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A escultura portuguesa de frei Cipriano da
Cruz a Soares dos Reis
Manuel de Sousa nasceu em Braga entre 1645
  e 1650. Por volta dos 30 anos ingressou no
          mosteiro de Tibães, a casa mãe dos
     beneditinos, adoptando o nome de Frei
                            Cipriano da Cruz.

   Frei Cipriano da Cruz Sousa produziu em
           Coimbra muitas obras de Santos,
nomeadamente para a igreja do Colégio de S.
                  Bento, destruída em 1932.

        Além do trabalho escultórico, merece
   destaque a policromia e as decorações em
relevo, o que obriga a repartir a autoria entre
                  o escultor e o policromador.



                     Pietá
                     Madeira de castanho
                     Manuel da Costa Pereira (pintor)
                     1684 – 1691
                     Originalmente da igreja de S. Bento,
                     MNMC
Olhos amendoados, pálpebras pesadas olhando
              para baixo, sobrancelhas altas e simétricas, lábios
                        pequenos e um tufo de cabelo na testa.

             O corpo é coberto e as partes deixadas à vista são
                                tratadas muito sumariamente.

                 O pregueado cai verticalmente. As mangas (3)
                deixam ver os botões dos punhos, caem em V e,
                                 por fim, desabam longamente.




S. Bento
Madeira de castanho
Manuel Ferreira (pintor)
1684 – 1691
Originalmente da igreja de S. Bento,
Actualmente, na igreja de Nossa Senhora do Carmo; Coimbra
O tema da Sagrada Família é
antigo, embora reforçado pela
Contra-Reforma e com grande
    popularidade no séc. XVIII.

  Esta é uma das últimas obras
     do artista e uma das mais
                   conhecidas.

A policromia é original. Morreu
          em Tibães em 1716.




 Sagrada Família
 (pintor desconhecido)
 1704 – 1707
 Igreja de do Mosteiro de Tibães; Braga
A escultura seiscentista, além da madeira, elegeu o barro.

  Os barristas de Alcobaça representaram o auge desta corrente.

Frei Cipriano distinguiu-se igualmente no trabalho do barro, o que
levou os monges de Cister a aliciá-lo para Alcobaça onde, além do
                       mais, abunda a matéria-prima de qualidade.

  Não é possível destacar nenhum artista, apesar dos esforços em
   individualizar um tal Frei Pedro que, afinal, nunca terá existido.

            A imagem mostra uma Virgem de um retábulo que foi
                   desmantelado quando do restauro da abadia.
Retábulo da morte de S. Bernardo, a
obra mais significativa da escola de
Alcobaça.
Em Arouca, prossegue na época joanina
uma tradição escultórica provincial, muito
marcada pelo gosto popular e que elege o
calcário de Ançã como matéria-prima.

Os temas são os Santos cistercienses e
beneditinos.




                              Jacinto Vieria
                            Santa Gertrudes
                                         c. 1725
                                         Arouca
Na igreja de S. Paulo, em Braga,
pertencente aos Jesuítas, encontramos um
   conjunto de estátuas representando os
                              evangelistas.

   O autor é desconhecido, mas o enorme
      dinamismo das vestes e dos cabelos,
 tecnicamente muito bem tratados, revela
       um artista de excelente capacidade,
       influenciado pela moda berninesca.
Claude Laprade (1682 – 1738) foi um
escultor francês que deixou obra
marcante no nosso país a partir dos finais
do séc. XVII e ao longo do reinado de D.
João V.

Introduziu os modelos do barroco italiano
e francês, iniciando uma nova fase na
escultura portuguesa.

Este túmulo, na igreja de N.ª Sr.ª da
Penha de França, em Ílhavo, mostra uma
concepção triunfal da morte.




Túmulo do bispo de Miranda D. Manuel de Moura Manuel
Capela de Nossa Senhora da Penha de França; Ílhavo
No interior da galeria da Via Latina,
     em Coimbra, foi colocada uma
composição de Laprade executada
                     em 1701-1702.

