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Cavalo Hiberus
Pormenor do chamado
mosaico dos cavalos da
villa romana de Torre de
Palma, Monforte;
Portalegre
 Arte
Romana
em
Portugal 
No ano de 218 a. C., os exércitos romanos entram pela
primeira vez na Península Ibérica, acudindo aos
habitantes da cidade de Sagunto, atacada e ocupada
por Aníbal.
Aníbal Barca
(247-183 a. C.)
Museus do Vaticano
Roma
As Guerras Cantábricas (29 – 19 a. C.)
trazem César Augusto à Península Ibérica
que assim é finalmente pacificada.
Seguem-se séculos de paz, produzindo-se
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romana.
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Ponte de Sor
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Torre D. Chama
Bragança
Estas pontes integravam-se na rede de vias imperiais, eram
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marcas de forfex.
Ponte de Trajano em Aqua Flaviae (Chaves)
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Segovia
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A Villa era uma herdade de exploração agrícola. Incluía campos cultivados, pastagens e a mata.
A parte edificada incluía a residência do proprietário, dos criados e escravos, bem como a adega,
lagar, celeiro e estábulos.
A villa era um latifúndio pertencente a um senhor (dominus) destinada a exploração agrícola, florestal
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adegas, estábulos,…) e por habitações de pessoal livre ou servil.
Villa romana do Rabaçal; Penela; séc. IV d.C.
Milreu
Estói
Faro
(séculos I - III)
Ruínas do templo romano de Milreu. O embasamento é revestido por mosaicos com
figurações de peixes. O templo foi cristianizado no Baixo Império, o que é comprovado
pela existência de um baptistério e de sepulturas de inumação.
S. Cucufate
Vidigueira
Beja
Villa de S. Cucufate
Vidigueira
Beja
Séc. I d. C.
Muros de xisto com fiadas de tijolo. As abóbadas foram
construídas com cofragens de madeira. Já pouco resta do andar
superior. Seria o piso nobre da residência de onde o dominus
avistava toda a propriedade e a cidade de Pax Iulia
Opus incertum Opus testaceum Opus reticulatum
Opus signinum Opus quadratum Opus caementicium
Não há vestígios de ocupação visigótica ou islâmica em S. Cucufate.
Na Idade Média, a villa foi um convento.
A villa foi destruída e substituída por um novo edifício com afinidades com as
construções norte-africanas. Esta nova villa senhorial incluía um templo
semelhante ao de Milreu que, todavia, não se conservou, sendo provável tratar-
se do mesmo arquitecto. Durante a ocupação muçulmana foi ocupado para outro
uso. Após a reconquista foi adaptado a convento
O mosteiro foi abandonado no séc. XVI, preservando-se a capela, consagrada a S.
Cucufute, até ao séc. XVIII
Domvs
Casa dos Vettii
Pompeia
Ostium - porta de entrada. Fauces - vestíbulo (pequeno corredor que dava acesso ao peristilo). Atrium - centro do corpo
anterior da domus; núcleo social da habitação. Era aqui que o dominus recebia os seus clientes. Era decorado com estátuas
de mármore ou retratos dos antepassados. Impluvium - Tanque onde se acolhiam as águas pluviais. Peristilo - Parte
posterior da domus ao qual se acedia por um fauces ou pelo Tablinum. Pátio com colunas com um jardim com esculturas e
pequenos lagos. Tablinum - Compartimento principal reservado ao dono da casa. Triclinium - Sala de refeições
A domus geralmente tinha 1 ou 2 pisos,
telhado coberto com telha cerâmica,
organizada em torno dos pátios interiores.
Os pavimentos eram revestidos com
mármores ou mosaicos. Estuques nas
paredes.
Conimbriga
Casa dos Repuxos
Conimbriga
Datável do séc. III. O peristilo está colocado ao centro da casa e possui um grande lago com
canteiros.
As muralhas foram erguidas no final do séc. III, inícios
do seguinte. Três vivendas ficaram extramuros.
A Casa de Cantaber ficou dentro do perímetro das muralhas. Na imagem, vê-se um detalhe
das termas privadas.
Conimbriga possuiu diversas termas a funcionar simultaneamente.
A água era captada em Alcabideque.
