Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
A BUSCA PELA VERDADE: SÓCRATES E PLATÃO
1. A BUSCA PELA VERDADE: SÓCRATES
E PLATÃO
Prof. Douglas Barraqui
2. 1. SÓCRATES E OS SOFISTAS
A) CONTEXTO HISTÓRICO:
I. Aspectos sociais:
II. Aspectos econômicos:
III. Aspectos políticos:
IV. Aspectos culturais:
3. 1. SÓCRATES E OS SOFISTAS
B) SOFISTAS: MESTRE NA ARTE DE ENSINAR
“O homem é a medida de todas as coisas”
Protágoras de
Abdera (481-411 a.C)
“homo mensure”
Relativismo sobre a verdade
Relativização do Conteúdo
4. 1. SÓCRATES E OS SOFISTAS
C) “ENCARNAÇÃO” DA FILOSOFIA:
“Conhece-te a ti mesmo”
Novo conhecimento == nova ignorância:
Pesquisa socrática: “Só sei que nada sei”
Espírito da filosofia/Postura filosófica:
INVESTIGAR
+
CRÍTICAR
+
QUESTIONAR
MORAL E ÉTICA
Sócrates
(468 a.C. - 399 a.C.)
INVESTIGAR
CRÍTICAR
QUESTIONAR
MORAL E ÉTICA
5. 1. SÓCRATES E OS SOFISTAS
D) O MÉTODO SOCRÁTICO:
Técnica de investigação filosófica = DIALÉTICO/DIÁLOGO (locutor e interlocutor)
1°) IRONIA
Insuficiência da resposta / Preconceitos / Subjetividade
2°) MAIÊUTICA
“Parto do conhecimento”
“Se pode alcançar a verdade se dela a alma estiver grávida” (Sócrates)
Processo de Reflexão
1°) IRONIA
2°) MAIÊUTICA
DIALÉTICO/DIÁLOGO
7. 1. SÓCRATES E OS SOFISTAS
Julgamento e a Morte de Sócrates:
“A morte de Sócrates” - Jacques-Louis David - 1787
8. 2. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
A) CONTEXTO HISTÓRICO
Sócrates e a pena capital.
Fim do “Século de Péricles”.
Esfacelamento da Democracia.
Invasão macedônia.
Platão
(427 a.C. - 347 a.C.)
9. 2. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
B) FUDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA
METAFÍSICO
FÍSICO
“DEMIURGO”
10. PARMÊNIDES
Dimensão inteligível
2. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
C) EPISTEMOLOGIA DE PLATÃO
I. Conceito:
Como atingir o conhecimento/verdade?
Saindo do sensível em direção ao inteligível
HERÁCLITO
Dimensão sensível
11. 1. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
D) A DIALÉTICA DE PLATÃO
EIKASIA
(IMAGENS / ILUSÃO)
PÍSTIS
(CRENÇAS/IMPRESSÕES)
DIANÓIA
(RACIOCÍNIO)
NOESIS
(VERDADE/ SABEDORIA)
MUNDO INTELIGÍVEL
EPISTEME (CONHECIMENTO)
MUNDO SENSÍVEL
DOXA (OPINIÃO)
DIALÉTICA
12. MITO DA CAVERNA (ALEGORIA DA CAVERNA)
2. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
DOGMATISMO
SENSO COMUM
Glauco &
Sócrates
14. E) REMINISCÊNCIA DA ALMA: “CONHECER É RELEMBRAR”
METAFÍSICO
2. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
FÍSICO
CORPO ALMA
VERDADE
BELO
BEM
CONHECER CONTEMPLAR
DISCERNIR
DIALÉTICAREINCARNAÇÃO
15. F) A TEORIA DA TRIPARTIÇÃO DA ALMA:
2. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
RACIONAL
IRASCÍVEL
APETITIVA
Inteligência
Virtude
Coragem
Vigor
Paixões
Desejos
PRAZER
“Mito do cocheiro”
EMOÇÃO
RAZÃO
16. SENSÍVEL
G) O AMOR PLATÔNICO:
2. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
SENTIMENTO / BELO / BOM
FORÇA
INTELIGÍVEL
Eros
FORÇAFORÇA
BELO / BOM
17. H) A CONCEPÇÃO POLÍTICA DE PLATÃO: “A REPÚBLICA”
Cidadão = bom político
Política = justiça para o bem comum
Moral privada INFERIOR moral pública
“Sofocracia’”
2. PLATÃO: A CRIAÇÃO DA METAFÍSICA
RACIONAL
(Razão)
IRASCÍVEL
(Emoção)
APETITIVA
(Prazer)
MAGISTRADOS
GUERREIROS
POVO
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lúcia. Filosofando: Introdução á Filosofia. São Paulo: Moderna,
1993.
