Este documento descreve o caso clínico de um paciente pediátrico com diabetes descompensada. O paciente apresentava vômitos, perda de peso e sinais de desidratação e cetoacidose diabética. Exames revelaram glicemia alta e acidose metabólica. O paciente recebeu tratamento para reidratação e controle glicêmico de acordo com protocolo padrão, com monitoramento contínuo e ajuste da terapia.
2. LEC, 7 anos
QD : Vômitos, há 3 dias.
HDA: Dor de garganta há 1 semana , em uso de ATB
há 2 dias. Voltou a fazer xixi na cama há 1 mês.
Emagreceu 3 kilos neste período. Referia muita sede
e fome. Hoje vômitos e diarréia. Prostração.
Antecedentes: ndn
8. Principal causa de mortalidade no DM1
Edema cerebral está presente em 0,5 a 2% dos casos
de CAD, com mortalidade de 40-90% e sequelas em
até 25% dos sobreviventes
Deficiência de insulina→ alterações do metabolismo
de carboidratos, proteínas e lipídeos.
11. No mundo:
15 a 67% dos casos, primodescompensação
Mais frequente em < 2 anos
Atraso no diagnóstico
Sem antecedentes familiares de DM1
Classes sociais mais baixas
Países em desenvolvimento
Países com baixa prevalência de DM1
12. Em crianças portadoras DM 1
Risco 1 a 10% por paciente por ano.
Causas: mau controle metabólico; episódios
anteriores de CAD; ♀ peri-puberdade;
dificuldades familiares; distúrbios psiquiátricos.
75% estão associados a omissão de doses de
insulina.
Infecções: febre e vômito
Acesso limitado a serviços de saúde
Uso de bombas- interrupção do dispositivo
13.
14. Glicemia capilar (HGT)/ glicemia plasmática para
confirmar
Glicosúria/cetonúria ou cetonemia
Gasometria / eletrólitos (Na/K/ Ca/ Mg)
NA – baixo
K- pode estar aumentado pela acidose
Hemograma – leucocitose desvio esq.
Avaliar o grau de desidratação e o nível de consciência
16. Hidratação lenta
Insulinoterapia
Correção distúrbios hidroeletrolíticos
Tratamento dos fatores desencadeantes: doença
febril, gastroenterite, problemas psicossociais e
falha na administração de insulina
Prevenção das complicações
17. Assegurar dois acessos se CAD moderada a grave (evitar
acesso central pelo risco de trombose)
Quantificar desidratação:
Moderada: < 7,0% do peso
Grave: 7- 10% do peso
Monitorar:
Sinais vitais, glicemia, estado neurológico e balanço hídrico 1/1 h
Glicemia sérica, eletrólitos e gasometria 2/2 h
18.
19. Fase de
expansão:
1 a 2 horas
Fase de
reidratação:
reparo e
manutenção
36 horas
Tratamento
da
desidratação
20.
21.
22.
23. 1ª hora: expansão: 20ml/kg – 400ml em 1 hora
2ª hora: reidratação:
Fase de reparo - CAD moderada: 70ml/kg: 1400ml
Fase de manutenção: 1500ml
12h: (½ reparo – expansão) + 1/2 manutenção = 700-400+750
= 1050ml
24h: (1/2 reparo) + manutenção = 700+1500 = 2200ml
÷ soro a cada 2 horas
24. SF 0,9%: se glicemia > 250 mg/dL:
Soro ao meio:
1/2 SF 0,9% + 1/2 soro glicosado (SG 5%): quando
glicemia ≤ 250 mg/dL.
25. Objetivo: redução lenta da glicemia - média 80
mg/dl/hora.
EV é a via preferencial (bomba de infusão).
Diluir 50 U de insulina REGULAR ou ultra-rápida
em 500 ml de SF (concentração: 0,1UI/ml)
26. 2ª hora do protocolo (logo após a expansão
inicial):
USO EV
Ataque 0,1 UI/Kg EV em bolus (opcional)
HGT > 250 mg/dl: 0,1 U/kg/h (dose = Peso em ml
da solução anterior)
HGT ≤ 250 mg/dl: 0,05 U/kg/h (dose = Peso/2 da
solução anterior)
27. Uso Intramuscular:
Ataque : 0,25 U/kg (máx:10 U),em bolus
0,2U/kg a cada 2 horas (máx: 10 U) com HGT >
250 mg/dL e
0,1 U/kg a cada 2 horas (máx: 5 U) quando HGT
≤ 250 mg/dL com cetonúria positiva
30. Reposição de bicarbonato:
Individualizar
Risco de edema cerebral e complicações
pulmonares, hipotensão e choque
Após hidratação inicial, se:
pH < 6,9
Hipercalemia com risco de vida
Comprometimento da contratilidade cardíada
31. Quando utilizado – correção lenta
Bic oferecido = ( bic esperado – bic obtido) x
0,3 x peso (Kg)
1- 2 mEq/kg
(oferecer metade em 2 horas)
32. Edema cerebral: complicação mais grave
Tratamento: manitol: 0,5 a 1 g/Kg, EV, rápido,
podendo ser repetido em 1 hora se não houver
resposta inicial
Hipoglicemia: mais frequente
33. Após negativação da cetonúria e paciente bem
acordado (término do protocolo):
Regular (SC) 0,1 U/kg a cada 4 horas, se
necessário, até a manhã seguinte.
1ª dose deve ser aplicada 30 min antes da
suspensão da infusão contínua.
34. Insulina lenta (NPH,
Lantus ou Levemir):
na primeira manhã
após compensação
Casos novos: 0,3 a 0,5
U/kg, SC
Diagnóstico prévio:
aumentar 10% se
infeccão.
Insulina rápida
conforme glicemia
35. Reconhecer precocemente o Diabetes
Conhecimento da fisiopatologia
Iniciar prontamente o atendimento
Não ter pressa para hidratar
Seguir um protocolo(decisões individuais)
Atenção com as complicações do tratamento
Saber encaminhar o paciente
39. P: 20 kg
1 a fase expansão 20 ml/kg = 400 ml SF 0,9% 1 h
2 a fase reidratação
Fase reparo 70 ml/kg = 1400 ml
Fase manutenção: VT 1500 mL
12h: (½ reparo – expansão) + 1/2 manutenção = 700-
400+750 = 1050ml
fases 2 horas 175 ml : 87,5 ml/hora
40. SF 0,9% ------------- 175 mL EV 2/2 horas (87,5 ml/h)
KCL (40mEq/L) na 2ª hora.
Dosar K a cada 2 ou 4 horas.
41. Dose: 0,1 UI/kg/hora --- 2ª hora
Diluir: 50UI insulina em 500mL SF
(0,1Ui --- 1 mL
2,0 Ui --- x )
Peso: 20 KG= 20 ml/hora (2 UI/hora)
Acompanhar glicemia capilar e cetonúria a cada 2
horas
Eletrólitos 4/4 h