Famílias disfuncionais são caracterizadas por conflitos constantes, abuso e falta de empatia entre os membros. Crianças nessas famílias desenvolvem papéis como "filho bom" ou "filho problema" e enfrentam problemas como baixa autoestima e dificuldade em expressar emoções. Adultos que cresceram nesses ambientes podem ter dificuldade em formar relacionamentos saudáveis e precisam lidar com sua "criança interior" para se recuperar.
1. FAMÍLIA DISFUNCIONAL
Família disfuncional define uma sociedade formada por indivíduos ligados por
ancestrais em comum ou laços afetivos que se encontram em conflito, mau
comportamento e mesmo abusando uns dos outros de forma contínua e regular.
Crianças que crescem neste tipo de família entendem que às vezes acordos são normais
e necessários. Famílias disfuncionais são geralmente resultado de adultos co-
dependentes, e também afetadas pelo alcoolismo, abuso de drogas, e outros vícios
parentais, com os pais destratando ou não levando em consideração possíveis doenças
mentais ou transtorno de personalidade, ou de pais emulando o comportamento de seus
próprios pais disfuncionais ou experiências de suas famílias disfuncionais.
Os membros de uma família disfuncional têm sintomas comuns e protótipos de
comportamento resultados de suas próprias experiências dentro de uma estrutura
familiar. A família pode ser afetada por vários fatores.
Exemplos de família disfuncional
Rejeição (como recusar-se a reconhecer o alcoolismo de um pai ou de um filho
adolescente; ignorar episódios de abuso sexual), também conhecido como “o
elefante na sala”;
Falta de empatia entre os membros da família;
Falta de limites claros (como tomar como seu a propriedade de outros; toques
inapropriados entre familiares);
Ordens e mensagens não muito claras;
Pais divorciados ou separados;
Comportamento adúltero ou promíscuo envolvendo os pais ou os filhos
adolescentes;
Extremos em conflito (desde pequenas discussões até brigas terríveis).
Sinais de pais nada saudáveis
Desrespeito
Intolerância emocional (os membros da família não são permitidos a expressar
emoções "erradas", como chorar e "demonstrar fraqueza")
Comportamento ridículo e menosprezada
Estilos de pais disfuncionais
Manipuladores (pais narcisistas);
Abusadores (pais que abusam físico, verbal ou sexualmente de seus filhos para
dominá-los);
Privação
Dogmático ou como uma seita
Perfeccionismo
Apaziguamento
2. Síndrome de Münchhausen (por procuração)
Sintomas de famílias disfuncionais
Sintomas de famílias
disfuncionais
Sinais de pais nada saudáveis
Estilos de pais que
causam famílias
disfuncionais
Volatilidade
Pais dogmáticos ou caóticos
(disciplina dura e inflexível)
Infantilização (pais que colocam seus
filhos na posição de pais, tendendo a
ser carentes e incompetentes.
Geralmente concordam com o abuso
provocado pelo outro pai.) usando-se
de meios físicos como consequência
de arbitrariedade.
Educam pelo medo.
Amor condicional.
Privação (pais que
controlam por demais o
amor, o dinheiro, a
admiração, a atenção, ou
qualquer outra coisa que
seus filhos necessitem).
Discursos autoritários
(crianças não são
permitidas a
discordar com a
autoridade ou
questioná-la).
Deificação (pais que transformam
seus filhos em fiéis ou servos através
de regras e papéis restritos).
Negação de uma vida
melhor (crianças não são
permitidas a desenvolver
seu próprio sistema de
valores.
Efeitos nas crianças
Crianças que crescem numa família disfuncional têm adotado um ou mais dos papéis
básicos apresentados abaixo:
O Filho Bom – aquele que assume o papel de pai;
O Filho Problemático – aquele que é culpado pela maioria dos problemas e
pode também ser cotado como responsável pela disfuncionalidade da família,
tornando-se às vezes o único emocionalmente estável;
O Filho Babá – aquele que se torna responsável pelo bem emocional da família;
O Filho Perdido – aquele que é inconspícuo, quieto, que necessita de mais e
recebe de nada; constantemente ignorado e escondido;
O Filho Mascote – aquele que se usa de comédia para distrair os demais dos
problemas familiares;
O Filho Cabeça – aquele que se torna oportunista, capitalizando sobre as faltas
de seus próprios parentes para conseguir o que bem deseja.
