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Fundamentação Científica
As aulas a lecionar são maioritariamente dedicadas ao tema: 2. Os Valores – análise e
compreensão da experiência valorativa. 2.2. Valores e cultura – a diversidade e o diálogo de
culturas. É essencial atender à questão da existência com o outro para uma melhor
convivência atendendo à variabilidade de culturas, principalmente na contemporaneidade
onde a liberdade de expressão parece tão ampla e, ao mesmo tempo, tão fugaz.
O ser humano está constantemente sobre conflitos de valores, pois o facto de viver
num mundo com determinadas regras, com modos de pensar, sentir e agir, mostram que
somos sujeitos situados num tempo e num espaço próprios, mas não isolado e, daí, toda esta
complexidade que pode levar a que estejamos perante conflitos de valores diariamente e é
nosso papel enquanto cidadãos de uma sociedade ter a coerência de saber lidar da melhor
forma com esta coexistência (que se traduz a vários níveis no decorrer dos nossos dias).
Hoje assistimos em primeiro lugar à diversidade cultural, através dos fenómenos
migratórios com a entrada de estrangeiros, estamos perante uma troca de informação
acentuada e veloz que leva a um rápido acesso dos mais variados produtos, usos e costumes
dos diversos cantos do mundo. O que por um lado é positivo, também traz sérios problemas
com os quais nos defrontamos constantemente e são eles os mais variados conflitos de
valores. Entendamos cultura como “(...) um núcleo de conhecimentos, crenças, costumes,
leis, hábitos e valores que, adquiridos pelo homem enquanto elemento de uma sociedade, lhe
permitem resolver mais eficientemente os problemas com que depara na vida” (Um olhar
sobre o mundo, 2003, pp. 47).
É verdade que diferentes pessoas, diferentes conjuntos de pessoas (grupos) ou
culturas valorizam de formas diferentes, mas é também certo que todos os seres humanos
atuam consoante os seus valores, o que reflete que, de certa forma, os valores e a valoração
são universais. É considerado fundamental aceitar um relativismo dos valores, na medida de
uma maior e melhor aceitação do outro. Mas será tudo relativo, ou poder-se-á estabelecer
algum consenso entre as diferentes culturas? Esta resposta pode variar consoante a atitude
que decidirmos tomar perante a diversidade cultural e, portanto, torna-se um desafio à
capacidade humana.
Estas atitudes passam por três modelos: o etnocentrismo, atitude pela qual um
indivíduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referência, julga outros
indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios valores. Pressupõe que o indivíduo, ou grupo de
referência, se considere superior àqueles que ele julga, e também que o indivíduo, ou grupo
etnocêntrico, tenha um conhecimento muito limitado dos outros, mesmo que viva na sua
proximidade. O etnocentrismo é a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo social, que se
considera o sistema de referência, julga outros indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios
valores. Pressupõe que o indivíduo, ou grupo de referência, se considere superior àqueles que
ele julga, e também que o indivíduo, ou grupo etnocêntrico, tenha um conhecimento muito
limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade. Esta defesa de valores únicos e de
uma cultura dominante leva a comportamentos racistas, xenófobos e chauvinistas,
completamente reprováveis numa sociedade evoluída que tem o dever de tratar o outro como
um igual, estas consequências do etnocentrismo tomam muitas vezes proporções desmedidas
que levam a que todos estejamos em perigo.
Com uma atitude menos radical e, nesta medida, mais adequada a uma relação entre
seres humanos iguais encontramos uma outra atitude: o multiculturalismo ou relativismo
cultural, esta atitude mais apaziguadora defende as diferenças culturais dentro de um Estado
ou nação, assim considera que não existem valores absolutos e, portanto, as culturas são
incomparáveis entre si, aceita que existem culturas diferentes mas que nenhuma se pode
sobrepor a outra, negando as verdades morais absolutas. Esta atitude inscreve-se num
“mosaico cultural”, no sentido em que atende à igualdade entre culturas, mas incorre quase
que numa separação em parcelas dessas culturas distintas. De facto esta atitude de
multiculturalismo ou de relativismo cultural favorece a diversidade cultural, ao acrescer a
responsabilidade de uma dignidade e respeito pelo outro, mas como se trata de assuntos de
teor cultural, não podemos falar numa verdade, mas antes, em costumes que sofrem uma
variabilidade consoante a sociedade em questão (daí o conceito mosaico cultural).