  Dois atlantes suportam o frontão,
enquadrando uma imagem do rei D.
   José I, aplicada posteriormente.
A partir de 1732, chega a Mafra, proveniente de Itália, a primeira remessa de estátuas de
vulto destinadas ao convento joanino. Assim se inaugura um longo processo entre o
encomendador português, que definiu todo o plano iconográfico, e os fornecedores
italianos.
Uma das exigências prendia-se com o rigor iconográfico, pedindo-se que os atributos estivessem
conforme a ortodoxia.
Os trabalhos deviam ser em
pedra de mármore perfeito de
Carrara e sem qualquer
douramento.
Camilo Rusconi, o mais famoso escultor italiano daquele tempo, faleceu em 1728, pelo que o
 nome que mais se destacou de entre os jovens escultores que satisfizeram a encomenda foi
                              Carlo Monaldi (1683 – 1760)
Outros nomes merecem referência:,
ocupando-se boa parte dos escultores
romanos:

Agostino Cornnacchini (1685 – 1754);

Giovanni Batista Maini (1690 – 1752);

Filippo della Valle (1698 – 1768);

Pietro Bacci (1690 – 1773);

Bernardino Ludovisi (1693 – 1749);

Giuseppe Lironi (1698 – 1749) e

Agostino Corsini (1688 – 1757)
Apesar disso, assegura-se uma
unidade artística:



 O cânone e as proporções são
constantes;

 utilização de um único bloco
de mármore branco e sem veios;

 uma pose estável, os gestos e
o rosto teatralmente tratados;

 o tratamento das vestes, como
que batidas por um vento suave;

 a importância dos objectos
iconográficos.
As dezenas de estátuas constituem um percurso ilustrado de devoção para os crentes
que culmina na capela-mor com um Cristo crucificado, ladeado por dois anjos, da
autoria de Francesco Maria Schiafino.
Alexandre Giusti ( 1715 – 1799 ) foi o
mais famoso dos escultores estrangeiros
a trabalhar em Portugal.

Esteve ao serviço de D. João V, de quem
lavrou este excelente busto.

A partir de 1750, destacou-se nos
estaleiros de Mafra, onde iniciara uma
importante escola de escultura.
Giusti formou discípulos portugueses que, no entanto, não merecem destaque. Excepção para
Joaquim Machado de Castro (1731- 1822) que trabalha em Mafra entre 1756 e 1771. Da sua
autoria é a escultura da basílica da Estrela, a última grande iniciativa barroca. Na verdade,
Machado de Castro é já um escultor neoclássico.
A escultura neoclássica portuguesa é muito pobre, como
pode ver-se por esta estátua de glorificação a D. Maria I,
                                         hoje em Queluz.
       Deve-se a João José de Aguiar (1769 — 1841), que
    estudara com Antonio Canova, a encomenda de Pina
                                                Manique.
O núcleo da Ajuda constitui o mais importante centro da escultura neoclássica. O
programa escultórico do palácio foi atribuído a Machado de Castro.
Machado de Castro
 esculpiu 3 estátuas do
     total de 25: a
    Generosidade, o
 Conselho e a Gratidão.



A escultura neoclássica é
 académica e prefere os
   temas alegóricos e
     moralizantes.

 Utiliza poses de grande
teatralidade e destaca-se
 a inexpressividade dos
          rostos.
Faustino José Rodrigues, o
    discípulo predilecto de
 Machado de Castro, assinou
  esta alegoria que intitulou
 Amor da Pátria (à dir.) , além
do Amor da Virtude (à esq.) e a
          Intrepidez.

A escultura neoclássica prefere
a pedra ao barro e à madeira,
   bem como abdica da cor.
Joaquim José Barros Laborão
sucederá a Giusti na direcção da
escola de Mafra. Na Ajuda, assina
uma série de trabalhos: a
Honestidade, o Decoro, a Diligência e
o Desejo.




   Joaquim José de Barros Laborão
                    A Honestidade
Manuel Joaquim Barros Laborão é filho de José
Joaquim e assina duas estátuas: a Inocência e a
Humanidade, que se vê na figura ao lado.

Reflecte um estilo mais elegante que tenta romper
com o «monótono purismo neoclássico»
João José de Aguiar
também trabalhou na
Ajuda, mas a sua obra mais
notável, e o melhor
trabalho da escultura
neoclássica, é a estátua de
D. João VI que fez em 1823
para o Hospital da Marinha.
João José Joaquim de Sousa Alão
                foi um dos raros escultores
               portuenses neoclássicos. As
             estátuas da fachada da igreja da
              Ordem Terceira de S. Francisco
                são o seu melhor trabalho,
            embora atestem quanto o granito
Humildade    se desadequa a esta estética do    Inocência
                       movimento.
António Soares dos Reis (1847 –
1889) foi o grande renovador da
escultura portuguesa e o maior
escultor nacional da segunda
metade do século XIX.
O Desterrado (1872; MNSR) é
a sua obra mais importante.

