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TRATAMENTO HOMEOPÁTICO DE PÊNFIGO FOLIÁCEO EM CÃO DOMÉSTICO 
HOMEOPATHIC TREATMENT OF PEMPHIGUS FOLIACEUS IN DOMESTIC DOG 
Maria Leonora Veras de Mello - MV, MSc 
Ruth Pereira Dias Saraiva - MV 
Denise de Mello Bobany - MV 
RESUMO 
Pênfigo é uma doença dermatológica autoimune rara, crônica e incurável, mas 
controlável. O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de um canino doméstico no qual, 
através de sintomas e biopsia diagnosticou-se pênfigo foliáceo. O tratamento 
convencional a base de corticosteróides e antibióticos não resultou em melhora da 
enfermidade, mas suscitou efeitos colaterais e queda do estado geral, sendo necessária 
suspensão do mesmo. Foi então introduzido um novo tratamento, através de um 
complexo homeopático de medicamentos e um nosódio, junto com baixa dosagem de 
metilprednisolona, tendo então sucesso. O tratamento iniciou-se no ano de dois mil e 
nove e com ele houve melhora da condição clínica, além de remissão sintomática do 
pênfigo com persistência desde então do bem estar e qualidade de vida. 
Palavras-chave: Auto-imunidade. Canis familiaris. Terapia alternativa. 
ABSTRACT 
Pemphigus is an autoimmune skin disease rare, chronic and incurable, but manageable. 
The objective of this study was to report the case of a domestic dog in which, through 
symptoms and biopsy was diagnosed with pemphigus foliaceus. Conventional treatment
2 
based antibiotics an corticosteroids did not result in improvement of the disease, but raised 
side effects and poor general condition, necessitating discontinuation of the same. It was 
then introduced a new treatment, through a homeophatic complex drug and a nosode, 
along with low-dose methylprednisolone, and then there was success. Treatment began in 
the year two thousand and nine and he was improvement in clinical condition, with 
pemphigo’s symptomatic remission and since then persistence the well-being and quality 
of life. 
Keywords: Autoimmunity. Canis familiaris. Alternative therapy. 
INTRODUÇÃO 
O pênfigo ou penfigóide, embora seja o tipo mais comum de dermatopatia 
autoimune em cães e gatos, faz parte de um grupo raro de doenças, de origem 
geralmente idiopática, caracterizada pela produção de auto-anticorpos (Barbosa et al.) (1). 
Em estudo feito por Machado et al. (2) no Departamento de Patologia da Clínica-escola 
de Botucatú – SP no período de 1977 a 2007, de 1599 diagnósticos histopatológicos de 
dermatopatias veterinárias, apenas 1,2% foram confirmadas para pênfigo foliáceo. 
As lesões primárias são pústulas superficiais frágeis que se rompem facilmente em 
erosões superficiais, com crostas, escamas, colaretes epidérmicos e alopecia. São 
localizadas mais comumente na cabeça, no plano nasal, pavilhão auricular e coxim 
plantar se iniciando, frequentemente, com despigmentação na ponte nasal, ao redor dos 
olhos e no pavilhão auricular com prurido variável (Mendleau; Hnilica) (3). 
De acordo com Mendleau e Hnilica (3) e Rhodes (4), o tratamento do pênfigo 
canino pode ser difícil, necessitando de grandes doses de corticosteróides sistêmicos, 
como prednisona, metilprednisolona, triancinolona ou dexametasona, podendo ser 
acrescentados medicamentos imunossupressivos não-esteroides no tratamento do 
Pênfigo foliáceo canino quando os corticosteróides não apresentam a resposta 
terapêutica esperada. Ainda segundo os autores, podem ser administrados juntos, para
3 
evitar os efeitos colaterais dos primeiros quando em altas dosagens, embora eles próprios 
também acarretem efeitos deletérios, além de aumentar bastante o custo do tratamento. 