3. Eles também podem:
Pensar somente em si mesmo para fazer sua infância diferente,
supervalorizando o amor-próprio;
Desconfiar dos outros;
Dificuldade em expressar emoções;
Baixa auto-estima e auto-imagem prejudicada;
Dificuldade em formar relacionamentos saudáveis comos outros;
Sentir-se bravo, ansioso, depressivo, isolado dos outros, ou sem-valor;
Perpetuar comportamentos disfuncionais em seus próprios relacionamentos
(principalmente nos filhos);
Perder a habilidade de brincar ou ser criança, e talvez “crescer rápido demais”.
Sempre são ensinados a viver longe de suas famílias.
A CRIANÇA INTERIOR
Uma das várias formas de recuperação bem sucedidas para Filhos Adultos envolve o
conhecimento da existência da Criança Interior. A criança que era pequena, perdida, e
sem esperança de fato nunca vai embora., mas fica congelada para proteger a semente
especial que toda criança carrega. . Filhos Adultos em recuperação podem achar essa
Criança Interior e retomar o processo de recuperação ao permitir que ela complete o
trabalho de crescimento e desenvolvimento para vir a se tornar um adulto saudável.
Ao Lidar com a Criança Interior é importante saber que parte de você irá responder
como uma criança. Uma criança não entende o tempo e cada sentimento completa todo
seu universo e é eterno. Se um sentimento é ruim, a criança acreditará que nos
sentiremos mal para sempre. Se é bom, ela também supõe que será para sempre.
O sentimento de medo preenche todo o universo da criança e experimentar como um
adulto pode ser preocupante. Para entender o medo, tente se lembrar que a Criança
congela quando cresce alem de seus limites. Para você ter uma idéia desse medo,
imagine um gigante furioso esperando por você em casa, sendo que você nunca sabe se
ele vai atacar ou não.
A criança interior provavelmente terá medo do adulto no qual você se transformou---
Todos adulto que ela conheceu anteriormente foram prejudiciais ou trairiam ela. Você
tera que ganhar o respeito da sua Criança Interior. Esse respeito será conquistado
quando você tomar decisões que são boas para você e esse respeito é atualmente o
começo do auto respeito.
A Criança Interior tem um trabalho a fazer e ela o fez bem. Ela fez o que era necessário
para você sobreviver. Um desses trabalhos era manter com ela as memórias que você
não tinha condições de lidar. Quando você se aproxima da Criança Interior, você
freqüentemente acha que as memórias voltarão. Podem haver ocasiões nas quais as
memórias retornam como um dilúvio, mas essa é freqüentemente uma tática para
impressionar você com a enorme quantidade de lembranças, que servem para evitar que
você olhe atentamente para qualquer uma delas. Você pode não recuperar as lembranças
perfeitamente, mas na recuperação você tem a permissão para ser imperfeito.
4. A SOLUÇÃO É VOCÊ MESMO SER O SEU PAI/MÃE AMOROSO
Na medida em que FAA tornar-se um lugar seguro para você, você encontrará a
liberdade para expressar todos os medos que você tem mantido dentro de você e o
libertar da vergonha e responsabilidade do passado que o tem sobrecarregado. Você será
um adulto que não é mais aprisionado pelas reações infantis. Você aprenderá a
recuperar sua criança interior ao se amar e a se aceitar.
O processo de recuperação começa quando arriscamos a nos livrar do isolamento.
Sentimentos e memórias retornarão. Ao libertar gradualmente esses sentimentos
escondidos, vagarosamente sairemos do passado. Aprendemos a nos tornarmos nossos
próprios pais, nos tratando com amor, humor e respeito.
Esse processo nos permite ver nossos pais biológicos como instrumentos de nossa
existência. Nosso pai atual é um Poder Superior que alguns costumam chamar de Deus.
Embora tenhamos um alcoólico ou outro parente disfuncional, nosso Poder Superior nos
deu os doze passos da recuperação.
Esta é a ação e o trabalho que nos cura. Usamos os passos, usamos as reuniões, usamos
o telefone. Nós compartilhamos nossas experiências, forças e esperanças com o outro.
