A estiagem afetou a produção de café em Minas Gerais, fazendo a safra cair até 20% em algumas regiões. Os produtores já se preocupam com os impactos na próxima safra devido ao fraco crescimento das plantas sem chuva. A região do Cerrado Mineiro se destacou em competição de cafés certificados durante evento sobre o setor.
Estiagem prejudica safra de café em MG e preocupa produtores para 2015
1. CLIPPING – 22/09/2014
Acesse: www.cncafe.com.br
Cultivo da próxima safra preocupa produtores de café arábica de MG
Globo Rural
22/09/2014
este ano. Ele esperava colher três mil sacas, mas, com a colheita praticamente no fim, ele acha que a
plantação só deve render duas mil. “Devido à seca tivemos um perca de cerca de 30%”, avalia.
Segundo a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), , a safra brasileira de
café deve ser de 45,1 milhões de sacas de 60 quilos, com redução de 8,16% em relação a 2013. O
café mais prejudicado foi do tipo arábica, que teve queda de 16%. No sul de Minas, principal região
produtora, a queda chegou a 19,6%. O principal motivo foi a seca.
Na propriedade do agricultor Luiz Flávio Abreu Botrel a produção caiu 36% em relação a 2013. Ele já
está preocupado com a próxima safra. Como ainda não choveu, os pés de café não estão se
desenvolvendo bem. “Com baixo crescimento vegetativo, caiu muita folha”, diz.
A alternativa está sendo podar mais plantas. Normalmente, a poda é feita em até 25% da plantação
para não comprometer a produtividade. Mas em algumas fazendas o trabalho está tendo que ser feito
em até metade dos pés, o que deve impactar diretamente na safra de 2015.
As plantas que passam pela poda radical só voltam a produzir em 2016. No próximo ano, a produção
do produtor será reduzida pela metade. “A gente vai ter que diminuir nossos gastos. Vamos ter que
regrar mais. Então, vai ser um ano bastante difícil”, diz Botrel.
Nessa semana foi criada uma polêmica. A CONAB divulgou uma projeção de aumento para a safra
de café de 2015, chegando a 48 milhões de sacas. O número foi contestado pela Confederação
Nacional da Agricultura e pela Fundação Prócafé.
O presidente da cooperativa de Varginha também não acredita em um aumento da safra. “No mínimo,
a safra quebra 20% pelo que aconteceu para trás e pode se agravar daqui para frente se as chuvas
não se normalizarem”, diz Oswaldo Henrique Ribeiro.
Assista à reportagem no site do CNC: http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=18318.
Conselho Nacional do Café – CNC
A colheita do café está
no fim em minas gerais.
A quebra na produção
deve chegar a 20% por
causa da estiagem e os
produtores já se
preocupam com a
próxima safra.
Na propriedade do
agricultor Hugo Afonso
Dominguetti, em
Varginha, no sul de
Minas Gerais, a área
com pés de café em
produção aumentou de
65 para 90 hectares
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
2. Estiagem afeta lavouras de café e preocupa produtores em MG
G1 Triângulo Mineiro
22/09/2014
A estiagem no Alto Paranaíba é o principal vilão para as lavouras de café. A situação afeta na
qualidade do grão. O problema altera as propriedades que garantem uma boa safra do grão. Em
Campos Altos, o café é cultivado em uma área de 11 mil hectares. A produção média anual é de 350
mil sacas do grão, mas em 2014 esse volume está 15% menor em relação ao ano passado.
A preocupação chega até o produtor rural Clóvis Carvalho Filho, que cultiva o grão em 100 hectares
da propriedade. Com a falta de chuva, a produtividade caiu e a safra foi cerca de 30% menor. “Do
ano passado para esse ano, a minha quebra deve ter girado em torno de 800 a 1.000 sacos de café.
É o custeio da lavoura de um ano inteiro que foi embora”, lamentou.