BUZZI, Arcângelo. Introdução ao Pensar. Petrópolis; ed. Vozes, 1997.
CHAUÍ, Marilena. Convite á Filosofia. São Paulo,10ª. Ed.,Ática,1998.
CONTIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia -História e Grandes Temas. São
Paulo;Editora Saraiva, 2000.
GAARDEr, Jostein. O Mundo de Sofia. São Paulo; Cia. Das Letras, 1995.
GILES, Thomas Ransom. Introdução á Filosofia. São Paulo; Epu, 1979.
LICKESI, C. Carlos. Introdução á Filosofia - Aprendendo a Pensar.2ª. Ed. São
Paulo;
Cortez,1996. MONDIM, Battista. Curso de Filosofia. 8ªEd. São Paulo;
Paulus,1981 - Volume I, II e III.
MORENTE, Manuel Garcia. Fundamentos de Filosofia - Lições Preliminares. São
Paulo; Mestre Jou,1980.
POLITZER, G. Princípios. Fundamentais de Filosofia. São Paulo; Hemus, 1995.
19. Nota do autor
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Notas do Editor
SÓCRATES E OS SOFISTAS
CONTEXTO HISTÓRICO
Reflexões filosóficas são fruto de um contexto histórico.
A filosofia é fruto de um contexto e condições históricas específicas.
Aspectos sociais:
Vitória dos gregos sobre os persas (Guerras Médicas 490a.C.-448 a.C.)
Vitória só foi possível graças a Liga de Delos
Aspectos econômicos:
Atenas se destaca na liderança da Liga de Delos / “século de Péricles” (uso dos recursos para benefício da pólis)
Expansão do comércio marítimo (porto de Pireu – contato com outros povos e culturas orientais) fez de Atenas a mais importante pólis da Grécia.
Aspectos políticos:
Construção da Democracia (exigiu pensamento racional)
Dracon 620 a.C – código de leis draconiano (leis exigem pensamento racional)
Solon 594 a.C. – seisachteia / Boulé
Clistenes 510 a.C – isonomia / isegoria (isos, “igual”, e agoreúo, “falar em público” ágora, “praça pública”)
Péricles 446 a.C - “século de Péricles”.
Aspectos culturais:
Teatro Grego (550 a.C. - Theathon “lugar que se vê”):
Levaram os gregos a fazerem reflexões e críticas sobre a política na Pólis grega (pensamento racional).
Tragédia (Tragoedia) = conflito entre as tradições mitológicas e a racionalida.
Comédia (Komedia) = críticas baseadas na sátira, abordando problemas sociais e políticos da pólis (corrupção).
Nova Areté: (Termo grego para excelência, mérito e valor)
Areté = educação ateniense ocorria nos ginásios e tinha por objetivo formar guerreiro belo e bom – PERFEIÇÃO FÍSICA (treinamentos físicos para preparar o guerreiro) e PERFEIÇÃO DO ESPÍRITO (poesia, música e retórica - sofistas).
