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CLIPPING – 24/02/2014
Acesse: www.cncafe.com.br
Chuvas em regiões produtoras de café no fim de semana foram insuficientes, diz
meteorologista
Valor Econômico
24/02/2014
Carine Ferreira
As chuvas registradas nos últimos dias em várias
regiões produtoras de café em São Paulo, Minas
Gerais e Paraná foram pontuais e com volumes
baixos, segundo Marco Antonio dos Santos,
agrometeorologista da So
Somar Meteorologia.
Segundo ele, as precipitações ainda não foram suficientes para melhorar os índices de umidade das
lavouras. Muitas regiões produtoras sofreram com a seca prolongada e altas temperaturas desde o
início do ano até meados deste mês.
O clima seco vem impulsionando os preços da commodity negociada na bolsa de Nova York. Desde
a
o início do ano, a cotação do produto subiu mais de 50%.
Nesta semana, há previsão de mais chuvas em forma de pancadas. Somente na próxima semana é
que estão previstas chuvas mais generalizadas, conforme Santos.

Café: sem chuvas, produtores de Três Pontas
s,
Pontas/MG temem grandes perdas
Mercado & Cia
24/02/2014
Os efeitos da seca preocupam cafeicultores em MG, principalmente
os da região de Três Pontas, onde as chuvas estão escassas e não
são suficientes para desenvolver os grãos. Segundo Francisco
Miranda (foto: arquivo CNC), presidente da Cocatrel (Coopera
,
(Cooperativa de
Cafeicultores de Três Portas) as perdas devem afetar as safras
Portas),
m
2014 e 2015.
“A situação é muito grave. O grão não está se desenvolvendo, mas
ainda não dá para avaliar o tamanho da perda... Além de prejudicar a safra 2014, prejudica a safra
2015, pois não há desenvolvimento de vara, e sem vara não dá para ter grãos”.
5,
Miranda explica que as chuvas registradas na região não foram suficientes para recuperar o
desenvolvimento das plantas. “Aqui em nossa região choveu um pouco na semana retrasada, mas
já parou. Desde quinta-feira passada, não choveu nada”.
feira
Assista à entrevista com Francisco Miranda, presidente da Cocatrel, no site do CNC, através do link
Cocatrel,
http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=17123.
http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=17123

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Com estiagem, produtores usam 'filtro solar' nos pés de café em MG
G1 Sul de Minas
24/02/2014
Do G1 Sul de Minas
A falta de chuvas e o excesso de calor durante os meses de
janeiro e fevereiro deste ano prejudicaram as lavouras de café
no Sul de Minas no momento de enchimento dos grãos. O
problema surpreendeu os produtores de café do Sul de Minas,
que, para tentar driblar o período de estiagem, criaram um
método para aplicar uma espécie de filtro solar nas folhas do
café. Em Três Pontas (MG), produtores desenvolveram uma
calda que, quando aplicadas sobre as folhas, ajuda a combater
o calor e a falta de água sobre as plantas.
Com a estiagem, as mudas de café não conseguem absorver água e nutrientes e acabam
desidratadas e necrosadas, o que pode acarretar atraso no desenvolvimento e na produtividade
futura. Para tentar controlar isso, o produtor Roberto Rezende aplica a calda na folhagem, composta
por cal virgem e açúcar. “Serve para formar uma camada esbranquiçada, o que ajuda a amenizar o
sol escaldante”, explicou.
Questionado, o agrônomo Rodrigo Naves Paiva, da Fundação Procafé de Varginha, explica que o
composto com água, cal e açúcar, usado como filtro solar, pode ser eficaz. “Alguns funcionam como
protetivo, fazem com que a planta perca menos água e a radiação solar reflete também nas folhas e
a transpiração é reduzida. Mas, ainda precisamos estudar mais para ter resoltados mais
consistentes”, comentou.
Novas formas de irrigação – Uma técnica para evitar a perda do café é manter as plantas
molhadas e irrigadas, já que a chuva mais recente não chegou a 30 milímetros. Alguns produtores,
por exemplo, trocaram o turno de horário de irrigação, para tentar salvar a lavoura.
Em Campo do Meio (MG), o produtor João Kennedy encontrou uma nova forma de irrigar. Com uma
máquina que era usada para jogar esterco, ele improvisou a irrigação. O trabalho com ela acontece
durante a noite. Na propriedade com 150 mil mudas de café, apenas 7,5 mil pés são regados por
noite e recebem 10 litros de água. “É uma medida desesperada. Estamos tentando diminuir um
pouco essa perda que já está acontecendo. Poderíamos dizer que nas lavouras adultas, acima de 4
anos, já perdemos 20%. Já nas lavouras pequenas, com menos de 4 anos, a perda já está em torno
de 80%”, disse.
De acordo com o agrônomo André Luiz Garcia, esta é a melhor alternativa para a plantação diante
da falta de chuvas. “Quem tem condições de fazer isso durante a noite, tem melhor aproveitamento
da água, um menor gasto tanto de água, como de energia, além de evitar o risco de queimar a
folha”, ressaltou.
Entretanto, mesmo com as medidas paliativas criadas por alguns produtores, a falta de água no solo
e o excesso de calor devem prejudicar a safra deste ano e também a do ano seguinte na região.
Sem água, as lavouras sofrem o que os agrônomos chamam de déficit hídrico, que é quando não há
água suficiente no solo para alimentar as plantas.

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Economia – Alguns produtores já estimam perdas de até 20% do total da produção deste ano e da
próxima safra também. Com isso, o mercado já sofre os reflexos da seca. Na terça-feira (18), a saca
subiu U$ 18 no mercado futuro e U$ 21 no mercado interno. A expectativa é de que ele continue
subindo. O café tipo 6, bebida dura, fechou o dia em R$ 354 e o tipo 7 fechou em R$ 340.
De acordo com o gerente da Cooperativa Minas Sul, em Varginha, Marco Antônio Bíscaro, a alta
tem sido boa para o mercado interno e também para a bolsa de valores. “O mercado ainda não
sabe dimensionar o tamanho da quebra, devido a seca, então, pode ser um início de ano promissor,
mas ainda é cedo para dizer. Nas duas primeiras semanas de fevereiro, as vendas aumentaram”,
comentou.
