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Ultrassonografia em
emergências clínicas e
cirúrgicas
Cibele Figueira Carvalho
Interpretação da Imagem
Ferramentas para
interpretação das
imagens obtidas
Conhecer sinais
específicos da imagem
e descrevê-los
Conhecimento
dos sinais clínicos
Conhecimento de
anatomia
topográfica
Análise sistemática
Leque de possibilidade
diagnóstica diferenciais
Diagnóstico final
Emergências x Urgências
EMERGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa, de
aparecimento súbito e imprevisto, necessitando de imediata
solução.
URGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa, de
aparecimento rápido, mas não necessariamente imprevisto
e súbito, necessitando de solução em curto prazo.
A diferença entre emergência e urgência reside em dois
pontos:
1] na primeira o aparecimento é súbito e imprevisto, na
segunda não;
2] a primeira exige solução imediata; a segunda, em curto
prazo, havendo apenas premência ou insistência de
solução. Ambas têm em comum a periculosidade.
A RESOLUÇÃO CFM nº 1451/95 do Conselho Federal de
Medicina de 10 de março de 1995 [publicada no Diário
Oficial da União em 17.03.95 - Seção I - Página 3666]
estabelece nos Parágrafos I e II do Artigo I as definições
para os conceitos de urgência e emergência, a serem
adotadas na linguagem médica no Brasil.
"Parágrafo Primeiro - Define-se por URGÊNCIA a ocorrência
imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial
de vida, cujo portador necessita de assistência médica
imediata."
"Parágrafo Segundo - Define-se por EMERGÊNCIA a
constatação médica de condições de agravo à saúde que
impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento
intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato."
O resultado do exame é imprescindível
para o tratamento imediato?
Critérios de seleção da
modalidade de diagnóstico por
imagem
Custo x Benefício
disponibilidade
Impacto diagnóstico e terapêutico
Tempo de execução do exame
Tempo de elaboração do resultado
Risco do paciente
Situações emergenciais
Trauma = procura sinais de trauma
Abdome agudo = procura a causa
Ultrassonografia emergencial
Ultrassonografia
abdominal
Equipamentos de mesa
Salas apropriadas
Transporte do paciente
Exame completo e
detalhado
Impressão das imagens/
laudo
Paciente estável
Preparo do paciente
Realizado por
ultrassonografista
FAST
(Focused Assessment
Sonography of Trauma)
Sinônimos (bedside
sonography, US
ambulatorial ou ao pé do
leito)
Aparelhos portáteis
Realizado durante o exame
clínico (“golden hour”)
Tempo de exame: 2 a 5’
Focado busca de sinais de
trauma (abdome e tórax)
Exames seriados pós
trauma
Realizado por operador
treinado
FAST
(AFAST – TFAST)
Diagnóstico precoce de hemorragia
(abdominal ou torácica)
Rápido encaminhamento cirúrgico
Baixo risco para o paciente
Evitar laparotomias brancas ou
exploratórias (não terapêuticas)
• Sensibilidade diagnóstica de 81 a
98% e especificidade de 98 a 100%
para detecção de líquido livre na
cavidade abdominal.
WRIGLEY, R.H (2011)
FAST
FAST
Exemplos:
- Atendimentos de urgência na estrada
- Guerra do golfo, Iraque...
- Médicos sem fronteira
Tipos de aparelhos
- Leves, portáteis,
transportáveis,
resistentes, com
recursos variados
FAST
esaote mindray Sonosite
SonoscapeGE Health Care
FAST
Técnica de exame
- Realizado junto ao leito ou no local do
acidente
- Sem preparo do paciente
- Exame direcionado na procura de sinais de
trauma/ hemorragia
- Decúbito do paciente (lateral,
preferencialmente direito)
FAST
Indicações:
- Emergências torácicas (efusão/
tamponamento)
- Auxiliar procedimentos ecodirigidos
- Abdome em traumas perfurantes (tiro,
mordidas, lanças ou flechas) e por contusão
(atropelamento, queda)
AFAST
Abdominal Focused Assessment Sonography of
Trauma
Técnica de varredura no sentido dos
ponteiros do relógio:
- Recesso hepato-diafragmático (HD)
- Recesso esplenorrenal (SR)
- Recesso vesical ou cisto-cólico (CC)
- Recesso hepatorrenal (HR)
AFAST
Região 1
Região 2
Região 3
Bexiga
Região 4
AFAST
Objetivos do exame:
- Responder questionamento clínico
específico
- Detectar alteração que necessite de
conduta terapêutica imediata
- Detectar alteração potencialmente fatal
- Auxiliar no direcionamento clínico e
abordagem diagnóstica
- Guiar procedimentos invasivos
AFAST
Vantagens:
- Rapidez
- Precocidade diagnóstica
- Sem necessidade de transportar
- Baixo custo
Limitações:
- Ambiente
- Paciente
- Exame
AFAST (Abdominal focused assessment with
sonography for trauma) positivo
• AFS – Abdominal Fluid Score - Quantificação
de líquido livre em decúbito lateral direito:
- AFS 1 = positivo em qualquer local; mais
comum na região HD
- AFS 2 = positivo em pelo menos dois locais;
mais comum na região HD e CC
- AFS 3 = positivo em três locais e de maior
gravidade prognóstica
- AFS 4 = positivo em todas as quatro regiões
AFS – Abdominal Fluid Score
Locais de predisposição para deposição de líquido livre
de acordo com a lei da gravidade e quantidade
Região SR
Região HD
AFS – Abdominal Fluid Score
Animais com trauma por contusão
(atropelamento, p.ex.), FAST + decorrente de:
- 38 a 43% com hemoperitoneo
- 2 a 3% com uroabdome (Se e Sp desconhecidas)
- Variação de resultados devido ao tempo médio de
execução do exame (pós trauma imediato, 60
minutos, 240 minutos, etc) sugere necessidade
de realizar exames seriados a cada 4-6 horas em
pacientes estáveis ou por até 48 horas em
animais que variam o score.
