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Profª Mayara Pereira
ANTIPSICÓTICOS
ANTIPSICÓTICOS
Denominações: neurolépticos, drogas
antiesquizofrenia, tranquilizantes
maiores
Usos: principalmente no tratamento das
psicoses
Psicoses
Características: alterações de pensamento,
comportamento, presença de alucinações,
delírios
Orgânicas:
estados confusionais induzidos por drogas
doenças do SNC (tumores, traumas, epilepsia,
reações alérgicas, demências, etc)
Não orgânicas:
afetivas – depressão e mania
esquizofrênicas
outras
Uso Clínico dos Antipsicóticos
esquizofrenia
episódios de mania, estados mistos maníaco-
depressivos, depressões psicóticas
comportamento de violência impulsiva
distúrbios de comportamento em doenças de
Alzheimer, Parkinson, psicoses orgânicas
Uso Clínico dos Antipsicóticos
Doença (Coréia) de Huntington: bloqueio dos
movimentos involuntários
controle de náuseas e vômitos
tratamento dos soluços incoercíveis
pré-medicação cirúrgica - BDZ são preferidos
neuroleptoanalgesia - droperidol + fentanil
• Principal transtorno PSICÓTICO
• Freqüente: afeta ~1% da população geral
• Causas permanecem desconhecidas
• Efeitos devastadores
– Desde adolescência ou início idade adulta
– Diminuição acentuada qualidade de vida /
produtividade
– Necessidade de tratamento medicamentoso a longo
prazo
– 10% morrem por suicídio
– Sobrecarga para família e sociedade / Grandes
custos humanos e financeiros
Esquizofrenia
Etiologia
Heteregeneidade etiológica é provável, com
múltiplos fatores envolvidos
FATORES GENÉTICOS
FATORESAMBIENTAIS
complicações obstétricas, infecções virais,
desnutrição durante a vida precoce,
estresse materno durante gravidez
FATORES DE VULNERABILIDADE
Sintomatologia
Sintomas positivos
• Delírios
• Alucinações / pseudo-alucinações
• Incoerência do pensamento
• Alterações afetivas
• Alterações psicomotoras
Sintomas negativos
• Embotamento afetivo
• Pobreza do discurso
• Pobreza do conteúdo do discurso
• Empobrecimento funcional
• Distractibilidade
• Isolamento social
Sintomas catatônicos
podem predominar numa
minoria de quadros agudos
Classificação Atual: CID-10 (1992)
1 mês:
Critérios operacionais
Presença de sintomas de pelo menos um dos subgrupos por
(a) Eco, inserção, roubo ou difusão do pensamento
(b) Delírios de controle, passividade; percepção delirante
(c) Alucinações auditivas
(d) Delírios bizarros ( políticos, religiosos, grandeza)
Presença de sintomas de pelo menos dois dos subgrupos por 1 mês:
(e) alucinações, em geral acompanhadas de delírios pouco estruturados
(f) incoerência do pensamento, neologismos
(g) comportamento catatônico
(h) sintomas negativos
Ausência de sintomas afetivos proeminentes
Ausência de doenças cerebrais, intoxicações por drogas, ou síndromes de
abstinência
Teoria dopaminérgica
da esquizofrenia
Sintomas positivos Sintomas negativos
vias
hiperdopaminérgicas
vias
hipodopaminérgicas
Normal
Hiperatividade:
sintomas positivos
Hipótese dopaminérgica
da esquizofrenia
Via mesolímbica
Via nigrostriatal (parte
do sistema EP)
Via tuberoinfundibular
(inibe a liberação de prolactina)
Via mesocortical
Hipoatividade:
sintomas negativos
amotivação
deficits cognitivos
Hiperatividade mesolímbica
sintomas positivos
Deficiência de dopamina como causa de sintomas
