O câncer da mama, como outras neoplasias malígnas, é uma doença de origem celular que se caracteriza por uma multiplicação incontrolável de células anormais. À medida que essas células se dividem, desenvolvem maior agressividade para o organismo, pois novas células são geradas (sub-populações tumorais) e essas adquirem modificações genéticas com capacidade de disseminação para outros órgãos, podendo matar por invasão destrutiva órgãos normais, por ocupação do espaço funcional.
O que resulta desse processo desordenado de crescimento celular é uma produção em excesso dos tecidos do corpo (podendo ser processos inflamatórios, infecciosos ou mesmo o crescimento de células benígnas), formando um tumor.
Quanto mais rápido e precoce o diagnóstico, menor é a chance de comprometimento em outros órgãos (gânglios linfáticos, ossos, pulmão, medula, fígado, rins, intestino, dentre outros) e maior a possibilidade de cura da paciente.
Várias classificações já foram propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva em conta dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese do tumor. Segundo o comportamento biológico, os tumores podem ser agrupados em três tipos: benígnos, limítrofes e malígnos. Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma dessas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil.
Os tumores benígnos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo, determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva à formação de uma pseudocápsula fibrosa.
Já nos casos dos tumores malígnos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação dessa pseudocápsula; esse sim é tratado como tecido malígno.
Assim sendo, todas as mulheres, e não só aquelas que podem possuir fatores de risco, devem ser estimuladas à realização de exame clínico e mamografia como exame de rotina após os 35 anos de idade.
Prevenção
7. Na infância, as meninas apresentam discreta elevação na região
mamária
puberdade: produção de estrogênios pelos ovários, as mamas
começam a se desenvolver
vida adulta: mamas túrgidas
período pré-menstrual: retenção de líquidos aumento de volume,
endurecimento e dor
Menopausa: atrofia glandular, substituição do tecido
parenquimatoso por gordura.
A plenitude funcional das mamas ocorre durante a amamentação
AÇÃO HORMONAL SOBRE A MAMA
8. A DOR MAMÁRIA : Alteração Funcional Benigna da
Mama (AFBM)
A DESCARGA PAPILAR
OS NÓDULOS: O nódulo mamário (tumor) é uma área
definida, de consistência variada, de limites precisos ou
não, cuja consistência pode ser cística ou sólida.
exame clínico, ultrasonografia e/ou mamografia, punção
aspirativa por agulha fina(exame citológico) e a punção
por agulha grossa ou “core-biopsia” (exame
histopatológico).
A ALTERAÇÕES DA MAMA
9. O câncer de mama é o carcinoma mais comum em
mulheres, respondendo por 22% do total de casos
novos a cada ano no Brasil, segundo o Instituto
Nacional de Câncer (Inca). Estimativa do instituto
aponta que o país registrou 52.680 novos casos da
doença apenas em 2012.
Os dados mais recentes de óbitos divulgados pelo
instituto apontam que, em 2010, morreram no Brasil
12.852 pessoas devido ao câncer de mama, sendo 147
homens e 12.705 mulheres.
10. O MECANISMO DE FORMAÇÃO:
Iniciação: um fenômeno genético, decorre de alterações nos
genes, determinando a produção de substâncias que favorecem a
multiplicação das células ou a falta de síntese de outras
substâncias inibidoras da divisão celular.
Promoção: representa a atuação de fatores de crescimento e
multiplicação celular(como é o caso de certos hormônios) sobre
células geneticamente alteradas, ou seja, “iniciadas”.
Progressão: período em que as células alteradas multiplicam-se
descontroladamente, procura atingir vênulas e linfáticos para se
disseminar
O CÂNCER DE MAMA
11. .
Desde o início da formação do câncer até a fase em que ele pode ser
descoberto pelo exame físico (fase subclínica), isto é, a partir de 01 cm
de diâmetro passam-se, em média, 10 anos.
Estima-se que o tumor de mama duplique de tamanho a cada período de
3-4 meses, ou seja, no início na fase subclínica impalpável tem-se a
impressão de crescimento lento, porque as dimensões das células são
mínimas. Porém, depois que o tumor se torna palpável, a duplicação é
facilmente perceptível.
Se não for tratado, o tumor desenvolve metástases (focos de tumor em
outros órgãos), mais comumente para os ossos, pulmões e fígado.
A HISTÓRIA NATURAL
14. RISCO AUMENTADO:
- Sexo feminino;
- Menarca precoce (antes dos 11 anos);
- Menopausa tardia (após os 55 anos);
- Nuliparidade;
- Primeira gestação a termo após os 30 anos;
- Mãe ou irmã com história de câncer de mama;
- Dieta rica em gordura animal;
- Dieta pobre em fibras;
- Obesidade (principalmente após a menopausa) IMC > 30;
- Radiação ionizante;
- Ciclos menstruais menores que 21 dias;
- Padrão sócio-econômico elevado;
-Ausência de atividade sexual;
- Residência em área urbana;
- Cor branca;
- Vide modelo de Gail.
15. RISCO DIMINUÍDO:
- Sexo masculino;
- Menarca após os 14 anos;
- Menopausa antes dos 45 anos;
Primeira gestação a termo e amamentação
precoces(idade inferior a 30 anos);
Atividade física regular;
Hábitos alimentares saudáveis (baixo teor de gordura,
sal e açúcar; aumento de grãos integrais, tubérculos,
vegetais e frutas).
17. dieta saudável que inclua quantidades
adequadas de proteínas,
carboidratos e gorduras;
muitas frutas, verduras,
legumes e grãos
integrais;
assim como pouco sal e açúcar
18. O AUTO-EXAME- 7º ao 10º dia após a menstruação
deve ser feito no mesmo dia de cada mês,
deve ser feito em duas etapas:
• observação
• palpação.
O EXAME DAS MAMAS
22. No autoexame de mamas a mulher deverá estar atenta à
presença de:
- Nódulos mamilares ou auxiliares;
- Abaulamentos ou retrações;
- Desvio mamilar;
- Presença de secreção ou sangue à expressão dos mamilos;
- Alterações de coloração ou formato mamário;
- Dor unilateral.
Sinais de alerta observáveis ao auto-
exame das mamas
23. O ECM é realizado pelo profissional de saúde (médico ou
enfermeiro) rotineiramente durante sua consulta. Ele
evidencia alterações macroscópicas identificáveis na
inspeção, palpação das mamas e regiões axilares e
supraclaviculares.
O EXAME CLÍNICO DAS MAMAS
28. A mamografia é um exame radiológico realizado em aparelho
de alta resolução, o mamógrafo, onde, por meio dos raios X,
podem-se visualizar imagens tumorais, calcificações, etc.
MAMOGRAFIA
29. Mulheres com lesões previamente diagnosticadas como
hiperplasia atípica ou neoplasia lobular insitu, ou câncer de
mama prévio em qualquer idade: deverão fazer o exame anual;
Uma mamografia basal deverá ser realizada aos 35 anos de
idade e se não houver risco para Cá de mama, deverá ser
realizada anualmente após 40 anos de idade;
Mulheres com 40 anos ou mais de idade, com história familiar
de câncer de mama na mãe ou irmã ocorrida na pré-menopausa:
deverão fazer o exame anual
Quem deve fazer a mamografia ?
30.
31. O tratamento irá depender do tipo de tumor,
se é benigno ou maligno e a conduta
terapêutica adotada pelo oncologista.
Por isso se você observar alguma alteração
em suas mamas, procure imediatamente um
médico ou enfermeiro do posto de saúde.
Tratamento