Aprendemos a reestruturar nosso pensamento doente um dia de cada vez. Quando
libertamos nossos pais ou parentes da responsabilidade por nossas ações hoje, nos
tornamos livres para fazermos opções saudáveis, agindo ao invés de reagir..
Praticando os passos e compartilhando, você verá o alcoolismo de seus pais ou outro
parente disfuncional como o que eles realmente são: uma doença que infectou você
quando era criança e continua a afetá-lo como um adulto. Você aprenderá a manter o
foco em si mesmo, no aqui e agora. Você tomará a responsabilidade por sua própria
vida e será seu próprio pai/mãe amoroso.
Você não fará isso sozinho. Olhe em volta e você encontrara outros que se sentem como
você. Nos amamos e encorajamos você incondicionalmente. Nós pedimos para que você
nos aceite da mesma forma que aceita você.
Este é um programa espiritual baseado na ação que vem do amor. Temos certeza na
medida em que esse o amor crescer dentro de você, você verá mudanças maravilhosas
em seus relacionamentos, especialmente com o poder superior, você mesmo e seus pais.
AS 12 PROMESSAS DE FAA
1-Nós descobriremos nossas reais identidades amando e aceitando nós mesmos.
2-Nossa auto-estima irá crescer se dermos aprovação para nós mesmos diariamente.
3-O medo de figuras autoritárias e a necessidade de agradar aos outros nos deixará.
4-Nossa habilidade para compartilharmos intimidades crescerá dentro de nós.
5. 5-Quando nos depararmos com nossos problemas de abandono seremos atraídos pela
força e nos tornaremos mais tolerantes com as nossas fraquezas.
6-Nos aproveitaremos as sensações de estabilidade, paz e segurança financeira.
7-Nós aprenderemos a brincar e ter divertimento em nossas vidas.
8-Nós aprenderemos a amar pessoas que podem amar e ser responsáveis por elas
mesmas.
9-Teremos maior facilidade para colocarmos limites saudáveis.
10-Medos de fracasso e do sucesso irão nos deixar na medida em que intuitivamente
tivermos decisões saudáveis.
11-Com a ajuda do grupo de suporte FAA, aos poucos iremos nos libertar de nossos
comportamentos disfuncionais.
12-Gradualmente com a ajuda de nosso Poder Superior, nós aprendemos a esperar o
melhor e consegui-lo. .
"Nós descobriremos uma nova liberdade e uma nova alegria. Não esqueceremos o
passado nem fecharemos as portas para ele. Compreenderemos a palavra serenidade e
conheceremos uma nova paz. Não importa quão baixo tenhamos ido, veremos como
nossa experiência pode ajudar aos outros. Aqueles sentimentos de inutilidade e auto-
piedade desaparecerão. Perderemos o interesse em coisas egoístas e ganharemos
interesse em nossos companheiros. Nossas auto-exigências irão para longe. Nossa
atitude perante a vida mudará. O medo de pessoas e da insegurança econômica nos
deixará. Intuitivamente saberemos como lidar com situações que costumavam nos
deixar confusos. Nós perceberemos que nosso Poder Superior está fazendo por nós o
que não podemos fazer por nós mesmos".
CARACTERÍSTICAS DE FILHOS ADULTOS
Não confiar
Numa família alcoólica ou disfuncional promessas são freqüentemente esquecidas,
celebrações canceladas e o humor dos pais geralmente imprevisível. Como resultado,
Filhos Adultos aprendem a não contar com os outros e freqüentemente tem dificuldade
em acreditar que os outros podem se preocupar em seguir seus compromissos ou
promessas.
Não sentir
Devido a constante dor do desapontamento, a criança numa família alcoólica deve
"parar de sentir" para sobreviver emocionalmente. Afinal qual a utilidade de se ferir o
tempo todo? Nessas famílias, quando as emoções são expressas, elas são
freqüentemente abusivas e estimuladas pela bebida. Essas explosões não tem resultados
6. positivos e junto com o ato de beber, são habitualmente negados no dia seguinte. Assim,
Filhos Adultos tem poucas oportunidades para ver emoções expressadas
apropriadamente e usadas para estimular mudanças construtivas. Então os Filhos
Adultos pensam: "por que sentir alguma coisa quando os sentimentos somente saem do
controle e não mudam nada de fato? Eu não quero me ferir mais do que eu já faço".
