SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Baixar para ler offline
I
IL
LU
US
ST
TR
RA
AÇ
ÇÕ
ÕE
ES
S:
:
JOSÉ FALCETTI
R
RE
ED
DA
AÇ
ÇÃ
ÃO
O:
:
PROF. RAMES MATTAR JUNIOR
PROF. RONALDO J. AZZE
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA
DO APARELHO LOCOMOTOR
A
AM
MP
PU
UT
TA
AÇ
ÇÕ
ÕE
ES
S
N
NA
A M
MÃ
ÃO
O
5
DEFINIÇÃO
O procedimento de amputação pode
ser definido como a ressecção cirúrgica
de uma extremidade. Quando esta res-
secção é realizada ao nível de uma arti-
culação denomina-se desarticulação. As
amputações podem ser congênitas, trau-
máticas ou cirúrgicas. Quando cirúrgica,
tem como objetivos básicos criar um coto
com máxima função e conforto para o
paciente, desde que a indicação do trata-
mento implique na perda de um segmen-
to.
HISTÓRICO
Amputações foram registradas há
30.000 anos atrás, em pinturas de caver-
nas da França e Espanha. Muitos traba-
lhos relacionados aos procedimentos de
amputação e confecção de próteses
foram publicados, mas os grandes avan-
ços relacionados à preservação do mem-
bro, cirurgias reconstrutivas e filosofia de
protetização só ocorreram no século XX.
INDICAÇÕES
As principais indicações para procedi-
mento de amputação podem ser relacio-
nadas como:
1. Trauma: agente mecânico, elétrico,
térmico ou químico;
2. Tumores malígnos;
3. Infecção: casos agudos agressivos,
com objetivo de salvar a vida, ou crônicos
que não respondem aos métodos de trata-
mento que preservam função;
4. Vascular:
5. Úlceras tróficas;
6. Deformidades congênitas: na pre-
sença de tecido sem utilidade e que,
inclusive, prejudique o desempenho fun-
cional do membro superior.
2
AMPUTAÇÕES NA MÃO
Publicação Oficial do Instituto
de Ortopedia e Traumatologia
Dr. F. E. de Godoy Moreira
da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
R. Dr. Ovidio Pires de Campos, 333
Tel/Fax: (011) 3069-6888
CEP 05403-010 – São Paulo – SP
REDAÇÃO:
Prof. Dr. Rames Mattar Junior
Professor livre Docente da FMUSP
Chefe do Grupo de Mão do Departamento
de Ortopedia e Traumatologia FMUSP
Professor Ronaldo J. Azze
Professor Titular do Departamento
de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP
PRODUÇÃO GRÁFICA:
Coordenação Editorial:
Ábaco Planejamento Visual
Colaboradores:
Rodrigo R. Tonan, Carmen T. Bornacina,
Bruno Vigna, Marize Zanotto, Adalberto Tojero.
Ilustrações Médicas:
José Falcetti
Diagramação e Editoração Eletrônica:
Alexandre Lugó Ayres Neto
Fotolito: Bureau Digital Bandeirante
Impressão: Nova Página
Tiragem: 10.000 exemplares
CARTAS PARA REDAÇÃO:
Atualização em Traumatologia do Aparelho Locomotor
Rua Batataes, 174 – 01423-010
São Paulo – SP – Tel/Fax.: (011) 885-4277
Prof. Rames Mattar Júnior
Prof. Ronaldo J. Azze
PRINCÍPIOS
As amputações no membro superior
podem ser indicadas por ocasião do aten-
dimento de urgência, ou de forma eletiva.
A principal preocupação sempre deve ser
o restabelecimento máximo da função do
membro superior, sendo a única exceção,
o tratamento de tumores malígnos. Nas
amputações realizadas para tratamento
de tumores malígnos o fundamental é a
ressecção da lesão obedecendo a crité-
rios oncológicos. O objetivo é a obtenção
de um coto de amputação indolor, estável
e útil, não interferindo na função das uni-
dades músculo-tendíneas e articulações
remanescentes. Na anamnese inicial, é
fundamental questionar a ocupação do
paciente, suas atividades de vida, históri-
co detalhado da lesão, patologias asso-
ciadas ou concomitantes e os aspectos
emocionais relacionados a lesão e a indi-
cação da amputação. Freqüentemente
existem fatores culturais e psicosociais
que podem influenciar na conduta tera-
pêutica e sempre devemos considerar o
sentimento de preservação da imagem
corporal, presente em todo ser humano.