Nova areté objetivava formar o cidadão em excelência moral e política - pensar o bem da pólis (ensinava-se política, filosofia, leis)
B) OS SOFISTAS: MESTRE NA ARTE DE ENSINAR
Professores itinerantes que ensinavam mediante ao pagamento. / Para a história da educação eles são tratados como os primeiros educadores
Eram mestres da retórica e da manipulação das palavras através da eloquência para o convencimento.
Ensinavam o cidadão a falar (retórica)
Acreditavam ser impossível chegar a uma verdade única.
Acreditavam que cada um possuía a sua verdade e deveria defendê-la pela retórica. (relativismo sobre a verdade – cada um conhece a sua verdade)
Não importava se estavam dizendo a verdade ou não o que importava é como falavam (não importava o conteúdo, mas sim como falavam)
Protágoras de Abdera (481-411 a.C)
relativismo sobre a verdade – cada um conhece a sua verdade
O que é verdade para um indivíduo, não necessariamente será para outro.
Ninguém está errado (cada um possui a sua verdade)
O INDIVÍDUO É O CRITÉRIO PARA TUDO
“HOMO MENSURE” = HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS
1.1 SOCRATES:
C) “ENCARNAÇÃO” DA FILOSOFIA:
“Conhece-te a ti mesmo”
“Só sei que nada sei”
Fundador da chamada filosofia clássica.
“Pai da filosofia ocidental”
“Pai e fundador da ética”
Nasceu em Atenas e teve uma vida pobre.
Filho de Sofronisco (escultor) e Fenarete (parteira). Portanto, não foi um membro da aristocracia.
Lutou na Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.)
Condenado à Pena Capital (morte) alto envenenamento por cicuta aos 70 anos.
Sócrates não escreveu nada. Tudo que temos sobre ele estão em obra indiretas. Chegaram a cogitar que ele nunca teria existido (não passava de uma invenção de Platão)
Sócrates começou a se dedicar à filosofia após visitar o Oráculo de Delfos (Sibila) e ao entender as inscrições acima do templo “temet nosce” (conhece-te a ti mesmo). Sócrates se pós a serviço da busca pela verdade e sobre aquilo que determinava a moral (latim “mores” = costumes, é de acordo com a moral que fazemos escolhas) do homem.
Querefonte consultou o oráculo de Delfos perguntando ao oráculo que era o homem mais sábia. O oráculo (Sibila) respondeu que era Sócrates.
Pesquisa socrática: saiu para visitar todos os sábios de sua época. Chegou a conclusão que:
A cada conhecimento obtido uma nova ignorância surgia. “só sei que nada sei”
O espírito da filosofia consiste em uma busca incessante pela verdade (investigação, crítica e questionamento)
O Pensador (1880) - escultura em bronze do escultor francês Auguste Rodin. Retrata um homem em meditação soberba, lutando com uma poderosa força interna o pensamento. O trabalho mostra uma figura masculina nua, maior do que o tamanho real de um homem, sentado em uma pedra com o queixo apoiado em uma mão, como se imerso em seus pensamentos. A escultura e é frequentemente utilizado como uma imagem para representar a filosofia: a imagem de um homem perdido em seus pensamentos, mas cujo corpo poderoso sugere uma grande capacidade de ação.
II. O MÉTODO SOCRÁTICO:
O método socrático consiste em uma técnica de investigação filosófica feita em DIÁLOGO que consiste em o professor (locutor) conduzir o aluno (interlocutor) a um processo de reflexão e descoberta dos próprios valores.
Dialético/Diálogo
Dividi-se em duas etapas:
1°) IRONIA (“EIRIM” = PERGUNTAR/QUESTIONAR)
Sócrates (locutor) faz uma pergunta ao interlocutor. O interlocutor pensa e dá uma resposta a Sócrates.
Sócrates busca demonstrar, através de mais perguntar, com base na resposta dada pelo interlocutor:
Insuficiência da resposta dada.