A homeopatia não inviabiliza a alopatia, pelo contrário, as duas terapias andam 
juntas e em harmonia (Signore) (5). 
O objetivo deste artigo é evidenciar as potenciais vantagens de incorporar a 
medicação homeopática no tratamento dermatológico convencional, por ter custo menor, 
ser de fácil administração, não apresentar efeitos colaterais quando há correta prescrição 
e, sobretudo por possibilitar a redução dos esteróides e das drogas imunosupressoras. 
RELATO DE CASO E DISCUSSÃO 
Em março de 2009 foi atendido na Clínica Escola de Medicina Veterinária do 
UNIFESO, situada Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro, um canino da raça Dachshund 
de nome Lion com 5 anos, macho, castrado, pesando 6,500 kg . De acordo com as 
informações do proprietário, o animal era vacinado, vermifugado, vivia solto em quintal 
com jardim e era alimentado com ração comercial. O motivo da consulta foi o fato de o 
animal vir apresentando há poucos dias, lesões descamativas no focinho (fig. 1) 
semelhantes a queimadura de sol. Nessa ocasião foi indicado o uso do protetor solar. 
Figura 1 - Março/2009. Primeiras lesões 
descamativas na região do focinho.
4 
Passados três meses, em julho do mesmo ano, as lesões alastraram-se para as 
pálpebras, acompanhadas de muita coceira que levava ao sangramento. O animal foi 
levado para uma numa nova consulta na Clinica Escola no dia 28 de julho, ocasião em 
que se levantou a suspeita de alergia alimentar. Receitou-se hydroxizine 12,5 mg de 
8h/8h por 12 dias e ração hipoalergênica e tratamento com corticosteróides tópicos. No 
entanto, segundo seu proprietário, o animal só dormia e não melhorava, passando a 
apresentar alopecia corporal. 
No dia 01/08/09 o animal apresentou febre persistente e foi, novamente, conduzido 
a uma consulta na Clinica Escola quando, além da febre de 41ºC, exibia feridas nas 
orelhas e otite bilateral, pústulas pelo corpo todo, emagrecimento e o prurido e a 
descamação aumentaram. Foi, então, receitada metilprednisolona 5mg ao dia. 
Uma semana depois, o quadro se agravou e durante a consulta foi verificado que o 
animal passou a apresentar hiperceratose nos coxins, as lesões no nariz e ao redor dos 
olhos aumentaram em número e tamanho, associado ao aumento da alopecia (fig. 2) e 
surgiram pústulas pelo corpo. Por estar prostrado e desidratado foi submetido a 
soroterapia endovenosa com Ringer lactato e, para casa, foram receitados cefalexina 
75mg duas vezes ao dia, metilprednisolona oral 5mg duas vezes ao dia e banhos com 
cetoconazol tópico. O veterinário, nesse momento, suspeitava de Lúpus ou hipotiroidismo. 
Figura 2 – Agosto/2009. Corpo do animal exibindo agravamento dos 
sintomas evidenciando áreas de alopecia e presença de crostas.
5 
No dia 18/08/09 o animal apresentou melhora, as lesões secaram e ele não 
apresentava mais a febre. Os banhos com o cetoconazol foram mantidos e o veterinário 
descontinuou o corticóide, mantendo a cefalexina. 
Uma semana após esse episódio de melhora o cão piorou drasticamente, 
apresentando febre acima de 41,5ºC, crostas abundantes na pele, prurido severo levando 
ao sangramento por automutilação, pus e odor fétido nasal, além de piodermite 
generalizada. Diante desse quadro, mudou-se o antibiótico de cefalexina para doxiciclina 
e foi reentroduzida a metilprednisolona contínuamente. 
No dia 04 de setembro foram colhidos pequenos fragmentos de duas lesões 
intactas, uma na cabeça e outra no dorso do animal, conforme recomendado por Scott, 
Miller et al. (6) e enviados para exame histopatológico. 