negativos e cognitivos
Hipótese Dopaminérgica
Excesso
de dopamina
subcortical
Hiperestimulação
D2
Sintomas
positivos
Déficit
de dopamina
pré-frontal
Hipoestimulação
D & D
1 2
Sintomas
cognitivos
e negativos
Hipótese dopaminérgica da esquizofrenia
Carlsson & Lindquist, 1963
- Mecanismo de ação de antipsicóticos:
bloqueio de receptores D2
Excesso de atividade
dopaminanérgica
estaria associada aos
sintomas psicóticos
Peroutka & Snyder, 1980
Drogas Antipsicóticas
Classe heterogênea
Propriedade comum:
antagonistas de receptores dopaminérgicos
Histórico
1949: Laborit - teste drogas relacionadas
com a prometazina
1952: Jean Delay e Pierre Deniker -
administração doses crescentes de
clorpromazina a pacientes agitados,
maníacos hiperativos e esquizofrênicos
1954: Nathan Kline - propriedades
neurolépticas da reserpina demonstrada em
esquizofrênicos
Drogas Antipsicóticas
Classificação dos Antipsicóticos
Típicos (clássicos, convencionais) - primeiros
antipsicóticos
“Atípicos” - menos efeitos extrapiramidais
Agentes antipsicóticos convencionais usados para o
tratamento de psicoses e esquizofrenia nos Estados Unidos
Nome Genérico Nome Comercial
Haloperidol Haldol
Pimozide O rap
Tioridazina M ellaril
Trifluoperazina Stelazine
Acetofenazina
Clorpromazina
Clorprotixeno
Clozapina
Flufenazina
HALOPERIDOL
Loxapina
M esoridazina
Molindone
Perfenazina
PIMOZIDE
Piperacetazina
Proclorperazina
TIORIDAZINA
Tiotixene
TRIFLUOPERAZINA
Triflupromazina
Tindal
Thorazine
Taractan
Clozaril
Prolixin; Permitil
HALDOL
Loxitane
Serentil
Moban; Lidone
Trilafon
ORAP
Quide
Compazine
MELERIL
Navane
STELAZINE
Vesprin
Classificação das drogas antipsicóticas
“Drogas antipsicóticas típicas”
Protótipo
Classificação
Fenotiazinas
Alifáticas
Piperazina
Piperidina
Clorpromazina
Flufenazina
Perfenazina
tioridazina
Mesoridazina
Haloperidol
Pimozide
Butirofenonas
Tioxantina
Dibenzoxazepinas
Dihidroindolonas
Tiotixene
Loxapina
Molindona
Dopamina no SNC - principais vias
mesolímbica e mesocortical: comportamento
os efeitos terapêuticos dos antipsicóticos
estão associados ao bloqueio de
receptores dopaminérgicos da via
mesolímbica
via cortico-
mesolímbica
Ação dos antagonistas D2 no sistema
mesolímbico
melhora dos sintomas positivos
Ação dos antagonistas D2 na via
mesocortical
piora dos sintomas negativos
Antagonismo dopaminérgico:
sintomas positivos
Melhora dos
sintomas positivos
inibição
DA
Melhora mínima dos
sintomas negativos
Antagonismo dopaminérgico:
sintomas negativos
inibição
DA
Antipsicóticos Típicos
Fenotiazínicos:
- alifáticos: clorpromazina
- piperazínicos: flufenazina, trifluperazina
- piperidínicos: tioridazina
Butirofenonas: haloperidol
Tioxantenos: clorprotixeno; tiotixeno
Fenotiazinas - clorpromazina
protótipo: clorpromazina - sedativa,
efeitos extrapiramidais moderados
ação em vários receptores: antagonista de
receptores muscarínicos, 5-HT2, 1,
histaminérgicos
Neurolépticos Típicos - ação em receptores
Fenotiazínicos
D1 D2 5-HT2 H1 Musc
Alifáticos ++ +++ +++ + ++ ++
Piperazínicos + +++ ++ + ++ ++
Piperidínicos + ++ +++ ++ ++
Butirofenonas
Haloperidol + +++ + +
Tioxantenos
Tiotixeno + +++ ++ + ++ ++
Fenotiazinas - Flufenazina
pouca sedação
efeitos extrapiramidais pronunciados
hipotensivo
disponível em formas de longa duração