O produtor Edmar Maximiano cultiva 40 hectares e teme prejuízos com a produtividade em baixa. “Na
safra de 2013, colhemos bastante, mas não tinha preço e vendíamos café de R$ 250. Agora está de
R$ 400, mas não temos o café”, afirmou.
De acordo com o engenheiro agrônomo Geraldo Barbosa Leo Júnior, as perspectivas para o próximo
ano não são otimistas. O clima seco deve ainda refletir na próxima safra. “Já estamos com problemas
com a safra atual, como quebra de café e falta de granação. Vamos ter problemas na próxima safra
também por falta de crescimento nas plantas”, afirmou.
Consumidores russos mudam de perfil e querem mais café especial brasileiro
Voz da Rússia
22/09/2014
Vladimir Kultygin
Segundo os últimos dados, o Brasil é o
segundo maior exportador de café para
a Rússia, cedendo o primeiro lugar ao
Vietnã. Mas de acordo com os
produtores brasileiros, a demanda russa
tende cada vez mais a preferir o café
brasileiro. Mais do que isso: o café
gourmet brasileiro.
Durante a feira internacional de
alimentos World Food Expo Moscow
2014, a Voz da Rússia conversou com
Vanusia Nogueira (foto: Voz da
Rússia/Vladimir Kultygin), diretora
executiva da Associação Brasileira de
Cafés Especiais (BSCA, na sigla em
inglês). Segundo dela, os russos ainda
têm um hábito muito forte de consumo
de café solúvel. Mas atualmente, a tendência visa cada vez mais a favorecer o café arábica.
“Nós somos o maior produtor e exportador de cafés no mundo. Para a Rússia, exportamos muito café
solúvel. A Rússia ainda não é um grande importador de cafés gourmets brasileiros, mas nós vemos
no mercado russo um potencial muito grande para a exportação de cafés mais finos, principalmente
para fazer o expresso. Eu acredito que isso tenha muito a ver com o fato de a relação aqui ser cada
vez maior com a Suécia, a Noruega, onde tomam cafés muito finos, e, de outro lado, com
Vladivostok, que está muito próximo ao Japão, que também tem o hábito de consumo de cafés muito
finos. Eu acho que, à medida que a população russa tiver mais contato com esses mercados, vai
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
3. experimentando o café mais fino, mais voltado ao expresso, não só o solúvel, e trarão isso para
dentro do país”.
A BSCA participa nesta semana de três eventos em Moscou e em Vladivostok, dois pontos de
entrada do hábito bom do café saboroso. Várias cafeterias e restaurantes russos já usam as
variedades brasileiras. E, em lojas especializadas, é comum encontrar pelo menos uma ou duas
opções do café brasileiro. O potencial russo demonstra uma tendência de crescimento, acredita
Nogueira. “O comércio está aumentando e é assim que acontece no mundo inteiro. Foi isso que o
Brasil viu no Japão nos anos 70, na Coreia do Sul e na Austrália na década passada e, nesse
momento, a gente vê acontecendo na Rússia e na China”.
A mudança de hábitos significa certa mudança de cultura. O café fino, como o vinho bom, não é para
se tomar e esquecer, é para saborear. Os consumidores aceitam cada vez mais apreciar o sabor
fresco e real de um produto que ainda guarda a sua conexão à natureza, diz Vanusia Nogueira.
"Vocês são os maiores consumidores do café solúvel do mundo, o que mostra que o russo gosta
muito de café. Agora, sobe o hábito do café expresso. É um café mais fresco. O café solúvel foi
industrializado há mais de um ano e o expresso é um café que foi colhido neste mês e torrado na
semana passada, por isso tem muito mais aroma, muito mais sabor. Todos esses atributos estão
mais presentes".
No entanto, no Brasil se consome mais o café filtrado. O stand brasileiro montado na exposição dava
esta possibilidade também aos visitantes. O expresso é consumido no país, segundo Nogueira,
principalmente em restaurantes e cafés.