Mas como qualquer atitude, também tem as suas consequências, ou melhor, as suas
limitações e são elas: por defender a ideia de que os valores são convenções que têm que ver
com as culturas, rejeitam a existência de valores universais, o que dificulta o diálogo
intercultural, afinal todo o diálogo para ser saudável, precisa de um padrão comum e
justificam que todos os comportamentos são originários da cultura a que o indivíduo pertence
e, portanto, entendem a critica como desrespeito ou até como discriminação. Isto leva a uma
estagnação, não promovem o enriquecimento cultural entre as diferentes culturas.
De que modo podemos conciliar o respeito pela diferença? Seria o diálogo uma
solução digna do ser humano? Mas esta solução parece-nos um desafio de grande proporção.
Seriam necessários parâmetros que se elevassem à atitude subjetiva de cada pessoa ou
cultura, com esta “necessidade”, surgem os critérios trans-subjetivos de valoração, critérios
que visam a promoção do diálogo entre culturas, na medida em que, nenhum ser humano se
deve dar por terminado, neste sentido, deve abrir-se ao outro. Deve assim, guiar-se pela
partilha e vivenciar valores que o aproximem de outras comunidades sem que perca a sua
identidade própria. Cada vez mais nos encontramos perante problemas que ultrapassam uma
nacionalidade ou cultura e se estendem a muitas outras, através dos critérios trans-subjetivos
visam-se soluções capazes de minorar estes problemas. De entre os critérios trans-subjetivos
de valoração, temos, entre outros, os posteriormente indicados: o critério da dignidade
humana; o da fundamentação consensual (através do diálogo e do debate); e o democrático,
fazendo a primazia de acordos que atendam à decisão de uma maioria considerável.
No sentido de uma superação desta atitude do multiculturalismo ou do diálogo
intercultural, encontramos uma última forma de correspondermos com a diversidade: a
interculturalidade, no sentido de uma proposta promotora do diálogo entre culturas, através
de valores comuns/universais. Desta forma, propõe a exaltação da Universalidade dos
Direitos Humanos, um cuidado especial no que concerne ao diálogo mútuo entre culturas e
uma educação que vise a partilha de valores que se alarguem a todos e normas acordadas
universalmente, no sentido de uma convivência coesa – indo de encontro a uma ética
universal. Do mesmo modo que as restantes atitudes, a interculturalidade, tem também os
seus “senãos”, sendo que o principal advém do pressuposto de que todos ganham com a
diversidade cultural, é proposto o contacto entre as mais variadas culturas na esperança de
estas se enriqueçam e fortaleçam mutuamente, com vista a uma convivência harmoniosa.
Na emergência de uma solução que sirva de compromisso para que estas limitações
sejam ultrapassadas devemos atender a uma postura que tenha por base a tolerância, sendo
considerada (a tolerância) como o imperativo de culturas, ou seja, o modo como todas as
demais devem atuar.
Fundamentação Pedagógico-Didática
As aulas lecionadas inserem-se nos temas 2. Os valores – análise e compreensão da
experiência valorativa. 2.2. Valores e cultura – a diversidade e o diálogo de culturas.
Tendo em conta que os estudantes na última aula abordaram as conceções acerca da
natureza dos valores e dos juízos valorativos, na presente aula, será introduzida,
através da análise de um texto do manual adotado, a clarificação sobre a origem do
conflito valorativo.
Posteriormente, e com recurso ao PowerPoint, é introduzida a temática
Valores e cultura – A diversidade e o diálogo de culturas. Uma vez que os estudantes
já têm uma bagagem considerável de conceitos importantes de aulas anteriores, serão
esses conceitos tomados como ponto de partida para a presente aula. Segue-se q
análise do PowerPoint, o mesmo, decorrerá ao longo de grande parte da aula, na
medida em que, suporta vídeos e imagens (recursos diversos) que se consideram
importantes nos conteúdos em questão.