(decanoato) para aumentar a aderência ao
tratamento
Butirofenonas
haloperidol - droga mais utilizada
haloperidol ester - decanoato - forma injetável
de longa duração
outras drogas:
espiropirona (espiroperidol) - um dos
antipsicóticos mais potentes
droperidol - utilizado como adjunto em
anestesias devido as suas propriedades
sedativas
Antipsicóticos de alta potência
Haloperidol - Flufenazina - Trifluoperazina
Maior ligação a receptores D2:
Maior eficácia
Mais SEP (Sintomas Extrapiramidais)
Maior incidência maior de discinesia
Menos problemas cognitivos
Menos sedação
Menos efeitos anticolinérgicos
Menos efeitos cardiovasculares
Antipsicóticos de baixa potência
Tioridazina - Clorpromazina
Menor ligação a receptores D2:
Menor eficácia
Menos SEP (Sintomas Extrapiramidais)
Menor incidência maior de discinesia
Mais problemas cognitivos
Mais sedação
Mais efeitos anticolinérgicos
Mais efeitos cardiovasculares
Eficácia Clínica dos Antipsicóticos Típicos
sintomas agudos da esquizofrenia - controlam o
comportamento bizarro e diminuem a agitação
tratamento prolongado previne ataques de
esquizofrenia, permitindo a retirada do paciente
do hospital
preparações de liberação lenta são utilizadas na
terapia de manutenção
são eficazes em 50-70% dos esquizofrênicos - os
sintomas negativos são os mais resistentes
Eficácia Clínica dos Antipsicóticos Típicos
sintomas agudos da esquizofrenia - controlam o
comportamento bizarro e diminuem a agitação
tratamento prolongado previne ataques de
esquizofrenia, permitindo a retirada do paciente
do hospital
preparações de liberação lenta são utilizadas na
terapia de manutenção
são eficazes em 50-70% dos esquizofrênicos - os
sintomas negativos são os mais resistentes
Problemas associados ao tratamento com
antipsicóticos convencionais
1. Efeitos colaterais (EEPs e outros)
2.Sintomas negativos têm resposta pobre e
podem até ser agravados
3.Há refratariedade (sintomas positivos) em
até 30% dos casos
ADVENTO DOSANTIPSICÓTICOSATÍPICOS
Antipsicóticos atípicos
Clozapina (Leponex)
Risperidona (Risperdal)
Olanzapina (Zyprexa)
Quetiapina (Seroquel)
Ziprasidona (Geodon)
Aripiprazol (Abilify)
Antipsicóticos atípicos
benzamidas: sulpirida, amisulprida
benzisoxazolas: risperidona, ziprasidona
dibenzodiazepinas: clozapina
dibenzotiazepina: quetiapina
difenilbutilpiperazinas: pimozida
imidazolidinone: sertindol
tienobenzodiazepina: olanzapina
CLOZAPINA
Protótipo dos antipsicóticos atípicos
sintetizada no início dos anos 60 (Hippius, 1989)
bloqueia o receptor D4
parece mais eficaz do que outros antipsicóticos
não provoca efeitos extrapiramidais
efeitos colaterais: sedação, efeitos
anticolinérgicos e hipotensores, ganho de peso
provoca discrasias sangüíneas (agranulocitose –
diminuição produção de glob brancos: diminuição da imunidade)
em cerca de 2% dos pacientes
Clozapina
Na última década:
Melhora clínica demonstrada em 30 a 50% de pacientes
resistentes a neurolépticos convencionais (Breier et al., 1994;
Schooler et al., 1994; Lieberman et al., 1994)
Benefícios podem incluir também:
Melhora de sintomas negativos (Kane et al., 1988; Meltzer,
1995)
Ausência de discinesia tardia (Bassitt et al., 1998)
Apesar dos inconvenientes
relação custo-benefício é favorável
(Revicki, 1999)
Qual o mecanismo de ação da clozapina?