Comentando as recentes pesquisas relacionadas ao sequenciamento do genoma do cafeeiro, ela
sublinhou que isso pode trazer mais inovações à indústria e até fazer a produção mais sustentável.
“O objetivo do sequenciamento do genoma é definir a questão de melhoria de genomas para se ter
uma variedade mais resistente a pragas e doenças, para usar menos agroquímicos na produção,
para que a produção seja mais ambientalmente sustentável e também para a melhoria do café. Eu
acho que a gente pode chamar isso de supercafé, mesmo. Mas estão procurando principalmente a
questão de resistência a pragas para tornar os arábicas mais resistentes e de qualidade para as
regiões brasileiras. Porque nem todo o café se produz da mesma forma em todos os locais, depende
muito da região, do clima, das doenças presentes naquele meio ambiente”.
Ela completa. “Recentemente, houve o problema de ferrugem, principalmente na América Central, e a
gente tinha muita preocupação de aquela ferrugem chegar no Brasil. Mas parou no Peru e não
chegou no Brasil, porque as variedades que são produzidas no nosso país já foram desenvolvidas
com resistência à ferrugem. Hoje, o pessoal fala muito de uma variedade de arábica que se chama
Geisha, no Panamá. O Geisha não se consegue produzir no Brasil, porque ele precisa de
temperaturas muito mais baixas. E a gente vai medindo as temperaturas em várias regiões do Brasil,
procurando regiões com temperaturas tão baixas que o Gueisha goste, mas nós temos o problema de
geada durante o inverno”.
Porém, hoje em dia, a exportação do café brasileiro não experimenta a melhor época. O percentual
dos volumes de exportação diminuiu para 2%-5% do volume total das exportações brasileiras. A
diretora executiva da BSCA lamenta esta redução, devida, segundo ela, ao excessivo apoio estatal a
outros itens de exportação mais prestigiados, como a carne. Mas o mercado russo, por agora, se
mostra bastante prometedor e talvez possa levar a indústria a demonstrar de novo a importância do
produto nacional.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_19/Consumidores-russos-mudam-de-perfil-e-querem-
mais-caf-especial-brasileiro-8125/
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
4. Cafeicultura ganha o primeiro catálogo de Indicações Geográficas
Assessoria de Imprensa Sebrae
22/09/2014
Luciana Barbo
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.
Entretanto, muito além do volume de produção, o país tem
investido cada vez mais para agregar valor a seus grãos, com
certificações que valorizam a identidade do produto de cada uma
das regiões brasileiras.
Somente nesse segmento, o Brasil já conta com quatro Indicações
Geográficas: Cerrado Mineiro, Norte Pioneiro do Paraná,
Mantiqueira de Minas e Alta Mogiana. As histórias dessas regiões
foram reunidas em um catálogo que foi lançado pelo Sebrae, na
quarta-feira (17), durante a Semana Internacional do Café, que
seguiu até dia 18 de setembro, em Belo Horizonte (MG).
“O selo de indicação geográfica é uma garantia para o consumidor,
pois comprova as qualidades particulares, ligadas à origem do
produto. Dessa maneira, os pequenos negócios envolvidos na produção e elaboração desses itens
ganham mais competitividade e alcançam mais visibilidade no mercado”, afirma o presidente do
Sebrae Nacional, Luiz Barretto.
A publicação reúne, ao longo de 40 páginas, fotos e textos que apresentam as características
especiais do café de cada região e alguns dos principais produtores.
Região do Cerrado Mineiro brilha em prova de certificação na SIC 2014
Ascom Federação dos Cafeicultores do Cerrado
22/09/2014
Sônia Lopes
A Região do Cerrado Mineiro, primeira Denominação de
Origem para Café no Brasil, teve grande destaque na VI
Prova de Cafés Certificados Imaflora – Rainforest
Alliance Certified, realizada durante a Semana
Internacional do Café (SIC 2014), conquistando 6
colocações; entre elas o 1º lugar, que ficou com a
Fazenda Dona Nenem, de Presidente Olegário, de
propriedade de Eduardo Pinheiro Campos, com nota
88,08, na categoria de secagem “natural”. O produtor
também conquistou a terceira colocação na categoria
“cereja descascado”.