No dia 30 desse mesmo mês obteve-se o laudo de dermatite caraterizada por 
pustulose folicular intensa com acantose focal compatível com pênfigo foliáceo folicular 
(fig. 3 A e B). 
Figura 3 – (A) Microfotografia da pele mostrando a acantólise. (B) Microfotografia da pele mostrando células 
acantolíticas.
6 
Diante desse resultado, foi estipulado o tratamento com crescentes doses de 
metilprednisolona até 40 mg ao dia, como preconizado por Medleau e Hnilica (3); Rhodes 
(4); Stone (7), porém com resultados insatisfatórios após um mês e meio de tratamento 
traduzidos, no decorrer do tratamento sempre acompanhado de perto pelo médico 
veterinário, por aumento do apetite e aumento de peso (10,950 kg) , acúmulo de líquido 
corporal e hepatomegalia, embora Barbosa et al. (1) considerem que, quando 
diagnosticado precocemente e com a instituição de tratamento adequado seja possível 
obter o controle desejado. 
Foi realizada a tentativa de redução do corticóide lentamente após um mês e meio 
de tratamento, porém sem sucesso, pois as lesões reapareciam de forma rápida e 
agressiva. 
Optou-se nesta ocasião, pelo tratamento homeopático, segundo informações de 
Signore (5) e Ribas (8), concomitante à redução da corticoterapia, sendo utilizado, 
primeiramente, um composto associado com Hura brasiliensis 6CH, Kali sulphuricum 
6CH, Mezereum 6CH, Mulungu 12DH, Oleander 5CH, Rhus tox 3 CH, Ranunculus 
Sceleratus 3CH - em tabletes de lactose, manipulados segundo a Farmacopéia 
Homeopática Brasileira*, administrados na dose de 2 tabletes três vezes ao dia. 
Para complementar o tratamento foi prescrito Bacillinum 30CH, um nosódio de 
secreções com o bacilo tuberculoso, em quantidades infinitesimais, acima do número de 
avogrado, para uma ação imunomoduladora, na forma de doses únicas em embalagens 
separadas do produto com conteúdo em pó. Administrou-se o conteúdo de um papel por 
semana durante oito semanas. 
Após um mês de uso da homeopatia, iniciou-se a redução gradual e lenta do 
corticóide, dessa vez, com sucesso (fig. 4). A partir da introdução da homeopatia se 
observou uma tendência à homeostasia, melhorando os sintomas e incrementando a 
ação do corticóide, mas permitindo a diminuição de sua dose e de seus efeitos colaterais, 
conforme Darden (9). 
* Farmacopeia Homeopática Brasileira. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/3a_edicao.pdf
7 
Figura 4 - aparência do animal Lion, um mês após 
iniciado o tratamento homeopático. 
É importante que se compreenda que a troca ou introdução concomitantemente de 
um tratamento homeopático na terapia alopática não é apenas uma opção terapêutica, 
mas uma mudança de paradigmas fundamentais. Aqui não se está discutindo qual terapia 
é melhor já que toda e qualquer iniciativa para conduzir o paciente à saúde, e a uma 
existência livre de dores, onde o animal possa viver de acordo com sua natureza e com 
bem estar, é a busca que um médico veterinário sempre está a almejar. Filosoficamente a 
alopatia trata a doença, e a homeopatia, o doente. A homeopatia desperta os 
mecanismos de defesa do paciente, funcionando como um imunomodulador, 
reconduzindo-o a homeostasia de acordo com Egito (10) e Mello (11). 
Em dezembro de 2011 o animal apresentava-se clinicamente saudável. Hoje, 
janeiro de 2014, o animal continua em uso continuo da homeopatia, com apenas uma 
administração diária de dois tabletes do mesmo composto original, e pulsoterapia com 
metilprednisolona 7,5 mg 3 vezes por semana, junto com a recomendação de não ficar 
exposto ao sol, mantendo bom estado geral, e sem a sintomatologia da enfermidade nem 
efeitos colaterais dos corticosteroides (fig.5).
