Este documento discute o projeto TEL@FTELab e o conceito de cenários de aprendizagem. Apresenta as características e elementos estruturantes de um cenário de aprendizagem bem como ferramentas para sua criação. Inclui exemplos de cenários desenvolvidos no âmbito do projeto e referências bibliográficas sobre o tema.
2. Agenda
1. O projeto TEL@FTELab
2. O conceito de cenário de aprendizagem
3. Características de um cenário de aprendizagem
4. Elementos estruturantes de um cenário de
aprendizagem
5. Guidebook para desenvolvimento de cenários de
aprendizagem
6. Exploração de ferramentas para a criação de
cenários de aprendizagem
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Como é que a tecnologia disponível em espaços de aprendizagem pode oferecer
oportunidades para criar formas inovadoras de desenhar a formação de
professores?
Criação de recursos para a formação de professores.
Articulação entre a pilotagem de experiências reais e o desenvolvimento de um
referencial de competências para os professores Formação dentro da
formação (Nóvoa, 2009)
Assente em três ideias-chave:
5. De que modo:
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Exploração de cenários de aprendizagem com tecnologias
digitais na formação inicial e contínua;
Desenvolvimento de workshops regulares sobre utilização
educativa das tecnologias e ambientes online, analisando
o poder transformador no que respeita a práticas de ensino
e aprendizagem.
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Formação Inicial
• Mestrados em Ensino
Informática, Matemática
Biologia-Geologia
Física-Química
Artes Visuais
Formação Contínua
• Mestrado em Educação e
Tecnologias Digitais
• Doutoramento TELSC
• Curso de Especialização
Tecnologias e Metodologias
da Programação no Ensino
Básico
Ensino básico e secundário
12. Student
implements
the scenario in
a real class
(at a secondary
school)
Student and
supervisor
prepare the
learning
scenario
(at FTE Lab)
Student prepares a
final analytic under
supervision and
defends it in a public
session
January/February March / April / May / June. / July
Data collectionData collection Data analysis
Aplication of
instruments
Video for
dissemination video cases
TEL@FTELAB – Learning Scenario’s Cycle in Initial Teacher Education
13. Cenários de Aprendizagem
O conceito
“Pensar em cenários de aprendizagem é algo que o professor faz na
sua prática docente se se considerar que ao planificar a sua prática
pedagógica quotidiana, o professor desenha ou antecipa, de uma
forma mais ou menos consciente, diferentes tipos de situações que
procurará criar na sua sala de aula” (Matos, 2014)
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14. Cenários de Aprendizagem
Cenários de Aprendizagem são histórias sobre o que pode ser…
“Scenarios are stories of what might be…”
Cenários de Aprendizagem podem ser uma ferramenta (forma) criativa de planear
(preparar) o (para) futuro
“Scenarios can provide a tool form planning creatively for the future…”
Os cenários visam estimular o pensamento crítico e criativo que permita sair-se
das formas pré estabelecidas de planeamento das ações…
“scenarios aim to stimulate creative ways of thinking that help people break out of established
ways of looking at situations and planning their actions…”
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15. Cenários de Aprendizagem
Os cenários são (podem ser) ferramentas úteis onde a complexidade e a
incerteza são altas…
“Scenarios are useful tools where the complexity and uncertainty are high …”
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16. Cenários de Aprendizagem
Porquê usar cenários
1- para estimular a mudança dos hábitos de pensar o ensino e as representações
sobre diversas situações;
2 - desenvolver competências que permitam lidar melhor e de forma mais
criativa com a incerteza e antecipar os efeitos e impactos das ações a curto e a
longo prazo;
3 – para criar contextos e práticas propícias à aprendizagem
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28. Produção de Cenários de Aprendizagem
Na fase de produção ou desenho do Cenário de
Aprendizagem o professor organiza com recurso a
um template ou modelo as ideias delineadas na fase de
planificação.