Convencional CLOZAPINA
Paciente não-medicado
1. Antagonismo moderado de receptores D2
Pilowsky et al., 1992
2. Antagonismo intenso de receptores serotonérgicos 5-HT2
CLOZAPINA
Paciente não medicado
3. Ação também em vários outros receptores:
Busatto et al., 1997
CLOZAPINA
Liga-se a ium subtipo específico de receptor dopaminérgico,
(subtipo D4)
Clozapina
Outros antipsicóticos atípicos: Risperidona
Bloqueio 5-HT2 significativamente
maior que D2
Leysen et al., 1993
Antipsicótico
convencional
Risperidona
(Busatto et al., 1995)
Preenche os critérios farmacológicos de
“atipicidade”
Antagonismo D2 comparável ao de antipsicóticos
tradicionais
Risperidona
Olanzapina
Quetiapina
Ziprasidona
Antipsicóticos “atípicos”
são bloqueadores moderados dos receptores
dopaminérgicos
menos efeitos extrapiramidais
são mais eficazes na diminuição dos sintomas
negativos
tem ação nos receptores 5-HT2
Mecanismos de Ação dos Antipsicóticos
Típicos
antagonista D2
(alivia psicose)
superestimulação
causa psicose
sistema
límbico
DA +
-
2
(causa EPS)
estriado antagonista D
+ DA
--
5-HT2
-
DA DA
5-HT
5-HT2
-
Mecanismos de Ação dos Antipsicóticos
Atípicos
sistema
límbico
estriado
DA
DA
DA
bloqueio 5-HT2
aumenta liberação
de DA
5-HT
5-HT2
-
-
-
- 5-HT2
antagonista D2
(alivia psicose)
DA
ausência de efeitos
extrapiramidais
Mecanismos de Ação dos Antipsicóticos
Atípicos
córtex
pré-frontal
córtex
pré-frontal
DA
DA +
+ DA
bloqueio 5-HT2
aumenta liberação
de DA
5-HT2
-
- 5-HT2
-
-
DA
melhora dos sintomas
negativos
Hipótese da hipoatividade dopaminérgica cortical
5-HT
Neurolépticos Típicos
DA
DA
D2
D2
D2
D2
D2
D2
D2
D2
D2
D2
Neurolépticos Atípicos
DA
DA
DA
Atividade intrínseca nos receptores D2
sem ativação
antagonista (haloperidol, etc)
Receptor D2
ativação total
agonista total (dopamina)
Atividade intrínseca nos receptores D2
sem ativação
antagonista (haloperidol, etc)
ativação parcial
agonista parcial (aripiprazol)
Receptor D2
ativação total
agonista total (dopamina)
Antagonismo dopaminérgico parcial:
sintomas positivos e SEP
sem SEP
sem
Hiperprolactinemia
Melhora dos
sintomas positivos
estabilização
DA
Antagonismo dopaminérgico parcial:
sintomas negativos
Estabilização
Melhora dos
sintomas negativos
Efeitos adversos dos antipsicóticos
síndrome extrapiramidal aguda: tremor e
rigidez - sintomas semelhantes ao da doença de
Parkinson (Parkinsonismo farmacológico)
redução de movimentos
acinesia ou bradicinesia
fraqueza muscular
máscara facial
rigidez ou tremor
reversível - bloqueio dos receptores DA
nigroestriatais
Sintomas extrapiramidais - SEP
1 - Distônias agudas - nas primeiras 48 horas
movimentos espasmódicos da musculatura do
pescoço, boca, língua
2 - Parkinsonismo - desenvolvimento gradual (dias-
sem.) tremor de extremidades, hipertonia,
rigidez muscular
3 - Acatisia - inquietação psicomotora, desejo
incontrolável de movimentar-se e sensação
interna de tensão
4 - Discinesia tardia - após o uso crônico
Efeitos adversos dos antipsicóticos
Administração Prolongada
discinesia tardia
prejuízo dos movimentos voluntários
movimentos involuntários, estereotipados,
repetitivos, da face (laterais de queixo, lábios),
tronco e membros
15-20% dos pacientes desenvolvem a síndrome
mais prevalente em pacientes mais idosos
IRREVERSÍVEL
Mecanismo da Discinesia Tardia
bloqueio de receptores leva à supersensibilização
dos receptores de dopamina nos gânglios da base
com o aumento do número de receptores, mais
receptores são estimulados após a liberação de
dopamina
Discinesia tardia
bloqueio dos receptores da via
nigroestriatal causa hipersensibilidade
a hipersensibilidade pode provocar os
movimentos hipercinéticos (discinesia
tardia)
Tratamento da discinesia tardia
diminuição da dose - inicialmente a discinesia
piora e melhora nas semanas seguintes
aumento da dose - melhora a discinesia, mas a
longo prazo os sintomas podem reaparecer
Efeitos adversos dos antipsicóticos