Boysen et al.,2004; Lisciandro et al., 2008
AFS – Abdominal Fluid Score
Score (AFS) foi criado na veterinária para
ser um indicador do grau de anemia
instalada e da necessidade de transfusão
sanguínea;
- AFS estável indica possível resolução do
sangramento,
- AFS aumentando indica hemorragia ativa,
- AFS diminuindo indica resolução via
autotransfusão.
AFS – Abdominal Fluid Score
Quanto maior o score (AFS) maior a
probabilidade de intervenção cirúrgica
(laparotomia)
Localização do líquido livre pode indicar a
origem da hemorragia:
- Baço (58%)
- Fígado (50%)
- Rins (23%)
- Vasos abdominais (8%)
Mongil et al., 2009
AFAST – método de avaliação
Posicionamento do paciente Decúbito lateral (D ou E)
Vesícula biliar Presente ou ausente, contorno e
parede (normal ou não)
Bexiga urinária Presente ou ausente, contorno e
parede (normal ou não)
Região hepatodiafragmática (HD)
Fluido pleural Presente ou ausente (discreto,
moderado, grave)
Fluido pericárdico Presente ou ausente (discreto,
moderado, grave)
Região HD Positivo (1) ou negativo (0)
Região SR Positivo (1) ou negativo (0)
Região CC Positivo (1) ou negativo (0)
Região HR Positivo (1) ou negativo (0)
Abdominal Fluid Score (AFS) 0 - 4
AFAST - algoritmo
AFAST
positivo
AFS
aumentando
AFS
estável
negativo
Repetir após
4h para
confirmar
diminuindo
Transfusão
sanguínea
Laparotomia
AFAST
Deve-se incluir na varredura a procura de
artefatos que indiquem a presença de ar
livre (reverberação, cauda de cometa,
sombreamento acústico).
- Casos de traumas perfurantes que
ocasionam pneumoperitoneo devem ser
submetidos também a radiografia para
confirmação diagnóstica.
- Esse achado leva a modificação de
conduta imediata e laparotomia!
Abdome Agudo
Sinais agudos de vômito, anorexia,
prostação, dor abdominal e distensão
Pode ser manifestação aguda de doença
crônica
Aparente ausência de dor não elimina a
hipótese de abdome agudo
Abdome agudo
Causas mais frequentes:
- IRA
- Gastroenterite
- Ruptura de massas esplênicas
- Piometra
- Intussuscepção
- Pancreatite
- Mucocele
- Peritonite
Abdome Agudo Gastrointestinal
Ultrassonografia
Gastroenterite
Intussuscepção
Corpo estranho
aderências
Radiografia
Torção/ obstrução gasosa
Corpo estranho radiopaco
Fecaloma
Fecaloma
Abdome
agudo
Abdome
agudo
Abdome
agudo
PLANO LONGITUDINAL
PLANO TRANSVERSAL
Neoplasia e úlcera
Corpo estranho linear e perfuração (peritonite)
Abdome Agudo Urinário
Ultrassonografia
IRA
Obstrução - retenção
(Hidronefrose/
neoplasia/ Cálculos)
Traumas
Radiografia
?
?
?
?
Ruptura de bexiga,
ureter e uretra
Obstrução e hidronefrose
Neoplasia e retenção vesical
Ruptura de bexiga
Necrose de parede vesical
Abscesso renal
Abdome Agudo Hepatobiliar
Ultrassonografia
Hepatite aguda
Obstrução biliar
Colecistites agudas
Ruptura biliar
Radiografia
????
Colecistite aguda
Abdome
agudo
Abdome Agudo Genital
Ultrassonografia
Piometra/ hemometra
Ruptura uterina
Abscesso/ cisto
prostático
Torção testicular
Torção ovariana/
massas
Radiografia
Feto enfizematoso/
septicemia
?????
abscesso
Abdome Agudo Esplênico
Ultrassonografia
Massas
(hemangiossarcoma)
Rupturas
Trauma
Torção
Radiografia
??????
Abdome
agudo
Abdome Agudo Pâncreas
Ultrassonografia
Pancreatite
(hemorrágica)
Cisto, massa, abscesso
Peritonite focal
Radiografia
?????
Abdome
agudo
Abdome Agudo
(cavidade abdominal)
Ultrassonografia
Massas de origem
desconhecida/
dimensões
Fluidos (peritonite,
hemoperitôneo,
trauma, pós operatório,
coagulopatias)
Radiografia
pneumoperitôneo
Abdome
agudo
Emergências vasculares
US Doppler vascular
- Tromboses vasos periféricos (somente
trombose arterial é emergência)
- Acidentes vasculares cerebrais
Trombose:
- Considerado raro em cães e gatos
- Acomete artérias e veias
- Causas: aterosclerose, síndrome
nefrótica, endocardite vegetativa, êmbolo
neoplásico, dirofilariose, trauma e trombo
atrial esquerdo
Arterial
- Sinais de doença neuromuscular aguda,
diminuição da temperatura local e dor
Venoso
- edema, vasodilatação (2x maior que a
artéria)
Mapeamento Doppler
Verificar a falha de preenchimento por
cor, a presença de artefato de aliasing e o
aumento da velocidade do fluxo
sanguíneo próximo a imagem sugestiva
de trombo
Trombo em artéria axilar
direita
Plano transversal: ausência da imagem Doppler
colorida do vaso ocluído; assimetria de calibres
dos vasos contralaterais
Dilatação do vaso com ausência de fluxo em seu interior e
assimetria contralateral
Trombose venosa
periférica
Ausência de fluxo na imagem Doppler colorida e de
traçado espectral do vaso ocluído
Trombo metastático
Verificar a presença de fluxo dentro do
trombo
vcc
TROMBO
Trombo meta em artéria aorta
Trombo meta em veia cava caudal
Trombo metastático em veia porta
Acidentes Vasculares Cerebrais
Importância na veterinária x medicina humana
Incidência dobra a cada década de vida após
os 55 anos de idade na espécie humana
Na espécie humana cerca de 25% dos
doentes atendidos no ambulatório de Doenças
Vasculares Encefálicas têm menos de 49 anos
de idade – não há dados em cães!???