Já o presidente do Centro de Comércio do Café de Varginha, Archimedes Colli Neto, afirma que o
mercado já computa uma possível quebra de safra no Brasil, o que pode ser bom para o país. “Isso
tem um impacto enorme nas cotações, no mercado e na vida da nossa região. O mercado está
subindo e de maneira positiva, já que há equilíbrio na questão de remuneração e preço”, completou.

Saca do café atinge o maior valor dos últimos anos no mercado
G1 Economia / Agronegócios
24/02/2014
Do Globo Rural
O preço do café explodiu na última semana no mercado internacional. No Brasil, a saca atingiu o
maior valor dos últimos anos. O motivo é a estiagem fora de época. Na fazenda do cafeicultor Artur
Queiroz de Sousa, no município de Cambuquira, parte dos cem hectares de café arábica não
desenvolveu como o esperado.
“O que eu não consigo é estimar o quanto de perda. Eu não sei, porque o resíduo vem depois da
colheita. Aí a quebra é muito grande”, diz o cafeicultor.
A estiagem fora de época mexeu diretamente com os preços internacionais do café. Do começo do
ano até fevereiro, a Bolsa de Nova York registrou um aumento de 50% no preço do café.
No Brasil, o preço da saca também subiu e chegou a R$ 380 no sul de Minas Gerais, o maior valor
desde meados de 2012. Isso movimentou a comercialização. Na cooperativa de Varginha, mais de
150 mil sacas foram negociadas nas duas últimas semanas.
“O produtor deve aproveitar, vender um pouco pra aproveitar os preços e vender de acordo com a
sua necessidade”, fala o gerente da Cooperativa de Varginha Marco Antonio Bíscaro.
O produtor Bernardo Paiva está aproveitando. Ele ainda tem 40% da produção do ano passado nos
armazéns e fechou negócio esta semana.
“Gostaria de poder segurar um pouco mais para tentar chegar aos R$ 450, R$ 480. Mas não vou
poder, estou tendo que vender agora, por questões de contas que tem que pagar, salários e
defensivos, entre outras contas”.

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Demanda por café robusta tende a crescer com disparada dos preços do arábica
Agência Estado
24/02/2014
O interesse por café robusta, cultivado principalmente no Vietnã, tende a aumentar em razão da
disparada das cotações do arábica, variedade comercializada a preços mais altos. "Com os ganhos
do arábica, mais robusta deve ser incorporado a misturas, fortalecendo a demanda e sustentando
os preços do produto", diz o Rabobank, em comunicado.
Os contratos futuros de arábica, negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), já se
valorizaram 55% neste ano por conta da seca fora de época em regiões produtoras do Brasil, o
maior exportador mundial. Atualmente, são negociados no maior nível em 16 meses. Além disso, a
diferença de preços entre ambas as variedades atingiu o maior nível desde janeiro do ano passado.
O robusta acumula uma valorização de 20% em 2014.
Alguns representantes, entretanto, avaliam que essa troca de arábica por robusta pode não ocorrer
na intensidade prevista. Segundo Rachel Hamburger, CEO da israelense Portofino Coffee, as
torrefadoras devem buscar grãos de arábica mais baratos, trocando Colômbia por Honduras ou
Costa Rica, por exemplo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Lideranças do Cerrado Mineiro se reúnem para preparar futuro da cafeicultura
Ascom Federação dos Cafeicultores do Cerrado
24/03/2014
Sônia Lopes
Lideranças da Região do Cerrado Mineiro estiveram reunidas na última quinta-feira, 20, para um
encontro que teve como tema central o Realinhamento da Estratégia de Marca da Região, que
possui a primeira e única Denominação de Origem para cafés no Brasil, a Região do Cerrado
Mineiro. O encontro aconteceu no Centro de Excelência da Cafeicultura e concentrou cerca de 80
pessoas.
A abertura do encontro foi feita por Francisco Sérgio de Assis (foto: arquivo CNC),
Presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, órgão que Representa,
Controla e Promove a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro. O
presidente apresentou a todos o trabalho que vem sendo junto aos órgãos oficiais,
e os desafios que ainda aguardam a cafeicultura, como o lançamento em caráter
emergencial do substituto do endosulfan e a revisão da NR 31, que trata da
Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração
Florestal e Aquicultura.
Em seguida foi a vez de Paulo Vischi, da empresa Be Consulting responsável pela reestruturação e
criação da marca e estratégia da Região do Cerrado Mineiro lançada em 2011. O consultor
apresentou as mudanças e os valores da nova conquista da Região, a Denominação de Origem,
extremamente apreciado e reconhecido principalmente no mercado internacional. Vischi destacou
ainda o nicho de mercado que vem se fortalecendo de consumidores que buscam não apenas
qualidade nos produtos que consomem, mas também origem garantida e rastreabilidade do produto.

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O Superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, destacou que
“nenhuma outra Região cafeeira do mundo está em um nível de organização que possa oferecer o
que a Região do Cerrado Mineiro pode, a rastreabilidade. Os cafés de nossa Região podem ser
rastreados pelo consumidor final, que através de um QR Code tem acesso a todas as informações
do café que está consumindo, como história do produtor e dados da fazenda, até o mapa da
plantação”.
O Sebrae, grande parceiro da Região, também participou. Marcos Alves, analista do Sebrae na
Região, destacou que os investimentos na Região estão mantidos e que a cafeicultura da Região
pode contar com o Sebrae para continuar se desenvolvendo.
O Presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis fez um
balanço positivo do encontro. Segundo ele o número expressivo de participantes reflete o
engajamento de todos no crescimento da cafeicultura da Região do Cerrado Mineiro.

Conselho Diretor do Consórcio Pesquisa Café aprova 92 propostas de pesquisa
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
24/02/2014
Flávia Bessa
Foram homologadas na XVIII Reunião Ordinária do Conselho Diretor do Consórcio Pesquisa Café CDC – realizada na sede da Embrapa, em Brasília – propostas aprovadas referentes à Chamada de
Projetos 02/2013 do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. São 92 propostas
recomendadas com foco temático em sustentabilidade da cafeicultura de montanha, mão de obra
escassa e de alto custo; estresses bióticos e abióticos; qualidade e marketing para rentabilidade; e
deficiência dos processos de transferência de tecnologia.