Sistema Neuroendócrino
bloqueio dos receptores DA
tuberoinfundibulares resulta em
hiperprolactinemia
amenorréia-galactorréia, infertilidade,
diminuição da libido e ginecomastia
Efeitos adversos dos antipsicóticos
Sistema Nervoso Autônomo
boca seca, perda da acomodação visual e
constipação: bloqueio colinérgico
hipotensão ortostática, impotência, dificuldade
de ejaculação: bloqueio -adrenérgico
Sistema Neuroendócrino
aumento do apetite e ganho de peso
Outros
complicações oculares, toxicidade cardíaca,
reações cutâneas, icterícia, discrasias sangüíneas
Efeitos adversos dos antipsicóticos
Síndrome Neuroléptica Maligna
ocorre em 0, 5-1, 0% dos pacientes
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Antipsicóticos: tratamento de psicoses e esquizofrenia

  • 2. ANTIPSICÓTICOS Denominações: neurolépticos, drogas antiesquizofrenia, tranquilizantes maiores Usos: principalmente no tratamento das psicoses
  • 3. Psicoses Características: alterações de pensamento, comportamento, presença de alucinações, delírios Orgânicas: estados confusionais induzidos por drogas doenças do SNC (tumores, traumas, epilepsia, reações alérgicas, demências, etc) Não orgânicas: afetivas – depressão e mania esquizofrênicas outras
  • 4. Uso Clínico dos Antipsicóticos esquizofrenia episódios de mania, estados mistos maníaco- depressivos, depressões psicóticas comportamento de violência impulsiva distúrbios de comportamento em doenças de Alzheimer, Parkinson, psicoses orgânicas
  • 5. Uso Clínico dos Antipsicóticos Doença (Coréia) de Huntington: bloqueio dos movimentos involuntários controle de náuseas e vômitos tratamento dos soluços incoercíveis pré-medicação cirúrgica - BDZ são preferidos neuroleptoanalgesia - droperidol + fentanil
  • 6. • Principal transtorno PSICÓTICO • Freqüente: afeta ~1% da população geral • Causas permanecem desconhecidas • Efeitos devastadores – Desde adolescência ou início idade adulta – Diminuição acentuada qualidade de vida / produtividade – Necessidade de tratamento medicamentoso a longo prazo – 10% morrem por suicídio – Sobrecarga para família e sociedade / Grandes custos humanos e financeiros Esquizofrenia
  • 7. Etiologia Heteregeneidade etiológica é provável, com múltiplos fatores envolvidos FATORES GENÉTICOS FATORESAMBIENTAIS complicações obstétricas, infecções virais, desnutrição durante a vida precoce, estresse materno durante gravidez FATORES DE VULNERABILIDADE
  • 8. Sintomatologia Sintomas positivos • Delírios • Alucinações / pseudo-alucinações • Incoerência do pensamento • Alterações afetivas • Alterações psicomotoras Sintomas negativos • Embotamento afetivo • Pobreza do discurso • Pobreza do conteúdo do discurso • Empobrecimento funcional • Distractibilidade • Isolamento social Sintomas catatônicos podem predominar numa minoria de quadros agudos
  • 9. Classificação Atual: CID-10 (1992) 1 mês: Critérios operacionais Presença de sintomas de pelo menos um dos subgrupos por (a) Eco, inserção, roubo ou difusão do pensamento (b) Delírios de controle, passividade; percepção delirante (c) Alucinações auditivas (d) Delírios bizarros ( políticos, religiosos, grandeza) Presença de sintomas de pelo menos dois dos subgrupos por 1 mês: (e) alucinações, em geral acompanhadas de delírios pouco estruturados (f) incoerência do pensamento, neologismos (g) comportamento catatônico (h) sintomas negativos Ausência de sintomas afetivos proeminentes Ausência de doenças cerebrais, intoxicações por drogas, ou síndromes de abstinência
  • 10. Teoria dopaminérgica da esquizofrenia Sintomas positivos Sintomas negativos vias hiperdopaminérgicas vias hipodopaminérgicas Normal
  • 11. Hiperatividade: sintomas positivos Hipótese dopaminérgica da esquizofrenia Via mesolímbica Via nigrostriatal (parte do sistema EP) Via tuberoinfundibular (inibe a liberação de prolactina) Via mesocortical Hipoatividade: sintomas negativos amotivação deficits cognitivos
