A santidade é a condição imanente de Deus que é compartilhada com suas criaturas morais eleitas por Ele para serem santificadas até atingirem a imagem e semelhança de sua santidade e caráter.

2. Deus Requer Santificação aos Cristãos 49
“Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que
são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia,
Capadócia, Ásia e Bitínia, eleitos, segundo a
presciência de Deus Pai, em santificação do
Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue
de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam
multiplicadas.” (I Pedro 1.1,2)
Que o maior argumento em prol da santidade é a
eleição da graça divina, não há qualquer forma de
se duvidar disso uma vez considerados os vários
testemunhos da Bíblia acerca disso, quer seja em
doutrina, quer nos exemplos pessoais daqueles
que foram chamados por Deus para serem
modelos de vidas santificadas para nós, e da
mesma forma daqueles que foram rejeitados por
Ele por conta de saber previamente que jamais se
sujeitariam a obedecê-lo em santificação, como
foi o caso de Caim, Esaú, Acabe, Judas e tantos
outros, não pelo simples fato de serem pecadores,
porque os que são chamados e se santificam
também são pecadores, mas há este grande
divisor entre ambos, porque os primeiros jamais
se sujeitariam a uma restauração de seu ser por
meio da obra de santificação do Espírito Santo,
cuja base é a de nos levar a sermos semelhantes a
Jesus e a sermos absorvidos inteiramente no seu
amor. Assim, por conhecer em Sua eterna
presciência a todos os espíritos, Deus elegeu para
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3. a salvação eterna apenas aqueles que se
arrependeriam do pecado, e que o amariam e a
santidade, almejando viverem em perfeita
obediência à Sua vontade, e não porque estas
qualificações já existissem previamente neles,
pois como dissemos antes, também eram seus
inimigos e viviam nas trevas, mas pelo poder da
graça do Senhor seriam resgatados desta
condição, para serem reconciliados com Ele em
amor por meio da fé em Jesus Cristo. Assim,
concluímos que os que não são eleitos de Deus
não podem ser santificados por Ele, uma vez que
sequer passarão pela condição básica para esta
santificação que é a justificação pela fé e a
regeneração (novo nascimento pelo Espírito
Santo). Daí ser dito que sem santificação ninguém
verá o Senhor em Heb 12.14, e que sem
regeneração ninguém pode ver o reino de Deus,
João 3.3.
Assim, apesar de a eleição ser dirigida à pessoa
individualmente, no entanto, isto não é para a
individualidade. Ao contrário, é para que seja
inserida na unidade em amor em um corpo de
muitos membros do qual Jesus é a cabeça. É por
este motivo que nosso Senhor intercede junto ao
Pai em João 17 para que todos os crentes sejam
santificados por Ele na verdade que é a Sua
Palavra, para que sejam um, pois não há outro
modo de haver unidade real entre os homens,
caso o pecado não seja mortificado e as virtudes
da divindade implantadas em cada um daqueles
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4. que se tornarem membros de Cristo.
Desconsiderando esta necessidade suprema os
que são do mundo sempre estão buscando
unidade de toda a humanidade, mas isto tem
sempre falhado e sempre falhará, uma vez que o
pecado é o grande impedimento para que isto seja
possível. Donde se conclui que o pressuposto para
a unidade real e verdadeira é a santidade, e esta
pode ser achada somente em nossa união
espiritual a Cristo, e isto não seria possível se não
houvesse eleição, ou seja, a escolha do próprio
Deus daqueles que devem ser assim santificados.
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