SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
BRASÍLIA - DF 11 DE MAIO DE 2007
II DIRETRIZES DE CARDIOPATIA GRAVE
SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
CRITÉRIOS DE INCAPACIDADE
LABORAL EM CARDIOLOGIA
aafiune@arh.com.br
Prof . Dr. Abrahão Afiune Neto
 Primeira citação - lei 1711 item III artigo 178
do estatuto dos funcionários civis da união
em 28 de outubro de 1952.
 1989 lei 7713189 inclusão de SIDA / AIDS
 2004 Diário Oficial da União inclusão de:
hepatopatias graves, nefropatias graves,
doença por radiação ionizante e doença de
Parkison.
CARDIOPATIA GRAVE
Pode ser:
 Cardiopatias Aguda
 Cardiopatias crônicas
 Cardiopatias crônicas ou agudas com
dependência total de suporte inotrópico.
 Cardiopatia Terminal.
CARDIOPATIA GRAVE
DEF em 1952 Doença que leva em caráter temporário ou permanente
a redução da capacidade funcional ao ponto de acarretar risco a vida
ou impedir o servidor de exercer suas atividades.
 GRAU I Doenças cardíacas com leve limitação de
atividade física.
 GRAU II Doenças cardíacas sem limitação da
atividade física.
 GRAU III Doenças com nítida limitação da atividade
física.
 GRAU IV Doenças cardíacas que imposibilita de
qualquer atividade física mesmo em repouso
geralmente acompanhada de dispnéia, fadiga ou
palpitações.
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE
FUNCIONAL DO CORAÇÃO
 Historia clinica evolutiva da doença e exame clinico.
 Eletrocardiografia em repouso e dinâmica - Holter
 Teste ergométrico - Ergoespirometria - Teste de qualidade de vida.
 Ecocardiografia em repouso - Esforço - Teste farmacológico
 Raio X de tórax no mínimo duas incidências.
 Cintilografia miocárdica associada ao teste ergométrico ou com
fármacos
 Cinecoronarioventriculografia - Angiotomografia computatorizada.
 Angiotomografia - Tomografia coronariana - Angio-ressonância
magnética - Resssonância magnética cardíaca
 O Diagnóstico de Cardiopatia Grave é feito, através da
avaliação da capacidade funcional do coração através de:
 Cardiopatia Isquêmica
 Cardiopatia Hipertensiva
 Miocardiopatias
 Valvopatias
 Cardiopatias Congênitas
 Arritmias
 Pericardiopatias
 Aortopatias
 Cor Pulmonare Crônico
CARDIOPTATIA GRAVE COMO FAZER O
DIAGNÓSTICO
 O quadro clinico com sinais e sintomas associados aos recursos
complementares se relacionam as seguintes cardiopatias:
 Sem supra de ST - baixo débito cardíaco, sinais de
ICC aguda, Arritmia ventricular maligna, sinais de
disfunção ventricular mecânica em pacientes sem
condições de tratamento cirúrgico ou percutâneo.
 Com supra de ST - Choque cardiogênico, sinais de
ICC aguda, Arritmia ventricular maligna, Complicação
mecânica de IAM, Presença de bloqueios e distúrbios
de condução intraventricular, IAM anterior extenso e
com infarto prévio .
CARDIOPATIA ISQUÊMICA FORMA AGUDA
 São considerados sinais de gravidade:
 Angina classes funcionais III e IV da CCS, Clinica de ICC, associada a
isquemia aguda nas formas crônicas, Disfunção ventricular progressiva,
Arritmias graves associadas a quadro anginoso, principalmente
ventriculares (devendo se associar ao ECG, e Holter) .
 Exames complementares importante: ECG – Hipertrofia ventricular
esquerda de grande magnitude, fibrilação atrial crônica e arritmias
ventriculares complexas, Teste Ergométrico - angina com carga baixa,