O preconceito recebido
Opiniões subjetivas.
Assim o interlocutor passa a questionar a si mesmo e a suas próprias respostas. A finalidade é que o interlocutor reconheça a sua própria ignorância.
2°) MAIÊUTICA (parto das ideias)
Sócrates refaz as perguntas e comenta as respostas (a fim de induzir o interlocutor a chegar na suas resposta)
“se pode alcançar a verdade se dela a alma estiver grávida” (Sócrates) – lembrando que a mãe de Sócrates era parteira - Necessidade de trazer a verdade a luz, assim como a criança precisa da parteira para vir a luz a verdade precisa do filósofo para vir a luz.
III. Sócrates Vs Sofistas:
?
IV. Julgamento e a morte de Sócrates:
Acusado de corromper a juventude, filhos da aristocracia, com novas crenças.
Duvidar dos valores tradicionais e religiosos de Atenas.
Sócrates dizia escutar uma voz interna “daimon” – acreditava que era como um deus que lhe dizia o que podia ou não fazer.
Sócrates não se defendeu, aceitou sua condenação. Teve a oportunidade de fugir, mas não aceitou em fidelidade as leis da pólis. Sócrates tinha a opção de ir para o exílio (e, portanto, desistir de sua vocação filosófica) ou ser condenado à morte. Sócrates escolheu a morte.
Penas capital por alto envenenamento (cicuta)
A pintura também retrata Platão e Críton, com o primeiro sentado melancolicamente na beira da cama e Críton segurando o joelho de Sócrates.
CONTEXTO HISTÓRICO
Arístocles = Platão (aquele de costas largas) 427 a.C. - 347 a.C.
nasceu em Atenas / Aristocrata.
Discípulo de Sócrates (mais importante seguidor – CONHECEU SÓCRATES AOS 20 ANOS)
Contato com Pitágoras e mestre de Aristóteles.
Assistiu a morte de Sócrates (o que o levou escrever “a alegoria da caverna”.
Platão viveu o contexto histórico da morte de Péricles
Assistiu o declínio de Atenas frente a Esparta na Guerra do Peloponeso (431 e 404 a.C)
Declínio da democracia
Fim do século de Péricles
Atenas preste a ser invadida pelos macedônios
B) FUDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA
Metafísica (Meta=além / physis = físico) “além do físico” (aquilo que ultrapassa a esfera física)
Para Platão a matéria era algo imperfeito, em constante estado de mudança., diz que os seres são formados por duas dimensões. Dois mundos diferentes e separados:
Física (o mundo sensível) : coisas materiais, sensíveis e portanto, mutáveis.
Essência (mundo das idéias ou mundo inteligível) : imutável que só pode ser compreendido pela racionalidade humana.
O estudo da metafísica busca conhecer a essência do ser que está além da matéria, do que é perceptível aos sentidos.
Tudo que existe, material ou imaterial, se origina da ideia.
O sentidos não nos permite conhecer a verdade como ela é (pois nosso sentidos podem nos enganar) é preciso buscar a essência.
Antes de construir uma cadeira, eu preciso ter uma ideia, de como será e como fazer uma cadeira (portanto tudo que existe, material ou imaterial, se origina da ideia). Não é possível entender uma cadeira somente sentando nela, é preciso buscar a essência (por meio da razão), ai sim conheceremos a verdade sobre a cadera. O MUNDO SENSÍVEL É UMA COPIA DO MUNDO INTELIGIVEL. A VERDADE PARA PLATÃO ESTÁ NO MUNDO INTELIGÍVEL.
Demiurgo - “Deus artífice”
Platão fala de Demiurgo “deus artífice” que tomou como modelo as ideias inteligíveis, ou formas perfeitas, eternas e imutáveis, e deu forma à matéria (Assim como Deus cristão deu forma ao homem a partir do barro).
C) EPISTEMOLOGIA DE PLATÃO
Epistemologia: os caminhos para o conheciemento
I – Conceito: grego(episteme=conhecimento) (logia=estudo) “estudo do conhecimento” – epistemologia estuda o método de como se chega a verdade.
Platão, inspirado em Parmênides e Heráclito:
Parmênides: arhé = “tudo que existe sempre existiu” (concepção monista) – De Parmênides, Platão considerou correto a dimensão inteligível, só existe a essência.
Heráclito: Arché = fogo – tudo está em movimento - De Heráclito, Platão considerou correto as percepções do mundo material e sensível.
Como atingir o conhecimento? Saindo do sensível em direção ao inteligível “em si e por si” (Afirmar que as Idéias existem “em si e por si” – quer dizer que elas se impõem ao homem de modo absoluto, não dependendo de sua percepção e sendo mais verdadeiras do que o próprio indivíduo. No pensamento platônico existe o belo por si mesmo, o bem em si mesmo, o justo em si mesmo (Idealizações).
Como sair do mundo material para o mundo inteligível? Através da DIALÉTICA.
A passagem da doxa (OPINIÃO) para episteme (CONHECIMENTO) se dá pela DIALÉTICA.
Como sair do mundo material para o mundo inteligível? Através da dialética.
O conhecimento das ideias se da por meio da dialética
A passagem da doxa (OPINIÃO) para a episteme (CONHECIMENTO) se dá por meio da dialética (DIÁLOGO)
ETAPAS:
1°) EIKASIA (IMAGENS / ILUSÃO) = uma primeira impressão, imagem que temos das coisas, captadas pelos nossos sentidos.
2°) PÍSTIS(CRENÇAS) = Cada indivíduo percebe as coisas de modo diferente. Temos impressões diferentes sobre as coisas.
3°) DIANÓIA(RACIOCÍNIO) = Começamos a raciocinar sobre o mundo que nos cerca (ex. conhecimento matemático).
4°) NOESIS (INTUIÇÃO / SABEDORIA/filosofia) = Por meio da razão o indivíduo atinge o conhecimento verdadeiro.
Ex. pincel.
1°) EIKASIA (IMAGENS / ILUSÃO) = mostro o pincel vcs observam.
2°) PÍSTIS(CRENÇAS) = Digo que serve para dar aula, vcs acreditam.
3°) DIANÓIA(RACIOCÍNIO) = Eu começo a escrever no quadro (o pincel tem uma razão de ser de existir)
4°) NOESIS (INTUIÇÃO / SABEDORIA/filosofia) = O conteúdo que escrevo no quadro (usando o pincel) transmite sabedoria e conhecimento.
MITO DA CAVERNA (ALEGORIA DA CAVERNA)
Diálogo entre Glauco, o irmão de Platão, e Sócrates, o mentor de Platão.
É um ato de libertação do homem frente ao mundo da escuridão e da ignorância. A iluminação da alma rumo a verdade. Tentativa de tirar o homem do dogmatismo e do senso comum.
A CAVERNA: O mundo sensível onde vivemos.
LUZ DA FOGUEIRA: É o reflexo do mundo (coisas mutáveis).
OS PRISIONEIROS: Pessoas presas no mundo sensível e imperfeito.
AS SOBRAS: As coisas sensíveis que as pessoas tomam como verdadeiras, mas não passam de cópias de ideias perfeitas, mutáveis.
AS CORRENTES: O preconceito das pessoas.
DIALÉTICA: O instrumento que liberta das correntes da ignorância.
PRISIONEIRO QUE ESCAPA: É o filósofo.
SOL: ideia do bem.
E) REMINISCÊNCIA DA ALMA: “CONHECER É RELEMBRAR”
Todas as pessoas podem se libertar da caverna?
