SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 45
CASO CLÍNICO
MSc. Débora Lago
Pediatra
Endocrinologista Pediátrica
Mestre em Medicina
 LEC, 7 anos
 QD : Vômitos, há 3 dias.
 HDA: Dor de garganta há 1 semana , em uso de ATB
há 2 dias. Voltou a fazer xixi na cama há 1 mês.
Emagreceu 3 kilos neste período. Referia muita sede
e fome. Hoje vômitos e diarréia. Prostração.
 Antecedentes: ndn
 EG: descorado +/4+, desidratado moderado, afebril,
sonolento.
 Discreta hiperemia orofaringe, hálito cetônico.
 AR: MV+ bilateralmente, s/ RA, tiragem subcostal.
FR: 42ipm
 ACV: BRNF, 2T sem sopros. FC:110bpm. PA: 90 x 60
mmHg., TEC: 3 seg
 Abd: ndn
 GECA
 Desidratação
 Amigdalite
 ITU
 Sepse
 Diabetes Insipidus
 ...
 DM1
 HGT
 Glico/ceto
 Glicemia, gasometria, NA, K, Mg
 Exames gerais necessários para diagnosticar foco
infeccioso
Glicemia: 555 mg/dL
Gaso: pH: 7,2 e Bic: 10
MSc. Débora Lago
Pediatra
Endocrinologista Pediátrica
Mestre em Medicina
 Principal causa de mortalidade no DM1
 Edema cerebral está presente em 0,5 a 2% dos casos
de CAD, com mortalidade de 40-90% e sequelas em
até 25% dos sobreviventes
 Deficiência de insulina→ alterações do metabolismo
de carboidratos, proteínas e lipídeos.
Cetogênese
Aumentada
Ácidos Graxos Livres
Aumentados
Lipólise
Aumentada
Deficiência Insulínica
Absoluta
Captação de Glicose
Diminuida
Gliconeogênese
Aumentada
Glicogenólise
Aumentada
Acidose Metabólica
Perfusão Periférica
Prejudicada
Baixa Ingesta
Hídrica
HIPEROSMOLALIDADE
Funçao Renal
Prejudicada
DESIDRATAÇÃO
Perdas
Hidroeletrolíticas
Glicosúria
(diurese osmótica)
HIPERGLICEMIA
Hormônios Contrarreguladores
Aumentados
Cetogênese
Mínima ou Ausente
Deficiência Insulínica
Relativa
CAD
 DEFINIÇÃO (tríade)
 Hiperglicemia: > 200mg/dL
 Cetose: cetonemia (> 3 mMol/L) OU
cetonúria +++
 Acidose metabólica: pH < 7,3 e/ou
Bic <15 mEq/L
 No mundo:
 15 a 67% dos casos, primodescompensação
 Mais frequente em < 2 anos
 Atraso no diagnóstico
 Sem antecedentes familiares de DM1
 Classes sociais mais baixas
 Países em desenvolvimento
 Países com baixa prevalência de DM1
 Em crianças portadoras DM 1
 Risco 1 a 10% por paciente por ano.
 Causas: mau controle metabólico; episódios
anteriores de CAD; ♀ peri-puberdade;
dificuldades familiares; distúrbios psiquiátricos.
 75% estão associados a omissão de doses de
insulina.
 Infecções: febre e vômito
 Acesso limitado a serviços de saúde
 Uso de bombas- interrupção do dispositivo
 Glicemia capilar (HGT)/ glicemia plasmática para
confirmar
 Glicosúria/cetonúria ou cetonemia
 Gasometria / eletrólitos (Na/K/ Ca/ Mg)
 NA – baixo
 K- pode estar aumentado pela acidose
 Hemograma – leucocitose desvio esq.
 Avaliar o grau de desidratação e o nível de consciência
 Diabetes Insipidus
 Coma hiperosmolar hiperglicêmico
 Intoxicação exógena
 Acidose lática
 Hidratação lenta
 Insulinoterapia
 Correção distúrbios hidroeletrolíticos
 Tratamento dos fatores desencadeantes: doença
febril, gastroenterite, problemas psicossociais e
falha na administração de insulina
 Prevenção das complicações
 Assegurar dois acessos se CAD moderada a grave (evitar
acesso central pelo risco de trombose)
 Quantificar desidratação:
 Moderada: < 7,0% do peso
 Grave: 7- 10% do peso
 Monitorar:
 Sinais vitais, glicemia, estado neurológico e balanço hídrico 1/1 h
 Glicemia sérica, eletrólitos e gasometria 2/2 h
Fase de
expansão:
1 a 2 horas
Fase de
reidratação:
reparo e
manutenção
36 horas
Tratamento
da
desidratação
 1ª hora: expansão: 20ml/kg – 400ml em 1 hora
 2ª hora: reidratação:
 Fase de reparo - CAD moderada: 70ml/kg: 1400ml
 Fase de manutenção: 1500ml
 12h: (½ reparo – expansão) + 1/2 manutenção = 700-400+750
= 1050ml
 24h: (1/2 reparo) + manutenção = 700+1500 = 2200ml
