O documento discute o conceito e design de cenários de aprendizagem. Apresenta as características e elementos estruturantes de um cenário de aprendizagem e ferramentas para o seu desenvolvimento, como o GuideBook. Também discute a planificação, produção, implementação e avaliação de cenários de aprendizagem utilizando metodologias ativas como aprendizagem baseada em projetos.
2. Agenda
1. O conceito de cenário de aprendizagem
2. Características de um cenário de
aprendizagem
3. Elementos estruturantes de um cenário de
aprendizagem
4. Guidebook para desenvolvimento de
cenários de aprendizagem
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4. Cenários de Aprendizagem
O conceito
“Pensar em cenários de aprendizagem é algo que o professor faz
na sua prática docente se se considerar que ao planificar a sua
prática pedagógica quotidiana, o professor desenha ou antecipa,
de uma forma mais ou menos consciente, diferentes tipos de
situações que procurará criar na sua sala de aula” (Matos, 2014)
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5. Cenários de Aprendizagem
Cenários de Aprendizagem são histórias sobre o que pode ser…
Cenários de Aprendizagem podem ser uma ferramenta (forma) criativa de
planear (preparar) o (para) futuro
Os cenários visam estimular o pensamento crítico e criativo que permita
sair-se das formas pré estabelecidas de planeamento das ações…
Os cenários são (podem ser) ferramentas úteis onde a complexidade e a
incerteza são altas…
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6. Cenários de Aprendizagem
Porquê usar cenários
1- para estimular a mudança dos hábitos de pensar o ensino e as
representações sobre diversas situações;
2 - desenvolver competências que permitam lidar melhor e de forma mais
criativa com a incerteza e antecipar os efeitos e impactos das ações a curto e
a longo prazo;
3 – para criar contextos e práticas propícias à aprendizagem
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15. Produção de Cenários de Aprendizagem
Na fase de produção ou desenho do Cenário de
Aprendizagem o professor organiza com recurso a
um template ou modelo as ideias delineadas na fase de
planificação.
Assim, considerando os princípios associados ao
desenho de cenários de aprendizagem, bem como os
seus elementos constituintes, o professor procurará
definir a narrativa, os objetivos de aprendizagem,
as metodologias e estratégias a mobilizar,
as propostas de trabalho,
os recursos, os atores e papéis e as formas
de regulação e autoregulação.
20. Implementação de Cenários de Aprendizagem
Aprendizagem Baseada em Projetos
A Aprendizagem Baseada em
Projetos [PjBL] é uma metodologia
de aprendizagem ativa que aposta
no envolvimento dos alunos no
desenvolvimento de projetos que
pretendem solucionar problemas
concretos. Envolve pesquisa,
investigação, colaboração,
multidisciplinaridade,
resultando, no final, na definição
e apresentação de um
produto que pretende solucionar
um determinado problema.
21. Implementação de Cenários de Aprendizagem
Aprendizagem Baseada em Projetos
A Aprendizagem Baseada em Problemas [PBL] foi apresentada por Howard Barrows, nos anos 60, sendo
associada às ciências médicas, e tendo por objetivo possibilitar aos alunos de medicina a aplicação e
integração dos conceitos apreendidos, em problemas concretos nos contextos clínicos.
Através desta abordagem ativa, centrada no aluno, espera-se que estes adquiram novos conhecimentos e
desenvolvam novas competências trabalhando e colaborando em grupo na resolução de problemas abertos
e semiabertos.
23. Implementação de Cenários de Aprendizagem
Co-Teaching
2 mais professores em Sala de aula
• Capitaliza os pontos fortes e os conhecimentos
específicos
• Melhor Rácio professor/aluno e proporciona
mais apoio aos alunos
• Responsabilidades partilhadas (planificação,
instrução e avaliação)
• Requer confiança, comunicação, tempo para
planificar, coordenação e articulação.
28. Referências
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Matos, J. F. (2014). Princípios orientadores para o desenho de Cenários de Aprendizagem [Online].
Retirado de https://drive.google.com/open?id=0Bw9_y3mpURWiUFpsV2cxS2FyVkk
Wollenberg, E., Edmunds, D., Buck, L. (2000). Anticipating change: Scenarios as a tool for adaptive
forest management – a guide. Indonesia: Center for International Forestry Research. (pp. 1-7)
[Online]. Retirado de http://www.cifor.org/online-library/browse/viewpublication/publication/
744.html
http://ftelab.ie.ulisboa.pt/tel/gbook
1. desenho organizacional do ambiente - organização dos elementos contextuais do cenário, requisitos (incluindo regras, convicções e conceções), artefactos materiais
2. papéis e atores - responsabilidades, formas de estar, organização do coletivo, modos de interação e comunicação
3. enredo, estratégias de trabalho, atuações e propostas - arquitetura da atuação, estrutura de atividade, sentido teleológico da construção
4. reflexão e regulação - processos de reificação do aprendido/ da ação, monitorização do desenvolvimento próprio dos atores e do contexto, avaliação crítica, produtos.
Inovação – um cenário deve ser desenhado para demonstrar possíveis atividades inovadoras e não para fornecer planos prescritivos aos professores.
Transformação – um cenário deve encorajar os professores a experimentar mudanças nas suas práticas pedagógicas e métodos de ensino e de avaliação e fazer surgir experiências educativas inovadoras com sucesso.
Prospetiva – um cenário deve ser considerado como uma ferramenta de planeamento utilizada para pensar em novas maneiras de perspetivar o futuro e tomar decisões apropriadas relativamente a condições incertas.
Imaginação – um cenário deve ser sempre uma fonte de inspiração e de alimentação da criatividade do professor. Deve conduzir à aprendizagem do que ainda não é conhecido.
Adaptabilidade – um cenário não deve ser apresentado de forma rígida. Cabe ao professor adaptá-lo aos seus objetivos e às características dos seus alunos. A profundidade da exploração dos temas, assim como o tempo necessário para a concretização das atividades, deverão ficar ao critério de cada professor. Um cenário pode sugerir o nível de escolaridade para o qual os temas e as atividades propostas são mais indicadas. No entanto, as ideias para um determinado nível de ensino podem ser adaptadas pelo professor para crianças mais novas ou mais velhas.
Flexibilidade – um cenário deve fornecer opções dirigidas a diferentes estilos de aprendizagem e estilos individuais de ensino. Os professores podem escolher usar parte de um determinado cenário na sua sala de aula ou apenas uma ideia inspirada nele. Pode também escolher a escala em que quer aplicar o cenário. Podem usá-lo a um nível elementar ou torná-lo mais complexo.
Amplitude/abrangência – um cenário deve ser construído de modo a possuir uma maior ou menor abrangência. O papel dos atores pode estar confinado apenas ao nível das operações e das ações ou pretender-se que sejam participantes ativos do sistema de atividade completo. Os cenários podem incluir projetos multidisciplinares para serem trabalhados pelos alunos durante extensos períodos de tempo.
Colaboração / partilha – um cenário pode conter elementos conducentes à realização de atividades colaborativas (síncronas e assíncronas), incluindo ferramentas tecnológicas propiciadoras de partilha e de construção colaborativa de objetos.
Princípios para o desenvolvimento de cenários de aprendizagem
Fases de desenvolvimento de cenários de aprendizagem