O apodyterium era o vestiário colocado à entrada onde se deixavam as roupas. Passava-se
a um terreiro ensaibrado (palestra) para a prática do exercício físico, lavavam-se depois os
pés (pedilúvio) e o corpo, seguindo-se uma sucessão de banhos (tepidarium, caldarium e
um frigidarium)
Termas de Augusto
Os banhos de Augusto foram arrasados para
se erguerem as enormes termas de Trajano.
Havia ainda as termas do Aqueduto e as termas da Muralha. Estas foram
demolidas nos finais do séc. III quando se ergueu o muro defensivo.
Laconicum (banho-turco)
das termas da Muralha.
No séc. I a. C. Conimbriga teve o seu
primeiro forum: o de Augusto. Possuía um
templo, estabelecimentos comerciais, a
basílica e a cúria.
Nos anos de 77 -78, um cidadão local, M. Júnio Latrão foi eleito sacerdote do culto
imperial, em Mérida. A cidade de Conimbriga sentiu-se honrada, pois foi por esta
década que a cidade foi promovida a município. Para assinalar a distinção, foi demolido
o velho forum, e erguido um outro: o chamado forum dos flávios.
Criptopórtico de aeminium
Sob o actual Museu Nacional Machado de Castro, antigo Paço Episcopal, conserva-se o
criptopórtico romano de Aeminium. Construído em 2 andares, era a base do forum.
O Criptopórtico esteve entulhado
durante séculos e só é identificado como
romano no séc. XVI pelo poeta Sá de
Miranda que as designa como grotas,
ainda que fossem conhecidas como covas
desde a Idade Média.
As escavações iniciaram-se na década de
30 do séc. XX. O primeiro estudo só é
publicado em 1973, por Jorge de Alarcão
e J. M. Bairrão Oleiro.
Na década de 1990, efectuam-se novas
escavações, atribuindo-se a estrutura ao
tempo de Cláudio (1ª metade séc. I d. C.).
Foi recentemente reaberto ao público.
Mirobriga
Santiago do Cacém
Templo de Mirobriga
Atribui-se a sua consagração a o deus Esculápio. Templo in antis, com duas colunas
adossadas nas paredes.
In Antis
O incorrectamente designado Templo de Diana, em Évora, erguia-se no
forum e é datável do séc. I d. C., não sendo o templo original do forum
de Ebora.
O templo era consagrado ao culto imperial. Este culto aproximava os colonos romanos e os
indígenas, constituindo um factor de unidade do império.
O templo serviu de açougue e de paço da Inquisição.
Foi restaurado no séc. XIX.
Capitéis coríntios lavrados em
mármore branco de Vila Viçosa
assentes sobre colunas
graníticas.
Capitel dórico Capitel jónico
Capitel coríntioCapitel toscano
Capitéis compósitos, no Museu Regional de Beja, da basílica e do templo
do forum de Pax Iulia (finais do séc. I d. C.)
Fonte do Ídolo
Braga
Não se tratando de um templo, é um santuário consagrado a uma divindade indígena
numa parede rochosa de onde brotava uma fonte. Representa-se a divindade
(Tongoenabiago) e o cidadão que patrocinou a obra (Célico Frontão)
A Torre de Almofala (Figueira
de Castelo Rodrigo) foi
remodelada nos sécs. XVI e XVII.
O podium é claramente romano.
Desconhece-se qual teria sido o
uso: templo ou mausoléu.
A Torre de Centum
Cellas (Belmonte) é
igualmente difícil de
interpretar. Não
seria nem um
templo nem um
praetorium
(quartel-general),
sendo mais
provável que
servisse de
residência,
eventualmente uma
estalagem, ou a
parte de uma villa,
o que constituiria
um modelo único
dentro deste tipo
de construções.
Bobadela
Oliveira do Hospital
O nome latino da povoação permanece ignorado. Sabe-se
que era capital de civitas.
O arco assinalava a entrada no forum
O anfiteatro de Bobadela. Tem reduzido interesse arquitectónico pois foi muito arruinado, para além do
que a sua concepção tira proveito das condições naturais. É o primeiro que se escava em Portugal,
ainda que se conheçam outros , como Conimbriga, Balsa ou Aeminium.
Anfiteatro
Mérida
Teatro
Mérida
O Teatro Romano de Lisboa foi construído no tempo de Nero (séc. I d. C), ficando parcialmente
descoberto após o terramoto de 1755.
http://www.museuteatroromano.pt/Paginas/Default.aspx
Teatro romano do Alto da Cividade, em Braga, descoberto acidentalmente em 1999.
