1.
Sigmund Freud e a Psicanálise
PARTE I
A consciência e o
inconsciente
Psicologia
12º
Ano|
Escolas
do
Pensamento
da
Psicologia|
Professora
Joana
Inês
Pontes
2. 1. FREUD (1856-1939) E A PSICANÁLISE
§ Freud formou-se em Medicina e especializou-se
no tratamento de perturbações neuróticas (tais
como a cegueira e a paralisia) começando a utilizar
a hipnose como método terapêutico.
§ Freud desenvolveu um método de tratamento que
possibilitava e “exigia” que o paciente falasse acerca
de si mesmo livremente, de modo a fornecer pistas
que permitissem desocultar as memórias enterradas
no seu inconsciente – interpretação dos sonhos.
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3. 1. FREUD (1856-1939) E A PSICANÁLISE
§ O aspecto mais importante da sua teoria é o
conceito de Inconsciente dinâmico – vários
processos mentais inconscientes interagem
determinando, sem que nos apercebamos,
pensamentos, sentimentos e comportamentos.
§ A prática clínica de Freud esteve na base de uma
teoria do desenvolvimento psico-afectivo em que
se destaca a tese da existência de sexualidade
infantil (num sentido lato).
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4. 1. FREUD (1856-1939) E A PSICANÁLISE
§ A criação da psicanálise por Freud é ao mesmo
tempo um método terapêutico e uma teoria sobre a
mente, o homem e as suas diversas atividades e
representou uma das grandes aventuras
intelectuais do séc. XX.
A chegada da Psicanálise
Texto manual – pág.51-52
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5. 2. A PSICANÁLISE E O INCONSCIENTE
§ A grande revolução da psicanálise não é a
descoberta do inconsciente, mas a afirmação de que
este domina a nossa vida psíquica – é a realidade
psíquica fundamental.
§ A o a f i r m a r q u e o n o s s o
comportamento é governado por
desejos do inconsciente, Freud negava
que o homem fosse dono de si mesmo:
o controlo da nossa mente e ações
escapa-nos.
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6. 2. A PSICANÁLISE E O INCONSCIENTE
As concepções de Freud sobre o psiquismo
despertaram grande polémica na sua época:
1) A ideia que o inconsciente dominava feria o
preconceito moral de que somos agentes
conscientes dos motivos dos nosso atos.
2) A ideia de que estes impulsos são de natureza
“sexual” violentava a consciência moral de
uma sociedade que reprimia profundamente as
manifestações de sexualidade (Freud afirmava
que os impulsos sexuais reprimidos
desempenhavam um papel de destaque).
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7. 2. A PSICANÁLISE E O INCONSCIENTE
3) Numa altura em que os psicólogos, em geral,
rejeitavam o estudo do inconsciente, Freud não
podia deixar de causar enorme estranheza. Afinal,
identificava a psicologia com o estudo dos processos
mentais inconscientes, “algo muito menos
observável” que os fenómenos conscientes.
Apesar desta recusa inicial, a psicanálise acaba por
se desenvolver e o método psicanalítico vai aplicar-
se a diversos domínios da cultura (psicanálise da
religião, da mitologia, etc.)
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8.
3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
1ª Tópica
§ O inconsciente é, para Freud, o
“lugar psíquico ou um sistema do
nosso aparelho psíquico que
contém pensamentos, desejos,
sentimentos, impulsos que estão
situados nas profundezas da
nossa mente, aquém da
consciência”
Manual: p.55-57
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9. 3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
1ª Tópica
§ Segundo Freud é do inconsciente que emanam os
processos psíquicos, por isso, o nosso
comportamento é fundamentalmente determinado
por processos mentais inconscientes (área maior).
§ O inconsciente constitui-se durante a nossa vida
psíquica, sobretudo, no decorrer da infância e os
seus conteúdos estão ao muito longe da superfície.
INCONSCIENTE: estrutura da nossa mente que
mais influencia o nosso comportamento.
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10. 3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
1ª Tópica
§ A porção de espaço que no iceberg corresponde ao
inconsciente, exprime, assim simbolicamente que os
nossos comportamentos e processos mentais são
dominados por uma dimensão situada nas profundezas
do psiquismo, onde estão impulsos e desejos
essencialmente de natureza sexual que exercem
influência no comportamento humano.
§ A passagem dos impulsos e desejos inconscientes é
controlado por um mecanismo denominado censura
que recalca o que pode perturbar a nossa integridade
psíquica e a adaptação ao meio social.
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11. 3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
1ª Tópica
§ Mas, a censura não consegue impedir que as pulsões
inconscientes (medos, impulsos sexuais inaceitáveis,
impulsos destrutivos e imorais, desejos irracionais,
experiências infantis traumatizantes) encontrem em
formas substitutivas e indirectas de manifestação tais
como actos falhados, neuroses e sonhos.
Todos nós já esquecemos uma palavra ou nome tendo
porém a impressão de o ter “na ponta da língua”; ou
então, escrevemos uma palavra em lugar da pretendia.
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12. 3. AS MANIFESTAÇÕES DO INCONSCIENTE
Existem três manifestações que influenciam o
inconsciente:
NEUROSES: manifestações ou sintomas de algo que foi
recalcado, impedido de aceder à consciência.
Geralmente, o doente ignora aquilo que recalca, não
conhece os desejos escondidos do seu insconsciente.
Est a s d oe n ç a s p s í q u i c a s a o t ra d u zi r- s e e m
perturbações físicas, resistem à medicação.
Muitas neuroses derivam da representação dos
impulsos sexuais agressivos.
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13. 3. AS MANIFESTAÇÕES DO INCONSCIENTE
SONHOS: realização ilusória (simbólica) de desejos
inconscientes (recalcados). Para Freud, o sonho era a via
real de acesso ao Inconsciente (desnuda-o)
O sonho é para Freud uma “expressão nocturna das
nossas frustações diurnas”, o sonho ´so
aparentemente é absurdo, pois possui muito sentido:
os desejos interditos e recalcados encontram nele
uma satisfação velada, deviada e simbólica.
Durante o sonho, a vigilância da censura enfraquece,
por isso, mais facilmente lhe escapam as
representações inconscientes.
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14. 3. AS MANIFESTAÇÕES DO INCONSCIENTE
ACTOS FALHADOS: são o modo, por vezes grotesco, mas
nunca doentio, de os conteúdos e representações
inconscientes vencerem a barreira da censura.
Diariamente cometemos algums falhas a que não
damos relevo especial, para Freud são cruciais:
§ Dizer “Está um belo sono” em vez de “belo dia”
manifesta inconscientemente desejo de dormir.
§ Uma mulher co tendência para a tagarelice pede
ao merceeiro “um pacote de leite de longa
conversação, em vez de “longa conservação.
§ Dizer I live you em vez de I love you…
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15. 3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
2ª Tópica
Manual:
p.57-58
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16. 3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
2ª Tópica
APARELHO CARACTERÍSTICAS
PSÍQUICO
§ Formado por tudo o que herdamos está presente
à nascença (pulsões inatas, desejos).
§ É totalmente inconsciente: contém uma parte de
ID elementos psíquicos recalcados.
“Viver segundo § Está desligado do mundo real: é completamente
o princípio do irrealista, não distingue o que é desejável do que é
prazer” permitido ou possível.
§ Não actua segundo princípios lógicos e morais: é a
parte obscura, impenetrável, da nossa personalidade, e
o pouco que sabemos dela aprendemo-lo estudando a
elaboração do sonho)
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17. 3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
2ª Tópica
APARELHO
PSÍQUICO CARACTERÍSTICAS
§ Instância que se constitui diferenciando-se do id no
primeiro ano de vida (a sua energia vem do id)
§ Tem preocupações lógicas, de espaço e de tempo,
assim como de coerência entre a força do id e os
EGO / EU constrangimentos da realidade - tenta ser moral.
“Sejamos
realistas!” § Desempenha o papel de mediador em relação ao id:
opõe-se a certos desejos do id; a sua actividade é
sobretudo consciente, embora uma parte
sejainconsciente, como os mecanismos de defesa.
§ O conhecimento é consciente ou pré-consciente, e é
composta de percepções externas e internas.
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18. 3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
2ª Tópica
APARELHO
PSÍQUICO CARACTERÍSTICAS
§ Instância formada a partir de uma parte do ego,
após o complexo de Édipo, por volta dos 3-5 anos.
§ Resulta da educação que recebemos, do conjunto
SUPEREGO/ de punições e recompensas.
SUPEREU § Vigia-nos dentro de nós: reprime certos actos,
“Cumpre o favorece outros.
teu dever!”
§ O seu papel é triplo: i) inibe os impulsos,
sobretudo, de natureza sexual do id; ii) persuade o
Ego a substituir objetivos realistas por objetivos
moralistas; iii) procura a perfeição moral.
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19. 3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA
2ª Tópica
Para Freud, vida psíquica desenrola-se sob o signo do
conflito intrapsíquic – é dinamizada por um conflito de
forças que se desenrola praticamente no inconsciente.
POTÊNCIA
OBSTÁCULOS
ACTO
Instintos, pulsões, Pensamentos,
impulsos sexuais percepções
inaceitáveis (actos
conscientes)
recalcados
ID
(infra-‐eu)
SUPEREGO
(Super
Eu)
EGO
(Eu)
Algo ultrapassa a censura e manifesta-se
em sonhos e actos falhdos.
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20. Realizado por:
Joana Inês Pontes
Consultas:
Rodrigues, Luís(2009) Psicologia B. Lisboa: Plátano Editora, pp.
16-28
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