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II JORNADA DE TÉCNICOS DE
ENFERMAGEM DO INCA
ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Elson Santos de Oliveira
Técnico de Enfermagem – HC I
Novembro de 2010
“...talvez pareça estranho enunciar como
primeiro dever de um hospital não causar mal
ao paciente...”
(Florence Nightingale, 1859)
“...Primum Non Nocere...” (primeiro não cause
dano)
(Hipócrates 460-377 a.C).
“Em vez de serem os causadores de um acidente,
os profissionais tendem a ser os herdeiros dos
defeitos dos sistemas; a parte deles é comumente
a de adicionar o toque final a uma mistura letal
cujos ingredientes já estão cozinhando há muito
tempo.”
(Reason, 2000)
“As ações e falhas das pessoas têm
individualmente um papel central, mas seus
pensamentos e comportamentos são muito
influenciados e restringidos pelo ambiente de
trabalho que os cerca e pelas rotinas
organizacionais.”
(Vincent.2009)
CASO CLíNICO
Foram prescritos 18g de Pipecarcilina e Tazobactam sódico (Tazocin) de
6/6h para infusão contínua, em um setor de terapia intensiva que não
possui plantonista em todos os dias, onde a enfermeira aprazou sem
observar e/ou questionar a prescrição, visto que a dose não era habitual
(cabe ressaltar que a dose terapêutica diária do medicamento a um
paciente adulto com funções renal e hepática normais é de 18g que é
muito próxima da dose tóxica) para tratamento de sepse pulmonar, e por
sua vez o serviço de farmácia também não observou e/ou questionou o
valor da dose prescrita a ser “dispensada”, encaminhando a mesma ao
setor solicitante, onde por mais uma vez a enfermeira realizou conferência
sem nada de diferente observar, separando as doses para cada horário
aprazado.
A equipe de técnicos em enfermagem administrou a dose prescrita (18g)
conferindo com a prescrição sem também questionar e esta ação se
repetiu por mais dois horários até que o paciente em questão evoluiu com
TV e sangramento pulmonar que culminou com seu óbito. Observaram a
superdosagem apenas quando um profissional de enfermagem de plantão
perguntou a equipe médica sobre a dose prescrita no dia anterior da medicação
enquanto checava as medicações utilizadas na tentativa de RCPC, o que já era
tarde.
ALGUNS CONCEITOS
• Erro de medicação- é qualquer evento evitável
que pode causar ou induzir ao uso inapropriado do
medicamento ou prejudicar o paciente, enquanto a
medicação está sob o controle de um profissional
de saúde, paciente ou consumidor.
• Evento adverso relacionado a medicamento- é
todo dano ou prejuízo ao indivíduo (não
intencional) resultante do uso de medicamentos,
porém nem todo imputado ao erro de medicação.
(NCC MERP)
ALGUNS CONCEITOS
• Reação adversa a medicamentos (RAM) -
qualquer efeito prejudicial ou indesejado e que se
apresente após administração de doses
normalmente utilizadas, no homem para profilaxia,
diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade.
(OMS, 1972).
QUANDO OCORRE, DE QUEM
É A CULPA DO ERRO?
RESPONDENDO...
• O mais importante na compreensão das definições
é entender que, na vigência de erro, não se deve
procurar, inicialmente culpado, mas entender por
que esse evento aconteceu.
• Devemos instituir a cultura da segurança e não
adotar a cultura da punição.
• Na maioria das vezes, “não importa” quem
cometeu o erro e sim como o sistema contribuiu para
tal ocorrência- MUDANÇA NA CULTURA QUE O
OUTRO É O CULPADO.
TIPOS DE ERROS DE
MEDICAÇÃO
• ERRO DE PRESCRIÇÃO – PRESCRIÇÃO ERRADA, DOSE...
• ERRO DE DISPENSAÇÃO- DISTRIBUIÇÃO INCORRETA;
• ERRO DE OMISSÃO - NÃO CHECAR
• ERRO DE HORÁRIO – ADIANTAR OU ATRASAR A ADM;
• ERRO DE ADM. DE MEDICAMENTO NÃO AUTORIZADO;
• ERRO DE DOSE – ERRO DE DOSE, DOSE EXTRA;
• ERRO DE APRESENTAÇÃO- ADM. ERRADO;
• ERRO DE PREPARO- PREPARAR ANTES, TÉCNICA...
• ERRO DE ADMINISTRAÇÃO- TÉCNICA, LOCAL ERRADO...
• ERRO COM MEDICAMENTOS DETERIORADOS;
• ERROS DE MONITORAÇÃO- MONITORAR DADOS
CLÍNICOS E LABORATORIAIS
• ERRO EM RAZÃO DA NÃO ADERÊNCIA DO PACIENTE E DA
FAMÍLIA - COMPORTAMENTO INADEQUADO.
(ASHSP, 1993)
CATEGORIAS DOS ERROS
• Categoria A – circunstâncias ou eventos que têm a
capacidade de causar erro – não ocorre o ERRO;
• Categoria B – um erro ocorreu, porém o
medicamento não foi administrado no paciente-
ERRO sem dano;
• Categoria C – um erro ocorreu e o medicamento foi
administrado no paciente, mas não lhe trouxe dano –
ERRO sem dano;
• Categoria D – um erro ocorreu e resultou na
necessidade de aumentar o monitoramento do
paciente, mas não lhe trouxe dano – ERRO sem
dano; (NCC MERP, 1996)
CATEGORIAS DOS ERROS
• Categoria E – um erro ocorreu e resultou na
necessidade de um tratamento ou intervenção e
causou dano temporário ao paciente – ERRO com
dano;
• Categoria F- um erro ocorreu e resultou em início ou
aumento do tempo de hospitalização e causou dano
temporário ao paciente - ERRO com dano;
• Categoria G –Um erro ocorreu e resultou em dano
permanente ao paciente - ERRO com dano;
• Categoria H – um erro ocorreu e resultou em evento
potencialmente fatal - ERRO com dano;
(NCC MERP, 1996)
CATEGORIAS DOS ERROS
• Categoria I – um erro ocorreu e resultou na morte do
paciente – ERRO com morte.
