SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 35
BENZODIAZEPÍNICOS
Tranquilizantes Ansiolíticos
Calmantes
HISTÓRICO:
• A PRINCIPAL OPÇÃO TERAPÊUTICA PARA O
TRATAMENTO DA ANSIEDADE, NO INÍCIO DO
SÉCULO XX.
• OS PRIMEIROS BDZ, CLORDIAZEPÓXIDO E
DIAZEPAM, FORAM SINTETIZADOS NO FINAL DOS
ANOS 50 E LANÇADOS NO MERCADO EM 1960.
• ACREDITAVA-SE QUE ERAM SUBSTÂNCIAS
INCAPAZES DE LEVAR AO USO NOCIVO OU
ÀDEPENDÊNCIA.
• EM 1975, 100 MILHÕES DE PRESCRIÇÕES
FORAM EMITIDAS NOS ESTADOS UNIDOS.
• A CONSTATAÇÃO DA DEPENDÊNCIA LEVOU A
CAMPANHAS PELO USO MAIS RACIONAL.
• EM 1981, HOUVE UMA QUEDA PARA 65
MILHÕES DE RECEITAS.
• O USO, AINDA HOJE, ÉEXAGERADO E MUITAS
VEZES CARENTES DE CRITÉRIOS.
Epidemiologia
• USUÁRIOS CRÔNICOS: 1,6% POPULAÇÃO
ADULTA.
• USO OCASIONAL -11 A 15% NO ANO.
• 15% DOS PACIENTES USAM-NOS POR
PERÍODOS SUPERIORES A 1 ANO (APA, 1990);
• TOMARAM BZD POR MAIS DE 1 ANO: 7,4% NA
HOLANDA, 15% NOS EUA E 17% NA BÉLGICA.
• EUA : 1,1% DOS INDIVÍDUOS PREENCHEM
CRITÉRIO PARA ABUSO OU DEPENDÊNCIA EM
ALGUM MOMENTO DE SUAS VIDAS (GOLD,
1995).
• CADA CLÍNICO TEM EM SUA LISTA 50
PACIENTES DEPENDENTES DE
BENZODIAZEPÍNICOS, METADE DESTES.
• GOSTARIAM DE PARAR O USO E, NO ENTANTO,
30% PENSAM QUE O USO ÉESTIMULADO
PELOS MÉDICOS ( MHF, 1992)
FARMACOLOGIA
• SÃO DROGAS LIPOSSOLÚVEIS.
• ABSORÇÃO PELO TRATO GASTROINTESTINAL.
• AMPLA TAXA DE LIGAÇÃO A PROTEÍNAS.
• METABOLISMO HEPÁTICO.
• BOA PARTE DELES APRESENTAM
METABÓLITOS ATIVOS.
ALPRAZOLAM
Frontal®, Alpraz®e Tranquinal®
LORAZEPAM
Lorax®, Lorium®, Max-Pax®e Mesmerin®
CLONAZEPAM
Rivotril®
DIAZEPAM
Valium ®, Dienpax®, Noan®
CLORDIAZEPÓXIDO
Psicosedin®, Limbitrol®, Menotensil®
FLURAZEPAM
Dalmadorm®
FLUNITRAZEPAM
Rohypnol®
BROMAZEPAM
Lexotan®, Somalium®, Novazepam®
MIDAZOLAM
Dormonid®
Efeitos Colaterais
• Sonolência excessiva diurna (“ressaca”);
• Piora da coordenação motora;
• Piora da memória (amnésia anterógrada);
• Tontura, zumbidos;
• Quedas e fraturas;
• Reação paradoxal: Consiste de excitação,
agressividade e desinibição, ocorre mais
frequentemente em crianças, idosos e em
deficientes mentais;
• Anestesia emocional” – indiferença afetiva a
eventos da vida;
• “Anestesia emocional” – indiferença afetiva a
eventos da vida10;
• Idosos: maior risco de interação
medicamentosa, piora dos desempenhos
psicomotor e cognitivo(reversível), quedas e
risco de acidentes no trânsito;
• Risco de dependência 50% dos que usaram
por mais de um ano chegaram a usar por 5 a
10 anos.
Problemas socioeconômicos devido ao uso
prolongado (12 meses ou mais)
• Risco aumentado de acidentes: no tráfego, em
casa, no trabalho;
• Risco aumentado de overdose em combinação
com outras drogas;
• Risco aumentado de tentativas de suicídio,
especialmente em depressão;
• Risco de atitudes antissociais;
• Contribuição para problemas na interação
interpessoal;
• Redução da capacidade de trabalho,
desemprego;
• Custo com internações, consultas, exames
diagnósticos.
Síndrome de abstinência
Sinais e Sintomas
Físicos
• Tremores
• Sudorese
• Palpitações
• Letargia
• Náuseas
• Vômitos
• Anorexia
• Sintomas gripais
• Cefaleia
• Dores musculares
Síndrome de abstinência
Sinais e Sintomas
Psíquicos
• Insônia
• Irritabilidade
• Dificuldade de concentração
• Inquietação
• Agitação
• Pesadelos
• Disforia
• Prejuízo da memória
• Despersonalização/
• desrealização
• Convulsões
• Alucinações
• Delirium
Tolerância
Tolerância é a diminuição do efeito inicial
atingido por um medicamento após algum
tempo de uso na mesma dose. É comum
dentre os ansiolíticos benzodiazepínicos com
necessidade de escalonamento da dose para
manutenção do efeito desejado.
Precauções
Crianças
Os BZD são usados em crianças com
antiepiléticos associados a outras drogas, bem
como em sedação para procedimentos como
endoscopia digestiva alta.
Idosos
A sensibilização do SNC aumenta com a idade.
Idosos possuem maior risco de intoxicação e
efeitos colaterais, como ataxia, vertigem e
distúrbios comportamentais.
Gravidez e amamentação
Embora não haja passagem para o leite
materno, os BZD atravessam a barreira
placentária com risco para o feto. Seu uso em
grávidas deve ser considerado após avaliação
da relação entre custo e benefício pelo médico
e sua paciente.
POTENCIAL DE ABUSO
• ARTIFÍCIOS PARA CONSEGUIR O MEDICAMENTO;
• ADULTERAÇÃO E FALSIFICAÇÃO DE RECEITAS MÉDICAS
• DIVERSAS QUEIXAS INDEFINIDAS, SUPERVALORIZAÇÃO;
• “SÓAQUELE MEDICAMENTO FAZ EFEITO”;
• AFIRMAÇÃO QUE POSSUI TOLERÂNCIA ALTA AO
MEDICAMENTO;
• INSISTÊNCIA PARA O MÉDICO PRESCREVER ALGUM
MEDICAMENTO CONTROLADO NA PRIMEIRA
CONSULTA;
• AMEAÇAS VELADAS, BAJULAÇÃO E ELOGIOS
• É importante salientar que mesmo doses
terapêuticas podem levar à dependência!
• Pacientes que conseguem ficar livres de
benzodiazepínicos por pelo menos cinco
semanas apresentam redução nas medidas de
ansiedade e melhora na qualidade de vida.
BZD Tratamento Ansiedade