8 
Figura 5 - Lion completamente recuperado em dezembro de 2011. 
Clinicamente o paciente vem levando uma vida normal e saudável, a partir da 
utilização dos medicamentos homeopáticos dentro de escolhas que se coadunam com o 
pensamento do Dr. Hahnemann, isto é ainda é portador de uma doença crônica, mas 
alcançou a homeostasia suficiente para uma vida normal (Hahnemann) (12). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O tratamento tradicional utilizado no presente caso, mantido dentro dos protocolos 
apresentou uma resposta terapêutica insuficiente, seguida de muitos e deletérios efeitos 
colaterais. A introdução da terapêutica homeopática melhorou o estado geral do animal e 
permitiu a diminuição das doses de glicocorticóides, minimizando seus efeitos colaterais e 
acrescentando qualidade de vida ao paciente. 
Embora ainda cause impacto um médico veterinário utilizar terapias vitalistas em 
sua vida profissional, percebe-se que os animais são os melhores álibis para a ciência e 
arte da Homeopatia, pois eles se curam sem qualquer possibilidade de indução 
psicológica ou fingimento. Embora ainda sem comprovação definitiva de terapêutica 
homeopática eficaz para o pênfigo foliáceo, o efeito benéfico, no caso relatado foi real, 
perceptivo nos exames laboratoriais e de imagem e, sobretudo, na sensação de bem 
estar geral manifestado pelo animal. 
Devido a escassez de literatura nacional e internacional sobre o assunto e a 
importância da doença no dia a dia da clínica veterinária, sugere-se que mais estudos 
científicos devam ser propostos.
9 
Esse trabalho foi protocolado pela Comissão de Ética do UNIFESO-RJ sob o 
número 284/2010 em 05/03/2010. 
REFERÊNCIAS 
1 BARBOSA MVF, FUKAHORI FLP, DIAS MBMC, LIMA ER. Patof isiologia do Pênf igo Foliáceo em cães: revisão de literatura. 
Medicina Veterinária 2012; 6(3):26-31. 
2 MACHADO LHA, FABRIS VE, TORRES NETO R, RODRIGUES JC, OLIVEIRA FC. Histopathology in veterinary dermatology: 
Historical records of thirty years of diagnosis at the Department of Pathology of Botucatu Medical School, UNESP (1977-2007). Vet. e 
Zootec. 2012;19(2):222-235. 
3 MENDLEAU L, HNILICA KA. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico. 2ª ed. São Paulo – SP: Editora 
Roca; 2009. 
4 RHODES KH. Doenças Imunomediadas Sistêmicas. In: BICHARD SJ, SHERDING RG. Manual Saunders: Clínica de Pequenos 
Animais. 3ª ed. São Paulo – SP: Roca; 2008. p. 501- 82. 
5 SIGNORE RJ. Classical Homeopathy Medicine and the treatment of eczema. Cosmetic Dermatology. 2004; 24:420-425. 
6 SCOOT DW, MILLER WH, GRIFFIN CE. Dermatologia de Pequenos Animais. Rio de Janeiro – RJ: Interlivros; 1996. 
7 STONE M. Dermatoses Imunomediadas. In: BICHARD SJ, SHERDING RG. Manual Saunders: Clínica de Pequenos Animais. 3ª ed. 
São Paulo – SP: Roca; 2008. p. 270 – 71. 
8 RIBAS RP. Prodígios da Homeopatia. 3ª ed. Niterói, RJ: SEPE; 2001. 
9 DARDEN H. Remédios homeopáticos para Pênf igo. Disponível em: http://w w w .ehow .com/w ay_5541273_homeopathic-remedies-pemphigus. 
html [2012 fev. 6]. 