Risco de DVE é aumentado:
◦ 4x nos diabéticos
◦ 17x naqueles com fibrilação atrial
◦ 10x com antecedente de AIT
Conceitos fisiopatológicos básicos
Consumo de oxigênio (TMC O2 = taxa
metabólica cerebral de oxigênio): 3,5 cm³/ 100g
tecido neural/ minuto = 15 – 20% do consumo
corporal total
◦ Relevância:
Bronco/pneumopatias, cardiopatias com baixo
débito, anemia aguda, podem acentuar déficits
prévios ou contribuir para instalação da DVE
Conceitos fisiopatológicos básicos
Consumo de glicose:
5,5mg/ 100g tecido neural/ min (85% para combustão
de oxigênio)
2g de estoque (glicogênio e glicose) = 90 min de
manutenção das funções básicas, quando em
hipoglicemia severa
◦ Relevância:
hipoglicemia piora a DVE (ocorre auto-digestão
protéica e lipídica)
Hiperglicemia piora edema cerebral por gradiente
osmótico
Conceitos fisiopatológicos básicos
Fluxo sanguíneo cerebral (FSC):
50ml sangue/ 100g tecido neural/ min;
é controlado pela resistência vascular cerebral e sistema
de auto-regulação circulatória intracraniana
Depende de:
◦ TMC O2 (ou demanda média de consumo de O2 )
◦ Pressão parcial de CO2
◦ Pressão parcial de O2
◦ Pressão de perfusão cerebral
Conceitos fisiopatológicos básicos
FSC é mantido por:
A) vaso-dilatação intra-craniana e abertura de vasos
comunicantes quando:
TMC O2 (ex. anemia aguda)
PCO2 (ex. narcose - aumento de 70% da PCO2 duplica o
FSC)
Pressão de perfusão (ex. choque)
B) vaso-constrição intra-craniana, principalmente
quando aumenta a pressão de perfusão
FSC (em ml/100g/min)
50 = Função neuronal normal
40-50 = Vaso-dilatação compensatória
30-40 = Aumento da extração de O2; função neuronal normal e glicólise
anaeróbica (vaso-dilatação compensatória);
15-30 = Falência elétrica das membranas neuronais
Metabolismo oxidativo reduzido
Bombas metabólicas inibidas
Aumento de glutamato
Abertura de canais de cálcio voltagem-sensitivas -> Influxo de
cálcio intra-celular -> influxo de sódio intra-celular -> edema
neuronal e glial
<10 = Interrupção da síntese de ATP
Falência das bombas iônicas
Aumento da produção de radicais livres -> peroxidação lipídica e
proteólise -> fragmentação da membrana neuronal.
DVEI - Síntese da cascata isquêmica
Conceitos Anátomo-Patológicos
•Área de penumbra: região com metabolismo
reduzido, peri-lesional
•Zona de fronteira: região do SNC onde se
encontram os campos distais de arteríolas.
Particularmente vulnerável principalmente à
hipotensão arterial e a crise hipertensiva
Questões
1- Os sintomas podem ser devidos a um evento vascular
no SNC?
2- Se é DVE, trata-se de um quadro isquêmico ou
hemorrágico?
3- Se é DVE isquêmica, trata-se de:
Ataque isquêmico transitório ( AIT )?
Déficit neurológico isquêmico reversível ( DNIR )?
Trombose venosa central?
4- Se é hemorrágica, trata-se de:
Hemorragia sub-aracnoidea?
Hemorragia intra-parenquimatosa?
5- Se não é DVE mas há indicadores para doenças
correlatas, deve-se considerar:
Hematoma sub-dural
Hematoma extra-dural
microangiopatia amilóide cerebral difusa
Questões
Instalação súbita ou rapidamente progressiva,
de sintomas focais neurológicos negativos
(perda de função), cefaléia ou perda da
consciência.
No homem:70-80%= DVE isquêmica
10-20%= Hemorragia intra-cerebral
5-10%= Hemorragia sub-aracnoidea
No cão: ???
Conceito
Fatores de risco
Modificáveis:
Dislipidemia Diabetes mellitus
outras endocrinopatias Hipertensão arterial(?)
Tratáveis:
Fibrilação atrial
Estenose de carótidas e/ou vertebrais (e de seus
ramos intra-cranianos)
Condições hemorrágicas e distúrbios de coagulação
Não modificáveis:
Idade Raça Sexo
Ex: vasculite do beagle, isquemia do gato, etc
* alteração da consciência
O doente ingressa com: *déficit neurológico focal
* convulsões
Obtém-se informações detalhadas
exame físico geral
exame neurológico
trauma craniano
exclusão de: encefalopatia metabólica
infecções do SNC ou outra região
Abordagem clínica
Diagnóstico clínico de DVE
triagem (facilidade?)
