal, a vida
não é a vida, é um conjunto de letras impressas, que nos cabe apenas soletrar. Quem passa os olhos pelas noticias não vive os
fatos, apenas percorre as letras, as sílabas, as palavras em que os fatos se converteram. Daí se entende porque o poeta concluiu:
―sabendo que o perdem‖. Sim, parece que a simples
leitura do jornal, longe de ser uma forma de participarmos do mundo, é um modo de perdê-lo. Por quê? Porque, diante das
noticias de jornal, somos meros contempladores da vida, assistindo sentados à variedade do noticiário. Estar bem informado não
é, ainda,viver:
O poeta Carlos Drummond de Andrade, funcionário publico, homem tímido, de hábitos metódicos e rotineiros, conhece de
perto esse estado de pura observação das coisas, forma de perder o mundo, não deixa de dar um belo recado para quem julga
que as informações sejam essenciais em si mesmas. De que valem elas, se não nos orientam
para algum tipo de ação? Embora informadíssimos, perdemos o mundo quando apenas nos dispomos a soletrá-lo.
(Celso de Oliveira, inédito)
32. É correto afirmar que o autor do texto deu a seguinte interpretação ao verso “soletram o mundo, sabendo que o
perdem”, de Carlos Drummond de Andrade
a) Quem se fixa nas notícias de jornal sabe que esse pode ser um modo de afastar do mundo, em vez de participar dele.
b) As notícias do mundo, para serem de fato compreendidas, não podem ser lidas apressadamente.
c) Os homens que lêem jornal metodicamente acreditam que esse é um modo ativo de participar do que ocorre no mundo.
d) Quando desabituados à leitura, os homens soletram o mundo, não podendo por isso compreender bem as noticias de um jornal.
e) Os fatos noticiados num jornal só se tornam relevantes se forem analisados em seus mínimos elementos.
33. Considere as seguintes afirmações.
I- As informações dadas sobre o poeta Carlos Drummond de Andrade, no terceiro parágrafo, aproximam-nos dos ―homens que
voltam para casa‖, de que fala em um de seus poemas.
II- O autor do texto afirma que as informações sobre os fatos essenciais não costumam ser publicadas.
III- A expressão ―meros contempladores de vida‖ caracteriza a quem apenas ―percorre as letras, as sílabas, as palavras em que os
fatos se converteram‖.
Está correto somente o que vem afirmando em
a) I. c) I e II. e) II e III
b) II d) I e III.
34. Indique a afirmação correta, considerando o sentido do conjunto do texto.
a) A expressão ―hábitos metódicos‖ seria contraditória, se utilizada para caracterizar a rotina dos ―homens que voltam para casa‖ e
―vão ao jornal‖.
b) A expressão ―longe de ser‖, utilizada no segundo parágrafo, poderia ser substituída por ―não deixa de ser‖, sem prejuízo para o
que afirma o autor.
c) As expressões ―metódico‖ e ―rotineiro‖ caracterizam uma pessoa volúvel em seus atos.
d) A frase ―Estar bem informado não é, ainda, viver‖ afirma o contrário do que diz o ultimo período do texto.
e) O ―belo recado‖ a que se refere o autor, no ultimo parágrafo, tem como destinatário todo aquele que acha que o essencial é
estar bem informado.
35. Quanto à função sintática, e dentro do terceiro parágrafo:
a) ―funcionário público‖ e ―homem tímido‖ têm classificações diferentes.
b) O termo ―esse estado‖ é sujeito de ―conhece‖.
c) O termo ,―informadíssimos‖ refere-se ao sujeito de ―perdemos‖.
d) As formas verbais ―deixa‖ e ―julga‖ tem o mesmo sujeito.
e) As formas verbais ―valem‖ e ―orientam‖ têm distintos sujeitos.
36. A frase em que o termo destacado tem a função de complemento verbal é:
a) somos meros contempladores da vida.
b) Soletrar notícias não é o mesmo que participar dos fatos.
c) O poeta conhece de perto esse estado da pura observação das coisas.
d) As informações não são essenciais em si mesmas.
e) Assistimos sentados à variedade do noticiário.
37. No período “Embora informadíssimos, perdemos o mundo quando apenas nos dispomos a soletrá-lo”, a oração em
destaque conservará o mesmo sentido e o mesmo valor sintático se substituirmos embora pela expressão:
a) desde que estejamos.
b) Porque estamos.
c) Uma vez que estejamos.
d) Mesmo estando.
e) Já que estamos.
Texto XI
―Desde os seus primeiros dias, o ano de 1919 trouxe uma inusitada excitação às ruas de São Paulo. Era alguma coisa
além da turbulência instintiva, que o calor um tanto tardio do verão quase tropical da cidade naturalmente incitava nos seus
habitantes. De tal modo esse novo estado de disposição coletiva era sensível, que os paulistanos em geral, surpresos consigo
mesmos, e os seus porta-vozes informais em particular, os cronistas, se puseram a especular sobre ele‖.
(Autor desconhecido)
38. Considere as seguintes afirmativas sobre o uso de artigos no texto.
I- Se suprimíssemos o primeiro artigo ―os‖ do texto, isso não acarretaria qualquer erro, já que a ocorrência de artigo antes de
possessivo não é obrigatória na língua portuguesa.
II- Se substituíssemos o artigo ―uma‖, no primeiro período, por ―a‖, isso não acarretaria qualquer alteração de significado, porque
ambos desempenham a mesma função semântica e são do mesmo gênero gramatical.
III- Se suprimíssemos o artigo ―um‖, no segundo período, isso não acarretaria qualquer erro, porque no contexto pode-se usar
igualmente ―um tanto‖ e ―tanto‖.
Podemos afirmar que estão corretas:
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e III.
e) todas estão corretas.
39.Assinale a opção que apresenta sinônimos convenientes para as palavras “inusitada”, “turbulência” e “sensível” sem
alterar significativamente os respectivos sentidos.
a) Estranha, ventania, perceptível;
b) Exagerada, perturbação, suscetível;
c) Estranha, perturbação, suscetível;
d) Exagerada, ventania, perceptível.
e) Estranha, perturbação, perceptível.
40. O trecho “De tal modo... sensível”, no último período pode ser reescrito de várias maneiras. Assinale aquela em que
há alteração do significado original.
a) Era de tal modo sensível esse novo estado de disposição coletiva.
b) De tal modo era sensível esse novo estado de disposição coletiva.
c) Esse novo estado de disposição coletiva era de tal modo sensível.
d) Esse novo estado de disposição coletiva de tal modo era sensível.
e) De tal modo sensível esse novo estado era de disposição coletiva.
41. Assinale a opção correta sobre a razão do uso das duas últimas vírgulas do texto acima.
a) Marcam a separação de adjunto adverbial deslocado.
b) Marcam a separação de itens de uma série.
c) Marcam um vocativo.
d) Marcam um aposto.
e) Marcam um sujeito deslocado.
Texto XII
As marcas do bem
Nos anos 30, Charles Chaplin empenhava toda a sua criatividade na produção de filmes como Tempos Modernos. Na
obra, que se passa durante a Depressão Econômica, o genial Carlitos torna-se operário de uma grande indústria e vira líder
grevista por acaso. O filme é uma crítica à industrialização desenfreada, às relações desumanas nas linhas da produção e ao
descaso com os deserdados em geral, especialmente os operários.
A engraçada – nem por isso pouco ácida – crítica de Carlitos já não cabe a um grupo de empresas que, nos anos mais
recentes, introduziram nos seus planos estratégicos e a preocupação com a responsabilidade social. Essa nova postura
pressupõe o resgate de valores, como o humanitarismo e a solidariedade, além de adoção de princípios éticos na sua relação com
empregados, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. São empresas que abandonaram a posição acomodada de
doar um chefe, periodicamente, a instituições em apuros. Essa postura foi substituída por outra, ―na qual o aprendizado coletivo é
um dos itens mais importantes‖, na definição de Guilherme Leal, presidente do conselho consultivo do Instituto Ethos, entidade
fundada recentemente para aglutinar empresários que compartilham idéias parecidas, quando o assunto é responsabilidade
social.
Nessa nova concepção de apoio, o dinheiro quase nunca chega sozinho às entidades sociais. Junto com ele, os
empresários transferem o aprendizado que acumulam ao longo dos anos no próprio gerenciamento de seus negócios. ―Queremos
fortalecer as entidades que apoiamos‖, diz Antônio Meireles, diretor-presidente de uma das empresas associadas ao Instituto
Ethos. Há, pelo menos, duas conseqüências dessa postura, que está muito distante do ―paternalismo‖ e da caridade
descompromissada. Uma delas é o surgimento de instituições bem gerenciadas e que, por isso mesmo têm mais condições de
captar recursos na sociedade. Par destacá-las já existe até um prêmio, o ―Bem Eficiente‖.
O apoio a projetos que nascem na própria comunidade é propriedade das empresas socialmente solidárias. Um dos
exemplos é o programa Crer para Ver. Mantido pela Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança, financiou, em 1998, projetos em
1.103 escolas públicas, localizadas em 16 estados, atendendo a 154.000 crianças. Todas as idéias vieram da comunidade e foram
submetidas a análise de um comitê técnico. O dinheiro para manter o programa foi captado com a venda de cartões de Natal.
As experiências vividas no trabalho comunitário enriquecem também o dia-a-dia dentro das empresas. Essa troca é
possível porque algumas corporações liberam empregados para ir a campo e fazer trabalho social.
Os motivos que levam as empresas adotarem posturas solidárias não são necessariamente humanitários, mas é inegável
que seus projetos aglutinam pessoas dispostas a doar parte de seu tempo e experiência a quem nasce com a sina de perdedor
em uma cidade cada vez mais excludente. O consumidor está atento e prefere as marcas de quem faz o bem. No Brasil, ainda
não existem dados sobre isso, mas, nos Estados Unidos, pesquisa mostram que mais de 60% das pessoas optam por artigos de
fabricantes ―politicamente corretos‖. Os benefícios à imagem são inegáveis. O diferencial competitivo também. Do lado dos
colaboradores, há mais envolvimento.
(Ícaro Brasil, nº 172, dezembro / 98 – com adaptações.)
42. Com referência à tipologia textual, o texto:
a) é fundamentalmente argumentativo; o redator posiciona-se favoravelmente ao comprometimento de empresas com os
problemas sociais, pelo resgate de valores humanitários e solidários;
b) é essencialmente a descrição do programa Crê para Ver, pois quantifica as metas alcançadas ao longo de um ano de
atividades;
c) compara, narrando a história do tratamento dado à questão social nas últimas seis décadas, os resultados de pesquisas acerca
do assunto no Brasil e nos Estados Unidos da América;
d) é principalmente dissertativo porque desenvolve o assunto das relações desumanas na sociedade industrial contemporânea,
exemplificando com iniciativas no sentido da solução desse problema;
e) é uma propaganda do Instituto Ethos, pois visa estimular os empresários a adquirirem seus produtos incentivando o consumo.
43. De acordo com as idéias do texto, assinale a opção correta.
a) Charles Chaplin com ―filmes como Tempos Modernos‖ criticava as causas da Depressão Econômica: a industrialização
desenfreada, as relações de trabalho desumanas e o descaso com os empregados.
b) Atualmente, não há mais espaço para a crítica de Carlitos, pois as empresas ―introduziram nos seus planos estratégicos a
preocupação com a responsabilidade social‖.
c) O ―dinheiro quase nunca chega sozinho às entidades sociais‖: em geral, os próprios empresários o levam.
d) O programa Crer para Ver, por ter sido criado por empresas, não constitui um exemplo de ―experiências vividas no trabalho
comunitário‖.
e) Embora as razões das empresas não tenham sempre caráter humanitário, a postura empresarial solidária por elas adotada leva
o consumidor a optar por produtos ligados a esse tipo de ação.
44. Segundo o texto, são politicamente corretas:
a) todas as experiências vividas no trabalho comunitário, iniciando com Carlitos, na década de 30;
b) todas as razões que levam as empresas adotarem postura solidária;
c) as ações de empresas preocupadas com a responsabilidade social que, fugindo da postura paternalista, propõem o
humanitarismo e a solidariedade;
d) as trocas que algumas corporações fazem com os empregados, liberando-os da carga horária contratual para a prestação de
serviços de assistência social;
e) somente as iniciativas que visam ao bem-estar da empresa e também dos empregados e de seus familiares.
45. No texto, não se estabelece nenhuma relação entre:
a) trabalho e alienação;
b) capital e educação;
c) industrialização e desumanização;
d) economia e ética;
e) empresariado e responsabilidade social.
46. Não serão respeitadas as idéias do texto I caso se substitua:
a) ―empenhava‖ por aplicava;
b) ―desenfreada‖ por descomedida;
c) “descompromissada‖ por descomprometida;
d) ―análise‖ por apreciação;
e) ―liberam‖ por concedem.
47. Assinale a opção correta quanto à regência e ao emprego do sinal indicativo da crase:
a) O filme de Carlitos traça a crítica à um processo de industrialização desenfreado.
b) O texto manifesta-se contrário às relações desumanas nas linhas de produção e à indiferença para com as camadas
deserdadas, na sociedade em geral.
c) A crítica de Carlitos não se sustenta frente a mais de uma dezena de empresa que, às vezes, introduzem para os seus planos
estratégias visando a minimização dos problemas atinentes as conjunturas sociais.
d) A contribuição pecuniária quase nunca chega sozinha àquelas entidades sociais favorecidas; junto com ela, as empresas
transferem na aprendizagem acumulada no longo dos anos.
e) O apoio à iniciativas pertinentes a própria comunidade é prioridade junto as entidades socialmente solidárias.
Texto XIII
Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrópoles. Não se trata da
idade real de uns e outros, que pode até ser a mesma, mas dos tempos distintos que eles parecem habitar. Na agitação dos
grandes centros, até mesmo a velhice parece ainda estar integrada na correria; os velhos guardam alguma ansiedade no olhar,
nos modos, na lentidão aflita de quem se sente fora do compasso. Na calmaria das cidades pequeninas, é como se a velhice de
cada um reafirmasse a que vem das montanhas e dos horizontes, velhice quase eterna, pousada no tempo.
Vejam-se as roupas dos velhinhos interioranos: aquele chapéu de feltro manchado, aquelas largas calças de brim cáqui,
incontavelmente lavadas, aquele puído dos punhos de camisas já sem cor – tudo combina admiravelmente com a enorme jaqueira
do quintal, com a generosa figueira da praça, com as teias no campanário da igreja. E os hábitos? Pica-se o fumo de corda,
lentamente, com um canivete herdado do século passado, enquanto a conversa mole se desenrola sem pressa e sem destino.
Na cidade grande, há um quadro que se repete mil vezes ao dia, e que talvez já diga tudo: o velhinho, no cruzamento
perigoso, decide-se, enfim, a atravessar a avenida, e o faz com aflição, um braço estendido em sinal de pare aos motoristas
apressados, enquanto amiúda o que pode o próprio passo. Parece suplicar ao tempo que diminua seu ritmo, que lhe dê a
oportunidade de contemplar mais demoradamente os ponteiros invisíveis dos dias passados, e de sondar com calma, nas nuvens
mais altas, o sentido de sua própria história.
Há, pois, velhices e velhices - até que chegue o dia em que ninguém mais tenha tempo para de fato envelhecer.
Celso de Oliveira.
48. A frase "Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrópoles"
constitui uma:
a) impressão que o autor sustenta ao longo do texto, por meio de comparações.
b) impressão passageira, que o autor relativiza ao longo do texto.
c) falsa hipótese, que a argumentação do autor demolirá.
d) previsão feita pelo autor, a partir de observações feitas nas grandes e nas pequenas cidades.
e) opinião do autor, para quem a velhice é mais opressiva nas cidadezinhas que nas metrópoles.
49. Indique a afirmação INCORRETA em relação ao texto:
a) roupas, canivetes, árvores e campanário são aqui utilizados como marcas da velhice.
b) autor julga que, nas cidadezinhas interioranas, a vida é bem mais longa que nos grandes centros.
c) Hábitos como o de picar fumo de corda denotam relações com o tempo que já não existem nas metrópoles.
d) que um velhinho da cidade grande parece suplicar é que lhe seja concedido um ritmo de vida compatível com sua idade.
e) autor sugere que, nas cidadezinhas interioranas, a velhice parece harmonizar-se com a própria natureza.
50. O sentido do último parágrafo do texto deve ser assim entendido:
a) Do jeito que as coisas estão, os velhos parecem não ter qualquer importância.
b) Tudo leva a crer que os velhos serão cada vez mais escassos, dado o atropelo da vida moderna.
c) prestígio do que é novo é tão grande que já ninguém repara na existência dos velhos.
d) A velhice nas cidadezinhas do interior é tão harmoniosa que um dia ninguém mais sentirá o próprio envelhecimento.
e) No ritmo em que as coisas vão, a própria velhice talvez não venha a ter tempo para tomar consciência de si mesma.
51. Indique a alternativa em que se traduz corretamente o sentido de uma expressão do texto, considerado o contexto.
a) "parecem muito mais plenamente velhos" = dão a impressão de se ressentirem mais dos males da velhice.
b) "guardam alguma ansiedade no olhar" = seus olhos revelam poucas expectativas.
c) "fora do compasso" = num distinto andamento.
d) "a conversa mole se desenrola" = a explanação é detalhada.
e) "amiúda o que pode o próprio passo" = deve desacelerar suas passadas.
Texto XIV
O anônimo
Tão logo o carteiro entregou a correspondência, Eduardo foi em busca daquilo que a experiência já lhe ensinara.
Certamente estaria ali: a carta anônima. De fato, não tardou a encontrar o envelope, àquela altura familiar: o seu nome e endereço
escritos em neutra letra de imprensa, e nenhuma indicação de remetente (alguns missivistas anônimos usam
pseudônimo. Aquele não fazia concessões: nada fornecia que pudesse alimentar especulações com respeito à identidade).
Com dedos um pouco trêmulos – a previsibilidade nem sempre é o antídoto da emoção – Eduardo abriu o envelope.
Continha, como sempre, uma única folha de papel ofício manuscrita em letra de imprensa. Como de hábito, começava afirmando:
―Descobri teu segredo‖. Nova linha, parágrafo, e aí vinha a acusação.
No presente caso: desonestidade. ―Todos acham que você é um homem sério,correto‖, dizia a carta, ―mas nós dois
sabemos que você não passa de um refinado patife. Você está roubando seu sócio, Eduardo. Há muito tempo. Você vem
desviando dinheiro da firma para a sua própria conta bancária. Você disfarça o rombo com supostos prejuízos nos negócios. Seu
sócio, que é um homem bom, acredita em você. Mas a mim, você não engana, Eduardo. Eu sei de tudo que você está fazendo.
Conheço suas trapaças tão bem como você‖.
Eduardo não pôde deixar de sorrir. Boa tentativa aquela, do missivista anônimo. Desonestidade na firma, isto não é tão
incomum. Com um sócio tão crédulo como era o Ênio, Eduardo de fato não teria qualquer dificuldade em subtrair dinheiro da
empresa.
Só que ele não estava fazendo isso. Em termos de negócios, era escrupulosamente honesto. Mais que isto, muitas vezes
repassara dinheiro para a conta de Ênio – um trapalhão em matéria de finanças – sem que este soubesse. Honesto – e generoso.
Contudo, como certos caçadores tão pertinazes quanto incompetentes, o autor da carta anônima atirara no que vira e acertara no
que não vira.
Eduardo enganava Ênio, sim. Mas não na firma. Há meses – em realidade, desde que aquela história das cartas
anônimas começara – tinha um caso com a mulher do sócio, Vera: grande mulher. Claro, não poderia garantir que não sentia um
certo prazer em passar para trás o amigo que sempre fora mais brilhante e mais bem sucedido do que ele, mas, de qualquer
forma, isto nada tinha a ver com a empresa. Desonestidade nos negócios? Não. Tente outra, missivista. Quem sabe na próxima
você acerta. Tente. Tente já.