“Mito Er” ou “Mito da reminiscência” ou “Anamnese” (lembrança pouco precisa; recordação) (pastor Er, levvado por uma deusa ao mundo dos mortos, mundo inteligível, neste lugar almas aguardam para reencarnar e podem escolher a vida que terão na terra. Após suas escolhas as almas são levadas ao rio do esquecimento, Léthe, almas que escolhem a vida de prazeres e luxúrias bebem bastante água do rio. As almas que escolhem uma vida de sabedoria e conhecimento bebem pouca água do rio).
O homem é composto de uma dualidade: CORPO e ALMA
O conhecimento sensível é imperfeito e passageiro / o conhecimento inteligível é perfeito e verdadeiro.
Para alcançar o mundo inteligível o homem precisa: ter CONHECIMENTO sobre a VERDADE; CONTEMPLAR o que é BELO e DISCERNIR o BEM do MAL. O homem precisa ainda deixar o corpo.
Uma vez no mundo inteligível a alma adquiri conhecimento (já estava com a alma).
A alma pode retornar ao mundo sensível em um corpo, mas para voltar o homem precisa passar por um processo de esquecimento do conhecimento.
Teoria da reminiscência explica essas lembranças (recordações) do mundo inteligível. Através da filosofia (dialéitica) o homem pode se lembrar do conhecimento que um dia já foi adquirido antes do corpo.
Portanto o conhecimento já está no ser humano e ele precisa se lembrar (uso da dialética).
F) A TEORIA DA TRIPARTIÇÃO DA ALMA:
Platão diz que a alma é dividida em três partes:
1ª parte) Racional: conduz a inteligência e a virtude da alma (ligada a mente, a cabeça – Representa pelo cocheiro).
2ª parte) Irascível: a parte do animo, da coragem e do vigor (ligada ao torax, peito, o coração – Representado pelo cavalo bom e fiel).
3ª parte) Apetitiva: paixões, desejos, prazer comer beber, sexo, busca as coisas materiais (abaixo do ventre - Representado pelo cavalo mau).
“Mito do cocheiro”
O corpo humano é a carruagem. O caminho é a vida. Eu o homem que conduz o pensamente e controla as rédeas sou o cocheiro e os sentimentos são os cavalos.
O homem (cocheiro) com ajuda do cavalo bom deve dominar o cavalo mau.
A alma racional, com ajuda da alma irascível domine a alma apetitiva.
Se deixarmos o cavalo mau, que age pelo prazer, movido pelas paixões de desejos, tomar conta de nossa vida andamos em disparada e sem rumo certo, a qualquer momento para um abismo.
G) O AMOR PLATÔNICO:
No senso comum o “amor platônico” é visto como idealizado, inacessível e impossível de ser realizado (ISSO E UM EQUÍVOCO).
O amor em Platão não é um sentimento, mas sim uma força (que impulsiona as pessoas a chegarem a algum lugar).
O amor em Platão não é belo nem bom, é a força que leva o homem a buscar o belo e o bom.
O “eros”, o amor, é a força mediadora que leva o homem superar o sensível e buscar o inteligível.
H) A CONCEPÇÃO POLÍTICA DE PLATÃO: “A REPÚBLICA”
Platão tratou a política em sua obra “A República”.
Objetivo era apontar os caminhos para que a pólis pudesse ser bem governada.
O bom cidadão era um bom político.
A felicidade dos cidadãos se faz no cumprimento da justiça.
Finalidade da política: justiça para o bem comum.
Moral privada é inferior a moral pública.
Interesses coletivos devem estar acima dos interesses pessoais.
Platão defendia a “sofocracia’ (sophos: sábios / Kratia = poder). Governo dos mais sábios e inteligentes. (Platão era contrário a democracia e a monarquia).
Pólis era dividida em três partes (classes sociais distintas):
Magistrados (filósofos – agem de acordo com a razão)
Guerreiros (soldados – agem de acordo com a emoção ex. amor a pátria)
Povo (agricultores, comerciantes e artesãos)