Assim, considerando os princípios associados ao
desenho de cenários de aprendizagem, bem como os
seus elementos constituintes, o professor procurará
definir a narrativa, os objetivos de aprendizagem,
as metodologias e estratégias a mobilizar,
as propostas de trabalho,
os recursos, os atores e papéis e as formas
de regulação e autoregulação.
33. Implementação de Cenários de Aprendizagem
Aprendizagem Baseada em Projetos
A Aprendizagem Baseada em
Projetos [PjBL] é uma metodologia
de aprendizagem ativa que aposta
no envolvimento dos alunos no
desenvolvimento de projetos que
pretendem solucionar problemas
concretos. Envolve pesquisa,
investigação, colaboração,
multidisciplinaridade,
resultando, no final, na definição
e apresentação de um
produto que pretende solucionar
um determinado problema.
34. Implementação de Cenários de Aprendizagem
Aprendizagem Baseada em Projetos
A Aprendizagem Baseada em Problemas [PBL] foi apresentada por Howard Barrows, nos anos 60, sendo
associada às ciências médicas, e tendo por objetivo possibilitar aos alunos de medicina a aplicação e
integração dos conceitos apreendidos, em problemas concretos nos contextos clínicos.
Através desta abordagem ativa, centrada no aluno, espera-se que estes adquiram novos conhecimentos e
desenvolvam novas competências trabalhando e colaborando em grupo na resolução de problemas abertos
e semiabertos.
36. Implementação de Cenários de Aprendizagem
Co-Teaching
2 mais professores em Sala de aula
• Capitaliza os pontos fortes e os conhecimentos
específicos
• Melhor Rácio professor/aluno e proporciona
mais apoio aos alunos
• Responsabilidades partilhadas (planificação,
instrução e avaliação)
• Requer confiança, comunicação, tempo para
planificar, coordenação e articulação.
44. Learning Designer - Atividade
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1.Criar um conta na ferramenta learning designer
https://www.ucl.ac.uk/learning-designer.
2.Explorar a ferramenta procurando analisar as suas principais
funcionalidades.
3.Efetuar a planificação de uma (ou várias) atividades de
aprendizagem com recurso à ferramenta.
4.Partilha dos planos desenvolvidos e da experiência de
utilização.
45. Referências
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Matos, J. F. (2014). Princípios orientadores para o desenho de Cenários de Aprendizagem [Online]. Retirado de
https://drive.google.com/open?id=0Bw9_y3mpURWiUFpsV2cxS2FyVkk
Misfeldt M. (2015). Scenario Based Education as a Framework for Understanding Students Engagement and Learning in a Project
Management Simulation Game. The Electronic Journal of e-Learning, Vol. 13,3, pp181-191.
Tetchueng, J., Garlatti1, S. & Laube, S. (2008). A Context-Aware Learning System based on generic scenarios and the theory in
didactic anthropology of knowledge. International Journal of Computer & Applications, Vol. 5, 1, pp. 71-87
Wollenberg, E., Edmunds, D., Buck, L. (2000). Anticipating change: Scenarios as a tool for adaptive forest management – a guide.
Indonesia: Center for International Forestry Research. (pp. 1-7) [Online]. Retirado de http://www.cifor.org/online-
library/browse/viewpublication/publication/744.html
http://ftelab.ie.ulisboa.pt/tel/gbook
Nasceu oficialmente em Janeiro de 2016, fruto de uma parceria entre elementos do grupo Educação, Tecnologia e Sociedade da UIDEF do IEUL e procurou pensar algumas questões relativas à formação docente
C
Papel dos cenários de aprendizagem fundamental, na medida em que podem ajudar no processo da potencialização de competências de pensamento critico, criatividade e planificação;Possibilitam pensar no desenho organizacional do ambiente, nos papeis e atores que se envolvem no cenário, nas estratégias de trabalho, nas metodologias utilizadas, Articulados com as competências dos professores para possibilitar processos de auto-regulação
Neste sentido, por trás da filosofia da criação de salas há um conjunto de princípios que deve ser considerada e que teve raiz nos trabalhos de investigação anteriores. Mais do que as salas, a perspectiva dos espaços deve considerar como presentes a ideia da flexibilidade do espaço, dos elementos que o constituem e das atividades desenvolvidas; 2) a possibilidade da personalização dos espaços por quem os utiliza; 3) a multiplicidade de cada espaço e da cada atividade desenvolvida; 4) a possibilidade de inovação – de atividades, metodologias, estratégias; 5) a importância da comunicação e da colaboração – seja esta síncrona ou assíncrona; 6) a acessibilidade, física e tecnológica, 7) a sustentabilidade, do espaço, dos materiais e 8) como elemento mais do que transversal a pedagogia. Presente em todos estes princípios e essencial para a ação formativa
Nasceu oficialmente em Janeiro de 2016, fruto de uma parceria entre elementos do grupo Educação, Tecnologia e Sociedade da UIDEF do IEUL e procurou pensar algumas questões relativas à formação docente
1. desenho organizacional do ambiente - organização dos elementos contextuais do cenário, requisitos (incluindo regras, convicções e conceções), artefactos materiais
2. papéis e atores - responsabilidades, formas de estar, organização do coletivo, modos de interação e comunicação
3. enredo, estratégias de trabalho, atuações e propostas - arquitetura da atuação, estrutura de atividade, sentido teleológico da construção
4. reflexão e regulação - processos de reificação do aprendido/ da ação, monitorização do desenvolvimento próprio dos atores e do contexto, avaliação crítica, produtos.
Inovação – um cenário deve ser desenhado para demonstrar possíveis atividades inovadoras e não para fornecer planos prescritivos aos professores.
Transformação – um cenário deve encorajar os professores a experimentar mudanças nas suas práticas pedagógicas e métodos de ensino e de avaliação e fazer surgir experiências educativas inovadoras com sucesso.
Prospetiva – um cenário deve ser considerado como uma ferramenta de planeamento utilizada para pensar em novas maneiras de perspetivar o futuro e tomar decisões apropriadas relativamente a condições incertas.
Imaginação – um cenário deve ser sempre uma fonte de inspiração e de alimentação da criatividade do professor. Deve conduzir à aprendizagem do que ainda não é conhecido.
Adaptabilidade – um cenário não deve ser apresentado de forma rígida. Cabe ao professor adaptá-lo aos seus objetivos e às características dos seus alunos. A profundidade da exploração dos temas, assim como o tempo necessário para a concretização das atividades, deverão ficar ao critério de cada professor. Um cenário pode sugerir o nível de escolaridade para o qual os temas e as atividades propostas são mais indicadas. No entanto, as ideias para um determinado nível de ensino podem ser adaptadas pelo professor para crianças mais novas ou mais velhas.
Flexibilidade – um cenário deve fornecer opções dirigidas a diferentes estilos de aprendizagem e estilos individuais de ensino. Os professores podem escolher usar parte de um determinado cenário na sua sala de aula ou apenas uma ideia inspirada nele. Pode também escolher a escala em que quer aplicar o cenário. Podem usá-lo a um nível elementar ou torná-lo mais complexo.
Amplitude/abrangência – um cenário deve ser construído de modo a possuir uma maior ou menor abrangência. O papel dos atores pode estar confinado apenas ao nível das operações e das ações ou pretender-se que sejam participantes ativos do sistema de atividade completo. Os cenários podem incluir projetos multidisciplinares para serem trabalhados pelos alunos durante extensos períodos de tempo.
Colaboração / partilha – um cenário pode conter elementos conducentes à realização de atividades colaborativas (síncronas e assíncronas), incluindo ferramentas tecnológicas propiciadoras de partilha e de construção colaborativa de objetos.
Princípios para o desenvolvimento de cenários de aprendizagem
Fases de desenvolvimento de cenários de aprendizagem