(NCC MERP, 1996)
Segurança do paciente
• No contexto dos sistemas, o modelo proposto por
James Reason, conhecido como “queijo suíço”, tem
sido mundialmente aceito, inclusive nas empresas
prestadoras de serviços de saúde.
• Neste modelo, os erros são considerados mais
conseqüências do que causas, tendo suas origens
ligadas predominantemente aos fatores sistêmicos e
não à natureza falível do ser humano (quebra de
paradigmas?)
(Padilha, 2010)
Continuando...
• A idéia central é a dos sistemas de defesa , isto é,
toda tecnologia complexa possui barreiras e
salvaguardas voltadas a impedir erros, portanto,
quando um evento adverso ocorre, o importante não
é descobrir quem cometeu o erro, mas como e por
que as defesas falharam;
• A função de todas as barreiras é proteger as vítimas
potenciais (pacientes) e a instituição contra os
perigos do ambiente (situação);
• Como constituem camadas protetoras, falhas em
uma ou outra camada podem ser inofensivas,
porém, quando ocorre seu alinhamento, surge a
possibilidade de um evento perigoso.
(Padilha, 2010)
Modelo do Queijo Suiço de
Falhas das defesas
s
Paciente
necessita de
Antibiotico
terapia
Paciente
Corpo técnico
Verificaçao pela
farmacia
Aprazamento
Prescriçao médica
Fatias representam
barreiras que deveriam
previnem erros
Modelo do Queijo Suiço de Falhas
das defesas
2- Médico prescreve a dose errada
6-Resultado:
Quando os
buracos se
alinham:,
paciente
recebe a dose
excessiva 
MORTE
5-Administração da
dose pela equipe de
enfermagem sem
questionar a dose
não habitual
4- Farmácia não
verifica o erro de
prescrição
1- Paciente
necessita
de
medicação
3- Enfermeira ao aprazar
não observou a dose
exagerada
Implicações da rotina
O preço da segurança
 O perigo do trabalho;
 Falsa segurança da rotina;
 Não reavaliação dos processos de trabalho;
 O trabalho estanque no atendimento médico-
hospitalar;
 Suposições.... até quando?
Suposições sobre pessoas e
organizações
 O modelo gerencial atrapalha?
 A cultura profissional encaminha ao erro?
 A insegurança como direção;
 Suposições mudas;
 A liberdade de perguntar sem “ofender” a hierarquia
“Janelas” para o sistema



Identificação de perigos no local de trabalho
 Grande dependência de práticas e costumes.
“Quanto mais seguro se está, maior é a necessidade de se
lembrar que o ambiente é inerentemente inseguro.”
(Vincent,2009)
 Suposições sobre pessoas e organizações;
 A influência da hierarquia na comunicação;
 Ausência de materiais adaptados para aumentar a segurança;
 Práticas heterogêneas para procedimentos;
(Vincent,2009)
OS SETE NÍVEIS DE SEGURANÇA
Estrutura de análise dos fatores contribuintes que
influenciam a prática diária
 Fatores do paciente
 Fatores tecnológicos e da tarefa
 Fatores individuais (dos profissionais)
 Fatores da equipe
 Fatores do ambiente de trabalho
 Fatores organizacionais e administrativos
 Fatores do contexto institucional
SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO
“...você precisa de alguém que te dê
segurança
Senão você dança, senão você dança...”
(Engenheiros do Hawaii)
INTEGRAÇÃO DA EQUIPE
SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO
• Uma das formas mais comuns de intervenção no
cuidado ao paciente, utilizado ao longo dos anos na
cura de doenças, é a terapia medicamentosa
(Pedreira 2010);
• Hoje em dia, cerca de 88% dos pacientes que
procuram atendimento relacionado à saúde recebem
prescrições de medicamentos (Cassiani, 2005);
• Essa terapia é a que requer mais conhecimento
especializado do enfermeiro e dos demais
integrantes da equipe de enfermagem envolvidos no
cuidado ao paciente (Adami, 2006);
SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO
• Sua implementação em uma instituição hospitalar é
complexa e tem como base um trabalho
interdisciplinar estabelecido por uma equipe que
compartilha um objetivo comum, a prestação da
assistência à saúde com qualidade, eficácia e
segurança (Adami, 2006; Montgomery, 2007).
SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO
• Os erros durante o tratamento medicamentoso
podem resultar em sérias conseqüências ao paciente
e a sua família, como gerar incapacidades,
prolongar o tempo de internação e de
recuperação, expô-lo a mais procedimentos e
medidas terapêuticas, atrasar ou impedir que
reassuma suas funções sociais e até provocar sua
morte (Peterlini et al., Reason, 2004).
• Considerando todos os tipos de erros que podem
ocorrer durante o atendimento à saúde, os de
medicação ganham destaque, sendo também a
causa mais freqüente de eventos adversos evitáveis
(Carvalho e Vieira, 2002).
SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO
• A probabilidade de morte em pacientes
hospitalizados, provocada por erro de
medicação, é três vezes mais alta do que as
resultantes de acidentes automobilísticos e
muita mais alta do que morrer em um
acidente aéreo (Berlin et al., 1998)
Complexidade de nossa ação profissional !
