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Atividade Discursiva AVA - U4 - SEÇÃO 4
Alienação Parental: Identificação de Gênero
Aluno: Geraldo - Curso de Direito Pitágoras.
Visite o Site: www.geraldofadipa.comunidades.net
Questão Proposta
A percepção de algo que surge diante de um indivíduo pode estar diretamente
relacionada com a experiência anterior daquilo que é observado. Quando o
indivíduo constrói uma imagem baseada numa construção de experiências
pessoais anteriores damos o nome de processamento “Top Down” (de cima para
baixo). Num contexto de separação, observamos uma conduta muito comum em
casais que se separam e que possuem filhos em comum chamada síndrome de
alienação parental. Consiste em ações de incitação de rompimento afetivo dos
filhos com um dos genitores, incitada pelo outro genitor, implicando em diversas
sequelas psicológicas.
Uma dessas consequências consiste na instabilidade nos relacionamentos
afetivos desse filho, que não consegue manter um padrão estável numa relação
afetiva, além de confusão na identificação de gênero do filho com pessoas do
gênero do genitor alienado, muito comum em mulheres que quando foram
crianças foram alienadas pela genitora e possuem no pai um referencial
negativo.
É possível compreender os problemas de identificação de gênero de um filho
vítima de alienação parental como um tipo de reação do indivíduo diante de um
processamento de percepção “top down”? Justifique.
Resposta:
Sim.
Os problemas de identificação de gênero de um filho vítima de alienação parental
como um tipo de reação diante de um processo de percepção top down está no
fato da compreensão de que a divisão do sexo está apenas na visão física do
nascimento, pois é durante o ciclo da existência que ocorre o processo de
aprendizagem que irá influenciar o comportamento.
O cérebro constrói percepções baseadas nas expectativas e experiências
pessoais que dão sentindo ao “eu”. Podem ser de cunho religioso, familiar,
filosóficos, externo, etc. Não é algo novo, mas ideias preconcebidas que
influenciam o que é concebido.
Assim, a identidade interna de “Homem” ou “Mulher” ou identidade masculina ou
feminina e algo que será desenvolvido desde o nosso nascimento. Normalmente
se espelha em uma figura “modelo” que constituem nos genitores.
Quando a mãe ou o pai pratica alienação parental, negativando valores do outro,
a criança pode começar a não desejar ser ou ter contato com o “tipo” de pessoa
que se enquadra no perfil do genitor(a) difamado.
Neste caso, pode ocorrer que um menino queira ser igual à mãe e evitar contato
com o gênero masculino. O mesmo pode ocorrer com uma menina que deseja
ser igual o pai e evitar contato com o gênero feminino. Portanto, a alienação
parental pode influenciar na definição do gênero.
Para concluir, é importante ressalvar que são casos específicos de uma
influência de cima para baixo, pois a opção de gênero não é doença (embora
alguns médicos digam que sim), distúrbio e nem perversão, mas sim, uma opção,
uma escolha. O ideal e que a criança viva em um ambiente de amor e acolhida,
mesmos em casais separados, e conte com o afeto e respeito de seus genitores
e tenha liberdade de fazer suas escolhas.

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  • 2. O cérebro constrói percepções baseadas nas expectativas e experiências pessoais que dão sentindo ao “eu”. Podem ser de cunho religioso, familiar, filosóficos, externo, etc. Não é algo novo, mas ideias preconcebidas que influenciam o que é concebido. Assim, a identidade interna de “Homem” ou “Mulher” ou identidade masculina ou feminina e algo que será desenvolvido desde o nosso nascimento. Normalmente se espelha em uma figura “modelo” que constituem nos genitores. Quando a mãe ou o pai pratica alienação parental, negativando valores do outro, a criança pode começar a não desejar ser ou ter contato com o “tipo” de pessoa que se enquadra no perfil do genitor(a) difamado. Neste caso, pode ocorrer que um menino queira ser igual à mãe e evitar contato com o gênero masculino. O mesmo pode ocorrer com uma menina que deseja ser igual o pai e evitar contato com o gênero feminino. Portanto, a alienação parental pode influenciar na definição do gênero. Para concluir, é importante ressalvar que são casos específicos de uma influência de cima para baixo, pois a opção de gênero não é doença (embora alguns médicos digam que sim), distúrbio e nem perversão, mas sim, uma opção, uma escolha. O ideal e que a criança viva em um ambiente de amor e acolhida, mesmos em casais separados, e conte com o afeto e respeito de seus genitores e tenha liberdade de fazer suas escolhas.