Assim, ao longo dos slides, serão analisados textos, imagens e vídeos de teor
didático por forma a criar uma interatividade que seja benéfica numa compreensão
mais consistente dos conteúdos por parte dos estudantes. Apesar das diversas formas
de tecnologia que temos presentes no mundo de hoje, algumas das quais enunciamos
acima (o powerpoint – que permite a projeção de imagens e vídeos), o trabalho de
texto ainda possui uma enorme importância no que se refere a um fator de fomento no
processo ensino-aprendizagem, o texto exige um maior rigor e ordenação do
pensamento, o que na média de idades dos estudantes, é de uma considerável
importância. Não descurando da importância do recurso à imagem e vídeo (este que
de certa forma é um conjunto sucessivo de imagens), afinal os estudantes retêm
(memorizam) com enorme facilidade tudo que lhes chega pela visão, de forma
interativa, sendo também mais interessante para eles e, nessa medida, a aula decorrerá
com apresentação (para análise e debato conjunto), de duas imagens e dois vídeos.
Onde, a certo momento, é projetada uma imagem que pretende representar a
necessidade de diálogo num mundo com tanta diversidade, é pedido aos estudantes
que a comentem – por forma, a refletirem sobre essa questão e, posteriormente, nas
suas vidas que essa imagem os conduza a melhores ações.
Pretende-se desta forma que os recursos utilizados proporcionem uma
aprendizagem significativa dos estudantes, ainda a par da assimilação dos presentes
conteúdos, e numa temática que tem que ver inteiramente com a cultura e a
diversidade que lhe é inerente, é de salientar a importância que o professor deve
transmitir de que “a vida não é como os medicamentos, que trazem todos uma
“literatura inclusa” onde se explicam as contra-indicações do produto e se indicam as
doses a consumir. A vida é-nos dada sem receita e sem literatura inclusa” (Savater,
Ética para um jovem, 2013, pp. 144). Podemos compreender por estas palavras, a
emergência de um estar atento, a importância de uma aprendizagem com tudo aquilo
que nos acontece e, portanto, nos envolve enquanto seres humanos e iminentemente
sociais, o que exige um respeito por nós próprios e pelo outro (“outro” a ser visto com
os mesmos direitos e deveres a que a mim me presto).

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Valores Culturais

  • 1. Fundamentação Científica As aulas a lecionar são maioritariamente dedicadas ao tema: 2. Os Valores – análise e compreensão da experiência valorativa. 2.2. Valores e cultura – a diversidade e o diálogo de culturas. É essencial atender à questão da existência com o outro para uma melhor convivência atendendo à variabilidade de culturas, principalmente na contemporaneidade onde a liberdade de expressão parece tão ampla e, ao mesmo tempo, tão fugaz. O ser humano está constantemente sobre conflitos de valores, pois o facto de viver num mundo com determinadas regras, com modos de pensar, sentir e agir, mostram que somos sujeitos situados num tempo e num espaço próprios, mas não isolado e, daí, toda esta complexidade que pode levar a que estejamos perante conflitos de valores diariamente e é nosso papel enquanto cidadãos de uma sociedade ter a coerência de saber lidar da melhor forma com esta coexistência (que se traduz a vários níveis no decorrer dos nossos dias). Hoje assistimos em primeiro lugar à diversidade cultural, através dos fenómenos migratórios com a entrada de estrangeiros, estamos perante uma troca de informação acentuada e veloz que leva a um rápido acesso dos mais variados produtos, usos e costumes dos diversos cantos do mundo. O que por um lado é positivo, também traz sérios problemas com os quais nos defrontamos constantemente e são eles os mais variados conflitos de valores. Entendamos cultura como “(...) um núcleo de conhecimentos, crenças, costumes, leis, hábitos e valores que, adquiridos pelo homem enquanto elemento de uma sociedade, lhe permitem resolver mais eficientemente os problemas com que depara na vida” (Um olhar sobre o mundo, 2003, pp. 47). É verdade que diferentes pessoas, diferentes conjuntos de pessoas (grupos) ou culturas valorizam de formas diferentes, mas é também certo que todos os seres humanos atuam consoante os seus valores, o que reflete que, de certa forma, os valores e a valoração são universais. É considerado fundamental aceitar um relativismo dos valores, na medida de uma maior e melhor aceitação do outro. Mas será tudo relativo, ou poder-se-á estabelecer algum consenso entre as diferentes culturas? Esta resposta pode variar consoante a atitude que decidirmos tomar perante a diversidade cultural e, portanto, torna-se um desafio à capacidade humana. Estas atitudes passam por três modelos: o etnocentrismo, atitude pela qual um indivíduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referência, julga outros indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios valores. Pressupõe que o indivíduo, ou grupo de