÷ soro a cada 2 horas
 SF 0,9%: se glicemia > 250 mg/dL:
 Soro ao meio:
 1/2 SF 0,9% + 1/2 soro glicosado (SG 5%): quando
glicemia ≤ 250 mg/dL.
 Objetivo: redução lenta da glicemia - média 80
mg/dl/hora.
 EV é a via preferencial (bomba de infusão).
 Diluir 50 U de insulina REGULAR ou ultra-rápida
em 500 ml de SF (concentração: 0,1UI/ml)
2ª hora do protocolo (logo após a expansão
inicial):
USO EV
 Ataque 0,1 UI/Kg EV em bolus (opcional)
 HGT > 250 mg/dl: 0,1 U/kg/h (dose = Peso em ml
da solução anterior)
 HGT ≤ 250 mg/dl: 0,05 U/kg/h (dose = Peso/2 da
solução anterior)
Uso Intramuscular:
 Ataque : 0,25 U/kg (máx:10 U),em bolus
 0,2U/kg a cada 2 horas (máx: 10 U) com HGT >
250 mg/dL e
 0,1 U/kg a cada 2 horas (máx: 5 U) quando HGT
≤ 250 mg/dL com cetonúria positiva
Endovenoso:
Reduz cetose mais rapidamente
Maior controle das complicações
Necessita de mais recursos ( UTI)
Velocidade de infusão:
0,2 a 0,5 mEq/kg/h.
Complicação mais comum
 Reposição de bicarbonato:
Individualizar
Risco de edema cerebral e complicações
pulmonares, hipotensão e choque
Após hidratação inicial, se:
 pH < 6,9
 Hipercalemia com risco de vida
 Comprometimento da contratilidade cardíada
Quando utilizado – correção lenta
Bic oferecido = ( bic esperado – bic obtido) x
0,3 x peso (Kg)
1- 2 mEq/kg
 (oferecer metade em 2 horas)
 Edema cerebral: complicação mais grave
 Tratamento: manitol: 0,5 a 1 g/Kg, EV, rápido,
podendo ser repetido em 1 hora se não houver
resposta inicial
 Hipoglicemia: mais frequente
 Após negativação da cetonúria e paciente bem
acordado (término do protocolo):
 Regular (SC) 0,1 U/kg a cada 4 horas, se
necessário, até a manhã seguinte.
 1ª dose deve ser aplicada 30 min antes da
suspensão da infusão contínua.
 Insulina lenta (NPH,
Lantus ou Levemir):
na primeira manhã
após compensação
 Casos novos: 0,3 a 0,5
U/kg, SC
 Diagnóstico prévio:
aumentar 10% se
infeccão.
 Insulina rápida
conforme glicemia
 Reconhecer precocemente o Diabetes
 Conhecimento da fisiopatologia
 Iniciar prontamente o atendimento
 Não ter pressa para hidratar
 Seguir um protocolo(decisões individuais)
 Atenção com as complicações do tratamento
 Saber encaminhar o paciente
Gasometria:
pH: 7,2
bic: 10
NA: 132
K:5
Glicemia: 555 mg/dL
P: 20 kg
 1 a fase expansão 20 ml/kg = 400 ml SF 0,9% 1 h
 2 a fase reidratação
 Fase reparo 70 ml/kg = 1400 ml
 Fase manutenção: VT 1500 mL
 12h: (½ reparo – expansão) + 1/2 manutenção = 700-
400+750 = 1050ml
 fases 2 horas 175 ml : 87,5 ml/hora
 SF 0,9% ------------- 175 mL EV 2/2 horas (87,5 ml/h)
 KCL (40mEq/L) na 2ª hora.
 Dosar K a cada 2 ou 4 horas.
 Dose: 0,1 UI/kg/hora --- 2ª hora
 Diluir: 50UI insulina em 500mL SF
(0,1Ui --- 1 mL
2,0 Ui --- x )
 Peso: 20 KG= 20 ml/hora (2 UI/hora)
 Acompanhar glicemia capilar e cetonúria a cada 2
horas
 Eletrólitos 4/4 h
 K: 4,5 dextro: 220 mg/dL
 pH: 7,3 bic:12 glico/ceto: 3/4*
 Conduta:
 Soro Glico- fisiológico SF 0,9% + SG 5% ( 87,5 + 87,5
ml)
 K = manter 40 mEq/l
 Insulina: 10mL/hora (0,05UI/h)
 K: 5,5 dextro: 200 mg/dL
 pH: 7,5 bic:18 glico/ceto: 2/1
 Conduta:
 SG 5% 87,5 ml + SF 0,9% 87,5 ml
 K = suspender
 Insulina: 0,05 UI/hora, pode ser SC
 Paciente consciente, sem vômitos: introduzir dieta.
 Insulina: 0,3 – 0,5 UI/kg/dia NPH ou análogos
 Manter esquema de insulina Regular SC:
 0,1UI/kg (2UI) se dextro > 250
(3UI) se dextro > 350
 Dextros pré-prandiais ( café, almoço, jantar e antes
de dormir).
 Iniciar educação em diabetes e individualizar
Obrigada
deby19lago@gmail.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiInsuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiEduarda Gobbi
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaPatricia Nunes
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoCíntia Costa
 