Não falar
Filhos Adultos aprendem em suas famílias a não falar sobre boa parte de sua realidade-
o ato de beber de alguém ou outra disfuncionalidade. Isso resulta na necessidade da
família em negar que um problema existe e que o ato de beber ou disfuncionalidade de
alguém está ligado a esse problema. Isso que é tão evidente não precisa ser comentado.
Há freqüentemente uma esperança que se ninguém falar sobre o problema ele
simplesmente não virá a se repetir. Também não há nada de bom para falar. E
impossível falar quando um parente esta alcoolizado. Quando o parente esta sóbrio,
todos querem esquecer. Desse treino desde cedo, Filhos Adultos geralmente
desenvolvem uma tendência a não falar em nada desagradável.
Filhos Adultos se preocupam com o que é "ser normal"
Não há nenhuma referência para o que possa ser uma família normal. Você também não
tem referências sobre o que pode ser falado e sentido. Numa situação mais saudável,
você não precisa pisar em ovos todo o tempo. Por você ter feito isso, você se torna
confuso. Muitos acontecimentos do passado contribuem para que você se preocupe com
o que é ser normal.
Filhos adultos tem dificuldade em seguir um projeto do início ao fim.
Em lares saudáveis, a criança tem este comportamento e atitudes como modelos. A
criança observa o processo e pode eventualmente Ter perguntas durante o seu
desenvolvimento. O aprendizado pode ser mais indireto do que direto, mas está
presente. Devido a sua experiência Ter sido bem diferente, não deve ser uma surpresa
que você tenha problemas em seguir um projeto do inicio ao fim.
Filhos Adultos mentem quando seria mais fácil simplesmente dizer a verdade.
Mentir é a base do sistema familiar afetado pelo álcool. Ele mascara em parte a visível
negação de realidades desagradáveis, encobre situações, promessas não cumpridas e
inconsistentes. Mentir como norma em sua casa tornou-se parte do que você conheceu e
sobre o que pode ser útil para você. De vez em quando, mentir faz a vida muito mais
confortável.
Filhos Adultos julgam eles mesmos sem misericórdia.
O seu julgamento dos outros não é nada perto daquele destinado à você mesmo. Branco
e preto, bom ou mau, são as maneiras típicas pelas quais você enxerga as coisas. Você
sabe o que é se sentir mal, e como esses sentimentos fazem você se comportar. E então,
se você esta bem há sempre o risco de que não vá durar. .
7. Filhos Adultos tem dificuldade em se divertir
Filhos Adultos se levam muito a sério.
Essas duas características estão intimamente ligadas. Você não escuta seus pais rindo ,
brincando ou relaxando. A vida é uma coisa muito séria. O humor da sua casa não
permite que haja algum tipo de relaxamento. Eventualmente você simplesmente convive
com os outros.. Se divertir, relaxar, não era permitido. A sua criança interior foi
reprimida.
Filhos Adultos tem dificuldades com relacionamentos íntimos.
Os sentimentos de estar inseguro, ter dificuldade em confiar ou de se magoar, não são
exclusivos de Filhos Adultos. Esses são problemas que muitas pessoas tem. É
simplesmente uma questão de grau, você sendo um Filho Adulto faz com que algumas
dificuldades normais venham a ser mais intensas.
Filhos Adultos reagem de forma excessiva quando não tem o controle de uma situação.
O jovem filho de uma família alcoólica ou disfuncional não estava no controle. A vida
do alcoólico ou de outro pai/mãe disfuncional foi imposto à eles, assim como seu
ambiente. Para sobreviver quando estava crescendo, ele teve que mudar. Ele teve que se
encarregar de criar seu próprio ambiente para o desenvolvimento. Isso foi muito
importante e muitas lembranças ficaram. O filho de um alcoólico aprendeu a confiar
somente nele mais do que em qualquer outra pessoa quando era impossível contar com
o julgamento de outra pessoa para ajudá-lo
Filhos Adultos procuram constantemente aprovação e afirmação.
A mensagem que você teve quando criança foi muito confusa. Não havia um amor
incondicional. A definição não era clara e a mensagem eram misturadas. "sim, não, eu
te amo, vá pra longe". Então você cresceu confuso sobre seu real valor.
Filhos Adultos sentem-se diferentes das outras pessoas.