10 EGITO JL. Homeopatia - Introdução ao Estudo da Teoria Miasmática. 3ª ed. São Paulo: Editora Robe;1999. 
11 MELLO MLV. Homeopatia Veterinária: Homeopatia através do tempo. In: ALDO FD. Fundamentos da Homeopatia: Princípios da 
Prática Homeopática. Rio de Janeiro: Editora Cultura Médica; 2001.p.103-07. 
12 HAHNEMANN S. Organon de la Medicina. Buenos Aires: Editorial Albatroz; 1981.

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Penfigo foliaceo em cão

  • 1. 1 TRATAMENTO HOMEOPÁTICO DE PÊNFIGO FOLIÁCEO EM CÃO DOMÉSTICO HOMEOPATHIC TREATMENT OF PEMPHIGUS FOLIACEUS IN DOMESTIC DOG Maria Leonora Veras de Mello - MV, MSc Ruth Pereira Dias Saraiva - MV Denise de Mello Bobany - MV RESUMO Pênfigo é uma doença dermatológica autoimune rara, crônica e incurável, mas controlável. O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de um canino doméstico no qual, através de sintomas e biopsia diagnosticou-se pênfigo foliáceo. O tratamento convencional a base de corticosteróides e antibióticos não resultou em melhora da enfermidade, mas suscitou efeitos colaterais e queda do estado geral, sendo necessária suspensão do mesmo. Foi então introduzido um novo tratamento, através de um complexo homeopático de medicamentos e um nosódio, junto com baixa dosagem de metilprednisolona, tendo então sucesso. O tratamento iniciou-se no ano de dois mil e nove e com ele houve melhora da condição clínica, além de remissão sintomática do pênfigo com persistência desde então do bem estar e qualidade de vida. Palavras-chave: Auto-imunidade. Canis familiaris. Terapia alternativa. ABSTRACT Pemphigus is an autoimmune skin disease rare, chronic and incurable, but manageable. The objective of this study was to report the case of a domestic dog in which, through symptoms and biopsy was diagnosed with pemphigus foliaceus. Conventional treatment
  • 2. 2 based antibiotics an corticosteroids did not result in improvement of the disease, but raised side effects and poor general condition, necessitating discontinuation of the same. It was then introduced a new treatment, through a homeophatic complex drug and a nosode, along with low-dose methylprednisolone, and then there was success. Treatment began in the year two thousand and nine and he was improvement in clinical condition, with pemphigo’s symptomatic remission and since then persistence the well-being and quality of life. Keywords: Autoimmunity. Canis familiaris. Alternative therapy. INTRODUÇÃO O pênfigo ou penfigóide, embora seja o tipo mais comum de dermatopatia autoimune em cães e gatos, faz parte de um grupo raro de doenças, de origem geralmente idiopática, caracterizada pela produção de auto-anticorpos (Barbosa et al.) (1). Em estudo feito por Machado et al. (2) no Departamento de Patologia da Clínica-escola de Botucatú – SP no período de 1977 a 2007, de 1599 diagnósticos histopatológicos de dermatopatias veterinárias, apenas 1,2% foram confirmadas para pênfigo foliáceo. As lesões primárias são pústulas superficiais frágeis que se rompem facilmente em erosões superficiais, com crostas, escamas, colaretes epidérmicos e alopecia. São localizadas mais comumente na cabeça, no plano nasal, pavilhão auricular e coxim plantar se iniciando, frequentemente, com despigmentação na ponte nasal, ao redor dos olhos e no pavilhão auricular com prurido variável (Mendleau; Hnilica) (3). De acordo com Mendleau e Hnilica (3) e Rhodes (4), o tratamento do pênfigo canino pode ser difícil, necessitando de grandes doses de corticosteróides sistêmicos, como prednisona, metilprednisolona, triancinolona ou dexametasona, podendo ser acrescentados medicamentos imunossupressivos não-esteroides no tratamento do Pênfigo foliáceo canino quando os corticosteróides não apresentam a resposta terapêutica esperada. Ainda segundo os autores, podem ser administrados juntos, para