Na ocasião, o diretor-presidente da Embrapa, Maurício Lopes, destacou a importância do
planejamento estratégico da pesquisa cafeeira para não só responder com rapidez às demandas
atuais da sociedade, mas também antever desafios e oportunidades em um mundo cada vez mais
complexo e em processo de mudanças profundas. “É fundamental manter uma agenda de pesquisa
e inovação sob o ponto de vista dos produtores, agroindústria, mercado nacional e internacional
para manutenção da competitividade da cafeicultura no Brasil. O Consórcio Pesquisa Café deve
guiar esse processo e garantir mais demandas induzidas, pelas quais há melhor capacidade de
vislumbrar o futuro e garantir a sustentabilidade da produção”.
Para o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, mais investimentos em pesquisa e
transferência de tecnologia são necessários para alimentar o planejamento estratégico com o
objetivo de antever e se preparar para o futuro. “Nosso empenho é pela ampliação do orçamento e
aplicação dos recursos. Para 2015, temos de captar 10 milhões para manter a programação em
andamento”.
Nesse sentido, durante a reunião foi formado grupo de representantes de universidades federais e
instituições estaduais de pesquisa participantes do Consórcio Pesquisa Café, incluindo a Embrapa
Café, para avaliar e implementar melhores formas de ampliação e aplicação dos recursos
recebidos. A sugestão de formação do grupo foi da reitora da Universidade Federal de Viçosa UFV, Nilda de Fátima Ferreira Soares, o que foi imediatamente acatado por todos os presentes à
reunião.
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Chamada 02/2013 – Serão líderes das propostas aprovadas instituições de ensino e pesquisa
participantes do Consórcio Pesquisa Café: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Embrapa
Instrumentação, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Cerrados, Embrapa Rondônia,
Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Café, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas
Gerais – Epamig, Fundação Procafé, Instituto Agronômico – IAC, Instituto Agronômico do Paraná –
Iapar, Instituto Biológico, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul de Minas –
IFSULDEMINAS Machado, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural –
Incaper, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio de Janeiro – Pesagro-Rio, Universidade
Federal de Lavras – Ufla, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Universidade Federal de
Viçosa – UFV, Universidade Federal de Uberlândia – UFU e Universidade de Uberaba – Uniube.
Histórico – A construção dessa Chamada de Projetos do Consórcio teve modelo inovador
desenhado durante Workshop Fortalecendo a Rede com Novos Projetos, realizado pelo Consórcio
em 2012 na cidade de Campinas-SP com os principais representantes da cadeia do café. Durante o
evento, foram identificados temas críticos e ações prioritárias para a pesquisa em café. Para saber
mais,
acesse
http://www.sapc.embrapa.br/index.php/ultimas-noticias/consorcio-pesquisa-cafeimplanta-nova-gestao-de-projetos-a-partir-de-2013 e http://www.sapc.embrapa.br/index.php/ultimasnoticias/consorcio-pesquisa-cafe-moderniza-governanca-corporativa.

Artigo: A hora e a vez do marketing do café
CaféPoint
24/02/2014
* Paulo Henrique Leme
A ABIC divulgou no último dia 17/02/2014, o seu levantamento anual do
Consumo Interno de Café. E o alerta foi aceso. Ao contrário dos últimos anos,
onde assistimos um forte crescimento do consumo interno, o resultado foi
uma queda. O total consumido segundo a pesquisa foi de 20,08 milhões de
sacas em 2013, contra 20,33 milhões de sacas em 2012. Um decréscimo de
1,23% (1).
O crescimento do mercado interno brasileiro tem sido responsável no Brasil por literalmente segurar
os preços do café. Sem ele, as últimas crises de preços teriam sido muito piores. O consumo
doméstico é responsável por absorver grande parte do produto não exportado, em termos
percentuais, 40% do café produzido no Brasil em 2013 foi consumido pelos brasileiros.
O mercado interno brasileiro absorve quase que a totalidade da produção de Conilon e os cafés do
tipo Arábica que não atingem padrão de exportação. E mesmo nos cafés de qualidade superior,
assistimos nos últimos dez anos a revolução da qualidade, que colocou nas gôndolas dos
supermercados cafés especiais e de origem brasileira. A expansão do mercado de cafés em
cápsulas também é outro sinal de que o mercado está evoluindo em prol da qualidade. O mercado
brasileiro é fundamental para o presente e para futuro do agronegócio café no Brasil. E por isso a
queda no consumo, mesmo que pequena, assusta.
As razões para este fato não são simples e merecem reflexão. Como não houve nenhuma mudança
aparente na forma de cálculo, e sabendo que a tendência era de alta e constante, devemos olhar
para duas questões: a questão macroeconômica, e o comportamento do consumidor.

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A economia brasileira passa por um período de instabilidade, com taxa de inflação preocupante
(controlada à duras penas pelo governo) e um recuo no consumo das famílias. Motivos mais do que
suficientes para cortar supérfluos. O problema é que o café não entra nessa lista. Pelo contrário,
seu consumo cresceu mesmo em outros momentos turbulentos de nossa economia. E a razão para
este crescimento foi o investimento em qualidade (como a iniciativa do selo de pureza do café) e a
explosão do consumo de café fora do lar. E é exatamente fora do lar que ocorreu a grande
revolução em novos produtos e apelos para o disputado consumidor.
Uma das razões apontadas pela ABIC para a queda do consumo faz todo sentido. A concorrência
com novos produtos, de sucos a energéticos, gelados e saborosos, é uma ameaça no café da
manhã. A associação entre café e saúde pode ajudar nessa luta, mas sem inovação nas formas de
preparo, embalagem e no consumo do café, talvez seja uma estratégia de difícil compreensão pelo
consumidor final. Praticidade e conveniência são as palavras-chave nesse mercado da primeira
refeição do dia. E é no café da manhã que pode morar o grande desafio. Sabemos que muito café é
consumido literalmente pelo “ralo” (o café que sobre na garrafa térmica). Se o hábito de consumir o
“café de filtro” mudar, mudam os parâmetros de consumo. A eficiência das monodoses pode jogar
contra o crescimento global no consumo.