Foi produzida em Roma,
enquanto bolseiro do Estado.

A herança clássica é valorizada,
mas adere a uma poética nova
já simbolista na sua melancolia
decadentista.
O material é o mármore de Carrara. O corpo é tratado com um
virtusosimo que se torna quase exibicionista no entrelaçar dos
dedos.
Retrato de uma Nação decadente ou auto-retrato do autor
que se suicidaria em 1889, nas vésperas do Ultimatum?
Soares dos Reis
Busto de Senhora Inglesa
1877
Museu do Chiado
Soares dos Reis
 Conde Ferreira
          1877
         MNSR
Soares dos Reis
            Avelar Brotero
Jardim Botânico (Coimbra)
                     1886
        gesso original no MNSR
Soares dos Reis
Viscondessa de Almedina
                   1882
                  MNSR
Simões de Almeida (1844 – 1926) esculpiu este D. Sebastião
como rei-menino, colocando em causa o problema da
educação do rei pelos Jesuítas em relação com o desastre
de Alcácer-Quibir.

O olhar reflexivo da criança torna-se uma prenúncio da
decadência nacional, fazendo desta obra um dos
exemplares mais significativos da escultura portuguesa da
segunda metade do séc. XIX.




                                          Simões de Almeida
                                                 D. Sebastião
                                                        1877
                                            Museu do Chiado
Simões de Almeida
          Infância
             1907
    Museu Chiado
Simões de Almeida
Puberdade
1878
Teixeira Lopes
A Bulha
António Teixeira Lopes (1866 – 1942) foi
discípulo de Soares dos Reis e um dos mais
importantes escultores naturalistas.

A sua obra mais famosa é A Viúva. O título
torna-se fundamental para a leitura da obra.

A questão social desperta um
sentimentalismo que sensibiliza o público
burguês.




                              Teixeira Lopes
                                     A Viúva
                                        1893
                            Museu do Chiado
Teixeira Lopes
Caim
1889
MNSR
A escultura original era em mármore. No entanto, actos de vandalismo determinaram a sua recolha e substituição por uma
cópia em bronze.




                                                                                              Teixeira Lopes
                                                                                              Eça de Queirós
                                                                                              Lisboa
                                                                                              1903




                  Sobre a nudez forte da Verdade, o manto diáfano da fantasia.
Moreira Rato: Sem Casa e sem Pão; Museu do Chiado
Costa Mota (tio)
O Lavrador
Jardim da Estrela
Costa Mota (tio)
Bernardim Ribeiro
1907
Museu do Chiado
Bibliografia:
- ANACLETO, Regina: História da Arte em Portugal; vol. 10: «Neoclassicismo e Romantismo»;
Lisboa; Publicações Alfa; 1986. A escultura (pp. 43 – 51).
- LE GAC, Agnès e ALCOFORADO, Ana: Frei Cipriano da Cruz em Coimbra; Coimbra; s/ed. ; 2003.
- MOURA, Carlos: Uma poética da refulgência, a escultura e a talha dourada; in «História da
Arte em Portugal»; volume 8; Lisboa; Publicações Alfa; 1986; pp. 87 – 119.
- CASTRO, Laura e SILVA, Raquel Henriques da: História da Arte Portuguesa. Época
Contemporânea; Lisboa; Universidade Aberta; 1997; pp. 27-29 e 85-87. Raquel Henriques da
Silva assina igualmente o capítulo sobre a escultura neste período em estudo na História da Arte
Portuguesa dirigida por Paulo Pereira (Lisboa; Círculo de Leitores; 3º volume; 1995), entre as
páginas 349 e 351.
- FRANÇA, José Augusto: A Arte em Portugal no século XIX; Venda Nova; Bertand; 3ª edição;
1990; volume I (; pp. 53, 108 e 452) e volume II (pp. 214-226).
- PEREIRA, José Fernandes: O Barroco do Século XVIII. A Escultura; História da Arte Portuguesa
dirigida por Paulo Pereira (Lisboa; Círculo de Leitores; 3º volume; 1995); pp. 86 – 105. Este
mesmo autor é o responsável pelo 12º volume da colecção Arte Portuguesa, dirigida por Dalila
Rodrigues (Lisboa; Fubu Editores; 2009), tratando da escultura a partir da página 85.
- PEREIRA, José Fernandes: A escultura de Mafra; Lisboa; IPPAR; 2003.

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A escultura portuguesa de frei Cipriano da Cruz a Soares dos Reis

  • 1. A escultura portuguesa de frei Cipriano da Cruz a Soares dos Reis
  • 2. Manuel de Sousa nasceu em Braga entre 1645 e 1650. Por volta dos 30 anos ingressou no mosteiro de Tibães, a casa mãe dos beneditinos, adoptando o nome de Frei Cipriano da Cruz. Frei Cipriano da Cruz Sousa produziu em Coimbra muitas obras de Santos, nomeadamente para a igreja do Colégio de S. Bento, destruída em 1932. Além do trabalho escultórico, merece destaque a policromia e as decorações em relevo, o que obriga a repartir a autoria entre o escultor e o policromador. Pietá Madeira de castanho Manuel da Costa Pereira (pintor) 1684 – 1691 Originalmente da igreja de S. Bento, MNMC
  • 3. Olhos amendoados, pálpebras pesadas olhando para baixo, sobrancelhas altas e simétricas, lábios pequenos e um tufo de cabelo na testa. O corpo é coberto e as partes deixadas à vista são tratadas muito sumariamente. O pregueado cai verticalmente. As mangas (3) deixam ver os botões dos punhos, caem em V e, por fim, desabam longamente. S. Bento Madeira de castanho Manuel Ferreira (pintor) 1684 – 1691 Originalmente da igreja de S. Bento, Actualmente, na igreja de Nossa Senhora do Carmo; Coimbra
  • 4. O tema da Sagrada Família é antigo, embora reforçado pela Contra-Reforma e com grande popularidade no séc. XVIII. Esta é uma das últimas obras do artista e uma das mais conhecidas. A policromia é original. Morreu em Tibães em 1716. Sagrada Família (pintor desconhecido) 1704 – 1707 Igreja de do Mosteiro de Tibães; Braga
  • 5. A escultura seiscentista, além da madeira, elegeu o barro. Os barristas de Alcobaça representaram o auge desta corrente. Frei Cipriano distinguiu-se igualmente no trabalho do barro, o que levou os monges de Cister a aliciá-lo para Alcobaça onde, além do mais, abunda a matéria-prima de qualidade. Não é possível destacar nenhum artista, apesar dos esforços em individualizar um tal Frei Pedro que, afinal, nunca terá existido. A imagem mostra uma Virgem de um retábulo que foi desmantelado quando do restauro da abadia.
  • 6. Retábulo da morte de S. Bernardo, a obra mais significativa da escola de Alcobaça.
  • 7. Em Arouca, prossegue na época joanina uma tradição escultórica provincial, muito marcada pelo gosto popular e que elege o calcário de Ançã como matéria-prima. Os temas são os Santos cistercienses e beneditinos. Jacinto Vieria Santa Gertrudes c. 1725 Arouca
  • 8. Na igreja de S. Paulo, em Braga, pertencente aos Jesuítas, encontramos um conjunto de estátuas representando os evangelistas. O autor é desconhecido, mas o enorme dinamismo das vestes e dos cabelos, tecnicamente muito bem tratados, revela um artista de excelente capacidade, influenciado pela moda berninesca.
  • 9. Claude Laprade (1682 – 1738) foi um escultor francês que deixou obra marcante no nosso país a partir dos finais do séc. XVII e ao longo do reinado de D. João V. Introduziu os modelos do barroco italiano e francês, iniciando uma nova fase na escultura portuguesa. Este túmulo, na igreja de N.ª Sr.ª da Penha de França, em Ílhavo, mostra uma concepção triunfal da morte. Túmulo do bispo de Miranda D. Manuel de Moura Manuel Capela de Nossa Senhora da Penha de França; Ílhavo
  • 10. No interior da galeria da Via Latina, em Coimbra, foi colocada uma composição de Laprade executada em 1701-1702. Dois atlantes suportam o frontão, enquadrando uma imagem do rei D. José I, aplicada posteriormente.
  • 11. A partir de 1732, chega a Mafra, proveniente de Itália, a primeira remessa de estátuas de vulto destinadas ao convento joanino. Assim se inaugura um longo processo entre o encomendador português, que definiu todo o plano iconográfico, e os fornecedores italianos.
  • 12. Uma das exigências prendia-se com o rigor iconográfico, pedindo-se que os atributos estivessem conforme a ortodoxia.
  • 13. Os trabalhos deviam ser em pedra de mármore perfeito de Carrara e sem qualquer douramento.
  • 14. Camilo Rusconi, o mais famoso escultor italiano daquele tempo, faleceu em 1728, pelo que o nome que mais se destacou de entre os jovens escultores que satisfizeram a encomenda foi Carlo Monaldi (1683 – 1760)
  • 15. Outros nomes merecem referência:, ocupando-se boa parte dos escultores romanos: Agostino Cornnacchini (1685 – 1754); Giovanni Batista Maini (1690 – 1752); Filippo della Valle (1698 – 1768); Pietro Bacci (1690 – 1773); Bernardino Ludovisi (1693 – 1749); Giuseppe Lironi (1698 – 1749) e Agostino Corsini (1688 – 1757)
  • 16. Apesar disso, assegura-se uma unidade artística:  O cânone e as proporções são constantes;  utilização de um único bloco de mármore branco e sem veios;  uma pose estável, os gestos e o rosto teatralmente tratados;  o tratamento das vestes, como que batidas por um vento suave;  a importância dos objectos iconográficos.
  • 17. As dezenas de estátuas constituem um percurso ilustrado de devoção para os crentes que culmina na capela-mor com um Cristo crucificado, ladeado por dois anjos, da autoria de Francesco Maria Schiafino.
  • 18. Alexandre Giusti ( 1715 – 1799 ) foi o mais famoso dos escultores estrangeiros a trabalhar em Portugal. Esteve ao serviço de D. João V, de quem lavrou este excelente busto. A partir de 1750, destacou-se nos estaleiros de Mafra, onde iniciara uma importante escola de escultura.
  • 19. Giusti formou discípulos portugueses que, no entanto, não merecem destaque. Excepção para Joaquim Machado de Castro (1731- 1822) que trabalha em Mafra entre 1756 e 1771. Da sua autoria é a escultura da basílica da Estrela, a última grande iniciativa barroca. Na verdade, Machado de Castro é já um escultor neoclássico.
  • 20. A escultura neoclássica portuguesa é muito pobre, como pode ver-se por esta estátua de glorificação a D. Maria I, hoje em Queluz. Deve-se a João José de Aguiar (1769 — 1841), que estudara com Antonio Canova, a encomenda de Pina Manique.
  • 21. O núcleo da Ajuda constitui o mais importante centro da escultura neoclássica. O programa escultórico do palácio foi atribuído a Machado de Castro.
  • 22. Machado de Castro esculpiu 3 estátuas do total de 25: a Generosidade, o Conselho e a Gratidão. A escultura neoclássica é académica e prefere os temas alegóricos e moralizantes. Utiliza poses de grande teatralidade e destaca-se a inexpressividade dos rostos.
  • 23. Faustino José Rodrigues, o discípulo predilecto de Machado de Castro, assinou esta alegoria que intitulou Amor da Pátria (à dir.) , além do Amor da Virtude (à esq.) e a Intrepidez. A escultura neoclássica prefere a pedra ao barro e à madeira, bem como abdica da cor.
  • 24. Joaquim José Barros Laborão sucederá a Giusti na direcção da escola de Mafra. Na Ajuda, assina uma série de trabalhos: a Honestidade, o Decoro, a Diligência e o Desejo. Joaquim José de Barros Laborão A Honestidade
  • 25. Manuel Joaquim Barros Laborão é filho de José Joaquim e assina duas estátuas: a Inocência e a Humanidade, que se vê na figura ao lado. Reflecte um estilo mais elegante que tenta romper com o «monótono purismo neoclássico»
  • 26. João José de Aguiar também trabalhou na Ajuda, mas a sua obra mais notável, e o melhor trabalho da escultura neoclássica, é a estátua de D. João VI que fez em 1823 para o Hospital da Marinha.