  • 13. Deficiência de dopamina como causa de sintomas negativos e cognitivos
  • 14. Hipótese Dopaminérgica Excesso de dopamina subcortical Hiperestimulação D2 Sintomas positivos Déficit de dopamina pré-frontal Hipoestimulação D & D 1 2 Sintomas cognitivos e negativos
  • 15. Hipótese dopaminérgica da esquizofrenia Carlsson & Lindquist, 1963 - Mecanismo de ação de antipsicóticos: bloqueio de receptores D2 Excesso de atividade dopaminanérgica estaria associada aos sintomas psicóticos Peroutka & Snyder, 1980
  • 16. Drogas Antipsicóticas Classe heterogênea Propriedade comum: antagonistas de receptores dopaminérgicos
  • 17. Histórico 1949: Laborit - teste drogas relacionadas com a prometazina 1952: Jean Delay e Pierre Deniker - administração doses crescentes de clorpromazina a pacientes agitados, maníacos hiperativos e esquizofrênicos 1954: Nathan Kline - propriedades neurolépticas da reserpina demonstrada em esquizofrênicos Drogas Antipsicóticas
  • 18. Classificação dos Antipsicóticos Típicos (clássicos, convencionais) - primeiros antipsicóticos “Atípicos” - menos efeitos extrapiramidais
  • 19. Agentes antipsicóticos convencionais usados para o tratamento de psicoses e esquizofrenia nos Estados Unidos Nome Genérico Nome Comercial Haloperidol Haldol Pimozide O rap Tioridazina M ellaril Trifluoperazina Stelazine Acetofenazina Clorpromazina Clorprotixeno Clozapina Flufenazina HALOPERIDOL Loxapina M esoridazina Molindone Perfenazina PIMOZIDE Piperacetazina Proclorperazina TIORIDAZINA Tiotixene TRIFLUOPERAZINA Triflupromazina Tindal Thorazine Taractan Clozaril Prolixin; Permitil HALDOL Loxitane Serentil Moban; Lidone Trilafon ORAP Quide Compazine MELERIL Navane STELAZINE Vesprin
  • 20. Classificação das drogas antipsicóticas “Drogas antipsicóticas típicas” Protótipo Classificação Fenotiazinas Alifáticas Piperazina Piperidina Clorpromazina Flufenazina Perfenazina tioridazina Mesoridazina Haloperidol Pimozide Butirofenonas Tioxantina Dibenzoxazepinas Dihidroindolonas Tiotixene Loxapina Molindona
  • 21. Dopamina no SNC - principais vias mesolímbica e mesocortical: comportamento os efeitos terapêuticos dos antipsicóticos estão associados ao bloqueio de receptores dopaminérgicos da via mesolímbica via cortico- mesolímbica
  • 22. Ação dos antagonistas D2 no sistema mesolímbico melhora dos sintomas positivos
  • 23. Ação dos antagonistas D2 na via mesocortical piora dos sintomas negativos
  • 24. Antagonismo dopaminérgico: sintomas positivos Melhora dos sintomas positivos inibição DA
  • 25. Melhora mínima dos sintomas negativos Antagonismo dopaminérgico: sintomas negativos inibição DA
  • 26. Antipsicóticos Típicos Fenotiazínicos: - alifáticos: clorpromazina - piperazínicos: flufenazina, trifluperazina - piperidínicos: tioridazina Butirofenonas: haloperidol Tioxantenos: clorprotixeno; tiotixeno
  • 27. Fenotiazinas - clorpromazina protótipo: clorpromazina - sedativa, efeitos extrapiramidais moderados ação em vários receptores: antagonista de receptores muscarínicos, 5-HT2, 1, histaminérgicos
  • 28. Neurolépticos Típicos - ação em receptores Fenotiazínicos D1 D2 5-HT2 H1 Musc Alifáticos ++ +++ +++ + ++ ++ Piperazínicos + +++ ++ + ++ ++ Piperidínicos + ++ +++ ++ ++ Butirofenonas Haloperidol + +++ + + Tioxantenos Tiotixeno + +++ ++ + ++ ++
  • 29. Fenotiazinas - Flufenazina pouca sedação efeitos extrapiramidais pronunciados hipotensivo disponível em formas de longa duração (decanoato) para aumentar a aderência ao tratamento
  • 30. Butirofenonas haloperidol - droga mais utilizada haloperidol ester - decanoato - forma injetável de longa duração outras drogas: espiropirona (espiroperidol) - um dos antipsicóticos mais potentes droperidol - utilizado como adjunto em anestesias devido as suas propriedades sedativas