A Região do Cerrado Mineiro conquistou ainda outras
importantes colocações: em segundo lugar, a fazenda Santa Lúcia, do grupo AC Café, recebeu nota
87,42, na categoria cereja descascado. O sexto lugar foi para a Fazenda Santa Fé, de Vicente H.
Filho, em Guimarânia, que recebeu nota 85,04, na categoria cereja descascado. Os sétimo e oitavo
colocados pertencem ao mesmo produtor, João Batista Montanari, da Fazenda São Paulo, em
Patrocínio, que recebeu 85,00 na categoria “cereja descascado” e 84,96 na categoria “natural”.
Um destaque especial deve ser dado ao Projeto Educampo do Sebrae, uma vez que todas as
propriedades da Região do Cerrado Mineiro que foram premiadas fazem parte dele. O Educampo,
segundo o analista do Sebrae, Marcos Alves, é “uma consultoria gerencial que permite ao
empreendedor rural entender sua propriedade como uma empresa que precisa ser competitiva e
trazer lucro”. Hoje, apenas na região do Cerrado Mineiro, são 400 empreendedores rurais
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
5. participantes do Educampo. Juntos, eles representam cerca de 20% da área plantada e da produção
do café local. A região engloba 4,5 mil produtores, de 55 municípios, com uma produção anual de
seis milhões de sacas.
A Prova desse ano, promovido pelo IMAFLORA (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e
Agrícola), com os empreendimentos que conquistaram a certificação socioambiental, recebeu 96
inscrições e tem como objetivo estimular a produção de cafés de alta qualidade, em propriedades que
conciliem uma gestão socioambiental eficiente, boas práticas de conservação dos recursos naturais e
garantias de saúde e segurança ao trabalhador.
Bureau divulga novo Relatório Internacional de Tendências do Café
Bureau de Inteligência Competitiva do Café
22/09/2014
O Bureau de Inteligência Competitiva do Café divulgou novo Relatório
Internacional de Tendências do Café, no qual aponta suas análises sobre
produção, indústrias, cafeterias e casas de café de todo o mundo. No conteúdo
atual, os analistas também apresentaram considerações a respeito dos
financiamentos para o setor. Para ler o material, acesse o link
http://www.icafebr.com.br/publicacao2/Relatorio%20v3%20n8.pdf.
Câmara convida para exposição fotográfica sobre café
Agência Câmara
22/09/2014
Componente importante da história e da cultura
brasileiras, presente até em um dos símbolos
oficiais do País, o brasão de armas, o café tem
sua trajetória exposta na Câmara – na mostra
Café do Brasil. Aberta ao público nesta sexta-feira
(19), a exposição permanece no Salão Negro do
Congresso até o dia 9 de novembro.
A mostra de fotografias apresenta uma linha do
tempo com a trajetória do café, desde seu
surgimento na Etiópia no século VI, até os dias
atuais. Também serão expostos diferentes tipos de
grãos de café, além de objetos históricos cedidos
pelo Museu de Ribeirão Preto (SP).
Com curadoria do historiador Casimiro Neto, a exposição traz obras dos fotógrafos Guilherme
Gaensly e Essio Pallone Filho. Gaensly retrata a indústria de café e as fazendas de São Paulo
durante a virada do século XIX, enquanto Pallone Filho aborda fazendas de São Carlos, no interior
paulista. Ainda fazem parte da exposição fotografias de profissionais do Sesc que apresentam o
plantio atual de café orgânico em seis fazendas de São Paulo e em uma do Distrito Federal.
SERVIÇO – Exposição "Café do Brasil"
Período: 19 de setembro a 9 de novembro
Horário: 9 às 17 horas
Local: Salão Negro da Câmara dos Deputados
Informações: 0800-619 619 / cultural@camara.leg.br
Entrada: franca
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck