O documento discute diversos assuntos relacionados ao mercado de café no Brasil e no mundo, como: 1) a valorização da saca de café no Brasil não foi suficiente para compensar os prejuízos dos agricultores; 2) o café do Oeste da Bahia está perto de receber selo de certificação de origem; 3) pesquisadores desenvolvem técnica de poda programada para o café arábica.
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CLIPPING – 16/06/2014
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Valorização do café não impede prejuízo dos agricultores
Gazeta do Povo
16/06/2014
A valorização da saca de 60 quilos de café em todo o Brasil não deve ser suficiente para devolver aos
agricultores uma rentabilidade positiva com a cultura nesta safra. No Paraná, o produto acumula alta
de mais de R$ 100 por saca nos primeiros meses deste ano. A cotação média no mês de maio,
apurada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), é de cerca de R$ 380. Mas,
considerando o desembolso do agricultor para cultivar a cultura, o prejuízo atual é de R$ 25 por saca.
De acordo com a Seab, os custos variáveis do café no estado estão em mais de R$ 400 por saca.
O aumento nos preços foi impulsionado por expectativas de quebra na safra brasileira, a maior do
mundo. A produção nacional foi prejudicada pelo clima. Houve seca severa em todas as regiões
produtoras, o que comprometeu a formação dos grãos nos cafezais, e também frio excessivo. No
Norte do Paraná, a geada negra foi a maior responsável pela quebra da safra estadual. Estudo da
Fundação Procafé aponta perdas de 20% a 50% no Brasil. As projeções de colheita estão entre 40,1
milhões de sacas e 43,3 milhões de sacas. O frio nos meses de junho e julho ainda pode agravar
situação para 2015.
Efeito seca – 600 Litros de grãos de café serão necessários para encher uma saca de 60 quilos,
segundo estimativa da Fundação Procafé. Normalmente, são usados de 400 a 500 litros do fruto por
saca.
Café do Oeste da Bahia está perto de ganhar selo de certificação de origem
Comarca de Garça
16/06/2014
Depois do anúncio de uma safra com volumes de produtividade satisfatória, mais uma boa notícia é
comemorada pelos cafeicultores do Oeste da Bahia: a emissão do documento oficial pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que trata da delimitação geográfica do processo de
Indicação Geográfica do Café do Oeste da Bahia.
Segundo o documento oficial, o café produzido na região apresenta metodologia de produção,
características e especificidades adequadas para a emissão do selo de certificação de origem,
intitulado de Café do Oeste da Bahia, tendo como justificativa que “o café produzido na região
delimitada, ao longo dos anos, adquiriu notoriedade, tendo sido exportado para vários países e
conquistado diversos prêmios nacionais e internacionais”.
De acordo com o diretor executivo da Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé),
Eudes Boaventura, mais um importante passo no trabalho de Indicação Geográfica do Café do Oeste
da Bahia foi concluído. “Chegamos no penúltimo estágio do processo de autorização e liberação do
selo de certificação. O próximo passo é o encaminhamento do processo ao Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (INPI) que chancelará a procedência do café mas, desde já, estamos
trabalhando em um plano de ação de marketing para divulgar o selo de Indicação Geográfica do Café
do Oeste da Bahia”, comemora Boaventura.
O INPI é o órgão responsável pela concessão de uso do selo, que será utilizado para demonstrar o
valor e a identidade própria da origem do produto, além de distingui-lo em relação aos seus similares
disponíveis no mercado.
Ainda de acordo com o documento, “para delimitação da área da IG, os produtores de café, através
da Abacafé, propõem a área situada em altitudes superiores a 700 metros em relação ao nível do
mar, estabelecida nos limites territoriais dos seguintes municípios localizados na região Oeste do
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Estado da Bahia: Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães,
São Desidério, Correntina, Jaborandi e Cocos. Vale ressaltar que apesar da região Oeste da Bahia
possuir 24 municípios, não há registros de produção de café arábica fora da área delimitada”.
Desenvolvimento de técnica de poda programada avança para o arábica
CaféPoint
16/06/2014
Thais Fernandes
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural (Incaper) desenvolve há pelo menos seis anos a
prática de poda programada (foto: Incaper) para a variedade
arábica.
O pesquisador do Instituto, Abraão Carlos Verdin Filho, está à
frente da pesquisa e explica que a principal inovação da técnica é a sua
aplicação à variedade arábica. “Pelo estudo que fizemos, a poda programada
só havia sido utilizado no conilon. Isso nos levou a querer trabalhar também
com o arábica nesse sentido”, conta o pesquisador, destacando que no
estado do Espírito Santo, são cultivadas as duas variedades de café.
Para dar mais detalhes do estudo, Verdin revela que os principais pontos da técnica são retirar a saia
(ramos plagiotrópicos) que produziu mais de 70% de sua capacidade produtiva para o ano; e
introduzir em média 3 hastes ortotrópica (galhos) por planta.
Ainda segundo Verdin, o passo a passo do processo de poda programada para o arábica também
inclui manter dois a três galhos na hora de fazer a desbrota e arqueamento da muda para induzir à
produção.
O estudo foi realizado no Estado do Espírito Santo em região de montanhas – em 2008, o primeiro
trabalho foi feito no Sítio São Luís, no município de Baixo Guandu -, porque a poda programada é
bem ajustada para quem faz colheita manual. “Essa prática foi desenvolvida a uma altitude de cerca
640 metros acima do nível do mar. Como cada região tem altitudes diferentes, queremos ver como
ela atua em outras condições”, avalia Verdin. A altitude dos municípios capixabas produtores de café
arábica varia entre 500 e 1200 metros, e a preocupação da equipe é em testar essa tecnologia
considerando as especificidades locais.
Para dar continuidade ao estudo, este ano foi oferecido um treinamento para 38 técnicos de 30
municípios do Espírito Santo que cultivam café arábica. “A finalidade é cada técnico levar a técnica
para seus municípios. Foram verificadas diversas vantagens no sistema, mas para explicar melhor
estamos preparando um Boletim Técnico que sairá entre 30/40 dias”, conclui Verdin, que promete dar
mais detalhes a equipe do CaféPoint assim que o relatório for publicado.
Segundo informações divulgadas pelo Instituto, os resultados de experimentos em uma das
propriedades utilizadas para o estudo, demonstraram aumento na produtividade em cerca de 35% e
aumento do rendimento de colheita em até 50%.
Bureau divulga novo relatório internacional de tendências do café
Bureau de Inteligência Competitiva do Café
16/06/2014
As incertezas da safra 2014/15 fazem com que o mercado global do café fique cada
vez mais especulativo. Os efeitos negativos das mudanças climáticas na produção
cafeeira são a grande preocupação de todos os envolvidos na cadeia, assim este
tema é cada vez mais frequente nas discussões entre produtores, exportadores,
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industriais e consumidores. Confira a íntegra do relatório internacional de tendências do café,
elaborado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café, acessando:
http://www.icafebr.com.br/publicacao2/Relatorio%20v3n5.pdf.
Museu do Café, em Santos, recebe exposição “Forma: objeto do Café”
G1 Santos
16/06/2014
A exposição 'Forma: objeto do café' está em exposição no
Museu do Café (Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos) em
Santos, no litoral de São Paulo. A mostra conta sobre a trajetória
das formas de fazer café, com um olhar voltado para a estética e
a tecnologia.
Diversas peças do século XX, como máquinas para torrefação,
moagem do grão e infusão, cafeteiras e embalagens variadas.
Diversas curiosidades estão a amostra, dentre elas três
cafeteiras desmontadas.
O acervo conta com peças do próprio museu e colecionadores da cidade de São Paulo. A exposição
ficará aberta até 14 de setembro, sempre de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 10h
às 17h. O Museu do Café fica na Rua XV de Novembro, nº 95, no Centro da cidade. Mais
informações pelo site www.museudocafe.com.br.
Café: Uganda informa que exportações caíram 27% em maio
Agência Estado
16/06/2014
As exportações de café por Uganda caíram 27% em maio na comparação com igual mês do ano
passado, para 286,66 mil saca de 60 kg. A queda é resultado do clima seco dos últimos dois anos,
que diminuiu a produtividade das plantações, de acordo com a Autoridade para Desenvolvimento de
Café do país.
No acumulado da safra 2013/14, contudo, os embarques atingem 2,48 milhões de sacas, ligeiramente
acima das 2,3 milhões de sacas de 2012/13.
Conforme a entidade, o recuo de 27% foi o maior desde o início do atual ciclo. Os cafezais em
Uganda ainda são muito dependentes do regime de chuvas, mas vêm sofrendo com a estiagem
desde a temporada 2011/12. A região passa pela pior seca em 60 anos.
Principal exportador africano, Uganda destina seu café principalmente para Europa, Estados Unidos e
mercados asiáticos. Do total exportado, 70% é da variedade robusta. Fonte: Dow Jones Newswires.
Espanha doa US$ 340.000 para famílias produtoras da Guatemala
CaféPoint
16/06/2014
A Espanha doou US$ 340.000 para apoiar as famílias guatemaltecas produtoras de café
que viram suas colheitas afetadas pela seca e pela ferrugem, segundo informou a
Embaixada da Guatemala na Espanha. Os beneficiários do projeto são a população
afetada pela ferrugem do café e seu prazo de execução será entre 8 e 12 meses.
Os fundos são provenientes da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o
Desenvolvimento (AECID) e as entidades que administrarão os fundos serão Cáritas espanhola e
Save the Children. Enquanto a primeira organização ajuda a reduzir a fome derivada da ferrugem, a
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Save the Children atuará em resposta à crise de insegurança alimentar e nutricional das famílias
vulneráveis do corredor seco da Guatemala.
O objetivo desse plano é recuperar a rede de proteção social através de um sistema de emprego
temporário de um programa de dinheiro por trabalho. A ideia é manter as receitas das famílias para
que tenham acesso a serviços básicos. A reportagem é do Americaeconomica.com / Tradução por
Juliana Santin.
China Daily: consumo de café na China cresce 7 vezes mais que a média mundial
Notícias Agrícolas
16/06/2014
Fernanda Bellei
Um chinês toma, em média, cinco xícaras de café por ano, mas na pequena cidade de Fushan, na
província de Hainan, no sul da China, este número chega a 200 xícaras por ano. O volume de café
consumido pelos chineses ainda está bem abaixo da média mundial, que é de 240 xícaras, porém,
empresários internacionais que investem no setor apostam em uma rápida mudança de hábitos, de
acordo com o site China Daily.
Informações da Associação de Café da China Beijing (CCAB) indicam que o consumo de café está
crescendo no país a um nível anual de 15%, o que é quase sete vezes maior do que a média
mundial.
“Eu não acredito que a China se tornará o maior consumidor mundial de café na próxima década,
mas com tantas famílias entrando para a classe média a cada ano, os chineses estão claramente
tomando cada vez mais café”, informou David Kiwanuka, um negociador de café da Beijing Chenao
Coffee Co., uma joint venture entre Uganda e China.
A cidade número 1 do café na China
A cidade de Fushan, na província de Hainan, onde produtores rurais começaram a produzir café em
1930, nutriu uma importante cultura de consumo da bebida. Quase 100 empresas de diferentes
países abriram lojas para promover suas marcas na cidade.
“Eu fiquei impressionado de ver como os chineses amam tomar café. Eles começaram a mostrar
grande interesse pelo café, o que me fez ver um grande potencial de mercado no país”, informou
Melaku Legesse, cônsul do Consulado Geral da República Democrática da Etiópia em Guangzhou,
capital da província chinesa de Guangdong.
De acordo com a CCAB, o consumo de café na China continua crescendo de 15% a 20%
anualmente, fazendo com que o país se torne o mercado mais atrativo para a indústria do café até o
ano 2020.
Grãos ou folhas?
Apesar da rápida expansão do consumo, o presidente da CCAB, Ji Ming, afirma que é pouco
provável que o café tome o lugar do chá como a bebida de preferência dos chineses, dada a longa
tradição do país.
Marcas estrangeiras de café foram levadas para a China durante os anos 80. Atualmente, importante
marcas como Nestlé e Starbucks têm um importante papel na criação da cultura de consumo de café
no país.
Ji afirmou que a cultura de consumo de café já é popular em cidades grandes como Pequim e
Shanghai e também em províncias do Sul como Hainan e Fujian. Mas na maior parte das outras
regiões, o café ainda é um produto ocidental “caro”.
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“Mesmo em Pequim e Shanghai, o nível de consumo de café continua bem mais baixo que as 30
xícaras per capita”, disse Ji, acrescentando que a cultura de café no país ainda não é suficientemente
desenvolvida.
Annie Huang, diretora geral do Comitê “Food and Dining Culture” do Instituto de Pesquisa de Cultura
Alimentar de Guangdong informou que a nova geração da China têm maior poder de compra e pode
pagar mais por novas experiências, como provar um café de qualidade. “Para eles, a Starbucks
representa uma experiência de luxo. Muitos jovens são atraídos mais pela marca do que pelo café,
propriamente dito. Eles sabem qual tipo de chá tem boa qualidade, mas ainda não sabem reconhecer
um bom café”, afirmou Huang.
Por outro lado, a diretora do comitê admitiu que existe um enorme potencial de consumo e que a
cultura de tomar café ainda não atingiu seu auge na China.
Crescimento das marcas locais
O mercado de café da China ainda é dominado por marcas estrangeiras. Starbucks, Barista Coffee e
Blenz já têm sua parcela no mercado de café espresso, enquanto Nestlé e Maxwell House já
tomaram conta do mercado de café instantâneo.
Desde que abriu suas portas no país em 1999, a Starbucks já tem 1.001 unidades. A empresa
pretende ter 1.500 unidades até 2015 no país.
Além disso, um crescente número de marcas locais também irão ajudar a cultivar e revigorar o
mercado. “Residentes da cidade de Fushan, sejam jovens ou velhos, gostam de passar seu tempo
em cafeterias”, disse Xu Shibing, presidente da Hainan Coffee Association. O café chinês é produzido
principalmente nas províncias de Yunnan, Hainan e Sichuan.
O café produzido em Yunnan representa mais de 90% da produção chinesa, mas metade da
produção tem sido exportada como matéria prima nos últimos anos.