Especificidades do paciente na
Instituição hospitalar
Especificidades do paciente na
Instituição hospitalar
1. Sistemas debilitados;
2. Tempo tratamento longo na maioria das
vezes;
3. Resposta prejudicada por conta da doença
propriamente dita;
4. Polifarmácia;
5. Potencial risco  e
6. Medicamentos interativos.
Enfermagem X Medicamentos
1. Foco principal
2. Melhora do(s) sintoma(s)
3. Administração do(s) medicamento(s)
4. Prescrição médica
5. Institucionalização dos horários ( até quando?)
6. (In)Compatibilidade e interações o que sabemos?
Alguns “novos” termos...
• Interação medicamentosa - Define-se quando a
ação de um medicamento é alterada pela presença
de outro;
• (In)compatibilidades - São interações físico-
químicas que ocorrem quando dois ou mais
medicamentos são administrados na mesma
solução ou misturados no mesmo recipiente, e o
produto obtido é capaz de inviabilizar a terapêutica
clínica.
Como proceder com o preparo
e administração de
medicamentos?
5 Certos X 9 Certos
5 Certos:
1. Paciente certo;
2. Medicamento certo;
3. Dose certa
4. Via de adm. Certa
5. Horário certo
9 certos:
Paciente certo;
Medicamento certo;
Dose certa;
Via de adm. Certa;
Horário certo;
Registro certo;
Devolução certa;
Orientação e informação
certa ao paciente;
Compatibilidade certa;
Vias de administração
Existem três categorias para administração
de medicamentos, são elas:
• Parenteral;
• Percutânea e
• Oral (SL, Gástrico/enteral)
Formas de apresentação
• Sólidas ;
• Semi-sólidas e
• Líquidas.
Apresentações sólidas
• Cápsulas;
• CÁPSULAS DE LIBERAÇÃO CONTROLADA
• Pastilhas ou tabletes e
• Comprimidos.
COMPRIMIDOS
COMPRIMIDOS NORMAIS E
COM COBERTURA:
• DEVE-SE TRITURAR ATÉ
FORMAR UM PÓ FINO
COMPRIMIDOS DE
LIBERAÇÃO RETARDADA:
• NÃO SE DEVE TRITURAR,
POIS PERDEM SUA
CARACTERÍSTICAS DE
LIBERAÇÃO.
• RISCO DE TOXICIDADE
• INADEQUADO NÍVEL
SÉRICO DO FÁRMACO
COMPRIMIDOS
COMPRIMIDOS COM
COBERTURA ENTÉRICA:
• NÃO SE DEVE TRITURAR.
• A PERDA DA COBERTURA
PODE PROVOCAR A
INATIVAÇÃO DO
PRÍNCIPIO ATIVO.
COMPRIMIDOS
EFERVESCENTES:
• PRIMEIRO DISSOLVER EM
ÁGUA ANTES DE ADM.
PARA EVITAR EFEITOS
IRRITATIVOS SOBRE A
MUCOSA GÁSTRICA.
• ADM. SOMENTE APÓS
EFERVESCÊNCIA.
E as líquidas?
• A apresentação líquida na maioria das vezes é a
forma ideal de se administrar medicamentos por
sonda, porém, não está isenta de complicações
como as demais apresentações.
• Os xaropes e suspensões apresentam muitas vezes
alta viscosidade, sendo necessária sua rediluição
para posterior administração.
Recomendações para
administração por sondas
• Lavar as mãos – utilizar álcool gel
• Utilizar máscara e luva para procedimentos caso se
faça necessário macerar o medicamento;
• Testar o posicionamento da sonda logo após a sua
inserção
• Certificar fixação da sonda;
• Fazer uso de horários ímpares de aprazamento para
minimizar as interações medicamentosas;
• Evitar macerar apresentações sólidas dos
medicamentos
Recomendações para
administração por sondas
• Lavar a sonda gástrica/enteral antes, entre e após a
administração de medicamentos.
• Cada medicamento deve ser administrado
separadamente.
• Lavar de imediato a sonda após a administração da
terapêutica prescrita.
• Não administrar múltiplos medicamentos ao mesmo
tempo pela sonda.
Recomendações para
administração por sondas
• Evitar preparações farmacêuticas oleosas.
• Sempre que possível, usar medicamentos líquidos
ou pouco viscosos (atenção aos xaropes que na sua
composição tenham sorbitol e/ou sacarose, visto a
possibilidade de agravar as diarréias associadas à
nutrição enteral).
O que é sorbitol?
• É um excipiente utilizado para melhorar o
sabor e a estabilidade das preparações e
pode ser encontrado em xaropes e soluções.
De acordo com a concentração pode causar
alterações gastrointestinais.
Tipos Interações na administração
por sondas
• Interação medicamento-sonda;
• Interações medicamento-medicamento e
• Interações medicamento-nutrição.
Cuidados para evitar a interação
medicamento-nutrição
• Nunca adicionar medicamentos e outras substâncias
às fórmulas de nutrição;
• Administrar os medicamentos em bôlus pela sonda
enteral;
• Usar formas farmacêuticas líquidas, sempre que
possível;
• Produtos muito ácidos causam obstrução da sonda.
• Evitar colocar nos mesmos horários de
administração vários medicamentos via enteral –
aprazamento adequado;
Segurança na administração
de medicamentos por via
intravenosa
Aprazamento
• O aprazamento é realizado pela enfermagem. Dessa
forma, visando aumentar a segurança na terapia
medicamentosa, o mesmo dever ser feito pelo
Enfermeiro.
