2. Ansiolíticos
Utilizados no combate aos sintomas causados
pela ansiedade.
Associação Americana de Psquiatria:
“Ansiedade – tensão, apreensão, desconforto, que
se origina de perigo interno ou externo iminente,
podendo ser resposta a estresse ou a estímulo
ambiental. Muitas vezes, ocorre sem causa
aparente.
Associada a hipertensão, asma, hipertireoidismo ou
câncer, causando desconforto ao paciente
Incidência: população ativa.
3. Quadros Clínicos da Ansiedade
Reação de ajustamento com humor ansioso:
sintomatologia apresentada diante de evento vital
estressante (quadro clínico leve e não requer
tratamento).
Transtorno de Pânico: ataque súbito incontrolável
e inexplicável de medo, sensação de terror.
Transtorno de pânico com agarofobia: pânico
acompanhado da esquiva de situações sociais
diversas.
4. Quadros Clínicos da Ansiedade
Agarofobia sem ataque de pânico: associada a
outras patologias, sintoma secundário.
Fobia social: esquiva situação que exponha o
paciente ao público, limitando assim a sua vida
social.
Fobias específicas: estímulo fóbico é circunscrito
a certas situações.
Transtorno obsessivo compulsivo: compulsões,
sem nenhuma finalidade (obsessão –
pensamento / Compulsão – ato deste)
5. Quadros Clínicos da Ansiedade
Transtorno de ansiedade generalizado:
semelhantes a reações de ajustamento, no
entanto é crônico e profundo.
Transtorno de Estresse pós traumático: quadro
ansioso crônico ligado a evento estressante
externo, violento, ocorrido com o paciente.
Transtornos passageiros não necessitam de
tratamento
Sintomatologia prolongada: terapêutica
comportamental e tratamento farmacológico.
6. Classificação dos Fármacos
Benzodiazepínicos
GABA e derivados
Agonistas parciais dos receptores de 5HTa
Barbitúricos
Diversos
8. Nome
Genérico
Nome
Comercial
Uso Clínico Duração de
Ação
Midazolam Dormonid Pré
anestésico
Anestésico
Geral IV
Curta – 3 a 8
horas
Clorazepato Tranxilene Transtornos
de Ansiedade,
Convulsões
Curta – 3 a 8
horas
Alprazolam Frontal Transtornos
de Ansiedade,
Fobia
Intermediária
– 11 a 20
horas
Lorazepam Calmogenol
Lorax
Lorium
Max-Pax
Transtornos
de Ansiedade,
mal epiléptico
e Anestésico
Intermediária
– 11 a 20
horas
9. Nome
Genérico
Nome
Comercial
Uso Clínico Duração de
Ação
Clordiazepóxid
o
Psicosedin Transtornos de
Ansiedade
Abstinência ao
Álcool
Ação longa – 1
a 3 dias
Clonazepam Rivotril Convulsões Ação longa – 1
a 3 dias
Diazepam Ansilive
Calmociteno
Compaz
Diempax
Kiatrium
Valium
Somaplus
Transtornos de
Ansiedade, mal
epiléptico,
relaxamento
muscular,
Anestésico
Geral IV,
Abstinência ao
Álcool
Ação longa – 1
a 3 dias
10. Nome
Genérico
Nome
Comercial
Uso Clínico Duração de
Ação
Triazolam Halcion Insônia Ação Curta –
3 a 8 horas
Estazolam Noctal Insônia Intermediária
– 11 a 20
horas
Tenezepam Restoril Insônia Intermediária
– 11 a 20
horas
Flurazepam Dalmadorm Insônia Ação longa –
1 a 3 dias
Quazepina Quazepina Insônia Ação longa –
1 a 3 dias
11. Benzodiazepínicos
Propriedades Farmacológicas:
Efeito ansiolítico
Potencializam a ação do GABA (medo,
hiperatividade simpática, amígdala, entre
outros)
Neurônios reprimidos
• Hipnótico e sedativo – sistemas de alerta (↑ínício
e as horas de sono, ↓o nº de despertamentos)
• Anticonvulsivante (hiperatividade neuronal)
12. Benzodiazepínicos
Propriedades Farmacológicas:
• Miorrelaxante (deprime os reflexos supra-
espinhais e espinhais envolvidos no controle do
tônus muscular)
• Efeito amnésico (reduz atividade cerebral no
hipocampo
(amnésia anterógrada- esquecimento de
informações apresentadas ao indivíduo durante a
ação do medicamento)
13. Efeitos adversos e toxicidade:
• Sonolência “ressaca” (pensamento e
coordenação motora lenta)
• Prejuízo no desempenho manual e intelectual
“performance” - Fármacos de ação longa: estado
de equilíbrio
• Efeitos paradoxais (1% hiperagitação)
Benzodiazepínicos
14. Efeitos adversos e toxicidade:
• Tolerância e dependência (15 dias a 1 mês –
Variação de individuo)
- Sensação de bem estar (dependência
psicológica)
• Síndrome de abstinência (Receptor / Abertura
dos canais)
- Sintomas contrários
Benzodiazepínicos
15. Toxicidade:
• Em geral, o grau de toxicidade é baixo quando
são usados
isoladamente (ampla faixa terapêutica)
• Em combinação com outras drogas
depressoras como barbitúricos e álcool, ocorre
potencialização do efeito depressor e torna-se
perigoso (depressão respiratória e
cardiovascular)
Benzodiazepínicos
16. Usos clínicos:
• Estados de ansiedade
• Sedação pré-operatória
• Insônia
• Convulsões
• Tratamento dos sintomas de abstinência ao
etanol
Benzodiazepínicos
17. Antagonista:
• Flumazenil- antagonista dos receptores dos
benzodiazepínicos, usado em casos de
superdosagem.