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Dor pós operatória
Dor pós operatóriaDor pós operatória
Dor pós operatóriadapab
 
Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Safia Naser
 
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisAula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisMauro Cunha Xavier Pinto
 
Glicocorticoides - Farmacologia
Glicocorticoides - FarmacologiaGlicocorticoides - Farmacologia
Glicocorticoides - FarmacologiaRaphael Machado
 
aula antipsicoticos.pptx
aula antipsicoticos.pptxaula antipsicoticos.pptx
aula antipsicoticos.pptxMayaraPereira87
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS e ANALGÉSICOS
ANTI-INFLAMATÓRIOS e ANALGÉSICOSANTI-INFLAMATÓRIOS e ANALGÉSICOS
ANTI-INFLAMATÓRIOS e ANALGÉSICOSLeonardo Souza
 
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.MAIQUELE SANTANA
 

Mais procurados (20)

5. sistema nervoso
5. sistema nervoso5. sistema nervoso
5. sistema nervoso
 
Dor pós operatória
Dor pós operatóriaDor pós operatória
Dor pós operatória
 
Antiinflamatorios
AntiinflamatoriosAntiinflamatorios
Antiinflamatorios
 
AnsiolíTicos E HipnóTicos
AnsiolíTicos E HipnóTicosAnsiolíTicos E HipnóTicos
AnsiolíTicos E HipnóTicos
 
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
Aula -  SNC - AnticonvulsivantesAula -  SNC - Anticonvulsivantes
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
 
Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides
 
Antiepiléticos - Caso Clínico
Antiepiléticos - Caso ClínicoAntiepiléticos - Caso Clínico
Antiepiléticos - Caso Clínico
 