Os objetivos ou metas a serem atingidas
em um procedimento cirúrgico de amputa-
ção podem ser assim relacionados :
1. Preservar o máximo de comprimen-
to;
2. Preservar a sensibilidade;
3. Prevenir a formação de neuromas
sintomáticos;
4. Proporcionar retorno precoce às
atividades de vida diária e ao trabalho;
5. Prevenir contratura e rigidez articular;
6. Não adicionar morbidez à situação
clínico-cirúrgica do paciente;
7. Proporcionar protetização precoce,
quando indicada.
8. Promover, o mais precoce possível,
a reabilitação e readaptação do membro.
Com relação ao procedimento cirúrgi-
co, os tecidos devem ser tratados obede-
cendo a princípios básicos:
• Pele: toda pele viável (com perfusão)
deve ser mantida e utilizada para proporcio-
nar revestimento cutâneo adequado no coto.
Na mão, a utilização da pele palmar é prefe-
rível por ser mais espessa, possuir um tecido
celular subcutâneo estável e sensibilidade
mais diferenciada. O tecido ósseo deve ser
revestido sem tensão. Se houver necessida-
de, pode-se utilizar enxertos de pele em
áreas onde não há pressão. Quando há pele
insuficiente em área de estresse mecânico, é
mister utilizar retalhos de vizinhança, axiais
ou livres. É fundamental proporcionar sensi-
bilidade protetora à cobertura cutânea para
evitar úlceras de pressão.
• Osso: o tecido ósseo deve ser regu-
larizado de forma a proporcionar contorno
regular e liso.
• Cartilagem: a cartilagem articular
pode ser mantida nas desarticulações.
Ela pode absorver choques e ser menos
dolorosa, segundo Omer (1982). O que é
importante é evitar a proeminência dos
côndilos, ressecando-os e dando um con-
torno regular ao coto.
• Nervo: o tratamento do nervo perifé-
rico é o procedimento mais controvertido
na amputação. Deve-se evitar neuromas
dolorosos. Para tanto, o nervo não deve
ser seccionado próximo a extremidade do
coto ou em leito hipovascular. A técnica
mais utilizada é a dissecção do nervo pro-
ximalmente, tração suave e seccão, dei-
xando-o retrair para as partes moles pro-
ximais. Na nossa opinião, a ligadura, coa-
gulação, implantação no osso ou esmaga-
mento não evitam a formação de neuro-
mas dolorosos.
• Tendões: o tendão flexor profundo
não deve ser suturado à extremidade de
um dedo amputado pois este procedimen-
to pode limitar a movimentação dos dedos
normais. A movimentação precoce, após a
amputação, evita aderências tendinosas.
• Vasos sangüíneos: os vasos devem
3
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
ser identificados e ligados adequadamen-
te para evitar sangramento e formação de
pseudoaneurismas.
COMPLICAÇÕES
As complicações podem ocorrer nas
diversas fases que envolvem o procedi-
mento de amputação:
Pré-operatório:
• Choque hipovolêmico: na grande
maioria das vezes, nas amputações trau-
máticas, a compressão do ferimento e a
elevação do membro controla o sangra-
mento. Quando isto não é conseguido,
deve-se indicar o uso de um torniquete que
deve ser liberado a cada hora para propor-
cionar perfusão aos tecidos viáveis;
• Infecção: a lavagem exaustiva e o
desbridamento criterioso do ferimento são
as grandes armas do ortopedista para
prevenir infecções. Da mesma forma, a
antibioticoterapia deve ser iniciada preco-
cemente, com culturas e antibiogramas,
que podem orientar a mudança da droga
utilizada.
