3. Não há uma cultura megalítica.
O Megalitismo é um fenómeno
comum a diferentes culturas.
Na Europa ocidental, estende-se
desde a Escandinávia, pelo mar
do Norte, Ilhas Britânicas e por
todo o arco atlântico desde a
Bretanha até Gibraltar,
alargando-se depois ao
Mediterrâneo ocidental,
incluindo o norte de África e as
ilhas mediterrânicas, desde os
finais do neolítico até à Idade do
Bronze, isto é, do 5º ao 3º
milénio a. C., aproximadamente.
6. Os principais tipos de construção megalítica são: o menir,
Almendres
Évora
Bulhôa
Reguengos de Monsaraz
7. O menir da Bulhôa (ou
Belhoa) ostenta um
motivo solar, rodeado
por motivos
serpentiformes e uma
figura que tem sido
interpretada como um
báculo.
No sul, os menires
ostentam gravuras ou
insculturas, que
incluem motivos em U
e zig-zag, enquanto
que a norte parecem
dominar os esteios
pintados nos dólmenes
8. Menir da Meada
Castelo de Vide
Menir do Outeiro
Reguengos
Menir do Monte Ribeira
Reguengos Monsaraz
9. O menir é o tipo mais simples ainda que de significado complexo. É
uma coluna, normalmente de forma fálica, enterrada vertical e
parcialmente no solo. Por vezes, apresenta decorações no topo, por
exemplo, motivos solares e outros símbolos astrais.
O menir de Locmariaquer, na Bretanha francesa, é o maior conhecido, mede mais de 20 m e pesa quase
300 t. A rocha não é proveniente do local onde se erguia o menir.
13. Alinhamento: um conjunto de menires dispostos em linha. O mais famoso é o de Carnac (4º
3º milénios a. C.), na Bretanha. É formado por várias linhas paralelas. Desconhece-se o
significado destes conjuntos monumentais.
18. O cromeleque é um conjunto de menires dispostos em forma circular, ou aproximada,
definindo assim um espaço interior que deveria ter funções de templo ou recinto sagrado.
19. O mais famoso é o de Stonehenge, na planície do Sul de Inglaterra (Salisbury, Wiltshire).
20. Os esteios chegam aos 4 m e às 40 t. Foi construído em diversas fases, entre os finais do
Neolítico e a Idade do Bronze (c. 3100 a. C. – 1400 a. C.).
21. Uma das hipóteses mais fascinantes é a que admite a relação astral destas construções,
sugerindo-se que a disposição dos menires tem relação com o firmamento.
28. Báculo da Herdade das
Antas
Montemor-o-Novo
Báculo de dorso serrilhado. Proveniente da Anta 4 da Herdade das
Antas; MNA, xisto, Neolítico final, Idade do Cobre, 44cmx 7,5cm.
30. As antas, ou dólmenes, são o monumento mais comum. É um monumento funerário que,
na variante mais simples, é formado por esteios que sustentam um tampo, ou mesa,
criando no interior uma câmara. A maior parte foi edificada entre 4000 e 3000 a. C.
Zedes
Carrazeda de Ansiães
Bragança
38. www.cm-paredes.com
Os fragmentos dos esteios pintados encontram-se depositados Museu de História Natural
da Faculdade de Ciências do Porto, para onde foram levados em 1926.
Dólmen do Padrão
Paredes
41. Originalmente eram cobertas com pedra e terra, chamada mamoa ou tumulus, sendo já
raros os monumentos que conservam essa cobertura. Excepcional é o monumento de
Newgrange, na Irlanda.
Trata-se de um túmulo megalítico (c. 4 000 a. C.) Um corredor com quase 20 m e 40 esteios
conduz a uma câmara cruciforme
44. Os Monumentos megalíticos de Alcalar são um conjunto de 18 túmulos megalíticos agrupados em
vários núcleos e com uma grande diversidade arquitectónica. Situada entre o norte da ria de Alvor e o
sopé da serra de Monchique, esta necrópole data do III milénio a.c.
O monumento nº7 é constituído por um cairn que envolve um tholos.
www.netparque.pt/NPShowStory.asp?id=264591
45. Já para o final do neolítico, na zona
mediterrânica, desenvolve-se uma
tipologia de monumentos de falsa
cúpula, também chamados de
tholoi (sing.: tholos). A função seria
semelhante à dos monumentos
megalíticos, apenas que construídos
com lajes de pequena dimensão,
pelo que podemos falar de
megalitismo sem megálitos.
46. Cista: túmulo individual de inumação, ou depósito de corpos incinerados, de forma
normalmente rectangular, com paredes formadas por lajes colocadas verticalmente
formando uma pequena câmara.
Fonte: wikipedia
Cista megalítica do Cerro do Malhão (Alcoutim). Vista parcial da cista e do
lajeado exterior.
http://www.igespar.pt/media/uploads/revistaportuguesadearqueologia/6_2/7.pdf
47. Cistas das Casas Velhas, Melides; Grândola (1500 – 700 a.C.)
Descobertas na década de 70. O conjunto é composto por 2 núcleos. As cistas, individuais,
de planta retangular ou trapezoidal, são constituídas por 4 esteios e variam de dimensão.
Os corpos eram depositados em posição fetal e, por vezes, eram acompanhados por
cerâmica ou objetos metálicos.
49. Bibliografia: O autor de referência no tema do megalitismo e arte megalítica continua a ser o
prof. Vítor Oliveira Jorge, cuja tese de doutoramento data já de 1982. Este autor tem inúmeros
artigos sobre o tema, alguns referenciados na www, como por exemplo (conferido em 05-04-
2010): Interpreting the “megalithic art” of western Iberia: some preliminary remarks; in
http://architectures.home.sapo.pt/JIA%200-VOJ.pdf ; Megalitismo no norte de Portugal um
novo balanço; in http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3621.pdf ; Megalitismo de Entre-
Douro-e-Minho e de Trás-Os-Montes (Norte de Portugal): conhecimentos actuais e linhas de
pesquisa a desenvolver: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2059.pdf. Uma pesquisa não
muito aturada fornece artigos muito úteis, como por exemplo:
http://www.culture.gouv.fr/culture/arcnat/megalithes/index.html [Mégalithes du Morbihan]
www.ctv.es/USERS/sananton/coloqmeg.pdf [Intervenções do congresso sobre arte megalítica]
ou: www.crookscape.org/ [Grupo de estudos do megalitismo alentejano. Com mapas,
fotografias, textos científicos e hiperligações.]
V. O. Jorge é o responsável pelo capítulo consagrado à pré-história que, a partir da p. 102,
aborda a temática do megalitismo no volume dirigido por Jorge de Alarcão da «Nova História de
Portugal», intitulado Portugal. Das origens à romanização (Lisboa; Editorial Presença; 1990). O
livro de M. Farinha dos Santos (Pré - História de Portugal; Verbo; Lisboa; 3ª ed. actualizada;
1985) continua a ser uma boa aproximação ao tema da arte megalítica. Algumas obras de
História de Portugal contêm excelentes capítulos sobre o assunto, como a dirigida por João
Medina (Lisboa; 1994), cuja Parte V do vol. I, da autoria de Victor S. Gonçalves, inclui um
esclarecedor artigo de Manuel Calado (pp. 561 – 561). Paulo Pereira escreve uma boa síntese no
1º volume da História da Arte Portuguesa (Lisboa; Círculo de Leitores; 1995; pp. 51 – 63). A
prof.ª Raquel Vilaça redige igualmente uma curta síntese no 1º volume da História da Arte em
Portugal (Lisboa; Publicações Alfa; 1986; pp. 23 – 29).