Sentir-se diferente é algo que você deve ter desde sua infância e mesmo em
circunstâncias que não havia garantiam isso o sentimento prevalecia. Outras crianças
tiveram a oportunidade de serem crianças, você não. Você estava muito preocupado
com o que acontecia em sua casa. Você pode nunca ter se sentido completamente a
vontade brincando com outras crianças. Você não estava completamente lá. Você se
preocupava com os problemas de sua casa que tomavam espaço de todo o resto em sua
vida.
Filhos Adultos são super responsáveis ou muito irresponsáveis.
Ou você pega tudo, ou abandona tudo. Não há o caminho do meio. Você tenta agradar
seus pais fazendo mais e mais ou você chega num ponto em que reconhece que isso não
importa, então você acaba não fazendo nada.
Filhos Adultos são extremamente fiéis, mesmo quando há evidências de que essa
lealdade não é merecida.
O lar alcoólico ou disfuncional parece ser um lugar muito "leal", no qual todos
permanecem por vontade própria. A assim chamada lealdade é mais um resultado do
8. medo e da insegurança do que qualquer outra coisa, mas o comportamento que é o
modelo, é o de que ninguém abandona o lar porque a partida pode provocar uma
situação difícil. Esse sentimento faz com que o Filho Adulto muitas vezes repita esse
padrão, ao manter-se em relacionamentos cujo melhor destino seria a separação ou uma
ruptura de algum tipo.
13. Filhos Adultos são impulsivos
Filhos Adultos tem a tendência a prender eles mesmos em um modo de agir sem pensar
seriamente em comportamentos alternativos ou possíveis conseqüências. Essa
impulsividade leva a confusão, uma sensação de auto-ódio e a perda do controle sobre a
situação. Alem disso eles perdem uma excessiva quantidade de energia arrumando a
bagunça que fizeram
FAMÍLIA DISFUNCIONALX FAMÍLIA SAUDÁVEL
- Família Disfuncional x Família Saudável -
Famílias saudáveis não são um resultado de uma "infância perfeita", mas o resultado de
um sistema familiar que possui regras consistentes e
razoáveis, que tem uma base de confiança e respostas apropriadas
as quebras destas regras.
Punição em uma família saudável não envolve cicatrizes físicas ou emocionais,
e não são fora de proporção em relação a ofensa.
Filhos Adultos na maioria das vezes vem de lares onde as regras estão
sujeitas aos caprichos da pessoa que esta no cômodo na hora em que ocorre.
Nós poderíamos Ter recebido uma ordem do nosso pai, proibidos de fazer
o mesmo pela mãe, orientado como agir de uma forma diferente por um
dos avos e ridicularizado por Ter feito ou não, por um tio ou
amigo da família.
Como resultado, o filho adulto cresce "sabendo" que nunca vai conseguir fazer nada
direito - que eles são de alguma forma defeituosos.
-------------------
- Numa família saudável =>
Os pais são amorosas figuras autoritárias, que deixam bem claro o que
gostam e o que não gostam, expressam livremente suas necessidades e sentimentos, são
permitidos a discordar abertamente e a não serem perfeitos - tudo sem ameaçar a base
de confiança e amor da qual eles são uma fonte consistente para a família. Os pais
saudáveis pode cometer erros e
isso não é traumático para o filho, mas uma demonstração da liberdade e honestidade de
9. uma família saudável. Crianças saudáveis aprendem
que seus pais são humanos e não são perfeitos, e a criança aprende
que não é esperada perfeição dela também, mas a fazer o melhor que
elas possam fazer. As crianças aprendem que podem cometer erros, e são esperadas as
reparações por qualquer dano causado e após isso,
aprender com a experiência.
------------------
- Numa família disfuncional =>
, os pais são figuras autoritárias, cujas palavras e ações não podem ser questionadas.
Diante de erros grosseiros ou ações errôneas, o filho adulto, aprende que suas
necessidades, desejos e segurança são menos importantes
do que dar apoio ao sistema familiar. Independência, que é permitida
em famílias saudáveis dentro de limites razoáveis, é uma afronta
a autoridade dos pais disfuncionais. Filhos Adultos escutam comentários
do tipo "Quem você pensa que é?" "Você nunca vai conseguir nada" e
"O que te faz pensar que você é tão bom assim?"
