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ARRITMIAS CARDÍACASARRITMIAS CARDÍACAS
PARTE IPARTE I
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DISCIPLINA DE CARDIOLOGIA
Murilo Guérios Bittencourt
2011
Arritmias CardíacasArritmias Cardíacas
Uma arritmia cardíaca é uma
anormalidade na frequência,
regularidade ou na origem do
impulso cardíaco, ou uma
alteração na sua condução
causando uma sequência
anormal da ativação miocárdica.
O Sistema de ConduçãoO Sistema de Condução
CardíacoCardíaco
 Nó sinusal
 Nó atrioventricular
 Tratos internodais
 Sistema His-Purkinje
NS
NAV
P
R
Q S
T
PRi
HEINISCH, RH
Condução do EstímuloCondução do Estímulo
CardíacoCardíaco
 Origina-se nas céls. P do nó
sinusal
 Atinge os tratos internodais
e a musc. Atrial (2)
 Sofre importante retardo no
nó AV (3)
 Acelera-se no feixe de His (4)
 Conduz-se rapidamente nas
fibras de Purkinje (5)
 A musculatura ventricular é
ativada pela superfície
endocárdica donde se
espraia ao epicárdio
Mecanismos DesencadeantesMecanismos Desencadeantes
das Arritmias Cardíacasdas Arritmias Cardíacas
 Alterações na automaticidade
normal
 Automaticidade anormal
 Mecanismo de reentrada
Mecanismos DesencadeantesMecanismos Desencadeantes
das Arritmias Cardíacasdas Arritmias Cardíacas
Reentrada
A B
C HEINISCH, RH
Exames Complementares para o
Diagnóstico das Arritmias
EletrocardiogramaEletrocardiograma
 Sempre deve ser feito durante os sintomas de
uma potencial arritmia
 Pode identificar arritmias e bloqueios cardíacos
 As arritmias frequentemente são paroxísticas
e o ECG fora da crise pode ser normal
 O ECG pode não detectar a arritmia, mas sugerir
a sua origem por:
 Presença de via anômala
 Sinais de toxicidade medicamentosa
 Prolongamento do QT por antiarrítmicos
Teste ErgométricoTeste Ergométrico
 A principal indicação é para evidenciar
isquemia no esforço (Teste de stress
miocárdico)
 Permite a identificação de arritmias induzidas
pelo esforço
 Empregado também para avaliar o prognóstico
de uma arritmia
 A não acentuação da arritmia pelo esforço é
um sinal de bom prognóstico
Holter
Gravação do ritmo cardíaco por 24/48h
2 a 3 derivações
Permite análise contínua do ritmo cardíaco
Identifica arritmias paroxísticas
Quantifica batimentos normais e anormais
Permite correlacionar sintomas com alterações
do ritmo e bloqueios
Avalia efeito de antiarritmicos
Detecta episódios de isquemia miocárdica
Monitor de EventosMonitor de Eventos
(Looper)(Looper)
 Permite registro de arritmias
sintomáticas por tempo longo
(30dias)
 O paciente aciona o gravador no
momento do evento
Tilt TestTilt Test
 “Head up Tilt table test”, Tilt teste ou Teste de
inclinação ortostática passiva
 Consiste em inclinar o paciente em um
ângulo definido, com a cabeça para cima
 Empregado para o diagnóstico de síncope
vasovagal
 Resposta clássica na síncope vasovagal
 Queda abrupta na P.A. e FC
Tilt TestTilt Test
FUNDAMENTOS
Indivíduos susceptíveis apresentam
comprometimento dos mecanismos
compensatórios do controle da pressão
arterial a nível de microcirculação,
favorecendo o desencadeamento de
hipotensão e bradicardia neuromediadas
ao longo da exposição ao estresse postural
Tilt TestTilt Test
PROTOCOLO
 Medida da PA e FC de minuto em minuto
 Paciente deitado por 10min.
 Mesa inclinada a 800
( head up legs
down) por 60 min.
 O teste pode ser potencializado por
nitroglicerina ou isoproterenol
Tilt TestTilt Test
RESPOSTA VASOVAGALRESPOSTA VASOVAGAL
SíncopeSíncope
 A ANAMNESE e o exame físico são
fundamentais para o diagnóstico
 Podem não contribuir para identificar a causa
 Causas mais comuns
 Cardiovasculares
 Vasovagal- a causa mais comum de síncope
 Bradiarritmias
 Taquiarritmias
 Psicogênica
 Neurológica
Síncope vasovagalSíncope vasovagal
(Desmaio comum)(Desmaio comum)
 Causa mais comum de síncope
 Fatores precipitantes
 dor
 trauma
 ficar muito tempo em pé
 A estimulação vagal ocasiona hipotensão e
bradicardia
 tontura, naúsea, zumbido
 palidez
 visão borrada
 síncope - olhos abertos com pupilas dilatadas
Estudo EletrofisiológicoEstudo Eletrofisiológico
 Consiste na colocação de eletrodos
intracardíacos para registro e estimulação
miocárdica objetivando o diagnóstico e
tratamento de arritmias e bloqueios cardíacos
 Principais indicações
 Fibrilação e Flutter atriais
 Taquicardia supraventricular
 Taquicardia ventricular
 Bloqueios A/V
 Síncope de causa desconhecida
 Técnica percutânea que permite a eliminação de
arritmias pela destruição térmica (por RF) do tecido
responsável pelo foco arritmógeno
 É geralmente realizado em conjunto com o estudo
eletrofisiológico diagnóstico
 Indicações:
Taquicardia supraventricular
Flutter atrial
Fibrilação atrial (casos selecionados)
Taquicardia ventricular( casos especiais
que não respondem a tratamento clínico)
Ablação por Cateter de
Radiofrequência
Indicações do EstudoIndicações do Estudo
EletrofisiológicoEletrofisiológico
 Estudo diagnóstico
 Taquicardias ventriculares
 As vezes podem ser submetidas a
ablação
 Síncopes inexplicadas
 Ablação: indicação e taxa de sucesso
 Taquicardias supra ventriculares (90%)
 Wolff Parkinson White (90%)
 Flutter atrial (90%)
 Fibrilação atrial (50%)
Ritmo SinusalRitmo Sinusal
Diagnóstico Eletrocardiográfico
 Ondas P precedendo cada QRS
 Enlace A/V
 Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS)
 Frequência entre 60 e 100 bpm
 ÂP entre +30°
e +90°
°
Taquicardia SinusalTaquicardia Sinusal
 Fisiológica
 Infância, Exercício, Ansiedade, Emoções
 Farmacológica
 Atropina, Adrenalina, β agonistas
 Café, Fumo, Álcool
 Patológica
 Choque, Infecções, Anemia, Hipertireoidismo,
Insuficiência Cardíaca
Taquicardia SinusalTaquicardia Sinusal
Diagnóstico Clínico
 Palpitações, não ocorrem “falhas”
 Associada à causa desencadeante
 Início e término não abruptos
 Exame físico
 Taquicardia
 B1 com intensidade constante
Taquicardia SinusalTaquicardia Sinusal
Diagnóstico Eletrocardiográfico
 Frequência acima de 100 spm
 Ritmo regular
 Enlace A/V
Bradicardia SinusalBradicardia Sinusal
 Fisiológica
 Atletas
 Qualquer pessoa durante o sono
 Farmacológica
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 Morfina
 β bloqueadores
 Patológica
 Estimulação vagal pelo vômito
 Hipotireoidismo
 Hipotermia
 Fase aguda do IAM inferior
Bradicardia SinusalBradicardia Sinusal
Diagnóstico Clínico
 Geralmente assintomática
 Quando acentuada pode causar
tonturas e síncope
 Exame físico
 Bradicardia
 A FC aumenta com o exercício
(flexões no leito)
Bradicardia SinusalBradicardia Sinusal
Diagnóstico Eletrocardiográfico
 Frequência cardíaca abaixo de 60 spm
 Ritmo regular
 Enlace A/V
Arritmia SinusalArritmia Sinusal
 Variação entre dois batimentos acima
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 Geralmente tem relação com a
respiração
 Arritmia sinusal respiratória
 Comum em crianças
 Não necessita tratamento
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 Pode ser manifestação de Doença
Degenerativa do Nó Sinusal ( Sick Sinus
Sindrome)
Arritmia Sinusal RespiratóriaArritmia Sinusal Respiratória
 Assintomática
 Variação da FC com a respiração
 Acelera-se na Inspiração
 Diminui na Expiração
 Na apnéia a FC fica regular
 Comum em crianças
 Não é patológica
 Não necessita tratamento
ExtrassístolesExtrassístoles
 Batimentos precoces que se originam fora
do marca passo sinusal
 Manifestações clínicas
 Assintomáticas
 Palpitações, “falhas”, “soco no peito”
 Exame físico
 Sístole prematura geralmente sem onda de
pulso
 Pausa prolongada pós extrassístole,
seguida por B1 de intensidade maior
 A origem das extrassístoles só pode ser
identificada pelo ECG
Extrassístole AtrialExtrassístole Atrial
Diagnóstico Eletrocardiográfico
 Ritmo irregular
 Onda P’ de morfologia diferente da onda P
sinusal ocorrendo antes do batimento sinusal
esperado
 As extrassistoles que se originam no mesmo
foco tem morfologia semelhante
(a análise deve ser feita na mesma derivação)
 O complexo QRS geralmente é normal
 Comum em pessoas normais
 Desencadeada por tensão emocional, café,
fumo álcool
 Eventualmente pode iniciar
 Flutter atrial
 Fibrilação atrial
 Taquicardia Paroxística Supraventricular
 Tratamento
 Retirar café, fumo, álcool
 Medicamentos quando:
 Causar desconforto importante
 Desencadear arritmias mais sérias
Extrassístole AtrialExtrassístole Atrial
Extrassístole JuncionalExtrassístole Juncional
ou Nodalou Nodal
Diagnóstico Eletrocardiográfico
 Ritmo irregular
 Onda P:
 Geralmente ocorre despolarização atrial
retrógrada, portanto temos onda P’ negativa em
D2 , D3 , aVF
 Pode ocorrer antes, durante ou após o QRS,
dependendo do local de origem da extrasssístole
no nó AV
 Pode estar ausente
 O complexo QRS geralmente é normal
ExtrassístoleExtrassístole
Juncional ou NodalJuncional ou Nodal
 Bem menos comum que a extrasístole atrial
 Desencadeada por tensão emocional, café,
fumo álcool
 Eventualmente pode iniciar
 Flutter atrial
 Fibrilação atrial
 Taquicardia Paroxística Supraventricular
 Tratamento
 Retirar café, fumo, álcool
 Medicamentos quando:
 Causarem desconforto importante
 Desencadearem arritmias mais sérias
Extrassístole VentricularExtrassístole Ventricular
 É um batimento precoce que se origina nos
ventrículos
 É comum em pessoas normais e não tem
mau prognóstico
 Quando ocorre como manifestação de uma
cardiopatia pode aumentar o risco de morte
súbita
 Nas síndromes coronarianas agudas pode
levar a fibrilação ventricular
 Quando associada a medicamentos ex.
intoxicação digitálica pode levar a um ritmo
letal
ExtrassístoleExtrassístole
VentricularVentricular
Diagnóstico Eletrocardiográfico
 Ritmo irregular
 Onda P sinusal geralmente está oculta pelo
QRS, ST ou onda T da extrassístole
 O complexo QRS
 Precoce
 Alargado, com mais de 0,12 sec
 Morfologia bizarra
 O segmento ST e onda T geralmente tem
polaridade oposta ao QRS
A morfologia das extra-sístoles ventriculares
depende do local de onde se originam.
Extrassístole VentricularExtrassístole Ventricular
A onda P que antecede cada QRS alargado não é prematura, portanto, não é uma extrassístole
atrial com condução aberrante, além disto, o intervalo PR é mais curto que o dos batimentos
sinusais conduzidos. Estes complexos largos são extrasssístoles ventriculares tardias, tão
tardias que tem uma onda P que os antecede.
Uma extrassístole ventricular pode ter uma onda P sinusal que a antecedede, uma onda P oculta
pela extrassístole, ou uma onda P após a extrassístole,produzida por condução retrógrada
Período RefratárioPeríodo Refratário
Extrasístole ventricular PrecoceExtrasístole ventricular Precoce
(R em T) Iniciando uma Taquicardia(R em T) Iniciando uma Taquicardia
VentricularVentricular
 Taquicardia sinusal com EV precoces (R em T)
 A terceira EV inicia Taquicardia Ventricular
 Observe que a morfologia do QRS das EV é o
mesmo da TV
Tratamento daTratamento da
Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular
 Pessoas normais
 Não necessitam tratamaneto
 Betabloqueadores para tratar os sintomas
 Intoxicação digitálica
 Monitorização
 Cloreto de Potássio oral / IV
 Antiarrítmicos
 Lidocaína
 Difenilhidantoina IV IV9 (100mg IV de 5 em 5 min até a
supressão da arritmia (DM 1,gr)
 Miocardiopatias
 Tratar arritmias sintomáticas
 Amiodarona ?