  • 2. referência, se considere superior àqueles que ele julga, e também que o indivíduo, ou grupo etnocêntrico, tenha um conhecimento muito limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade. O etnocentrismo é a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referência, julga outros indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios valores. Pressupõe que o indivíduo, ou grupo de referência, se considere superior àqueles que ele julga, e também que o indivíduo, ou grupo etnocêntrico, tenha um conhecimento muito limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade. Esta defesa de valores únicos e de uma cultura dominante leva a comportamentos racistas, xenófobos e chauvinistas, completamente reprováveis numa sociedade evoluída que tem o dever de tratar o outro como um igual, estas consequências do etnocentrismo tomam muitas vezes proporções desmedidas que levam a que todos estejamos em perigo. Com uma atitude menos radical e, nesta medida, mais adequada a uma relação entre seres humanos iguais encontramos uma outra atitude: o multiculturalismo ou relativismo cultural, esta atitude mais apaziguadora defende as diferenças culturais dentro de um Estado ou nação, assim considera que não existem valores absolutos e, portanto, as culturas são incomparáveis entre si, aceita que existem culturas diferentes mas que nenhuma se pode sobrepor a outra, negando as verdades morais absolutas. Esta atitude inscreve-se num “mosaico cultural”, no sentido em que atende à igualdade entre culturas, mas incorre quase que numa separação em parcelas dessas culturas distintas. De facto esta atitude de multiculturalismo ou de relativismo cultural favorece a diversidade cultural, ao acrescer a responsabilidade de uma dignidade e respeito pelo outro, mas como se trata de assuntos de teor cultural, não podemos falar numa verdade, mas antes, em costumes que sofrem uma variabilidade consoante a sociedade em questão (daí o conceito mosaico cultural). Mas como qualquer atitude, também tem as suas consequências, ou melhor, as suas limitações e são elas: por defender a ideia de que os valores são convenções que têm que ver com as culturas, rejeitam a existência de valores universais, o que dificulta o diálogo intercultural, afinal todo o diálogo para ser saudável, precisa de um padrão comum e justificam que todos os comportamentos são originários da cultura a que o indivíduo pertence e, portanto, entendem a critica como desrespeito ou até como discriminação. Isto leva a uma estagnação, não promovem o enriquecimento cultural entre as diferentes culturas. De que modo podemos conciliar o respeito pela diferença? Seria o diálogo uma solução digna do ser humano? Mas esta solução parece-nos um desafio de grande proporção. Seriam necessários parâmetros que se elevassem à atitude subjetiva de cada pessoa ou cultura, com esta “necessidade”, surgem os critérios trans-subjetivos de valoração, critérios
  • 3. que visam a promoção do diálogo entre culturas, na medida em que, nenhum ser humano se deve dar por terminado, neste sentido, deve abrir-se ao outro. Deve assim, guiar-se pela partilha e vivenciar valores que o aproximem de outras comunidades sem que perca a sua identidade própria. Cada vez mais nos encontramos perante problemas que ultrapassam uma nacionalidade ou cultura e se estendem a muitas outras, através dos critérios trans-subjetivos visam-se soluções capazes de minorar estes problemas. De entre os critérios trans-subjetivos de valoração, temos, entre outros, os posteriormente indicados: o critério da dignidade humana; o da fundamentação consensual (através do diálogo e do debate); e o democrático, fazendo a primazia de acordos que atendam à decisão de uma maioria considerável. No sentido de uma superação desta atitude do multiculturalismo ou do diálogo intercultural, encontramos uma última forma de correspondermos com a diversidade: a interculturalidade, no sentido de uma proposta promotora do diálogo entre culturas, através de valores comuns/universais. Desta forma, propõe a exaltação da Universalidade dos Direitos Humanos, um cuidado especial no que concerne ao diálogo mútuo entre culturas e uma educação que vise a partilha de valores que se alarguem a todos e normas acordadas universalmente, no sentido de uma convivência coesa – indo de encontro a uma ética universal. Do mesmo modo que as restantes atitudes, a interculturalidade, tem também os seus “senãos”, sendo que o principal advém do pressuposto de que todos ganham com a diversidade cultural, é proposto o contacto entre as mais variadas culturas na esperança de estas se enriqueçam e fortaleçam mutuamente, com vista a uma convivência harmoniosa. Na emergência de uma solução que sirva de compromisso para que estas limitações sejam ultrapassadas devemos atender a uma postura que tenha por base a tolerância, sendo considerada (a tolerância) como o imperativo de culturas, ou seja, o modo como todas as demais devem atuar.