  • 3. 3 evitar os efeitos colaterais dos primeiros quando em altas dosagens, embora eles próprios também acarretem efeitos deletérios, além de aumentar bastante o custo do tratamento. A homeopatia não inviabiliza a alopatia, pelo contrário, as duas terapias andam juntas e em harmonia (Signore) (5). O objetivo deste artigo é evidenciar as potenciais vantagens de incorporar a medicação homeopática no tratamento dermatológico convencional, por ter custo menor, ser de fácil administração, não apresentar efeitos colaterais quando há correta prescrição e, sobretudo por possibilitar a redução dos esteróides e das drogas imunosupressoras. RELATO DE CASO E DISCUSSÃO Em março de 2009 foi atendido na Clínica Escola de Medicina Veterinária do UNIFESO, situada Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro, um canino da raça Dachshund de nome Lion com 5 anos, macho, castrado, pesando 6,500 kg . De acordo com as informações do proprietário, o animal era vacinado, vermifugado, vivia solto em quintal com jardim e era alimentado com ração comercial. O motivo da consulta foi o fato de o animal vir apresentando há poucos dias, lesões descamativas no focinho (fig. 1) semelhantes a queimadura de sol. Nessa ocasião foi indicado o uso do protetor solar. Figura 1 - Março/2009. Primeiras lesões descamativas na região do focinho.
  • 4. 4 Passados três meses, em julho do mesmo ano, as lesões alastraram-se para as pálpebras, acompanhadas de muita coceira que levava ao sangramento. O animal foi levado para uma numa nova consulta na Clinica Escola no dia 28 de julho, ocasião em que se levantou a suspeita de alergia alimentar. Receitou-se hydroxizine 12,5 mg de 8h/8h por 12 dias e ração hipoalergênica e tratamento com corticosteróides tópicos. No entanto, segundo seu proprietário, o animal só dormia e não melhorava, passando a apresentar alopecia corporal. No dia 01/08/09 o animal apresentou febre persistente e foi, novamente, conduzido a uma consulta na Clinica Escola quando, além da febre de 41ºC, exibia feridas nas orelhas e otite bilateral, pústulas pelo corpo todo, emagrecimento e o prurido e a descamação aumentaram. Foi, então, receitada metilprednisolona 5mg ao dia. Uma semana depois, o quadro se agravou e durante a consulta foi verificado que o animal passou a apresentar hiperceratose nos coxins, as lesões no nariz e ao redor dos olhos aumentaram em número e tamanho, associado ao aumento da alopecia (fig. 2) e surgiram pústulas pelo corpo. Por estar prostrado e desidratado foi submetido a soroterapia endovenosa com Ringer lactato e, para casa, foram receitados cefalexina 75mg duas vezes ao dia, metilprednisolona oral 5mg duas vezes ao dia e banhos com cetoconazol tópico. O veterinário, nesse momento, suspeitava de Lúpus ou hipotiroidismo. Figura 2 – Agosto/2009. Corpo do animal exibindo agravamento dos sintomas evidenciando áreas de alopecia e presença de crostas.
  • 5. 5 No dia 18/08/09 o animal apresentou melhora, as lesões secaram e ele não apresentava mais a febre. Os banhos com o cetoconazol foram mantidos e o veterinário descontinuou o corticóide, mantendo a cefalexina. Uma semana após esse episódio de melhora o cão piorou drasticamente, apresentando febre acima de 41,5ºC, crostas abundantes na pele, prurido severo levando ao sangramento por automutilação, pus e odor fétido nasal, além de piodermite generalizada. Diante desse quadro, mudou-se o antibiótico de cefalexina para doxiciclina e foi reentroduzida a metilprednisolona contínuamente. No dia 04 de setembro foram colhidos pequenos fragmentos de duas lesões intactas, uma na cabeça e outra no dorso do animal, conforme recomendado por Scott, Miller et al. (6) e enviados para exame histopatológico. No dia 30 desse mesmo mês obteve-se o laudo de dermatite caraterizada por pustulose folicular intensa com acantose focal compatível com pênfigo foliáceo folicular (fig. 3 A e B). Figura 3 – (A) Microfotografia da pele mostrando a acantólise. (B) Microfotografia da pele mostrando células acantolíticas.