Outro ponto importante é que o consumo de café no mundo está crescendo não em sua forma pura,
ou seja, o nosso “pretinho básico”, café puro, não tem ganhado novos adeptos. Por isso se ilude
quem analisa o mercado pelos dados macros, é preciso ir mais à fundo para revelar pontos
importantes. O consumo de café cresce com o café fazendo parte como ingrediente de outras
bebidas, quentes e frias. O café é um detalhe nestes produtos.
Investir na qualidade do café consumido pelos brasileiros será ponto fundamental nas futuras
estratégias de marketing. E aí mora um grande perigo. O conceito de qualidade do café não é tão
simples como se imagina, e nem da forma como este conceito é vendido para os produtores.
Qualidade é um conceito multifacetado. Cada pessoa possui uma visão própria, um gosto diferente.
Faz todo o sentido investir em cafés especiais e seus atributos de bebida, faz todo sentido investir
no marketing da sustentabilidade, é justo compreender que o consumidor quer um café conveniente
e saboroso. Mas testes cegos de prova com consumidores de café podem mostrar que as escolhas
são muito subjetivas. O consumidor médio brasileiro tem dificuldade de perceber nuances de sabor
entre cafés especiais e cafés que ele julga como “padrão” para seus costumes. Por isso, questões
subjetivas do comportamento do consumidor devem entrar em cena, como a marca, origem,
sabores, ocasiões e sentimentos. E temos que concordar que os cafeicultores fizeram sua parte,
investiram em qualidade, mas muitas vezes o que se vê no mercado é que ninguém quer pagar pelo
diferencial de um café de qualidade. Uma equação que não fecha.
De qualquer forma, nossas estratégias de marketing para divulgação do café brasileiro precisam
mudar urgentemente. Tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Os consumidores
querem se conectar com suas marcas preferidas, querem sentimentos, querem um relacionamento
de fidelidade e admiração mútua. Nós ficamos na estratégia do empurrar. Bradar aos quatro cantos
que os “Cafés do Brasil” são os melhores do mundo não funciona. Nenhum consumidor quer ouvir
isso. Isso agrade apenas aos nossos cafeicultores, massageia o ego, mas deprime o bolso do
produtor.
Precisamos chegar à mente dos consumidores. A estratégia não é “empurrar” conceitos. É fazer o
consumidor “puxar”, desejar e querer consumir o café brasileiro. Aí eu lhe pergunto: qual mensagem
passamos aos consumidores de café? Qual o primeiro desejo despertado nos consumidores
quando ouvem a palavra “café”? E quando ouvem “Cafés do Brasil”? O que lhes vem à mente?
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Este é um momento de reflexão. Costumo separar o comportamento do consumidor de café em três
tendências importantes nos dias de hoje. As três conectadas, mas que merecem abordagens
diferentes. A cultura do consumo de café, o consumidor e seus desejos, e a conexão com a origem,
com o produtor. Falaremos destas tendências em outro artigo.
De qualquer forma, o momento é de construção de uma abordagem holística de marketing. A queda
no consumo pode ser passageira, mas requer senso crítico. As mentes de produtores e industriais
devem se unir para buscar uma solução. Não podemos deixar um importante pilar de nossa
cafeicultura ruir.
* Paulo Henrique Leme é professor na Universidade Federal de Lavras e consultor em Marketing
estratégico no Agronegócio, especializado em café.

Colômbia: preço da carga de café aumentou 54,5% este ano
CaféPoint
24/02/2014
A seca no Brasil, a ferrugem na América Central, as intensas chuvas na Indonésia e no
Vietnã, além de acionar os especuladores das bolsas de valores em vários países do
mundo, levaram ao aumento do preço internacional do café e, no final, no preço interno
de compra aos produtores.
O primeiro contrato, somente na jornada de segunda-feira na Bolsa de Nova York, aumentou em
9,11%, um salto que não se reportava para um só dia desde novembro de 2004. O grão passou de
US$ 1,39 a US$ 1,52 por libra nessa bolsa.
Por outro lado, o preço interno de compra da carga de 125 quilos de café na Colômbia aumentou
em 10,02%. Durante o tempo decorrido nesse ano, o aumento foi de 54,51%, passando de 397.875
pesos (US$ 194,56) em primeiro de janeiro para 614.750 pesos (US$ 300,61) na segunda-feira,
média para 16 cidades, informou a Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia.
Por causa disso, o subsídio Proteção da Receita Cafeeira (PIC) fica em 85.250 pesos (US$ 41,68),
ajustando-se assim aos 700.000 pesos (US$ 342,29), que é o preço máximo que poderá ser pago
enquanto existir subsídio.
Quanto à seca no Brasil, essa tem se prolongado mais que o previsto, enquanto que as chuvas que
caíram não satisfizeram as necessidades dos cultivos. Somente em janeiro reportou-se a queda
mais significativa dos últimos 20 anos.
“O dano já está feito e isso trará consequências, não somente para a produção desse ano, mas
também, para a de 2015”, disse o presidente da Associação Nacional de Exportadores de Café
(Asoexport), Carlos Ignacio Rojas.
“A recente publicação dos cálculos oficiais da produção do Brasil no ano da colheita de 2014/15
(que começará em abril), dá uma previsão inicial entre 46,53 e 50,15 milhões de sacas, o que
sugere um segundo ano consecutivo de queda dessa produção”, disse o diretor da Organização
Internacional de Café (OIC), Robério Oliveira Silva.

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Dessa forma, a seca que se apresenta no Brasil é a “grande responsável” pelo aumento dos preços,
disse Rojas.
Com relação à ferrugem, que afeta os cafezais da América Central, o dirigente comercial disse que
a queda na produção desses países tem sido compensada pela recuperação da produção e das
exportações colombianas do grão. A praga, que incidiu no aumento dos preços mundiais do café,
leva à previsão de uma queda geral de 13,5% na região e que a produção caia a 16 milhões de
sacas, o nível mais baixo desde 2004/05, disse um informe sobre o tema da OIC.
“Espera-se que a produção em Honduras baixe para 4,2 milhões de sacas, a do México a 3,9
milhões e a de Guatemala a 3,1 milhões. As da Nicarágua, Costa Rica e El Salvador serão mais
baixas, de 1,5 milhão, 1,4 milhão e 844.000, respectivamente”.