Ultrassonografia
(raças de pequeno porte) Tomografia cerebral
DVE isquêmica ?
DVE hemorrágica ?
Doppler art. cerebrais IRM
Classificação
ataque isquêmico transitório
déficit neurológico isquêmico reversível
infarto: trombótico, embólico, lacunar, em evolução,
hemorrágico
trombose venosa central
Classificação conforme “TOAST” ( Trial of Org 10172 in Acute
Stroke Treatment- Stroke 1993; 24(1); 35-41)
aterosclerose de grandes vasos
embolia cardiogênica
oclusão de pequenos vasos
AVC de outra etiologia determinada
AVC de etiologia indeterminada
DVE Isquêmica
DVE isquêmica
Etiologia:
- embolia de origem cardíaca
- estenose de artérias carótidas ou vertebrais
- estenose artérias intra-cranianas
- microangiopatia (“doença de pequenos vasos”)
fatores cooperativos para instalação do evento:
hiperlipemia
distúrbios de coagulação
estenose mitral
fibrilação atrial associada a
outra miocardiopatia
trombo no átrio esquerdo
doença do nó sinusal
trombo no ventrículo
esquerdo
cardiomiopatia
mixoma atrial
endocardite infecciosa
DVEI - fatores cardiogênicos para
embolia cerebral
alto risco
médio risco
prolapso valva mitral
turbulência em átrio
esquerdo
forame oval patente
endocardite não
infecciosa
flutter atrial
insuficiência cardíaca
congestiva
DVEI - fatores cardiogênicos para embolia cerebral
DVEI fatores de risco hematológicos
1- associados com hipercoagulabilidade relativa:
* síndrome paraneoplásica
* infecções graves
* pós-trauma severo
outras condições:
* deficiência de plasminogênio
* concentração excessiva de ativador / inibidor
de plasminogênio
* trombocitemia essencial
* policitemia
* púrpura trombocitopênica trombótica
* coagulação intravascular disseminada
DVEI - fatores de risco hematológicos
A- disfunção motora contralateral atingindo membros e/ou
face, geralmente com intensidade diferente
* paralisia ou paresia
B- amaurose fugaz (para AIT)
C- disfunção sensitiva atingindo membros e/ou face, para
todas as modalidades
* hipoestesia
* parestesia
DVEI Sinais - território carotidiano
DVEI Sinais - território vértebro-basilar
A- disfunção motora geralmente dos 4 membros e/ou
face uni ou bilateral
* dismetria
* paralisia ou paresia
B- cegueira cortical ou quadrantopsia bilateral
C- disfunção sensitiva dos 4 membros e/ou face uni ou
bilateral
* hipoestesia
* parestesia
D- alterações do equilíbrio
* vertigem
* ataxia
E- alterações de outros nervos cranianos
* disfagia
DVEI Sinais - território vértebro-basilar
Síndromes lacunares
* hemiparesia motora pura, proporcionada e sem alteração
sensitiva.
* hemianestesia/hipoestesia, para todas as modalidades,
proporcionada; sem alteração motora, alteração visual ou
cognitiva.
* disfagia, paresia VII e XII, paresia e parestesia no membro
torácico.
• paresia membro posterior e face; ataxia dos membros.
* paresia ou perda sensitiva isolada de membro posterior,
membro anterior ou face, sem alteração visual ou cognitiva.
DVEI
DVEI - Exames complementares
Laboratório: hemograma, VHS, lipidograma, glicose,
uréia, creatinina, coagulograma
Exames de Imagem (sequencia):
- ecocardiograma
- Rx de tórax
- doppler transcraniano
- Tomografia computadorizada do crânio
- ecodoppler de artérias carótidas, subclávias e
vertebrais
- Imagem em Ressonância Magnética
Complicações clínicas:
* Infecciosas: - respiratória
- urinária
* cardiovasculares e respiratórias:
- trombose venosa profunda
- embolia pulmonar
- arritmias cardíacas
- insuficiência cardíaca
- atelectasia pulmonar
DVEI - complicações da fase aguda
Complicações neurológicas:
* edema cerebral e hipertensão intra-craniana
* hidrocefalia
* crises convulsivas
* recorrência
DVEI - complicações da fase aguda
DVEI – Trombose venosa cerebral
Generalidades:
* etiologia infecciosa: otite, sinusite, pele.
* etiologia não infecciosa: policitemia vera,
leucemias, desidratação, efeito remoto de
carcinoma, vasculites, várias síndromes pró-
trombóticas.
DVEI - Trombose venosa cerebral
Clínica
variável, conforme a localização, velocidade de
progressão, extensão da trombose e etiologia.
Trombose venosa cortical:
* náuseas e vômitos
* crises convulsivas
* sinais focais progressivos
* diminuição do nível da consciência
Incidência maior: trauma (animais)
Fatores de risco:
- coagulopatias
- endocrinopatias
- neoplasias
Quadro clínico:
* redução do nível da consciência
* eventualmente sinais focais (hemiparesia, paralisia
de III par e outros)
Índices de mortalidade: ??? em animais
DVEH - Hemorragia sub-aracnoidea
DVEH / HSA - Exames complementares
Doppler transcraniano
Exame do líquido cefalorraquideano
Tomografia computadorizada do crânio
Laboratório: hemograma, coagulograma,
provas de função hepática
Eventuais: outros conforme análise clínica
inicial e evolutiva
DVEH - Hemorragia intra-parenquimatosa
Quadro clínico:
* sinais de desconforto geral
* perda de consciência
* náuseas / vômito
* sinais focais:
Putamen, cápsula interna: hemiplegia / paresia, desvio conjugado
dos olhos.