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Filhos Adultos aprendem a não exceder o nível de competência dos pais.
Eles aprendem que é perigoso ser um estudante melhor, ganhar mais dinheiro, Ter uma
família saudável ou ganhar reconhecimento.
Os pais disfuncionais encaram esse sucesso como uma ameaça. - mostraria que eles são
"menores".
O filho adulto pode não se dar conta da auto sabotagem que eles aplicam em suas
próprias vidas e preocupados com sua inabilidade em alcançar sucessos.
Como uma criança, o Filho Adulto aprende a se comportar de qualquer maneira que
permita sua sobrevivência.
O comportamento pode variar do desacato a autoridade (a romântica imagem do
rebelde) , pela supressão de suas próprias necessidades ou o atendimento as necessidade
de outra pessoas que continuarão a representar seus pais em suas vidas.
As crianças carregam suas primeiras impressões das normas da família com elas
quando se tornam adolescentes ou adultos.
10. Vivendo numa família disfuncional suas bases distorcidas podem continuar a funcionar
bem o suficiente para permitir a ilusão de "uma família saudável".
Virtualmente todos os sistemas familiares disfuncionais, de qualquer forma, estão num
vagarosos espiral descendente, pedindo mais e mais energia para defender as realidades
"oficiais" das famílias devidos as evidências cada vez maiores de que algo está errado.
Quando um filho de uma família disfuncional começa a entrar no "mundo real" - escola
e ambiente de trabalho- eles descobrem que seus sistemas familiares não são a realidade
compartilhada por seus colegas de classe e companheiros de trabalho.
Muitos Filhos Adultos tornam-se pessoas solitárias ou entram em relacionamentos
pouco saudáveis com outros Filhos de famílias disfuncionais.
Esses relacionamentos atualmente reforça suas visões disfuncionais do mundo ao
"encontrar outra pessoa que realmente entende".
As ligações profundas nesses relacionamentos são acentuadas pela falta de um senso de
identidade do Filho Adulto . Eles não sabem onde ele acaba e outro começa. Como
resultado eles são incapazes de definir seus limites e começam a pegar a opinião de
outras pessoas, defeitos e necessidades.
Se o Filho Adulto e capaz de formar amizades duráveis,(alguns nunca o fazem),
é, freqüentemente, com outro Filho Adulto que fornece características
familiares similares a disfunção familiar.
Os Filhos Adultos podem ser muito vagarosos para reconhecer os padrões dos
problemas da família - eles gastam boa parte de seu tempo sendo treinado pela família
para não ver o problema- ate quando eles são recriados nas amizades, casamentos e
relações de trabalho. Mesmo que o sintoma externo não esteja presente (alcoolismo,
jogo, violência etc), o comportamento esta presente desde o começo do relacionamento.
Quando um comportamento se transforma numa disfunção completa, o filho adulto é
freqüentemente "um dos últimos a notar" e se sente traído. "eu nunca soube que ele
bebia..."; "Meu Deus, ela é igualzinha minha mãe!!".
Quando toma consciência o Filho Adulto pode enfrentar uma depressão e se sentir
defeituoso.- "o que há de errado comigo? Como não vi isso antes".
11. A falta das habilidades necessárias para tonar conta de si mesmo pode deixar o filho
adulto com um auto-ódio intenso e uma baixa (ou inexistente) auto estima.
O PROBLEMA
Muitos de nós encontramos várias características em comum como resultado do
crescimento em um lar alcóolico ou disfuncional.
Viemos a nos sentir isolados, desconfortáveis com pessoas, especialmente aquelas que
representavam qualquer tipo de autoridade. Para nos protegermos, nos tornamos
agradadores, mesmo que nossa identidade tenha se perdido no processo. Da mesma
forma, nos poderíamos encarar de forma equivocada criticas pessoais como um perigo.
Alguns de nós tornaram-se alcóolicos, outros se casaram com um deles, ou ambos.
Falhando essas alternativas, nós encontramos outra personalidade compulsiva como um
workaholic, para preencher nossa necessidade doentia de abandono.
