O documento discute a relação entre Educomunicação e Ciberjornalismo, propondo um currículo dinâmico e colaborativo nos cursos de Jornalismo que forme cidadãos engajados. Defende que o Ciberjornalismo pode democratizar a informação por meio de princípios educomunicativos como a produção colaborativa.
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
Educomunicação e Ciberjornalismo: aproximação e sintonia
1. Antonia Alves Pereira – Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)
Cristiane Parente de Sá Barreto – Doutoranda em
Educação para os Media – Universidade do Minho
Educomunicação e Ciberjornalismo:
aproximação e sintonia
2. Áreas de intervenção
Resumo Correlação entre Educomunicação e
ensino do Ciberjornalismo.
Comunicação como direito humano –
alteridade nas narrativas.
Proposta educomunicativa – empoderamento.
Ecossistema comunicativo aberto,
interdiscursivo e dialógico.
3. Da educação básica ao ensino superior
Formação x lógica que funde publicidade,
consumo e informação, e ignora os direitos
fundamentais (Pinheiro, 2016).
Informação como produto/negócio
x noção de preservar o direito
do cidadão (Fígaro, 2014).
Sociedade em mutação x qualidade dos cursos –
produção jornalística, pesquisa, extensão,
currículo com perspectiva cidadã (Novas
Diretrizes, 2013; Mapeamento do Ensino de
Jornalismo no Brasil, 2010).
Introdução
4. ... jornalismo online, jornalismo multimídia,
jornalismo digital, webjornalismo (Bastos,
2010; Schwingell, 2012).
Ciberjornalismo é a modalidade jornalística no
ciberespaço fundamentada pela utilização de
sistemas automatizados de produção de
conteúdos que possibilitam a composição de
narrativas hipertextuais, multimídias e interativas.
Seu processo de produção contempla a
atualização contínua, o armazenamento e
recuperação de conteúdos e a liberdade narrativa
com a flexibilização dos limites de tempo e espaço,
e com a possibilidade de incorporar o usuário nas
etapas de produção.Os sistemas de
gerenciamento e publicação de conteúdos são
vinculados a bancos de dados relacionais e
complexos (Schwingel, 2012, p. 37).
Ciberjornalismo
5. Informatização das redações – anos de 1980
Internet – expectativa, disseminação de
conteúdos prontos, adaptação [midiacídio e
mediamorfose] (Alves, 2006).
Fases: reaproveitamento dos conteúdos dos
meios convencionais; metáfora dos meios
convencionais; lançamento de produtos
adaptados ao novo meio; e desenvolvimento
de produtos articulados em bases de dados
complexas.
Novos negócios sustentáveis ou de cunho
cidadão x critérios como o direito à
comunicação enquanto direito humano, o
cultivo do olhar crítico voltado para a
alteridade nas narrativas jornalísticas.
Ciberjornalismo
6. Ecossistema comunicativo – técnica e tecnologias
se mesclam a linguagens e saberes e circulam por
meio de dispositivos interconectados (Martín-
Barbero, 2002).
Ressignificação – descentralização de vozes,
dialogicidade, interação para melhorar o fluxo de
comunicação dos atores sociais (Soares, 1999).
Ecossistema comunicativo aberto, interdiscursivo
e dialógico por meio das áreas de intervenção
que discutem a recepção crítica das mensagens,
valorizam a gestão dos processos comunicativos
e a mediação dos recursos tecnológicos
disponíveis, além da produção midiática em vista
de práticas jornalísticas cidadãs por meio da
produção colaborativa com os leitores.
Educomunicação
7. “o conjunto das ações inerentes ao planejamento e
avaliação de processos, programas e produtos
destinados a criar e a fortalecer ecossistemas
comunicativos em espaços educativos presenciais
ou virtuais, assim como a melhorar o coeficiente
comunicativo das ações educativas, incluindo as
relacionadas ao uso dos recursos da informação no
processo de aprendizagem” (Soares, 2001, p. 43).
Meta da cidadania nos cursos de Jornalismo com
ações voltadas à comunidade x proposta
educomunicativa – exercício da cidadania,
diálogo (Freire e Kaplún), empoderamento –
permita ter voz, visibilidade, influência e
capacidade de ação e decisão
(Horochovski, 2007).
Educomunicação
8. Jornalismo comprometido com a democracia
com repercussão de responsabilidade social
(Rothberg, 2012; Aranha, 2014) e que passe pela
conquista da cidadania (Peruzzo, 2007).
Jornalismo convergente, hiperlocal, colaborativo
e inovador novas possibilidades mercadológicas
por meio da economia criativa – possibilitada pelos
aplicativos e perfil do prosumer.
Jornalismo hiperlocal –
avanço do comunitário/colaborativo –
foca nas necessidades dos usuários com produtos
diferenciados (Carvalho; Carvalho, 2014).
Cidadãos participando da produção audiovisual do
poder de decisão para ampliação da
cidadania comunicacional
(Bordenave, 1994; Peruzzo, 2007).
Jornalismo–interfacecidadã
9. Experiências que levam os jornalistas a
serem mediadores de uma comunicação
participativa (Machado Filho; Ferreira,
2016) e de um jornalismo divergente do
tradicional (Targino, 2009) e colaborativo
(Renó; Dangoski, 2014):
jornal laboratório “Portal
Comunitário” (UEPG) que atende 60
entidades.
Telejornal naTV Unesp (Bauru-SP)
– jornalismo público.
Centro de Mídia Independente (CMI)
e Mídia Ninja – estruturas
descentralizadas e colaborativas.
Jornalismo–interfacecidadã
10. Graduação (dois cursos) – ECA-USP -
licenciatura e UFCG – bacharelado;
Especializações, mestrados e doutorados;
Atividades de extensão, pesquisa e ensino;
Experiênciaseducomunicativas
UFU – disciplina e programa interdisciplinar.
pesquisa e extensão: UFPel, UFJF, UFSM e
Unemat.
PPC do Jornalismo (UFMT/Unemat)
práticas laboratoriais e extensionistas com princípios
do jornalismo cidadão e indícios educomunicativos:
produção colaborativa, trabalho em equipe;
inter/transdisciplinaridade,
metodologias participativas e empoderamento social
(Pereira, Ferreira; Scaloppe,2016)
11. O currículo atual, dinâmico,
participativo e colaborativo nos Cursos
de Jornalismo pode formar cidadãos
engajados em uma sociedade com uma
visão ampla de homem e de mundo.
Conceito de jornalismo, sua função social
e participação do público e cidadão
leitor como produtor de informações e
co-autor na construção de notícias.
Participação – positiva x
questionamentos.
Ciberjornalismo – democratização da
informação num processo dialógico a
partir de princípios educomunicativos.
Considerações
12. Cristiane Parente de Sá Barreto
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo; Doutoranda em
Educação para os Media e Pesquisadora do Centro de Estudos de
Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho; Mestre em
Mídia e Educação pela Universidade de Brasília (UnB); Máster en
Comunicación y Educación pela Universidad Autónoma de
Barcelona; Especialista emTeorias da Comunicação e da Imagem
pela UFC/UFRJ. Membro do Conselho Consultivo Deliberativo
(CCD) da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em
Educomunicação (ABPEducom).
E-mail: cristiane.parente@hotmail.com.
Antonia Alves
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo; Especialista em
Educação a Distância; Mestre em Ciências da Comunicação;
Pesquisadora da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
Membro do Conselho Consultivo Deliberativo (CCD) da Associação
Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação
(ABPEducom).
E-mail: antoniaalves@unemat.br.