O documento discute a importância da nutrição para a saúde, identificando os principais tipos de nutrientes e problemas nutricionais como a desnutrição, subnutrição e obesidade. Também aborda os distúrbios alimentares mais comuns como anorexia nervosa e bulimia nervosa.
1. APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º BIMESTRE
2º ANOS
PROFESSOR JAIR RODRIGO
NUTRIÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO COTIDIANO DA SOCIEDADE
Nutrição é a ciência que estuda os alimentos e os nutrientes, aplicando-os às necessidades do
organismo humano. Através de uma nutrição adequada, com todos os nutrientes necessários para o
nosso organismo, é possível ter saúde. Em cada fase da nossa vida existe uma necessidade energética e
nutricional diferente, de acordo com cada organismo. Da mesma forma, em estados de doenças, a
demanda nutricional pode mudar e deve-se ter um cuidado alimentar diferenciado.
Os pilares da boa nutrição são equilíbrio, variedade e moderação. Alimentos gordurosos são
contrabalançados por alimentos magros, e a ingesta de calorias é compensada por exercícios físicos
para manter um peso ideal.
Desnutrição
A desnutrição é um problema que ocorre quando o organismo se encontra carente de nutrientes
essenciais para seu funcionamento. Tal problema pode se originar por causa de dietas desbalanceadas,
má alimentação, anorexia, má absorção dos nutrientes por parte do intestino, perda excessiva de
nutrientes provocada por alguma doença, insuficiência renal e outros agravantes. Normalmente a
desnutrição acontece em pessoas de baixa renda que não conseguem se alimentar da forma que o
organismo precisa para funcionar bem.
Subnutrição
Subnutrição é o consumo insuficiente de nutrientes essenciais para a saúde, mata cerca de uma
criança a cada seis segundos, pois debilita o organismo e facilita a contração de várias doenças como
hemorragia gastrointestinal, dor de cabeça, visão dupla, raquitismo, osteoporose, escorbuto, edemas,
aumento da glândula tireoide, doenças coronárias e outras.
A subnutrição na maioria dos casos é resultado da pobreza, pois alimentos são mercadorias e
necessitam de recursos para serem comprados, mas existem outros fatores que colaboram com este
índice como é o caso da produção voltada para a exportação e a perda de bons solos para o plantio.
TIPOS DE NUTRIENTES
Nutrientes são uma série de substâncias básicas presentes nos alimentos que o organismo
necessita incorporar regularmente, de modo a formar os seus tecidos e a obter energia para desenvolver
as suas funções.
Os nutrientes, igualmente denominados nutrimentos, são os produtos finais da digestão, ou seja,
os pequenos fragmentos dos alimentos, libertados pela ação dos fermentos digestivos e que, em virtude
das suas reduzidas dimensões, conseguem atravessar as paredes intestinais, passando para a circulação
sanguínea, sendo assim distribuídos pelo organismo. Existem seis classes de nutrientes: os hidratos de
carbono (carboidratos), as proteínas, as gorduras, as vitaminas, os minerais e a água.
E E M P R O F. G A B R I E L E P I F Â N I O D O S R E I S
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2. A função destes nutrientes é diversa. Alguns (como as proteínas e alguns minerais) têm,
sobretudo, uma função plástica ou estrutural, pois o organismo utiliza-os, essencialmente, para fabricar
e regenerar os seus tecidos. Outros, como os hidratos de carbono e as gorduras, têm acima de tudo uma
função energética, pois são utilizados para obter a energia necessária para o metabolismo, ou seja, para
as múltiplas rarefacções químicas que sustentam a vida, para manter o calor corporal, para os
movimentos dos músculos nas atividades quotidianas... E outros, como muitos dos minerais e as
vitaminas, têm uma função reguladora, pois modulam as ditas reações químicas e a atividade dos
diferentes tecidos orgânicos. Por último, a água também é considerada um nutriente, porque faz parte
de todos os tecidos e constitui o meio através do qual são efetuados todos os processos metabólicos.
Conhecer os diferentes tipos de nutrientes, as suas características e necessidades que o organismo tem
de cada um deles, é um passo prévio elementar para poder assentar as bases de uma alimentação
saudável.
TIPOS DE OBESIDADE
Quando o excesso de peso se torna crônico, ele passa a ser considerada obesidade, que por sua
vez pode sofrer outras complicações e se agravar, chegando ao estágio da chamada obesidade mórbida.
O que muita gente desconhece é que existem vários tipos de obesidade e com diferentes pontos de
partida para o desenvolvimento da doença. Quanto maior a demora em se iniciar um tratamento, mais
essa grave enfermidade ficará arraigada ao organismo, dificultando o retorno a um corpo saudável. Por
isso, o aconselhável é manter a rotina de se verificar, regularmente, qual o peso indicado na balança.
Dessa forma, será mais fácil exercer um controle sobre o IMC (índice de massa corporal). Quando este
apontar a casa dos 26, significa que o indivíduo está acima do peso e deve ficar atento a fim de não
entrar em um estado de obesidade. Confiram a seguir, quais são as diversas manifestações desse mal.
A obesidade genética
Abrange, aproximadamente, 4% da população brasileira. Neste caso, o indivíduo já nasce com
o metabolismo totalmente descontrolado e lento em função das características de seus genes herdados
dos pais. O recomendável é que já fase infantil seja iniciado um tratamento com o auxílio e avaliação
de um médico endocrinologista.
A obesidade nutricional
Essa variante é decorrente de uma péssima dieta alimentar, frágil na ingestão dos nutrientes
essenciais ao bom e pleno funcionamento do organismo. As pessoas acometidas por esse tipo de
obesidade consomem, descontroladamente, carboidratos, proteínas e demais alimentos com excesso de
gordura. Para piorar o quadro, geralmente esses indivíduos ingerem poucas porções de verduras e
legumes. Isso gera uma alta concentração de calorias e, por conseguinte, acarreta a obesidade
nutricional.
3. A obesidade comportamental
Nessa vertente, os péssimos hábitos adquiridos ao longo da vida é que acabam levando a um
estado de obesidade. Trata-se de pessoas que não praticam atividades físicas regulares e sempre fazem
suas refeições de modo acelerado e sem mastigar corretamente a comida. A obesidade comportamental
se acentua quando em determinadas fases da vida, como no período de gestação, as pessoas adquirem
o hábito de se alimentar constantemente mesmo quando já estão em estado de saciedade.
A obesidade psicológica
Quando o estado emocional não vai bem, a tendência é desenvolver uma alimentação
exagerada. Assim como existem pessoas que, quando passam por um trauma nervoso ou estão, por
algum motivo, extremamente tristes compram produtos na ânsia de preencher um vazio descomunal,
outras tentam aplacar o mesmo mal comendo. A quantidade e a regularidade do consumo compulsivo
de alimentos podem variar conforme o nível de depressão pelo qual as pessoas afetadas estejam
passando.
A obesidade oriunda de certos remédios
Se a depressão não provocar a obesidade é necessário atenção para que os medicamentos
antidepressivos não o façam, pois suas fórmulas possuem componentes que também podem causar a
obesidade. Outros medicamentos com efeito análogo são os corticoides e o estrogênio.
A obesidade vinculada ao fumo
Muitas pessoas, ao estancar o vício arraigado ao fumo do cigarro, passam por um processo
interno que pode culminar no surgimento da obesidade. Isso se dá porque o principal agente ativo do
cigarro, a nicotina, age como elemento inibidor do apetite.
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
Os distúrbios alimentares são um conjunto de doenças, em que uma pessoa está tão preocupada
com a comida e o seu peso que muita das vezes não consegue pensar noutra coisa. Os principais tipos
de distúrbios alimentares são a anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar.
Os distúrbios alimentares na adolescência aparecem frequentemente, mas também podem se
desenvolver durante a infância ou mais tarde na vida.
Os distúrbios alimentares não diferem entre género, raça , classe ou idade. Eles podem afectar
qualquer um. A maioria das pessoas com distúrbios alimentares são mulheres, mas os homens também
começam a ter distúrbios alimentares.
Ao contrário do que se pensa um distúrbio alimentar não se baseia apenas em comida.
Um distúrbio alimentar pode passar despercebido por um longo período de tempo, e geralmente
quando é reconhecido quem sofre com a doença nega que tem problemas alimentares.
Estes distúrbios geralmente coexistem com outras doenças como a depressão o abuso de
substâncias ou a ansiedade.
Os distúrbios alimentares podem causar graves problemas físicos e pode até ser fatal.
O tratamento para os distúrbios alimentares geralmente envolve psicoterapia, educação
nutricional, aconselhamento familiar, medicamentos e hospitalização.