Aula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - AntidepressivosAula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - Antidepressivos
 
Farmacologia das drogas do snc
Farmacologia das drogas do sncFarmacologia das drogas do snc
Farmacologia das drogas do snc
 
Ansiolíticos
AnsiolíticosAnsiolíticos
Ansiolíticos
 
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisAula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
 
ANTIDEPRESSIVOS
ANTIDEPRESSIVOSANTIDEPRESSIVOS
ANTIDEPRESSIVOS
 
Aula - SNC - Anestésicos
Aula - SNC - AnestésicosAula - SNC - Anestésicos
Aula - SNC - Anestésicos
 
Aula - SNC - Antipsicóticos
Aula -  SNC - AntipsicóticosAula -  SNC - Antipsicóticos
Aula - SNC - Antipsicóticos
 
Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos
 
Aula - Anti-inflamatórios esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios esteróidaisAula - Anti-inflamatórios esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios esteróidais
 
Glicocorticoides - Farmacologia
Glicocorticoides - FarmacologiaGlicocorticoides - Farmacologia
Glicocorticoides - Farmacologia
 
aula antipsicoticos.pptx
aula antipsicoticos.pptxaula antipsicoticos.pptx
aula antipsicoticos.pptx
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS e ANALGÉSICOS
ANTI-INFLAMATÓRIOS e ANALGÉSICOSANTI-INFLAMATÓRIOS e ANALGÉSICOS
ANTI-INFLAMATÓRIOS e ANALGÉSICOS
 
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
 

Destaque (11)

BDZ Freight presentation
BDZ Freight presentationBDZ Freight presentation
BDZ Freight presentation
 
Bdz lots7 8_9_Alternative
Bdz lots7 8_9_AlternativeBdz lots7 8_9_Alternative
Bdz lots7 8_9_Alternative
 
Benzodiazepinas y su antagonista final
Benzodiazepinas y su antagonista final Benzodiazepinas y su antagonista final
Benzodiazepinas y su antagonista final
 
Benzodiacepinas (1)
Benzodiacepinas (1)Benzodiacepinas (1)
Benzodiacepinas (1)
 
Benzodiazepinas
BenzodiazepinasBenzodiazepinas
Benzodiazepinas
 
Opioids and Benzodiazepines
Opioids and BenzodiazepinesOpioids and Benzodiazepines
Opioids and Benzodiazepines
 
Sedatives
SedativesSedatives
Sedatives
 
Antipsicóticos e sua ação teratogênica
Antipsicóticos e sua ação teratogênicaAntipsicóticos e sua ação teratogênica
Antipsicóticos e sua ação teratogênica
 
Diazepam poisoning
Diazepam poisoningDiazepam poisoning
Diazepam poisoning
 
Clinical ppt.pptx
Clinical ppt.pptxClinical ppt.pptx
Clinical ppt.pptx
 
Benzodiacepinas
BenzodiacepinasBenzodiacepinas
Benzodiacepinas
 

Semelhante a BZD Tratamento Ansiedade

Prevenção ao uso de Drogas - Aula 3
Prevenção ao uso de Drogas - Aula 3Prevenção ao uso de Drogas - Aula 3
Prevenção ao uso de Drogas - Aula 3RASC EAD
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idososVr Medcare
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idososVr Medcare
 
Medicamentos mais utilizados pelos idosos
Medicamentos mais utilizados pelos idososMedicamentos mais utilizados pelos idosos
Medicamentos mais utilizados pelos idososTassia Lemos
 
Analgesia e sedação em pacientes na UTI/CTI
Analgesia e sedação em pacientes na UTI/CTIAnalgesia e sedação em pacientes na UTI/CTI
Analgesia e sedação em pacientes na UTI/CTIWilliamdaCostaMoreir
 
Tontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de MénièreTontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de MénièreDario Hart
 
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2RASC EAD
 
Fármacos usados na psiquiatria com interesse mesico
Fármacos usados na psiquiatria com interesse mesicoFármacos usados na psiquiatria com interesse mesico
Fármacos usados na psiquiatria com interesse mesicoBasilio4
 
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análise
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análiseOs usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análise
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análiseMiriam Gorender
 
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pdf
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pdf03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pdf
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Atendimento e cuidados com pacientes diabéticos
Atendimento e cuidados com pacientes diabéticosAtendimento e cuidados com pacientes diabéticos
Atendimento e cuidados com pacientes diabéticosOyara Mello
 