Sentou à mesa, tomou uma folha de papel ofício e escreveu, numa bela, mas inconspícua letra de imprensa: ―Descobri
teu segredo‖.
Moacyr Scliar.
Para a leitura compreensiva se efetivar, um dos passos essenciais é o entendimento do vocabulário utilizado. Julgue os
itens a seguir como Verdadeiro ou Falso, considerando o sentido das palavras do texto.
52. O vocábulo ―concessões‖ (primeiro parágrafo) está utilizado denotativamente, com o sentido de privilégios; da mesma forma,
―especulações‖ (primeiro parágrafo) traz o sentido de negociações.
53. Contextualmente, ―antídoto‖ (segundo parágrafo) significa droga, veneno.
54. As palavras ―desonestidade‖ (terceiro parágrafo) e ―pertinazes‖ (quinto parágrafo) estão empregadas como antônimos de
probidade e de volúveis, respectivamente.
55. O termo ―crédulo‖ (quarto parágrafo) apresenta conotações de religiosidade, significando crente, devoto.
56. A palavra ―inconspícua‖ (último parágrafo) tem o significado de ilegível, indecifrável.
57. Infere-se do texto que o remetente era o próprio destinatário das cartas.
58. O título ―O Anônimo‖ é, frente ao conteúdo do texto, um emprego irônico dessa palavra.
59. O narrador faz suposições acerca da identidade do remetente, ao registrar, como texto da carta, a seguinte idéia: ―nós dois
sabemos que você não passa de um refinado patife‖ (terceiro parágrafo).
60. Infere-se do texto que são comuns casos de desonestidade profissional, mas tal acusação não pode ser aplicada a Eduardo.
61. No sexto parágrafo, depreende-se do texto que Eduardo sentia um complexo de inferioridade profissional frente a Ênio.
62. A história acerca das cartas anônimas, conforme contada pelo autor, apresentando-se na forma de uma narrativa curta, densa,
pode exemplificar o que é conhecido por crônica.
63. O trecho entre aspas situado no terceiro parágrafo possui várias marcas de oralidade: registros típicos da língua falada,
transpostos para a língua escrita.
64. O texto apresenta algumas expressões típicas da linguagem vulgar, como, entre outras, ―patife‖, ―trapaças‖, ―trapalhão‖.
65. Os trechos registrados entre aspas no texto estão dispostos na forma de discurso indireto.
66. As passagens descritivas são predominantes nos quatro últimos parágrafos.
67. Em ―Eduardo foi em busca daquilo‖ (primeiro parágrafo), o termo destacado refere-se ao que ―a experiência já lhe ensinara‖
(primeiro parágrafo).
68. Embora o texto seja narrativo como um todo, predomina a descrição.
69. O uso de frases curtas ao lado das frases de maior extensão, principalmente no sexto parágrafo, é um recurso estilístico ligado
ao ritmo da prosa, utilizado para dar densidade ao texto, prendendo o interesse do leitor.
70. Ao destacar a figura feminina com ―Vera: grande mulher‖ (sexto parágrafo), o narrador dá duas informações, simultaneamente:
que ela era valorosa e também robusta.
71. Com a passagem ―Desonestidade nos negócios? Não‖ (sexto parágrafo), o autor usa de um recurso estilístico denominado
apóstrofe.
Texto XV
Em qualquer acampamento ou ocupação de sem-terra que se visite, uma constatação é inevitável: grande parte dessas
pessoas que vivem embaixo de lonas pretas nas estradas e fazendas saiu das franjas sujas e maltrapilhas das grandes cidades.
Expulsos do campo por um processo cruel de concentração de terras, milhões de trabalhadores rurais buscaram
redenção sob o gás néon (o termo, de origem grega, significa novo) das metrópoles. Queimaram asas feito mariposas. Caíram
numa espécie de vácuo social – a favela intransponível.
Sem emprego, sem saúde, sem teto, sem instrução, esse povo desgraçado pelo descaso das autoridades descobriu no
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) o que alguns buscam em entidades e organizações como as novas seitas
e igrejas: esperança. Mais pragmaticamente, trabalho, comida, teto e, se sobrar, educação e saúde.
Correio Braziliense (com adaptações).
Em relação ao emprego dos elementos no texto, julgue os itens a seguir.
72. A palavra ―franjas‖, no primeiro parágrafo, está empregada em sentido figurado e significa periferia, ou seja, a região mais
afastada do centro urbano, em geral carente em infra-estrutura e serviços urbanos, e que abriga os setores de baixa
renda da população.
73. A palavra ―redenção‖, no segundo parágrafo, significa salvação eterna, perdão, fé.
74. As palavras ―vácuo‖ e ―saúde‖, que aparecem no texto, são acentuadas com base na mesma regra ortográfica.
75. A expressão ―Queimaram asas feito mariposas‖, no segundo parágrafo, constitui uma metáfora do insucesso, do fracasso,
da melancolia, da nostalgia, da saudade.
76. O vocábulo ―teto‖ está empregado metonimicamente, significando casa, moradia, habitação.
77. A repetição intencional da preposição sem, no início do terceiro parágrafo, constitui um recurso estilístico de ênfase.
78. A expressão ―Mais pragmaticamente‖, no terceiro parágrafo, significa mais objetivamente, mais concretamente, de forma
mais direcionada para a ação prática.
Texto XVI
É comum e procedente o comentário de que a justiça e o povo estão separados por um grande abismo, o que torna
praticamente impossível ao cidadão leigo, mesmo aquele com grau de instrução superior à média do País, compreender os
assuntos inerentes ao Judiciário.
Uma das razões que contribuem para esse triste distanciamento – que se confunde com seus próprios efeitos e, por isso,
engendra um círculo vicioso reside na falta de cultura jurídica do povo brasileiro. Falta de cultura jurídica não no sentido de que as
pessoas leigas não têm o desejável tirocínio para entender os meandros, o tecnicismo e os termos próprios do Direito, o que
realmente não têm. Refiro-me ao fato de que o brasileiro não tem o costume de interessar-se por assuntos relativos à função
judiciária do Estado.
Rogério Schietti Machado Cruz. Direito e Justiça, in Correio Braziliense.
Com relação às idéias do texto, julgue os itens abaixo.
79. Mesmo os cidadãos com formação específica em Direito têm dificuldade de compreender os assuntos relativos ao judiciário.
80. A falta de cultura jurídica do povo brasileiro é razão, e também efeito, do distanciamento entre a justiça e o cidadão.
81. Os leigos não têm experiência prática suficiente para entender os procedimentos, o tecnicismo e os termos próprios dos
trâmites judiciários.
82. É lamentável que o brasileiro não desenvolva o costume de se interessar pelos assuntos referentes à função judiciária do
Estado.
83. O judiciário cria, voluntariamente, um círculo vicioso entre as pessoas leigas e os meandros do tecnicismo.
84. ―procedentes‖ (primeiro parágrafo) significa freqüente, antigo.
85. ―leigo‖ (primeiro parágrafo) significa alheio a um assunto, desconhecedor.
86. ―inerentes (primeiro parágrafo) significa prioritários, especializados.
87. ―engendra‖ (segundo parágrafo) significa gera, produz.
88. ―tirocínio‖ (segundo parágrafo) significa vaticínio, tiromancia.
Texto XVII
Os estados e a União não têm recursos para coisa nenhuma. Hoje em dia, com essa preocupação neoliberal de Estado
mínimo, de redução das atividades públicas, de sucateamento da máquina pública, eu faço uma pergunta: se todas as atividades
ficassem com a iniciativa privada e o Estado fosse reduzido a uma única atividade, qual seria essa atividade? A justiça, administrar
a Justiça. E isso pressupõe segurança. Se o Estado abdicar de uma dessas funções, ele simplesmente deixa de ser Estado. A
palavra Estado existe desde Maquiavel e significa uma nação com um governo institucionalizado e dotada de estabilidade. Estado
e estabilidade têm a mesma raiz. Um Estado que deixa de ter estabilidade deixa ser Estado. E um Estado que deixa de ter
segurança pública deixa de ter estabilidade.
Flávio Bierenbach. Folha de São Paulo.
Quanto às idéias do texto, julgue os itens.
89. Os recursos dos estados são inversamente proporcionais aos recursos da União.
90. Pode-se inferir que a ―redução das atividades públicas‖ é decorrência de uma preocupação neoliberal de Estado mínimo.
91. Quanto mais antigo o Estado, mais atividades são deixadas à iniciativa privada.
92. Nação com governo institucionalizado + estabilidade = Estado.
93. Se há estabilidade, há segurança pública; se há Estado, há segurança pública e estabilidade.
94. No primeiro período, o uso do acento gráfico na forma verbal ―têm‖ indica que, no texto, o verbo está concordando com o
sujeito simples ―União‖.
95. Respeita-se a idéia de negação e a correção gramatical ao se substituir ―nenhuma‖ por ―alguma‖ no primeiro período.
96. Para respeitar as regras de pontuação, se, no lugar da expressão ―uma pergunta‖, for usada a expressão ―a seguinte
pergunta‖, então uma vírgula deve ser usada no lugar dos dois-pontos.
97. Pelo sentido textual, a forma verbal subentendida no início da oração ―A justiça, administrar a justiça‖ é ―seria‖.
98. O pronome ―isso‖ em ―E isso pressupõe segurança‖ tem a função textual de retomar e resumir as idéias expressas pela
pergunta anterior.
Texto XVIII
Ética e moral
Que é ética? Que é moral? São a mesma coisa ou há distinções a serem feitas? Há muita confusão acerca disso.
Tentemos um esclarecimento. Na linguagem comum e mesmo culta, ética e moral são sinônimos. Assim, dizemos ―aqui
há um problema ético‖ ou ―um problema moral‖. Com isso emitimos um juízo de valor sobre alguma prática pessoal ou social, se
boa, se má, se duvidosa.
Mas, aprofundando a questão, percebemos que ética e moral não são sinônimos. A ―ética‖ é parte da filosofia. Considera
concepções de fundo, princípios e valores que orientam pessoas e sociedades. Uma pessoa é ética quando se orienta por
princípios e convicções. Dizemos, então, que tem caráter e boa índole. A ―moral‖ é parte da vida concreta. Trata da pratica real das
pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores aceitos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com
valores e costumes que podem ser eventualmente, questionados pela ética. Uma pessoa pode ser moral (segue costumes) mas
não necessariamente ética (obedece a princípios).
Embora úteis, essas definições são abstratas, porque não mostram o processo como a ética e a moral, efetivamente,
surgem.
Leonardo Boff. In: O.popular, 4/7/2003, p.8 (com adaptações).
A respeito das idéias e da estrutura do texto, julgue os itens a seguir.
99. Ao compreender o título e constatar, no inicio da exposição, uma série de interrogações, de cunho filosófico, o leitor depreende
que está perante uma estrutura textual expositiva, ou argumentativa.
100. A substituição de ―acerca disso‖ (primeiro parágrafo) pela expressão sobre disso não altera o sentido nem a sintaxe do texto.
101. A partir do segundo parágrafo, o autor passa a responder às questões apresentadas no parágrafo inicial.
102. Segundo o texto, as duas palavras que compõem o titulo são sinônimos perfeitos, tanto na língua culta quanto na coloquial.
103. Ao empregar a forma verbal ―dizemos‖ (segundo parágrafo), o autor está se referindo à população em geral,
indiscriminadamente, e não apenas às pessoas cultas.
104. Infere-se do texto que o leitor deve desconfiar de quem se utiliza da linguagem comum para expressar um juízo de valor,
tanto bom, quanto mau.
105. Ao iniciar o terceiro parágrafo com a conjunção ―Mas‖, o autor passa a explorar o assunto sob outro enfoque, oposto ao que
estava sendo apresentado antes.
106. Todas as pessoas que tem ―caráter e boa índole‖ (terceiro parágrafo) norteiam suas condutas por princípios sólidos e
convicções inabaláveis.
107. A distinção sutil entre ética e moral interessa apenas àqueles que têm por função social orientar a ―prática real das pessoas‖
(terceiro parágrafo).
108. No último parágrafo, pelo emprego do pronome demonstrativo ―essas‖, depreende-se que o substantivo ―definições‖ refere-se
às palavras que, ao longo do texto, são postadas em confronto: ética e moral.
Texto XIX
Para entender as distinções entre ética e moral, os gregos partiam da experiência, sempre válida, do sentido de
―morada‖: a morada entendida, essencialmente, como o conjunto de relações entre o meio físico e as pessoas. Chamam a morada
de ethos (em grego, com o e longo). Para que a morada seja morada, precisa-se organizar espaço físico – quartos, sala, cozinha –
e o espaço humano – relações dos moradores entre si e com seus vizinhos – segundo critérios, valores e princípios para que tudo
flua e esteja a contento. Isso confere caráter à casa e às pessoas. Ao que os gregos chamam de ethos, nós diríamos ética e
caráter ético das pessoas.
Na morada, os moradores têm costumes, maneiras de organizar as refeições, os
encontros, estilos de relacionamento, tensos e competitivos ou harmoniosos e cooperativos. A isso os gregos chamavam também
de ethos (com o e curto); nós diríamos moral e postura moral e de uma pessoa.
Ocorre que esses costumes (moral) formam o caráter (ética) das pessoas. Winnicot, prolongando os trabalhos de Freud,
estudou a importância das relações familiares para estabelecer o caráter das pessoas. Elas serão éticas (terão princípios e
valores) se tiverem tido uma boa moral (relações harmoniosas e inclusivas) em casa.
Os medievais não tinham as sutilezas dos gregos. Usavam a palavra ―moral‖ tanto para os costumes quanto para o
caráter. Distinguiam a moral teórica que estuda os princípios e as atitudes que iluminam as práticas, e a moral pratica que analisa
os atos à luz das atitudes e estuda a aplicação dos princípios à vida. Idem, ibidem (com adaptações)
Considerando a construção morfossintática, semântica e discursiva do texto, julgue os itens a seguir.
109. O trecho ―Para entender as distinções entre ética e moral‖ (primeiro parágrafo) equivale, semanticamente, a Para se
entenderem as distinções entre ética e moral.
110. Está sintaticamente correta e reescritura de ―Isso confere caráter à casa e às pessoas‖ (primeiro parágrafo) como Isso
confere caráter para a casa e para os seus ocupantes.
111. A substituição da parte sublinhada em ―têm costumes‖ (segundo parágrafo) pelo pronome oblíquo correspondente está correta
em tê-los.
112. As observações ―com o e longo‖ e ―com o e curto‖ revelam que, em grego, as alterações de pronúncia produziam mudanças
de sentido nas palavras.
113. As palavras ―caráter‖ e ―éticas‖ recebem acento agudo porque são proparoxítonas.
114. Depreende-se do texto que Freud foi contemporâneo a Winnicot nos estudos sobre a importância da família e seu sucessor
na configuração do caráter das pessoas.
115. Depreende-se das relações sintáticas e semânticas do período ―Elas serão (...) em casa‖ (terceiro parágrafo) que as pessoas
com princípios e valores só serão éticas caso tenham vivido relações harmoniosas e inclusivas,e m família.
116. Ao registrar que ―Os medievais não tinham as sutilezas dos gregos‖ (último parágrafo), o texto informa que os povos
românicos, no período medieval, não eram sutis.
117. A pontuação da seguinte reescritura do ultimo período do texto está correta, pois não altera o sentido original:
Os medievais faziam distinção entre a moral teórica (que estuda os princípios e as atitudes que iluminam as práticas) e a
moral prática que analisa os atos à luz das atitudes e estuda a aplicação dos princípios à vida.
Texto XX
Quais a ética e a moral vigentes hoje? A capitalista. Sua ética diz: bom é o que permite acumular mais com menos
investimento e em menos tempo possível, pagar menos salários e impostos e explorar mais natureza. Imaginemos como seria
uma casa e uma sociedade que tivessem tais costumes (moral) e produzissem caracteres (éticos) assim conflitivos. Seriam ainda
humanas e benfazejas à vida? Eis a razão da grave crise atual.
Idem, ibidem(com adaptações).
Considerando os três anteriores, julgue as idéias e a correção gramatical dos itens que se seguem.
118. A autoria, a fonte e o tema dos textos XVIIII e XIXI são os mesmos do texto XX; isso, no entanto, não é suficiente para
assegurar que são fragmentos de um mesmo todo textual.
119. O texto XX, perante os dois textos anteriores, circunscreve espacialmente o tema tratado: o contexto brasileiro, desde a
Revolução Industrial.
120. No início do texto XX, ―Sua‖ refere-se, respectivamente, à ética capitalista e à moral capitalista hodiernas.
121. No texto XX, após as formas verbais ―diz‖ e ―reza‖ os dois-pontos estão empregados porque houve a supressão do pronome
relativo que.
122. No texto XXI, o emprego do adjetivo ―confilitivos e a pergunta retórica ―seriam ainda humanas e benfazejas à vida?‖, que
enseja a resposta Não, evidenciam a postura antiética e amoral que perpassa o texto.
123. Segundo o autor, tanto a ética quanto a moral capitalistas são causas negativas do contexto da modernidade: a ―grave crise
atual‖.
Coerência e coesão
1- Assinale a opção que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo.
O fenômeno da globalização econômica ocasionou uma série ampla e complexa de mudanças sociais no nível interno e
externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador do Estado. _________________ a estonteante rapidez e
abrangência_________ tais mudanças ocorrem, é preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a
mudança existiu como algo inerente ao sistema social.
(Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82)
a) Não obstante – com que
b) Portanto – de que
c) De maneira que – a que
d) Porquanto – ao que
e) Quando – de que
2- Marque a seqüência que completa corretamente as lacunas para que o trecho a seguir seja coerente.
A visão sistêmica exclui o diálogo, de resto necessário numa sociedade ________ forma de codificação das relações
sociais encontrou no dinheiro uma linguagem universal. A validade dessa linguagem não precisa ser questionada, ________ o
sistema funciona na base de imperativos automáticos que jamais foram objeto de discussão dos interessados.
(Barbara Freytag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, pág. 61, com adaptações)
a) em que – posto que
b) onde – em que
c) cuja – já que
d) na qual – todavia
e) já que – porque
3. Leia o texto a seguir e assinale a opção que dá seqüência com coerência e coesão.
Em nossos dias, a ética ressurge e se revigora em muitas áreas da sociedade industrial e pós-industrial. Ela procura
novos caminhos para os cidadãos e as organizações, encarando construtivamente as inúmeras modificações que são verificadas
no quadro referencial de valores. A dignidade do indivíduo passa a aferir-se pela relação deste com seus semelhantes, muito em
especial com as organizações de que participa e com a própria sociedade em que está inserido.
(José de Ávila Aguiar Coimbra – Fronteiras da Ética, São Paulo, Editora SENAC, 2002).
a) A sociedade moderna, no entanto, proclamou sua independência em relação a esse pensamento religioso predominante.
b) Mesmo hoje, nem sempre são muito claros os limites entre essa moral e a ética, pois vários pensadores partem de conceitos
diferentes.
c) Não é de estranhar, pois, que tanto a administração pública quanto a iniciativa privada estejam ocupando-se de problemas
éticos e suas respectivas soluções.
d) A ciência também produz a ignorância na medida em que as especializações caminham para fora dos grandes contextos reais,
das realidades e suas respectivas soluções.
e) Paradoxalmente, cada avanço dos conhecimentos científicos, unidirecionais produz mais desorientação e perplexidade na
esfera das ações a implementar, para as quais se pressupõe acerto e segurança.
4- Assinale a opção que não constitui uma articulação coesa e coerente para as duas partes do texto.
O capital humano é a grande âncora do desenvolvimento na Sociedade de Serviços, alimentada pelo conhecimento, pela
informação e pela comunicação, que se configuram como peças-chave na economia e na sociedade do século XXI.
_____________,no mundo pós-moderno, um país ou uma comunidade equivale à sua densidade e potencial educacional, cultural
e científico-tecnológico, capazes de gerar serviços, informações, conhecimentos e bens tangíveis e intangíveis, que criem as
condições necessárias para inovar, criar, inventar.