• Também é antídoto para o abuso de álcool
• Indicado na anestesiologia, no encerramento da
anestesia geral, induzida por BZD
Benzodiazepínicos
18. GABA e Derivados
Baixa lipossolubilidade e dificuldade em
atravessar a barreira hematoencefálica.
GABA (Gamibetal, Gammar), Vigabatrina
(Sabril) – utilizados no tratamento da
epilepsia
19. Agonistas Parciais de Serotonina
(receptor HT1a - inibitório)
Buspirona (Ansienon, Ansitec, Buspanil e Buspar)
Comparável ao ação do Diazepam, no entanto,
não causa sedação e nem relaxamento muscular.
95% ligado a proteína plasmática
Pico máximo: 60 a 90 minutos
20. Barbitúricos
Os barbitúricos foram amplamente empregados
como hipnóticos até o aparecimento das
benzodiazepinas, na
década de 60.
• A partir daí, suas indicações se restringiram.
Hoje alguns deles são úteis como antiepiléticos
e para sedação anestésica.
• Mais prescrito atualmente: fenobarbital
(Gardenal®) e secobarbital
21. Mecanismo de Ação
Fenobarbital e Secobarbital: (barbitúricos
anticonvulsivantes)
• Ligam-se em um sítio diferente do receptor
GABAA e intensificam a eficácia do GABA ao
aumentar o tempo de abertura dos canais de
Cl-, permitindo um grande influxo de íons Cl-.
• Maior grau de hiperpolarização
22. Tiopental, Pentobarbital, Propofol :
(barbitúricos anestésicos)
• Além de potencializarem a ação do GABA,
também atuam como agonistas nos receptores
GABAA.
• No entanto, a ação de agonista é mais fraca
que a ação de potencializadora do GABA.
• Usados na indução da anestesia geral
Mecanismo de Ação
24. Barbitúricos
Ações farmacológicas:
• Anticonvulsivante
• Promovem depressão respiratória e cardiovascular (por
isso não são
mais usados como ansiolítico)
• Dependência
• Tolerância
• Amnésia
• Síndrome de abstinência
• Indução enzimática:
• São indutores enzimáticos (citocromo P450). Promovem
rápida
degradação de substâncias metabolizadas por esse sistema
como
paracetamol, corticóides, hormônios esteróides
(anticoncepcionais), digoxina, antidepressivos tricíclicos e
outros
25. Antidepressivos
Inibidores da MAO (iMAO)
Antidepressivos tricíclicos (ATC)
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina
(ISRS)
Inibidores da recaptação de noradrenalina e
serotonina.
38. Ansiedade
Disturbios
afetivos
Tricíclicos e policíclicos
Sais de Lítio
Inibidores da MAO
Inibidores Re-captação de 5-HT
Psicose Antipsicoticos ou neurolepticos
Tratamento farmacológico das Psicopatologias
Benzodiazepínicos
Barbitúricos
outros
Ansiolíticos
antidepressivos
Tipicos (fenotiazinicos
Butirofenonas)
Atipicos (Clozapina etc)
39. Antipsicóticos
Psicose:
Distúrbios psiquiátricos graves de origem
desconhecida ou idiopática, portanto
funcionais, nos quais são encontrados, além de
distúrbios do comportamento, incapacidade de
pensar coerentemente e de compreender a
realidade.
Esquizofrenia (15 a 35 anos)
Alucinações auditivas
Delírios, de origem paranóide
Afeto incongruente
Desorganização e incoerência do
40.
41. Esquizofrenia
• uma das formas mais comuns de doença mental (crônica e
incapacitante)
• Natureza complexa (Patogênese mal compreendida)
• Manifestações múltiplas e quadros variados
• Atinge 1% da população
Sintomas positivos:
Alucinações;
Delírios ;
Discurso desorganizado
Comportamentos anormais:
estereotipados ou agressivos
Sintomas Negativos:
Embotamento afetivo
(Abrandamento de respostas
emocionais)
Falta de iniciativa;
Pobreza de linguagem
42. Antipsicóticos
Hipóteses Biológicas
Predisposição ou Suscetibilidade
Deficiência noradrenérgica
Redução da atividade da MAO
Anormalidade de 5-HT
Hiperfunção Dopaminérgica central (+
investigada e + aceita / síntese excessiva
ou sensibilidade aumentada nos receptores
)
Hipofunção glutamatérgica central
43. Antipsicóticos – Usos Clínicos
Principais Indicações Clínicas: amplo espectro
de indicações clínicas
Indicações psiquiátricas
Esquizofrenia
Transtorno esquizoafetivo
Mania
Estados de Excitação não maníacos
Síndrome de Tourette
Distúrbios de comportamento na demência
senil
44. Antipsicóticos – Usos Clínicos
Principais Indicações Clínicas
Indicações não psiquiátricas
Controle de náuseas e vômitos
(clorpromazina)
Tratamento de soluços incoercíveis
(clorpromazina)
Pré-medicação cirúrgica
Neuroleptanalgesia (droperidol + fentanil)
Coreia de Huntington
48. Hipótese monoaminérgica
a Via mesoestriatal
b Via mesolímbica
c Via mesocortical
d Via túbero-infundibular
Vias Dopaminérgicas
Substância
negra
Núcleo
accumbens
Gânglios da
base
Área
tegmentar
ventral
Hipotálamo
49. Efeitos Terapêuticos:
Controle dos Sintomas Positivos:
Delírios
Alucinações
Desorganização da fala
Comportamentos bizarros
Controle dos Sintomas Negativos:
Embotamento do afeto
Alogia (redução do pensamento e da fala)
Avolição
Anedonia/associabilidade
Prejuízo da atenção
50. Vias Dopaminérgicas
Via Mesoestriatal: extra-piramidal, onde a
dopamina é fundamental (movimento e
postura)
Parkinson Farmacológico (receptores
DA2)
Via Mesolímbica: sistema límbico – áreas
que comandam as emoções (ansiedade,
comportamento afetivo)
DA1, DA2, DA3 e DA4 (sistema
hiperativo na esquizofrenia)
51. Vias Dopaminérgicas
Via Mesocortical: hipotavidade de
dopamina (sintomas negativos)
Via Tireoinfundibular: DA2 no eixo-
hipotálamo-hipofisário – dopamina reduz o
efeito da prolactina
53. Antipsicóticos
Antipsicóticos não convencionais ou
atipicos:
Bloqueio dopaminérgico mesolímbico
(melhora dos sintomas positivos – DA3 e
DA4)
Bloqueio do receptor 5HT2a (serotonina)
Serotonina modula a dopamina (inibe a
liberação de dopamina) – sintomas negativos
54. Antipsicóticos
Neurolépticos, antiesquizofrênicos ou
tranqüilizantes maiores.
1° antipsicótico: Clorpromazina (alivia a
intensidade dos sintomas esquizofrênicos).
Histórico: Coquetel com a finalidade de proteção
de riscos de anestesia (histamina – prometazina
– ação sedativa)
Clorpromazina difere dos barbituricos: não induz
ao sono, mesmo em doses altas
55. Antipsicóticos
Cinco Propriedades:
Criação de estado de indiferença
psicomotora
Diminuição da agressividade e da agitação
Redução progressiva dos distúrbios
psicóticos agudos e crônicos
Produção de sintomas extrapiramidais
secundários
Efeitos subcorticais aparantemente
predominantes
56. Antipsicóticos
Haloperidol: antipsicótico mais utilizado
Atualmente busca-se menos efeitos
extrapiramidais e que sejam eficazes no
tratamento de sintomas negativos da
esquizofrenia (antipsicóticos ou neurolépticos
atípicos)
Clozapina
Risperidona
Olanzapina
Quetiapina
Ziprasidona
Aripiprazol
57. Classificação dos Antipsicóticos
De acordo com a potência relativa às doses
utilizadas (baixa e alta potência)
Antipsicóticos clássicos: clorpromazina (baixa
potência) e haloperidol (alta potência)
Haloperidol: pouca ação anticolinérgica e
reduzida ação bloqueadora alfa adrenérgica
Menos efeitos sedativos
Parkinsonismo medicamentoso (mediado por ação
anticolinérgica)
58. Antipsicóticos- Classes
Farmacológicas
1 – Fenotiazinas:
Clorpromazina, Triflupromazina, Tioridazina,
Periciazina, Proclorperazina, Trifluperazina,
Perfenazina, Flufenazina, Dietazina,
Promazina, Prometazina.
Clorpromazina: atividade neuroléptica,
fracas propriedades sedativas e anti-
histamínicas.
Promazina: potente anti-histamínico e
sedativo, mas sem atividade antipsicótica
Triflupromazina: mais potente que a
clorpromazina
59. 2 – Tioxantenos
Clorprotixeno: análogo a clorpromazina, no entanto,
mais anticolinérgico, mais efeitos extrapiramidais. E
ação antiemética.
3 – Butirofenonas
Haloperidol (antipsicótico mais prescrito do
mundo)
Bemperidol e Droperidol (sedativo)
Antipsicóticos potentes, no entanto, não possuem
atividade anti-histaminica, anticolinérgica ou
antiadrenérgica, pouco sedativos e produzem
sintomas extrapiramidais.
Antipsicóticos- Classes
Farmacológicas
60. 4 – Difenilbutilpiperidinas:
Pimozida (ação prolongada, não sedativa, quase
não apresenta efeitos extrapiramidais, pode ocorrer
convulsões após suspensão)
5 – Benzamidas substituídas:
Procainamida: antiarritmico
Metoclopramida: antiemético
Ambos sem atividade antipsicótica
Antipsicóticos- Classes
Farmacológicas
61. 6 – Dibenzazepinas:
Clozapina: antpsicótico fortemente sedativo e com
propriedades relaxantes musculares, não possui
sintomas extrapiramidais e apresenta elevada
incidência de agranulocitose, não raro fatal.
Quetiapina: não necessita de monitorização
sanguinea.
7 – Derivado Benzissoxazol:
Risperidona: ação bloqueadora em D2 e 5HT2,
eficaz no tratamento dos sintomas negativos da
esquizofrenia e baixa incidência de efeitos
extrapiramidais.
Antipsicóticos- Classes
Farmacológicas
62. 8 – Derivado Tienobenzodiazepínico:
Olanzapina: antipsicótico com afinidade por
receptores dopaminérgicos, serotoninérgicos ,
muscarinicos, adrenérgicos e histaminérgicos,
diminui tanto sintomas negativos quanto positivos
da esquizofrenia e baixa incidência de efeitos
extrapiramidais.
9 – Derivado dihidrocarbostiril:
Aripiprazol: mais recente do mercado - agonista
parcial dos receptores D2 e ação antagonista em
regiões do cérebro com excesso de atividade
dopaminérgica (sintomas positivos e negativos)
Antipsicóticos- Classes
Farmacológicas
63. Farmacocinética:
Maioria dos compostos altamente lipofilicos.
Difenilbutilpiperidinas (pimozida, plenfuridol) –
½ vida – 100 a 200 horas
Benzamidas (sulpirida, sultoprida, tiaprida):
hidrofilicas
Intenso metabolismo de primeira passagem.
Meia Vida: 20 horas – Vd: 20L/kg
Concentrações máximas: 2 a 3 horas
Excreção: Renal
Antipsicóticos
64. Monitorização dos Antipsicóticos
Ajustar as doses que produzem níveis adequados
Minimizar as reações adversas
Maximizar os efeitos terapêuticos
Indicações da Monitorização
Suspeita-se de não adesão ao tratamento
Deseja-se manter exposição crônica a droga na
dose mínima necessária a efetividade clínica.
