3. ANATOMIA
O colo uterino é a parte inferior do útero localizada
junto à cúpula da vagina, com a qual se comunica
por meio de um conduto, o canal cervical, por
onde penetram os espermatozóides e sai o sangue
menstrual.
A parte externa do colo, que fica em contato com a
vagina, chama-se ectocérvice é revestida por um
epitélio escamoso (semelhante ao da vagina), que
pode dar origem ao câncer de células escamosas.
Ministério da Saúde
DST- AIDS
4. O epitélio da parte interna do colo de
útero (endocérvice) é um epitélio glandular e pode
dar origem a outro tipo de câncer do colo uterino: o
adenocarcinoma.
O local em que o canal cervical se abre para
a vagina recebe o nome de zona de
transformação, área em que se desenvolve
a maioria dos tumores do colo uterino.
Ministério da saúde
DST- AIDS
6. São áreas de atípia celular;
São lesões precursoras do carcinoma
invasivo do colo uterino, da vagina e da
vulva áreas de alterações epiteliais atípicas
não invasivas foram identificadas em
amostras teciduais adjacentes às
neoplasias invasivas.
Lesões Pré-Cancerosas
(KOSS,2006)
7. EPIDEMIOLOGIA
Mundo:
596.070 novos de câncer no mundo;
4º tipo de câncer mais comum entre as mulheres;
Brasil:
# Câncer de colo do útero 16.340 casos.
INCA -2016
8. FATORES DE RISCO
Fonte: https://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-
cancer/cancer-do-colo-uterino
10. HPV
É a sigla em inglês para papilomavírus
humano.
Os HPV são vírus capazes de infectar a pele
ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos
diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 tipos
podem infectar o trato ano-genital;
A infecção pode regredido espontaneamente
na maioria das vezes ou podem progredir para
o câncer (colo do útero, mas também na
vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca).
INCA,2016
11. TIPOS
Existem pelo menos 13 tipos de HPV que são
considerados oncogênicos;
Dentre os HPV mais frequentes são:
Os tipos 6 e 11 considerados não
oncogênicos, encontrados em 90% dos casos.
Os tipos 16 e 18 são oncogênico, estão
presentes em 70% dos casos de câncer do
colo do útero.
INCA,2016
12. O CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
É um tumor que se desenvolve a partir de
alterações no colo do útero, que se localiza no
fundo da vagina.
Essas alterações são chamadas de lesões
precursoras, são totalmente curáveis na
maioria das vezes e, se não tratadas, podem,
após muitos anos, se transformar em câncer.
As lesões precursoras ou o câncer em estágio
inicial não apresentam sinais ou sintomas, mas
conforme a doença avança podem aparecer
sangramento vaginal, corrimento e dor, nem
sempre nessa ordem.
INCA,2016
13. TRANSMISSÃO
Contato direto com a pele ou mucosa infectada.
A principal forma é pela via sexual, que inclui
contato oral-genital, genital-genital ou mesmo
manual-genital.
Parto.
boladecristaldoamor.blogspot.com
INCA,2016
14. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
A infecção pode se manifestar de duas formas:
Clinicas: Condilomas Acuminados;
Subclínica: Lesões Intra-Epitelial (Baixo e Alto
Grau).
INCA,2016
www.cirurgiacve.com.br
16. TRATAMENTO
Não há tratamento específico para eliminar o
vírus.
O tratamento das lesões clínicas deve ser
individualizado, dependendo da extensão,
número e localização.
Podem ser usados laser, eletrocauterização,
ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que
melhoram o sistema de defesa do organismo.
INCA,2016
17. PREVENÇÃO
Com a vacinação contra o HPV antes do início
da vida sexual;
Uso de camisinha;
O exame preventivo (de Papanicolaou ou
citopatológico), que pode detectar as lesões
precursoras.
INCA,2016
Ministerio da Saude DST-AIDS
18. EVOLUÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DE LESÕES
PRÉ-CANCEROSAS DO COLO DO ÚTERO
A detecção do câncer de colo do útero deve ser
feita através da análise dos esfregaços citológicos
baseados nos esquemas de classificação que são
os seguintes:
Papanicolaou;
Reagan;
Richart;
Bethesda.