  • 31. Antipsicóticos de alta potência Haloperidol - Flufenazina - Trifluoperazina Maior ligação a receptores D2: Maior eficácia Mais SEP (Sintomas Extrapiramidais) Maior incidência maior de discinesia Menos problemas cognitivos Menos sedação Menos efeitos anticolinérgicos Menos efeitos cardiovasculares
  • 32. Antipsicóticos de baixa potência Tioridazina - Clorpromazina Menor ligação a receptores D2: Menor eficácia Menos SEP (Sintomas Extrapiramidais) Menor incidência maior de discinesia Mais problemas cognitivos Mais sedação Mais efeitos anticolinérgicos Mais efeitos cardiovasculares
  • 33. Eficácia Clínica dos Antipsicóticos Típicos sintomas agudos da esquizofrenia - controlam o comportamento bizarro e diminuem a agitação tratamento prolongado previne ataques de esquizofrenia, permitindo a retirada do paciente do hospital preparações de liberação lenta são utilizadas na terapia de manutenção são eficazes em 50-70% dos esquizofrênicos - os sintomas negativos são os mais resistentes
  • 34. Eficácia Clínica dos Antipsicóticos Típicos sintomas agudos da esquizofrenia - controlam o comportamento bizarro e diminuem a agitação tratamento prolongado previne ataques de esquizofrenia, permitindo a retirada do paciente do hospital preparações de liberação lenta são utilizadas na terapia de manutenção são eficazes em 50-70% dos esquizofrênicos - os sintomas negativos são os mais resistentes
  • 35. Problemas associados ao tratamento com antipsicóticos convencionais 1. Efeitos colaterais (EEPs e outros) 2.Sintomas negativos têm resposta pobre e podem até ser agravados 3.Há refratariedade (sintomas positivos) em até 30% dos casos ADVENTO DOSANTIPSICÓTICOSATÍPICOS
  • 36. Antipsicóticos atípicos Clozapina (Leponex) Risperidona (Risperdal) Olanzapina (Zyprexa) Quetiapina (Seroquel) Ziprasidona (Geodon) Aripiprazol (Abilify)
  • 37. Antipsicóticos atípicos benzamidas: sulpirida, amisulprida benzisoxazolas: risperidona, ziprasidona dibenzodiazepinas: clozapina dibenzotiazepina: quetiapina difenilbutilpiperazinas: pimozida imidazolidinone: sertindol tienobenzodiazepina: olanzapina
  • 38. CLOZAPINA Protótipo dos antipsicóticos atípicos sintetizada no início dos anos 60 (Hippius, 1989) bloqueia o receptor D4 parece mais eficaz do que outros antipsicóticos não provoca efeitos extrapiramidais efeitos colaterais: sedação, efeitos anticolinérgicos e hipotensores, ganho de peso provoca discrasias sangüíneas (agranulocitose – diminuição produção de glob brancos: diminuição da imunidade) em cerca de 2% dos pacientes
  • 39. Clozapina Na última década: Melhora clínica demonstrada em 30 a 50% de pacientes resistentes a neurolépticos convencionais (Breier et al., 1994; Schooler et al., 1994; Lieberman et al., 1994) Benefícios podem incluir também: Melhora de sintomas negativos (Kane et al., 1988; Meltzer, 1995) Ausência de discinesia tardia (Bassitt et al., 1998) Apesar dos inconvenientes relação custo-benefício é favorável (Revicki, 1999)
  • 40. Qual o mecanismo de ação da clozapina? Convencional CLOZAPINA Paciente não-medicado 1. Antagonismo moderado de receptores D2 Pilowsky et al., 1992 2. Antagonismo intenso de receptores serotonérgicos 5-HT2 CLOZAPINA Paciente não medicado 3. Ação também em vários outros receptores: Busatto et al., 1997
  • 41. CLOZAPINA Liga-se a ium subtipo específico de receptor dopaminérgico, (subtipo D4)
  • 43. Outros antipsicóticos atípicos: Risperidona Bloqueio 5-HT2 significativamente maior que D2 Leysen et al., 1993 Antipsicótico convencional Risperidona (Busatto et al., 1995) Preenche os critérios farmacológicos de “atipicidade” Antagonismo D2 comparável ao de antipsicóticos tradicionais
  • 48. Antipsicóticos “atípicos” são bloqueadores moderados dos receptores dopaminérgicos menos efeitos extrapiramidais são mais eficazes na diminuição dos sintomas negativos tem ação nos receptores 5-HT2