Aprazamento
Ao aprazar o Enfermeiro deve:
• Conhecer a ação do medicamento;
• Implementar barreira de erros de medicação;
• Garantir o intervalo prescrito é suficiente para obter os
resultados esperados pelos medicamentos;
• Saber que alguns medicamentos podem interagir entre si caso
sejam administrados no mesmo horário.
Ex 1: A fenitoína tem sua ação diminuida quando adm. com
rifampicina, corticóides, haloperidol, clorpomazina, cetoconazol.
Ex 2: a fenitoína pode chegar a toxicidade quando adm. junto com
varfarina, metronidazol, omeprazol, entre outros...
(Clayton, 2006)
Aprazamento
Os opióides podem interagir entre si e terem seus
efeitos potencializados quando administrados com:
• Sedativos, antidepressivos, fenitoína, anti-
histamínicos.
O efeito anticoagulante da varfarina é aumentado
quando adm. junto com:
• AAS, fenitoína, amiodarona, metronidazol, Cipro,
corticóides, beta-bloqueadores.
(Clayton, 2006)
Aprazamento
Antimicrobianos - os aminoglicosídeos (Amicacina,
gentamicina, Neomicina) quando administrados
juntos com Vancomicina, Polimixina B, diuréticos e
metronidazol podem levar ao aumento do efeito
nefrotóxico.
Administração de
medicamentos
Administração de
medicamentos
Estratégias antes da administração:
• Lavar as mãos com sabão e utilizar álcool gel;
• Evitar uso de ponto decimal;
• Evitar empregar abreviações em prescrições;
• Solicitar à instituição que implante normas que visem evitar a
utilização de prescrições verbais de medicamentos;
• Solicitar uso de prescrição informatizada;
• Procurar destinar um local calmo para realização das
prescrições
• Solicitar ao médico para refazer cálculos de prescrição sempre
que houver dúvidas;
• Prescrever a diluição de medicamentos, incluindo tipo e a
quantidade de diluente, tempo de infusão
• Prescrever o modo de adm. de fármacos e soluções, por BI ou
método gravitacional
Administração de
medicamentos
Estratégias no preparo e administração de medicamentos:
• Checar duas vezes a medicação (dose, via de administração, diluição,
volume) com outro profissional (dupla checagem);
• Lavar sempre as mãos com sabão degermante e em seguida aplicar
álcool gel antes de preparar e após adm. os medicamentos
• Utilizar sempre máscaras e luvas de procedimentos para preparo e
administração de medicamentos;
• Realizar desinfecção de injetores laterais e ampolas de medicamentos
com álcool a 70% antes de sua administração- IMPORTANTE
• Procurar destinar um local calmo, bem iluminado para preparo de
medicamentos;
• Disponibilizar na unidade guias de prevenção de incompatibilidade
entre fármacos e soluções;
• Seguir os 5 ou 9 certos;
• Reconstituir e diluir os medicamentos conforme protocolos da
instituição
Administração de
medicamentos
• Conhecer o material que compõe o equipo de sua unidade;
• Abrir seringas e agulhas de maneira correta - ATENÇÃO
• Não adm. Medicamentos nas vias de aminas vasoativas,
insulina, heparina, sedação ou analgesia- IMPORTANTE
• Identificar todos equipos com o nome de cada droga antes do
injetor lateral- MUITO IMPORTANTE
• Observar, comunicar a equipe médica e farmacêutica de
plantão sobre a ocorrência de qualquer evento adverso;
• Somente administrar fármacos vasoativos, anestésicos,
analgésicos, bloqueadores neuro-musculares entre outros por
BI.
• Trocar equipos conforme protocolo da sua instituição
Administração de
medicamentos
• Desenvolver e implementar um sistema efetivo de registro de
erros de medicação; incentivar o registro voluntário dos erros e
empregar atitudes que descreva uma cultura de segurança e
não de punição;
• Não diluir os fármacos antes do horário de sua administração
• Instituir rotinas de trabalho em que assegurem a não adm. de
medicamentos suspensos - ATENÇÃO
• Identificar todos os pacientes com pulseira contendo nome
completo sem abreviaturas, leito e registro;
• Programa de Educação permanente a beira do leito para
melhora da assistência;
• Estimular a boa comunicação no serviço;
Administração de
medicamentos
• Checar e identificar o profissional que administrou o
fármaco;
• Atentar para preparo do paciente para exames, pois
o jejum pode interferir na administração de
medicamentos;
• Estimular o uso de horários ímpares em seu
aprazamento;
• Atenção com as solicitações verbais realizadas em
casos de extrema necessidade - IMPORTANTE
• Avaliar e investigar as causas de erros e
implementar medidas de prevenção.
• Atenção para alergias do paciente, destacar no
prontuário e prescrição;
• Remover do estoque comum da unidade,
medicamentos potencialmente perigosos (MPP).
Medicamentos potencialmente
perigosos
• Heparina fracionada e HBPM;
• Insulina Regular e NPH;
• Cloreto de Potássio;
• Morfina, Pancurônio, Tracrium
• Petidina, Tramal;
• Warfarina;
• Digoxina, Aminas vasoativas;
• Gluconato de Cálcio, MgSo4, propranolol IV;
• Sedativos e
• Citostáticos;
Concluindo...
• A segurança do paciente, primeiramente
deve ser um compromisso ético dos
profissionais nas instituições de saúde.
• Ainda que mudanças organizacionais sejam
necessárias na busca de uma assistência
segura, o desafio que se coloca na área da
saúde é a superação da cultura punitiva e a
conscientização da necessidade de um novo
olhar para a segurança no atendimento ao
paciente.