(KOSS, 2006)
19. Papanicolaou criou uma nomenclatura que
procurava expressar se as células observadas
eram normais ou não, atribuindo-lhes uma
classificação:
(KOSS, 2006)
20. Reagan e Cols:
Descreveram as alterações histológicas e
citológicas da displasia ou hiperplasia atípica,
definindo assim as anomalias do epitélio escamoso
do útero.
Introduziu o conceito de displasia nas lesões
cervicais como lesão mal definida, essencialmente
benigna ou pelo menos com anormalidades “não
maligna”.
(KOSS, 2006)
21. DISPLASIA
É uma desorganização celular onde há alteração do
tamanho, na forma, na organização e o número de divisões
mitóticas é aumentado;
As lesões pré-cancerosas são classificadas de acordo
com o grau da lesão que podem ser:
Grau I. DISPLASIA LEVE
Grau II. DISPLASIA MODERADA
Grau III. DISPLASIA GRAVE
Grau IV. CARCINOMA IN SITU
(KOSS, 2006)
23. Richart
Propôs que todas as lesões neoplásicas intra-
epiteliais, independente do seu grau de
diferenciação, poderiam evoluir para câncer
invasivo;
Surgiu a denominação Neoplasia Intra-
Epitelial Cervical – NIC.
NIC I;
NIC II;
NIC III.
(KOSS, 2006)
26. HISTOLOGIA DAS LESÕES ESCAMOSAS INTRA-
EPITELIAIS DO COLO UTERINO
A maioria dos eventos neoplásicos iniciais, que acometem
o colo do útero surgem na junção entre o epitélio escamoso
da porção intravaginal do colo e o epitélio colunar
endocervical;
Na zona de transformação, os eventos neoplásicos podem
dirigir-se tanto para o epitélio escamoso da ectocérvice
como para o epitélio endocervical. (KOSS, 2006)
www.mdsaude.com.br
29. ASPECTOS MORFOLÓGICOS DAS LESÕES
PRÉ-CANCEROSAS
1.Lesões do epitélio escamoso:
Estratificação;
Crescimento relativamente ordenado;
Capacidade de sintetizar queratina com alto peso
molecular;
2. Lesões do epitélio endocervical:
Compostas por células que geralmente se assemelham
àquelas da metaplasia escamosa;
3. Lesões de células displásicas:
Inclui carcinomas de células pequenas;
Tem origem nas células de reserva;
Podem produzir adenocarcinomas.
(KOSS, 2006)
30.
31. Os carcinomas IN SITU geralmente tem início na
junção escamocolunar e podem se prolongar tanto em
direção à ectocérvice como à endocérvice.
Localização: Canal Cervical
Colo do útero
(KOSS,2006)www.salute-italia.it anatpat.unicamp.br
34. LESÕES INTRA-EPITELIAIS ESCAMOSAS DE BAIXO
GRAU (LIE-BG, DISPLASIA LEVE, NIC I)
Características Fundamentais:
Binucleação e multinucleação;
Membrana nuclear lisa com contornos irregulares;
Célula mostrando cavidade perinuclear opticamente
clara e densa com borda citoplasmática – Coilócitos;
Hipercromasia;
Bergeron et al, 2005
37. A maioria dessas lesões tem origem no epitélio maduro da
cérvice;
Apresenta alta taxa de regressão espontânea das lesões;
É possível identificar anomalias nucleares;
Aumento nuclear de pelo menos 3 vezes a área de um
núcleo normal;
Distúrbios de queratinização e paraceratose.
www.uicc.org/curriculum
39. LESÕES INTRA-EPITELIAIS ESCAMOSAS DE
ALTO GRAU
Todas as lesões incluídas nessa categoria
apresentam uma acentuada re-estruturação do
epitélio;
Podem variar em termos de características
citoplasmática, tamanhos celulares e graus de
alteração nuclear.
KOSS, 2016
41. LESÕES ESCAMOSAS QUERATINIZANTES E CARCINOMA
IN SITU QUERATINIZANTE
Estas lesões costumam ser encontradas no
epitélio escamoso da cérvice e podem prolongar-
se para o epitélio vaginal adjacente;
Elas mimetizam o epitélio escamoso, porém são
constituídas por células com núcleos grandes e
hipercromáticos e citoplasma intensamente
queratinizado.
KOSS, 2016
43. LESÕES DE CÉLULAS MÉDIA/GRANDE (DISPLASIAS
MODERADA E GRAVE, CARCINOMA IN SITU, TIPO
METAPLÁSICO OU TIPO CÉLULAS GRANDES)
Tais lesões que costumam mimetizar a metaplasia
escamosa, são observadas principalmente na zona
de transformação e no epitélio do canal endocervical
adjacente .
Essas lesões são compostas por células cancerosas
de tamanho médio ou grande e apresentam núcleos
volumosos e bastante hipercromáticos
KOSS, 2016
45. LESÕES DE CÉLULAS PEQUENAS(CARCINOMA
IN SITU, NICIII)
Essas lesões têm origem nas células de
reserva endocervicais e habitualmente
surgem no próprio canal endocervical;
O aspecto histológico é o do clássico
carcinoma in Situ.
KOSS, 2016
47. Figura: Esfregaço cervical demonstrando discariose em células
intermediárias, que condiz uma lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau.
(KOSS,2006)
A Discariose se caracteriza pela presença de alterações nucleares
em elementos celulares com citoplasma morfologicamente normais
ou quase normais.
Os núcleos demonstram volume aumentado, contornos ou
configuração irregulares e hipercromasia.
ASPECTOS CITOLÓGICOS DAS LESÕES ESCAMOSAS
INTRA-EPITELIAIS
50. Células Cancerosas
Os núcleos das células cancerosas evidenciam
alterações que se assemelham, ainda que costumem
ser mais intensas, aquelas encontradas nas células
dicarióticas.
(KOSS, 2006)
52. Lesões Intra-epiteliais Escamosas de
Baixo Grau (LIE-BG, DISPLASIA
LEVE, NIC I, CONDILOMA)
São caracterizados pelo predomínio de
células escamosas discarióticas
superficiais e intermediárias;
Um dos componentes importantes das
lesões de baixo grau são as áreas de
onde descamam os coilócitos, células
estas consideradas patognomônica da
infecção de HPV.
KOSS, 2006
54. LESÕES INTRA-EPITELIAIS ESCAMOSAS DE ALTO GRAU (LIE-
AG, DISPLASIA MODERADA E GRAVE, CARCINOMA IN
SITU, NIC II E III )
Existem três formas histológicas dessas lesões, que
podem ser reconhecidas nos esfregaços cervicais.
KOSS, 2006
Lesões Intra-epiteliais Escamosas Bem Diferenciadas;
Lesões Intra-epiteliais Escamosas de Células
Médias/Grandes;
Lesões-epiteliais de Células Pequenas.
55. LESÕES INTRA-EPITELIAIS ESCAMOSAS
BEM DIFERENCIADAS
Essas lesões são caracterizadas por células
cancerosas que apresentam citoplasma
intensamente queratinizado, espesso e de
contornos irregulares.
Figura: Esfregaço cervical demonstrando coilocitose.
57. LESÕES INTRA-EPITELIAI ESCAMOSAS DE CÉLULAS
MÉDIAS/GRANDES
Células de tamanho médios ou grandes e
elevada relação núcleo citoplasma, tamanho
variável e podem apresentar formato poligonal,
ovulado, esférico, colunar ou irregular.
O citoplasma pode ser cianófilico ou eosinofilico e
muitas vezes, apresentam pequenos vacúolos,
particu- lamente nas células de formato alongado
ou colunar.
KOSS, 2006
59. LESÕES INTRA-EPITELIAIS DE CÉLULAS
PEQUENAS
São pequenas , elas surgem de forma
isolada, mas costumam formar agrupamentos
compactos denominados
KOSS, 2006
62. REFERÊNCIAS
Livros:
KOSS, Leopold G. Introdução à citopatologia
ginecológica com correlações histológicas e
clínicas. 1º ed. Editora Roca. São Paulo, 2006.
Internet:
www.inca.gov.br
www.salute-italia.it
www.anatpat.unicamp.br
www.uicc.org/curriculum