(Aspásia Camargo, ―Um novo paradigma de desenvolvimento‖)
a) Diante dessas considerações,
b) É necessário considerar a idéia oposta de que,
c) Partindo-se dessas premissas,
d) Tendo como pressupostos essas afirmações,
e) Aceitando-se essa premissa, é preciso considerar que,
5- Assinale a opção que não representa uma continuação coesa e coerente para o trecho abaixo.
É preciso garantir que as crianças não apenas fiquem na escola, mas aprendam, e o principal caminho para isso, além de
investimentos em equipamentos, é o professor. É preciso fazer com que o professor seja um profissional bem remunerado, bem
preparado e dedicado, ou seja, investir na cabeça, no coração e no bolso do professor.
a) Qualquer esforço dessa natureza já tem sido feito há muitos anos e comprovou que os resultados são irrelevantes, pois não há
uma importação de tecnologia educacional.
b) Tal investimento não custaria mais, em 15 anos, do que o equivalente a duas Itaipus.
c) Esse esforço financeiro custaria muito menos do que o que será preciso gastar daqui a 20 ou 30 anos para corrigir os desastres
decorrentes da falta de educação.
d) Isso custaria muitas vezes menos que o que foi gasto para criar a infra-estrutura econômica.
e) Um empreendimento dessa natureza exige como uma condição preliminar: uma grande coalizão nacional, entre partidos,
lideranças, Estados, Municípios e União, todos voltados para o objetivo de chegarmos a 2022, o segundo centenário da
Independência, sem a vergonha do analfabetismo.
(Adaptado de Cristovam Buarque, O Estado de S.Paulo, 09/7/2003)
6- Os trechos abaixo compõem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os para que componham um texto coeso e
coerente e indique a opção correta.
( ) O primeiro desses presidentes foi Getúlio Vargas, que soube promover, com êxito, o modelo de substituição de importações e
abriu o caminho da industrialização brasileira, colocando, em definitivo, um ponto final na vocação exclusivamente agrária herdada
dos idos da colônia.
( ) O ciclo econômico subseqüente que nos surpreendeu, sem dúvida, foi a modernização conservadora levada à prática pelos
militares, de forte coloração nacionalista e alicerçado nas grandes empresas estatais.
( ) Hoje, depois de todo esse percurso, o Brasil é uma economia que mantém a enorme vitalidade do passado, porém, há mais de
duas décadas, procura, sem encontrar, o fio para sair do labirinto da estagnação e retomar novamente o caminho do
desenvolvimento e da correção dos desequilíbrios sociais, que se agravam a cada dia.
( ) Com JK, o país afirmou a sua confiança na capacidade de realizar e pôde negociar em igualdade com os grandes investidores
internacionais, mostrando, na prática, que oferecia rentabilidade e segurança ao capital.
( ) Em mais de um século, dois presidentes e um ciclo recente da economia atraíram as atenções pelo êxito nos programas de
desenvolvimento.
( ) Juscelino Kubitschek veio logo depois com seu programa de 50 anos em 5, tornando a indústria automobilística uma realidade,
construindo moderna infra-estrutura e promovendo a arrancada de setores estratégicos, como a siderurgia, o petróleo e a energia
elétrica.
(Emerson Kapaz, ―Dedos cruzados‖ in: Revista Política Democrática nº 6, p. 39)
a) 1º - 2º - 4º - 5º - 6º - 3º
b) 2º - 3º - 5º - 1º - 4º - 6º
c) 2º - 5º - 6º - 4º - 1º - 3º
d) 5º - 2º - 4º - 6º - 3º - 1º
e) 3º - 5º - 2º - 1º - 4º - 6º
7. Se cada período sintático do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as relações semânticas
que se estabelecem no trecho correspondem às idéias expressas pelos seguintes conectivos:
a) X e Y mas W e Z.
b) X porque Y porém W logo Z.
c) X mas Y e W porque Z.
d) Não só X mas também Y porque W e Z.
e) Tanto X como Y e W embora Z.
8. Indique a opção que completa com coerência e coesão o trecho a seguir.
Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de
caráter econômico lhe podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional. Pois, se a evolução orgânica do sistema
de um país depende de suas condições econômicas,
a) subordina-se o problema pedagógico à questão maior da filosofia da educação e dos fins a que devem se propor as escolas em
todos os níveis de ensino.
b) é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção sem o preparo intensivo das forças culturais.
c) são elas as reais condutoras do processo histórico de arregimentação das forças de renovação nacional.
d) o entrelaçamento das reformas econômicas e educacionais constitui fator de somenos relevância para o soerguimento da
cultura nacional.
e) às quais se associam os projetos de reorganização do sistema educacional com vistas à renovação cultural da sociedade
brasileira.
Atenção: as próximas questões são de Verdadeiro ou Falso.
Como se tornar o número 1
Chegar ao posto mais alto de uma empresa não é tarefa para acomodados. Exige talento, dedicação, persistência e
principalmente uma boa dose de sacrifício. Segundo consultores de recursos humanos, é justamente esse empenho e espírito de
liderança que as empresas valorizam nos ocupantes de cargos mais altos. ―A pessoa deve ter iniciativa, capacidade de tomar
decisões, fazer as coisas acontecerem‖, diz o diretor da Top Human Resources, de São Paulo.
A qualificação profissional também é um dos principais aspectos para se alcançar o posto mais alto. ―Qualquer executivo
tem de investir sempre em sua educação‖, enfatiza outro diretor de recursos humanos. ―Senão você será um computador sem
software‖, completa.
Traçar metas profissionais é outro aspecto fundamental para quem quer chegar ao topo. Nesse caso, a ambição acaba
sendo uma boa aliada.
A intuição também é uma boa arma na hora de dar um palpite em uma reunião. E, quem sabe, pode valer aquela
promoção esperada...
Conhecer passo a passo cada etapa do processo de produção da empresa e do setor é um dos principais fatores que
levaram M.C.P. a uma carreira bem-sucedida.
Ele aponta ainda a importância de valorizar os colegas. ―Ninguém consegue as coisas sozinho. É fundamental
reconhecer a participação do grupo e sempre motivá-lo‖.
A primeira regra da cartilha daqueles que anseiam alcançar um alto cargo em uma corporação, de acordo com esses
consultores, é não permanecer estagnado em uma
função ou empresa por um longo período.
Daniela Paiva. Emprego e formação profissional. In Correio Braziliense, 23/6/2002.
Considerando o desenvolvimento das idéias do texto acima, julgue a pertinência das inserções sugeridas em cada parágrafo
indicado nos itens abaixo, de modo a preservar os argumentos utilizados, as relações de coesão e coerência e a correção
gramatical do texto.
9. Ao final do segundo parágrafo: Ciente disso, o economista R. B. nunca passou mais de um ano sem participar de algum
tipo de especialização e considera que a aprendizagem é que vai permitir que alguém permaneça na função e obtenha
resultados melhores.
10. Ao final do terceiro parágrafo: “Pois, se não sabe o que quer, dificilmente o profissional vai alcançar uma função
significativa”, alerta um consultor paulista.
11. Ao final do quarto parágrafo: “Correr riscos com bom senso e ter uma boa percepção são necessários para se tornar um
líder”, acrescenta um diretor da Executive Search.
12. Ao final do quinto parágrafo: Ele planejou, detalhe por detalhe, sua carreira de executivo na empresa X, qualificando-se
por meio de cursos especializados e dedicando tempo, além do horário de expediente, ao aprimoramento de línguas e
pesquisas sobre o mercado.
13. Ao final do sexto parágrafo: O executivo da CBI, J. S., concorda com M. C. P. e acrescenta: “Você tem de reconhecer a
importância de cada um e as dificuldades de sua equipe”.
Julgue os itens subseqüentes com relação aos recursos de coesão textual e à adequação das palavras e da pontuação utilizadas
no texto acima.
14. O adjetivo ―acomodados‖, no primeiro período, está empregado, textualmente, em oposição ao conjunto de substantivos
expressos em ―talento, dedicação, persistência e principalmente uma boa dose de sacrifício‖, no período seguinte, que, por sua
vez, podem ser interpretados como resumidos em ―esse empenho‖, no terceiro período.
15. Para que o texto fosse adequado ao tema e aos leitores em potencial, o estilo muito informal de linguagem e, especialmente, o
título deveria sofrer ajustes retóricos de modo a se tornarem mais coerentes com o gênero argumentativo utilizado.
16. O emprego de outro (terceiro parágrafo), também (quarto parágrafo) e ainda (sexto parágrafo) mostra que diferentes classes
gramaticais podem desempenhar a função de manter coesão textual entre os parágrafos e no texto como um todo.
17. Ao usar, tão freqüentemente, o recurso do discurso alheio, o autor do texto toma o cuidado de marcar por aspas aquelas
afirmações acerca das quais não tem muita certeza ou que são empregadas com ironia.
18. De acordo com o desenvolvimento da argumentação, a troca de lugar entre o último período sintático do texto e o primeiro
preservaria a coerência e a coesão textuais.
Leia o texto a seguir para responder às questões.
Os fragmentos abaixo, adaptados de VEJA, 13/2/2002, constituem um texto, mas estão ordenados aleatoriamente.
I. Para chefes, o caso é ainda mais complexo.Os que acham que seus subordinados nunca entendem o que eles falam precisam
ficar atentos à própria conduta. Talvez o problema seja tanto de habilidade quanto de falta de comunicação.
II. E você? Está pronto para coordenar uma equipe ou para relatar a um grupo as propostas de seu departamento? Se a resposta
é não, cuide-se. Corra atrás de cursos de liderança, compre livros que lhe ensinem a expressar suas idéias claramente.
III. O caixa da agência bancária é o mais indicado para liderar a equipe que vai propor alteração no desenho da área de
atendimento ao público, onde ficam as filas. O faxineiro deve tomar a frente do pessoal que decidirá o local mais adequado para
estocar material de limpeza.
IV. Competência técnica é só um ingrediente necessário à liderança. Um bom coordenador tem de conseguir explicar como a
tarefa sob seu controle vai contribuir para os resultados da companhia, ou da instituição.
Considerando que a organização de um texto implica a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, julgue os itens a seguir
quanto à possibilidade de constituírem seqüências lógicas e coerentes para os fragmentos acima.
19. I, II, IV, III.
20. I, III, II, IV.
21. II, III, IV, I.
22. III, I, II, IV.
23. IV,III, I, II.
Ortografia-semântica
1. Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se esclarecerem os .......
a) escusas - a fim - mal-entendidos
b) excusas - afim - mal-entendidos
c) excusas - a fim - malentendidos
d) excusas - afim - malentendidos
e) escusas - afim - mal-entendidos
2. Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao título de eleitor.
a) extrangeiro - naturalizar d) estrangeiro - naturalizar
b) estrangeiro - naturalisar e) estranjeiro - naturalisar
c) extranjeiro – naturalizar
3. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas:
a) quiseram, essência, impecílio
b) pretencioso, aspectos, sossego
c) assessores, exceção, incansável
d) excessivo, expontâneo, obseção
e) obsecado, reinvidicação, repercussão
4. O orador “ratificou” o que afirmara. O termo destacado pode ser substituído sem prejuízo de sentido por:
a) negou d) confirmou
b) corrigiu e) enfatizou
c) frisou
5. "A ............... de uma guerra nuclear provoca uma grande .............. na humanidade e a deixa ............... quanto ao futuro."
a) espectativa - tensão - exitante
b) espectativa - tenção - hesitante
c) expectativa - tensão - hesitante
d) expectativa - tenção - hezitante
e) espectativa - tenção – exitante
6. Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem alterar o significado
delas: "Em primeiro lugar, observemos o avô. Igualmente, lancemos um olhar para a avó. Também o pai deve ser observado.
Todos são altos e morenos. Conseqüentemente a filha também será morena e alta."
a) primeiramente, ademais, além disso, em suma
b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente
c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto
d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte
e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito
7. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos erros do passado.
a) eminente, deflagração, incidiram
b) iminente, deflagração, reincidiram
c) eminente, conflagração, reincidiram
d) preste, conflaglação, incidiram
e) prestes, flagração, recindiram
8. Indique a alternativa correta:
a) O ladrão foi apanhado em flagrante.
b) Ponto é a intercessão de duas linhas.
c) As despesas de mudança serão vultuosas.
d) Assistimos a um violenta coalizão de caminhões.
e) O artigo incerto na Revista das Ciências foi lido por todos nós.
9. "A solidão é um retiro de ......., mas ninguém vive sempre em trégua, ....... só, ....... o preguiçoso, eternamente em
repouso."
a) descanço, tampouco, exceto
b) descanso, tãopouco, exceto
c) descanço, tão pouco, esceto
d) descanso, tampouco, exceto
e) descanso, tão pouco, esceto
10. "Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do mestre diante da .......... demonstrada pelo político."
a) seção - fragrante - incipiência
b) sessão - flagrante - insipiência
c) sessão - fragrante - incipiência
d) cessão - flagrante - incipiência
e) seção - flagrante – insipiência
11. Em "Repare bem o braço que ninguém sabe de onde circunda o busto da moça e a quer levar para um lugar esconso."
A palavra sublinhada só não pode conotar a idéia de:
a) um lugar de volúpia
b) um lugar escondido, suspeito
c) um lugar desconhecido, misterioso
d) um lugar escolhido, eleito
e) um lugar escuro, recôndito
12. Considerando-se a relação Veneza (cidade) - gaturamo (pássaro) como modelo, as palavras que sucessivamente
completariam a relação: Califórnia - pretos - morrer - Gioconda - cem mil réis, seriam:
a) estado, raça, ação, escultura, dinheiro
b) país, povo, fato, escultura, valor
c) província, etnia, acontecimento, literatura, moeda
d) estado, raça, acontecimento, pintura, valor
e) território, gente, ação, música, moeda
13. Há palavras escritas de modo INCORRETO na alternativa:
(A) Investimentos maciços em educação, saúde e reforma agrária constituíram a fórmula utilizada por países mais atrasados do
que o Brasil, para reduzir os índices de pobreza.
(B) O problema da miséria no Brasil apresenta componentes bem mais perversos do que a simples escassez de recursos, que
caracteriza o problema em outros países, como no continente africano.
(C) Os recursos gastos na área social acabam sendo insuficientes, como por exemplo, a parcela mínima destinada ao
saneamento básico, importante para aumentar a expectativa de vida da população.
(D) A desnutrição, resultado da falta de ingestão de proteínas e de outras substâncias, degenera em má-formação do sistema
neurológico, com danos irreversíveis, na maioria das vezes.
(E) Vários estudos afirmam que a taxa de miséria só baixará quando houver crecimento da economia, assossiado a um modelo
mais justo de distribuição de renda para a população.
14. Está correta a grafia de todas as palavras da frase:
(A) Ao ascender à condição de um grande sistema de mercados, a economia mundial propisciou o poder hegemônico dos grandes
conglomerados financeiros.
(B) Se os grandes centros econômicos não se emiscuíssem decisivamente nas economias nacionais, talvez estas lograssem
alcançar um índice expressivo de desenvolvimento.
(C) Os economistas podem discentir quanto às soluções para o nosso desenvolvimento, mas reconhecem que o imperialismo
econômico é um fator crucial para nosso atraso.
(D) A necessidade de sincronizar o ritmo de nossa economia com o da expansão da economia global constitui uma das exigências
mais difíceis de serem atendidas.
(E) Não fosse a dicotomia das direções econômicas com que nos deparamos, o Brasil talvez não se firmasse numa posição de
maior relevância entre os países emerjentes.
15. Está correta a grafia de todas as palavras da frase:
(A) A comprensão dos fatos só foi possível porque algumas pessoas propuzeram-se a relatá-los tal como ocorreram.
(B) A repreção da polícia acabou por ocazionar a morte de um estudante e ferimento em vários jovens.
(C) O autor sentiu-se honrado com o privilégio de ter sido homenageado pelo grande poeta.
(D) Nos versos transcrevidos na cronica, há aluzão ao frio que fazia naquela tarde paulistana.
(E) O autor supoz que nos versos de Drummond havia referência a termos utilisados num artigo.
16. Todas as palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase:
(A) Concessão inadequada de privilégios e atitudes maltomadas geram sempre excesso de gastos, propício a suspensões de
crédito.
(B) O menospreso para com bens culturais excede o tolerável, chegando à atingir níveis desesperadores.
(C) Na palavra "dilapidar", o etmologista vai identificar a raíz latina "lapid -", que significa "pedra"; estabelecese, assim,
assossiação entre "destruir" e "atirar pedra".
(D) Estavam tão anciosas para ver o resultado da pesquisa, que dei à elas autorização para estender o expediente.
(E) O hêsito de manifestações em pró da revisão das leis relacionadas à posse de fósseis dependerá de muitos fatores.
17. A frase em que todas as palavras estão corretamente flexionadas é a seguinte:
(A) A quem se dispor a colaborar, os voluntários entregarão listas de abaixoassinados para serem preenchidas.
(B) Nas mesas-redondas em que se discutiram mudanças na legislação, muitos se manteram indecisos.
(C) Não é um único dirigente que institue os passos a serem dados; nesta questão, quanto maior o número de cidadões a opinar,
melhor será.
(D) Eles detêm um saber específico que devemos respeitar; não se pode fazer como aqueles pseudoespecialistas que criticam
tudo aleatoriamente.
(E) Se eles verem necessidade de conferir a autenticação dos documentos a serem enviados ao museu, os tabeliões poderão
ajudar.
18. A frase totalmente correta quanto a grafia e acentuação é:
(A) Trabalhadores reinvindicavam alí a contratação de mão-de-obra sem grande burocracia.
(B) Nessa conjuntura, é difícil explicar porquê a mobilidade da mão-de-obra decresceu.
(C) Assessores especializados procuram pôr no papel todas as variáveis que envolvem o tema.
(D) Pesquizas realizadas recentemente mostram que o êxito do "euro" é questionável.
(E) Até em adjacências de pequenos centros, chega a haver letígio para preenchimento de vagas.
19. Estão corretamente grafadas todas as palavras da frase:
(A) Um jornalista deve abster-se de julgar o que noticia, afim de que seu público possa ter assesso às várias posições e emitir, ele
sim, seu próprio julgamento.
(B) Alberto Dines é um notório crítico da imprensa; o fato de ser jornalista não o impede de polemisar com vários colegas, quando
cometem algum deslise.
(C) A dúvida suscitada por uma manchete poderia ser evitada caso o redator não se eximisse da responsabilidade de mostrar os
dois lados de um mesmo fato.
(D) A repercusção das primeiras manchetes deveu-se ao fato de que elas destorceram a declaração do Ministro, reproduzindo-a
apenas parcialmente.
(E) A virtude jornalística não está em previlegiar a face sensacionalista de um fato, mas em abranjê-lo em toda a sua
complexidade.
20. Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase:
(A) O anseio geral por uma sociedade mais justa e igualitária transformou a luta trabalhista num dos mais expressivos modelos
que caracteriza a sociedade contemporânea.
(B) De início, as idéias trabalhistas, fenômeno quase excluzivamente inglês, tiveram pouca ou nenhuma repercursão nos
sindicatos.
(C) O trabalho é sempre uma atividade que depende da habilidade manual e da inteligência de quem o desempenha, e exige o
dispêndio de certa energia física e mental.
(D) O trabalho, de início coleta ou extrativismo, diversificou-se com a caça, a pesca e a utilização do fogo, possibilitando o
progresso, pelo uso de objetos como o arco e a flecha.
(E) Os alicerces da produção social deslocaram-se da agricultura para a indústria quando o comércio se sobrepôs ao trabalho
agrícola e ampliou suas atividades.
21. Indique, dentre os grupos de palavras abaixo, aquele cuja sílaba tônica das palavras esteja na mesma posição da
sílaba tônica de: corpos, abolido e funerais, respectivamente:
(A) glória, enxergar, decisão;
(B) sutil, tulipa, juiz;
(C) doutor, rubrica, poder;
(D) erudito, item, recém.