A cidade de Tongobriga citada por Ptolomeu foi identificada com o lugar do Freixo (Marco
de Canaveses). Teria sido um castro romanizado que deu origem a uma civitas no início do
séc. II, provando que o modo mediterrânico civilizado e urbano foi levado pelos romanos até
às cidades secundárias do Norte da Península.
A construção das termas, do forum e outros edifícios revela o objectivo de dotar a cidade de
equipamentos públicos
Junto ao forum estavam as termas públicas.
retrato
Cabeça de estátua de
Augusto, com c. 45 cm,
reaproveitando uma de
Calígula.
Museu Monográfico de
Coimbriga
Existem 3 retratos deste imperador encontrados em
território nacional: Conimbriga, Tomar e Mértola.
O imperador é reconhecível pela garra do cabelo sobre
o olho direito.
Estes retratos provinciais difundiam-se a partir de
modelos autorizados em Roma. As imagens eram
exibidas no templo, juntamente com as divindades.
Augusto velado
Museo Nacional de Arte Romano
Mérida
Augusto proveniente de
Mértola
Museu Nacional de Arqueologia
Lisboa
Retrato de Mulher (MNMC); séc. I:
Trata-se de um possível retrato de Lívia,
esposa de Augusto, pois aparece capite
uelato.
Foi achado no criptopórtico de Aeminium.
Retrato de Trajano (I –II) proveniente do criptopórtico de
Aeminium e conservado no Museu Nacional Machado de Castro. O
imperador surge coroado de louros, com uma expressão fechada e
austera, traduzindo a personalidade do retratado.
O material usado é o mármore de Estremoz – Vila Viçosa.
Vespasiano (I) , também proveniente do criptopórtico.
Surge caracterizado com o ar fatigado com que
usualmente era representado. Este retrato tem sido
interpretado como uma reutilização do de Nero, numa
prática designada como damnatio memoriae, que
condenava ao banimento os retratos de todos os
caídos em desgraça.
Retrato de Agripina , a Antiga (ou Agripina Maior), esposa do
imperador Germânico.
Achado no criptopórtico de Coimbra, pode ser apreciado no
Museu Nacional Machado de Castro.
Data do séc. I, é o mais belo retrato do período romano em
Portugal.
Trata-se de um busto em mármore concebido para ser
colocado sobre uma estátua-pedestal.
O penteado é típico da época. Note-se que esta é uma
característica dos retratos romanos que permite, uma vez
conhecidas as modas dos penteados de Roma, datar com
segurança as imagens.
Ressalta, como elemento psicológico, a dignidade da
retratada.
Agripina Menor
(ou Agripina, a Jovem)
Museu Municipal de Faro
Filha da anterior e mãe de Nero.
O retrato foi encontrado em Milreu.
Este busto do imperador Adriano, tem a
mesma origem do anterior e conserva-se
igualmente no Museu Municipal de Faro.
Destaca-se o paludamentum caindo do
ombro esquerdo, bem como a barba do
imperador. É a primeira vez que a barba
de um imperador se representa como
traço identificador.
Note-se ainda a cabeleira frisada
cobrindo a fronte como se fosse um
capacete.
Os retratos particulares são mais
numerosos.
Esta cabeça feminina foi descoberta em
Conimbriga, em cujo museu monográfico se
guarda.
É claramente influenciado pelos cânones
oficiais.
Augusto
Museu Mpnográfico de Conimbriga
No Museu da Comunidade Concelhia da Batalha guarda-se
uma estátua togada com cerca de 2 m.
Estátua togada de Mértola,
notando-se o orifício para
colocar a “cabeça”.
Torso imperial togado
Conimbriga
Séc. I
Sarcófago das vindimas,
proveniente de
Castanheira do Ribatejo;
Vila Franca de Xira.
Museu Nacional de
Arqueologia; Lisboa
Meados do séc. III d. C.
Sarcófago proveniente do Monte
da Azinheira;
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Évora.
Museu Nacional Soares dos Reis;
Porto
Séc. III d. C.
O Mosaico
Milreu
Os mosaicos murais são raros em Portugal. O de Milreu (Estói) é o mais rico encontrado. Este painel
preenche o friso mural do templo. Um outro, também com motivos piscícolas, reveste o muro da
piscina das termas.