Apesar de não produzir café suave, as chuvas estão afetando a produção de café robusta do
Vietnã, o segundo maior produtor mundial. O terceiro, Indonésia, que produz café arábica, também
teve sua produção afetada pelas chuvas.
A produção do Peru também está afetada pela ferrugem e se espera que caia a 4,2 milhões de
sacas; a do Equador seria de 676.000 sacas. A reportagem é do http://www.portafolio.co, adaptada
pelo CaféPoint.

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  • 1. CLIPPING – 24/02/2014 Acesse: www.cncafe.com.br Chuvas em regiões produtoras de café no fim de semana foram insuficientes, diz meteorologista Valor Econômico 24/02/2014 Carine Ferreira As chuvas registradas nos últimos dias em várias regiões produtoras de café em São Paulo, Minas Gerais e Paraná foram pontuais e com volumes baixos, segundo Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da So Somar Meteorologia. Segundo ele, as precipitações ainda não foram suficientes para melhorar os índices de umidade das lavouras. Muitas regiões produtoras sofreram com a seca prolongada e altas temperaturas desde o início do ano até meados deste mês. O clima seco vem impulsionando os preços da commodity negociada na bolsa de Nova York. Desde a o início do ano, a cotação do produto subiu mais de 50%. Nesta semana, há previsão de mais chuvas em forma de pancadas. Somente na próxima semana é que estão previstas chuvas mais generalizadas, conforme Santos. Café: sem chuvas, produtores de Três Pontas s, Pontas/MG temem grandes perdas Mercado & Cia 24/02/2014 Os efeitos da seca preocupam cafeicultores em MG, principalmente os da região de Três Pontas, onde as chuvas estão escassas e não são suficientes para desenvolver os grãos. Segundo Francisco Miranda (foto: arquivo CNC), presidente da Cocatrel (Coopera , (Cooperativa de Cafeicultores de Três Portas) as perdas devem afetar as safras Portas), m 2014 e 2015. “A situação é muito grave. O grão não está se desenvolvendo, mas ainda não dá para avaliar o tamanho da perda... Além de prejudicar a safra 2014, prejudica a safra 2015, pois não há desenvolvimento de vara, e sem vara não dá para ter grãos”. 5, Miranda explica que as chuvas registradas na região não foram suficientes para recuperar o desenvolvimento das plantas. “Aqui em nossa região choveu um pouco na semana retrasada, mas já parou. Desde quinta-feira passada, não choveu nada”. feira Assista à entrevista com Francisco Miranda, presidente da Cocatrel, no site do CNC, através do link Cocatrel, http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=17123. http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=17123 Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
  • 2. Com estiagem, produtores usam 'filtro solar' nos pés de café em MG G1 Sul de Minas 24/02/2014 Do G1 Sul de Minas A falta de chuvas e o excesso de calor durante os meses de janeiro e fevereiro deste ano prejudicaram as lavouras de café no Sul de Minas no momento de enchimento dos grãos. O problema surpreendeu os produtores de café do Sul de Minas, que, para tentar driblar o período de estiagem, criaram um método para aplicar uma espécie de filtro solar nas folhas do café. Em Três Pontas (MG), produtores desenvolveram uma calda que, quando aplicadas sobre as folhas, ajuda a combater o calor e a falta de água sobre as plantas. Com a estiagem, as mudas de café não conseguem absorver água e nutrientes e acabam desidratadas e necrosadas, o que pode acarretar atraso no desenvolvimento e na produtividade futura. Para tentar controlar isso, o produtor Roberto Rezende aplica a calda na folhagem, composta por cal virgem e açúcar. “Serve para formar uma camada esbranquiçada, o que ajuda a amenizar o sol escaldante”, explicou. Questionado, o agrônomo Rodrigo Naves Paiva, da Fundação Procafé de Varginha, explica que o composto com água, cal e açúcar, usado como filtro solar, pode ser eficaz. “Alguns funcionam como protetivo, fazem com que a planta perca menos água e a radiação solar reflete também nas folhas e a transpiração é reduzida. Mas, ainda precisamos estudar mais para ter resoltados mais consistentes”, comentou. Novas formas de irrigação – Uma técnica para evitar a perda do café é manter as plantas molhadas e irrigadas, já que a chuva mais recente não chegou a 30 milímetros. Alguns produtores, por exemplo, trocaram o turno de horário de irrigação, para tentar salvar a lavoura. Em Campo do Meio (MG), o produtor João Kennedy encontrou uma nova forma de irrigar. Com uma máquina que era usada para jogar esterco, ele improvisou a irrigação. O trabalho com ela acontece durante a noite. Na propriedade com 150 mil mudas de café, apenas 7,5 mil pés são regados por noite e recebem 10 litros de água. “É uma medida desesperada. Estamos tentando diminuir um pouco essa perda que já está acontecendo. Poderíamos dizer que nas lavouras adultas, acima de 4 anos, já perdemos 20%. Já nas lavouras pequenas, com menos de 4 anos, a perda já está em torno de 80%”, disse. De acordo com o agrônomo André Luiz Garcia, esta é a melhor alternativa para a plantação diante da falta de chuvas. “Quem tem condições de fazer isso durante a noite, tem melhor aproveitamento da água, um menor gasto tanto de água, como de energia, além de evitar o risco de queimar a folha”, ressaltou. Entretanto, mesmo com as medidas paliativas criadas por alguns produtores, a falta de água no solo e o excesso de calor devem prejudicar a safra deste ano e também a do ano seguinte na região. Sem água, as lavouras sofrem o que os agrônomos chamam de déficit hídrico, que é quando não há água suficiente no solo para alimentar as plantas. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