22. Assinale a alternativa em que os vocábulos formem o plural como funeral e cadáver, respectivamente:
(A) abdominal / ardor;
(B) funil / qualquer;
(C) cônsul / açúcar;
(D) mal / caráter.
23. Todos os pronomes estão corretamente empregados na seguinte frase:
(A) As discussões perdem seu vigor; considerem-nas encerradas e façam os relatórios chegarem até eu.
(B) É remota a possibilidade de eles, atravessadores, se sensibilizarem, motivo pelo qual dirijo-me a V.Sa. para pedir-lhe
providências.
(C) Mandei-os sair, e o motivo de tal procedimento, não o sei dizer; convide-lhes a voltarem, por favor.
(D) A questão da procedência é relevante, é onde que nos debatemos para chamar a atenção a quem de direito.
(E) Entre os maiores especialistas está este aqui, por quem me responsabilizo e que dou-o todo o apoio.
24. Quanto à colocação do pronome oblíquo, analise os enunciados e, depois, assinale a alternativa correta:
I – Em pensando-se em licença, as reservas já foram feitas.
II – Não tenho visto-te nas baladas dominicais.
III – Poupe-me dos seus comentários maldosos.
IV – Solicitei a Vossa Senhoria que remetesse-lhe as cópias imediatamente.
V – Tudo transcorreu conforme nos foi dito.
(A) Apenas IV está correto.
(B) Apenas I e II estão corretos.
(C) Apenas III e V estão corretos.
(D) Apenas V está correto.
(E) Todos estão corretos.
25. Quanto à colocação do pronome oblíquo, analise os enunciados e, depois, assinale a alternativa correta:
I – Convidaria-te, com prazer, se eu pudesse.
II – A norma não se deve utilizar neste caso.
III – Ambos se odeiam.
IV – Nada o impedirá de conseguir o cargo que ele pretende.
V – Chegou tarde, lhe dando péssimas explicações.
(A) Apenas I, III e IV está correto.
(B) Apenas III está correto.
(C) Apenas II, III e V estão corretos.
(D) Apenas II, III e IV estão corretos.
(E) Todos estão corretos.
26. O Brasil representa 3% do problema mundial. A frase do texto em que o verbo apresenta o mesmo tipo de
complemento exigido pelo verbo grifado acima é:
(A) Parecem inexpugnáveis.
(B) .. eles começaram a vida num patamar inferior.
(C) O Brasil aparece com menos de 1% do movimento...
(D) ... o Brasil é hoje o país mais rico do mundo...
(E) ... os miseráveis nem entram na equação econômica...
27. Antonio Candido escreveu uma carta, fez cópias da carta e enviou as cópias a amigos do Rio.Substituem de modo
correto os termos sublinhados na frase acima,respectivamente, constituem
(A) destas -enviou-as
(B) daquela -os enviou
(C) da mesma -enviou-lhes
(D) delas -lhes enviou
(E) dela -as enviou
28. O diploma de jornalista é obrigatório, mas há quem veja o diploma de jornalista como uma inutilidade, pois os cursos
que oferecem o diploma de jornalista não podem cobrir todas as áreas de atuação. Evitam-se as desnecessárias
repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, pelas formas
(A) o veja e oferecem-lhe.
(B) o veja e o oferecem.
(C) lhe veja e lhe oferecem.
(D) veja-o e oferecem-o.
(E) veja ele e oferecem ele.
29. Diante das fotos antigas, olhamos as fotos para captar dessas fotos a magia do tempo que repousa nessas fotos.
Evitam-se as abusivas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente:
(A) olhamo-lhes -captá-las -lhes repousa
(B) as olhamos -captar-lhes -nelas repousa
(C) olhamo-las -as captar -repousa nas mesmas
(D) olhamo-las -captar-lhes -nelas repousa
(E) olhamo-as -lhes captar -lhes repousa
30. As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmente draconianas com as
mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquia que deriva de fundamentos
religiosos. Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente:
(A) julgam-as -se lhes reflete -a qual
(B) julgam-nas -se reflete nesta -o que
(C) julgam-nas -naquelas se reflete -a qual
(D) julgam-lhes -nas quais se reflete -a qual
(E) julgam-lhes -naquelas se reflete -à qual
31. ... que usam grandes extensões ... (meio do 2º parágrafo) O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima
está na frase:
(A) Levantamentos comprovam uma maior devastação em toda a região amazônica.
(B) Poucos acreditam na possibilidade de controle das queimadas na Amazônia.
(C) A devastação da floresta amazônica parece sempre maior a cada ano.
(D) As queimadas, sem controle, avançam muitas vezes sobre a floresta.
(E) Surgem, cada vez mais, propostas para a preservação da região florestal.
32. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas. “Todos os cidadãos devem saber _________ o Poder
Legislativo está assim. Estamos instalando novos computadores, é um momento de transição, eis o _________.
a) por que - porquê
b) porque – por quê
c) porquê – por que
d) por que – porque
32. Assinale a opção em que o vocábulo entre parênteses preenche corretamente a lacuna correspondente.
a) Não se punem os malfeitores _______ não se dispõe de um Código Penal atualizado? (porque.)
b) Essa questão requer indagar-se preliminarmente __________ não se derrubou ainda a inflação. (porque.)
c) Pergunta-se, para começar, o ________ não foi votada ainda. (por quê.)
d) Não se fará mudança _________ não foi votada uma nova Constituição? (por que.)
e) Todos sabem, aqui no Brasil, _________ não se punem os bandidos. (porque.)
33. Assinale a alternativa incorreta, de acordo com o padrão culto da modalidade escrita do Português.
a) Maria ficou indignada por que não obteve a classificação.
b) Por que haveria de se ocupar daquele assunto, se não era sua a obrigação?
c) O princípio de que o réu é inocente até prova em contrário é uma conquista da civilização; daí por que não tem ele que se
preocupar.
d) Depois de suas explicações foi fácil entender por que tomara aquela decisão.
34. Assinale a opção em que a palavra sublinhada está empregada incorretamente.
a) Durma cedo, senão acordará tarde demais.
b) Mal começou a chover, o barranco deslizou.
c) Disse que há cinco anos ganhou na loteria.
d) Estava mau informado, por isso equivocou-se.
e) De hoje a dois meses pedirei novo empréstimo.
35. Assinale a seqüência que preenche corretamente as lacunas.
―Era ______________ a ___________ do conflito, pois as partes ____________ nos erros já cometidos.‖
a) iminente – deflagração – reincidiram.
b) eminente – confraglação - incidiram
c) inevitável – defraglação – reicindiram.
d) iminente – deflagração – reincidiram.
36. Os sinônimos de ignorante, principiante, sensatez e confirmar são, respectivamente:
a) incipiente – insipiente – descreção – retificar.
b) incipiente – insipiente – discrição – ratificar.
c) insipiente – incipiente – discrição – ratificar.
d) insipiente – incipiente – discreção – ratificar.
e) incipiente – incipiente – descrição – retificar.
37. Aponte a alternativa em que há confusão entre mal e mau.
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Revisao - interpretação com gabarito

  • 1. LÍNGUA PORTUGUESA EXERCÍCIOS Professor Jason Lima Língua Portuguesa – Professor Jason Lima REVISÃO Português em Exercícios – Interpretação de texto Texto I Ganhamos a guerra, não a paz Os físicos se encontram numa posição não muito diferente da de Alfred Nobel. Ele inventou o mais poderoso explosivo jamais conhecido até sua época, um meio de destruição por excelência. Para reparar isso, para aplacar sua consciência humana, instituiu seus prêmios à promoção da paz e às realizações pacíficas. Hoje(*), os físicos que participaram da fabricação da mais aterradora e perigosa arma de todos os tempos sentem-se atormentados por igual sentimento de responsabilidade, para não dizer culpa. E não podemos desistir de advertir e de voltar a advertir, não podemos e não devemos relaxar em nossos esforços para despertar nas nações do mundo, e especialmente nos seus governos, a consciência do inominável desastre que eles certamente irão provocar, a menos que mudem sua atitude em relação uns aos outros e em relação à tarefa de moldar o futuro. Ajudamos a criar essa nova arma, no intuito de impedir que os inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós, o que, dada a mentalidade dos nazistas, teria significado uma inconcebível destruição e escravização do resto do mundo. Entregamos essa arma nas mãos dos povos norte-americano e britânico, vendo neles fiéis depositários de toda a humanidade, que lutavam pela paz e pela liberdade. Até agora, porém, não conseguimos ver nenhuma garantia das liberdades que foram prometidas às nações no Pacto do Atlântico. Ganhamos a guerra, não a paz. As grandes potências, unidas na luta, estão agora divididas quanto aos acordos de paz. Prometeu-se ao mundo que ele ficaria livre do medo, mas, na verdade, o medo aumentou enormemente desde o fim da guerra. Prometeu-se ao mundo que ele ficaria livre da penúria, mas grandes partes dele se defrontam com a fome, enquanto outras vivem na abundância. (…) Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Do contrário, a civilização humana estará condenada. (Albert Einstein, Escritos da maturidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994) (*) Este texto foi escrito em 1945, logo depois do fim da II Guerra Mundial. 1. Ao escrever esse texto, o grande físico Albert Einstein preocupou-se sobretudo em formular uma grave advertência contra (A) a pacificação do mundo por meio da ação de governos totalitários. (B) a perigosa instabilidade gerada pelo Pacto do Atlântico. (C) o novo potencial belicoso da situação de pós-guerra. (D) o poder de devastação representado pelo invento de Alfred Nobel. (E) o espírito do armistício assinado pelas grandes potências. 2. Considere as seguintes afirmações: I. A criação e a entrega da mais aterradora e perigosa arma de todos os tempos aos norte-americanos e britânicos se deram em meio a uma perigosa e disputada corrida armamentista. II. Einstein mostra-se insatisfeito quanto aos termos em que se configurou o Pacto do Atlântico, um acordo em si mesmo tímido e incapaz de gerar bons resultados. III. Einstein inclui-se entre os responsáveis pelo término da guerra e pela derrota dos nazistas, mas declina de qualquer responsabilidade quanto a uma futura utilização da nova e devastadora arma. Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) Ie II. (E) IIe III. 3. A atitude de vigilância, para a qual Einstein convoca a todos nesse texto, deve materializar-se, conforme deseja o grande físico, (A) numa advertência contra os preocupantes riscos representados pela iminente reorganização dos nazistas. (B) na conscientização dos vitoriosos quanto à necessidade de se entenderem e de assumirem suas responsabilidades diante do futuro. (C) no cumprimento das exigências feitas pelos cientistas quando se propuseram a elaborar as condições do Pacto do Atlântico. (D) na manutenção das auspiciosas condições políticas do pós-guerra, marcadas pela derrota dos nazistas. (E) na constituição de um novo tratado que, indo de encontro ao Pacto do Atlântico, represente um esforço de real pacificação. 4. Quanto à sua construção interna, as frases Ganhamos a guerra, não a paz e As grandes potências, unidas na luta, estão agora divididas têm em comum . (A) um jogo entre alternativas. (B) uma relação de causa e efeito. (C) a formulação de uma condicionalidade. (D) a articulação de uma hipótese. (E) a exploração de antíteses.
  • 2. 5. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em: (A) numa posição não muito diferente da de Alfred Nobel = em atitude inteiramente similar à de Alfred Nobel. (B) para aplacar sua consciência humana = para obliterar seu juízo sobre a humanidade. (C) dada a mentalidade dos nazistas = em que pese a consciência dos nazistas. (D) vendo neles fiéis depositários = reconhecendo-os como confiáveis guardiões. (E) consciência do inominável desastre = concepção inevitável da tragédia. 6. Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Observa-se que na construção do período acima, se empregou o verbo (A) poder como auxiliar do verbo criar. (B) criar como auxiliar do verbo prevalecer. (C) motivar como auxiliar de prevalecer. (D) criar como auxiliar do verbo poder. (E) poder como auxiliar do verbo prevalecer. Texto II Ciência e esoterismo A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares. Como físico, não cabe a mim explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimentos ou "poderes" esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro... O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que certos fenômenos realmente ocorrem. As "provas" que foram oferecidas até o momento – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas no laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada. Uma das grandes armas da ciência contra o charlatanismo é justamente a possibilidade de repetirmos certos experimentos tantas vezes quantas desejarmos. Os cientistas não precisam "acreditar" nos resultados de outros cientistas; basta repetir o experimento em seu próprio laboratório, sob condições idênticas, e os mesmos resultados devem ser encontrados. Seria realmente fascinante se houvesse uma força desconhecida que pudesse influenciar nosso comportamento (ou pelo menos indicar tendências) a partir de um arranjo cósmico em que nós, como indivíduos, participássemos ativamente, uma espécie de astronomia personalizada. Mas, para mim, mais fascinante ainda é seguir os passos de outros cientistas e dedicar toda uma vida ao estudo dos fenômenos naturais, armado apenas com inspiração e razão. Ao compreendermos um pouco mais sobre o mundo à nossa volta, estaremos, também, compreendendo um pouco mais sobre nós mesmos e sobre nosso lugar neste vasto e misterioso Universo. (Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999) 7. Observando-se alguns dos recursos utilizados na construção do texto, verifica-se que (A) o emprego das aspas em "poderes" justifica-se do mesmo modo que em "provas". (B) a falta de marca pessoal na linguagem garante a objetividade da demonstração. (C) as expressões astronomia personalizada e basta repetir o experimento são manifestações da ironia do autor. (D) o emprego das aspas em "acreditar" deve-se à ênfase atribuída a uma ação afirmativa dos cientistas. (E) o emprego da palavra inspiração, no final do texto, revela que o autor reviu e retificou sua posição contrária ao esoterismo. 8. Na argumentação que desenvolve em seu texto, o autor se vale dos seguintes procedimentos: I. Não aceita a suposta popularização das crenças de natureza esotérica, considerando-a uma manipulação dos charlatões que têm interesse em propagar seus falsos poderes. II. Afirma que os fenômenos esotéricos não são comprovados quando submetidos a testes rigorosamente científicos ou a análises largas e detalhadas. III. Admite que a ciência é menos atraente que as práticas esotéricas, já que ela não se propõe a desvendar as grandes incógnitas do nosso Universo. IV. Conclui que a ciência também tem seus encantos, embora aceite que os que a praticam não costumam se valer dos conhecimentos já conquistados dentro da tradição científica. Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) III e IV. 9. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em: (A) ao menos oferecer uma conjectura = pleitear, mesmo assim, uma comprovação. (B) seu aspecto pessoal, privado = sua verdade íntima, inconfessável. (C) arranjo cósmico = pretexto universal. (D) sob o escrutínio do cientista = pela análise minuciosa do cientista. (E) armado apenas com inspiração e razão = tão-somente com a fé e a perseverança.
  • 3. Texto III O Brasil entrou no século XXI justificando o lugar comum do século passado: continua sendo um país de contrastes. Isso é o que revelam os números iniciais do Censo 2000, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No último ano da década passada, em comparação com o primeiro – 1991 –, muito mais brasileiros estavam estudando, tinham carros, eletrodomésticos, telefones, luz, água encanada, esgoto e coleta de lixo, e muito menos brasileiros morriam antes de completar um ano de vida. A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. A queda foi maior do que os especialistas haviam projetado no início da década. Isso, a despeito de a maioria da população continuar vivendo com rendimentos franciscanos: pouco mais da metade dos 76,1 milhões de membros da população economicamente ativa ganhava até dois salários mínimos por mês (ou R$ 302,00 à data do recenseamento e R$ 400,00 hoje) e apenas 2,4% ganhavam mais de vinte salários mínimos, ou seja, R$ 4 000,00 – um salário relativamente modesto nas sociedades desenvolvidas. Por esse ângulo, pode-se dizer que o Brasil é um país igualitário: ostenta a dramática igualdade na pobreza. Os números agregados escondem que o consumo se distribui de forma acentuadamente desigual pelo território e entre os diversos grupos de renda. Enquanto no Sul e no Sudeste os domicílios com carro somam mais de 40%, no Norte e no Nordeste não chegam a 15%. De certo modo, quem pode consumir bens duráveis acaba consumindo por si e por quem não pode. O desequilíbrio regional e social do consumo acompanha, obviamente, a concentração da capacidade aquisitiva. Os dados que apontam para a intolerável persistência da igualdade na pobreza entre os brasileiros têm relação manifesta com o desempenho da economia. Se é verdade que, em matéria de expansão dos benefícios sociais e do acesso a bens indispensáveis no mundo contemporâneo, como o telefone, os anos 1990 foram uma década ganha, no que toca ao crescimento econômico foram uma década das mais medíocres, desde a transformação do País em sociedade industrial. Entre 1991 e 2000, o Brasil cresceu, em média, parcos 2,7% ao ano. Mesmo em 1994, o melhor ano do período, o Produto Interno Bruto (PIB) não chegou a 6% – muito abaixo dos picos registrados na década de 1970, a do "milagre brasileiro". É óbvio que a retomada do desenvolvimento é condição sine qua para a elevação da renda do povo. (Adaptado de O Estado de S. Paulo, maio/2002) 10. De certo modo, quem pode consumir bens duráveis acaba consumindo por si e por quem não pode. A afirmação acima aponta para (A) a melhoria real do padrão de vida da população brasileira, registrando existência de consumo mesmo entre os mais pobres. (B) resultados estatísticos aparentemente otimistas, mas que deixam de mostrar dados pouco animadores da situação econômica e social da população brasileira. (C) um equilíbrio final da capacidade de consumo da população nas várias regiões brasileiras, igualando os resultados de cada uma delas. (D) o paradoxo que resulta dos dados do último censo, pois eles indicam o consumo de bens duráveis por uma população que não tem poder aquisitivo. (E) a falsidade do resultado de certas pesquisas, cujos dados desvirtuam a realidade, especialmente a da classe social mais desfavorecida. 11. Considere as afirmativas abaixo, a respeito do texto. O Censo 2000 I. indica o avanço do Brasil, idêntico ao de algumas sociedades desenvolvidas, especialmente quanto à garantia de emprego, apesar de um valor modesto para o salário mínimo. II. apresenta índices positivos de melhoria na qualidade de vida do povo brasileiro, ao lado de disparidades acentuadas, em todo o território nacional. III. assinala um aumento geral do poder aquisitivo do povo brasileiro, reduzindo a um mínimo as diferenças regionais. Está correto o que se afirma SOMENTE em: (A) I e II (B) II e III (C) I (D) II (E) III 12. A afirmação no segundo parágrafo: “Por esse ângulo, pode-se dizer que o Brasil é um país igualitário”. É correto afirmar que a conclusão acima tem um caráter (A) acentuadamente irônico, pela constatação que se segue a ela. (B) bastante otimista, por ter sido possível constatar melhorias na distribuição de renda. (C) de justificado orgulho, pela melhoria da qualidade de vida no Brasil. (D) de extremo exagero, considerando-se os dados indicativos do progresso brasileiro. (E) pessimista, tendo em vista a impossibilidade de aumento do salário mínimo. 13. A queda foi maior do que os especialistas haviam projetado no início da década. O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica, no contexto, (A) uma incerteza em relação a um fato hipotético. (B) um fato consumado dentro de um tempo determinado. (C) a repetição de um fato até o momento da fala. (D) uma ação passada anterior a outra, também passada. (E) uma ação que acontece habitualmente. 14. O segundo parágrafo do texto está ligado ao primeiro (A) por tratar-se de uma explicação das afirmações apresentadas de início. (B) pela condição imposta no início desse segundo parágrafo, em relação aos dados observados no Censo. (C) por ser uma síntese do que vem sendo desenvolvido.
  • 4. (D) pela continuidade da mesma idéia, desenvolvida em ambos. (E) por uma ressalva, marcada pelo uso da expressão a despeito de. 15. Há, no texto, relação de causa e efeito entre (A) retomada do desenvolvimento e elevação da renda do povo. (B) a década do "milagre brasileiro" e a persistência da situação de pobreza do povo. (C) situação econômica do Brasil no século XX e a que se apresenta no início do século XXI. (D) queda dos índices de mortalidade infantil e valor do salário mínimo. (E) consumo maior no Sul e no Sudeste e acentuadamente menor no Norte e no Nordeste. 16. A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. O emprego dos dois pontos assinala (A) uma restrição à afirmação do período anterior. (B) a ligação entre palavras que formam uma cadeia na frase. (C) a inclusão de um segmento explicativo. (D) a citação literal do que consta no relatório do IBGE. (E) a brusca interrupção da seqüência de idéias. 17. Os números iniciais do Censo 2000 revelam melhorias. A queda das taxas demortalidade infantil foi maior do que o esperado. Boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza. As frases acima formam um único período, com correção e lógica, em: (A) Se as taxas de mortalidade infantil entraram em queda maior do que era esperada, a população brasileira continua vivendo na pobreza, apesar das melhorias que o Censo 2000, revelam em seus dados iniciais. (B) A população brasileira em boa parte continua vivendo na pobreza, os números iniciais do Censo 2000 revelam as melhorias, onde as taxas de mortalidade infantil em queda, maior do que se esperava. (C) Com a queda das taxas de mortalidade infantil, e os números iniciais do Censo 2000 revela que foi maior que o esperado, mas boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza. (D) Os números iniciais do Censo 2000 melhoraram, com a queda das taxas de mortalidade infantil, que foi maior do que se esperavam, onde boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza. (E) Boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza, conquanto os números iniciais do Censo 2000 revelem melhorias, como a queda das taxas de mortalidade infantil, maior do que o esperado. Texto IV 18- Em relação ao sentido das palavras e expressões do texto, assinale a opção correta. A farsa — se existe rigorosamente — é, no momento atual, o menor problema que temos de enfrentar. Sabemos, hoje, que a repetição histórica tem-nos conduzido muito mais a novas tragédias — não raro, aproximando-se da barbárie — do que a ações burlescas; ou ao menos há uma certa identificação entre ambas, sendo aquelas mais penosas do que estas. Se tomarmos a globalização como referência, a pantomima atribuída a ela não difere muito de sua face trágica. Mas a última excede a primeira à medida que revela o ângulo visível de sua aparente inocência. Só se percebe o que acontece, efetivamente, quando os olhos (e a razão) dão conta da realidade em toda sua crueza. (Fernando Magalhães, ―A globalização e as lições da história‖) a) A palavra ―barbárie‖ está associada à idéia de barbarismo, ou seja, à inadequação de linguagem. b) A expressão ―burlescas‖ está associada à idéia de heróicas. c) A palavra ―pantomima‖ está sendo utilizada em seu sentido conotativo de vanguarda, modernidade. d) A expressão ―à medida que‖ pode ser substituída por à proporção que, sem prejuízo gramatical para o período. e) A expressão ―sua crueza‖ refere-se à palavra ―razão‖. Texto VI 19- Considerando as idéias do texto, assinale as inferências como verdadeiras (V) ou falsas (F) e marque a correta opção em seguida. Li que a espécie humana é um sucesso sem precedentes. Nenhuma outra com uma proporção parecida de peso e volume se iguala à nossa em termos de sobrevivência e proliferação. E tudo se deve à agricultura. Como controlamos a produção do nosso próprio alimento, somos a primeira espécie na história do planeta a poder viver fora de seu ecossistema de nascença. Isso nos deu mobilidade e a sociabilidade que nos salvaram do processo de seleção, que limitou outros bichos de tamanho equivalente. É por isso que não temos mudado muito, mas também não nos extinguimos. (Luiz Fernando Veríssimo, Recursos Humanos, in: O Desafio Ético, org. de Ari Roitman, com adaptações) ( ) Mede-se o sucesso pela capacidade de sobrevivência e proliferação. ( ) Se a espécie humana tivesse outro peso e volume não teria sobrevivido. ( ) Viver fora do ecossistema de nascença depende da capacidade de criar o próprio alimento. ( ) O processo de seleção das espécies é que limita a mobilidade e a sociabilidade. ( ) A história da espécie humana poderia ser outra se não houvesse agricultura. ( ) Poucas mudanças trazem como conseqüência a não-extinção da espécie. A seqüência correta é: a) V, V, V, F, F, V b) V, F, F, V, V, F c) F, F, V, V, F, V
  • 5. d) F, V, F, V, V, F e) V, F, V, F, V, F Texto VII A racionalidade comunicativa se tornou possível com o advento da modernidade, que emancipou o homem do jugo da tradição e da autoridade, e permitiu que ele próprio decidisse, sujeito unicamente à força do melhor argumento, que proposições são ou não aceitáveis, na tríplice dimensão: da verdade (mundo objetivo), da justiça (mundo social) e da veracidade (mundo subjetivo). Ocorre que simultaneamente com a racionalização do mundo vivido, que permitiu esse aumento de autonomia, a modernidade gerou outro processo de racionalização, abrangendo a esfera do Estado e da Economia, que acabou se automatizando do mundo vivido e se incorporou numa esfera "sistêmica", regida pela razão instrumental. A racionalização sistêmica, prescindido da coordenação comunicativa das ações e impondo aos indivíduos uma coordenação automática, independente de sua vontade, produziu uma crescente perda de liberdade. 20. De acordo com o texto, na modernidade: a) a racionalização comunicativa valorizou o trabalho b) o homem pôde decidir quais seriam os novos valores aceitáveis c) o advento da racionalidade emancipou o homem do jugo da tradição e da autoridade d) o homem, ao perder a tradição, perdeu a autoridade e) a racionalidade impeliu o homem ao jugo da tradição 21. A racionalização do mundo vivido permitiu: a) a tríplice dimensão da verdade d) um aumento da autonomia b) a aceitação da autoridade e) a busca da justiça social c) a valorização do trabalho 22. A modernidade gerou dois processos da racionalização: a) a do mundo vivido e a sistêmica b) a subjetiva e a objetiva c) a instrumental e a da Economia d) a da tradição e a da autoridade e) a da comunicação e a do mundo vivido 23. A racionalização regida pela razão institucional: a) veio explicar a tradição e a autoridade b) é imprescindível para a comunicação humana c) impõe aos indivíduos a comunicação das ações d) ganhou dimensão maior por causa do Estado e) fez decrescer a liberdade Texto VIII A liberdade e o consumo Quantos morreram pela liberdade de sua pátria? Quantos foram presos ou espancados pela liberdade de dizer o que pensam? Quantos lutaram pela libertação dos escravos? No plano intelectual, o tema da liberdade ocupa as melhores cabeças, desde Platão e Sócrates, passando por Santo Agostinho, Spinoza, Locke, Hobbes, Hegel, Kant, Stuart Mill, Tolstoi e muitos outros. Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado? Como as liberdades essenciais se transformam em direitos do cidadão? Essas questões puseram em choque os melhores neurônios da filosofia, mas não foram as únicas a galvanizar controvérsias. Mas vivemos hoje em uma sociedade em que a maioria já não sofre agressões a essas liberdades tão vitais, cuja conquista ou reconquista desencadeou descomunais energias físicas e intelectuais. Nosso apetite pela liberdade se aburguesou. Foi atraído (corrompido?) pelas tentações da sociedade de consumo. O que é percebido como liberdade para um pacato cidadão contemporâneo que vota, fala o que quer, vive sob o manto da lei (ainda que capenga) e tem direito de mover-se livremente? O primeiro templo da liberdade burguesa é o supermercado. Em que pesem as angustiantes restrições do contracheque, são as prateleiras abundantemente supridas que satisfazem a liberdade do consumo (não faz muitas décadas, nas prateleiras dos nossos armazéns ora faltava manteiga, ora leite, ora feijão). Não houve ideal comunista que resistisse às tentações do supermercado. Logo depois da queda do Muro de Berlim, comer uma banana virou ícone da liberdade no Leste Europeu. A segunda liberdade moderna é o transporte próprio. BMW ou bicicleta, o que conta é a sensação de poder sentar-se ao veículo e resolver em que direção partir. Podemos até não ir a lugar algum, mas é gostoso saber que há um veículo parado à porta, concedendo permanentemente a liberdade de ir, seja aonde for. Alguém já disse que a Vespa e a Lambretta tiraram o fervor revolucionário que poderia ter levado a Itália ao comunismo. A terceira liberdade é a televisão. É a janela para o mundo. É a liberdade de escolher os canais (restritos em países totalitários), de ver um programa imbecil ou um jogo, ou estar tão perto das notícias quanto um presidente da República - que nos momentos dramáticos pode assistir às mesmas cenas pela CNN. É estar próximo de reis, heróis, criminosos, super atletas ou cafajestes metamorfoseados em apresentadores de TV. Uma ―liberdade‖ recente é o telefone celular. É o gostinho todo especial de ser capaz de falar com qualquer pessoa, em qualquer momento, onde quer que se esteja. Importante? Para algumas pessoas, é uma revolução no cotidiano e na profissão. Para outras, é apenas o prazer de saber que a distância não mais cerceia a comunicação, por boba que seja. Há ainda uma última liberdade, mais nova, ainda elitizada: a internet e o correio eletrônico. É um correio sem as
  • 6. peripécias e demoras do carteiro, instantâneo, sem remorsos pelo tamanho da mensagem (que se dane o destinatário do nosso attachment megabáitico) e que está a nosso dispor, onde quer que estejamos. E acoplado a ele vem a web, com sua cacofonia de informações, excessivas e desencontradas, onde se compra e vende, consomem-se filosofia e pornografia, arte e empulhação. Causa certo desconforto intelectual ver substituídas por objetos de consumo as discussões filosóficas sobre liberdade e o heroísmo dos atos que levaram à sua preservação em múltiplos domínios da existência humana. Mas assim é a nossa natureza, só nos preocupamos com o que não temos ou com o que está ameaçado. Se há um consolo nisso, ele está no saber que a preeminência de nossas liberdades consumistas marca a vitória de havermos conquistado as outras liberdades, mais vitais. Mas, infelizmente, deleitar-se com a alienação do consumismo está fora do horizonte de muitos. E, se o filósofo Joãosinho Trinta tem razão, não é por desdenhar os luxos, mas por não poder desfrutá-los. Cláudio de Moura Castro 24. O primeiro parágrafo do texto apresenta: (A) uma série de perguntas que são respondidas no desenrolar do texto; (B) uma estrutura que procura destacar os itens básicos do tema discutido no texto; (C) um questionamento que pretende despertar o interesse do leitor pelas respostas; (D) um conjunto de perguntas retóricas, ou seja, que não necessitam de respostas; (E) umas questões que pretendem realçar o valor histórico de alguns heróis nacionais. 25. Nos itens abaixo, o emprego da conjunção OU (em maiúsculas) só tem nítido valor alternativo em: (A) ―Quantos foram presos OU espancados pela liberdade de dizer o que pensam?‖; (B) ―A segunda liberdade moderna é o transporte próprio, BMW OU bicicleta...‖; (C) ―...de ver um programa imbecil ou um jogo, OU estar tão perto das notícias...‖; (D) ―...só nos preocupamos com o que não temos OU com o que está ameaçado.‖; (E) ―É estar próximo de reis, heróis, criminosos, superatletas OU cafajestes...‖. 26. “Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado?”; nesse segmento do texto, o articulista afirma que: (A) o Estado age obrigatoriamente contra a liberdade; (B) é impossível haver liberdade e governo ditatorial; (C) ainda não se chegou a unir os cidadãos e o governo; (D) cidadãos e governo devem trabalhar juntos pela liberdade; (E) o Estado é o responsável pela liberdade da população. 27. “O primeiro templo da liberdade burguesa é o supermercado. Em que pesem as angustiantes restrições do contracheque, são as prateleiras abundantemente supridas que satisfazem a liberdade do consumo...”; o segmento sublinhado corresponde semanticamente a: (A) as despesas do supermercado são muito pesadas no orçamento doméstico; (B) os salários não permitem que se compre tudo o que se deseja; (C) as limitações de crédito impedem que se compre o necessário; (D) a inflação prejudica o acesso da população aos bens de consumo; (E) a satisfação de comprar só é permitida após o recebimento do salário. 28. “Não houve ideal comunista que resistisse às tentações do supermercado”.; com esse segmento do texto o autor quer dizer que: (A) todo ideal comunista se opõe aos ideais capitalistas; (B) a ideologia comunista sofre pressões por parte dos consumidores; (C) os supermercados socialistas são menos variados que os do mundo capitalista; (D) o ideal comunista ainda resiste à procura desenfreada por bens de consumo; (E) as tentações do supermercado abalaram as estruturas capitalistas. 29. “É a liberdade de escolher os canais (restritos em países totalitários),...”; o segmento sublinhado significa que: (A) nos países totalitários a censura impede o acesso à programação capitalista; (B) o número de canais disponíveis é bem menor do que nos países não-totalitários; (C) a televisão, nos países totalitários, é bem de que só poucos dispõem; (D) nos países totalitários todos os canais são do sistema de TV a cabo; (E) nos países totalitários, a TV não sofre censura governamental. Texto IX Leia atentamente o texto a seguir para responder às duas primeiras questões! ―Os principais da agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo caráter truncado da modernização, do que à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões de estabelecimentos agrícolas marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de modernização, do que à sua falta de abrangência‖. (Folha de S. Paulo, Editoral, fevereiro/2001) 30. Podemos afirmar, de acordo com o texto acima, que: a) O processo de modernização deve tornar-se mais abrangente para implementar a agricultura. b) Os problemas da agricultura resultam do impacto causado pela modernização progressiva do setor. c) Os problemas da agricultura resultam da inadequação do processo de modernização do setor. d) Segmentos do setor agrícola recusam-se a adotar processos de modernização.
  • 7. e) Os problemas da agricultura decorrem da não-modernização de estabelecimentos agrícolas marginalizados. 31.No trecho “à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes”, a expressão “teriam ficado” exprime: a) Desejo de que esse fato não tenha ocorrido. b) A certeza de que a imunidade à modernização é própria de estabelecimentos agrícolas marginalizados. c) A certeza de que esse fato realmente não ocorreu. d) A hipótese de que esse fato tenha ocorrido. e) A possibilidade de a imunidade à modernização ser decorrente de certos segmentos. Texto X Num de seus poemas, Carlos Drummond de Andrade refere-se à rotina dos ―homens que voltam para casa‖, que ―levam o jornal embaixo do braço‖, depois de mais de um dia de trabalho. Sugere o poeta que esses homens cansados, depois do jantar, vão ao jornal e ―soletram o mundo, sabendo que o perdem‖. ―Soletram o mundo‖: é um belo modo que Drummond encontrou para expressar seu ponto de vista. Num jornal, a vida não é a vida, é um conjunto de letras impressas, que nos cabe apenas soletrar. Quem passa os olhos pelas noticias não vive os fatos, apenas percorre as letras, as sílabas, as palavras em que os fatos se converteram. Daí se entende porque o poeta concluiu: ―sabendo que o perdem‖. Sim, parece que a simples leitura do jornal, longe de ser uma forma de participarmos do mundo, é um modo de perdê-lo. Por quê? Porque, diante das noticias de jornal, somos meros contempladores da vida, assistindo sentados à variedade do noticiário. Estar bem informado não é, ainda,viver: O poeta Carlos Drummond de Andrade, funcionário publico, homem tímido, de hábitos metódicos e rotineiros, conhece de perto esse estado de pura observação das coisas, forma de perder o mundo, não deixa de dar um belo recado para quem julga que as informações sejam essenciais em si mesmas. De que valem elas, se não nos orientam para algum tipo de ação? Embora informadíssimos, perdemos o mundo quando apenas nos dispomos a soletrá-lo. (Celso de Oliveira, inédito) 32. É correto afirmar que o autor do texto deu a seguinte interpretação ao verso “soletram o mundo, sabendo que o perdem”, de Carlos Drummond de Andrade a) Quem se fixa nas notícias de jornal sabe que esse pode ser um modo de afastar do mundo, em vez de participar dele. b) As notícias do mundo, para serem de fato compreendidas, não podem ser lidas apressadamente. c) Os homens que lêem jornal metodicamente acreditam que esse é um modo ativo de participar do que ocorre no mundo. d) Quando desabituados à leitura, os homens soletram o mundo, não podendo por isso compreender bem as noticias de um jornal. e) Os fatos noticiados num jornal só se tornam relevantes se forem analisados em seus mínimos elementos. 33. Considere as seguintes afirmações. I- As informações dadas sobre o poeta Carlos Drummond de Andrade, no terceiro parágrafo, aproximam-nos dos ―homens que voltam para casa‖, de que fala em um de seus poemas. II- O autor do texto afirma que as informações sobre os fatos essenciais não costumam ser publicadas. III- A expressão ―meros contempladores de vida‖ caracteriza a quem apenas ―percorre as letras, as sílabas, as palavras em que os fatos se converteram‖. Está correto somente o que vem afirmando em a) I. c) I e II. e) II e III b) II d) I e III. 34. Indique a afirmação correta, considerando o sentido do conjunto do texto. a) A expressão ―hábitos metódicos‖ seria contraditória, se utilizada para caracterizar a rotina dos ―homens que voltam para casa‖ e ―vão ao jornal‖. b) A expressão ―longe de ser‖, utilizada no segundo parágrafo, poderia ser substituída por ―não deixa de ser‖, sem prejuízo para o que afirma o autor. c) As expressões ―metódico‖ e ―rotineiro‖ caracterizam uma pessoa volúvel em seus atos. d) A frase ―Estar bem informado não é, ainda, viver‖ afirma o contrário do que diz o ultimo período do texto. e) O ―belo recado‖ a que se refere o autor, no ultimo parágrafo, tem como destinatário todo aquele que acha que o essencial é estar bem informado. 35. Quanto à função sintática, e dentro do terceiro parágrafo: a) ―funcionário público‖ e ―homem tímido‖ têm classificações diferentes. b) O termo ―esse estado‖ é sujeito de ―conhece‖. c) O termo ,―informadíssimos‖ refere-se ao sujeito de ―perdemos‖. d) As formas verbais ―deixa‖ e ―julga‖ tem o mesmo sujeito. e) As formas verbais ―valem‖ e ―orientam‖ têm distintos sujeitos. 36. A frase em que o termo destacado tem a função de complemento verbal é: a) somos meros contempladores da vida. b) Soletrar notícias não é o mesmo que participar dos fatos. c) O poeta conhece de perto esse estado da pura observação das coisas. d) As informações não são essenciais em si mesmas. e) Assistimos sentados à variedade do noticiário. 37. No período “Embora informadíssimos, perdemos o mundo quando apenas nos dispomos a soletrá-lo”, a oração em
  • 8. destaque conservará o mesmo sentido e o mesmo valor sintático se substituirmos embora pela expressão: a) desde que estejamos. b) Porque estamos. c) Uma vez que estejamos. d) Mesmo estando. e) Já que estamos. Texto XI ―Desde os seus primeiros dias, o ano de 1919 trouxe uma inusitada excitação às ruas de São Paulo. Era alguma coisa além da turbulência instintiva, que o calor um tanto tardio do verão quase tropical da cidade naturalmente incitava nos seus habitantes. De tal modo esse novo estado de disposição coletiva era sensível, que os paulistanos em geral, surpresos consigo mesmos, e os seus porta-vozes informais em particular, os cronistas, se puseram a especular sobre ele‖. (Autor desconhecido) 38. Considere as seguintes afirmativas sobre o uso de artigos no texto. I- Se suprimíssemos o primeiro artigo ―os‖ do texto, isso não acarretaria qualquer erro, já que a ocorrência de artigo antes de possessivo não é obrigatória na língua portuguesa. II- Se substituíssemos o artigo ―uma‖, no primeiro período, por ―a‖, isso não acarretaria qualquer alteração de significado, porque ambos desempenham a mesma função semântica e são do mesmo gênero gramatical. III- Se suprimíssemos o artigo ―um‖, no segundo período, isso não acarretaria qualquer erro, porque no contexto pode-se usar igualmente ―um tanto‖ e ―tanto‖. Podemos afirmar que estão corretas: a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e III. e) todas estão corretas. 39.Assinale a opção que apresenta sinônimos convenientes para as palavras “inusitada”, “turbulência” e “sensível” sem alterar significativamente os respectivos sentidos. a) Estranha, ventania, perceptível; b) Exagerada, perturbação, suscetível; c) Estranha, perturbação, suscetível; d) Exagerada, ventania, perceptível. e) Estranha, perturbação, perceptível. 40. O trecho “De tal modo... sensível”, no último período pode ser reescrito de várias maneiras. Assinale aquela em que há alteração do significado original. a) Era de tal modo sensível esse novo estado de disposição coletiva. b) De tal modo era sensível esse novo estado de disposição coletiva. c) Esse novo estado de disposição coletiva era de tal modo sensível. d) Esse novo estado de disposição coletiva de tal modo era sensível. e) De tal modo sensível esse novo estado era de disposição coletiva. 41. Assinale a opção correta sobre a razão do uso das duas últimas vírgulas do texto acima. a) Marcam a separação de adjunto adverbial deslocado. b) Marcam a separação de itens de uma série. c) Marcam um vocativo. d) Marcam um aposto. e) Marcam um sujeito deslocado. Texto XII As marcas do bem Nos anos 30, Charles Chaplin empenhava toda a sua criatividade na produção de filmes como Tempos Modernos. Na obra, que se passa durante a Depressão Econômica, o genial Carlitos torna-se operário de uma grande indústria e vira líder grevista por acaso. O filme é uma crítica à industrialização desenfreada, às relações desumanas nas linhas da produção e ao descaso com os deserdados em geral, especialmente os operários. A engraçada – nem por isso pouco ácida – crítica de Carlitos já não cabe a um grupo de empresas que, nos anos mais recentes, introduziram nos seus planos estratégicos e a preocupação com a responsabilidade social. Essa nova postura pressupõe o resgate de valores, como o humanitarismo e a solidariedade, além de adoção de princípios éticos na sua relação com empregados, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. São empresas que abandonaram a posição acomodada de doar um chefe, periodicamente, a instituições em apuros. Essa postura foi substituída por outra, ―na qual o aprendizado coletivo é um dos itens mais importantes‖, na definição de Guilherme Leal, presidente do conselho consultivo do Instituto Ethos, entidade fundada recentemente para aglutinar empresários que compartilham idéias parecidas, quando o assunto é responsabilidade social. Nessa nova concepção de apoio, o dinheiro quase nunca chega sozinho às entidades sociais. Junto com ele, os empresários transferem o aprendizado que acumulam ao longo dos anos no próprio gerenciamento de seus negócios. ―Queremos fortalecer as entidades que apoiamos‖, diz Antônio Meireles, diretor-presidente de uma das empresas associadas ao Instituto Ethos. Há, pelo menos, duas conseqüências dessa postura, que está muito distante do ―paternalismo‖ e da caridade