comportamento anormal da Pa diastólica, Ecocardiograma – Fração de
ejeção  40% com alterações segmentares de grande magnitude em
vários segmentos que modificam a contratilidade ventricular.,
Cinecoronarioventriculografia é de grande importância na definição.
CARDIOPATIA ISQUÊMICA - FORMA CRÔNICA
ANGINA ESTÁVEL
 São considerados sinais de gravidade:
 Hipertensão arterial,  70 anos, diabetes,
hipercolesterolemia familiar, vasculopatia
aterosclerótica importante em carótidas,
membros inferiores, renais e cerebrais.
 Pós IAM, É importante a delimitação da
necrose, pois é uma marca de gravidade, e a
disfunção ventricular esquerda pelas áreas
de (hipocinesia, acinesia e discinesia),
quando o tratamento adequado melhorar ou
abolir as alterações, o conceito de gravidade
deverá ser reavaliado e reconsiderado.
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS
 Hipertrofia Ventricular esquerda no ECG, e Ecocardiograma , que não
regride com tratamento.
 Disfunção Ventricular Esquerda Sistolica com FE  40%
 Arritmias supraventriculares e ventriculares complexas relacionadas a
hipertensão.
 Cardiopatia Isquêmica grave associada.
 Comprometimento cerebral por AIT, AVC isquêmico ou hemorrágico .
 Presença de comprometimento Renal como Insuficiência Renal Crônica
 Aneurisma e/ou dissecção da aorta , trombose arterial periférica , estenose
de carótida 70%.
 Hemorragias, exudatos e papiledemas retinianos sem regressão com
tratamento.
CARDIOPATIA HIPERTENSIVA
 A definição de Cardiopatia Grave, não depende dos níveis tensionais, e sim
da concomitância de lesões em órgãos alvos, sendo caracterizada por:
 Miocardiiopatias Hipertróficas: sinais de gravidade um ou mais fatores como:
história de Síncope, ICC, Angina, embolia sistêmica, hipertrofia moderada a
severa acompanhada de: alter. isquêmicas, cardiomegalia, disf. vent.esquerda
com FE  40%, arritmias ventriculares complexas, IM importante, DAC grave
associada, e forma obstrutiva com gradiente de saída  50%.
 Miocardiopatias Dilatadas: um ou mais fatores como - Tromboembolismos
sistêmicos, cardiomegalia importante, ritmo de galope de B3 com CF III e IV, FE
 40%, FA, arritmias ventriculares complexas.
 Miocardiopatias Restritivas: um ou mais fatores como: fenômenos
tromboembólicos, cardiomegalia acentuada, ICC CF III e IV, envolvimento de
VD, fibrose miocardica acentuada, IM e/ou IT.
 Cardiopatia Chagásica Crônica: Síncope, Tromboembolismo, cardiomegalia
acentuada, ICC CF III e IV, FA, arritmias ventriculares complexas, bloqueios bi,
trifasiculares, BAV total.
MIOCARDIOPATIAS
 INSUFICIÊNCIA MITRAL - Presença de ICC CF III e IV, sinais
progressivos de SAE e SVE, FA, sinais de congestão
venocapilar pulmonar, e hipertensão pulmonar, presença de IM
de grande magnitude com comprometimento progressivo da
função ventricular sistólica.
 ESTENOSE MITRAL - Fenômenos tromboembólicos, episódios
de edema pulmonar agudo, ICC CF III e IV, FA, sinais de IT,
sinais de SVD, hipertensão venocapilar pulmonar, sinais de
hipertensão arteriolar pulmonar, PSAP  50 mmhg.
 INSUFICIÊNCIA AÓRTICA – ICC CF III e IV, sinais de baixo
débito cerebral, síndrome de Marfan associada, pressão
diastólica próxima de zero FE  40, piora progressiva dos
parâmetros da função sistólica ventricular esquerda, fração de
regurgitação  60%.
VALVOPATIAS
 ESTENOSE AÓRTICA - Sintomas de baixo débito