“ O futuro profissional é um edifício
misterioso que levantamos na terra com as
próprias mãos, e que mais tarde deverá
servir-nos a todos de moradia.”
Victor Hugo
Obrigado pela paciência!!!!! Valeuuuuu!!!
Contato: elsonbaleiro@hotmail.com

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  • 1. II JORNADA DE TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DO INCA ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Elson Santos de Oliveira Técnico de Enfermagem – HC I Novembro de 2010
  • 2. “...talvez pareça estranho enunciar como primeiro dever de um hospital não causar mal ao paciente...” (Florence Nightingale, 1859) “...Primum Non Nocere...” (primeiro não cause dano) (Hipócrates 460-377 a.C).
  • 3. “Em vez de serem os causadores de um acidente, os profissionais tendem a ser os herdeiros dos defeitos dos sistemas; a parte deles é comumente a de adicionar o toque final a uma mistura letal cujos ingredientes já estão cozinhando há muito tempo.” (Reason, 2000)
  • 4. “As ações e falhas das pessoas têm individualmente um papel central, mas seus pensamentos e comportamentos são muito influenciados e restringidos pelo ambiente de trabalho que os cerca e pelas rotinas organizacionais.” (Vincent.2009)
  • 5. CASO CLíNICO Foram prescritos 18g de Pipecarcilina e Tazobactam sódico (Tazocin) de 6/6h para infusão contínua, em um setor de terapia intensiva que não possui plantonista em todos os dias, onde a enfermeira aprazou sem observar e/ou questionar a prescrição, visto que a dose não era habitual (cabe ressaltar que a dose terapêutica diária do medicamento a um paciente adulto com funções renal e hepática normais é de 18g que é muito próxima da dose tóxica) para tratamento de sepse pulmonar, e por sua vez o serviço de farmácia também não observou e/ou questionou o valor da dose prescrita a ser “dispensada”, encaminhando a mesma ao setor solicitante, onde por mais uma vez a enfermeira realizou conferência sem nada de diferente observar, separando as doses para cada horário aprazado. A equipe de técnicos em enfermagem administrou a dose prescrita (18g) conferindo com a prescrição sem também questionar e esta ação se repetiu por mais dois horários até que o paciente em questão evoluiu com TV e sangramento pulmonar que culminou com seu óbito. Observaram a superdosagem apenas quando um profissional de enfermagem de plantão perguntou a equipe médica sobre a dose prescrita no dia anterior da medicação enquanto checava as medicações utilizadas na tentativa de RCPC, o que já era tarde.
  • 6. ALGUNS CONCEITOS • Erro de medicação- é qualquer evento evitável que pode causar ou induzir ao uso inapropriado do medicamento ou prejudicar o paciente, enquanto a medicação está sob o controle de um profissional de saúde, paciente ou consumidor. • Evento adverso relacionado a medicamento- é todo dano ou prejuízo ao indivíduo (não intencional) resultante do uso de medicamentos, porém nem todo imputado ao erro de medicação. (NCC MERP)
  • 7. ALGUNS CONCEITOS • Reação adversa a medicamentos (RAM) - qualquer efeito prejudicial ou indesejado e que se apresente após administração de doses normalmente utilizadas, no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade. (OMS, 1972).
  • 8. QUANDO OCORRE, DE QUEM É A CULPA DO ERRO?
  • 9. RESPONDENDO... • O mais importante na compreensão das definições é entender que, na vigência de erro, não se deve procurar, inicialmente culpado, mas entender por que esse evento aconteceu. • Devemos instituir a cultura da segurança e não adotar a cultura da punição. • Na maioria das vezes, “não importa” quem cometeu o erro e sim como o sistema contribuiu para tal ocorrência- MUDANÇA NA CULTURA QUE O OUTRO É O CULPADO.
  • 10. TIPOS DE ERROS DE MEDICAÇÃO • ERRO DE PRESCRIÇÃO – PRESCRIÇÃO ERRADA, DOSE... • ERRO DE DISPENSAÇÃO- DISTRIBUIÇÃO INCORRETA; • ERRO DE OMISSÃO - NÃO CHECAR • ERRO DE HORÁRIO – ADIANTAR OU ATRASAR A ADM; • ERRO DE ADM. DE MEDICAMENTO NÃO AUTORIZADO; • ERRO DE DOSE – ERRO DE DOSE, DOSE EXTRA; • ERRO DE APRESENTAÇÃO- ADM. ERRADO; • ERRO DE PREPARO- PREPARAR ANTES, TÉCNICA... • ERRO DE ADMINISTRAÇÃO- TÉCNICA, LOCAL ERRADO... • ERRO COM MEDICAMENTOS DETERIORADOS; • ERROS DE MONITORAÇÃO- MONITORAR DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS • ERRO EM RAZÃO DA NÃO ADERÊNCIA DO PACIENTE E DA FAMÍLIA - COMPORTAMENTO INADEQUADO. (ASHSP, 1993)
  • 11. CATEGORIAS DOS ERROS • Categoria A – circunstâncias ou eventos que têm a capacidade de causar erro – não ocorre o ERRO; • Categoria B – um erro ocorreu, porém o medicamento não foi administrado no paciente- ERRO sem dano; • Categoria C – um erro ocorreu e o medicamento foi administrado no paciente, mas não lhe trouxe dano – ERRO sem dano; • Categoria D – um erro ocorreu e resultou na necessidade de aumentar o monitoramento do paciente, mas não lhe trouxe dano – ERRO sem dano; (NCC MERP, 1996)
  • 12. CATEGORIAS DOS ERROS • Categoria E – um erro ocorreu e resultou na necessidade de um tratamento ou intervenção e causou dano temporário ao paciente – ERRO com dano; • Categoria F- um erro ocorreu e resultou em início ou aumento do tempo de hospitalização e causou dano temporário ao paciente - ERRO com dano; • Categoria G –Um erro ocorreu e resultou em dano permanente ao paciente - ERRO com dano; • Categoria H – um erro ocorreu e resultou em evento potencialmente fatal - ERRO com dano; (NCC MERP, 1996)
  • 13. CATEGORIAS DOS ERROS • Categoria I – um erro ocorreu e resultou na morte do paciente – ERRO com morte. (NCC MERP, 1996)
  • 14. Segurança do paciente • No contexto dos sistemas, o modelo proposto por James Reason, conhecido como “queijo suíço”, tem sido mundialmente aceito, inclusive nas empresas prestadoras de serviços de saúde. • Neste modelo, os erros são considerados mais conseqüências do que causas, tendo suas origens ligadas predominantemente aos fatores sistêmicos e não à natureza falível do ser humano (quebra de paradigmas?) (Padilha, 2010)
  • 15. Continuando... • A idéia central é a dos sistemas de defesa , isto é, toda tecnologia complexa possui barreiras e salvaguardas voltadas a impedir erros, portanto, quando um evento adverso ocorre, o importante não é descobrir quem cometeu o erro, mas como e por que as defesas falharam; • A função de todas as barreiras é proteger as vítimas potenciais (pacientes) e a instituição contra os perigos do ambiente (situação); • Como constituem camadas protetoras, falhas em uma ou outra camada podem ser inofensivas, porém, quando ocorre seu alinhamento, surge a possibilidade de um evento perigoso. (Padilha, 2010)
  • 16. Modelo do Queijo Suiço de Falhas das defesas s Paciente necessita de Antibiotico terapia Paciente Corpo técnico Verificaçao pela farmacia Aprazamento Prescriçao médica Fatias representam barreiras que deveriam previnem erros
  • 17. Modelo do Queijo Suiço de Falhas das defesas 2- Médico prescreve a dose errada 6-Resultado: Quando os buracos se alinham:, paciente recebe a dose excessiva MORTE 5-Administração da dose pela equipe de enfermagem sem questionar a dose não habitual 4- Farmácia não verifica o erro de prescrição 1- Paciente necessita de medicação 3- Enfermeira ao aprazar não observou a dose exagerada
  • 18. Implicações da rotina O preço da segurança O perigo do trabalho; Falsa segurança da rotina; Não reavaliação dos processos de trabalho; O trabalho estanque no atendimento médico- hospitalar; Suposições.... até quando?
  • 19. Suposições sobre pessoas e organizações O modelo gerencial atrapalha? A cultura profissional encaminha ao erro? A insegurança como direção; Suposições mudas; A liberdade de perguntar sem “ofender” a hierarquia
  • 20. “Janelas” para o sistema Identificação de perigos no local de trabalho Grande dependência de práticas e costumes. “Quanto mais seguro se está, maior é a necessidade de se lembrar que o ambiente é inerentemente inseguro.” (Vincent,2009) Suposições sobre pessoas e organizações; A influência da hierarquia na comunicação; Ausência de materiais adaptados para aumentar a segurança; Práticas heterogêneas para procedimentos; (Vincent,2009)
  • 21. OS SETE NÍVEIS DE SEGURANÇA Estrutura de análise dos fatores contribuintes que influenciam a prática diária Fatores do paciente Fatores tecnológicos e da tarefa Fatores individuais (dos profissionais) Fatores da equipe Fatores do ambiente de trabalho Fatores organizacionais e administrativos Fatores do contexto institucional
  • 22. SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO “...você precisa de alguém que te dê segurança Senão você dança, senão você dança...” (Engenheiros do Hawaii)
  • 24. SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO • Uma das formas mais comuns de intervenção no cuidado ao paciente, utilizado ao longo dos anos na cura de doenças, é a terapia medicamentosa (Pedreira 2010); • Hoje em dia, cerca de 88% dos pacientes que procuram atendimento relacionado à saúde recebem prescrições de medicamentos (Cassiani, 2005); • Essa terapia é a que requer mais conhecimento especializado do enfermeiro e dos demais integrantes da equipe de enfermagem envolvidos no cuidado ao paciente (Adami, 2006);
  • 25. SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO • Sua implementação em uma instituição hospitalar é complexa e tem como base um trabalho interdisciplinar estabelecido por uma equipe que compartilha um objetivo comum, a prestação da assistência à saúde com qualidade, eficácia e segurança (Adami, 2006; Montgomery, 2007).
  • 26. SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO • Os erros durante o tratamento medicamentoso podem resultar em sérias conseqüências ao paciente e a sua família, como gerar incapacidades, prolongar o tempo de internação e de recuperação, expô-lo a mais procedimentos e medidas terapêuticas, atrasar ou impedir que reassuma suas funções sociais e até provocar sua morte (Peterlini et al., Reason, 2004). • Considerando todos os tipos de erros que podem ocorrer durante o atendimento à saúde, os de medicação ganham destaque, sendo também a causa mais freqüente de eventos adversos evitáveis (Carvalho e Vieira, 2002).
  • 27. SEGURANÇA NA MEDICAÇÃO • A probabilidade de morte em pacientes hospitalizados, provocada por erro de medicação, é três vezes mais alta do que as resultantes de acidentes automobilísticos e muita mais alta do que morrer em um acidente aéreo (Berlin et al., 1998) Complexidade de nossa ação profissional !