Intra-operatório:
• Choque hipovolêmico: esta compli-
cação deve ser evitada através da ligadu-
ra criteriosa de todos os vasos;
• Cobertura cutânea: o planejamento
da reparação do revestimento cutâneo é
fundamental para o sucesso do procedi-
mento de amputação. Não devemos acei-
tar exposição de osso, nervo, tendões e
vasos. Da mesma forma, revestimento
cutâneo instável, que não suporta pres-
são e atrito, e a presença de retrações
cicatriciais, causando deformidades,
podem comprometer a função;
• Desequilíbrio hidro-eletrolítico e a
presença de mioglobulinemia são compli-
cações de traumas graves e esmagamen-
tos, podendo causar, inclusive, a morte.
Pós operatório
• Hematoma;
• Infecção;
• Necrose;
• Neurológicas: os pacientes devem
ser avisados a respeito da ocorrência da
dor fantasma e as diversas formas de sua
apresentação. Após período variável do
pós-operatório, a maioria dos pacientes
para de se queixar deste sintoma. Outras
complicações neurológicas nesta fase
relacionam-se com a presença de neuro-
mas e distrofia simpática reflexa.
• Músculo-esqueléticas: o paciente
deve ser orientado para manter a mobili-
dade articular para evitar deformidades.
Aderências tendinosas e retração cápsu-
lo-ligamentar são as principais causas de
restrição da mobilidade. Os problemas
ósseos são causados geralmente por
crescimento e perda da cobertura cutânea
adequada do coto.
• Vasculares: apesar de raros, os
pseudo-aneurismas são complicações
possíveis e que requerem tratamento
cirúrgico.
• Cutâneas: cobertura cutânea inade-
quada, pele instável, dermatite, úlceras de
pressão e infeção são as complicações
mais freqüentes.
• Psicológicas: alterações da persona-
lidade, depressão, ansiedade, agressivida-
de, frustração e negação são as alterações
mais encontradas relacionadas aos trauma
graves da mão. A perda real ou simbólica
de qualquer parte da mão deve ser bem
detectada pelo cirurgião antes de iniciar
qualquer tratamento, que é influenciado
diretamente pelo que se convencionou
chamar seqüência de recuperação picoló-
gica, dividida em 3 estágios:
– Negação: pode durar horas ou dias.
O paciente ainda não acredita no ocorri-
do, nem prestando atenção às explica-
ções e orientações;
– Pesar (“luto”): também pode durar
horas ou dias, dependendo da personali-
dade do paciente. É uma fase de lamenta-
4
ções, ira e acusações a si ou a outros;
desespero; agitação. Nesta fase é impor-
tante o cirurgião entender o paciente, criar
uma empatia necessária para passar a
fase seguinte.
– Reação: o paciente começa a
entender que há ainda esperança de fun-
ção, e começa a aceitar a perda como
passado inevitável. Nasce um período de
pensamento positivo, que o médico deve
aproveitar para criar um ambiente de oti-
mismo e entusiasmo pelo tratamento rea-
lizado ou a se realizar.
Quanto mais cedo o médico entrar em
sintonia psicológica com o paciente,
melhor.
AMPUTAÇÕES DA
EXTREMIDADE DISTAL
DOS DEDOS
(PONTA DOS DEDOS)
São as amputações traumáticas mais
comuns e seu tratamento é ainda muito
controverso. A conduta dependerá do
comprometimento das diversas estrutu-
ras, da experiência do cirurgião e da esco-
lha do paciente já que, normalmente, exis-
te mais do que uma opção.
1. Amputações com perda de pele
(polpa digital) sem exposição óssea
O tratamento, de certa forma, depende
da geometria da lesão (transversa, oblí-
qua, comprometimento predominantemen-
te volar ou dorsal, etc.). A utilização da par-
te amputada como enxerto de pele total é o
método mais popular de tratamento. Para
aumentar a chance de sucesso é necessá-
rio remover, da parte amputada, todo teci-
do gorduroso, deixando apenas o tegu-
mento apoiado em um leito bem vasculari-
zado. Segundo Holm e Zacharie (1974),
deixar a ferida aberta e aguardar a cicatri-
zação por segunda intenção proporciona
resultados excelentes. A maior queixa dos
pacientes tratados com enxerto é a falta de
sensibilidade, mas o paciente deve ser
esclarecido que esta deve retornar gradati-
vamente. Quando a parte amputada não
pode ser aproveitada, é possível utilizar
enxerto de pele convencional para fechar
um ferimento.