  • 49. Mecanismos de Ação dos Antipsicóticos Típicos antagonista D2 (alivia psicose) superestimulação causa psicose sistema límbico DA + - 2 (causa EPS) estriado antagonista D + DA -- 5-HT2 - DA DA 5-HT 5-HT2 -
  • 50. Mecanismos de Ação dos Antipsicóticos Atípicos sistema límbico estriado DA DA DA bloqueio 5-HT2 aumenta liberação de DA 5-HT 5-HT2 - - - - 5-HT2 antagonista D2 (alivia psicose) DA ausência de efeitos extrapiramidais
  • 51. Mecanismos de Ação dos Antipsicóticos Atípicos córtex pré-frontal córtex pré-frontal DA DA + + DA bloqueio 5-HT2 aumenta liberação de DA 5-HT2 - - 5-HT2 - - DA melhora dos sintomas negativos Hipótese da hipoatividade dopaminérgica cortical 5-HT
  • 54. Atividade intrínseca nos receptores D2 sem ativação antagonista (haloperidol, etc) Receptor D2 ativação total agonista total (dopamina)
  • 55. Atividade intrínseca nos receptores D2 sem ativação antagonista (haloperidol, etc) ativação parcial agonista parcial (aripiprazol) Receptor D2 ativação total agonista total (dopamina)
  • 56. Antagonismo dopaminérgico parcial: sintomas positivos e SEP sem SEP sem Hiperprolactinemia Melhora dos sintomas positivos estabilização DA
  • 57. Antagonismo dopaminérgico parcial: sintomas negativos Estabilização Melhora dos sintomas negativos
  • 58. Efeitos adversos dos antipsicóticos síndrome extrapiramidal aguda: tremor e rigidez - sintomas semelhantes ao da doença de Parkinson (Parkinsonismo farmacológico) redução de movimentos acinesia ou bradicinesia fraqueza muscular máscara facial rigidez ou tremor reversível - bloqueio dos receptores DA nigroestriatais
  • 59. Sintomas extrapiramidais - SEP 1 - Distônias agudas - nas primeiras 48 horas movimentos espasmódicos da musculatura do pescoço, boca, língua 2 - Parkinsonismo - desenvolvimento gradual (dias- sem.) tremor de extremidades, hipertonia, rigidez muscular 3 - Acatisia - inquietação psicomotora, desejo incontrolável de movimentar-se e sensação interna de tensão 4 - Discinesia tardia - após o uso crônico
  • 60. Efeitos adversos dos antipsicóticos Administração Prolongada discinesia tardia prejuízo dos movimentos voluntários movimentos involuntários, estereotipados, repetitivos, da face (laterais de queixo, lábios), tronco e membros 15-20% dos pacientes desenvolvem a síndrome mais prevalente em pacientes mais idosos IRREVERSÍVEL
  • 61. Mecanismo da Discinesia Tardia bloqueio de receptores leva à supersensibilização dos receptores de dopamina nos gânglios da base com o aumento do número de receptores, mais receptores são estimulados após a liberação de dopamina
  • 62. Discinesia tardia bloqueio dos receptores da via nigroestriatal causa hipersensibilidade a hipersensibilidade pode provocar os movimentos hipercinéticos (discinesia tardia)
  • 63. Tratamento da discinesia tardia diminuição da dose - inicialmente a discinesia piora e melhora nas semanas seguintes aumento da dose - melhora a discinesia, mas a longo prazo os sintomas podem reaparecer
  • 64. Efeitos adversos dos antipsicóticos Sistema Neuroendócrino bloqueio dos receptores DA tuberoinfundibulares resulta em hiperprolactinemia amenorréia-galactorréia, infertilidade, diminuição da libido e ginecomastia
  • 65. Efeitos adversos dos antipsicóticos Sistema Nervoso Autônomo boca seca, perda da acomodação visual e constipação: bloqueio colinérgico hipotensão ortostática, impotência, dificuldade de ejaculação: bloqueio -adrenérgico Sistema Neuroendócrino aumento do apetite e ganho de peso Outros complicações oculares, toxicidade cardíaca, reações cutâneas, icterícia, discrasias sangüíneas
  • 66. Efeitos adversos dos antipsicóticos Síndrome Neuroléptica Maligna ocorre em 0, 5-1, 0% dos pacientes parece uma forma grave de Parkinsonismo com catatonia, tremores e instabilidade do sistema autonômico (alterações na PAe FC) em casos graves diminui a sudorese e provoca febre alta mortalidade de 10% dos casos tratamento: anticolinérgicos de ação central