  • 9. descompromissada. Uma delas é o surgimento de instituições bem gerenciadas e que, por isso mesmo têm mais condições de captar recursos na sociedade. Par destacá-las já existe até um prêmio, o ―Bem Eficiente‖. O apoio a projetos que nascem na própria comunidade é propriedade das empresas socialmente solidárias. Um dos exemplos é o programa Crer para Ver. Mantido pela Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança, financiou, em 1998, projetos em 1.103 escolas públicas, localizadas em 16 estados, atendendo a 154.000 crianças. Todas as idéias vieram da comunidade e foram submetidas a análise de um comitê técnico. O dinheiro para manter o programa foi captado com a venda de cartões de Natal. As experiências vividas no trabalho comunitário enriquecem também o dia-a-dia dentro das empresas. Essa troca é possível porque algumas corporações liberam empregados para ir a campo e fazer trabalho social. Os motivos que levam as empresas adotarem posturas solidárias não são necessariamente humanitários, mas é inegável que seus projetos aglutinam pessoas dispostas a doar parte de seu tempo e experiência a quem nasce com a sina de perdedor em uma cidade cada vez mais excludente. O consumidor está atento e prefere as marcas de quem faz o bem. No Brasil, ainda não existem dados sobre isso, mas, nos Estados Unidos, pesquisa mostram que mais de 60% das pessoas optam por artigos de fabricantes ―politicamente corretos‖. Os benefícios à imagem são inegáveis. O diferencial competitivo também. Do lado dos colaboradores, há mais envolvimento. (Ícaro Brasil, nº 172, dezembro / 98 – com adaptações.) 42. Com referência à tipologia textual, o texto: a) é fundamentalmente argumentativo; o redator posiciona-se favoravelmente ao comprometimento de empresas com os problemas sociais, pelo resgate de valores humanitários e solidários; b) é essencialmente a descrição do programa Crê para Ver, pois quantifica as metas alcançadas ao longo de um ano de atividades; c) compara, narrando a história do tratamento dado à questão social nas últimas seis décadas, os resultados de pesquisas acerca do assunto no Brasil e nos Estados Unidos da América; d) é principalmente dissertativo porque desenvolve o assunto das relações desumanas na sociedade industrial contemporânea, exemplificando com iniciativas no sentido da solução desse problema; e) é uma propaganda do Instituto Ethos, pois visa estimular os empresários a adquirirem seus produtos incentivando o consumo. 43. De acordo com as idéias do texto, assinale a opção correta. a) Charles Chaplin com ―filmes como Tempos Modernos‖ criticava as causas da Depressão Econômica: a industrialização desenfreada, as relações de trabalho desumanas e o descaso com os empregados. b) Atualmente, não há mais espaço para a crítica de Carlitos, pois as empresas ―introduziram nos seus planos estratégicos a preocupação com a responsabilidade social‖. c) O ―dinheiro quase nunca chega sozinho às entidades sociais‖: em geral, os próprios empresários o levam. d) O programa Crer para Ver, por ter sido criado por empresas, não constitui um exemplo de ―experiências vividas no trabalho comunitário‖. e) Embora as razões das empresas não tenham sempre caráter humanitário, a postura empresarial solidária por elas adotada leva o consumidor a optar por produtos ligados a esse tipo de ação. 44. Segundo o texto, são politicamente corretas: a) todas as experiências vividas no trabalho comunitário, iniciando com Carlitos, na década de 30; b) todas as razões que levam as empresas adotarem postura solidária; c) as ações de empresas preocupadas com a responsabilidade social que, fugindo da postura paternalista, propõem o humanitarismo e a solidariedade; d) as trocas que algumas corporações fazem com os empregados, liberando-os da carga horária contratual para a prestação de serviços de assistência social; e) somente as iniciativas que visam ao bem-estar da empresa e também dos empregados e de seus familiares. 45. No texto, não se estabelece nenhuma relação entre: a) trabalho e alienação; b) capital e educação; c) industrialização e desumanização; d) economia e ética; e) empresariado e responsabilidade social. 46. Não serão respeitadas as idéias do texto I caso se substitua: a) ―empenhava‖ por aplicava; b) ―desenfreada‖ por descomedida; c) “descompromissada‖ por descomprometida; d) ―análise‖ por apreciação; e) ―liberam‖ por concedem. 47. Assinale a opção correta quanto à regência e ao emprego do sinal indicativo da crase: a) O filme de Carlitos traça a crítica à um processo de industrialização desenfreado. b) O texto manifesta-se contrário às relações desumanas nas linhas de produção e à indiferença para com as camadas deserdadas, na sociedade em geral. c) A crítica de Carlitos não se sustenta frente a mais de uma dezena de empresa que, às vezes, introduzem para os seus planos estratégias visando a minimização dos problemas atinentes as conjunturas sociais. d) A contribuição pecuniária quase nunca chega sozinha àquelas entidades sociais favorecidas; junto com ela, as empresas transferem na aprendizagem acumulada no longo dos anos. e) O apoio à iniciativas pertinentes a própria comunidade é prioridade junto as entidades socialmente solidárias. Texto XIII
  • 10. Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrópoles. Não se trata da idade real de uns e outros, que pode até ser a mesma, mas dos tempos distintos que eles parecem habitar. Na agitação dos grandes centros, até mesmo a velhice parece ainda estar integrada na correria; os velhos guardam alguma ansiedade no olhar, nos modos, na lentidão aflita de quem se sente fora do compasso. Na calmaria das cidades pequeninas, é como se a velhice de cada um reafirmasse a que vem das montanhas e dos horizontes, velhice quase eterna, pousada no tempo. Vejam-se as roupas dos velhinhos interioranos: aquele chapéu de feltro manchado, aquelas largas calças de brim cáqui, incontavelmente lavadas, aquele puído dos punhos de camisas já sem cor – tudo combina admiravelmente com a enorme jaqueira do quintal, com a generosa figueira da praça, com as teias no campanário da igreja. E os hábitos? Pica-se o fumo de corda, lentamente, com um canivete herdado do século passado, enquanto a conversa mole se desenrola sem pressa e sem destino. Na cidade grande, há um quadro que se repete mil vezes ao dia, e que talvez já diga tudo: o velhinho, no cruzamento perigoso, decide-se, enfim, a atravessar a avenida, e o faz com aflição, um braço estendido em sinal de pare aos motoristas apressados, enquanto amiúda o que pode o próprio passo. Parece suplicar ao tempo que diminua seu ritmo, que lhe dê a oportunidade de contemplar mais demoradamente os ponteiros invisíveis dos dias passados, e de sondar com calma, nas nuvens mais altas, o sentido de sua própria história. Há, pois, velhices e velhices - até que chegue o dia em que ninguém mais tenha tempo para de fato envelhecer. Celso de Oliveira. 48. A frase "Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrópoles" constitui uma: a) impressão que o autor sustenta ao longo do texto, por meio de comparações. b) impressão passageira, que o autor relativiza ao longo do texto. c) falsa hipótese, que a argumentação do autor demolirá. d) previsão feita pelo autor, a partir de observações feitas nas grandes e nas pequenas cidades. e) opinião do autor, para quem a velhice é mais opressiva nas cidadezinhas que nas metrópoles. 49. Indique a afirmação INCORRETA em relação ao texto: a) roupas, canivetes, árvores e campanário são aqui utilizados como marcas da velhice. b) autor julga que, nas cidadezinhas interioranas, a vida é bem mais longa que nos grandes centros. c) Hábitos como o de picar fumo de corda denotam relações com o tempo que já não existem nas metrópoles. d) que um velhinho da cidade grande parece suplicar é que lhe seja concedido um ritmo de vida compatível com sua idade. e) autor sugere que, nas cidadezinhas interioranas, a velhice parece harmonizar-se com a própria natureza. 50. O sentido do último parágrafo do texto deve ser assim entendido: a) Do jeito que as coisas estão, os velhos parecem não ter qualquer importância. b) Tudo leva a crer que os velhos serão cada vez mais escassos, dado o atropelo da vida moderna. c) prestígio do que é novo é tão grande que já ninguém repara na existência dos velhos. d) A velhice nas cidadezinhas do interior é tão harmoniosa que um dia ninguém mais sentirá o próprio envelhecimento. e) No ritmo em que as coisas vão, a própria velhice talvez não venha a ter tempo para tomar consciência de si mesma. 51. Indique a alternativa em que se traduz corretamente o sentido de uma expressão do texto, considerado o contexto. a) "parecem muito mais plenamente velhos" = dão a impressão de se ressentirem mais dos males da velhice. b) "guardam alguma ansiedade no olhar" = seus olhos revelam poucas expectativas. c) "fora do compasso" = num distinto andamento. d) "a conversa mole se desenrola" = a explanação é detalhada. e) "amiúda o que pode o próprio passo" = deve desacelerar suas passadas. Texto XIV O anônimo Tão logo o carteiro entregou a correspondência, Eduardo foi em busca daquilo que a experiência já lhe ensinara. Certamente estaria ali: a carta anônima. De fato, não tardou a encontrar o envelope, àquela altura familiar: o seu nome e endereço escritos em neutra letra de imprensa, e nenhuma indicação de remetente (alguns missivistas anônimos usam pseudônimo. Aquele não fazia concessões: nada fornecia que pudesse alimentar especulações com respeito à identidade). Com dedos um pouco trêmulos – a previsibilidade nem sempre é o antídoto da emoção – Eduardo abriu o envelope. Continha, como sempre, uma única folha de papel ofício manuscrita em letra de imprensa. Como de hábito, começava afirmando: ―Descobri teu segredo‖. Nova linha, parágrafo, e aí vinha a acusação. No presente caso: desonestidade. ―Todos acham que você é um homem sério,correto‖, dizia a carta, ―mas nós dois sabemos que você não passa de um refinado patife. Você está roubando seu sócio, Eduardo. Há muito tempo. Você vem desviando dinheiro da firma para a sua própria conta bancária. Você disfarça o rombo com supostos prejuízos nos negócios. Seu sócio, que é um homem bom, acredita em você. Mas a mim, você não engana, Eduardo. Eu sei de tudo que você está fazendo. Conheço suas trapaças tão bem como você‖. Eduardo não pôde deixar de sorrir. Boa tentativa aquela, do missivista anônimo. Desonestidade na firma, isto não é tão incomum. Com um sócio tão crédulo como era o Ênio, Eduardo de fato não teria qualquer dificuldade em subtrair dinheiro da empresa. Só que ele não estava fazendo isso. Em termos de negócios, era escrupulosamente honesto. Mais que isto, muitas vezes repassara dinheiro para a conta de Ênio – um trapalhão em matéria de finanças – sem que este soubesse. Honesto – e generoso. Contudo, como certos caçadores tão pertinazes quanto incompetentes, o autor da carta anônima atirara no que vira e acertara no que não vira. Eduardo enganava Ênio, sim. Mas não na firma. Há meses – em realidade, desde que aquela história das cartas anônimas começara – tinha um caso com a mulher do sócio, Vera: grande mulher. Claro, não poderia garantir que não sentia um certo prazer em passar para trás o amigo que sempre fora mais brilhante e mais bem sucedido do que ele, mas, de qualquer
  • 11. forma, isto nada tinha a ver com a empresa. Desonestidade nos negócios? Não. Tente outra, missivista. Quem sabe na próxima você acerta. Tente. Tente já. Sentou à mesa, tomou uma folha de papel ofício e escreveu, numa bela, mas inconspícua letra de imprensa: ―Descobri teu segredo‖. Moacyr Scliar. Para a leitura compreensiva se efetivar, um dos passos essenciais é o entendimento do vocabulário utilizado. Julgue os itens a seguir como Verdadeiro ou Falso, considerando o sentido das palavras do texto. 52. O vocábulo ―concessões‖ (primeiro parágrafo) está utilizado denotativamente, com o sentido de privilégios; da mesma forma, ―especulações‖ (primeiro parágrafo) traz o sentido de negociações. 53. Contextualmente, ―antídoto‖ (segundo parágrafo) significa droga, veneno. 54. As palavras ―desonestidade‖ (terceiro parágrafo) e ―pertinazes‖ (quinto parágrafo) estão empregadas como antônimos de probidade e de volúveis, respectivamente. 55. O termo ―crédulo‖ (quarto parágrafo) apresenta conotações de religiosidade, significando crente, devoto. 56. A palavra ―inconspícua‖ (último parágrafo) tem o significado de ilegível, indecifrável. 57. Infere-se do texto que o remetente era o próprio destinatário das cartas. 58. O título ―O Anônimo‖ é, frente ao conteúdo do texto, um emprego irônico dessa palavra. 59. O narrador faz suposições acerca da identidade do remetente, ao registrar, como texto da carta, a seguinte idéia: ―nós dois sabemos que você não passa de um refinado patife‖ (terceiro parágrafo). 60. Infere-se do texto que são comuns casos de desonestidade profissional, mas tal acusação não pode ser aplicada a Eduardo. 61. No sexto parágrafo, depreende-se do texto que Eduardo sentia um complexo de inferioridade profissional frente a Ênio. 62. A história acerca das cartas anônimas, conforme contada pelo autor, apresentando-se na forma de uma narrativa curta, densa, pode exemplificar o que é conhecido por crônica. 63. O trecho entre aspas situado no terceiro parágrafo possui várias marcas de oralidade: registros típicos da língua falada, transpostos para a língua escrita. 64. O texto apresenta algumas expressões típicas da linguagem vulgar, como, entre outras, ―patife‖, ―trapaças‖, ―trapalhão‖. 65. Os trechos registrados entre aspas no texto estão dispostos na forma de discurso indireto. 66. As passagens descritivas são predominantes nos quatro últimos parágrafos. 67. Em ―Eduardo foi em busca daquilo‖ (primeiro parágrafo), o termo destacado refere-se ao que ―a experiência já lhe ensinara‖ (primeiro parágrafo). 68. Embora o texto seja narrativo como um todo, predomina a descrição. 69. O uso de frases curtas ao lado das frases de maior extensão, principalmente no sexto parágrafo, é um recurso estilístico ligado ao ritmo da prosa, utilizado para dar densidade ao texto, prendendo o interesse do leitor. 70. Ao destacar a figura feminina com ―Vera: grande mulher‖ (sexto parágrafo), o narrador dá duas informações, simultaneamente: que ela era valorosa e também robusta. 71. Com a passagem ―Desonestidade nos negócios? Não‖ (sexto parágrafo), o autor usa de um recurso estilístico denominado apóstrofe. Texto XV Em qualquer acampamento ou ocupação de sem-terra que se visite, uma constatação é inevitável: grande parte dessas pessoas que vivem embaixo de lonas pretas nas estradas e fazendas saiu das franjas sujas e maltrapilhas das grandes cidades. Expulsos do campo por um processo cruel de concentração de terras, milhões de trabalhadores rurais buscaram redenção sob o gás néon (o termo, de origem grega, significa novo) das metrópoles. Queimaram asas feito mariposas. Caíram numa espécie de vácuo social – a favela intransponível. Sem emprego, sem saúde, sem teto, sem instrução, esse povo desgraçado pelo descaso das autoridades descobriu no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) o que alguns buscam em entidades e organizações como as novas seitas e igrejas: esperança. Mais pragmaticamente, trabalho, comida, teto e, se sobrar, educação e saúde. Correio Braziliense (com adaptações). Em relação ao emprego dos elementos no texto, julgue os itens a seguir. 72. A palavra ―franjas‖, no primeiro parágrafo, está empregada em sentido figurado e significa periferia, ou seja, a região mais afastada do centro urbano, em geral carente em infra-estrutura e serviços urbanos, e que abriga os setores de baixa renda da população. 73. A palavra ―redenção‖, no segundo parágrafo, significa salvação eterna, perdão, fé. 74. As palavras ―vácuo‖ e ―saúde‖, que aparecem no texto, são acentuadas com base na mesma regra ortográfica. 75. A expressão ―Queimaram asas feito mariposas‖, no segundo parágrafo, constitui uma metáfora do insucesso, do fracasso, da melancolia, da nostalgia, da saudade. 76. O vocábulo ―teto‖ está empregado metonimicamente, significando casa, moradia, habitação. 77. A repetição intencional da preposição sem, no início do terceiro parágrafo, constitui um recurso estilístico de ênfase. 78. A expressão ―Mais pragmaticamente‖, no terceiro parágrafo, significa mais objetivamente, mais concretamente, de forma mais direcionada para a ação prática. Texto XVI É comum e procedente o comentário de que a justiça e o povo estão separados por um grande abismo, o que torna praticamente impossível ao cidadão leigo, mesmo aquele com grau de instrução superior à média do País, compreender os assuntos inerentes ao Judiciário. Uma das razões que contribuem para esse triste distanciamento – que se confunde com seus próprios efeitos e, por isso, engendra um círculo vicioso reside na falta de cultura jurídica do povo brasileiro. Falta de cultura jurídica não no sentido de que as pessoas leigas não têm o desejável tirocínio para entender os meandros, o tecnicismo e os termos próprios do Direito, o que
  • 12. realmente não têm. Refiro-me ao fato de que o brasileiro não tem o costume de interessar-se por assuntos relativos à função judiciária do Estado. Rogério Schietti Machado Cruz. Direito e Justiça, in Correio Braziliense. Com relação às idéias do texto, julgue os itens abaixo. 79. Mesmo os cidadãos com formação específica em Direito têm dificuldade de compreender os assuntos relativos ao judiciário. 80. A falta de cultura jurídica do povo brasileiro é razão, e também efeito, do distanciamento entre a justiça e o cidadão. 81. Os leigos não têm experiência prática suficiente para entender os procedimentos, o tecnicismo e os termos próprios dos trâmites judiciários. 82. É lamentável que o brasileiro não desenvolva o costume de se interessar pelos assuntos referentes à função judiciária do Estado. 83. O judiciário cria, voluntariamente, um círculo vicioso entre as pessoas leigas e os meandros do tecnicismo. 84. ―procedentes‖ (primeiro parágrafo) significa freqüente, antigo. 85. ―leigo‖ (primeiro parágrafo) significa alheio a um assunto, desconhecedor. 86. ―inerentes (primeiro parágrafo) significa prioritários, especializados. 87. ―engendra‖ (segundo parágrafo) significa gera, produz. 88. ―tirocínio‖ (segundo parágrafo) significa vaticínio, tiromancia. Texto XVII Os estados e a União não têm recursos para coisa nenhuma. Hoje em dia, com essa preocupação neoliberal de Estado mínimo, de redução das atividades públicas, de sucateamento da máquina pública, eu faço uma pergunta: se todas as atividades ficassem com a iniciativa privada e o Estado fosse reduzido a uma única atividade, qual seria essa atividade? A justiça, administrar a Justiça. E isso pressupõe segurança. Se o Estado abdicar de uma dessas funções, ele simplesmente deixa de ser Estado. A palavra Estado existe desde Maquiavel e significa uma nação com um governo institucionalizado e dotada de estabilidade. Estado e estabilidade têm a mesma raiz. Um Estado que deixa de ter estabilidade deixa ser Estado. E um Estado que deixa de ter segurança pública deixa de ter estabilidade. Flávio Bierenbach. Folha de São Paulo. Quanto às idéias do texto, julgue os itens. 89. Os recursos dos estados são inversamente proporcionais aos recursos da União. 90. Pode-se inferir que a ―redução das atividades públicas‖ é decorrência de uma preocupação neoliberal de Estado mínimo. 91. Quanto mais antigo o Estado, mais atividades são deixadas à iniciativa privada. 92. Nação com governo institucionalizado + estabilidade = Estado. 93. Se há estabilidade, há segurança pública; se há Estado, há segurança pública e estabilidade. 94. No primeiro período, o uso do acento gráfico na forma verbal ―têm‖ indica que, no texto, o verbo está concordando com o sujeito simples ―União‖. 95. Respeita-se a idéia de negação e a correção gramatical ao se substituir ―nenhuma‖ por ―alguma‖ no primeiro período. 96. Para respeitar as regras de pontuação, se, no lugar da expressão ―uma pergunta‖, for usada a expressão ―a seguinte pergunta‖, então uma vírgula deve ser usada no lugar dos dois-pontos. 97. Pelo sentido textual, a forma verbal subentendida no início da oração ―A justiça, administrar a justiça‖ é ―seria‖. 98. O pronome ―isso‖ em ―E isso pressupõe segurança‖ tem a função textual de retomar e resumir as idéias expressas pela pergunta anterior. Texto XVIII Ética e moral Que é ética? Que é moral? São a mesma coisa ou há distinções a serem feitas? Há muita confusão acerca disso. Tentemos um esclarecimento. Na linguagem comum e mesmo culta, ética e moral são sinônimos. Assim, dizemos ―aqui há um problema ético‖ ou ―um problema moral‖. Com isso emitimos um juízo de valor sobre alguma prática pessoal ou social, se boa, se má, se duvidosa. Mas, aprofundando a questão, percebemos que ética e moral não são sinônimos. A ―ética‖ é parte da filosofia. Considera concepções de fundo, princípios e valores que orientam pessoas e sociedades. Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções. Dizemos, então, que tem caráter e boa índole. A ―moral‖ é parte da vida concreta. Trata da pratica real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores aceitos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com valores e costumes que podem ser eventualmente, questionados pela ética. Uma pessoa pode ser moral (segue costumes) mas não necessariamente ética (obedece a princípios). Embora úteis, essas definições são abstratas, porque não mostram o processo como a ética e a moral, efetivamente, surgem. Leonardo Boff. In: O.popular, 4/7/2003, p.8 (com adaptações). A respeito das idéias e da estrutura do texto, julgue os itens a seguir. 99. Ao compreender o título e constatar, no inicio da exposição, uma série de interrogações, de cunho filosófico, o leitor depreende que está perante uma estrutura textual expositiva, ou argumentativa. 100. A substituição de ―acerca disso‖ (primeiro parágrafo) pela expressão sobre disso não altera o sentido nem a sintaxe do texto. 101. A partir do segundo parágrafo, o autor passa a responder às questões apresentadas no parágrafo inicial. 102. Segundo o texto, as duas palavras que compõem o titulo são sinônimos perfeitos, tanto na língua culta quanto na coloquial. 103. Ao empregar a forma verbal ―dizemos‖ (segundo parágrafo), o autor está se referindo à população em geral, indiscriminadamente, e não apenas às pessoas cultas.
  • 13. 104. Infere-se do texto que o leitor deve desconfiar de quem se utiliza da linguagem comum para expressar um juízo de valor, tanto bom, quanto mau. 105. Ao iniciar o terceiro parágrafo com a conjunção ―Mas‖, o autor passa a explorar o assunto sob outro enfoque, oposto ao que estava sendo apresentado antes. 106. Todas as pessoas que tem ―caráter e boa índole‖ (terceiro parágrafo) norteiam suas condutas por princípios sólidos e convicções inabaláveis. 107. A distinção sutil entre ética e moral interessa apenas àqueles que têm por função social orientar a ―prática real das pessoas‖ (terceiro parágrafo). 108. No último parágrafo, pelo emprego do pronome demonstrativo ―essas‖, depreende-se que o substantivo ―definições‖ refere-se às palavras que, ao longo do texto, são postadas em confronto: ética e moral. Texto XIX Para entender as distinções entre ética e moral, os gregos partiam da experiência, sempre válida, do sentido de ―morada‖: a morada entendida, essencialmente, como o conjunto de relações entre o meio físico e as pessoas. Chamam a morada de ethos (em grego, com o e longo). Para que a morada seja morada, precisa-se organizar espaço físico – quartos, sala, cozinha – e o espaço humano – relações dos moradores entre si e com seus vizinhos – segundo critérios, valores e princípios para que tudo flua e esteja a contento. Isso confere caráter à casa e às pessoas. Ao que os gregos chamam de ethos, nós diríamos ética e caráter ético das pessoas. Na morada, os moradores têm costumes, maneiras de organizar as refeições, os encontros, estilos de relacionamento, tensos e competitivos ou harmoniosos e cooperativos. A isso os gregos chamavam também de ethos (com o e curto); nós diríamos moral e postura moral e de uma pessoa. Ocorre que esses costumes (moral) formam o caráter (ética) das pessoas. Winnicot, prolongando os trabalhos de Freud, estudou a importância das relações familiares para estabelecer o caráter das pessoas. Elas serão éticas (terão princípios e valores) se tiverem tido uma boa moral (relações harmoniosas e inclusivas) em casa. Os medievais não tinham as sutilezas dos gregos. Usavam a palavra ―moral‖ tanto para os costumes quanto para o caráter. Distinguiam a moral teórica que estuda os princípios e as atitudes que iluminam as práticas, e a moral pratica que analisa os atos à luz das atitudes e estuda a aplicação dos princípios à vida. Idem, ibidem (com adaptações) Considerando a construção morfossintática, semântica e discursiva do texto, julgue os itens a seguir. 109. O trecho ―Para entender as distinções entre ética e moral‖ (primeiro parágrafo) equivale, semanticamente, a Para se entenderem as distinções entre ética e moral. 110. Está sintaticamente correta e reescritura de ―Isso confere caráter à casa e às pessoas‖ (primeiro parágrafo) como Isso confere caráter para a casa e para os seus ocupantes. 111. A substituição da parte sublinhada em ―têm costumes‖ (segundo parágrafo) pelo pronome oblíquo correspondente está correta em tê-los. 112. As observações ―com o e longo‖ e ―com o e curto‖ revelam que, em grego, as alterações de pronúncia produziam mudanças de sentido nas palavras. 113. As palavras ―caráter‖ e ―éticas‖ recebem acento agudo porque são proparoxítonas. 114. Depreende-se do texto que Freud foi contemporâneo a Winnicot nos estudos sobre a importância da família e seu sucessor na configuração do caráter das pessoas. 115. Depreende-se das relações sintáticas e semânticas do período ―Elas serão (...) em casa‖ (terceiro parágrafo) que as pessoas com princípios e valores só serão éticas caso tenham vivido relações harmoniosas e inclusivas,e m família. 116. Ao registrar que ―Os medievais não tinham as sutilezas dos gregos‖ (último parágrafo), o texto informa que os povos românicos, no período medieval, não eram sutis. 117. A pontuação da seguinte reescritura do ultimo período do texto está correta, pois não altera o sentido original: Os medievais faziam distinção entre a moral teórica (que estuda os princípios e as atitudes que iluminam as práticas) e a moral prática que analisa os atos à luz das atitudes e estuda a aplicação dos princípios à vida. Texto XX Quais a ética e a moral vigentes hoje? A capitalista. Sua ética diz: bom é o que permite acumular mais com menos investimento e em menos tempo possível, pagar menos salários e impostos e explorar mais natureza. Imaginemos como seria uma casa e uma sociedade que tivessem tais costumes (moral) e produzissem caracteres (éticos) assim conflitivos. Seriam ainda humanas e benfazejas à vida? Eis a razão da grave crise atual. Idem, ibidem(com adaptações). Considerando os três anteriores, julgue as idéias e a correção gramatical dos itens que se seguem. 118. A autoria, a fonte e o tema dos textos XVIIII e XIXI são os mesmos do texto XX; isso, no entanto, não é suficiente para assegurar que são fragmentos de um mesmo todo textual. 119. O texto XX, perante os dois textos anteriores, circunscreve espacialmente o tema tratado: o contexto brasileiro, desde a Revolução Industrial. 120. No início do texto XX, ―Sua‖ refere-se, respectivamente, à ética capitalista e à moral capitalista hodiernas. 121. No texto XX, após as formas verbais ―diz‖ e ―reza‖ os dois-pontos estão empregados porque houve a supressão do pronome relativo que. 122. No texto XXI, o emprego do adjetivo ―confilitivos e a pergunta retórica ―seriam ainda humanas e benfazejas à vida?‖, que enseja a resposta Não, evidenciam a postura antiética e amoral que perpassa o texto. 123. Segundo o autor, tanto a ética quanto a moral capitalistas são causas negativas do contexto da modernidade: a ―grave crise atual‖. Coerência e coesão
  • 14. 1- Assinale a opção que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo. O fenômeno da globalização econômica ocasionou uma série ampla e complexa de mudanças sociais no nível interno e externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador do Estado. _________________ a estonteante rapidez e abrangência_________ tais mudanças ocorrem, é preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a mudança existiu como algo inerente ao sistema social. (Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82) a) Não obstante – com que b) Portanto – de que c) De maneira que – a que d) Porquanto – ao que e) Quando – de que 2- Marque a seqüência que completa corretamente as lacunas para que o trecho a seguir seja coerente. A visão sistêmica exclui o diálogo, de resto necessário numa sociedade ________ forma de codificação das relações sociais encontrou no dinheiro uma linguagem universal. A validade dessa linguagem não precisa ser questionada, ________ o sistema funciona na base de imperativos automáticos que jamais foram objeto de discussão dos interessados. (Barbara Freytag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, pág. 61, com adaptações) a) em que – posto que b) onde – em que c) cuja – já que d) na qual – todavia e) já que – porque 3. Leia o texto a seguir e assinale a opção que dá seqüência com coerência e coesão. Em nossos dias, a ética ressurge e se revigora em muitas áreas da sociedade industrial e pós-industrial. Ela procura novos caminhos para os cidadãos e as organizações, encarando construtivamente as inúmeras modificações que são verificadas no quadro referencial de valores. A dignidade do indivíduo passa a aferir-se pela relação deste com seus semelhantes, muito em especial com as organizações de que participa e com a própria sociedade em que está inserido. (José de Ávila Aguiar Coimbra – Fronteiras da Ética, São Paulo, Editora SENAC, 2002). a) A sociedade moderna, no entanto, proclamou sua independência em relação a esse pensamento religioso predominante. b) Mesmo hoje, nem sempre são muito claros os limites entre essa moral e a ética, pois vários pensadores partem de conceitos diferentes. c) Não é de estranhar, pois, que tanto a administração pública quanto a iniciativa privada estejam ocupando-se de problemas éticos e suas respectivas soluções. d) A ciência também produz a ignorância na medida em que as especializações caminham para fora dos grandes contextos reais, das realidades e suas respectivas soluções. e) Paradoxalmente, cada avanço dos conhecimentos científicos, unidirecionais produz mais desorientação e perplexidade na esfera das ações a implementar, para as quais se pressupõe acerto e segurança. 4- Assinale a opção que não constitui uma articulação coesa e coerente para as duas partes do texto. O capital humano é a grande âncora do desenvolvimento na Sociedade de Serviços, alimentada pelo conhecimento, pela informação e pela comunicação, que se configuram como peças-chave na economia e na sociedade do século XXI. _____________,no mundo pós-moderno, um país ou uma comunidade equivale à sua densidade e potencial educacional, cultural e científico-tecnológico, capazes de gerar serviços, informações, conhecimentos e bens tangíveis e intangíveis, que criem as condições necessárias para inovar, criar, inventar. (Aspásia Camargo, ―Um novo paradigma de desenvolvimento‖) a) Diante dessas considerações, b) É necessário considerar a idéia oposta de que, c) Partindo-se dessas premissas, d) Tendo como pressupostos essas afirmações, e) Aceitando-se essa premissa, é preciso considerar que, 5- Assinale a opção que não representa uma continuação coesa e coerente para o trecho abaixo. É preciso garantir que as crianças não apenas fiquem na escola, mas aprendam, e o principal caminho para isso, além de investimentos em equipamentos, é o professor. É preciso fazer com que o professor seja um profissional bem remunerado, bem preparado e dedicado, ou seja, investir na cabeça, no coração e no bolso do professor. a) Qualquer esforço dessa natureza já tem sido feito há muitos anos e comprovou que os resultados são irrelevantes, pois não há uma importação de tecnologia educacional. b) Tal investimento não custaria mais, em 15 anos, do que o equivalente a duas Itaipus. c) Esse esforço financeiro custaria muito menos do que o que será preciso gastar daqui a 20 ou 30 anos para corrigir os desastres decorrentes da falta de educação. d) Isso custaria muitas vezes menos que o que foi gasto para criar a infra-estrutura econômica. e) Um empreendimento dessa natureza exige como uma condição preliminar: uma grande coalizão nacional, entre partidos, lideranças, Estados, Municípios e União, todos voltados para o objetivo de chegarmos a 2022, o segundo centenário da Independência, sem a vergonha do analfabetismo. (Adaptado de Cristovam Buarque, O Estado de S.Paulo, 09/7/2003) 6- Os trechos abaixo compõem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os para que componham um texto coeso e
  • 15. coerente e indique a opção correta. ( ) O primeiro desses presidentes foi Getúlio Vargas, que soube promover, com êxito, o modelo de substituição de importações e abriu o caminho da industrialização brasileira, colocando, em definitivo, um ponto final na vocação exclusivamente agrária herdada dos idos da colônia. ( ) O ciclo econômico subseqüente que nos surpreendeu, sem dúvida, foi a modernização conservadora levada à prática pelos militares, de forte coloração nacionalista e alicerçado nas grandes empresas estatais. ( ) Hoje, depois de todo esse percurso, o Brasil é uma economia que mantém a enorme vitalidade do passado, porém, há mais de duas décadas, procura, sem encontrar, o fio para sair do labirinto da estagnação e retomar novamente o caminho do desenvolvimento e da correção dos desequilíbrios sociais, que se agravam a cada dia. ( ) Com JK, o país afirmou a sua confiança na capacidade de realizar e pôde negociar em igualdade com os grandes investidores internacionais, mostrando, na prática, que oferecia rentabilidade e segurança ao capital. ( ) Em mais de um século, dois presidentes e um ciclo recente da economia atraíram as atenções pelo êxito nos programas de desenvolvimento. ( ) Juscelino Kubitschek veio logo depois com seu programa de 50 anos em 5, tornando a indústria automobilística uma realidade, construindo moderna infra-estrutura e promovendo a arrancada de setores estratégicos, como a siderurgia, o petróleo e a energia elétrica. (Emerson Kapaz, ―Dedos cruzados‖ in: Revista Política Democrática nº 6, p. 39) a) 1º - 2º - 4º - 5º - 6º - 3º b) 2º - 3º - 5º - 1º - 4º - 6º c) 2º - 5º - 6º - 4º - 1º - 3º d) 5º - 2º - 4º - 6º - 3º - 1º e) 3º - 5º - 2º - 1º - 4º - 6º 7. Se cada período sintático do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as relações semânticas que se estabelecem no trecho correspondem às idéias expressas pelos seguintes conectivos: a) X e Y mas W e Z. b) X porque Y porém W logo Z. c) X mas Y e W porque Z. d) Não só X mas também Y porque W e Z. e) Tanto X como Y e W embora Z. 8. Indique a opção que completa com coerência e coesão o trecho a seguir. Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico lhe podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional. Pois, se a evolução orgânica do sistema de um país depende de suas condições econômicas, a) subordina-se o problema pedagógico à questão maior da filosofia da educação e dos fins a que devem se propor as escolas em todos os níveis de ensino. b) é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção sem o preparo intensivo das forças culturais. c) são elas as reais condutoras do processo histórico de arregimentação das forças de renovação nacional. d) o entrelaçamento das reformas econômicas e educacionais constitui fator de somenos relevância para o soerguimento da cultura nacional. e) às quais se associam os projetos de reorganização do sistema educacional com vistas à renovação cultural da sociedade brasileira. Atenção: as próximas questões são de Verdadeiro ou Falso. Como se tornar o número 1 Chegar ao posto mais alto de uma empresa não é tarefa para acomodados. Exige talento, dedicação, persistência e principalmente uma boa dose de sacrifício. Segundo consultores de recursos humanos, é justamente esse empenho e espírito de liderança que as empresas valorizam nos ocupantes de cargos mais altos. ―A pessoa deve ter iniciativa, capacidade de tomar decisões, fazer as coisas acontecerem‖, diz o diretor da Top Human Resources, de São Paulo. A qualificação profissional também é um dos principais aspectos para se alcançar o posto mais alto. ―Qualquer executivo tem de investir sempre em sua educação‖, enfatiza outro diretor de recursos humanos. ―Senão você será um computador sem software‖, completa. Traçar metas profissionais é outro aspecto fundamental para quem quer chegar ao topo. Nesse caso, a ambição acaba sendo uma boa aliada. A intuição também é uma boa arma na hora de dar um palpite em uma reunião. E, quem sabe, pode valer aquela promoção esperada... Conhecer passo a passo cada etapa do processo de produção da empresa e do setor é um dos principais fatores que levaram M.C.P. a uma carreira bem-sucedida. Ele aponta ainda a importância de valorizar os colegas. ―Ninguém consegue as coisas sozinho. É fundamental reconhecer a participação do grupo e sempre motivá-lo‖. A primeira regra da cartilha daqueles que anseiam alcançar um alto cargo em uma corporação, de acordo com esses consultores, é não permanecer estagnado em uma função ou empresa por um longo período. Daniela Paiva. Emprego e formação profissional. In Correio Braziliense, 23/6/2002. Considerando o desenvolvimento das idéias do texto acima, julgue a pertinência das inserções sugeridas em cada parágrafo indicado nos itens abaixo, de modo a preservar os argumentos utilizados, as relações de coesão e coerência e a correção gramatical do texto.
  • 16. 9. Ao final do segundo parágrafo: Ciente disso, o economista R. B. nunca passou mais de um ano sem participar de algum tipo de especialização e considera que a aprendizagem é que vai permitir que alguém permaneça na função e obtenha resultados melhores. 10. Ao final do terceiro parágrafo: “Pois, se não sabe o que quer, dificilmente o profissional vai alcançar uma função significativa”, alerta um consultor paulista. 11. Ao final do quarto parágrafo: “Correr riscos com bom senso e ter uma boa percepção são necessários para se tornar um líder”, acrescenta um diretor da Executive Search. 12. Ao final do quinto parágrafo: Ele planejou, detalhe por detalhe, sua carreira de executivo na empresa X, qualificando-se por meio de cursos especializados e dedicando tempo, além do horário de expediente, ao aprimoramento de línguas e pesquisas sobre o mercado. 13. Ao final do sexto parágrafo: O executivo da CBI, J. S., concorda com M. C. P. e acrescenta: “Você tem de reconhecer a importância de cada um e as dificuldades de sua equipe”. Julgue os itens subseqüentes com relação aos recursos de coesão textual e à adequação das palavras e da pontuação utilizadas no texto acima. 14. O adjetivo ―acomodados‖, no primeiro período, está empregado, textualmente, em oposição ao conjunto de substantivos expressos em ―talento, dedicação, persistência e principalmente uma boa dose de sacrifício‖, no período seguinte, que, por sua vez, podem ser interpretados como resumidos em ―esse empenho‖, no terceiro período. 15. Para que o texto fosse adequado ao tema e aos leitores em potencial, o estilo muito informal de linguagem e, especialmente, o título deveria sofrer ajustes retóricos de modo a se tornarem mais coerentes com o gênero argumentativo utilizado. 16. O emprego de outro (terceiro parágrafo), também (quarto parágrafo) e ainda (sexto parágrafo) mostra que diferentes classes gramaticais podem desempenhar a função de manter coesão textual entre os parágrafos e no texto como um todo. 17. Ao usar, tão freqüentemente, o recurso do discurso alheio, o autor do texto toma o cuidado de marcar por aspas aquelas afirmações acerca das quais não tem muita certeza ou que são empregadas com ironia. 18. De acordo com o desenvolvimento da argumentação, a troca de lugar entre o último período sintático do texto e o primeiro preservaria a coerência e a coesão textuais. Leia o texto a seguir para responder às questões. Os fragmentos abaixo, adaptados de VEJA, 13/2/2002, constituem um texto, mas estão ordenados aleatoriamente. I. Para chefes, o caso é ainda mais complexo.Os que acham que seus subordinados nunca entendem o que eles falam precisam ficar atentos à própria conduta. Talvez o problema seja tanto de habilidade quanto de falta de comunicação. II. E você? Está pronto para coordenar uma equipe ou para relatar a um grupo as propostas de seu departamento? Se a resposta é não, cuide-se. Corra atrás de cursos de liderança, compre livros que lhe ensinem a expressar suas idéias claramente. III. O caixa da agência bancária é o mais indicado para liderar a equipe que vai propor alteração no desenho da área de atendimento ao público, onde ficam as filas. O faxineiro deve tomar a frente do pessoal que decidirá o local mais adequado para estocar material de limpeza. IV. Competência técnica é só um ingrediente necessário à liderança. Um bom coordenador tem de conseguir explicar como a tarefa sob seu controle vai contribuir para os resultados da companhia, ou da instituição. Considerando que a organização de um texto implica a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, julgue os itens a seguir quanto à possibilidade de constituírem seqüências lógicas e coerentes para os fragmentos acima. 19. I, II, IV, III. 20. I, III, II, IV. 21. II, III, IV, I. 22. III, I, II, IV. 23. IV,III, I, II. Ortografia-semântica 1. Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se esclarecerem os ....... a) escusas - a fim - mal-entendidos b) excusas - afim - mal-entendidos c) excusas - a fim - malentendidos d) excusas - afim - malentendidos e) escusas - afim - mal-entendidos 2. Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao título de eleitor. a) extrangeiro - naturalizar d) estrangeiro - naturalizar b) estrangeiro - naturalisar e) estranjeiro - naturalisar c) extranjeiro – naturalizar 3. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) quiseram, essência, impecílio b) pretencioso, aspectos, sossego c) assessores, exceção, incansável d) excessivo, expontâneo, obseção e) obsecado, reinvidicação, repercussão 4. O orador “ratificou” o que afirmara. O termo destacado pode ser substituído sem prejuízo de sentido por:
  • 17. a) negou d) confirmou b) corrigiu e) enfatizou c) frisou 5. "A ............... de uma guerra nuclear provoca uma grande .............. na humanidade e a deixa ............... quanto ao futuro." a) espectativa - tensão - exitante b) espectativa - tenção - hesitante c) expectativa - tensão - hesitante d) expectativa - tenção - hezitante e) espectativa - tenção – exitante 6. Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem alterar o significado delas: "Em primeiro lugar, observemos o avô. Igualmente, lancemos um olhar para a avó. Também o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos. Conseqüentemente a filha também será morena e alta." a) primeiramente, ademais, além disso, em suma b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito 7. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos erros do passado. a) eminente, deflagração, incidiram b) iminente, deflagração, reincidiram c) eminente, conflagração, reincidiram d) preste, conflaglação, incidiram e) prestes, flagração, recindiram 8. Indique a alternativa correta: a) O ladrão foi apanhado em flagrante. b) Ponto é a intercessão de duas linhas. c) As despesas de mudança serão vultuosas. d) Assistimos a um violenta coalizão de caminhões. e) O artigo incerto na Revista das Ciências foi lido por todos nós. 9. "A solidão é um retiro de ......., mas ninguém vive sempre em trégua, ....... só, ....... o preguiçoso, eternamente em repouso." a) descanço, tampouco, exceto b) descanso, tãopouco, exceto c) descanço, tão pouco, esceto d) descanso, tampouco, exceto e) descanso, tão pouco, esceto 10. "Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do mestre diante da .......... demonstrada pelo político." a) seção - fragrante - incipiência b) sessão - flagrante - insipiência c) sessão - fragrante - incipiência d) cessão - flagrante - incipiência e) seção - flagrante – insipiência 11. Em "Repare bem o braço que ninguém sabe de onde circunda o busto da moça e a quer levar para um lugar esconso." A palavra sublinhada só não pode conotar a idéia de: a) um lugar de volúpia b) um lugar escondido, suspeito c) um lugar desconhecido, misterioso d) um lugar escolhido, eleito e) um lugar escuro, recôndito 12. Considerando-se a relação Veneza (cidade) - gaturamo (pássaro) como modelo, as palavras que sucessivamente completariam a relação: Califórnia - pretos - morrer - Gioconda - cem mil réis, seriam: a) estado, raça, ação, escultura, dinheiro b) país, povo, fato, escultura, valor c) província, etnia, acontecimento, literatura, moeda d) estado, raça, acontecimento, pintura, valor e) território, gente, ação, música, moeda 13. Há palavras escritas de modo INCORRETO na alternativa: (A) Investimentos maciços em educação, saúde e reforma agrária constituíram a fórmula utilizada por países mais atrasados do que o Brasil, para reduzir os índices de pobreza. (B) O problema da miséria no Brasil apresenta componentes bem mais perversos do que a simples escassez de recursos, que caracteriza o problema em outros países, como no continente africano. (C) Os recursos gastos na área social acabam sendo insuficientes, como por exemplo, a parcela mínima destinada ao
  • 18. saneamento básico, importante para aumentar a expectativa de vida da população. (D) A desnutrição, resultado da falta de ingestão de proteínas e de outras substâncias, degenera em má-formação do sistema neurológico, com danos irreversíveis, na maioria das vezes. (E) Vários estudos afirmam que a taxa de miséria só baixará quando houver crecimento da economia, assossiado a um modelo mais justo de distribuição de renda para a população. 14. Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) Ao ascender à condição de um grande sistema de mercados, a economia mundial propisciou o poder hegemônico dos grandes conglomerados financeiros. (B) Se os grandes centros econômicos não se emiscuíssem decisivamente nas economias nacionais, talvez estas lograssem alcançar um índice expressivo de desenvolvimento. (C) Os economistas podem discentir quanto às soluções para o nosso desenvolvimento, mas reconhecem que o imperialismo econômico é um fator crucial para nosso atraso. (D) A necessidade de sincronizar o ritmo de nossa economia com o da expansão da economia global constitui uma das exigências mais difíceis de serem atendidas. (E) Não fosse a dicotomia das direções econômicas com que nos deparamos, o Brasil talvez não se firmasse numa posição de maior relevância entre os países emerjentes. 15. Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) A comprensão dos fatos só foi possível porque algumas pessoas propuzeram-se a relatá-los tal como ocorreram. (B) A repreção da polícia acabou por ocazionar a morte de um estudante e ferimento em vários jovens. (C) O autor sentiu-se honrado com o privilégio de ter sido homenageado pelo grande poeta. (D) Nos versos transcrevidos na cronica, há aluzão ao frio que fazia naquela tarde paulistana. (E) O autor supoz que nos versos de Drummond havia referência a termos utilisados num artigo. 16. Todas as palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase: (A) Concessão inadequada de privilégios e atitudes maltomadas geram sempre excesso de gastos, propício a suspensões de crédito. (B) O menospreso para com bens culturais excede o tolerável, chegando à atingir níveis desesperadores. (C) Na palavra "dilapidar", o etmologista vai identificar a raíz latina "lapid -", que significa "pedra"; estabelecese, assim, assossiação entre "destruir" e "atirar pedra". (D) Estavam tão anciosas para ver o resultado da pesquisa, que dei à elas autorização para estender o expediente. (E) O hêsito de manifestações em pró da revisão das leis relacionadas à posse de fósseis dependerá de muitos fatores. 17. A frase em que todas as palavras estão corretamente flexionadas é a seguinte: (A) A quem se dispor a colaborar, os voluntários entregarão listas de abaixoassinados para serem preenchidas. (B) Nas mesas-redondas em que se discutiram mudanças na legislação, muitos se manteram indecisos. (C) Não é um único dirigente que institue os passos a serem dados; nesta questão, quanto maior o número de cidadões a opinar, melhor será. (D) Eles detêm um saber específico que devemos respeitar; não se pode fazer como aqueles pseudoespecialistas que criticam tudo aleatoriamente. (E) Se eles verem necessidade de conferir a autenticação dos documentos a serem enviados ao museu, os tabeliões poderão ajudar. 18. A frase totalmente correta quanto a grafia e acentuação é: (A) Trabalhadores reinvindicavam alí a contratação de mão-de-obra sem grande burocracia. (B) Nessa conjuntura, é difícil explicar porquê a mobilidade da mão-de-obra decresceu. (C) Assessores especializados procuram pôr no papel todas as variáveis que envolvem o tema. (D) Pesquizas realizadas recentemente mostram que o êxito do "euro" é questionável. (E) Até em adjacências de pequenos centros, chega a haver letígio para preenchimento de vagas. 19. Estão corretamente grafadas todas as palavras da frase: (A) Um jornalista deve abster-se de julgar o que noticia, afim de que seu público possa ter assesso às várias posições e emitir, ele sim, seu próprio julgamento. (B) Alberto Dines é um notório crítico da imprensa; o fato de ser jornalista não o impede de polemisar com vários colegas, quando cometem algum deslise. (C) A dúvida suscitada por uma manchete poderia ser evitada caso o redator não se eximisse da responsabilidade de mostrar os dois lados de um mesmo fato. (D) A repercusção das primeiras manchetes deveu-se ao fato de que elas destorceram a declaração do Ministro, reproduzindo-a apenas parcialmente. (E) A virtude jornalística não está em previlegiar a face sensacionalista de um fato, mas em abranjê-lo em toda a sua complexidade. 20. Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) O anseio geral por uma sociedade mais justa e igualitária transformou a luta trabalhista num dos mais expressivos modelos que caracteriza a sociedade contemporânea. (B) De início, as idéias trabalhistas, fenômeno quase excluzivamente inglês, tiveram pouca ou nenhuma repercursão nos sindicatos. (C) O trabalho é sempre uma atividade que depende da habilidade manual e da inteligência de quem o desempenha, e exige o dispêndio de certa energia física e mental. (D) O trabalho, de início coleta ou extrativismo, diversificou-se com a caça, a pesca e a utilização do fogo, possibilitando o progresso, pelo uso de objetos como o arco e a flecha.
  • 19. (E) Os alicerces da produção social deslocaram-se da agricultura para a indústria quando o comércio se sobrepôs ao trabalho agrícola e ampliou suas atividades. 21. Indique, dentre os grupos de palavras abaixo, aquele cuja sílaba tônica das palavras esteja na mesma posição da sílaba tônica de: corpos, abolido e funerais, respectivamente: (A) glória, enxergar, decisão; (B) sutil, tulipa, juiz; (C) doutor, rubrica, poder; (D) erudito, item, recém. 22. Assinale a alternativa em que os vocábulos formem o plural como funeral e cadáver, respectivamente: (A) abdominal / ardor; (B) funil / qualquer; (C) cônsul / açúcar; (D) mal / caráter. 23. Todos os pronomes estão corretamente empregados na seguinte frase: (A) As discussões perdem seu vigor; considerem-nas encerradas e façam os relatórios chegarem até eu. (B) É remota a possibilidade de eles, atravessadores, se sensibilizarem, motivo pelo qual dirijo-me a V.Sa. para pedir-lhe providências. (C) Mandei-os sair, e o motivo de tal procedimento, não o sei dizer; convide-lhes a voltarem, por favor. (D) A questão da procedência é relevante, é onde que nos debatemos para chamar a atenção a quem de direito. (E) Entre os maiores especialistas está este aqui, por quem me responsabilizo e que dou-o todo o apoio. 24. Quanto à colocação do pronome oblíquo, analise os enunciados e, depois, assinale a alternativa correta: I – Em pensando-se em licença, as reservas já foram feitas. II – Não tenho visto-te nas baladas dominicais. III – Poupe-me dos seus comentários maldosos. IV – Solicitei a Vossa Senhoria que remetesse-lhe as cópias imediatamente. V – Tudo transcorreu conforme nos foi dito. (A) Apenas IV está correto. (B) Apenas I e II estão corretos. (C) Apenas III e V estão corretos. (D) Apenas V está correto. (E) Todos estão corretos. 25. Quanto à colocação do pronome oblíquo, analise os enunciados e, depois, assinale a alternativa correta: I – Convidaria-te, com prazer, se eu pudesse. II – A norma não se deve utilizar neste caso. III – Ambos se odeiam. IV – Nada o impedirá de conseguir o cargo que ele pretende. V – Chegou tarde, lhe dando péssimas explicações. (A) Apenas I, III e IV está correto. (B) Apenas III está correto. (C) Apenas II, III e V estão corretos. (D) Apenas II, III e IV estão corretos. (E) Todos estão corretos. 26. O Brasil representa 3% do problema mundial. A frase do texto em que o verbo apresenta o mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima é: (A) Parecem inexpugnáveis. (B) .. eles começaram a vida num patamar inferior. (C) O Brasil aparece com menos de 1% do movimento... (D) ... o Brasil é hoje o país mais rico do mundo... (E) ... os miseráveis nem entram na equação econômica... 27. Antonio Candido escreveu uma carta, fez cópias da carta e enviou as cópias a amigos do Rio.Substituem de modo correto os termos sublinhados na frase acima,respectivamente, constituem (A) destas -enviou-as (B) daquela -os enviou (C) da mesma -enviou-lhes (D) delas -lhes enviou (E) dela -as enviou 28. O diploma de jornalista é obrigatório, mas há quem veja o diploma de jornalista como uma inutilidade, pois os cursos que oferecem o diploma de jornalista não podem cobrir todas as áreas de atuação. Evitam-se as desnecessárias repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, pelas formas (A) o veja e oferecem-lhe. (B) o veja e o oferecem. (C) lhe veja e lhe oferecem.
  • 20. (D) veja-o e oferecem-o. (E) veja ele e oferecem ele. 29. Diante das fotos antigas, olhamos as fotos para captar dessas fotos a magia do tempo que repousa nessas fotos. Evitam-se as abusivas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente: (A) olhamo-lhes -captá-las -lhes repousa (B) as olhamos -captar-lhes -nelas repousa (C) olhamo-las -as captar -repousa nas mesmas (D) olhamo-las -captar-lhes -nelas repousa (E) olhamo-as -lhes captar -lhes repousa 30. As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmente draconianas com as mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquia que deriva de fundamentos religiosos. Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente: (A) julgam-as -se lhes reflete -a qual (B) julgam-nas -se reflete nesta -o que (C) julgam-nas -naquelas se reflete -a qual (D) julgam-lhes -nas quais se reflete -a qual (E) julgam-lhes -naquelas se reflete -à qual 31. ... que usam grandes extensões ... (meio do 2º parágrafo) O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase: (A) Levantamentos comprovam uma maior devastação em toda a região amazônica. (B) Poucos acreditam na possibilidade de controle das queimadas na Amazônia. (C) A devastação da floresta amazônica parece sempre maior a cada ano. (D) As queimadas, sem controle, avançam muitas vezes sobre a floresta. (E) Surgem, cada vez mais, propostas para a preservação da região florestal. 32. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas. “Todos os cidadãos devem saber _________ o Poder Legislativo está assim. Estamos instalando novos computadores, é um momento de transição, eis o _________. a) por que - porquê b) porque – por quê c) porquê – por que d) por que – porque 32. Assinale a opção em que o vocábulo entre parênteses preenche corretamente a lacuna correspondente. a) Não se punem os malfeitores _______ não se dispõe de um Código Penal atualizado? (porque.) b) Essa questão requer indagar-se preliminarmente __________ não se derrubou ainda a inflação. (porque.) c) Pergunta-se, para começar, o ________ não foi votada ainda. (por quê.) d) Não se fará mudança _________ não foi votada uma nova Constituição? (por que.) e) Todos sabem, aqui no Brasil, _________ não se punem os bandidos. (porque.) 33. Assinale a alternativa incorreta, de acordo com o padrão culto da modalidade escrita do Português. a) Maria ficou indignada por que não obteve a classificação. b) Por que haveria de se ocupar daquele assunto, se não era sua a obrigação? c) O princípio de que o réu é inocente até prova em contrário é uma conquista da civilização; daí por que não tem ele que se preocupar. d) Depois de suas explicações foi fácil entender por que tomara aquela decisão. 34. Assinale a opção em que a palavra sublinhada está empregada incorretamente. a) Durma cedo, senão acordará tarde demais. b) Mal começou a chover, o barranco deslizou. c) Disse que há cinco anos ganhou na loteria. d) Estava mau informado, por isso equivocou-se. e) De hoje a dois meses pedirei novo empréstimo. 35. Assinale a seqüência que preenche corretamente as lacunas. ―Era ______________ a ___________ do conflito, pois as partes ____________ nos erros já cometidos.‖ a) iminente – deflagração – reincidiram. b) eminente – confraglação - incidiram c) inevitável – defraglação – reicindiram. d) iminente – deflagração – reincidiram. 36. Os sinônimos de ignorante, principiante, sensatez e confirmar são, respectivamente: a) incipiente – insipiente – descreção – retificar. b) incipiente – insipiente – discrição – ratificar. c) insipiente – incipiente – discrição – ratificar. d) insipiente – incipiente – discreção – ratificar. e) incipiente – incipiente – descrição – retificar. 37. Aponte a alternativa em que há confusão entre mal e mau.