1. A mediunidade é uma faculdade inerente ao ser humano, não um privilégio, e pode se manifestar de diferentes formas. A maioria dos médiuns pertence à classe de prova, por estarmos em constante evolução espiritual.
2. Existem diferentes tipos de mediunidade quanto aos fenômenos, como incorporação, efeitos físicos e lucidez. A mediunidade de Umbanda requer maior preparo para lidar com entidades do baixo astral.
3. Ser médium exige disciplina, equilíbrio e est
2. Pode-se dizer que a mediunidade existe na Terra desde que existe
o homem. Os espíritos dirigentes do planeta procuraram intervir,
desde o princípio, para orientar e estimular a evolução do espírito
humano encarnado neste orbe;
Em épocas dos regimes patriarcais – clãs e tribos –, a
mediunidade era atribuída a poucos, inspirados, videntes, profetas,
etc., verdadeiro reinado espiritual sobre os outros.
Na Bíblia, no Antigo
Testamento, encontram-se
inúmeros relatos de
fenômenos mediúnicos,
por meio de profetas,
videntes, audientes e
também os chamados
“inspirados”.
3. “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos
Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao
homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. (...) Pode,
pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (...) Deve-se
notar, ainda, que essa faculdade não se revela em todos da mesma
maneira. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, capítulo XIV);
A mediunidade é a qualidade de toda pessoa que é médium. As
faculdades mediúnicas tem muitas formas de aflorar e costumam
processar-se de diferentes formas. (...)Mediunidade é a faculdade
que uma pessoa possui e que, se desenvolvida ordenadamente,
poderá servir de meio de comunicação entre os dois planos da vida:
o espiritual e o material. (Doutrina e Teologia de Umbanda – Rubens
Saraceni).
4. 1 - A mediunidade quanto a NATUREZA se divide em :
NATURAL
Conquista individual.
É concedida como
conquista do espírito de
evolução mais
avançada.
PROVA
Tarefa para reajuste.
É concedida como
ferramenta de trabalho
comum.
A maioria dos médiuns pertencem a 2º classe, de prova, por
sermos espíritos em transição.
6. Incorporação: também conhecida como psicofonia, é
a comunicação dos espíritos pela voz de um médium
falante. É a mais freqüente das faculdades mediúnicas
e também a que mais representa o grau de
compromisso, aquela que se tem a maior
oportunidade de prestar valiosas colaborações à
espiritualidade, sobretudo àqueles espíritos sofredores
ou endurecidos.
Efeitos Físicos: trata-se da manifestação dos
espíritos desencarnados, utilizando-se do ectoplasma
(fluido/energia nervosa produzida pelos seres
humanos) do próprio médium ou de um outro ser
presente no ambiente, além de fluidos do próprio
ambiente e aqueles extraídos dos elementos da
natureza.
7. Através do conhecimento de suas faculdades mediúnicas, o homem
tem condição de preparar-se mediunicamente, de equilibrar-se,
buscando a sua própria elevação espiritual pela ajuda que presta a
todos aqueles que povoam as casas espiritualistas, buscando
amenizar os seus infortúnios;
A educação mediúnica surge como o processo educativo e ritmado,
dependendo do acervo de cada espírito, de suas vivências
passadas, do seu Carma. O despertar para o compromisso
mediúnico depende apenas do próprio espírito para assumir a tarefa
de solidariedade humana;
Todos somos médiuns, com faculdade ou faculdades mediúnicas
próprias, necessário se faz que estejamos preparados
adequadamente, no sentido de mantermos a nossa mediunidade de
forma equilibrada.
8. Aos médiuns em desenvolvimento, cabe a consciência de que são
intermediários entre o plano dos encarnados e o dos
desencarnados, e que estão expostos a constantes ataques e
descontroles;
Dessa forma, têm a obrigação de estarem sempre preparados para
a disciplina, para o equilíbrio, para a conscientização de seus
compromissos, pois só assim poderão servir de canal por onde
possam fluir mensagens positivas e ensinamentos, possibilitando as
verdadeiras curas do corpo e da alma;
O estudo constante como forma de buscar-se o aprimoramento
pessoal e o conhecimento das coisas divinas, a prática do bem
sem a preocupação de receber nada em troca, a perene disciplina,
entre outras, são condições indispensáveis àquele que deseja
tornar-se um bom médium.
9. Acreditar-se privilegiado por possuir a faculdade;
Não atender às solicitações de estudo, achando-se que o
guia espiritual ensina tudo;
Não ter horário para trabalhar mediunicamente, entregando-
se à prática a qualquer hora, ocasião e local;
Fazer trabalhos mediúnicos habitualmente em casa
domiciliar;
Cobrar monetária ou moralmente pelos bens que
eventualmente possa obter pela faculdade mediúnica;
Assim, quem age dessa forma, mais cedo ou mais tarde, ver-se-á
em situação lamentável.
10. A mediunidade no chamado espiritismo de mesa é acentuadamente
mental, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente
inspirativas, isto é, os espíritos atuam mais sobre a mente dos
médiuns, pois a atividade do espiritismo se processa mais no plano
mental. Espiritismo de mesa não tem a missão de atuar no baixo
astral contra os elementos de magia negra, como acontece com a
Umbanda.(...) Sua doutrina fundamenta-se principalmente na
reencarnação e na Lei da Causa e do Efeito.(...) a defesa do médium
kardecista reside quase exclusivamente na sua conduta moral e
elevação dos sentimentos, portanto os espíritos da mesa kardecista,
após cumprirem suas tarefas benfeitoras, devem atender outras
obrigações inadiáveis.
11. Os médiuns de Umbanda lidam com toda a sorte de tropeços,
ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos
sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forças ocultas
negativas com sabedoria. Em conseqüência o seu
desenvolvimento obedece a uma técnica especifica diferente da
dos médiuns kardecistas.(...) a proteção dos filhos de Terreiro é
constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelos
experimentados Orixás, conhecedores das manhas e astucias dos
magos negros.(...) Espírito que encarna com o compromisso de
mediunidade de Umbanda, recebe no espaço, na preparação de
sua reencarnação, nos seus plexos nervosos ou chacras, um
acréscimo de energia vital eletromagnética necessária para que ele
possa suportar a pesada tarefa que irá desempenhar. (...) Na
corrente kardecista, isto não é necessário, em virtude de não ter de
enfrentar trabalhos de magia negra, como acontece na Umbanda, e
mesmo permitir aos guias atuarem-lhe mais fortemente nas regiões
dos plexos, assumindo o domínio do corpo físico e plastificando
suas principais características.
Texto extraído do livro “Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de Um
Preto-Velho” - W. W. da Matta e Silva
12. Mediunidade é uma provação.
A mediunidade é uma punição cármica.
A mediunidade escraviza os médiuns.
A mediunidade não é uma provação, mas somente a exteriorização de
um dom que aflorou no ser e que, se bem desenvolvida, irá acelerar
sua evolução espiritual.
Não é uma punição cármica, mas sim um ótimo recurso que a Lei nos
facilitou para nos harmonizarmos com nossas ligações ancestrais.
Não escraviza o médium, apenas exige dele uma conduta de acordo
com o que esperam os espíritos que por meio dele atuam no plano
material, pois de nada adianta alguém ser médium e não assumir
conscientemente sua mediunidade e suas responsabilidades.
13. Apostila Associação Espírita Pai Kachambi
Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada –
Rubens Saraceni
Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra
de Um Preto-Velho - W. W. da Matta e Silva