  • 6. 6 Diante desse resultado, foi estipulado o tratamento com crescentes doses de metilprednisolona até 40 mg ao dia, como preconizado por Medleau e Hnilica (3); Rhodes (4); Stone (7), porém com resultados insatisfatórios após um mês e meio de tratamento traduzidos, no decorrer do tratamento sempre acompanhado de perto pelo médico veterinário, por aumento do apetite e aumento de peso (10,950 kg) , acúmulo de líquido corporal e hepatomegalia, embora Barbosa et al. (1) considerem que, quando diagnosticado precocemente e com a instituição de tratamento adequado seja possível obter o controle desejado. Foi realizada a tentativa de redução do corticóide lentamente após um mês e meio de tratamento, porém sem sucesso, pois as lesões reapareciam de forma rápida e agressiva. Optou-se nesta ocasião, pelo tratamento homeopático, segundo informações de Signore (5) e Ribas (8), concomitante à redução da corticoterapia, sendo utilizado, primeiramente, um composto associado com Hura brasiliensis 6CH, Kali sulphuricum 6CH, Mezereum 6CH, Mulungu 12DH, Oleander 5CH, Rhus tox 3 CH, Ranunculus Sceleratus 3CH - em tabletes de lactose, manipulados segundo a Farmacopéia Homeopática Brasileira*, administrados na dose de 2 tabletes três vezes ao dia. Para complementar o tratamento foi prescrito Bacillinum 30CH, um nosódio de secreções com o bacilo tuberculoso, em quantidades infinitesimais, acima do número de avogrado, para uma ação imunomoduladora, na forma de doses únicas em embalagens separadas do produto com conteúdo em pó. Administrou-se o conteúdo de um papel por semana durante oito semanas. Após um mês de uso da homeopatia, iniciou-se a redução gradual e lenta do corticóide, dessa vez, com sucesso (fig. 4). A partir da introdução da homeopatia se observou uma tendência à homeostasia, melhorando os sintomas e incrementando a ação do corticóide, mas permitindo a diminuição de sua dose e de seus efeitos colaterais, conforme Darden (9). * Farmacopeia Homeopática Brasileira. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/3a_edicao.pdf
  • 7. 7 Figura 4 - aparência do animal Lion, um mês após iniciado o tratamento homeopático. É importante que se compreenda que a troca ou introdução concomitantemente de um tratamento homeopático na terapia alopática não é apenas uma opção terapêutica, mas uma mudança de paradigmas fundamentais. Aqui não se está discutindo qual terapia é melhor já que toda e qualquer iniciativa para conduzir o paciente à saúde, e a uma existência livre de dores, onde o animal possa viver de acordo com sua natureza e com bem estar, é a busca que um médico veterinário sempre está a almejar. Filosoficamente a alopatia trata a doença, e a homeopatia, o doente. A homeopatia desperta os mecanismos de defesa do paciente, funcionando como um imunomodulador, reconduzindo-o a homeostasia de acordo com Egito (10) e Mello (11). Em dezembro de 2011 o animal apresentava-se clinicamente saudável. Hoje, janeiro de 2014, o animal continua em uso continuo da homeopatia, com apenas uma administração diária de dois tabletes do mesmo composto original, e pulsoterapia com metilprednisolona 7,5 mg 3 vezes por semana, junto com a recomendação de não ficar exposto ao sol, mantendo bom estado geral, e sem a sintomatologia da enfermidade nem efeitos colaterais dos corticosteroides (fig.5).