Choque
ChoqueChoque
Choquedapab
 
Edema Agudo de Pulmão - EAP
 Edema Agudo de Pulmão - EAP Edema Agudo de Pulmão - EAP
Edema Agudo de Pulmão - EAPMarcos Figueiredo
 
Refluxo Gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoWelisson Porto
 
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosAula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosmariacristinasn
 
Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareMarco Aguiar
 
Hipertensão arterial powerpoint
Hipertensão arterial   powerpoint Hipertensão arterial   powerpoint
Hipertensão arterial powerpoint AnaRitaPinheiro
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem Cleiton Ribeiro Alves
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronarianaresenfe2013
 

Mais procurados (20)

Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiInsuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
CIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICACIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICA
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
 
Choque
ChoqueChoque
Choque
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Insuficiência Renal
Insuficiência Renal
 
Edema Agudo de Pulmão - EAP
 Edema Agudo de Pulmão - EAP Edema Agudo de Pulmão - EAP
Edema Agudo de Pulmão - EAP
 
Diabetes
DiabetesDiabetes
Diabetes
 
Insuficiência renal
Insuficiência renalInsuficiência renal
Insuficiência renal
 
Choque
Choque   Choque
Choque
 
Cirrose hepática
Cirrose hepáticaCirrose hepática
Cirrose hepática
 
Refluxo Gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Refluxo Gastroesofágico
 
Icterícia 2014
Icterícia 2014Icterícia 2014
Icterícia 2014
 
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosAula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
 
Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshare
 
Hipertensão arterial powerpoint
Hipertensão arterial   powerpoint Hipertensão arterial   powerpoint
Hipertensão arterial powerpoint
 
Ascite
Ascite Ascite
Ascite
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 

Semelhante a Cetoacidose diabética

Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTicoSuporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTicoRodrigo Biondi
 
Caso clínico josé ribamar
Caso clínico   josé ribamarCaso clínico   josé ribamar
Caso clínico josé ribamarMyrelle Cristina
 
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoCaso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoLiliana Mendes
 
Emergência em diabéticos
Emergência em diabéticosEmergência em diabéticos
Emergência em diabéticosDaniela Noleto
 
Emergência em diabéticos
Emergência em diabéticosEmergência em diabéticos
Emergência em diabéticosDaniela Noleto
 