Tratamento daTratamento da
Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular
 Pessoas normais
 Não necessitam tratamaneto
 Betabloqueadores para tratar os sintomas
 Intoxicação digitálica
 Monitorização
 Cloreto de Potássio oral / IV
 Antiarrítmicos
 Lidocaína
 Difenilhidantoina IV IV9 (100mg IV de 5 em 5 min até a
supressão da arritmia (DM 1,gr)
 Miocardiopatias
 Tratar arritmias sintomáticas
 Amiodarona ?
Tratamento daTratamento da
Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular
 Pessoas normais
 Não necessitam tratamaneto
 Betabloqueadores para tratar os sintomas
 Intoxicação digitálica
 Monitorização
 Cloreto de Potássio oral / IV
 Antiarrítmicos
 Lidocaína
 Difenilhidantoina IV [100mg IV de 5 em 5 min até a
supressão da arritmia (DM 1,gr)]
 Miocardiopatias
 Tratar arritmias sintomáticas
 Amiodarona ?
Tratamento daTratamento da
Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular
 Pessoas normais
 Não necessitam tratamaneto
 Betabloqueadores para tratar os sintomas
 Intoxicação digitálica
 Monitorização
 Cloreto de Potássio oral / IV
 Antiarrítmicos
 Lidocaína
 Difenilhidantoina IV (100mg IV de 5 em 5 min até a
supressão da arritmia (DM 1,gr)
 Miocardiopatias
 Tratar arritmias sintomáticas
 Amiodarona ?
TaquicardiaTaquicardia
SupraventricularSupraventricular
 Inclui a Taquicardia Atrial e a Taquicardia
Juncional paroxísticas
 O mecanismo é a reentrada nodal iniciada
por uma extrassitole atrial / juncional com
condução AV prolongada, representada no
ECG por um PR longo
 Ocorre em pessoas normais e em diversas
cardiopatias
 É freqüente em pacientes com Síndrome de
Wolff Parkinson White
Síndrome deSíndrome de
Wolff Parkinson WhiteWolff Parkinson White
 Vias anômalas de
condução AV
(Feixes de Kent)
 PR curto
 Onda Delta
 Pacientes
assintomáticos
 Crises de TPSV
S. de Wolff Parkinson White
Observar PR curto e onda Delta
Wolff Parkinson WhiteWolff Parkinson White
Mecanismos DesencadeantesMecanismos Desencadeantes
das Arritmias Cardíacasdas Arritmias Cardíacas
Reentrada
A B
C HEINISCH, RH
TaquicardiaTaquicardia
SupraventricularSupraventricular
 Assintomáticos no intervalo das crises
 Crises abruptas, duração variável
 Exame físico
 FC alta, acima de 160 bpm.
 B1 com fonese constante
 Ritmo regular
 Repercussões dependem da FC e do miocárdio
 Isquemia cardíaca
 Infarto do Miocárdio
 Edema agudo de pulmão
TaquicardiaTaquicardia
SupraventricularSupraventricular
Diagnóstico Eletrocardiográfico
 FC entre 160 e 240 bpm
 Ritmo regular
 QRS geralmente normal
 Onda P
 Taquicardia Atrial – Onda P de morfologia diferente da
P sinusal
 Taquicardia juncional
 Ausência de Onda P
 Onda P negativa em D2 D3 aVF
 
Tratamento da TaquicardiaTratamento da Taquicardia
SupraventricularSupraventricular
TAQUICARDIATAQUICARDIA
SUPRAVENTRICULARSUPRAVENTRICULAR
MANOBRAMANOBRA
VAGALVAGAL
Massagem de seio
carotídeo*
Imersão da face em
água gelada
Provocar o vômitoADENOSINAADENOSINA
6MG EV BOLUS6MG EV BOLUS
ADENOSINAADENOSINA
12MG ( 2MIN +12mg) EV12MG ( 2MIN +12mg) EV
VERAPAMIL 5 A 10MG EVVERAPAMIL 5 A 10MG EV
BAIXOBAIXO
DÉBITODÉBITO
CARDIOVERSÃO ELÉTRICACARDIOVERSÃO ELÉTRICA
SINCRONIZADA 100JSINCRONIZADA 100J
*AUSCULTAR AS
CARÓTIDAS ANTES
DA MASSAGEM
Tratamento da TaquicardiaTratamento da Taquicardia
SupraventricularSupraventricular
Sintomas severos ouSintomas severos ou
Pré-excitaçãoPré-excitação
Sintomas levesSintomas leves
Ausência de Pré-excitaçãoAusência de Pré-excitação
Sintomas moderadosSintomas moderados
Ausência de Pré-excitaçãoAusência de Pré-excitação
Não necessitaNão necessita
tratamentotratamento
ESCOLHA DO PACIENTEESCOLHA DO PACIENTE AblaçãoAblação
com catetercom cateter
AblaçãoAblação
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Sem sucessoSem sucesso
Sem sucessoSem sucesso
0
Ferguson JD; di Marco JJ
Circulation.2003;107:1096-99

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Arritmias Cardíacas: Diagnóstico e Tratamento

  • 1. ARRITMIAS CARDÍACASARRITMIAS CARDÍACAS PARTE IPARTE I UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DISCIPLINA DE CARDIOLOGIA Murilo Guérios Bittencourt 2011
  • 2. Arritmias CardíacasArritmias Cardíacas Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade na frequência, regularidade ou na origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma sequência anormal da ativação miocárdica.
  • 3. O Sistema de ConduçãoO Sistema de Condução CardíacoCardíaco  Nó sinusal  Nó atrioventricular  Tratos internodais  Sistema His-Purkinje NS NAV P R Q S T PRi HEINISCH, RH
  • 4. Condução do EstímuloCondução do Estímulo CardíacoCardíaco  Origina-se nas céls. P do nó sinusal  Atinge os tratos internodais e a musc. Atrial (2)  Sofre importante retardo no nó AV (3)  Acelera-se no feixe de His (4)  Conduz-se rapidamente nas fibras de Purkinje (5)  A musculatura ventricular é ativada pela superfície endocárdica donde se espraia ao epicárdio
  • 5. Mecanismos DesencadeantesMecanismos Desencadeantes das Arritmias Cardíacasdas Arritmias Cardíacas  Alterações na automaticidade normal  Automaticidade anormal  Mecanismo de reentrada
  • 6. Mecanismos DesencadeantesMecanismos Desencadeantes das Arritmias Cardíacasdas Arritmias Cardíacas Reentrada A B C HEINISCH, RH
  • 7. Exames Complementares para o Diagnóstico das Arritmias
  • 8. EletrocardiogramaEletrocardiograma  Sempre deve ser feito durante os sintomas de uma potencial arritmia  Pode identificar arritmias e bloqueios cardíacos  As arritmias frequentemente são paroxísticas e o ECG fora da crise pode ser normal  O ECG pode não detectar a arritmia, mas sugerir a sua origem por:  Presença de via anômala  Sinais de toxicidade medicamentosa  Prolongamento do QT por antiarrítmicos
  • 9. Teste ErgométricoTeste Ergométrico  A principal indicação é para evidenciar isquemia no esforço (Teste de stress miocárdico)  Permite a identificação de arritmias induzidas pelo esforço  Empregado também para avaliar o prognóstico de uma arritmia  A não acentuação da arritmia pelo esforço é um sinal de bom prognóstico
  • 10. Holter Gravação do ritmo cardíaco por 24/48h 2 a 3 derivações Permite análise contínua do ritmo cardíaco Identifica arritmias paroxísticas Quantifica batimentos normais e anormais Permite correlacionar sintomas com alterações do ritmo e bloqueios Avalia efeito de antiarritmicos Detecta episódios de isquemia miocárdica
  • 11. Monitor de EventosMonitor de Eventos (Looper)(Looper)  Permite registro de arritmias sintomáticas por tempo longo (30dias)  O paciente aciona o gravador no momento do evento
  • 12. Tilt TestTilt Test  “Head up Tilt table test”, Tilt teste ou Teste de inclinação ortostática passiva  Consiste em inclinar o paciente em um ângulo definido, com a cabeça para cima  Empregado para o diagnóstico de síncope vasovagal  Resposta clássica na síncope vasovagal  Queda abrupta na P.A. e FC
  • 13. Tilt TestTilt Test FUNDAMENTOS Indivíduos susceptíveis apresentam comprometimento dos mecanismos compensatórios do controle da pressão arterial a nível de microcirculação, favorecendo o desencadeamento de hipotensão e bradicardia neuromediadas ao longo da exposição ao estresse postural
  • 14. Tilt TestTilt Test PROTOCOLO  Medida da PA e FC de minuto em minuto  Paciente deitado por 10min.  Mesa inclinada a 800 ( head up legs down) por 60 min.  O teste pode ser potencializado por nitroglicerina ou isoproterenol
  • 15. Tilt TestTilt Test RESPOSTA VASOVAGALRESPOSTA VASOVAGAL
  • 16. SíncopeSíncope  A ANAMNESE e o exame físico são fundamentais para o diagnóstico  Podem não contribuir para identificar a causa  Causas mais comuns  Cardiovasculares  Vasovagal- a causa mais comum de síncope  Bradiarritmias  Taquiarritmias  Psicogênica  Neurológica
  • 17. Síncope vasovagalSíncope vasovagal (Desmaio comum)(Desmaio comum)  Causa mais comum de síncope  Fatores precipitantes  dor  trauma  ficar muito tempo em pé  A estimulação vagal ocasiona hipotensão e bradicardia  tontura, naúsea, zumbido  palidez  visão borrada  síncope - olhos abertos com pupilas dilatadas
  • 18. Estudo EletrofisiológicoEstudo Eletrofisiológico  Consiste na colocação de eletrodos intracardíacos para registro e estimulação miocárdica objetivando o diagnóstico e tratamento de arritmias e bloqueios cardíacos  Principais indicações  Fibrilação e Flutter atriais  Taquicardia supraventricular  Taquicardia ventricular  Bloqueios A/V  Síncope de causa desconhecida
  • 19.  Técnica percutânea que permite a eliminação de arritmias pela destruição térmica (por RF) do tecido responsável pelo foco arritmógeno  É geralmente realizado em conjunto com o estudo eletrofisiológico diagnóstico  Indicações: Taquicardia supraventricular Flutter atrial Fibrilação atrial (casos selecionados) Taquicardia ventricular( casos especiais que não respondem a tratamento clínico) Ablação por Cateter de Radiofrequência
  • 20. Indicações do EstudoIndicações do Estudo EletrofisiológicoEletrofisiológico  Estudo diagnóstico  Taquicardias ventriculares  As vezes podem ser submetidas a ablação  Síncopes inexplicadas  Ablação: indicação e taxa de sucesso  Taquicardias supra ventriculares (90%)  Wolff Parkinson White (90%)  Flutter atrial (90%)  Fibrilação atrial (50%)
  • 21. Ritmo SinusalRitmo Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico  Ondas P precedendo cada QRS  Enlace A/V  Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS)  Frequência entre 60 e 100 bpm  ÂP entre +30° e +90° °
  • 22. Taquicardia SinusalTaquicardia Sinusal  Fisiológica  Infância, Exercício, Ansiedade, Emoções  Farmacológica  Atropina, Adrenalina, β agonistas  Café, Fumo, Álcool  Patológica  Choque, Infecções, Anemia, Hipertireoidismo, Insuficiência Cardíaca
  • 23. Taquicardia SinusalTaquicardia Sinusal Diagnóstico Clínico  Palpitações, não ocorrem “falhas”  Associada à causa desencadeante  Início e término não abruptos  Exame físico  Taquicardia  B1 com intensidade constante
  • 24. Taquicardia SinusalTaquicardia Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico  Frequência acima de 100 spm  Ritmo regular  Enlace A/V
  • 25. Bradicardia SinusalBradicardia Sinusal  Fisiológica  Atletas  Qualquer pessoa durante o sono  Farmacológica  Digital  Morfina  β bloqueadores  Patológica  Estimulação vagal pelo vômito  Hipotireoidismo  Hipotermia  Fase aguda do IAM inferior
  • 26. Bradicardia SinusalBradicardia Sinusal Diagnóstico Clínico  Geralmente assintomática  Quando acentuada pode causar tonturas e síncope  Exame físico  Bradicardia  A FC aumenta com o exercício (flexões no leito)
  • 27. Bradicardia SinusalBradicardia Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico  Frequência cardíaca abaixo de 60 spm  Ritmo regular  Enlace A/V
  • 28. Arritmia SinusalArritmia Sinusal  Variação entre dois batimentos acima de 0,12 sec.  Geralmente tem relação com a respiração  Arritmia sinusal respiratória  Comum em crianças  Não necessita tratamento  Mais raramente pode não ter relação com a respiração  Pode ser manifestação de Doença Degenerativa do Nó Sinusal ( Sick Sinus Sindrome)
  • 29. Arritmia Sinusal RespiratóriaArritmia Sinusal Respiratória  Assintomática  Variação da FC com a respiração  Acelera-se na Inspiração  Diminui na Expiração  Na apnéia a FC fica regular  Comum em crianças  Não é patológica  Não necessita tratamento
  • 30. ExtrassístolesExtrassístoles  Batimentos precoces que se originam fora do marca passo sinusal  Manifestações clínicas  Assintomáticas  Palpitações, “falhas”, “soco no peito”  Exame físico  Sístole prematura geralmente sem onda de pulso  Pausa prolongada pós extrassístole, seguida por B1 de intensidade maior  A origem das extrassístoles só pode ser identificada pelo ECG
  • 31. Extrassístole AtrialExtrassístole Atrial Diagnóstico Eletrocardiográfico  Ritmo irregular  Onda P’ de morfologia diferente da onda P sinusal ocorrendo antes do batimento sinusal esperado  As extrassistoles que se originam no mesmo foco tem morfologia semelhante (a análise deve ser feita na mesma derivação)  O complexo QRS geralmente é normal
  • 32.  Comum em pessoas normais  Desencadeada por tensão emocional, café, fumo álcool  Eventualmente pode iniciar  Flutter atrial  Fibrilação atrial  Taquicardia Paroxística Supraventricular  Tratamento  Retirar café, fumo, álcool  Medicamentos quando:  Causar desconforto importante  Desencadear arritmias mais sérias Extrassístole AtrialExtrassístole Atrial
  • 33. Extrassístole JuncionalExtrassístole Juncional ou Nodalou Nodal Diagnóstico Eletrocardiográfico  Ritmo irregular  Onda P:  Geralmente ocorre despolarização atrial retrógrada, portanto temos onda P’ negativa em D2 , D3 , aVF  Pode ocorrer antes, durante ou após o QRS, dependendo do local de origem da extrasssístole no nó AV  Pode estar ausente  O complexo QRS geralmente é normal
  • 34. ExtrassístoleExtrassístole Juncional ou NodalJuncional ou Nodal  Bem menos comum que a extrasístole atrial  Desencadeada por tensão emocional, café, fumo álcool  Eventualmente pode iniciar  Flutter atrial  Fibrilação atrial  Taquicardia Paroxística Supraventricular  Tratamento  Retirar café, fumo, álcool  Medicamentos quando:  Causarem desconforto importante  Desencadearem arritmias mais sérias
  • 35. Extrassístole VentricularExtrassístole Ventricular  É um batimento precoce que se origina nos ventrículos  É comum em pessoas normais e não tem mau prognóstico  Quando ocorre como manifestação de uma cardiopatia pode aumentar o risco de morte súbita  Nas síndromes coronarianas agudas pode levar a fibrilação ventricular  Quando associada a medicamentos ex. intoxicação digitálica pode levar a um ritmo letal
  • 36. ExtrassístoleExtrassístole VentricularVentricular Diagnóstico Eletrocardiográfico  Ritmo irregular  Onda P sinusal geralmente está oculta pelo QRS, ST ou onda T da extrassístole  O complexo QRS  Precoce  Alargado, com mais de 0,12 sec  Morfologia bizarra  O segmento ST e onda T geralmente tem polaridade oposta ao QRS
  • 37. A morfologia das extra-sístoles ventriculares depende do local de onde se originam.
  • 38. Extrassístole VentricularExtrassístole Ventricular A onda P que antecede cada QRS alargado não é prematura, portanto, não é uma extrassístole atrial com condução aberrante, além disto, o intervalo PR é mais curto que o dos batimentos sinusais conduzidos. Estes complexos largos são extrasssístoles ventriculares tardias, tão tardias que tem uma onda P que os antecede. Uma extrassístole ventricular pode ter uma onda P sinusal que a antecedede, uma onda P oculta pela extrassístole, ou uma onda P após a extrassístole,produzida por condução retrógrada
  • 40. Extrasístole ventricular PrecoceExtrasístole ventricular Precoce (R em T) Iniciando uma Taquicardia(R em T) Iniciando uma Taquicardia VentricularVentricular  Taquicardia sinusal com EV precoces (R em T)  A terceira EV inicia Taquicardia Ventricular  Observe que a morfologia do QRS das EV é o mesmo da TV
  • 41. Tratamento daTratamento da Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular  Pessoas normais  Não necessitam tratamaneto  Betabloqueadores para tratar os sintomas  Intoxicação digitálica  Monitorização  Cloreto de Potássio oral / IV  Antiarrítmicos  Lidocaína  Difenilhidantoina IV IV9 (100mg IV de 5 em 5 min até a supressão da arritmia (DM 1,gr)  Miocardiopatias  Tratar arritmias sintomáticas  Amiodarona ?
  • 42. Tratamento daTratamento da Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular  Pessoas normais  Não necessitam tratamaneto  Betabloqueadores para tratar os sintomas  Intoxicação digitálica  Monitorização  Cloreto de Potássio oral / IV  Antiarrítmicos  Lidocaína  Difenilhidantoina IV IV9 (100mg IV de 5 em 5 min até a supressão da arritmia (DM 1,gr)  Miocardiopatias  Tratar arritmias sintomáticas  Amiodarona ?
  • 43. Tratamento daTratamento da Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular  Pessoas normais  Não necessitam tratamaneto  Betabloqueadores para tratar os sintomas  Intoxicação digitálica  Monitorização  Cloreto de Potássio oral / IV  Antiarrítmicos  Lidocaína  Difenilhidantoina IV [100mg IV de 5 em 5 min até a supressão da arritmia (DM 1,gr)]  Miocardiopatias  Tratar arritmias sintomáticas  Amiodarona ?
  • 44. Tratamento daTratamento da Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular  Pessoas normais  Não necessitam tratamaneto  Betabloqueadores para tratar os sintomas  Intoxicação digitálica  Monitorização  Cloreto de Potássio oral / IV  Antiarrítmicos  Lidocaína  Difenilhidantoina IV (100mg IV de 5 em 5 min até a supressão da arritmia (DM 1,gr)  Miocardiopatias  Tratar arritmias sintomáticas  Amiodarona ?
  • 45. TaquicardiaTaquicardia SupraventricularSupraventricular  Inclui a Taquicardia Atrial e a Taquicardia Juncional paroxísticas  O mecanismo é a reentrada nodal iniciada por uma extrassitole atrial / juncional com condução AV prolongada, representada no ECG por um PR longo  Ocorre em pessoas normais e em diversas cardiopatias  É freqüente em pacientes com Síndrome de Wolff Parkinson White
  • 46. Síndrome deSíndrome de Wolff Parkinson WhiteWolff Parkinson White  Vias anômalas de condução AV (Feixes de Kent)  PR curto  Onda Delta  Pacientes assintomáticos  Crises de TPSV S. de Wolff Parkinson White Observar PR curto e onda Delta
  • 47. Wolff Parkinson WhiteWolff Parkinson White
  • 48. Mecanismos DesencadeantesMecanismos Desencadeantes das Arritmias Cardíacasdas Arritmias Cardíacas Reentrada A B C HEINISCH, RH
  • 49. TaquicardiaTaquicardia SupraventricularSupraventricular  Assintomáticos no intervalo das crises  Crises abruptas, duração variável  Exame físico  FC alta, acima de 160 bpm.  B1 com fonese constante  Ritmo regular  Repercussões dependem da FC e do miocárdio  Isquemia cardíaca  Infarto do Miocárdio  Edema agudo de pulmão
  • 50. TaquicardiaTaquicardia SupraventricularSupraventricular Diagnóstico Eletrocardiográfico  FC entre 160 e 240 bpm  Ritmo regular  QRS geralmente normal  Onda P  Taquicardia Atrial – Onda P de morfologia diferente da P sinusal  Taquicardia juncional  Ausência de Onda P  Onda P negativa em D2 D3 aVF  
  • 51. Tratamento da TaquicardiaTratamento da Taquicardia SupraventricularSupraventricular TAQUICARDIATAQUICARDIA SUPRAVENTRICULARSUPRAVENTRICULAR MANOBRAMANOBRA VAGALVAGAL Massagem de seio carotídeo* Imersão da face em água gelada Provocar o vômitoADENOSINAADENOSINA 6MG EV BOLUS6MG EV BOLUS ADENOSINAADENOSINA 12MG ( 2MIN +12mg) EV12MG ( 2MIN +12mg) EV VERAPAMIL 5 A 10MG EVVERAPAMIL 5 A 10MG EV BAIXOBAIXO DÉBITODÉBITO CARDIOVERSÃO ELÉTRICACARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA 100JSINCRONIZADA 100J *AUSCULTAR AS CARÓTIDAS ANTES DA MASSAGEM
  • 52. Tratamento da TaquicardiaTratamento da Taquicardia SupraventricularSupraventricular Sintomas severos ouSintomas severos ou Pré-excitaçãoPré-excitação Sintomas levesSintomas leves Ausência de Pré-excitaçãoAusência de Pré-excitação Sintomas moderadosSintomas moderados Ausência de Pré-excitaçãoAusência de Pré-excitação Não necessitaNão necessita tratamentotratamento ESCOLHA DO PACIENTEESCOLHA DO PACIENTE AblaçãoAblação com catetercom cateter AblaçãoAblação com catetercom cateter MedicamentosMedicamentos Sem sucessoSem sucesso Sem sucessoSem sucesso 0 Ferguson JD; di Marco JJ Circulation.2003;107:1096-99