Banhos da villa de Milreu
As tesselas eram pequenos cubos de pedra ou pasta vítrea coloridos .
Painel representando o coro das Musas, do chamado “triunfo indiano de Baco”,
das cenas trágicas de Medeia, meditando no infanticídio, e de Hércules,
enlouquecido por Juno, preparando-se para matar a mulher e os filhos.
(villa de Torre de Palma, Monforte; Portalegre)
Finais do séc. III d. C.
Este mosaico, achado recentemente (2009) em Alter do Chão (Portalegre), narra um episódio
mitológico: a morte de Medusa por Perseu.
Estes temas mitológicos foram sendo progressivamente substituídos por temas do quotidiano.
http://marialynce.wordpress.com
Mosaico Oceano
Museu de Faro
Este mosaico da Casa dos Repuxos (Conimbriga) exibe um tema venatório (caça), o que
constitui um dos motivos mais comuns.
Mosaico da designada casa dos esqueletos (Conimbriga). Os motivos geométricos
buscam efeitos tridimensionais.
Cavalo Hiberus Cavalo Leneus
Detalhes do Mosaico dos Cavalos da villa romana de Torre de Palma.
Bibliografia comentada: Jorge de Alarcão é o autor de referência sobre arte e arqueologia romanas. É
vastíssima a sua produção científica. Para uma abordagem ao tema da arte romana em Portugal,
recomenda-se o já citado 1º vol. da História da Arte em Portugal (Publicações Alfa; Lisboa; 1986) que, além
do capítulo sobre arquitectura romana , inclui ainda um outro de J. M. Bairrão Oleiro relativo aos mosaicos e
outro de Vasco de Sousa sobre a escultura romana. Notável é o livro do prof. Alarcão consagrado a
Conimbriga (Conimbriga, o Chão Escutado; Lisboa; Círculo de Leitores; 1999.) Para além do excelente texto,
mesmo do ponto de vista literário, oferece um arranjo gráfico inexcedível e fotografias de grande qualidade.
Do mesmo autor, o não menos notável e recente trabalho sobre a cidade de Coimbra (Coimbra. A
Montagem do Cenário Urbano; Coimbra; Imprensa da Universidade; 2008) que, entre as páginas 29 e 66
oferece uma resenha com novas interpretações e hipóteses sobre a cidade de Coimbra sob o domínio
romano. Conceição Lopes, também docente do instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, dirige
o volume da História da Arte Portuguesa dedicado às Expressões Artísticas Anteriores à Formação de
Portugal (Lisboa; Fubu Editores; 2008. Coord. geral de Dalila Rodrigues). A obra de Ana Lídia Pinto, Fernanda
Meireles e M. Cernadas Cambotas (História da Arte Ocidental e Portuguesa, das Origens ao final do século
XX; Porto; Porto Editora; 2001; pp. 231 – 239) está disponível na biblioteca da ESEC e apresenta uma
brevíssima síntese profusamente ilustrada da arte da romanização em Portugal, ainda que as ilustrações se
devam confrontar com pesquisas na internet e o texto seja meramente indicativo. Na biblioteca da ESEC está
também disponível o 1º volume da História da Arte Portuguesa dirigida por Paulo Pereira (Lisboa; Círculo de
Leitores; 1995), contendo uma excelente síntese de M. Justino Maciel (A Arte da Época Clássica (séculos II a.
C. – II d. C.; pp. 78 - 119). Sobre o criptopórtico e o forum de Aeminium, deve citar-se o trabalho de Pedro C.
Carvalho (O Forum de Aeminium; Coimbra; Instituto Português de Museus; 1998). Ainda que de interesse
arqueológico, interessa-nos apenas, para quem desejar informação aprofundada, o cap. II, a partir da pág.
177. Na www, destaco o sítio http://www.portugalromano.com/ que pretende compilar informação dispersa
sobre os vestígios da romanização em Portugal. Quanto ao manual de Paulo Pereira, é indispensável a leitura
do capítulo 4, iniciado na p. 111.

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G arte romana em portugal

  • 1. Cavalo Hiberus Pormenor do chamado mosaico dos cavalos da villa romana de Torre de Palma, Monforte; Portalegre  Arte Romana em Portugal 
  • 2. No ano de 218 a. C., os exércitos romanos entram pela primeira vez na Península Ibérica, acudindo aos habitantes da cidade de Sagunto, atacada e ocupada por Aníbal. Aníbal Barca (247-183 a. C.)