  • 3. Economia – Alguns produtores já estimam perdas de até 20% do total da produção deste ano e da próxima safra também. Com isso, o mercado já sofre os reflexos da seca. Na terça-feira (18), a saca subiu U$ 18 no mercado futuro e U$ 21 no mercado interno. A expectativa é de que ele continue subindo. O café tipo 6, bebida dura, fechou o dia em R$ 354 e o tipo 7 fechou em R$ 340. De acordo com o gerente da Cooperativa Minas Sul, em Varginha, Marco Antônio Bíscaro, a alta tem sido boa para o mercado interno e também para a bolsa de valores. “O mercado ainda não sabe dimensionar o tamanho da quebra, devido a seca, então, pode ser um início de ano promissor, mas ainda é cedo para dizer. Nas duas primeiras semanas de fevereiro, as vendas aumentaram”, comentou. Já o presidente do Centro de Comércio do Café de Varginha, Archimedes Colli Neto, afirma que o mercado já computa uma possível quebra de safra no Brasil, o que pode ser bom para o país. “Isso tem um impacto enorme nas cotações, no mercado e na vida da nossa região. O mercado está subindo e de maneira positiva, já que há equilíbrio na questão de remuneração e preço”, completou. Saca do café atinge o maior valor dos últimos anos no mercado G1 Economia / Agronegócios 24/02/2014 Do Globo Rural O preço do café explodiu na última semana no mercado internacional. No Brasil, a saca atingiu o maior valor dos últimos anos. O motivo é a estiagem fora de época. Na fazenda do cafeicultor Artur Queiroz de Sousa, no município de Cambuquira, parte dos cem hectares de café arábica não desenvolveu como o esperado. “O que eu não consigo é estimar o quanto de perda. Eu não sei, porque o resíduo vem depois da colheita. Aí a quebra é muito grande”, diz o cafeicultor. A estiagem fora de época mexeu diretamente com os preços internacionais do café. Do começo do ano até fevereiro, a Bolsa de Nova York registrou um aumento de 50% no preço do café. No Brasil, o preço da saca também subiu e chegou a R$ 380 no sul de Minas Gerais, o maior valor desde meados de 2012. Isso movimentou a comercialização. Na cooperativa de Varginha, mais de 150 mil sacas foram negociadas nas duas últimas semanas. “O produtor deve aproveitar, vender um pouco pra aproveitar os preços e vender de acordo com a sua necessidade”, fala o gerente da Cooperativa de Varginha Marco Antonio Bíscaro. O produtor Bernardo Paiva está aproveitando. Ele ainda tem 40% da produção do ano passado nos armazéns e fechou negócio esta semana. “Gostaria de poder segurar um pouco mais para tentar chegar aos R$ 450, R$ 480. Mas não vou poder, estou tendo que vender agora, por questões de contas que tem que pagar, salários e defensivos, entre outras contas”. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
  • 4. Demanda por café robusta tende a crescer com disparada dos preços do arábica Agência Estado 24/02/2014 O interesse por café robusta, cultivado principalmente no Vietnã, tende a aumentar em razão da disparada das cotações do arábica, variedade comercializada a preços mais altos. "Com os ganhos do arábica, mais robusta deve ser incorporado a misturas, fortalecendo a demanda e sustentando os preços do produto", diz o Rabobank, em comunicado. Os contratos futuros de arábica, negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), já se valorizaram 55% neste ano por conta da seca fora de época em regiões produtoras do Brasil, o maior exportador mundial. Atualmente, são negociados no maior nível em 16 meses. Além disso, a diferença de preços entre ambas as variedades atingiu o maior nível desde janeiro do ano passado. O robusta acumula uma valorização de 20% em 2014. Alguns representantes, entretanto, avaliam que essa troca de arábica por robusta pode não ocorrer na intensidade prevista. Segundo Rachel Hamburger, CEO da israelense Portofino Coffee, as torrefadoras devem buscar grãos de arábica mais baratos, trocando Colômbia por Honduras ou Costa Rica, por exemplo. Fonte: Dow Jones Newswires. Lideranças do Cerrado Mineiro se reúnem para preparar futuro da cafeicultura Ascom Federação dos Cafeicultores do Cerrado 24/03/2014 Sônia Lopes Lideranças da Região do Cerrado Mineiro estiveram reunidas na última quinta-feira, 20, para um encontro que teve como tema central o Realinhamento da Estratégia de Marca da Região, que possui a primeira e única Denominação de Origem para cafés no Brasil, a Região do Cerrado Mineiro. O encontro aconteceu no Centro de Excelência da Cafeicultura e concentrou cerca de 80 pessoas. A abertura do encontro foi feita por Francisco Sérgio de Assis (foto: arquivo CNC), Presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, órgão que Representa, Controla e Promove a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro. O presidente apresentou a todos o trabalho que vem sendo junto aos órgãos oficiais, e os desafios que ainda aguardam a cafeicultura, como o lançamento em caráter emergencial do substituto do endosulfan e a revisão da NR 31, que trata da Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Em seguida foi a vez de Paulo Vischi, da empresa Be Consulting responsável pela reestruturação e criação da marca e estratégia da Região do Cerrado Mineiro lançada em 2011. O consultor apresentou as mudanças e os valores da nova conquista da Região, a Denominação de Origem, extremamente apreciado e reconhecido principalmente no mercado internacional. Vischi destacou ainda o nicho de mercado que vem se fortalecendo de consumidores que buscam não apenas qualidade nos produtos que consomem, mas também origem garantida e rastreabilidade do produto. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
  • 5. O Superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, destacou que “nenhuma outra Região cafeeira do mundo está em um nível de organização que possa oferecer o que a Região do Cerrado Mineiro pode, a rastreabilidade. Os cafés de nossa Região podem ser rastreados pelo consumidor final, que através de um QR Code tem acesso a todas as informações do café que está consumindo, como história do produtor e dados da fazenda, até o mapa da plantação”. O Sebrae, grande parceiro da Região, também participou. Marcos Alves, analista do Sebrae na Região, destacou que os investimentos na Região estão mantidos e que a cafeicultura da Região pode contar com o Sebrae para continuar se desenvolvendo. O Presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis fez um balanço positivo do encontro. Segundo ele o número expressivo de participantes reflete o engajamento de todos no crescimento da cafeicultura da Região do Cerrado Mineiro. Conselho Diretor do Consórcio Pesquisa Café aprova 92 propostas de pesquisa Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café 24/02/2014 Flávia Bessa Foram homologadas na XVIII Reunião Ordinária do Conselho Diretor do Consórcio Pesquisa Café CDC – realizada na sede da Embrapa, em Brasília – propostas aprovadas referentes à Chamada de Projetos 02/2013 do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. São 92 propostas recomendadas com foco temático em sustentabilidade da cafeicultura de montanha, mão de obra escassa e de alto custo; estresses bióticos e abióticos; qualidade e marketing para rentabilidade; e deficiência dos processos de transferência de tecnologia. Na ocasião, o diretor-presidente da Embrapa, Maurício Lopes, destacou