  • 27. João José Joaquim de Sousa Alão foi um dos raros escultores portuenses neoclássicos. As estátuas da fachada da igreja da Ordem Terceira de S. Francisco são o seu melhor trabalho, embora atestem quanto o granito Humildade se desadequa a esta estética do Inocência movimento.
  • 28. António Soares dos Reis (1847 – 1889) foi o grande renovador da escultura portuguesa e o maior escultor nacional da segunda metade do século XIX.
  • 29. O Desterrado (1872; MNSR) é a sua obra mais importante. Foi produzida em Roma, enquanto bolseiro do Estado. A herança clássica é valorizada, mas adere a uma poética nova já simbolista na sua melancolia decadentista.
  • 30. O material é o mármore de Carrara. O corpo é tratado com um virtusosimo que se torna quase exibicionista no entrelaçar dos dedos.
  • 31. Retrato de uma Nação decadente ou auto-retrato do autor que se suicidaria em 1889, nas vésperas do Ultimatum?
  • 32. Soares dos Reis Busto de Senhora Inglesa 1877 Museu do Chiado
  • 33. Soares dos Reis Conde Ferreira 1877 MNSR
  • 34. Soares dos Reis Avelar Brotero Jardim Botânico (Coimbra) 1886 gesso original no MNSR
  • 35. Soares dos Reis Viscondessa de Almedina 1882 MNSR
  • 36. Simões de Almeida (1844 – 1926) esculpiu este D. Sebastião como rei-menino, colocando em causa o problema da educação do rei pelos Jesuítas em relação com o desastre de Alcácer-Quibir. O olhar reflexivo da criança torna-se uma prenúncio da decadência nacional, fazendo desta obra um dos exemplares mais significativos da escultura portuguesa da segunda metade do séc. XIX. Simões de Almeida D. Sebastião 1877 Museu do Chiado
  • 37. Simões de Almeida Infância 1907 Museu Chiado
  • 40. António Teixeira Lopes (1866 – 1942) foi discípulo de Soares dos Reis e um dos mais importantes escultores naturalistas. A sua obra mais famosa é A Viúva. O título torna-se fundamental para a leitura da obra. A questão social desperta um sentimentalismo que sensibiliza o público burguês. Teixeira Lopes A Viúva 1893 Museu do Chiado
  • 42. A escultura original era em mármore. No entanto, actos de vandalismo determinaram a sua recolha e substituição por uma cópia em bronze. Teixeira Lopes Eça de Queirós Lisboa 1903 Sobre a nudez forte da Verdade, o manto diáfano da fantasia.
  • 43. Moreira Rato: Sem Casa e sem Pão; Museu do Chiado
  • 44. Costa Mota (tio) O Lavrador Jardim da Estrela
  • 45. Costa Mota (tio) Bernardim Ribeiro 1907 Museu do Chiado
  • 46. Bibliografia: - ANACLETO, Regina: História da Arte em Portugal; vol. 10: «Neoclassicismo e Romantismo»; Lisboa; Publicações Alfa; 1986. A escultura (pp. 43 – 51). - LE GAC, Agnès e ALCOFORADO, Ana: Frei Cipriano da Cruz em Coimbra; Coimbra; s/ed. ; 2003. - MOURA, Carlos: Uma poética da refulgência, a escultura e a talha dourada; in «História da Arte em Portugal»; volume 8; Lisboa; Publicações Alfa; 1986; pp. 87 – 119. - CASTRO, Laura e SILVA, Raquel Henriques da: História da Arte Portuguesa. Época Contemporânea; Lisboa; Universidade Aberta; 1997; pp. 27-29 e 85-87. Raquel Henriques da Silva assina igualmente o capítulo sobre a escultura neste período em estudo na História da Arte Portuguesa dirigida por Paulo Pereira (Lisboa; Círculo de Leitores; 3º volume; 1995), entre as páginas 349 e 351. - FRANÇA, José Augusto: A Arte em Portugal no século XIX; Venda Nova; Bertand; 3ª edição; 1990; volume I (; pp. 53, 108 e 452) e volume II (pp. 214-226). - PEREIRA, José Fernandes: O Barroco do Século XVIII. A Escultura; História da Arte Portuguesa dirigida por Paulo Pereira (Lisboa; Círculo de Leitores; 3º volume; 1995); pp. 86 – 105. Este mesmo autor é o responsável pelo 12º volume da colecção Arte Portuguesa, dirigida por Dalila Rodrigues (Lisboa; Fubu Editores; 2009), tratando da escultura a partir da página 85. - PEREIRA, José Fernandes: A escultura de Mafra; Lisboa; IPPAR; 2003.