  • 4. Fundamentação Pedagógico-Didática As aulas lecionadas inserem-se nos temas 2. Os valores – análise e compreensão da experiência valorativa. 2.2. Valores e cultura – a diversidade e o diálogo de culturas. Tendo em conta que os estudantes na última aula abordaram as conceções acerca da natureza dos valores e dos juízos valorativos, na presente aula, será introduzida, através da análise de um texto do manual adotado, a clarificação sobre a origem do conflito valorativo. Posteriormente, e com recurso ao PowerPoint, é introduzida a temática Valores e cultura – A diversidade e o diálogo de culturas. Uma vez que os estudantes já têm uma bagagem considerável de conceitos importantes de aulas anteriores, serão esses conceitos tomados como ponto de partida para a presente aula. Segue-se q análise do PowerPoint, o mesmo, decorrerá ao longo de grande parte da aula, na medida em que, suporta vídeos e imagens (recursos diversos) que se consideram importantes nos conteúdos em questão. Assim, ao longo dos slides, serão analisados textos, imagens e vídeos de teor didático por forma a criar uma interatividade que seja benéfica numa compreensão mais consistente dos conteúdos por parte dos estudantes. Apesar das diversas formas de tecnologia que temos presentes no mundo de hoje, algumas das quais enunciamos acima (o powerpoint – que permite a projeção de imagens e vídeos), o trabalho de texto ainda possui uma enorme importância no que se refere a um fator de fomento no processo ensino-aprendizagem, o texto exige um maior rigor e ordenação do pensamento, o que na média de idades dos estudantes, é de uma considerável importância. Não descurando da importância do recurso à imagem e vídeo (este que de certa forma é um conjunto sucessivo de imagens), afinal os estudantes retêm (memorizam) com enorme facilidade tudo que lhes chega pela visão, de forma interativa, sendo também mais interessante para eles e, nessa medida, a aula decorrerá com apresentação (para análise e debato conjunto), de duas imagens e dois vídeos. Onde, a certo momento, é projetada uma imagem que pretende representar a necessidade de diálogo num mundo com tanta diversidade, é pedido aos estudantes que a comentem – por forma, a refletirem sobre essa questão e, posteriormente, nas suas vidas que essa imagem os conduza a melhores ações. Pretende-se desta forma que os recursos utilizados proporcionem uma aprendizagem significativa dos estudantes, ainda a par da assimilação dos presentes
  • 5. conteúdos, e numa temática que tem que ver inteiramente com a cultura e a diversidade que lhe é inerente, é de salientar a importância que o professor deve transmitir de que “a vida não é como os medicamentos, que trazem todos uma “literatura inclusa” onde se explicam as contra-indicações do produto e se indicam as doses a consumir. A vida é-nos dada sem receita e sem literatura inclusa” (Savater, Ética para um jovem, 2013, pp. 144). Podemos compreender por estas palavras, a emergência de um estar atento, a importância de uma aprendizagem com tudo aquilo que nos acontece e, portanto, nos envolve enquanto seres humanos e iminentemente sociais, o que exige um respeito por nós próprios e pelo outro (“outro” a ser visto com os mesmos direitos e deveres a que a mim me presto).