Dmg
DmgDmg
Dmgtvf
 
Protocolo dm
Protocolo dmProtocolo dm
Protocolo dmtvf
 
Aula de npt_e_metabolismo[1]
Aula de npt_e_metabolismo[1]Aula de npt_e_metabolismo[1]
Aula de npt_e_metabolismo[1]fernandomadureira
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Huggalegoo
 
ENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICAENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICARosario m.g
 
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdfTabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdfDalila677702
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarRodrigo Biondi
 
Pbl dispneia na emergencia
Pbl dispneia na emergenciaPbl dispneia na emergencia
Pbl dispneia na emergenciaFlávia Salame
 

Semelhante a Cetoacidose diabética (20)

Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTicoSuporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
 
Caso clínico josé ribamar
Caso clínico   josé ribamarCaso clínico   josé ribamar
Caso clínico josé ribamar
 
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoCaso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
 
Emergência em diabéticos
Emergência em diabéticosEmergência em diabéticos
Emergência em diabéticos
 
Emergência em diabéticos
Emergência em diabéticosEmergência em diabéticos
Emergência em diabéticos
 
Complicações Agudas Do Diabetes
Complicações Agudas Do DiabetesComplicações Agudas Do Diabetes
Complicações Agudas Do Diabetes
 
Dmg
DmgDmg
Dmg
 
Protocolo dm
Protocolo dmProtocolo dm
Protocolo dm
 
diabetes
diabetesdiabetes
diabetes
 
Aula de npt_e_metabolismo[1]
Aula de npt_e_metabolismo[1]Aula de npt_e_metabolismo[1]
Aula de npt_e_metabolismo[1]
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
ENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICAENFERMEDAD RENAL CRONICA
ENFERMEDAD RENAL CRONICA
 
Shr jornada hbdf
Shr jornada hbdfShr jornada hbdf
Shr jornada hbdf
 
SHR jornada hbdf
SHR jornada hbdfSHR jornada hbdf
SHR jornada hbdf
 
Protocolos NICU
Protocolos NICUProtocolos NICU
Protocolos NICU
 
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdfTabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
 
Pbl dispneia na emergencia
Pbl dispneia na emergenciaPbl dispneia na emergencia
Pbl dispneia na emergencia
 
DHE AULA .pptx
DHE AULA .pptxDHE AULA .pptx
DHE AULA .pptx
 
Pronturio dengue pediatria novo
Pronturio dengue pediatria novoPronturio dengue pediatria novo
Pronturio dengue pediatria novo
 

Último

Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfGiza Carla Nitz
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAgabriella462340
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 

Último (20)

Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 

Cetoacidose diabética

  • 1. CASO CLÍNICO MSc. Débora Lago Pediatra Endocrinologista Pediátrica Mestre em Medicina
  • 2.  LEC, 7 anos  QD : Vômitos, há 3 dias.  HDA: Dor de garganta há 1 semana , em uso de ATB há 2 dias. Voltou a fazer xixi na cama há 1 mês. Emagreceu 3 kilos neste período. Referia muita sede e fome. Hoje vômitos e diarréia. Prostração.  Antecedentes: ndn
  • 3.  EG: descorado +/4+, desidratado moderado, afebril, sonolento.  Discreta hiperemia orofaringe, hálito cetônico.  AR: MV+ bilateralmente, s/ RA, tiragem subcostal. FR: 42ipm  ACV: BRNF, 2T sem sopros. FC:110bpm. PA: 90 x 60 mmHg., TEC: 3 seg  Abd: ndn
  • 4.
  • 5.  GECA  Desidratação  Amigdalite  ITU  Sepse  Diabetes Insipidus  ...  DM1
  • 6.  HGT  Glico/ceto  Glicemia, gasometria, NA, K, Mg  Exames gerais necessários para diagnosticar foco infeccioso Glicemia: 555 mg/dL Gaso: pH: 7,2 e Bic: 10
  • 7. MSc. Débora Lago Pediatra Endocrinologista Pediátrica Mestre em Medicina
  • 8.  Principal causa de mortalidade no DM1  Edema cerebral está presente em 0,5 a 2% dos casos de CAD, com mortalidade de 40-90% e sequelas em até 25% dos sobreviventes  Deficiência de insulina→ alterações do metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos.
  • 9. Cetogênese Aumentada Ácidos Graxos Livres Aumentados Lipólise Aumentada Deficiência Insulínica Absoluta Captação de Glicose Diminuida Gliconeogênese Aumentada Glicogenólise Aumentada Acidose Metabólica Perfusão Periférica Prejudicada Baixa Ingesta Hídrica HIPEROSMOLALIDADE Funçao Renal Prejudicada DESIDRATAÇÃO Perdas Hidroeletrolíticas Glicosúria (diurese osmótica) HIPERGLICEMIA Hormônios Contrarreguladores Aumentados Cetogênese Mínima ou Ausente Deficiência Insulínica Relativa CAD
  • 10.  DEFINIÇÃO (tríade)  Hiperglicemia: > 200mg/dL  Cetose: cetonemia (> 3 mMol/L) OU cetonúria +++  Acidose metabólica: pH < 7,3 e/ou Bic <15 mEq/L
  • 11.  No mundo:  15 a 67% dos casos, primodescompensação  Mais frequente em < 2 anos  Atraso no diagnóstico  Sem antecedentes familiares de DM1  Classes sociais mais baixas  Países em desenvolvimento  Países com baixa prevalência de DM1
  • 12.  Em crianças portadoras DM 1  Risco 1 a 10% por paciente por ano.  Causas: mau controle metabólico; episódios anteriores de CAD; ♀ peri-puberdade; dificuldades familiares; distúrbios psiquiátricos.  75% estão associados a omissão de doses de insulina.  Infecções: febre e vômito  Acesso limitado a serviços de saúde  Uso de bombas- interrupção do dispositivo
  • 13.
  • 14.  Glicemia capilar (HGT)/ glicemia plasmática para confirmar  Glicosúria/cetonúria ou cetonemia  Gasometria / eletrólitos (Na/K/ Ca/ Mg)  NA – baixo  K- pode estar aumentado pela acidose  Hemograma – leucocitose desvio esq.  Avaliar o grau de desidratação e o nível de consciência
  • 15.  Diabetes Insipidus  Coma hiperosmolar hiperglicêmico  Intoxicação exógena  Acidose lática
  • 16.  Hidratação lenta  Insulinoterapia  Correção distúrbios hidroeletrolíticos  Tratamento dos fatores desencadeantes: doença febril, gastroenterite, problemas psicossociais e falha na administração de insulina  Prevenção das complicações
  • 17.  Assegurar dois acessos se CAD moderada a grave (evitar acesso central pelo risco de trombose)  Quantificar desidratação:  Moderada: < 7,0% do peso  Grave: 7- 10% do peso  Monitorar:  Sinais vitais, glicemia, estado neurológico e balanço hídrico 1/1 h  Glicemia sérica, eletrólitos e gasometria 2/2 h
  • 18.
  • 19. Fase de expansão: 1 a 2 horas Fase de reidratação: reparo e manutenção 36 horas Tratamento da desidratação
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.  1ª hora: expansão: 20ml/kg – 400ml em 1 hora  2ª hora: reidratação:  Fase de reparo - CAD moderada: 70ml/kg: 1400ml  Fase de manutenção: 1500ml  12h: (½ reparo – expansão) + 1/2 manutenção = 700-400+750 = 1050ml  24h: (1/2 reparo) + manutenção = 700+1500 = 2200ml ÷ soro a cada 2 horas
  • 24.  SF 0,9%: se glicemia > 250 mg/dL:  Soro ao meio:  1/2 SF 0,9% + 1/2 soro glicosado (SG 5%): quando glicemia ≤ 250 mg/dL.
  • 25.  Objetivo: redução lenta da glicemia - média 80 mg/dl/hora.  EV é a via preferencial (bomba de infusão).  Diluir 50 U de insulina REGULAR ou ultra-rápida em 500 ml de SF (concentração: 0,1UI/ml)
  • 26. 2ª hora do protocolo (logo após a expansão inicial): USO EV  Ataque 0,1 UI/Kg EV em bolus (opcional)  HGT > 250 mg/dl: 0,1 U/kg/h (dose = Peso em ml da solução anterior)  HGT ≤ 250 mg/dl: 0,05 U/kg/h (dose = Peso/2 da solução anterior)
  • 27. Uso Intramuscular:  Ataque : 0,25 U/kg (máx:10 U),em bolus  0,2U/kg a cada 2 horas (máx: 10 U) com HGT > 250 mg/dL e  0,1 U/kg a cada 2 horas (máx: 5 U) quando HGT ≤ 250 mg/dL com cetonúria positiva
  • 28. Endovenoso: Reduz cetose mais rapidamente Maior controle das complicações Necessita de mais recursos ( UTI)
  • 29. Velocidade de infusão: 0,2 a 0,5 mEq/kg/h. Complicação mais comum
  • 30.  Reposição de bicarbonato: Individualizar Risco de edema cerebral e complicações pulmonares, hipotensão e choque Após hidratação inicial, se:  pH < 6,9  Hipercalemia com risco de vida  Comprometimento da contratilidade cardíada
  • 31. Quando utilizado – correção lenta Bic oferecido = ( bic esperado – bic obtido) x 0,3 x peso (Kg) 1- 2 mEq/kg  (oferecer metade em 2 horas)
  • 32.  Edema cerebral: complicação mais grave  Tratamento: manitol: 0,5 a 1 g/Kg, EV, rápido, podendo ser repetido em 1 hora se não houver resposta inicial  Hipoglicemia: mais frequente
  • 33.  Após negativação da cetonúria e paciente bem acordado (término do protocolo):  Regular (SC) 0,1 U/kg a cada 4 horas, se necessário, até a manhã seguinte.  1ª dose deve ser aplicada 30 min antes da suspensão da infusão contínua.
  • 34.  Insulina lenta (NPH, Lantus ou Levemir): na primeira manhã após compensação  Casos novos: 0,3 a 0,5 U/kg, SC  Diagnóstico prévio: aumentar 10% se infeccão.  Insulina rápida conforme glicemia
  • 35.  Reconhecer precocemente o Diabetes  Conhecimento da fisiopatologia  Iniciar prontamente o atendimento  Não ter pressa para hidratar  Seguir um protocolo(decisões individuais)  Atenção com as complicações do tratamento  Saber encaminhar o paciente
  • 36.
  • 37.
  • 38. Gasometria: pH: 7,2 bic: 10 NA: 132 K:5 Glicemia: 555 mg/dL
  • 39. P: 20 kg  1 a fase expansão 20 ml/kg = 400 ml SF 0,9% 1 h  2 a fase reidratação  Fase reparo 70 ml/kg = 1400 ml  Fase manutenção: VT 1500 mL  12h: (½ reparo – expansão) + 1/2 manutenção = 700- 400+750 = 1050ml  fases 2 horas 175 ml : 87,5 ml/hora
  • 40.  SF 0,9% ------------- 175 mL EV 2/2 horas (87,5 ml/h)  KCL (40mEq/L) na 2ª hora.  Dosar K a cada 2 ou 4 horas.
  • 41.  Dose: 0,1 UI/kg/hora --- 2ª hora  Diluir: 50UI insulina em 500mL SF (0,1Ui --- 1 mL 2,0 Ui --- x )  Peso: 20 KG= 20 ml/hora (2 UI/hora)  Acompanhar glicemia capilar e cetonúria a cada 2 horas  Eletrólitos 4/4 h
  • 42.  K: 4,5 dextro: 220 mg/dL  pH: 7,3 bic:12 glico/ceto: 3/4*  Conduta:  Soro Glico- fisiológico SF 0,9% + SG 5% ( 87,5 + 87,5 ml)  K = manter 40 mEq/l  Insulina: 10mL/hora (0,05UI/h)
  • 43.  K: 5,5 dextro: 200 mg/dL  pH: 7,5 bic:18 glico/ceto: 2/1  Conduta:  SG 5% 87,5 ml + SF 0,9% 87,5 ml  K = suspender  Insulina: 0,05 UI/hora, pode ser SC  Paciente consciente, sem vômitos: introduzir dieta.
  • 44.  Insulina: 0,3 – 0,5 UI/kg/dia NPH ou análogos  Manter esquema de insulina Regular SC:  0,1UI/kg (2UI) se dextro > 250 (3UI) se dextro > 350  Dextros pré-prandiais ( café, almoço, jantar e antes de dormir).  Iniciar educação em diabetes e individualizar