Evidência de uma zona de eficácia ótima
Medicação foi ou não administrada.
Antipsicóticos
65. Efeitos Indesejáveis das Drogas
Antipsicóticas
Distúrbios motores extrapiramidais
Distúrbios endócrinos ( prolactina)
Icterícia obstrutiva com fenotiazinas.
Sedação, hipotensão e do peso corporal.
Boca seca, visão turva, hipotensão bloqueio
dos receptores adrenérgicos e muscarínicos
de Ach.
Síndrome maligna antipsicótica (rara)
66. Antipsicóticos - Doses
Dose inferior a de efeitos Antipsicóticos: efeito
tranqüilizante – quadros de ansiedade
Posologia: depende de cada caso
Dose diária e fracionada: alternativa a dose única
diária (preferível)
67. Antipsicóticos Atípicos
Aqueles que provém da capacidade de promover
ação antipsicótica em doses que não produzem
de modo significativo, sintomas extrapiramidais.
Ausência de hiperprolactinemia, maior eficácia
nos sintomas positivos, negativos e de
desorganização, ausência de discinesia tardia ou
distonia por administração crônica.
Clozapina, Risperidona, Olanzapina, Quetiapina,
Ziprazidona, Aripiprazol
68. Antipsicóticos Atipicos
Clozapina: referência
Agranulocitose (retirada do mercado)
Retorno ao mercado, indicada para não tolerância a
outros antipsicóticos (esquizofrenia refratária)
Inicio do tratamento: nenhum outro antipsicótico para
evitar efeitos colaterais ou baixa dose de um
antipsicótico de alta potência em baixas doses por 2 ou
3 semanas.
Dose: 12,5 – 25mg/dia / 900mg/dia / Idosos: 300mg/dia
18 semanas de tratamento: agranulocitose
16 semanas: 6Kg
Incidência nula de efeitos extrapiramidais
69. Risperidona
Bloqueia receptores dopaminérgicos,
serotoninérgicos, alfa adrenérgicos e histamínicos,
no entanto, é destituída de efeitos anticolinérgicos
Eficaz nos sintomas negativos e positivos da
esquizofrenia
Menos efeitos extrapiramidais que haloperidol
Dose: 1mg até 3mg - 2 vezes ao dia
Oral ou Intramuscular
Antipsicóticos Atipicos
70. Antipsicóticos Atipicos
Olanzapina: diminui sintomas positivos e
negativos e baixa incidência de efeitos
extrapiramidais
Dose: 7,5 a 20mg/dia (comparação a Haloperidol)
Quetiapina: não há necessidade de
monitorização sanguinea
Tem maior afinidade a receptores serotoninérgicos
do que a dopaminérgicos, incidência de efeitos
extrapiramidais menor que 10%
Dose: 150 a 750mg/dia
71. Antipsicóticos Atipicos
Ziprasidona: tratamento agudo da esquizofrenia
e transtorno esquizoafetivo
Dose: 40 a 80mg/2x dia – administrada com
alimentos
Administração parenteral – quadros de agitação
psicótica aguda
Aripiprazol: ação agonista parcial nos
receptores dopaminérgicos
Redução da atividade dopaminérgica em áreas que
existem hiperfunção (sintomas positivos) e aumento
da atividade nas áreas de hipofunção
dopaminérgica (sintomas negativos ou cognitivos)
Dose: 15 a 30mg/dia
73. Distúrbios psiquiátricos:
Alterações do pensamento (raciocínio), das
emoções e do comportamento.
-Ansiedade
-Depressão
-Distúrbios alimentares
-Transtorno afetivo bipolar (mania e depressão)
-Transtornos esquizofrênicos.
75. Transtorno Afetivo Bipolar
2-6 % da População
Transtorno Afetivo Bipolar
(Psicose Maníaco Depressiva)
Não ocorre necessariamente sintomas psicóticos
Perturbação psicótica Perturbação afetiva
X
76. Características
Flutuações no Humor
Muito Deprimido
(depressão)
Separados por episódios onde
o humor está normal
Na ausência de tratamento os episódios persistem por meses.
Muito Elevado
(mania)
ALEGRIA
TRISTEZA
78. Episódio Maníaco Puro
-Alegria e bem-estar inabaláveis (ri da própria desgraça)
-Irritabilidade agressiva
-Elevada auto-estima e auto-confiança
-Acredita ser especial, dotada de capacidades e poderes
-Hiperatividade
-Grande vigor físico
-Falar ininterruptamente - muitas idéias – Fuga de idéias
-Distrai-se facilmente
-Aumento da atividade sexual
-Perda da consciência de sua condição patológica (inconveniente)
-Pouca necessidade de dormir
-Problema de convívio social ou no trabalho
-Sintomas psicóticos de esquizofrenia
79. ..Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase
invencível. Ele se sente como não tendo limites para suas
capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir.
Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito
frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além.
Ele mal consegue acabar de expressar uma idéia e já está
falando de outra numa lista interminável de novos assuntos.
Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se
intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não
reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a
sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o
ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As
RELATO SOBRE O PACIENTE EM CRISES
DE MANIA
80. Episódio Hipomaníaco
- Forma moderada de Mania
- Mesmos sintomas (mais moderados)
- Não causam problema de convívio social ou no trabalho
- Não necessitam hospitalização
81. -Humor deprimido
-Auto-estima baixa
-Sentimento de inferioridade
-Perda de interesse nas atividades diárias
-Sensação de cansaço constante
-Dificuldade de concentração e atenção
-Memória prejudicada
-Pessimismo
-Morte e doenças
-Desesperança
-Insônia
-Perda do desejo sexual
-Inibição do apetite e perda de peso
Episódio Depressivo
84. FATORES BIOLÓGICOS
- estudos relatam várias anormalidades nos metabólitos
das aminas biogênicas
- transtornos do humor estão associados com
desregulagens heterogêneas das aminas biogênicas
- noradrenalina e serotonina são os dois
neurotransmissores mais envolvidos na fisiologia dos
transtornos do humor
- hipótese monoaminérgica - deficiência das aminas
biogênicas : serotonina, noradrenalina e dopamina
- desregulação dos eixos neuroendócrinos : eixo
adrenal, eixo da tireóide
85. FATORES GENÉTICOS
- componente genético mais poderoso para a
transmissão do transtorno bipolar I
- parentes em 1º grau de probandos com transtorno
bipolar I - 8 a 18 vezes mais propensos
- parentes em 1º grau de probandos com transtorno
depressivo - 2 a 3 vezes mais propensos
- cerca de 50 % de todos os pacientes com transtorno
bipolar I têm, pelo menos, um dos pais com um transtorno
do humor
- se um dos pais tem transtorno bipolar I, existe uma
chance de 25% de qualquer um dos filhos ter um
transtorno do humor
86. FATORES PSICOSSOCIAIS
- perda de um dos pais antes dos 11anos -
acontecimento vital mais associado com o
desenvolvimento posterior de depressão
- perda de um cônjuge - estressor ambiental mais
associado com o aparecimento de um episódio
depressivo
- personalidades oral-dependente, obsessivo-compulsiva,
histérica - podem ter um maior risco de depressão
- Freud - raiva do paciente deprimido é dirigida para seu
íntimo - identificação com o objeto perdido
87. Qual a causa deste transtorno afetivo?
Desconhecida
Fatores genéticos
Traumas
Incidentes
Troca de emprego
Fim de casamento
Morte de pessoa querida
Exacerbação da neurotransmissão catecolaminérgica (noradrenalina e dopamina)
88. Tratamento
Estabilizadores do Humor
(Sais de Lítio)
Anticonvulsivantes
(Carbamazepina e Valproato)
Impedem as oscilações de humor
Efeito terapêutico tardio (3-4 semanas)
Previnem recorrência de episódios maníacos ou depressivos
Condição crônica - tratamento por toda vida
89. Seleção do Medicamento
1. Episódios Maníacos → Estabilizadores do Humor ou Anticonvulsivantes
2. Episódios Depressivos → Estabilizadores do Humor sozinho ou associado a
antidepressivo
Problemas para Iniciar o Tratamento
1. Pacientes podem resistir ao tratamento por acharem não haver nada errado
2. Episódios não são necessariamente ruins (pelo contrário)
90. Estabilizadores do Humor (Sais de Lítio)
Farmacocinética
Absorção Completa dentro de 6-8 horas
Distribuição Na água corporal total.
Penetração lenta em compartimento
intracelular.
Vd = 0,5mL/Kg
Vd = 0,7-0,9 mL/Kg (deposição nos ossos)
Não se liga a proteínas plasmáticas
Metabolismo Nenhum
Excreção Quase que totalmente renal
T1/2 vida Cerca de 20 horas
Concentração
plasmática
0,6-1,4 mEq/L
Dose 0,5 mEq/Kg/dia em doses fracionadas
- Primeiros efeitos benéficos descritos em 1949 pelo Australiano John Cade
91. Estabilizadores do Humor (Sais de Lítio)
Farmacodinâmica
Desconhecido
1. Efeitos sobre os neurotransmissores
2. Efeitos sobre os segundos mensageiros relacionados
às ações dos neurotransmissores
92. 1.Efeitos dos sais de lítio sobre os
neurotransmissores
Noradrenalina, Dopamina e Serotonina
-Reduzem liberação da Noradrenalina e Dopamina
-Bloqueiam a hipersensibilidade de receptores dopaminérgicos
-Aumentam ações da Serotonina
Transtorno Afetivo Bipolar - Exacerbação da neurotransmissão
catecolaminérgica (noradrenalina e dopamina)
93. 2. Efeitos dos sais de lítio sobre os segundos
mensageiros
Quais os segundos mensageiros relacionados a
atividade excitatória noradrenérgica e dopaminérgica?
IP3 DAG
95. Sais da lítio na Terapêutica
- Reduz sintomas da mania e depressão mas não causa
sedação
- Efeitos começam 5 – 7 dias após início do tratamento
- Resposta plena do medicamento observada após 3 – 4
semanas
- Níveis devem ser monitorados
96. Efeitos colaterais do Sais de Lítio
Níveis Terapêuticos
- Náusea e diarréia.
- Tremor nas mãos (discreto) (+ propanolol ou atenolol)
- Poliúria e Polidipsia (Lítio bloqueia efeito do hormônio anti-diurético
→ inibição da adenilato ciclase renal)
- Toxicidade renal (redução das funções renais)
- Hipotireoidismo (inibe liberação do hormônio tireoidiano)
- Ataxia (falta de coordenação dos movimentos)
- Lactação (acumula no leite – reações tóxicas no lactente)
- Edema (promover retenção de sódio)
97. Efeitos colaterais do Sais de Lítio
Níveis Tóxicos
- Desconforto gástrico persistente
- Confusão mental
- Movimentos motores bizarros (falta de coordenação)
- Sedação
- Incapacidade de articular as palavras de maneira correta
- Hipotensão severa
- Convulsões
- Coma → Morte
98. SUPERDOSAGEM
Superdosagem terapêutica xacidental ou proposital
- Concentração sanguínea deve ser mantida abaixo de 1,5 mEq/L.