cerebral, angina de peito, pressão arterial diferencial
reduzida, sinais de SVE importante, FA, arritmias
ventriculares complexas, BAVT, gradiente médio de
pressão transvalvar aórtica  50 mm/hg e máximo  70
mm/hg.
 PROLAPSO VALVAR MITRAL - História de Síncope,
Síndrome de Marfan associada, arritmias ventriculares
complexas, FA, IM importante, rotura de cordoalhas
téndineas, cardiomegalia.
 PORTADORES DE PROTÉSES CARDÍACAS - hemólise,
sinais de disfunção protética ou crônica, história de
endocardite pregressa ou atual.
VALVOPATIAS
 PERICARDITES - Graves principalmente nas
situações de extrema restrição de enchimento
ventricular, com sinais de congestão circulatória
periférica, hepatomegalia, principalmente por
tuberculose e por radiação.
 COR PULMONARE CRÔNICO - manifestações de
hipóxia cerebral e periférica, insuficiência
cardíaca direita, crises sincopais, sinais de SVD
importante, PSAP  60 mm/hg, IT importante,
insuficiência pulmonar e tricúspides
 Crises hipoxêmicas, com ICC CF III e IV, arritmias
ventriculares potencialmente malignas
 Doença arterial pulmonar, Hipertrofia ventricular
direita, cardiopatias complexas.
 Sobrecargas diastólicas ventriculares associadas a
hipocontratilidade ventricular acentuada
 Sobrecargas sistólicas ventriculares com hipertrofia
importante e desproporcionadas
 Cardiopatias hipertróficas acentuadas nas formas
crônicas com defeitos corrigidos com ICE, ICD e ICC.
 CARDIOPATIAS CONGÊNITA são graves quando apresentam:
 As doenças da aorta são patologias com morbi-
mortalidade elevada portanto de grande importância
como cardiopatias graves
 Aneurisma de Aorta Torácica - são considerados
pontos de gravidade, pacientes de alto risco cirúrgico,
portadores de síndrome de Marfan, válvula aórtica
bicúspide estados hipermetabolicos (gestação).
 Dissecção Aorta - associação a síndrome de Marfan,
envolvimento com órgão alvo, progressão retrógrada
ou anterógrada da lesão intimal
 Hematoma de Aorta - localizados na porção proximal
da aorta são de pior prognósticos.
DOENÇAS DA AORTA
 Segundo Besser “não confundir gravidade de uma cardiopatia
com Cardiopatia Grave uma entidade médico – pericial”.
 Cardiopatia Grave - não basear em dados de uma entidade
clínica, e sim em aspectos de gravidade das cardiopatias, em
perspectiva com capacidade de exercer as funções laborativas,
um dos fatores considerados importantes no julgamento pericial
de incapacitação.
 Procedimentos intervencionistas e cirúrgicos na medicina
pericial são apenas parte da estratégia terapêutica aplicada aos
doentes e obviamente não sejam considerados uma doença
propriamente dita mas correspondem a uma enfermidade
cardiovascular importante subjacente, devendo ser avaliadas em
relação as deficiências funcionais que imputam sobre a
capacitação laboral do doente.
CONCLUSÃO
 Muitos pacientes com cirurgia ou procedimentos
intervencionistas, alteram a história natural da
doença para melhor, com modificação da categoria
da gravidade da cardiopatia pelo menos no momento
da avaliação.
 Portanto considera-se um servidor (ativo ou inativo)
portador de Cardiopatia Grave, quando, ocorrer uma
doença cardíaca, que acarrete o total e definitivo
impedimento das condições laborativas, com
expectativa de vida reduzida ou diminuída, baseados
na documentação e no diagnóstico da cardiopatia.
CONCLUSÃO

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Incapa..........cidadelaboralAbrahao.ppt

1 insuficiencia cardiaca aula julio-15
1 insuficiencia cardiaca aula julio-151 insuficiencia cardiaca aula julio-15
1 insuficiencia cardiaca aula julio-15honestolopes1994
 
Dor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaDor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaPaulo Sérgio
 
Paulo Roberto Benchimol Barbosa: Morte Súbita. Do diagnóstico à prevenção
Paulo Roberto Benchimol Barbosa: Morte Súbita. Do diagnóstico à prevençãoPaulo Roberto Benchimol Barbosa: Morte Súbita. Do diagnóstico à prevenção
Paulo Roberto Benchimol Barbosa: Morte Súbita. Do diagnóstico à prevençãoAcademia Nacional de Medicina
 
Cardiomiopatias
CardiomiopatiasCardiomiopatias
Cardiomiopatiasdapab
 
Aula Cardiopatias congênitas
Aula   Cardiopatias congênitasAula   Cardiopatias congênitas
Aula Cardiopatias congênitasViviane Fernandes
 
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançadaAula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançadaCarlos Galhardo Junior
 
Valvopatia
ValvopatiaValvopatia
Valvopatiadapab
 
AULA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR
AULA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONARAULA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR
AULA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONARFlávia Salame
 
Hipertensao arterial como_fator_de_risco
Hipertensao arterial como_fator_de_riscoHipertensao arterial como_fator_de_risco
Hipertensao arterial como_fator_de_riscoSimone Regina Grando
 
Saúde do adulto hipertensão 2012 cópia
Saúde do adulto hipertensão 2012   cópiaSaúde do adulto hipertensão 2012   cópia
Saúde do adulto hipertensão 2012 cópiajacqueline gil
 
Saúde do adulto hipertensão 2012 cópia
Saúde do adulto hipertensão 2012   cópiaSaúde do adulto hipertensão 2012   cópia
Saúde do adulto hipertensão 2012 cópiajacqueline gil
 
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblog
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblogDoença coronaria lourdes 2015.pptxblog
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblogERALDO DOS SANTOS
 
Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasdapab
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdiojaquerpereira
 
insuficiência cardíaca (portugues)
 insuficiência cardíaca (portugues) insuficiência cardíaca (portugues)
insuficiência cardíaca (portugues)Eduard Hernandez
 
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Danilo Alves
 

Semelhante a Incapa..........cidadelaboralAbrahao.ppt (20)

1 insuficiencia cardiaca aula julio-15
1 insuficiencia cardiaca aula julio-151 insuficiencia cardiaca aula julio-15
1 insuficiencia cardiaca aula julio-15
 
Dor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaDor torácica na emergência
Dor torácica na emergência
 
Paulo Roberto Benchimol Barbosa: Morte Súbita. Do diagnóstico à prevenção
Paulo Roberto Benchimol Barbosa: Morte Súbita. Do diagnóstico à prevençãoPaulo Roberto Benchimol Barbosa: Morte Súbita. Do diagnóstico à prevenção
Paulo Roberto Benchimol Barbosa: Morte Súbita. Do diagnóstico à prevenção
 
Cardiomiopatias
CardiomiopatiasCardiomiopatias
Cardiomiopatias
 
02 doenca isquemica-cardiaca
02 doenca isquemica-cardiaca02 doenca isquemica-cardiaca
02 doenca isquemica-cardiaca
 
Miocardiopatias
MiocardiopatiasMiocardiopatias
Miocardiopatias
 
Aula Cardiopatias congênitas
Aula   Cardiopatias congênitasAula   Cardiopatias congênitas
Aula Cardiopatias congênitas
 
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançadaAula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
 
Valvopatia
ValvopatiaValvopatia
Valvopatia
 
AULA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR
AULA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONARAULA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR
AULA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR
 
Hipertensao arterial como_fator_de_risco
Hipertensao arterial como_fator_de_riscoHipertensao arterial como_fator_de_risco
Hipertensao arterial como_fator_de_risco
 
Saúde do adulto hipertensão 2012 cópia
Saúde do adulto hipertensão 2012   cópiaSaúde do adulto hipertensão 2012   cópia
Saúde do adulto hipertensão 2012 cópia
 
Saúde do adulto hipertensão 2012 cópia
Saúde do adulto hipertensão 2012   cópiaSaúde do adulto hipertensão 2012   cópia
Saúde do adulto hipertensão 2012 cópia
 
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblog
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblogDoença coronaria lourdes 2015.pptxblog
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblog
 
Choque
ChoqueChoque
Choque
 
Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitas
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
insuficiência cardíaca (portugues)
 insuficiência cardíaca (portugues) insuficiência cardíaca (portugues)
insuficiência cardíaca (portugues)
 
Doenças orovalvares
Doenças orovalvaresDoenças orovalvares
Doenças orovalvares
 
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
 

Incapa..........cidadelaboralAbrahao.ppt

  • 1. BRASÍLIA - DF 11 DE MAIO DE 2007 II DIRETRIZES DE CARDIOPATIA GRAVE SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA CRITÉRIOS DE INCAPACIDADE LABORAL EM CARDIOLOGIA aafiune@arh.com.br Prof . Dr. Abrahão Afiune Neto
  • 2.  Primeira citação - lei 1711 item III artigo 178 do estatuto dos funcionários civis da união em 28 de outubro de 1952.  1989 lei 7713189 inclusão de SIDA / AIDS  2004 Diário Oficial da União inclusão de: hepatopatias graves, nefropatias graves, doença por radiação ionizante e doença de Parkison. CARDIOPATIA GRAVE
  • 3. Pode ser:  Cardiopatias Aguda  Cardiopatias crônicas  Cardiopatias crônicas ou agudas com dependência total de suporte inotrópico.  Cardiopatia Terminal. CARDIOPATIA GRAVE DEF em 1952 Doença que leva em caráter temporário ou permanente a redução da capacidade funcional ao ponto de acarretar risco a vida ou impedir o servidor de exercer suas atividades.
  • 4.  GRAU I Doenças cardíacas com leve limitação de atividade física.  GRAU II Doenças cardíacas sem limitação da atividade física.  GRAU III Doenças com nítida limitação da atividade física.  GRAU IV Doenças cardíacas que imposibilita de qualquer atividade física mesmo em repouso geralmente acompanhada de dispnéia, fadiga ou palpitações. AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DO CORAÇÃO
  • 5.  Historia clinica evolutiva da doença e exame clinico.  Eletrocardiografia em repouso e dinâmica - Holter  Teste ergométrico - Ergoespirometria - Teste de qualidade de vida.  Ecocardiografia em repouso - Esforço - Teste farmacológico  Raio X de tórax no mínimo duas incidências.  Cintilografia miocárdica associada ao teste ergométrico ou com fármacos  Cinecoronarioventriculografia - Angiotomografia computatorizada.  Angiotomografia - Tomografia coronariana - Angio-ressonância magnética - Resssonância magnética cardíaca  O Diagnóstico de Cardiopatia Grave é feito, através da avaliação da capacidade funcional do coração através de:
  • 6.  Cardiopatia Isquêmica  Cardiopatia Hipertensiva  Miocardiopatias  Valvopatias  Cardiopatias Congênitas  Arritmias  Pericardiopatias  Aortopatias  Cor Pulmonare Crônico CARDIOPTATIA GRAVE COMO FAZER O DIAGNÓSTICO  O quadro clinico com sinais e sintomas associados aos recursos complementares se relacionam as seguintes cardiopatias:
  • 7.  Sem supra de ST - baixo débito cardíaco, sinais de ICC aguda, Arritmia ventricular maligna, sinais de disfunção ventricular mecânica em pacientes sem condições de tratamento cirúrgico ou percutâneo.  Com supra de ST - Choque cardiogênico, sinais de ICC aguda, Arritmia ventricular maligna, Complicação mecânica de IAM, Presença de bloqueios e distúrbios de condução intraventricular, IAM anterior extenso e com infarto prévio . CARDIOPATIA ISQUÊMICA FORMA AGUDA  São considerados sinais de gravidade:
  • 8.  Angina classes funcionais III e IV da CCS, Clinica de ICC, associada a isquemia aguda nas formas crônicas, Disfunção ventricular progressiva, Arritmias graves associadas a quadro anginoso, principalmente ventriculares (devendo se associar ao ECG, e Holter) .  Exames complementares importante: ECG – Hipertrofia ventricular esquerda de grande magnitude, fibrilação atrial crônica e arritmias ventriculares complexas, Teste Ergométrico - angina com carga baixa, comportamento anormal da Pa diastólica, Ecocardiograma – Fração de ejeção  40% com alterações segmentares de grande magnitude em vários segmentos que modificam a contratilidade ventricular., Cinecoronarioventriculografia é de grande importância na definição. CARDIOPATIA ISQUÊMICA - FORMA CRÔNICA ANGINA ESTÁVEL  São considerados sinais de gravidade:
  • 9.  Hipertensão arterial,  70 anos, diabetes, hipercolesterolemia familiar, vasculopatia aterosclerótica importante em carótidas, membros inferiores, renais e cerebrais.  Pós IAM, É importante a delimitação da necrose, pois é uma marca de gravidade, e a disfunção ventricular esquerda pelas áreas de (hipocinesia, acinesia e discinesia), quando o tratamento adequado melhorar ou abolir as alterações, o conceito de gravidade deverá ser reavaliado e reconsiderado. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS
  • 10.  Hipertrofia Ventricular esquerda no ECG, e Ecocardiograma , que não regride com tratamento.  Disfunção Ventricular Esquerda Sistolica com FE  40%  Arritmias supraventriculares e ventriculares complexas relacionadas a hipertensão.  Cardiopatia Isquêmica grave associada.  Comprometimento cerebral por AIT, AVC isquêmico ou hemorrágico .  Presença de comprometimento Renal como Insuficiência Renal Crônica  Aneurisma e/ou dissecção da aorta , trombose arterial periférica , estenose de carótida 70%.  Hemorragias, exudatos e papiledemas retinianos sem regressão com tratamento. CARDIOPATIA HIPERTENSIVA  A definição de Cardiopatia Grave, não depende dos níveis tensionais, e sim da concomitância de lesões em órgãos alvos, sendo caracterizada por:
  • 11.  Miocardiiopatias Hipertróficas: sinais de gravidade um ou mais fatores como: história de Síncope, ICC, Angina, embolia sistêmica, hipertrofia moderada a severa acompanhada de: alter. isquêmicas, cardiomegalia, disf. vent.esquerda com FE  40%, arritmias ventriculares complexas, IM importante, DAC grave associada, e forma obstrutiva com gradiente de saída  50%.  Miocardiopatias Dilatadas: um ou mais fatores como - Tromboembolismos sistêmicos, cardiomegalia importante, ritmo de galope de B3 com CF III e IV, FE  40%, FA, arritmias ventriculares complexas.  Miocardiopatias Restritivas: um ou mais fatores como: fenômenos tromboembólicos, cardiomegalia acentuada, ICC CF III e IV, envolvimento de VD, fibrose miocardica acentuada, IM e/ou IT.  Cardiopatia Chagásica Crônica: Síncope, Tromboembolismo, cardiomegalia acentuada, ICC CF III e IV, FA, arritmias ventriculares complexas, bloqueios bi, trifasiculares, BAV total. MIOCARDIOPATIAS
  • 12.  INSUFICIÊNCIA MITRAL - Presença de ICC CF III e IV, sinais progressivos de SAE e SVE, FA, sinais de congestão venocapilar pulmonar, e hipertensão pulmonar, presença de IM de grande magnitude com comprometimento progressivo da função ventricular sistólica.  ESTENOSE MITRAL - Fenômenos tromboembólicos, episódios de edema pulmonar agudo, ICC CF III e IV, FA, sinais de IT, sinais de SVD, hipertensão venocapilar pulmonar, sinais de hipertensão arteriolar pulmonar, PSAP  50 mmhg.  INSUFICIÊNCIA AÓRTICA – ICC CF III e IV, sinais de baixo débito cerebral, síndrome de Marfan associada, pressão diastólica próxima de zero FE  40, piora progressiva dos parâmetros da função sistólica ventricular esquerda, fração de regurgitação  60%. VALVOPATIAS
  • 13.  ESTENOSE AÓRTICA - Sintomas de baixo débito cerebral, angina de peito, pressão arterial diferencial reduzida, sinais de SVE importante, FA, arritmias ventriculares complexas, BAVT, gradiente médio de pressão transvalvar aórtica  50 mm/hg e máximo  70 mm/hg.  PROLAPSO VALVAR MITRAL - História de Síncope, Síndrome de Marfan associada, arritmias ventriculares complexas, FA, IM importante, rotura de cordoalhas téndineas, cardiomegalia.  PORTADORES DE PROTÉSES CARDÍACAS - hemólise, sinais de disfunção protética ou crônica, história de endocardite pregressa ou atual. VALVOPATIAS
  • 14.  PERICARDITES - Graves principalmente nas situações de extrema restrição de enchimento ventricular, com sinais de congestão circulatória periférica, hepatomegalia, principalmente por tuberculose e por radiação.  COR PULMONARE CRÔNICO - manifestações de hipóxia cerebral e periférica, insuficiência cardíaca direita, crises sincopais, sinais de SVD importante, PSAP  60 mm/hg, IT importante, insuficiência pulmonar e tricúspides
  • 15.  Crises hipoxêmicas, com ICC CF III e IV, arritmias ventriculares potencialmente malignas  Doença arterial pulmonar, Hipertrofia ventricular direita, cardiopatias complexas.  Sobrecargas diastólicas ventriculares associadas a hipocontratilidade ventricular acentuada  Sobrecargas sistólicas ventriculares com hipertrofia importante e desproporcionadas  Cardiopatias hipertróficas acentuadas nas formas crônicas com defeitos corrigidos com ICE, ICD e ICC.  CARDIOPATIAS CONGÊNITA são graves quando apresentam:
  • 16.  As doenças da aorta são patologias com morbi- mortalidade elevada portanto de grande importância como cardiopatias graves  Aneurisma de Aorta Torácica - são considerados pontos de gravidade, pacientes de alto risco cirúrgico, portadores de síndrome de Marfan, válvula aórtica bicúspide estados hipermetabolicos (gestação).  Dissecção Aorta - associação a síndrome de Marfan, envolvimento com órgão alvo, progressão retrógrada ou anterógrada da lesão intimal  Hematoma de Aorta - localizados na porção proximal da aorta são de pior prognósticos. DOENÇAS DA AORTA
  • 17.  Segundo Besser “não confundir gravidade de uma cardiopatia com Cardiopatia Grave uma entidade médico – pericial”.  Cardiopatia Grave - não basear em dados de uma entidade clínica, e sim em aspectos de gravidade das cardiopatias, em perspectiva com capacidade de exercer as funções laborativas, um dos fatores considerados importantes no julgamento pericial de incapacitação.  Procedimentos intervencionistas e cirúrgicos na medicina pericial são apenas parte da estratégia terapêutica aplicada aos doentes e obviamente não sejam considerados uma doença propriamente dita mas correspondem a uma enfermidade cardiovascular importante subjacente, devendo ser avaliadas em relação as deficiências funcionais que imputam sobre a capacitação laboral do doente. CONCLUSÃO
  • 18.  Muitos pacientes com cirurgia ou procedimentos intervencionistas, alteram a história natural da doença para melhor, com modificação da categoria da gravidade da cardiopatia pelo menos no momento da avaliação.  Portanto considera-se um servidor (ativo ou inativo) portador de Cardiopatia Grave, quando, ocorrer uma doença cardíaca, que acarrete o total e definitivo impedimento das condições laborativas, com expectativa de vida reduzida ou diminuída, baseados na documentação e no diagnóstico da cardiopatia. CONCLUSÃO