Vivemos a vida do ponto de vista de vítimas. Desenvolvolvemos um super senso de
responsabilidade e preferimos nos preocupar com os outros a nos preocuparmos com
nós mesmos. De alguma forma temos sentimentos de culpa quando nos preocupamos
mais com nós do que com os outros. Deixamos de agir e passamos a reagir, deixando
para os outros a tomada de iniciativa.
Tínhamos personalidades dependentes - aterrorizadas pelo abandono - com o desejo de
fazer quase tudo para permanecer em um relacionamento para não nos sentirmos
abandonados. Ainda permanecemos escolhendo relacionamentos inseguros porque eles
iam de encontro aos relacionamentos na nossa infância com os pais alcóolicos ou
disfuncionais.
Esses sintomas da doença da família nos fez "co-vítimas" - aqueles que pegam as
características da doença sem necessariamente possuí-la, mesmo sem nunca ter tomado
um drink sequer. Aprendemos a manter nossos sentimentos escondidos como crianças e
mante-los enterrados como adultos. Como resultado desse condicionamento,
confundimos amor com piedade, tendo a tendência a amar aqueles que poderíamos
"salvar".
Mesmo que auto derrotistas, nos tornamos adictos da excitação em todos os setores de
nossa vida, preferindo o stress constante a soluções que poderiam ser trabalhadas.
Esta é uma descrição. Não uma acusação.
ORAÇÃO DA SERENIDADE
DEUS, CONCEDEI-ME A SERENIDADE PARA ACEITAR AS COISAS QUE
NÃO POSSO MODIFICAR. CORAGEM PARA MODIFICAR AS QUE POSSO
E SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA.
12. TIPOS DE FILHOS ADULTOS
A maioria dos livros publicados sobre o assunto Filhos Adultos ou Crianças-Adultas
concordam que certos tipos de personalidade são comuns em famílias disfuncionais.
Alguns dos livros os chamam por nomes diferentes e nem todos os tipos são
encontrados em todos os livros. Abaixo alguns dos tipos.
Herói da família - Um realizador, freqüentemente (mas não sempre) o filho mais velho.
Muitas vezes é um workaholic que pode identificar as necessidades dos outros as suprir,
mas sem entender suas próprias necessidades. Eles mostram para o mundo exterior que
tudo "esta bem", mas não tem como sentir os benefícios de suas conquistas materiais e
ou profissionais. Se sentem como uma fraude e estão sujeitos a depressões que ele
esconde daqueles que o rodeiam
O Salvador - Parecido com o Herói da Família, mas sem o sucesso visível. O salvador
encontra aqueles em necessidade, por vezes casam com eles, ou encontram um trabalho
no qual possa suprir as necessidades de outros e são muito compreensivos em relação a
traições constantes. Eles tem a tendência a se sentirem inadequados por se doarem
demais e por não Ter a capacidade de aceitar ajuda para suas próprias necessidades.
O Mascote - Freqüentemente o filho mais novo, que usa o humor ou outro
comportamento atrapalhado como por exemplo ser desajeitado ou estar sempre em
apuros para tirar o foco da família de seus problemas . E h do tipo que pode contar uma
piada no momento certo para ocupar a cabeça de todo mundo e mante-los afastados da
dor da realidade.
O Organizador - Eles nunca são perturbados pelo o que esta ocorrendo. Essas crianças
nunca se ligam muito a um objetivo ou um desejo porque aprenderam a mudar de
direção a qualquer momento. Eles sabem que algo esta errado, mas lidam com isso,
freqüentemente com sucesso, com a seqüência de situações stressantes ao entregar sua
identidade as necessidades do momento.
O Capacho- A criança abusada que sobrevive deixando os outros passarem por cima
dela, preferindo esse comportamento a um desagradável e as vezes perigoso confronto.
Esses filhos tem um entende muito bem as necessidades que os outros tem em abusa-la,
mas não consegue identificar seus sentimentos sobre o abuso no passado ou no presente
O rebelde - este filho entra em ação ao menor sinal de provocação, como um herói
agindo para prevenir um abuso a outra pessoa (distraindo o abusador) ou para proteger
eles mesmos. Este é o filho que ;e mais visível para o mundo externo. e que pode vir a
se tornar um adicto ou Ter outro comportamento compulsivo como uma afronta ao
sistema familiar.