Tronco cerebral: torpor ou coma, tetraplegia / paresia, oftalmoplegia
ou desvio conjugado dos olhos, alterações respiratórias
Cerebelo: ataxia grave, vômitos; progressão com paralisia facial,
nistagmo, alterações no olhar conjugado e alterações
respiratória e de consciência.
DVEH / HIP Exames complementares
Ultrassonografia transcraniana (menor porte)
Tomografia computadorizada do crânio
Laboratório: hemograma, uréia, creatinina, sódio,
potássio, glicose.
Angiografia encefálica por tomografia computadorizada
(já disponível na veterinária)
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Ultrassonografia veterinária em emergencias

  • 1. Ultrassonografia em emergências clínicas e cirúrgicas Cibele Figueira Carvalho
  • 2. Interpretação da Imagem Ferramentas para interpretação das imagens obtidas Conhecer sinais específicos da imagem e descrevê-los Conhecimento dos sinais clínicos Conhecimento de anatomia topográfica Análise sistemática Leque de possibilidade diagnóstica diferenciais Diagnóstico final
  • 3. Emergências x Urgências EMERGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa, de aparecimento súbito e imprevisto, necessitando de imediata solução. URGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa, de aparecimento rápido, mas não necessariamente imprevisto e súbito, necessitando de solução em curto prazo. A diferença entre emergência e urgência reside em dois pontos: 1] na primeira o aparecimento é súbito e imprevisto, na segunda não; 2] a primeira exige solução imediata; a segunda, em curto prazo, havendo apenas premência ou insistência de solução. Ambas têm em comum a periculosidade.
  • 4. A RESOLUÇÃO CFM nº 1451/95 do Conselho Federal de Medicina de 10 de março de 1995 [publicada no Diário Oficial da União em 17.03.95 - Seção I - Página 3666] estabelece nos Parágrafos I e II do Artigo I as definições para os conceitos de urgência e emergência, a serem adotadas na linguagem médica no Brasil. "Parágrafo Primeiro - Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata." "Parágrafo Segundo - Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato."
  • 5. O resultado do exame é imprescindível para o tratamento imediato?
  • 6. Critérios de seleção da modalidade de diagnóstico por imagem Custo x Benefício disponibilidade Impacto diagnóstico e terapêutico Tempo de execução do exame Tempo de elaboração do resultado Risco do paciente
  • 7. Situações emergenciais Trauma = procura sinais de trauma Abdome agudo = procura a causa
  • 8. Ultrassonografia emergencial Ultrassonografia abdominal Equipamentos de mesa Salas apropriadas Transporte do paciente Exame completo e detalhado Impressão das imagens/ laudo Paciente estável Preparo do paciente Realizado por ultrassonografista FAST (Focused Assessment Sonography of Trauma) Sinônimos (bedside sonography, US ambulatorial ou ao pé do leito) Aparelhos portáteis Realizado durante o exame clínico (“golden hour”) Tempo de exame: 2 a 5’ Focado busca de sinais de trauma (abdome e tórax) Exames seriados pós trauma Realizado por operador treinado
  • 9. FAST (AFAST – TFAST) Diagnóstico precoce de hemorragia (abdominal ou torácica) Rápido encaminhamento cirúrgico Baixo risco para o paciente Evitar laparotomias brancas ou exploratórias (não terapêuticas)
  • 10. • Sensibilidade diagnóstica de 81 a 98% e especificidade de 98 a 100% para detecção de líquido livre na cavidade abdominal. WRIGLEY, R.H (2011) FAST
  • 11. FAST Exemplos: - Atendimentos de urgência na estrada - Guerra do golfo, Iraque... - Médicos sem fronteira
  • 12. Tipos de aparelhos - Leves, portáteis, transportáveis, resistentes, com recursos variados FAST
  • 14. FAST Técnica de exame - Realizado junto ao leito ou no local do acidente - Sem preparo do paciente - Exame direcionado na procura de sinais de trauma/ hemorragia - Decúbito do paciente (lateral, preferencialmente direito)
  • 15. FAST Indicações: - Emergências torácicas (efusão/ tamponamento) - Auxiliar procedimentos ecodirigidos - Abdome em traumas perfurantes (tiro, mordidas, lanças ou flechas) e por contusão (atropelamento, queda)
  • 16. AFAST Abdominal Focused Assessment Sonography of Trauma Técnica de varredura no sentido dos ponteiros do relógio: - Recesso hepato-diafragmático (HD) - Recesso esplenorrenal (SR) - Recesso vesical ou cisto-cólico (CC) - Recesso hepatorrenal (HR)
  • 17. AFAST
  • 22. AFAST Objetivos do exame: - Responder questionamento clínico específico - Detectar alteração que necessite de conduta terapêutica imediata - Detectar alteração potencialmente fatal - Auxiliar no direcionamento clínico e abordagem diagnóstica - Guiar procedimentos invasivos
  • 23. AFAST Vantagens: - Rapidez - Precocidade diagnóstica - Sem necessidade de transportar - Baixo custo Limitações: - Ambiente - Paciente - Exame
  • 24. AFAST (Abdominal focused assessment with sonography for trauma) positivo • AFS – Abdominal Fluid Score - Quantificação de líquido livre em decúbito lateral direito: - AFS 1 = positivo em qualquer local; mais comum na região HD - AFS 2 = positivo em pelo menos dois locais; mais comum na região HD e CC - AFS 3 = positivo em três locais e de maior gravidade prognóstica - AFS 4 = positivo em todas as quatro regiões
  • 25. AFS – Abdominal Fluid Score Locais de predisposição para deposição de líquido livre de acordo com a lei da gravidade e quantidade
  • 27. AFS – Abdominal Fluid Score Animais com trauma por contusão (atropelamento, p.ex.), FAST + decorrente de: - 38 a 43% com hemoperitoneo - 2 a 3% com uroabdome (Se e Sp desconhecidas) - Variação de resultados devido ao tempo médio de execução do exame (pós trauma imediato, 60 minutos, 240 minutos, etc) sugere necessidade de realizar exames seriados a cada 4-6 horas em pacientes estáveis ou por até 48 horas em animais que variam o score. Boysen et al.,2004; Lisciandro et al., 2008
  • 28. AFS – Abdominal Fluid Score Score (AFS) foi criado na veterinária para ser um indicador do grau de anemia instalada e da necessidade de transfusão sanguínea; - AFS estável indica possível resolução do sangramento, - AFS aumentando indica hemorragia ativa, - AFS diminuindo indica resolução via autotransfusão.