  • 28. Especificidades do paciente na Instituição hospitalar
  • 29. Especificidades do paciente na Instituição hospitalar 1. Sistemas debilitados; 2. Tempo tratamento longo na maioria das vezes; 3. Resposta prejudicada por conta da doença propriamente dita; 4. Polifarmácia; 5. Potencial risco e 6. Medicamentos interativos.
  • 30. Enfermagem X Medicamentos 1. Foco principal 2. Melhora do(s) sintoma(s) 3. Administração do(s) medicamento(s) 4. Prescrição médica 5. Institucionalização dos horários ( até quando?) 6. (In)Compatibilidade e interações o que sabemos?
  • 31. Alguns “novos” termos... • Interação medicamentosa - Define-se quando a ação de um medicamento é alterada pela presença de outro; • (In)compatibilidades - São interações físico- químicas que ocorrem quando dois ou mais medicamentos são administrados na mesma solução ou misturados no mesmo recipiente, e o produto obtido é capaz de inviabilizar a terapêutica clínica.
  • 32. Como proceder com o preparo e administração de medicamentos?
  • 33. 5 Certos X 9 Certos 5 Certos: 1. Paciente certo; 2. Medicamento certo; 3. Dose certa 4. Via de adm. Certa 5. Horário certo 9 certos: Paciente certo; Medicamento certo; Dose certa; Via de adm. Certa; Horário certo; Registro certo; Devolução certa; Orientação e informação certa ao paciente; Compatibilidade certa;
  • 34. Vias de administração Existem três categorias para administração de medicamentos, são elas: • Parenteral; • Percutânea e • Oral (SL, Gástrico/enteral)
  • 35. Formas de apresentação • Sólidas ; • Semi-sólidas e • Líquidas.
  • 36. Apresentações sólidas • Cápsulas; • CÁPSULAS DE LIBERAÇÃO CONTROLADA • Pastilhas ou tabletes e • Comprimidos.
  • 37. COMPRIMIDOS COMPRIMIDOS NORMAIS E COM COBERTURA: • DEVE-SE TRITURAR ATÉ FORMAR UM PÓ FINO COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO RETARDADA: • NÃO SE DEVE TRITURAR, POIS PERDEM SUA CARACTERÍSTICAS DE LIBERAÇÃO. • RISCO DE TOXICIDADE • INADEQUADO NÍVEL SÉRICO DO FÁRMACO
  • 38. COMPRIMIDOS COMPRIMIDOS COM COBERTURA ENTÉRICA: • NÃO SE DEVE TRITURAR. • A PERDA DA COBERTURA PODE PROVOCAR A INATIVAÇÃO DO PRÍNCIPIO ATIVO. COMPRIMIDOS EFERVESCENTES: • PRIMEIRO DISSOLVER EM ÁGUA ANTES DE ADM. PARA EVITAR EFEITOS IRRITATIVOS SOBRE A MUCOSA GÁSTRICA. • ADM. SOMENTE APÓS EFERVESCÊNCIA.
  • 39. E as líquidas? • A apresentação líquida na maioria das vezes é a forma ideal de se administrar medicamentos por sonda, porém, não está isenta de complicações como as demais apresentações. • Os xaropes e suspensões apresentam muitas vezes alta viscosidade, sendo necessária sua rediluição para posterior administração.
  • 40. Recomendações para administração por sondas • Lavar as mãos – utilizar álcool gel • Utilizar máscara e luva para procedimentos caso se faça necessário macerar o medicamento; • Testar o posicionamento da sonda logo após a sua inserção • Certificar fixação da sonda; • Fazer uso de horários ímpares de aprazamento para minimizar as interações medicamentosas; • Evitar macerar apresentações sólidas dos medicamentos
  • 41. Recomendações para administração por sondas • Lavar a sonda gástrica/enteral antes, entre e após a administração de medicamentos. • Cada medicamento deve ser administrado separadamente. • Lavar de imediato a sonda após a administração da terapêutica prescrita. • Não administrar múltiplos medicamentos ao mesmo tempo pela sonda.
  • 42. Recomendações para administração por sondas • Evitar preparações farmacêuticas oleosas. • Sempre que possível, usar medicamentos líquidos ou pouco viscosos (atenção aos xaropes que na sua composição tenham sorbitol e/ou sacarose, visto a possibilidade de agravar as diarréias associadas à nutrição enteral).
  • 43. O que é sorbitol? • É um excipiente utilizado para melhorar o sabor e a estabilidade das preparações e pode ser encontrado em xaropes e soluções. De acordo com a concentração pode causar alterações gastrointestinais.
  • 44. Tipos Interações na administração por sondas • Interação medicamento-sonda; • Interações medicamento-medicamento e • Interações medicamento-nutrição.
  • 45. Cuidados para evitar a interação medicamento-nutrição • Nunca adicionar medicamentos e outras substâncias às fórmulas de nutrição; • Administrar os medicamentos em bôlus pela sonda enteral; • Usar formas farmacêuticas líquidas, sempre que possível; • Produtos muito ácidos causam obstrução da sonda. • Evitar colocar nos mesmos horários de administração vários medicamentos via enteral – aprazamento adequado;
  • 46. Segurança na administração de medicamentos por via intravenosa
  • 47. Aprazamento • O aprazamento é realizado pela enfermagem. Dessa forma, visando aumentar a segurança na terapia medicamentosa, o mesmo dever ser feito pelo Enfermeiro.
  • 48. Aprazamento Ao aprazar o Enfermeiro deve: • Conhecer a ação do medicamento; • Implementar barreira de erros de medicação; • Garantir o intervalo prescrito é suficiente para obter os resultados esperados pelos medicamentos; • Saber que alguns medicamentos podem interagir entre si caso sejam administrados no mesmo horário. Ex 1: A fenitoína tem sua ação diminuida quando adm. com rifampicina, corticóides, haloperidol, clorpomazina, cetoconazol. Ex 2: a fenitoína pode chegar a toxicidade quando adm. junto com varfarina, metronidazol, omeprazol, entre outros... (Clayton, 2006)
  • 49. Aprazamento Os opióides podem interagir entre si e terem seus efeitos potencializados quando administrados com: • Sedativos, antidepressivos, fenitoína, anti- histamínicos. O efeito anticoagulante da varfarina é aumentado quando adm. junto com: • AAS, fenitoína, amiodarona, metronidazol, Cipro, corticóides, beta-bloqueadores. (Clayton, 2006)
  • 50. Aprazamento Antimicrobianos - os aminoglicosídeos (Amicacina, gentamicina, Neomicina) quando administrados juntos com Vancomicina, Polimixina B, diuréticos e metronidazol podem levar ao aumento do efeito nefrotóxico.
  • 52. Administração de medicamentos Estratégias antes da administração: • Lavar as mãos com sabão e utilizar álcool gel; • Evitar uso de ponto decimal; • Evitar empregar abreviações em prescrições; • Solicitar à instituição que implante normas que visem evitar a utilização de prescrições verbais de medicamentos; • Solicitar uso de prescrição informatizada; • Procurar destinar um local calmo para realização das prescrições • Solicitar ao médico para refazer cálculos de prescrição sempre que houver dúvidas; • Prescrever a diluição de medicamentos, incluindo tipo e a quantidade de diluente, tempo de infusão • Prescrever o modo de adm. de fármacos e soluções, por BI ou método gravitacional
  • 53. Administração de medicamentos Estratégias no preparo e administração de medicamentos: • Checar duas vezes a medicação (dose, via de administração, diluição, volume) com outro profissional (dupla checagem); • Lavar sempre as mãos com sabão degermante e em seguida aplicar álcool gel antes de preparar e após adm. os medicamentos • Utilizar sempre máscaras e luvas de procedimentos para preparo e administração de medicamentos; • Realizar desinfecção de injetores laterais e ampolas de medicamentos com álcool a 70% antes de sua administração- IMPORTANTE • Procurar destinar um local calmo, bem iluminado para preparo de medicamentos; • Disponibilizar na unidade guias de prevenção de incompatibilidade entre fármacos e soluções; • Seguir os 5 ou 9 certos; • Reconstituir e diluir os medicamentos conforme protocolos da instituição
  • 54. Administração de medicamentos • Conhecer o material que compõe o equipo de sua unidade; • Abrir seringas e agulhas de maneira correta - ATENÇÃO • Não adm. Medicamentos nas vias de aminas vasoativas, insulina, heparina, sedação ou analgesia- IMPORTANTE • Identificar todos equipos com o nome de cada droga antes do injetor lateral- MUITO IMPORTANTE • Observar, comunicar a equipe médica e farmacêutica de plantão sobre a ocorrência de qualquer evento adverso; • Somente administrar fármacos vasoativos, anestésicos, analgésicos, bloqueadores neuro-musculares entre outros por BI. • Trocar equipos conforme protocolo da sua instituição
  • 55. Administração de medicamentos • Desenvolver e implementar um sistema efetivo de registro de erros de medicação; incentivar o registro voluntário dos erros e empregar atitudes que descreva uma cultura de segurança e não de punição; • Não diluir os fármacos antes do horário de sua administração • Instituir rotinas de trabalho em que assegurem a não adm. de medicamentos suspensos - ATENÇÃO • Identificar todos os pacientes com pulseira contendo nome completo sem abreviaturas, leito e registro; • Programa de Educação permanente a beira do leito para melhora da assistência; • Estimular a boa comunicação no serviço;
  • 56. Administração de medicamentos • Checar e identificar o profissional que administrou o fármaco; • Atentar para preparo do paciente para exames, pois o jejum pode interferir na administração de medicamentos; • Estimular o uso de horários ímpares em seu aprazamento; • Atenção com as solicitações verbais realizadas em casos de extrema necessidade - IMPORTANTE • Avaliar e investigar as causas de erros e implementar medidas de prevenção. • Atenção para alergias do paciente, destacar no prontuário e prescrição; • Remover do estoque comum da unidade, medicamentos potencialmente perigosos (MPP).
  • 57. Medicamentos potencialmente perigosos • Heparina fracionada e HBPM; • Insulina Regular e NPH; • Cloreto de Potássio; • Morfina, Pancurônio, Tracrium • Petidina, Tramal; • Warfarina; • Digoxina, Aminas vasoativas; • Gluconato de Cálcio, MgSo4, propranolol IV; • Sedativos e • Citostáticos;
  • 58. Concluindo... • A segurança do paciente, primeiramente deve ser um compromisso ético dos profissionais nas instituições de saúde. • Ainda que mudanças organizacionais sejam necessárias na busca de uma assistência segura, o desafio que se coloca na área da saúde é a superação da cultura punitiva e a conscientização da necessidade de um novo olhar para a segurança no atendimento ao paciente.
  • 59. “ O futuro profissional é um edifício misterioso que levantamos na terra com as próprias mãos, e que mais tarde deverá servir-nos a todos de moradia.” Victor Hugo Obrigado pela paciência!!!!! Valeuuuuu!!! Contato: elsonbaleiro@hotmail.com