a importância do planejamento estratégico da pesquisa cafeeira para não só responder com rapidez às demandas atuais da sociedade, mas também antever desafios e oportunidades em um mundo cada vez mais complexo e em processo de mudanças profundas. “É fundamental manter uma agenda de pesquisa e inovação sob o ponto de vista dos produtores, agroindústria, mercado nacional e internacional para manutenção da competitividade da cafeicultura no Brasil. O Consórcio Pesquisa Café deve guiar esse processo e garantir mais demandas induzidas, pelas quais há melhor capacidade de vislumbrar o futuro e garantir a sustentabilidade da produção”. Para o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, mais investimentos em pesquisa e transferência de tecnologia são necessários para alimentar o planejamento estratégico com o objetivo de antever e se preparar para o futuro. “Nosso empenho é pela ampliação do orçamento e aplicação dos recursos. Para 2015, temos de captar 10 milhões para manter a programação em andamento”. Nesse sentido, durante a reunião foi formado grupo de representantes de universidades federais e instituições estaduais de pesquisa participantes do Consórcio Pesquisa Café, incluindo a Embrapa Café, para avaliar e implementar melhores formas de ampliação e aplicação dos recursos recebidos. A sugestão de formação do grupo foi da reitora da Universidade Federal de Viçosa UFV, Nilda de Fátima Ferreira Soares, o que foi imediatamente acatado por todos os presentes à reunião. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
  • 6. Chamada 02/2013 – Serão líderes das propostas aprovadas instituições de ensino e pesquisa participantes do Consórcio Pesquisa Café: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Embrapa Instrumentação, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Cerrados, Embrapa Rondônia, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Café, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, Fundação Procafé, Instituto Agronômico – IAC, Instituto Agronômico do Paraná – Iapar, Instituto Biológico, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul de Minas – IFSULDEMINAS Machado, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio de Janeiro – Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras – Ufla, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Universidade Federal de Viçosa – UFV, Universidade Federal de Uberlândia – UFU e Universidade de Uberaba – Uniube. Histórico – A construção dessa Chamada de Projetos do Consórcio teve modelo inovador desenhado durante Workshop Fortalecendo a Rede com Novos Projetos, realizado pelo Consórcio em 2012 na cidade de Campinas-SP com os principais representantes da cadeia do café. Durante o evento, foram identificados temas críticos e ações prioritárias para a pesquisa em café. Para saber mais, acesse http://www.sapc.embrapa.br/index.php/ultimas-noticias/consorcio-pesquisa-cafeimplanta-nova-gestao-de-projetos-a-partir-de-2013 e http://www.sapc.embrapa.br/index.php/ultimasnoticias/consorcio-pesquisa-cafe-moderniza-governanca-corporativa. Artigo: A hora e a vez do marketing do café CaféPoint 24/02/2014 * Paulo Henrique Leme A ABIC divulgou no último dia 17/02/2014, o seu levantamento anual do Consumo Interno de Café. E o alerta foi aceso. Ao contrário dos últimos anos, onde assistimos um forte crescimento do consumo interno, o resultado foi uma queda. O total consumido segundo a pesquisa foi de 20,08 milhões de sacas em 2013, contra 20,33 milhões de sacas em 2012. Um decréscimo de 1,23% (1). O crescimento do mercado interno brasileiro tem sido responsável no Brasil por literalmente segurar os preços do café. Sem ele, as últimas crises de preços teriam sido muito piores. O consumo doméstico é responsável por absorver grande parte do produto não exportado, em termos percentuais, 40% do café produzido no Brasil em 2013 foi consumido pelos brasileiros. O mercado interno brasileiro absorve quase que a totalidade da produção de Conilon e os cafés do tipo Arábica que não atingem padrão de exportação. E mesmo nos cafés de qualidade superior, assistimos nos últimos dez anos a revolução da qualidade, que colocou nas gôndolas dos supermercados cafés especiais e de origem brasileira. A expansão do mercado de cafés em cápsulas também é outro sinal de que o mercado está evoluindo em prol da qualidade. O mercado brasileiro é fundamental para o presente e para futuro do agronegócio café no Brasil. E por isso a queda no consumo, mesmo que pequena, assusta. As razões para este fato não são simples e merecem reflexão. Como não houve nenhuma mudança aparente na forma de cálculo, e sabendo que a tendência era de alta e constante, devemos olhar para duas questões: a questão macroeconômica, e o comportamento do consumidor. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
  • 7. A economia brasileira passa por um período de instabilidade, com taxa de inflação preocupante (controlada à duras penas pelo governo) e um recuo no consumo das famílias. Motivos mais do que suficientes para cortar supérfluos. O problema é que o café não entra nessa lista. Pelo contrário, seu consumo cresceu mesmo em outros momentos turbulentos de nossa economia. E a razão para este crescimento foi o investimento em qualidade (como a iniciativa do selo de pureza do café) e a explosão do consumo de café fora do lar. E é exatamente fora do lar que ocorreu a grande revolução em novos produtos e apelos para o disputado consumidor. Uma das razões apontadas pela ABIC para a queda do consumo faz todo sentido. A concorrência com novos produtos, de sucos a energéticos, gelados e saborosos, é uma ameaça no café da manhã. A associação entre café e saúde pode ajudar nessa luta, mas sem inovação nas formas de preparo, embalagem e no consumo do café, talvez seja uma estratégia de difícil compreensão pelo consumidor final. Praticidade e conveniência são as palavras-chave nesse mercado da primeira refeição do dia. E é no café da manhã que pode morar o grande desafio. Sabemos que muito café é consumido literalmente pelo “ralo” (o café que sobre na garrafa térmica). Se o hábito de consumir o “café de filtro” mudar, mudam os parâmetros de consumo. A eficiência das monodoses pode jogar contra o crescimento global no consumo. Outro ponto importante é que o consumo de café no mundo está crescendo não em sua forma pura, ou seja, o nosso “pretinho básico”, café puro, não tem ganhado novos adeptos. Por isso se ilude quem analisa o mercado pelos dados