- Redução dos níveis séricos de sódio ( Excreção de Lítio)
- Redução da função renal
- Mulheres logo após o parto
- Desidratação
- Manter níveis regulares de Na+ na alimentação
- Evitar diuréticos
99. Algumas informações que o Médico Deve Obter antes de Prescrever o Lítio
Sobre seu problema
psíquico atual
Idade de início
Característica de cada fase
Tratamentos realizados
Sobre sua história médica
(qualquer problema físico
ou mental)
Doenças
Tratamentos
Medicações
Cirurgias
Atenção especial para:
Doenças dos rins
Doenças da tireóide
Doenças nervosas (epilepsia, outros transtornos
mentais)
Sobre sua história familiar
(qualquer problema físico
ou mental)
Fornecer as mesmas informações do item “Sobre sua
história médica” acima, em relação aos familiares
(pais, irmãos, avós e tios, principalmente)
Sobre seus medicamentos Diuréticos
Remédios para hipertensão
Todo e qualquer medicamento que usou ou esteja
usando.
Analgésicos
Sobre sua alimentação Dieta (com pouco sal) para emagrecer ou para
pressão alta
Uso de bebidas alcoólicas
100. Exame de função renal (uréia e
creatinina) e quando necessário
clearance de creatinina
Certificar-se de que a função renal está
“OK”.
Controle se o lítio alterou, de alguma
forma, a função renal.
Hormônios da tireóide (T3, T4 e
TSH, T4 livre, anticorpos
antitireóide - antiperoxidase e
antitireoglobulina)
Controle se o lítio alterou, de alguma
forma, função da tireóide.
Dosagem do lítio no sangue
(litemia)
Só deve ser pedido sete dias após o início
do uso do lítio.
Analisar se o lítio está numa dose
adequada.
Deve ser repetido quantas vezes for
necessário para ajustar a dose no início do
tratamento.
Após o ajuste da dose, repete-se a cada
três meses nos primeiros seis meses e
depois pelo menos a cada seis meses, ou
quando o médico considerar necessário.
Exames Laboratoriais
101. Fármacos Anticonvulsivantes
Apesar da eficácia comprovada dos sais de lítio - uma
percentagem de pacientes não respondem ao lítio ou
apresentam problemas de intolerância.
- Valproato
O valproato vem sendo usada nos últimos anos para o
tratamento do transtorno bipolar.
- Carbamazepina (CBZ)
– Utilizada no tratamento da mania - E.U.A - em meados dos
anos 70
– Uso de carbamazepina no tratamento de mania - casos com
falta de resposta ao lítio ou ao ácido valpróico
– Seu nível de eficácia não é superior ao do lítio
102. Tratamento com Eletroconvulsoterapia
(estimulação magnética transcraniana)
- Técnica na qual uma crise convulsiva generalizada é
induzida propositadamente
- Tratamento dos casos resistentes, mostrando ação
antidepressiva, antimaníaca e estabilizadora do
humor.
- Em casos refratários chega a ser utilizada, dentro de
certos limites, até como tratamento de manutenção.
- Recomenda-se que a eletroconvulsoterapia seja feita
por doutores com especialização.
104. Introdução
Álcool: substância psicoativa altamente
consumida.
Doses baixas a moderadas: melhora da
ansiedade e bem estar ou menos euforia.
4% da carga global das doenças, sendo 5%
colocado entre os 10 fatores de risco que
contribuem para perda de anos de vida por
incapacidade ou morte.
Padrão de risco: 3.1
105. Farmacocinética
Absorção: 20% no estômago / 80% intestino
delgado
Pico máximo: 30 a 90 minutos (alimentos)
Distribuição: todos os compartimentos aquosos
do organismo / massa corpórea magra
Metabolização: fígado (álcool desidrogenase) –
acetaldeído – rubor e perda de calor
(vasodilatação dos capilares cutâneos)
Eliminação: Rins e Pulmões
106. Efeitos Agudos do Etanol
SNC: comportamentais e sobre funções
psicomotoras e coordenação. (euforia,
autoconfiança, , tagarelice, desejo de dormir,
ataxia, desorientação e outros)
107. Ações do Etanol sobre o SNC e
Sistemas de Neurotransmissão
Receptor de GABA – Canal de Cloro e receptor
de benzodiazepínico - hiperpolarização
neuronal.
Etanol potencializa o fluxo de Cloro mediado por
receptores GABA.
Redução de sintomas da síndrome de
abstinência alcóolica
Tolerância e Dependência
108. Serotonina: níveis diminuídos com uso do álcool
Bulimia, transtorno obsessivo compulsivo,
comportamentos violentos e suicídio.
Interação com outras drogas:
Depressoras do SNC (sedativos, hipnóticos,
anticonvulsivantes, antidepressivos ou analgésicos
opióides)
Buspirona: não há interação (+ utilizado como
ansiolítico)
Dissulfiram e Metronidazol (sintomas aversivos)
Hipoglicemiantes (náuseas, vômitos)
Cocaína – antagoniza a sedação induzida pelo álcool
(cardiotoxicidade)
Ações do Etanol sobre o SNC e
Sistemas de Neurotransmissão
109. Receptores de Glutamato (NMDA)
Neurotransmissor excitatório
NMDA – N-metil-D-aspartato
Antagônico ao GABA
Retirado o etanol: excesso de Glutamato
(convulsões, ansiedade, delirium)
Bloqueadores dos Canais de Cálcio:
nitrendipino e nimodipino
Ações do Etanol sobre o SNC e
Sistemas de Neurotransmissão
110. Dependência, Tolerância e
Síndrome de Abstinência
Mesma dose: tolerância e dependência – 1 a 3
semanas (redução de 2 a 3 vezes na potência)
Aumento da metabolização – doses maiores para
promover mesmos efeitos comportamentais.
Síndrome de abstinência (dias ou semanas):
tremores , enjoos, vômitos, mal estar, fraqueza,
taquicardia, sudorese, ansiedade e humor
deprimido.
Delirium Tremes (72 a 96 horas após interrupção)
111. Efeitos Tóxicos do Etanol
Deficiência de Vitamina B1 – Síndrome de
Wernicke Korsakoff – Ataxia, alterãções de
movimentos oculares , desorientação.
Aparelho Cardiovascular: Miocardiopatia
TGI: Gastrite erosiva
Fígado: Esteatose, hepatite alcoolica, cirrose
Efeitos teratogênicos: Síndrome alcoolica fetal
(microcefalia, QI baixo, atraso do crescimento.
Sistema hematopoiético: redução do número de
plaquetas
Sistema endócrino: hipogonadismo
112. Tratamento Farmacológico do Etanol
Tratamento da intoxicação aguda
Tratamento da Síndrome de Abstinência
Tratamento com fármacos bloqueadores do
efeito reforçador das drogas, as chamadas
drogas anti-craving.
Tratamento aversivo
Tratamento da comorbidade psiquiátrica.
113. Intoxicação alcoólica aguda ou embriaguez
Quadro patológico
Evitar droga depressora do SNC
Lavagem gástrica e aspiração pulmonar
Sinais vitais
Oxigênio e hidratação venosa
Tratamento Farmacológico do Etanol
114. Síndrome de Abstinência
Moderada a Grave: clínica especializada
Benzodiazepinico (Diazepam) – 5 a 7 dias
Reposição de Tiamina Oral e Ácido fólico
Síndrome de Abstinência X Encepalopatia
hepática (BZD contra-indicado)
Tratamento Farmacológico do Etanol
115. Drogas Aversivas
Dissulfiram: inibe a aldeído desidrogenase
(usar durante semanas ou meses) – iniciar
somente após 24 horas da última dose
Rubor, sensação de calor na face, membros
superiores e torax, náuseas e vômitos intensos,
tontura, palpitações, falta de ar, dormência nas
extremidades.
Hipotensão grave, choque, confusão mental e
psicose tóxica
Metronidazol.
Tratamento Farmacológico do Etanol
116. Drogas Não-Aversivas
Fluoxetina, Citalopram – ISRS
Buspirona (agonista serotoninérgico)
Buspirona + Carbamazepina = beber moderadamente
Naltrexona = bloqueador dos receptores opióides,
diminui a avidez pelo álcool, consumo e euforia por ele
produzida (uso – dependência ao álcool)
Acamprosato: diminuição da hiper-excitabilidade
através da diminuição do número de
neurotransmissores (Cálcio)
Topiramato – Facilitador da ação do GABA
Tratamento Farmacológico do Etanol
118. Hipnóticos
Insônia: Sintoma que se refere a incapacidade
de iniciar e manter o sono, acompanhada de
sono de baixa qualidade, interrompido ou de
duração reduzida, e insuficiente para restaurar o
alerta completo:
Curta duração, transitório ou situacional: 3 a 5
dias
Média duração: 3 semanas
Longa duração ou crônica: além de 3 semanas
Tratamento farmacológico: etiológico e
hipnótico
119. Substâncias que determinam graus variados de
depressão no SNC, dependentes de:
Via de administração
Dose da substância hipnótica
Maior ou Menor sensibilidade do paciente a droga
Hipnose: estado de depressão semelhante ao
sono fisiológico e que dele se distingue, pelo fato,
de na hipnose induzida por drogas, haver um
encurtamento daquela fase do sono chamada sono
paradoxal ou de movimentos oculares rápidos
Hipnóticos
120. Aspectos importantes para o tratamento
fisiológico da insônia:
Insônia no início da noite (rápido inicio de ação
e meia vida curta)
Terço médio ou Final da noite com despertares
repetidos e prolongados: meia vida de
eliminação longa
Benzodiazepínicos
Barbitúricos
Substâncias não benzodiazepínicas
Hipnóticos
121.
122.
123. Benzodiazepínicos e Barbitúricos agem em
diferentes sítios alostéricos dos receptores GABAA
Benzodiazepínicos e Barbitúricos
Potencializam o efeito inibitório do
neurotransmissor GABA
124. Benzodiazepínicos se ligam aos receptores
GABA
GABA: principal neurotransmissor inibitório
no cérebro
Ativa a condutância a íons Cl-:
hiperpolarização de membrana e redução da
transmissão sináptica
Barbitúricos:
GABA-Cloretos: prolongam o tempo de ação
do GABA ao invés de intensificá-lo
126. Nome
Genérico
Nome
Comercial
Uso Clínico Duração de
Ação
Clordiazepóxid
o
Psicosedin Transtornos de
Ansiedade
Abstinência ao
Álcool
Ação longa – 1
a 3 dias
Diazepam Ansilive
Calmociteno
Compaz
Diempax
Kiatrium
Valium
Somaplus
Transtornos de
Ansiedade, mal
epiléptico,
relaxamento
muscular,
Anestésico
Geral IV,
Abstinência ao
Álcool
Ação longa – 1
a 3 dias
Flurazepam Dalmadorm Insônia Ação longa –
1 a 3 dias
127. Nome
Genérico
Nome
Comercial
Uso Clínico Duração de
Ação
Lorazepam Calmogenol
Lorax
Lorium
Max-Pax
Mesmerim
Transtornos
de Ansiedade,
mal epiléptico
e Anestésico
Geral IV
Intermediária
– 11 a 20
horas
Triazolam Halcion Insônia Ação Curta –
3 a 8 horas
Nitrazepan
Flunitrazepam
Mogadon
Rohypnol
Insônia
Insônia
Ação Curta –
3 a 8 horas
Ação Curta –
3 a 8 horas
128. Antagonista Receptor BZD
Flumazenil (imidazobenzodiazepinico)
Usos terapêuticos:
Antagonizar overdoses de BZD
Reverter os efeitos sedativos dos BZD
administrados durante anestesia geral /
diagnósticos/ procedimentos terapêuticos
130. Fatores que potencializam a ação
dos barbitúricos
Fatores que potencializam a ação dos
barbitúricos
Doenças hepáticas e renais
Uso de drogas inibidoras enzimáticas
Uso concomitante de drogas depressoras do
SNC
Fatores que diminuem a ação dos barbitúricos
Uso de estimulantes do SNC junto com os
barbitúricos
Utilização de meios que promovem a retirada
da droga
131. Hipnóticos não BZD e não
Barbitúricos
Álcoois
Etilclovinol e Metilparafinol
Derivados da Piperidinodiona (semelhantes a
barbitúricos)
Metilprilon, Glutetimida e Talidomida
Carbamatos
Uretana e Etinamato
Hidrato de Cloral e Paraldeído
Utilizado quando o barbitúrico não é bem tolerado
132. Hipnóticos não BZD e não
Barbitúricos
Brometos (desuso – irritações gastrintestinais)
Metaqualona: Mequalon e Quaalude
Utilizado quando barbitúricos são contra-
indicados
Novos hipnóticos: Zolpidem e Zopiclone
Absorção rápida após administração oral
Meia vida: 2 horas
Não fornece metabólitos ativos
Não interfere no sono REM
Não apresenta rebote de insônia quando retirado
bruscamente
134. Introdução
Aumento do tônus muscular é a principal
característica de muitas doenças que
atingem o SNC.
O Tônus muscular aumentado provoca
incapacitação e dor
Relaxantes musculares: atenuam a
limitação e o desconforto provocado por
estas enfermidades
135. Classificação
Relaxantes de ação central:
Ação seletiva no SNC e usados para aliviar os
espasmos musculares dolorosos ou a
espasticidade que ocorrem em distúrbios
musculoesqueléticos e neuromusculares.
Mecanismo de Ação: desconhecido (ação
depressora no SNC)
Relaxantes de ação direta:
Exercem ação direta na musculatura esquelética e
aliviam a espasticidade.
Bloqueadores Neuromusculares
136. Relaxantes Musculares
Baclofeno
Derivado do GABA (receptores GABAb)
Ativação destes receptores no cérebro resulta em
hiperpolarização que impede o influxo de cálcio e a
liberação de neurotransmissores pré-sinápticos.
Reduzem a liberação de neurotransmissores
(substância P e Peptídeo relacionado ao gene da
calcitonina) excitatórios na transmissão da dor.
Meia Vida: 3 a 4 hs
Efeitos adversos: sonolência, fraqueza, vertigens,
Precaução quando úlcera péptica ou convulsões
137. Baclofeno
Usos terapêuticos
Distonias, soluços intratável, síndromes
dolorosas relacionadas a espasmo, espasticidade
quando há lesões da medula espinhal, esclerose
múltipla e paraplegia
Injeção intratecal
Carisoprodol
Relaxante de ação central – mecanismo de ação
desconhecido
Início de ação: 30 minutos após administração
Meia vida: 8 horas
Relaxantes Musculares
138. Carbamato de Clorfenesina
Mecanismo de ação desconhecido, efeito
depressor no SNC
Meia vida de 2 a 5 horas
Usos: adjuvante no tratamento de síndromes
dolorosas por espasmo musculares
Ciclobenzaprina
Atividade alfa 2 agonista e 5HT2, diminuindo a
atividade de neurotransmissores noradrenérgicos e
serotoninérgicos
93% ligado as proteínas plasmáticas
Efeitos adversos: Propriedades anticolinérgicas
Relaxantes Musculares
139. Mefenesina
Mecanismo de ação: desconhecido (age na medula
espinhal inibindo a excitação de neurônios motores.
Uso: espasmo muscular agudo resultante de lesão
Efeitos adversos: distúrbios visuais, incoordenação
motora, hipotensão e paralisia respiratória
Utilizado IV
Metaxalona
Mecanismo de ação: desconhecido (propriedades
sedativas)
Meia Vida: 2 a 3 horas
Efeito adverso: Sonolência
Relaxantes Musculares
140. Metocarbamol
Mecanismo de ação: desconhecido (depressora no
SNC).
Cuidado em insuficiência renal e Miastenia grave
Uso: Adjunto no tratamento do tétano
Efeitos adversos: náuseas, anorexia, sonolência,
cansaço, febre e outros.
Utilizado IV e Oral
Cloridrato de Tizanidina
Mecanismo de ação: Alfa 2 agonista / Uso: Esclerose
Múltipla
Efeito adverso: Sonolência, boca seca, hipotensão,
fadiga, vertigem
Relaxantes Musculares
141. Clonidina
Mecanismo de ação: Alfa 2 agonista no cérebro,
tronco cerebral
Meia vida: 5 e 19 horas
Uso: espasticidade
Efeitos adversos: bradicardia, hipotensão, depressão,
boca seca
Cloridrato de Tolperisona e Eperisona
Mecanismo de ação: Bloqueia as sinapses em nível
espinhal. Estabilidade semelhante a lidocaína
Efeito adverso: Cefaléia, desconforto gástrico, tontura,
etc.
Relaxantes Musculares
142. Progabida, glicina e hidrocilamida
Mecanismo de ação: agonista GABAa e GABAb,
ativação de glicina e ação anti-inflamatória.
Via oral, IM ou tópica
Uso: Sob investigação
Toxina Botulínica Tipo A
Uso: Contração Muscular Excessiva, por causar
relaxamento muscular dose-dependente.
Relaxantes Musculares