  • 3. Museus do Vaticano Roma As Guerras Cantábricas (29 – 19 a. C.) trazem César Augusto à Península Ibérica que assim é finalmente pacificada. Seguem-se séculos de paz, produzindo-se uma intensa assimilação da civilização romana.
  • 4. Os legionários instalavam-se nos territórios ocupados com as suas famílias em grandes acampamentos que davam depois origem a cidades. Cultivavam a terra e trabalhavam nos vários ofícios. Eram também colonos. Contactavam e influenciavam os indígenas.
  • 5. Ponte de Alcântara Obras públicas: além da propaganda à grandeza de Roma, era recrutada mão-de-obra local que, trabalhando com os legionários, ia assimilando os modos romanos.
  • 6. Ponte romana de Vila Formosa sobre a ribeira de Seda Ponte de Sor Sécs. I – II d. C.
  • 7. Ponte sobre o rio Tuela Torre D. Chama Bragança Estas pontes integravam-se na rede de vias imperiais, eram sólidas, simétricas, recorrendo normalmente ao granito (raramente ao xisto), em aparelho almofadado, exibindo marcas de forfex.
  • 8. Ponte de Trajano em Aqua Flaviae (Chaves)
  • 9. Os sistemas construtivos tomavam por base o arco e as construções derivadas: abóbadas, cúpulas e arcadas. Segovia
  • 10. O aqueduto de Conimbriga abastecia a população a partir da nascente de Alcabideque.
  • 11. A Villa era uma herdade de exploração agrícola. Incluía campos cultivados, pastagens e a mata. A parte edificada incluía a residência do proprietário, dos criados e escravos, bem como a adega, lagar, celeiro e estábulos.
  • 12. A villa era um latifúndio pertencente a um senhor (dominus) destinada a exploração agrícola, florestal e pecuária, tendo ao centro a casa senhorial rodeada pelas instalações rurais (lagares, celeiros, tulhas, adegas, estábulos,…) e por habitações de pessoal livre ou servil. Villa romana do Rabaçal; Penela; séc. IV d.C.
  • 13.
  • 15. Ruínas do templo romano de Milreu. O embasamento é revestido por mosaicos com figurações de peixes. O templo foi cristianizado no Baixo Império, o que é comprovado pela existência de um baptistério e de sepulturas de inumação.
  • 17. Villa de S. Cucufate Vidigueira Beja Séc. I d. C. Muros de xisto com fiadas de tijolo. As abóbadas foram construídas com cofragens de madeira. Já pouco resta do andar superior. Seria o piso nobre da residência de onde o dominus avistava toda a propriedade e a cidade de Pax Iulia
  • 18. Opus incertum Opus testaceum Opus reticulatum Opus signinum Opus quadratum Opus caementicium
  • 19. Não há vestígios de ocupação visigótica ou islâmica em S. Cucufate. Na Idade Média, a villa foi um convento.
  • 20. A villa foi destruída e substituída por um novo edifício com afinidades com as construções norte-africanas. Esta nova villa senhorial incluía um templo semelhante ao de Milreu que, todavia, não se conservou, sendo provável tratar- se do mesmo arquitecto. Durante a ocupação muçulmana foi ocupado para outro uso. Após a reconquista foi adaptado a convento
  • 21. O mosteiro foi abandonado no séc. XVI, preservando-se a capela, consagrada a S. Cucufute, até ao séc. XVIII
  • 23. Ostium - porta de entrada. Fauces - vestíbulo (pequeno corredor que dava acesso ao peristilo). Atrium - centro do corpo anterior da domus; núcleo social da habitação. Era aqui que o dominus recebia os seus clientes. Era decorado com estátuas de mármore ou retratos dos antepassados. Impluvium - Tanque onde se acolhiam as águas pluviais. Peristilo - Parte posterior da domus ao qual se acedia por um fauces ou pelo Tablinum. Pátio com colunas com um jardim com esculturas e pequenos lagos. Tablinum - Compartimento principal reservado ao dono da casa. Triclinium - Sala de refeições A domus geralmente tinha 1 ou 2 pisos, telhado coberto com telha cerâmica, organizada em torno dos pátios interiores. Os pavimentos eram revestidos com mármores ou mosaicos. Estuques nas paredes.
  • 25.
  • 27. Datável do séc. III. O peristilo está colocado ao centro da casa e possui um grande lago com canteiros.