macros, é preciso ir mais à fundo para revelar pontos importantes. O consumo de café cresce com o café fazendo parte como ingrediente de outras bebidas, quentes e frias. O café é um detalhe nestes produtos. Investir na qualidade do café consumido pelos brasileiros será ponto fundamental nas futuras estratégias de marketing. E aí mora um grande perigo. O conceito de qualidade do café não é tão simples como se imagina, e nem da forma como este conceito é vendido para os produtores. Qualidade é um conceito multifacetado. Cada pessoa possui uma visão própria, um gosto diferente. Faz todo o sentido investir em cafés especiais e seus atributos de bebida, faz todo sentido investir no marketing da sustentabilidade, é justo compreender que o consumidor quer um café conveniente e saboroso. Mas testes cegos de prova com consumidores de café podem mostrar que as escolhas são muito subjetivas. O consumidor médio brasileiro tem dificuldade de perceber nuances de sabor entre cafés especiais e cafés que ele julga como “padrão” para seus costumes. Por isso, questões subjetivas do comportamento do consumidor devem entrar em cena, como a marca, origem, sabores, ocasiões e sentimentos. E temos que concordar que os cafeicultores fizeram sua parte, investiram em qualidade, mas muitas vezes o que se vê no mercado é que ninguém quer pagar pelo diferencial de um café de qualidade. Uma equação que não fecha. De qualquer forma, nossas estratégias de marketing para divulgação do café brasileiro precisam mudar urgentemente. Tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Os consumidores querem se conectar com suas marcas preferidas, querem sentimentos, querem um relacionamento de fidelidade e admiração mútua. Nós ficamos na estratégia do empurrar. Bradar aos quatro cantos que os “Cafés do Brasil” são os melhores do mundo não funciona. Nenhum consumidor quer ouvir isso. Isso agrade apenas aos nossos cafeicultores, massageia o ego, mas deprime o bolso do produtor. Precisamos chegar à mente dos consumidores. A estratégia não é “empurrar” conceitos. É fazer o consumidor “puxar”, desejar e querer consumir o café brasileiro. Aí eu lhe pergunto: qual mensagem passamos aos consumidores de café? Qual o primeiro desejo despertado nos consumidores quando ouvem a palavra “café”? E quando ouvem “Cafés do Brasil”? O que lhes vem à mente? Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
  • 8. Este é um momento de reflexão. Costumo separar o comportamento do consumidor de café em três tendências importantes nos dias de hoje. As três conectadas, mas que merecem abordagens diferentes. A cultura do consumo de café, o consumidor e seus desejos, e a conexão com a origem, com o produtor. Falaremos destas tendências em outro artigo. De qualquer forma, o momento é de construção de uma abordagem holística de marketing. A queda no consumo pode ser passageira, mas requer senso crítico. As mentes de produtores e industriais devem se unir para buscar uma solução. Não podemos deixar um importante pilar de nossa cafeicultura ruir. * Paulo Henrique Leme é professor na Universidade Federal de Lavras e consultor em Marketing estratégico no Agronegócio, especializado em café. Colômbia: preço da carga de café aumentou 54,5% este ano CaféPoint 24/02/2014 A seca no Brasil, a ferrugem na América Central, as intensas chuvas na Indonésia e no Vietnã, além de acionar os especuladores das bolsas de valores em vários países do mundo, levaram ao aumento do preço internacional do café e, no final, no preço interno de compra aos produtores. O primeiro contrato, somente na jornada de segunda-feira na Bolsa de Nova York, aumentou em 9,11%, um salto que não se reportava para um só dia desde novembro de 2004. O grão passou de US$ 1,39 a US$ 1,52 por libra nessa bolsa. Por outro lado, o preço interno de compra da carga de 125 quilos de café na Colômbia aumentou em 10,02%. Durante o tempo decorrido nesse ano, o aumento foi de 54,51%, passando de 397.875 pesos (US$ 194,56) em primeiro de janeiro para 614.750 pesos (US$ 300,61) na segunda-feira, média para 16 cidades, informou a Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia. Por causa disso, o subsídio Proteção da Receita Cafeeira (PIC) fica em 85.250 pesos (US$ 41,68), ajustando-se assim aos 700.000 pesos (US$ 342,29), que é o preço máximo que poderá ser pago enquanto existir subsídio. Quanto à seca no Brasil, essa tem se prolongado mais que o previsto, enquanto que as chuvas que caíram não satisfizeram as necessidades dos cultivos. Somente em janeiro reportou-se a queda mais significativa dos últimos 20 anos. “O dano já está feito e isso trará consequências, não somente para a produção desse ano, mas também, para a de 2015”, disse o presidente da Associação Nacional de Exportadores de Café (Asoexport), Carlos Ignacio Rojas. “A recente publicação dos cálculos oficiais da produção do Brasil no ano da colheita de 2014/15 (que começará em abril), dá uma previsão inicial entre 46,53 e 50,15 milhões de sacas, o que sugere um segundo ano consecutivo de queda dessa produção”, disse o diretor da Organização Internacional de Café (OIC), Robério Oliveira Silva. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
  • 9. Dessa forma, a seca que se apresenta no Brasil é a “grande responsável” pelo aumento dos preços, disse Rojas. Com relação à ferrugem, que afeta os cafezais da América Central, o dirigente comercial disse que a queda na produção desses países tem sido compensada pela recuperação da produção e das exportações colombianas do grão. A praga, que incidiu no aumento dos preços mundiais do café, leva à previsão de uma queda geral de 13,5% na região e que a produção caia a 16 milhões de sacas, o nível mais baixo desde 2004/05, disse um informe sobre o tema da OIC. “Espera-se que a produção em Honduras baixe para 4,2 milhões de sacas, a do México a 3,9 milhões e a de Guatemala a 3,1 milhões. As da Nicarágua, Costa Rica e El Salvador serão mais baixas, de 1,5 milhão, 1,4 milhão e 844.000, respectivamente”. Apesar de não produzir café suave, as chuvas estão afetando a produção de café robusta do Vietnã, o segundo maior produtor mundial. O terceiro, Indonésia, que produz café arábica, também teve sua produção afetada pelas chuvas. A produção do Peru também está afetada pela ferrugem e se espera que caia a 4,2 milhões de sacas; a do Equador seria de 676.000 sacas. A reportagem é do http://www.portafolio.co, adaptada pelo CaféPoint. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck