Este documento apresenta os objetivos, conteúdos e metodologia de duas aulas de Filosofia sobre valores e cultura para alunos do 10o ano. As aulas visam analisar diferentes atitudes face à diversidade cultural, como etnocentrismo, multiculturalismo e interculturalidade, e refletir sobre a importância do diálogo intercultural.
1. Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa
A Ação Humana e os Valores
2. Os valores – análise e compreensão da experiência valorativa
2.2. Valores e cultura – A diversidade e o diálogo de culturas
___________________________________________________________________________
Regência nº 9 e 10
2º Período
10º A
Orientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes
Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso
Porto, 2016
2. Dados de Identificação
Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso
Disciplina: Filosofia Ano de Escolaridade: 10º Turma: A
Tema: A Ação Humana e os Valores
Unidade: Os valores – análise e compreensão da experiência valorativa
Subunidade: Valores e cultura – A diversidade e o diálogo de culturas
Sumário: Introdução ao tema: Valores e cultura – A diversidade e o diálogo
de culturas. As diferentes atitudes face à diversidade cultural. Análise de textos
e de imagens.
Data: 28/01/2016 Duração: 50 + 50 minutos Regência nº: 9 e 10 Lição nº: 39 e 40
Objetivos:
Gerais:
Analisar a questão patente nos conflitos de valores;
Relacionar valores e cultura;
Compreender e problematizar as atitudes face à diversidade
cultural.
Específicos:
Problematizar a questão relativa aos conflitos de valores;
Analisar as seguintes atitudes: etnocentrismo, multiculturalismo/relativismo
cultural e interculturalidade – bem como as suas consequências;
Refletir sobre os limites do relativismo cultural;
Interligar o diálogo cultural com os critérios trans-subjetivos de valoração.
3. Conteúdos
Programáticos
Objetivos/Competências Conceitos
Nucleares
Recursos/Estratégias Avaliação Tempo
A Ação Humana e os
Valores
2. Os valores – análise e
compreensão da
experiência valorativa
2.2. Valores e cultura –
A diversidade e o
diálogo de culturas
Analisar a questão da origem
do conflito valorativo;
Caracterizar as diversas
atitudes face à diversidade
cultural: etnocentrismo,
multiculturalismo/relativismo
cultural e interculturalidade –
bem como as suas
consequências;
Compreender a postura
etnocêntrica no que se refere à
diversidade cultural;
Valor
Cultura
Diálogo
intercultural
Diversidade
Cultural
Etnocentrismo
Interculturalidade
Multiculturalidade
Relativismo
cultural
Lição nº + Sumário
Método dialógico;
Apresentação e
visionamento de um
vídeo;
Apresentação PowerPoint
– com quadro síntese;
Análise de textos e
imagens;
Pontualidade;
Material;
Interação com os
colegas;
Comportamento;
Participação
pertinente (autónoma
e apropriada);
Adequação e
articulação dos
conceitos previamente
adquiridos;
5 min
10 min
25 min
25 min
4. Perspetivar a importância do
diálogo cultural, num mundo
de diversidade;
Compreender os critérios
trans-subjetivos de valoração;
Identificar os principais
critérios trans-subjetivos de
valoração;
Articular sistematicamente os
conceitos inerentes ao
conceito de cultura.
Relativismo
cultural
Tolerância
Análise do quadro síntese;
Conclusões;
Ficha de Trabalho.
Rigor e qualidade das
respostas dadas.
10 min
5 min
20 min
5. Fundamentação Científica
As aulas a lecionar são maioritariamente dedicadas ao tema: 2. Os Valores – análise e
compreensão da experiência valorativa. 2.2. Valores e cultura – a diversidade e o diálogo de
culturas. Neste ponto do programa referente aos valores, à cultura e ao diálogo cultural
percebemos uma íntima relação com o ponto programático dado anteriormente acerca da
democracia. É essencial atender à questão da existência com o outro para uma melhor
convivência atendendo à variabilidade de culturas, principalmente na contemporaneidade
onde a liberdade de expressão parece tão ampla, e ao mesmo tempo, tão fugaz.
O ser humano está constantemente sobre conflitos de valores, o facto de viver num
mundo com determinadas regras, com modos de pensar, sentir e agir, mostram que somos
sujeitos situados num tempo e num espaço próprios, mas não isolado e, daí, toda esta
complexidade que pode levar a que estejamos perante conflitos de valores diariamente e é
nosso papel enquanto cidadãos de uma sociedade ter a coerência de saber lidar da melhor
forma com esta coexistência (que se traduz a vários níveis no decorrer dos nossos dias).
Hoje assistimos em primeiro lugar à diversidade cultural, através dos fenómenos migratórios
com a entrada de estrangeiros, estamos perante uma troca de informação acentuada e veloz
que leva a um rápido acesso dos mais variados produtos, usos e costumes dos diversos cantos
do mundo. O que por um lado é positivo, também traz sérios problemas com os quais nos
defrontamos constantemente e são eles os mais variados conflitos de valores. Entendamos
cultura como “(...) um núcleo de conhecimentos, crenças, costumes, leis, hábitos e valores
que, adquiridos pelo homem enquanto elemento de uma sociedade, lhe permitem resolver
mais eficientemente os problemas com que depara na vida” (Um olhar sobre o mundo, 2003,
pp. 47).
É verdade que diferentes pessoas, diferentes conjuntos de pessoas (grupos) ou
culturas valorizam de formas diferentes, mas é também certo que todos os seres humanos
atuam consoante os seus valores, o que reflete que, de certa forma, os valores e a valoração
são universais. É considerado fundamental aceitar um relativismo dos valores, na medida de
uma maior e melhor aceitação do outro. Mas será tudo relativo, ou poder-se-á estabelecer
algum consenso entre as diferentes culturas? Esta resposta pode variar consoante a atitude
que decidirmos tomar perante a diversidade cultural e, portanto, torna-se um desafio à
capacidade humana.
6. Estas atitudes passam por três modelos: o etnocentrismo, atitude pela qual um
indivíduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referência, julga outros
indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios valores. Pressupõe que o indivíduo, ou grupo de
referência, se considere superior àqueles que ele julga, e também que o indivíduo, ou grupo
etnocêntrico, tenha um conhecimento muito limitado dos outros, mesmo que viva na sua
proximidade. O etnocentrismo é a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo social, que se
considera o sistema de referência, julga outros indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios
valores. Pressupõe que o indivíduo, ou grupo de referência, se considere superior àqueles que
ele julga, e também que o indivíduo, ou grupo etnocêntrico, tenha um conhecimento muito
limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade.
Esta defesa de valores únicos e de uma cultura dominante leva a comportamentos racistas,
xenófobos e chauvinistas, completamente reprováveis numa sociedade que evoluída que tem
o dever de tratar o outro como um igual, estas consequências do etnocentrismo tomam muitas
vezes proporções desmedidas que levam a que todos estejamos em perigo.
Com uma atitude menos radical e, nesta medida, mais adequada a uma relação entre
seres humanos iguais encontramos uma outra atitude: o multiculturalismo ou relativismo
cultural, esta atitude mais apaziguadora defende as diferenças culturais dentro de um Estado
ou nação, assim considera que não existem valores absolutos e, portanto, as culturas são
incomparáveis entre si, aceita que existem culturas diferentes mas que nenhuma se pode
sobrepor a outra, negando as verdades morais absolutas. Esta atitude inscreve-se num
“mosaico cultural”, no sentido em que atende à igualdade entre culturas, mas incorre quase
que numa separação em parcelas dessas culturas distintas. De facto esta atitude de
multiculturalismo ou de relativismo cultural favorece a diversidade cultural, ao acrescer a
responsabilidade de uma dignidade e respeito pelo outro, mas como se trata de assuntos de
teor cultural, não podemos falar numa verdade, mas antes, em costumes que sofrem uma
variabilidade consoante a sociedade em questão (daí o conceito mosaico cultural).
Mas como qualquer atitude, também tem as suas consequências, ou melhor, as suas
limitações e são elas: por defender a ideia de que os valores são convenções que têm que ver
com as culturas, rejeitam a existência de valores universais, o que dificulta o diálogo
intercultural, afinal todo o diálogo para ser saudável, precisa de um padrão comum e
justificam que todos os comportamentos são originários da cultura a que o indivíduo pertence
e, portanto, entendem a critica como desrespeito ou até como discriminação. Isto leva a uma
estagnação, não promovem o enriquecimento cultural entre as diferentes culturas.
7. De que modo podemos conciliar o respeito pela diferença? Seria o diálogo uma
solução digna do ser humano? Mas esta solução parece-nos um desafio de grande proporção.
Seriam necessários parâmetros que se elevassem à atitude subjetiva de cada pessoa ou
cultura, com esta “necessidade”, surgem os critérios trans-subjetivos de valoração, critérios
que visam a promoção do diálogo entre culturas, na medida em que, nenhum ser humano se
deve dar por terminado, neste sentido, deve abrir-se ao outro. Deve assim, guiar-se pela
partilha e vivenciar valores que o aproximem de outras comunidades sem que perca a sua
identidade própria. Cada vez mais nos encontramos perante problemas que ultrapassam uma
nacionalidade ou cultura e se estendem a muitas outras, através dos critérios trans-subjetivos
visam-se soluções capazes de minorar estes problemas. De entre os critérios trans-subjetivos
de valoração, temos, entre outros, os posteriormente indicados: o critério da dignidade
humana; o da fundamentação consensual (através do diálogo e do debate); e o democrático,
fazendo a primazia de acordos que atendam à decisão de uma maioria considerável.
No sentido de uma superação desta atitude do multiculturalismo ou do diálogo
intercultural, encontramos uma última forma de correspondermos com a diversidade: a
interculturalidade, no sentido de uma proposta promotora do diálogo entre culturas, através
de valores comuns/universais. Desta forma, propõe a exaltação da Universalidade dos
Direitos Humanos, um cuidado especial no que concerne ao diálogo mútuo entre culturas e
uma educação que vise a partilha de valores que se alarguem a todos e normas acordadas
universalmente, no sentido de uma convivência coesa – indo de encontro a uma ética
universal.
Do mesmo modo que as restantes atitudes, a interculturalidade, tem também os seus
“senãos”, sendo que o principal advém do pressuposto de que todos ganham com a
diversidade cultural, é proposto o contacto entre as mais variadas culturas na esperança de
estas se enriqueçam e fortaleçam mutuamente, com vista a uma convivência harmoniosa.
Na emergência de uma solução que sirva de compromisso para que estas limitações
sejam ultrapassadas devemos atender a uma postura que tenha por base a tolerância, sendo
considerada (a tolerância) como o imperativo de culturas, ou seja, o modo como todas as
demais devem atuar.
8. Fundamentação Pedagógico-Didática
As aulas lecionadas inserem-se nos temas 2. Os valores – análise e compreensão da
experiência valorativa. 2.2. Valores e cultura – a diversidade e o diálogo de culturas. Tendo
em conta que os estudantes na última aula abordaram as conceções acerca da natureza dos
valores e dos juízos valorativos, na presente aula, será introduzida, através da análise de um
texto do manual adotado, a clarificação sobre a origem do conflito valorativo.
Posteriormente, e com recurso ao PowerPoint, é introduzida a temática Valores e
cultura – A diversidade e o diálogo de culturas. Uma vez que os estudantes já têm uma
bagagem considerável de conceitos importantes de aulas anteriores, serão esses conceitos
tomados como ponto de partida para a presente aula. Segue-se análise do PowerPoint, o
mesmo, decorrerá ao longo de grande parte da aula, na medida em que, suporta vídeos e
imagens (recursos diversos) que se consideram importantes nos conteúdos em questão.
Assim, ao longo dos slides, serão analisados textos, imagens e vídeos de teor didático
por forma a criar uma interatividade que seja benéfica numa compreensão mais consistente
dos conteúdos por parte dos estudantes. Apesar das diversas formas de tecnologia que temos
presentes no mundo de hoje, algumas das quais enunciamos acima (o powerpoint – que
permite a projeção de imagens e vídeos), o trabalho de texto ainda possui uma enorme
importância no que se refere a um fator de fomento no processo ensino-aprendizagem, o texto
exige um maior rigor e ordenação do pensamento, o que na média de idades dos estudantes, é
de uma considerável importância. Não descurando da importância do recurso à imagem e
vídeo (este que de certa forma é um conjunto sucessivo de imagens), afinal os estudantes
retêm (memorizam) com enorme facilidade tudo que lhes chega pela visão, de forma
interativa, sendo também mais interessante para eles e, nessa medida, a aula decorrerá com
apresentação (para análise e debato conjunto), de duas imagens e dois vídeos. Onde, a certo
momento, é projetada uma imagem que pretende representar a necessidade de diálogo num
mundo com tanta diversidade, é pedido aos estudantes que a comentem – por forma, a
refletirem sobre essa questão e, posteriormente, nas suas vidas que essa imagem os conduza a
melhores ações.
Pretende-se desta forma que os recursos utilizados proporcionem uma aprendizagem
significativa dos estudantes, ainda a par da assimilação dos presentes conteúdos, e numa
temática que tem que ver inteiramente com a cultura e a diversidade que lhe é inerente, é de
salientar a importância que o professor deve transmitir de que “a vida não é como os
medicamentos, que trazem todos uma “literatura inclusa” onde se explicam as contra-
9. indicações do produto e se indicam as doses a consumir. A vida é-nos dada sem receita e sem
literatura inclusa” (Savater, Ética para um jovem, 2013, pp. 144). Podemos compreender por
estas palavras, a emergência de um estar atento, a importância de uma aprendizagem com
tudo aquilo que nos acontece e, portanto, nos envolve enquanto seres humanos e
iminentemente sociais, o que exige um respeito por nós próprios e pelo outro (“outro” a ser
visto com os mesmos direitos e deveres a que a mim me presto).
10. Bibliografia
Abrunhosa, M., Leitão, M.(2003). Um outro olhar sobre o mundo. Porto: Edições ASA.
Almeida, A. (2003). Dicionário Escolar de Filosofia. Lisboa: Plátano Editora.
Almeida, A. (2007). Arte de Pensar 10º ano – Vol. 1. Lisboa: Didática Editora.
Almeida, A., Murcho, D. (2014). 50 Lições de Filosofia 10.º Ano. Didática Editora.
Alves, F., Arêdes, José., Bastos, P. (2013). Lisboa: Texto Editores.
Barata-Moura, J. (1982). Para uma crítica da “Filosofia dos Valores”. Lisboa: Livros
Horizonte.
Ricoeur, P. (2014). O discurso da ação. Lisboa: Edições 70.
Savater, F. (2013). Ética para um jovem. Alfragide: Publicações Dom Quixote.
Artigos:
Professor Adalberto Dias de Carvalho, A integração como direito e prática intercultural.
11.
12. Anexos
ANEXO V – Grelha de observação
Grelha de observação
Grelha de avaliação dos alunos.
Ser e Saber Estar Saber e Saber Fazer
Alunos Pontualidade Material
Comportamento
adequado à sala
de aula
Realiza as
atividades
propostas
Participa
ativamente nas
atividades
propostas
Cuidado na
argumentação
Qualidade e
pertinência nas
respostas solicitadas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
14. ANEXO III – Conclusões (a ditar):
Conclusões
Definição de cultura
Cultura pode definir-se como um núcleo de conhecimentos, crenças, costumes, leis,
hábitos e valores, que adquiridos pelo homem enquanto elemento de uma sociedade, lhe
permitem resolver mais eficientemente os problemas com que depara na vida.
15. ANEXO IV –Proposta de Solução da Ficha de Trabalho
1.
1.1. A resposta correta é a alínea d), na medida em que, a cultura, na sua realidade
concreta, abrange os comportamentos e as realizações de uma certa sociedade, bem
como o seu modo de viver criado, desenvolvido e partilhado, pelos membros dessa
mesma sociedade ou grupo social.
1.2. A resposta correta é a alínea d), porque a diversidade cultural implica a
multiplicidade de padrões culturais, ou seja, como há muitos países e culturas, há
também uma pluralidade de padrões culturais, que por um lado identificam e, por
outro, distinguem as variadas culturas existentes.
1.3. A resposta correta é a alínea b, visto que, o relativismo cultural assenta na
coexistência de diversas culturas e valores, favorecendo, assim, a diversidade cultural.
1.4. A resposta correta é a alínea b), pois o diálogo intercultural/interculturalidade
defende e promove uma abertura ao outro eu, país ou cultura, procurando a sua
aproximação sem perder a sua própria identidade. Devido a vários factores, urge a
necessidade de estabelecer critérios trans-subjetivos de valoração, tais como: o valor
da dignidade humana, o da fundamentação consensual e o democrático. Estes valores
trans-subjetivos assumem-se como parâmetros que ultrapassem a dimensão
puramente subjetiva de cada cultura ou grupo social, possibilitando o entendimento e
enriquecimento das diversas culturas existentes.
2. Os valores são qualidades potenciais que tornam as coisas desejáveis, ou dignas de estima,
norteando e orientando as opções, decisões e ações dos indivíduos, que se encontram
inseridos numa determinada cultura, ou sociedade. Desta forma, os valores são reconhecidos
como ideais, e por isso mesmo, são considerados como preferíveis. Isto é, os valores
justificam as nossas opções, com base em preferências e comparações relativamente às
coisas, aos acontecimentos e às situações e circunstâncias. No que respeita a ação humana, é
de mencionar que ela é construída a partir de horizontes de referência e de ideais. A ação
humana é uma teia complexa que define o ser humano e os valores também são elementos
constituintes dessa mesma rede. Nesta medida, podemos concluir que temos os nossos
16. próprios valores ao longo da vida (salientando que os mesmos não são estáticos, até porque
uma das caraterísticas gerais dos valores é a sua historicidade) e que estes constituem um
papel primordial acerca do modo como agimos, daí que haja uma relação de proximidade
entre os conceitos enunciados.
3.
A. Interculturalidade;
B. Multiculturalismo;
C. Etnocentrismo;
D. Cultura.
1. Conjunto de conhecimentos e práticas
aprendidos e ensinados, por contraste
com o que é inato;
2. Modelo que defende as diferenças
culturais dentro de um Estado ou
nação;
3. Considera o seu grupo étnico, ou
cultura, o centro de toda a sociedade;
4. Modelo que pretende fomentar o
diálogo entre as diferentes culturas,
tendo em vista o seu entendimento e
mútuo enriquecimento.
28. ANEXO II – PowerPoint (slides)
Agrupamento de EscolasAurélia de Sousa
10º Ano
2. Osvalores– Análise e compreensão da experiência valorativa
2.2. Valorese cultura – A diversidade e o diálogo de culturas
29.
30.
31.
32. Relação entre valorese cultura
¨ Cada comunidade cultural tem valores próprios que norteiam os
sistemasde crençase de práticassociaisgerais;
¨ Cada cultura tem maneiras de ver específicas nos mais variados
assuntos;
¨ Podemosentão adiantar que osvaloressão relativosà cultura;
Deste modo, as soluções encontradas para os problemas próprios de
cada cultura inspiram-se em valores, também eles particulares dessa
mesma cultura.
33. q Atividade 1
“A linguagem, o mito, a arte e a religião constituem
partesdeste universo, formamosdiversosfiosque tecem
a rede simbólica, o tecido complicado da experiência
humana. O homem já não pode enfrentar-se com a
realidade de um modo imediato; não pode encará-la,
digamos, cara a cara. Emvez de lidar comascoisaselas
mesmas, em certo sentido, o homem conversa
constantemente consigo mesmo. Envolve-se em formas
linguísticas, em imagens artísticas, em símbolos míticos ou
em ritos religiosos, de tal forma que não pode conhecer
mais nada, senão através da interposição deste meio
artificial. “
Ernest Cassirer, Antropologia filosófica, Fondo de Cultura Económica, 1975,
México.
Elabore um comentário ao texto em
que problematize o seguinte tema: os
valores e a cultura como “universo”
humano, “tecido complicado da
experiência humana” e “meio
artificial”.
40. DUASFORMASDERESPOSTA OPOSTAS?
ETNOCENTRISMO
ü Osvaloresda cultura X são
absolutos;
ü Asculturassão comparáveis;
ü Ospadrõesda cultura X são
superioresaosdasdemais;
ü Tende a universalizar os
padrõesculturais;
ü Há verdadesmorais
absolutas?Sim.
MULTICULTURALISMO/
RELATIVISMO CULTURAL
ü Não há valoresabsolutos;
ü Asculturassão
incomparáveisentre si;
ü Há culturasdiferentes, mas
não há culturassuperioresa
outras;
ü Tende a particularizar os
padrõesculturais;
ü Há verdadesmorais
absolutas?Não.
41.
42. Exemplosde critériostrans-subjetivosde valoração:
1- O valor da dignidade humana: O bomé o que promove o respeito pelas
pessoase mau o que for contra esse respeito.
2- O valor da fundamentação consensual: A decisão sobre o que deve ser
feito ou não, advémde umacordo entre todososintervenientes.
3- O valor democrático: Quando não é possível umacordo unânime, deve
ser aceite o que for defendido pelo maior número de sujeitos.