  • 28. As muralhas foram erguidas no final do séc. III, inícios do seguinte. Três vivendas ficaram extramuros.
  • 29. A Casa de Cantaber ficou dentro do perímetro das muralhas. Na imagem, vê-se um detalhe das termas privadas.
  • 30. Conimbriga possuiu diversas termas a funcionar simultaneamente.
  • 31. A água era captada em Alcabideque.
  • 32. O apodyterium era o vestiário colocado à entrada onde se deixavam as roupas. Passava-se a um terreiro ensaibrado (palestra) para a prática do exercício físico, lavavam-se depois os pés (pedilúvio) e o corpo, seguindo-se uma sucessão de banhos (tepidarium, caldarium e um frigidarium) Termas de Augusto
  • 33. Os banhos de Augusto foram arrasados para se erguerem as enormes termas de Trajano.
  • 34. Havia ainda as termas do Aqueduto e as termas da Muralha. Estas foram demolidas nos finais do séc. III quando se ergueu o muro defensivo. Laconicum (banho-turco) das termas da Muralha.
  • 35. No séc. I a. C. Conimbriga teve o seu primeiro forum: o de Augusto. Possuía um templo, estabelecimentos comerciais, a basílica e a cúria.
  • 36. Nos anos de 77 -78, um cidadão local, M. Júnio Latrão foi eleito sacerdote do culto imperial, em Mérida. A cidade de Conimbriga sentiu-se honrada, pois foi por esta década que a cidade foi promovida a município. Para assinalar a distinção, foi demolido o velho forum, e erguido um outro: o chamado forum dos flávios.
  • 37.
  • 39. Sob o actual Museu Nacional Machado de Castro, antigo Paço Episcopal, conserva-se o criptopórtico romano de Aeminium. Construído em 2 andares, era a base do forum.
  • 40. O Criptopórtico esteve entulhado durante séculos e só é identificado como romano no séc. XVI pelo poeta Sá de Miranda que as designa como grotas, ainda que fossem conhecidas como covas desde a Idade Média. As escavações iniciaram-se na década de 30 do séc. XX. O primeiro estudo só é publicado em 1973, por Jorge de Alarcão e J. M. Bairrão Oleiro. Na década de 1990, efectuam-se novas escavações, atribuindo-se a estrutura ao tempo de Cláudio (1ª metade séc. I d. C.). Foi recentemente reaberto ao público.
  • 42. Atribui-se a sua consagração a o deus Esculápio. Templo in antis, com duas colunas adossadas nas paredes.
  • 44. O incorrectamente designado Templo de Diana, em Évora, erguia-se no forum e é datável do séc. I d. C., não sendo o templo original do forum de Ebora.
  • 45. O templo era consagrado ao culto imperial. Este culto aproximava os colonos romanos e os indígenas, constituindo um factor de unidade do império.
  • 46. O templo serviu de açougue e de paço da Inquisição. Foi restaurado no séc. XIX.
  • 47. Capitéis coríntios lavrados em mármore branco de Vila Viçosa assentes sobre colunas graníticas.
  • 48. Capitel dórico Capitel jónico Capitel coríntioCapitel toscano
  • 49. Capitéis compósitos, no Museu Regional de Beja, da basílica e do templo do forum de Pax Iulia (finais do séc. I d. C.)
  • 50. Fonte do Ídolo Braga Não se tratando de um templo, é um santuário consagrado a uma divindade indígena numa parede rochosa de onde brotava uma fonte. Representa-se a divindade (Tongoenabiago) e o cidadão que patrocinou a obra (Célico Frontão)
  • 51. A Torre de Almofala (Figueira de Castelo Rodrigo) foi remodelada nos sécs. XVI e XVII. O podium é claramente romano. Desconhece-se qual teria sido o uso: templo ou mausoléu.
  • 52. A Torre de Centum Cellas (Belmonte) é igualmente difícil de interpretar. Não seria nem um templo nem um praetorium (quartel-general), sendo mais provável que servisse de residência, eventualmente uma estalagem, ou a parte de uma villa, o que constituiria um modelo único dentro deste tipo de construções.
  • 53. Bobadela Oliveira do Hospital O nome latino da povoação permanece ignorado. Sabe-se que era capital de civitas.
  • 54. O arco assinalava a entrada no forum
  • 55. O anfiteatro de Bobadela. Tem reduzido interesse arquitectónico pois foi muito arruinado, para além do que a sua concepção tira proveito das condições naturais. É o primeiro que se escava em Portugal, ainda que se conheçam outros , como Conimbriga, Balsa ou Aeminium.
  • 58. O Teatro Romano de Lisboa foi construído no tempo de Nero (séc. I d. C), ficando parcialmente descoberto após o terramoto de 1755. http://www.museuteatroromano.pt/Paginas/Default.aspx
  • 59. Teatro romano do Alto da Cividade, em Braga, descoberto acidentalmente em 1999.
  • 60. A cidade de Tongobriga citada por Ptolomeu foi identificada com o lugar do Freixo (Marco de Canaveses). Teria sido um castro romanizado que deu origem a uma civitas no início do séc. II, provando que o modo mediterrânico civilizado e urbano foi levado pelos romanos até às cidades secundárias do Norte da Península. A construção das termas, do forum e outros edifícios revela o objectivo de dotar a cidade de equipamentos públicos
  • 61. Junto ao forum estavam as termas públicas.
  • 62. retrato Cabeça de estátua de Augusto, com c. 45 cm, reaproveitando uma de Calígula. Museu Monográfico de Coimbriga
  • 63. Existem 3 retratos deste imperador encontrados em território nacional: Conimbriga, Tomar e Mértola. O imperador é reconhecível pela garra do cabelo sobre o olho direito. Estes retratos provinciais difundiam-se a partir de modelos autorizados em Roma. As imagens eram exibidas no templo, juntamente com as divindades. Augusto velado Museo Nacional de Arte Romano Mérida Augusto proveniente de Mértola Museu Nacional de Arqueologia Lisboa
  • 64. Retrato de Mulher (MNMC); séc. I: Trata-se de um possível retrato de Lívia, esposa de Augusto, pois aparece capite uelato. Foi achado no criptopórtico de Aeminium.
  • 65. Retrato de Trajano (I –II) proveniente do criptopórtico de Aeminium e conservado no Museu Nacional Machado de Castro. O imperador surge coroado de louros, com uma expressão fechada e austera, traduzindo a personalidade do retratado. O material usado é o mármore de Estremoz – Vila Viçosa. Vespasiano (I) , também proveniente do criptopórtico. Surge caracterizado com o ar fatigado com que usualmente era representado. Este retrato tem sido interpretado como uma reutilização do de Nero, numa prática designada como damnatio memoriae, que condenava ao banimento os retratos de todos os caídos em desgraça.
  • 66. Retrato de Agripina , a Antiga (ou Agripina Maior), esposa do imperador Germânico. Achado no criptopórtico de Coimbra, pode ser apreciado no Museu Nacional Machado de Castro. Data do séc. I, é o mais belo retrato do período romano em Portugal. Trata-se de um busto em mármore concebido para ser colocado sobre uma estátua-pedestal. O penteado é típico da época. Note-se que esta é uma característica dos retratos romanos que permite, uma vez conhecidas as modas dos penteados de Roma, datar com segurança as imagens. Ressalta, como elemento psicológico, a dignidade da retratada.
  • 67. Agripina Menor (ou Agripina, a Jovem) Museu Municipal de Faro Filha da anterior e mãe de Nero. O retrato foi encontrado em Milreu.
  • 68. Este busto do imperador Adriano, tem a mesma origem do anterior e conserva-se igualmente no Museu Municipal de Faro. Destaca-se o paludamentum caindo do ombro esquerdo, bem como a barba do imperador. É a primeira vez que a barba de um imperador se representa como traço identificador. Note-se ainda a cabeleira frisada cobrindo a fronte como se fosse um capacete.
  • 69. Os retratos particulares são mais numerosos. Esta cabeça feminina foi descoberta em Conimbriga, em cujo museu monográfico se guarda. É claramente influenciado pelos cânones oficiais.
  • 71. No Museu da Comunidade Concelhia da Batalha guarda-se uma estátua togada com cerca de 2 m. Estátua togada de Mértola, notando-se o orifício para colocar a “cabeça”. Torso imperial togado Conimbriga Séc. I
  • 72. Sarcófago das vindimas, proveniente de Castanheira do Ribatejo; Vila Franca de Xira. Museu Nacional de Arqueologia; Lisboa Meados do séc. III d. C. Sarcófago proveniente do Monte da Azinheira; Reguengos; Évora. Museu Nacional Soares dos Reis; Porto Séc. III d. C.
  • 74. Os mosaicos murais são raros em Portugal. O de Milreu (Estói) é o mais rico encontrado. Este painel preenche o friso mural do templo. Um outro, também com motivos piscícolas, reveste o muro da piscina das termas.
  • 75. Banhos da villa de Milreu
  • 76. As tesselas eram pequenos cubos de pedra ou pasta vítrea coloridos .
  • 77. Painel representando o coro das Musas, do chamado “triunfo indiano de Baco”, das cenas trágicas de Medeia, meditando no infanticídio, e de Hércules, enlouquecido por Juno, preparando-se para matar a mulher e os filhos. (villa de Torre de Palma, Monforte; Portalegre) Finais do séc. III d. C.
  • 78. Este mosaico, achado recentemente (2009) em Alter do Chão (Portalegre), narra um episódio mitológico: a morte de Medusa por Perseu. Estes temas mitológicos foram sendo progressivamente substituídos por temas do quotidiano. http://marialynce.wordpress.com
  • 79.
  • 81. Este mosaico da Casa dos Repuxos (Conimbriga) exibe um tema venatório (caça), o que constitui um dos motivos mais comuns.
  • 82. Mosaico da designada casa dos esqueletos (Conimbriga). Os motivos geométricos buscam efeitos tridimensionais.
  • 83. Cavalo Hiberus Cavalo Leneus Detalhes do Mosaico dos Cavalos da villa romana de Torre de Palma.
  • 84. Bibliografia comentada: Jorge de Alarcão é o autor de referência sobre arte e arqueologia romanas. É vastíssima a sua produção científica. Para uma abordagem ao tema da arte romana em Portugal, recomenda-se o já citado 1º vol. da História da Arte em Portugal (Publicações Alfa; Lisboa; 1986) que, além do capítulo sobre arquitectura romana , inclui ainda um outro de J. M. Bairrão Oleiro relativo aos mosaicos e outro de Vasco de Sousa sobre a escultura romana. Notável é o livro do prof. Alarcão consagrado a Conimbriga (Conimbriga, o Chão Escutado; Lisboa; Círculo de Leitores; 1999.) Para além do excelente texto, mesmo do ponto de vista literário, oferece um arranjo gráfico inexcedível e fotografias de grande qualidade. Do mesmo autor, o não menos notável e recente trabalho sobre a cidade de Coimbra (Coimbra. A Montagem do Cenário Urbano; Coimbra; Imprensa da Universidade; 2008) que, entre as páginas 29 e 66 oferece uma resenha com novas interpretações e hipóteses sobre a cidade de Coimbra sob o domínio romano. Conceição Lopes, também docente do instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, dirige o volume da História da Arte Portuguesa dedicado às Expressões Artísticas Anteriores à Formação de Portugal (Lisboa; Fubu Editores; 2008. Coord. geral de Dalila Rodrigues). A obra de Ana Lídia Pinto, Fernanda Meireles e M. Cernadas Cambotas (História da Arte Ocidental e Portuguesa, das Origens ao final do século XX; Porto; Porto Editora; 2001; pp. 231 – 239) está disponível na biblioteca da ESEC e apresenta uma brevíssima síntese profusamente ilustrada da arte da romanização em Portugal, ainda que as ilustrações se devam confrontar com pesquisas na internet e o texto seja meramente indicativo. Na biblioteca da ESEC está também disponível o 1º volume da História da Arte Portuguesa dirigida por Paulo Pereira (Lisboa; Círculo de Leitores; 1995), contendo uma excelente síntese de M. Justino Maciel (A Arte da Época Clássica (séculos II a. C. – II d. C.; pp. 78 - 119). Sobre o criptopórtico e o forum de Aeminium, deve citar-se o trabalho de Pedro C. Carvalho (O Forum de Aeminium; Coimbra; Instituto Português de Museus; 1998). Ainda que de interesse arqueológico, interessa-nos apenas, para quem desejar informação aprofundada, o cap. II, a partir da pág. 177. Na www, destaco o sítio http://www.portugalromano.com/ que pretende compilar informação dispersa sobre os vestígios da romanização em Portugal. Quanto ao manual de Paulo Pereira, é indispensável a leitura do capítulo 4, iniciado na p. 111.

Notas do Editor

  1. Aki