  • 29. AFS – Abdominal Fluid Score Quanto maior o score (AFS) maior a probabilidade de intervenção cirúrgica (laparotomia) Localização do líquido livre pode indicar a origem da hemorragia: - Baço (58%) - Fígado (50%) - Rins (23%) - Vasos abdominais (8%) Mongil et al., 2009
  • 30. AFAST – método de avaliação Posicionamento do paciente Decúbito lateral (D ou E) Vesícula biliar Presente ou ausente, contorno e parede (normal ou não) Bexiga urinária Presente ou ausente, contorno e parede (normal ou não) Região hepatodiafragmática (HD) Fluido pleural Presente ou ausente (discreto, moderado, grave) Fluido pericárdico Presente ou ausente (discreto, moderado, grave) Região HD Positivo (1) ou negativo (0) Região SR Positivo (1) ou negativo (0) Região CC Positivo (1) ou negativo (0) Região HR Positivo (1) ou negativo (0) Abdominal Fluid Score (AFS) 0 - 4
  • 31. AFAST - algoritmo AFAST positivo AFS aumentando AFS estável negativo Repetir após 4h para confirmar diminuindo Transfusão sanguínea Laparotomia
  • 32. AFAST Deve-se incluir na varredura a procura de artefatos que indiquem a presença de ar livre (reverberação, cauda de cometa, sombreamento acústico). - Casos de traumas perfurantes que ocasionam pneumoperitoneo devem ser submetidos também a radiografia para confirmação diagnóstica. - Esse achado leva a modificação de conduta imediata e laparotomia!
  • 33.
  • 34. Abdome Agudo Sinais agudos de vômito, anorexia, prostação, dor abdominal e distensão Pode ser manifestação aguda de doença crônica Aparente ausência de dor não elimina a hipótese de abdome agudo
  • 35. Abdome agudo Causas mais frequentes: - IRA - Gastroenterite - Ruptura de massas esplênicas - Piometra - Intussuscepção - Pancreatite - Mucocele - Peritonite
  • 36. Abdome Agudo Gastrointestinal Ultrassonografia Gastroenterite Intussuscepção Corpo estranho aderências Radiografia Torção/ obstrução gasosa Corpo estranho radiopaco Fecaloma
  • 40.
  • 41.
  • 43.
  • 45.
  • 46. Corpo estranho linear e perfuração (peritonite)
  • 47. Abdome Agudo Urinário Ultrassonografia IRA Obstrução - retenção (Hidronefrose/ neoplasia/ Cálculos) Traumas Radiografia ? ? ? ? Ruptura de bexiga, ureter e uretra
  • 48.
  • 52. Necrose de parede vesical
  • 54. Abdome Agudo Hepatobiliar Ultrassonografia Hepatite aguda Obstrução biliar Colecistites agudas Ruptura biliar Radiografia ????
  • 56. Abdome Agudo Genital Ultrassonografia Piometra/ hemometra Ruptura uterina Abscesso/ cisto prostático Torção testicular Torção ovariana/ massas Radiografia Feto enfizematoso/ septicemia ?????
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 64. Abdome Agudo Pâncreas Ultrassonografia Pancreatite (hemorrágica) Cisto, massa, abscesso Peritonite focal Radiografia ?????
  • 66. Abdome Agudo (cavidade abdominal) Ultrassonografia Massas de origem desconhecida/ dimensões Fluidos (peritonite, hemoperitôneo, trauma, pós operatório, coagulopatias) Radiografia pneumoperitôneo
  • 68.
  • 69. Emergências vasculares US Doppler vascular - Tromboses vasos periféricos (somente trombose arterial é emergência) - Acidentes vasculares cerebrais
  • 70. Trombose: - Considerado raro em cães e gatos - Acomete artérias e veias - Causas: aterosclerose, síndrome nefrótica, endocardite vegetativa, êmbolo neoplásico, dirofilariose, trauma e trombo atrial esquerdo
  • 71. Arterial - Sinais de doença neuromuscular aguda, diminuição da temperatura local e dor Venoso - edema, vasodilatação (2x maior que a artéria)
  • 72. Mapeamento Doppler Verificar a falha de preenchimento por cor, a presença de artefato de aliasing e o aumento da velocidade do fluxo sanguíneo próximo a imagem sugestiva de trombo
  • 73.
  • 74. Trombo em artéria axilar direita
  • 75. Plano transversal: ausência da imagem Doppler colorida do vaso ocluído; assimetria de calibres dos vasos contralaterais
  • 76. Dilatação do vaso com ausência de fluxo em seu interior e assimetria contralateral
  • 78. Ausência de fluxo na imagem Doppler colorida e de traçado espectral do vaso ocluído
  • 79. Trombo metastático Verificar a presença de fluxo dentro do trombo vcc TROMBO
  • 80.