  • 8. 8 Figura 5 - Lion completamente recuperado em dezembro de 2011. Clinicamente o paciente vem levando uma vida normal e saudável, a partir da utilização dos medicamentos homeopáticos dentro de escolhas que se coadunam com o pensamento do Dr. Hahnemann, isto é ainda é portador de uma doença crônica, mas alcançou a homeostasia suficiente para uma vida normal (Hahnemann) (12). CONSIDERAÇÕES FINAIS O tratamento tradicional utilizado no presente caso, mantido dentro dos protocolos apresentou uma resposta terapêutica insuficiente, seguida de muitos e deletérios efeitos colaterais. A introdução da terapêutica homeopática melhorou o estado geral do animal e permitiu a diminuição das doses de glicocorticóides, minimizando seus efeitos colaterais e acrescentando qualidade de vida ao paciente. Embora ainda cause impacto um médico veterinário utilizar terapias vitalistas em sua vida profissional, percebe-se que os animais são os melhores álibis para a ciência e arte da Homeopatia, pois eles se curam sem qualquer possibilidade de indução psicológica ou fingimento. Embora ainda sem comprovação definitiva de terapêutica homeopática eficaz para o pênfigo foliáceo, o efeito benéfico, no caso relatado foi real, perceptivo nos exames laboratoriais e de imagem e, sobretudo, na sensação de bem estar geral manifestado pelo animal. Devido a escassez de literatura nacional e internacional sobre o assunto e a importância da doença no dia a dia da clínica veterinária, sugere-se que mais estudos científicos devam ser propostos.
  • 9. 9 Esse trabalho foi protocolado pela Comissão de Ética do UNIFESO-RJ sob o número 284/2010 em 05/03/2010. REFERÊNCIAS 1 BARBOSA MVF, FUKAHORI FLP, DIAS MBMC, LIMA ER. Patof isiologia do Pênf igo Foliáceo em cães: revisão de literatura. Medicina Veterinária 2012; 6(3):26-31. 2 MACHADO LHA, FABRIS VE, TORRES NETO R, RODRIGUES JC, OLIVEIRA FC. Histopathology in veterinary dermatology: Historical records of thirty years of diagnosis at the Department of Pathology of Botucatu Medical School, UNESP (1977-2007). Vet. e Zootec. 2012;19(2):222-235. 3 MENDLEAU L, HNILICA KA. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêutico. 2ª ed. São Paulo – SP: Editora Roca; 2009. 4 RHODES KH. Doenças Imunomediadas Sistêmicas. In: BICHARD SJ, SHERDING RG. Manual Saunders: Clínica de Pequenos Animais. 3ª ed. São Paulo – SP: Roca; 2008. p. 501- 82. 5 SIGNORE RJ. Classical Homeopathy Medicine and the treatment of eczema. Cosmetic Dermatology. 2004; 24:420-425. 6 SCOOT DW, MILLER WH, GRIFFIN CE. Dermatologia de Pequenos Animais. Rio de Janeiro – RJ: Interlivros; 1996. 7 STONE M. Dermatoses Imunomediadas. In: BICHARD SJ, SHERDING RG. Manual Saunders: Clínica de Pequenos Animais. 3ª ed. São Paulo – SP: Roca; 2008. p. 270 – 71. 8 RIBAS RP. Prodígios da Homeopatia. 3ª ed. Niterói, RJ: SEPE; 2001. 9 DARDEN H. Remédios homeopáticos para Pênf igo. Disponível em: http://w w w .ehow .com/w ay_5541273_homeopathic-remedies-pemphigus. html [2012 fev. 6]. 10 EGITO JL. Homeopatia - Introdução ao Estudo da Teoria Miasmática. 3ª ed. São Paulo: Editora Robe;1999. 11 MELLO MLV. Homeopatia Veterinária: Homeopatia através do tempo. In: ALDO FD. Fundamentos da Homeopatia: Princípios da Prática Homeopática. Rio de Janeiro: Editora Cultura Médica; 2001.p.103-07. 12 HAHNEMANN S. Organon de la Medicina. Buenos Aires: Editorial Albatroz; 1981.