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pptx
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pptx03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pptx
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pptxGustavoWallaceAlvesd
 

Semelhante a BZD Tratamento Ansiedade (20)

Prevenção ao uso de Drogas - Aula 3
Prevenção ao uso de Drogas - Aula 3Prevenção ao uso de Drogas - Aula 3
Prevenção ao uso de Drogas - Aula 3
 
Pg2017
Pg2017Pg2017
Pg2017
 
Aula sedacao.pptx
Aula sedacao.pptxAula sedacao.pptx
Aula sedacao.pptx
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Farmacologia dos opiaceos
  Farmacologia dos opiaceos   Farmacologia dos opiaceos
Farmacologia dos opiaceos
 
Medicamentos mais utilizados pelos idosos
Medicamentos mais utilizados pelos idososMedicamentos mais utilizados pelos idosos
Medicamentos mais utilizados pelos idosos
 
Analgesia e sedação em pacientes na UTI/CTI
Analgesia e sedação em pacientes na UTI/CTIAnalgesia e sedação em pacientes na UTI/CTI
Analgesia e sedação em pacientes na UTI/CTI
 
psicofarmacologia 2
psicofarmacologia 2psicofarmacologia 2
psicofarmacologia 2
 
Tontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de MénièreTontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de Ménière
 
Cuidador de idoso_15
Cuidador de idoso_15Cuidador de idoso_15
Cuidador de idoso_15
 
Antipsicoticos teste
Antipsicoticos  testeAntipsicoticos  teste
Antipsicoticos teste
 
Depressão palestra uniplac
Depressão   palestra uniplacDepressão   palestra uniplac
Depressão palestra uniplac
 
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
 
Fármacos usados na psiquiatria com interesse mesico
Fármacos usados na psiquiatria com interesse mesicoFármacos usados na psiquiatria com interesse mesico
Fármacos usados na psiquiatria com interesse mesico
 
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análise
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análiseOs usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análise
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análise
 
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pdf
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pdf03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pdf
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pdf
 
Atendimento e cuidados com pacientes diabéticos
Atendimento e cuidados com pacientes diabéticosAtendimento e cuidados com pacientes diabéticos
Atendimento e cuidados com pacientes diabéticos
 
psicofarmacologia.pptx
psicofarmacologia.pptxpsicofarmacologia.pptx
psicofarmacologia.pptx
 
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pptx
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pptx03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pptx
03 ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.pptx
 

Último

Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaJoyceDamasio2
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 

Último (8)

Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 

BZD Tratamento Ansiedade

  • 2. HISTÓRICO: • A PRINCIPAL OPÇÃO TERAPÊUTICA PARA O TRATAMENTO DA ANSIEDADE, NO INÍCIO DO SÉCULO XX. • OS PRIMEIROS BDZ, CLORDIAZEPÓXIDO E DIAZEPAM, FORAM SINTETIZADOS NO FINAL DOS ANOS 50 E LANÇADOS NO MERCADO EM 1960. • ACREDITAVA-SE QUE ERAM SUBSTÂNCIAS INCAPAZES DE LEVAR AO USO NOCIVO OU ÀDEPENDÊNCIA.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6. • EM 1975, 100 MILHÕES DE PRESCRIÇÕES FORAM EMITIDAS NOS ESTADOS UNIDOS. • A CONSTATAÇÃO DA DEPENDÊNCIA LEVOU A CAMPANHAS PELO USO MAIS RACIONAL. • EM 1981, HOUVE UMA QUEDA PARA 65 MILHÕES DE RECEITAS. • O USO, AINDA HOJE, ÉEXAGERADO E MUITAS VEZES CARENTES DE CRITÉRIOS.
  • 7. Epidemiologia • USUÁRIOS CRÔNICOS: 1,6% POPULAÇÃO ADULTA. • USO OCASIONAL -11 A 15% NO ANO. • 15% DOS PACIENTES USAM-NOS POR PERÍODOS SUPERIORES A 1 ANO (APA, 1990); • TOMARAM BZD POR MAIS DE 1 ANO: 7,4% NA HOLANDA, 15% NOS EUA E 17% NA BÉLGICA.
  • 8. • EUA : 1,1% DOS INDIVÍDUOS PREENCHEM CRITÉRIO PARA ABUSO OU DEPENDÊNCIA EM ALGUM MOMENTO DE SUAS VIDAS (GOLD, 1995). • CADA CLÍNICO TEM EM SUA LISTA 50 PACIENTES DEPENDENTES DE BENZODIAZEPÍNICOS, METADE DESTES. • GOSTARIAM DE PARAR O USO E, NO ENTANTO, 30% PENSAM QUE O USO ÉESTIMULADO PELOS MÉDICOS ( MHF, 1992)
  • 9.
  • 10. FARMACOLOGIA • SÃO DROGAS LIPOSSOLÚVEIS. • ABSORÇÃO PELO TRATO GASTROINTESTINAL. • AMPLA TAXA DE LIGAÇÃO A PROTEÍNAS. • METABOLISMO HEPÁTICO. • BOA PARTE DELES APRESENTAM METABÓLITOS ATIVOS.
  • 20. Efeitos Colaterais • Sonolência excessiva diurna (“ressaca”); • Piora da coordenação motora; • Piora da memória (amnésia anterógrada); • Tontura, zumbidos; • Quedas e fraturas; • Reação paradoxal: Consiste de excitação, agressividade e desinibição, ocorre mais frequentemente em crianças, idosos e em deficientes mentais;
  • 21. • Anestesia emocional” – indiferença afetiva a eventos da vida; • “Anestesia emocional” – indiferença afetiva a eventos da vida10; • Idosos: maior risco de interação medicamentosa, piora dos desempenhos psicomotor e cognitivo(reversível), quedas e risco de acidentes no trânsito; • Risco de dependência 50% dos que usaram por mais de um ano chegaram a usar por 5 a 10 anos.
  • 22. Problemas socioeconômicos devido ao uso prolongado (12 meses ou mais) • Risco aumentado de acidentes: no tráfego, em casa, no trabalho;
  • 23. • Risco aumentado de overdose em combinação com outras drogas;
  • 24. • Risco aumentado de tentativas de suicídio, especialmente em depressão;
  • 25. • Risco de atitudes antissociais; • Contribuição para problemas na interação interpessoal;
  • 26. • Redução da capacidade de trabalho, desemprego;
  • 27. • Custo com internações, consultas, exames diagnósticos.
  • 28. Síndrome de abstinência Sinais e Sintomas Físicos • Tremores • Sudorese • Palpitações • Letargia • Náuseas • Vômitos • Anorexia • Sintomas gripais • Cefaleia • Dores musculares
  • 29. Síndrome de abstinência Sinais e Sintomas Psíquicos • Insônia • Irritabilidade • Dificuldade de concentração • Inquietação • Agitação • Pesadelos • Disforia • Prejuízo da memória • Despersonalização/ • desrealização • Convulsões • Alucinações • Delirium
  • 30. Tolerância Tolerância é a diminuição do efeito inicial atingido por um medicamento após algum tempo de uso na mesma dose. É comum dentre os ansiolíticos benzodiazepínicos com necessidade de escalonamento da dose para manutenção do efeito desejado.
  • 31. Precauções Crianças Os BZD são usados em crianças com antiepiléticos associados a outras drogas, bem como em sedação para procedimentos como endoscopia digestiva alta. Idosos A sensibilização do SNC aumenta com a idade. Idosos possuem maior risco de intoxicação e efeitos colaterais, como ataxia, vertigem e distúrbios comportamentais.
  • 32. Gravidez e amamentação Embora não haja passagem para o leite materno, os BZD atravessam a barreira placentária com risco para o feto. Seu uso em grávidas deve ser considerado após avaliação da relação entre custo e benefício pelo médico e sua paciente.
  • 33. POTENCIAL DE ABUSO • ARTIFÍCIOS PARA CONSEGUIR O MEDICAMENTO; • ADULTERAÇÃO E FALSIFICAÇÃO DE RECEITAS MÉDICAS • DIVERSAS QUEIXAS INDEFINIDAS, SUPERVALORIZAÇÃO; • “SÓAQUELE MEDICAMENTO FAZ EFEITO”; • AFIRMAÇÃO QUE POSSUI TOLERÂNCIA ALTA AO MEDICAMENTO; • INSISTÊNCIA PARA O MÉDICO PRESCREVER ALGUM MEDICAMENTO CONTROLADO NA PRIMEIRA CONSULTA; • AMEAÇAS VELADAS, BAJULAÇÃO E ELOGIOS
  • 34. • É importante salientar que mesmo doses terapêuticas podem levar à dependência! • Pacientes que conseguem ficar livres de benzodiazepínicos por pelo menos cinco semanas apresentam redução nas medidas de ansiedade e melhora na qualidade de vida.