O Bode expiatório - esse filho leva a culpa e a vergonha pelas ações de outros
membros da família por ser o que tem a mais visível disfuncionalidade. Esse filho serve
a família sendo o "louco" ou doente que permite aos outros membros da família ignorar
seus próprios problemas.
Esses são também os filhos que mantém as famílias juntas -- a família se reúne para
ajudar o bode expiatório. Eles aprendem a permanecer problemáticos para continuar a
13. receber a pequena atenção disponível num lar disfuncional por mostrar que a família
esta bem, sendo o foco de tudo que não está bem que a família vagamente sente.
A ameaça - Esse filho é freqüentemente vitima de abuso físico, sexual e ou emocional,
que com sucesso faz a transição mental para deixar de ser a vitima e passar a ser o
abusador. Muitas vezes "A ameaça" esta realmente arrependido de seus atos pela dor e
sofrimento causado aos outros, mas continuara a infligir esse abuso para não Ter que se
confrontar com a própria dor de ter sido abusado.
A Criança perdida - Freqüentemente um jovem ou o mais novo filhos, esse tipo de
personalidade aprendeu a ficar fora do caminha, não fazer suas necessidades
reconhecidas e a não esperar nada. Eles evitam sentir, negando que tem sentimentos.
Eles adotam qualquer comportamento que permita a continuidade do seu "ficar
invisível" no meio da família, do trabalho, da escola ou em um relacionamento. Esse é o
filho que pode assumir qualquer personalidade que pareça o menos ameaçadora para
aqueles que os rodeiam
A Ultima esperança- Parecido com a criança perdida., A Ultima esperança é um
cuidador para a família quando os outros membros se tornaram incapazes de continuar
em seus papeis. Freqüentemente a Ultima esperança cresce ouvindo coisas do tipo 'você
não vai conseguir me ferir como fulano ou siclano". Esses filhos podem se sacrificar
demais tentando fazer "o que é certo", não interessando o quanto isso o prejudique.
Cada um dos tipos de personalidade tem necessidades especiais na recuperação e cada
tipo pode se recuperar se eles aceitarem o risco ao acreditar que podem mudar e se
recuperar. Um filho adulto pode Ter diversas dessas características de uma vez ou atuar
em diferentes papeis dentro da família em diferentes idades ou dependendo da pessoa
com a qual ele se relaciona
LISTA DE ROUPA SUJA
Essas são algumas caracteristicas que parecemos ter em comum devido ao
fato de termos crescido em um lar alcoolico ou disfuncional.
a. Nos tornamos isolados e temerosos em relação a pessoas e figuras que
representam autoridade.
b. Nos tornamos buscadores de aprovação e perdemos nossa identidade
nesse
processo.
c. Somos aterrorizados por pessoas com raiva ou qualquer crítica pessoal.
d. Nos tornamos alcoolicos, nos casamos com um deles, ou ambos, ou
encontramos uma outra personalidade compulsiva como um workaholic para
preencher nossa doente necessidade de abandono.
14. e. Levamos a vida do ponto de vista de vitimas e somos atraidos por essa
fraqueza nos nossos relacionamentos amorosos e de amizade.
f. Temos um senso de responsabilidade super desenvolvido e é mais facil
para nós, nos preocuparmos com os outros do que com nós mesmos. Isso nos
permite
nao olhar de uma forma proxima nossas proprias falhas.
g. Temos sentimentos de culpa quando nos preocupamos com nos mesmos
ao
invés de nos preocuparmos com os outros.
h. Nos tornamos adictos a "agitação"
i. Nós confundimos amor com piedade e temos a tendência de "amar" pessoas
das quais podemos ter "piedade" e que possamos "resgatar "
j. Trancamos os sentimentos de nossa infancia e temos perdido a habilidade
de sentir ou expressar nossos sentimentos porque machuca demais (negacao)
k. Nos julgamos de forma severa e temos baixa auto-estima
l. Somos personalidade dependentes que sao aterrorizadas pelo abandono e
farão qualquer coisa para manter um relacionamento para nao ter que passar
pelos dolorosos sentimentos de abandono que recebemos de pessoas que
emocionalmente eram ausentes.
m. Alcoolismo é uma doenca da familia e nos tornamos para-alcoolicos e
pegamos as caracteristicas da doenca, mesmo sem ter bebido uma unica
vez..
n. Para-alcoolicos reagem mais do que agem
Reuniões
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