  • 81. Trombo meta em artéria aorta
  • 82. Trombo meta em veia cava caudal
  • 84.
  • 86. Importância na veterinária x medicina humana Incidência dobra a cada década de vida após os 55 anos de idade na espécie humana
  • 87. Na espécie humana cerca de 25% dos doentes atendidos no ambulatório de Doenças Vasculares Encefálicas têm menos de 49 anos de idade – não há dados em cães!??? Risco de DVE é aumentado: ◦ 4x nos diabéticos ◦ 17x naqueles com fibrilação atrial ◦ 10x com antecedente de AIT
  • 88. Conceitos fisiopatológicos básicos Consumo de oxigênio (TMC O2 = taxa metabólica cerebral de oxigênio): 3,5 cm³/ 100g tecido neural/ minuto = 15 – 20% do consumo corporal total ◦ Relevância: Bronco/pneumopatias, cardiopatias com baixo débito, anemia aguda, podem acentuar déficits prévios ou contribuir para instalação da DVE
  • 89. Conceitos fisiopatológicos básicos Consumo de glicose: 5,5mg/ 100g tecido neural/ min (85% para combustão de oxigênio) 2g de estoque (glicogênio e glicose) = 90 min de manutenção das funções básicas, quando em hipoglicemia severa ◦ Relevância: hipoglicemia piora a DVE (ocorre auto-digestão protéica e lipídica) Hiperglicemia piora edema cerebral por gradiente osmótico
  • 90. Conceitos fisiopatológicos básicos Fluxo sanguíneo cerebral (FSC): 50ml sangue/ 100g tecido neural/ min; é controlado pela resistência vascular cerebral e sistema de auto-regulação circulatória intracraniana Depende de: ◦ TMC O2 (ou demanda média de consumo de O2 ) ◦ Pressão parcial de CO2 ◦ Pressão parcial de O2 ◦ Pressão de perfusão cerebral
  • 91. Conceitos fisiopatológicos básicos FSC é mantido por: A) vaso-dilatação intra-craniana e abertura de vasos comunicantes quando: TMC O2 (ex. anemia aguda) PCO2 (ex. narcose - aumento de 70% da PCO2 duplica o FSC) Pressão de perfusão (ex. choque) B) vaso-constrição intra-craniana, principalmente quando aumenta a pressão de perfusão
  • 92. FSC (em ml/100g/min) 50 = Função neuronal normal 40-50 = Vaso-dilatação compensatória 30-40 = Aumento da extração de O2; função neuronal normal e glicólise anaeróbica (vaso-dilatação compensatória); 15-30 = Falência elétrica das membranas neuronais Metabolismo oxidativo reduzido Bombas metabólicas inibidas Aumento de glutamato Abertura de canais de cálcio voltagem-sensitivas -> Influxo de cálcio intra-celular -> influxo de sódio intra-celular -> edema neuronal e glial <10 = Interrupção da síntese de ATP Falência das bombas iônicas Aumento da produção de radicais livres -> peroxidação lipídica e proteólise -> fragmentação da membrana neuronal. DVEI - Síntese da cascata isquêmica
  • 93. Conceitos Anátomo-Patológicos •Área de penumbra: região com metabolismo reduzido, peri-lesional •Zona de fronteira: região do SNC onde se encontram os campos distais de arteríolas. Particularmente vulnerável principalmente à hipotensão arterial e a crise hipertensiva
  • 94. Questões 1- Os sintomas podem ser devidos a um evento vascular no SNC? 2- Se é DVE, trata-se de um quadro isquêmico ou hemorrágico? 3- Se é DVE isquêmica, trata-se de: Ataque isquêmico transitório ( AIT )? Déficit neurológico isquêmico reversível ( DNIR )? Trombose venosa central?
  • 95. 4- Se é hemorrágica, trata-se de: Hemorragia sub-aracnoidea? Hemorragia intra-parenquimatosa? 5- Se não é DVE mas há indicadores para doenças correlatas, deve-se considerar: Hematoma sub-dural Hematoma extra-dural microangiopatia amilóide cerebral difusa Questões
  • 96. Instalação súbita ou rapidamente progressiva, de sintomas focais neurológicos negativos (perda de função), cefaléia ou perda da consciência. No homem:70-80%= DVE isquêmica 10-20%= Hemorragia intra-cerebral 5-10%= Hemorragia sub-aracnoidea No cão: ??? Conceito
  • 97. Fatores de risco Modificáveis: Dislipidemia Diabetes mellitus outras endocrinopatias Hipertensão arterial(?) Tratáveis: Fibrilação atrial Estenose de carótidas e/ou vertebrais (e de seus ramos intra-cranianos) Condições hemorrágicas e distúrbios de coagulação Não modificáveis: Idade Raça Sexo Ex: vasculite do beagle, isquemia do gato, etc
  • 98. * alteração da consciência O doente ingressa com: *déficit neurológico focal * convulsões Obtém-se informações detalhadas exame físico geral exame neurológico trauma craniano exclusão de: encefalopatia metabólica infecções do SNC ou outra região Abordagem clínica
  • 99. Diagnóstico clínico de DVE triagem (facilidade?) Ultrassonografia (raças de pequeno porte) Tomografia cerebral DVE isquêmica ? DVE hemorrágica ? Doppler art. cerebrais IRM
  • 100. Classificação ataque isquêmico transitório déficit neurológico isquêmico reversível infarto: trombótico, embólico, lacunar, em evolução, hemorrágico trombose venosa central Classificação conforme “TOAST” ( Trial of Org 10172 in Acute Stroke Treatment- Stroke 1993; 24(1); 35-41) aterosclerose de grandes vasos embolia cardiogênica oclusão de pequenos vasos AVC de outra etiologia determinada AVC de etiologia indeterminada DVE Isquêmica
  • 101. DVE isquêmica Etiologia: - embolia de origem cardíaca - estenose de artérias carótidas ou vertebrais - estenose artérias intra-cranianas - microangiopatia (“doença de pequenos vasos”) fatores cooperativos para instalação do evento: hiperlipemia distúrbios de coagulação
  • 102. estenose mitral fibrilação atrial associada a outra miocardiopatia trombo no átrio esquerdo doença do nó sinusal trombo no ventrículo esquerdo cardiomiopatia mixoma atrial endocardite infecciosa DVEI - fatores cardiogênicos para embolia cerebral alto risco
  • 103. médio risco prolapso valva mitral turbulência em átrio esquerdo forame oval patente endocardite não infecciosa flutter atrial insuficiência cardíaca congestiva DVEI - fatores cardiogênicos para embolia cerebral
  • 104. DVEI fatores de risco hematológicos 1- associados com hipercoagulabilidade relativa: * síndrome paraneoplásica * infecções graves * pós-trauma severo
  • 105. outras condições: * deficiência de plasminogênio * concentração excessiva de ativador / inibidor de plasminogênio * trombocitemia essencial * policitemia * púrpura trombocitopênica trombótica * coagulação intravascular disseminada DVEI - fatores de risco hematológicos
  • 106. A- disfunção motora contralateral atingindo membros e/ou face, geralmente com intensidade diferente * paralisia ou paresia B- amaurose fugaz (para AIT) C- disfunção sensitiva atingindo membros e/ou face, para todas as modalidades * hipoestesia * parestesia DVEI Sinais - território carotidiano
  • 107. DVEI Sinais - território vértebro-basilar A- disfunção motora geralmente dos 4 membros e/ou face uni ou bilateral * dismetria * paralisia ou paresia B- cegueira cortical ou quadrantopsia bilateral C- disfunção sensitiva dos 4 membros e/ou face uni ou bilateral * hipoestesia * parestesia
  • 108. D- alterações do equilíbrio * vertigem * ataxia E- alterações de outros nervos cranianos * disfagia DVEI Sinais - território vértebro-basilar
  • 109. Síndromes lacunares * hemiparesia motora pura, proporcionada e sem alteração sensitiva. * hemianestesia/hipoestesia, para todas as modalidades, proporcionada; sem alteração motora, alteração visual ou cognitiva. * disfagia, paresia VII e XII, paresia e parestesia no membro torácico. • paresia membro posterior e face; ataxia dos membros. * paresia ou perda sensitiva isolada de membro posterior, membro anterior ou face, sem alteração visual ou cognitiva. DVEI
  • 110. DVEI - Exames complementares Laboratório: hemograma, VHS, lipidograma, glicose, uréia, creatinina, coagulograma Exames de Imagem (sequencia): - ecocardiograma - Rx de tórax - doppler transcraniano - Tomografia computadorizada do crânio - ecodoppler de artérias carótidas, subclávias e vertebrais - Imagem em Ressonância Magnética
  • 111. Complicações clínicas: * Infecciosas: - respiratória - urinária * cardiovasculares e respiratórias: - trombose venosa profunda - embolia pulmonar - arritmias cardíacas - insuficiência cardíaca - atelectasia pulmonar DVEI - complicações da fase aguda
  • 112. Complicações neurológicas: * edema cerebral e hipertensão intra-craniana * hidrocefalia * crises convulsivas * recorrência DVEI - complicações da fase aguda
  • 113. DVEI – Trombose venosa cerebral Generalidades: * etiologia infecciosa: otite, sinusite, pele. * etiologia não infecciosa: policitemia vera, leucemias, desidratação, efeito remoto de carcinoma, vasculites, várias síndromes pró- trombóticas.
  • 114. DVEI - Trombose venosa cerebral Clínica variável, conforme a localização, velocidade de progressão, extensão da trombose e etiologia. Trombose venosa cortical: * náuseas e vômitos * crises convulsivas * sinais focais progressivos * diminuição do nível da consciência
  • 115. Incidência maior: trauma (animais) Fatores de risco: - coagulopatias - endocrinopatias - neoplasias Quadro clínico: * redução do nível da consciência * eventualmente sinais focais (hemiparesia, paralisia de III par e outros) Índices de mortalidade: ??? em animais DVEH - Hemorragia sub-aracnoidea
  • 116. DVEH / HSA - Exames complementares Doppler transcraniano Exame do líquido cefalorraquideano Tomografia computadorizada do crânio Laboratório: hemograma, coagulograma, provas de função hepática Eventuais: outros conforme análise clínica inicial e evolutiva
  • 117. DVEH - Hemorragia intra-parenquimatosa Quadro clínico: * sinais de desconforto geral * perda de consciência * náuseas / vômito * sinais focais: Putamen, cápsula interna: hemiplegia / paresia, desvio conjugado dos olhos. Tronco cerebral: torpor ou coma, tetraplegia / paresia, oftalmoplegia ou desvio conjugado dos olhos, alterações respiratórias Cerebelo: ataxia grave, vômitos; progressão com paralisia facial, nistagmo, alterações no olhar conjugado e alterações respiratória e de consciência.
  • 118. DVEH / HIP Exames complementares Ultrassonografia transcraniana (menor porte) Tomografia computadorizada do crânio Laboratório: hemograma, uréia, creatinina, sódio, potássio, glicose. Angiografia encefálica por tomografia computadorizada (já disponível na veterinária) Outros exames conforme avaliação clínica evolutiva