2. Amputações com exposição óssea
Nesta situação a decisão mais impor-
tante é determinar qual comprimento do
dedo é possível manter, lembrando sempre
do princípio de conservar o máximo de fun-
ção. O tratamento deve basear-se na
transformação de um ferimento com osso
exposto para outro fechado e, para isso,
regulariza-se a borda óssea com saca-
bocados delicados, utilizando-se de proce-
dimentos de revestimento cutâneo (reta-
lhos). Os retalhos realizados para este fim
podem ser locais, de vizinhança ou a dis-
tância. Os retalhos locais mais utilizados
são o avanço tipo “V-Y” volar de Atasoy
(1970), ou o “V-Y” lateral de Kutler (1947).
RETALHO VOLAR TIPO “V-Y”
DE ATASOY-KLEINERT
Este retalho é indicado principalmente
nas amputações transversas. Deve-se pla-
nejar a incisão em “V” marcando-a com
uma caneta ou similar. O ápice do “V” é
proximal e deve estar localizado na prega
cutânea volar da interfalangiana distal. Os
vasos sangüíneos e os nervos digitais des-
te retalho devem ser preservados. A divul-
são do plano entre a bainha dos flexores e
o retalho facilita seu avanço. A base do
triângulo é suturada no leito ungueal ou na
própria unha remanescente. Após o desli-
zamento, a região proximal é suturada con-
vertendo o “V” em um “Y”. É muito impor-
tante verificar a perfusão do retalho e do
dedo após a sutura, que deve ser sem ten-
são. Normalmente, este retalho proporcio-
na boa qualidade de cobertura cutânea
mantendo, inclusive, sensibilidade adequa-
da e não compromete, de forma significati-
va, a mobilidade articular.
RETALHO LATERAL TIPO “V-Y”
5
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
6
Incisão em “V” para
retalho volar Tipo “V-Y”
de Atasoy-Kleinert em
amputação da extremidade
distal do dedo
Avanço e sutura
Sutura do retalho
(observar figura em “Y”)
Caso clínico: retalho volar “V-Y” de Atasoy-Kleinert. Utilizado prótese de silicone para ocupar o local da unha, mantendo o leito ungueal plano
e evitando sinéquia.
7
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
KUTLER
Indicado principalmente
quando há preservação
das porções laterais
dos dedos, como
em algumas ampu-
tações oblíquas. Um
ou dois retalhos triangu-
lares são desenhados na
porção lateral dos dedos. O
ápice do “V” deve situar-se na
linha médio-lateral do dedo, próxi-
mo à articulação interfalangiana dis-
tal. Os retalhos são dissecados de tal
forma a preservar os vasos sangüíneos
e nervos digitais e avançados distalmente
para serem suturados no leito ungueal ou
unha. A porção proximal é suturada de tal for-
ma que o “V” transforma-se em um “Y”. Após a
sutura deve-se testar a perfusão do retalho e
do dedo. Uma das críticas deste retalho
é a presença de uma cicatriz hiper-
sensível na região mediana da
polpa digital.
RETALHO DE
AVANÇO VOLAR
A B
C D
Retalho lateral tipo “V-Y” Kutler:
A – Incisões marcadas
B – Incisão
C – Avanço
D – Sutura
Caso clínico:
retalho lateral tipo “V-Y” Kutler
DE MOBERG
Este retalho é mais indicado
para proporcionar cobertura cutâ-
nea nas lesões da extremidade
do polegar, que possui uma pele
volar mais móvel. São realizadas
duas incisões medio-laterais, de
cada lado do polegar e disseca-
se um retalho volar incluindo os
pedículos neuro-vasculares. Este
retalho é avançado até cobrir a
lesão da extremidade. A dissec-
ção deste retalho provoca lesão
dos vasos que nutrem os ten-
dões flexores assim como os
ramos arteriais dorsais. Outra
complicação é a possibilidade de
provocar uma retração articular
em flexão. Outra vantagem deste
retalho no polegar é que este
tolera melhor uma deformidade
em flexão sem haver comprome-
timento grave de sua função.
RETALHO CRUZADO
ENTRE OS DEDOS (“-
CROSS FINGER”)
8
A
B
C
A – Retalho de Moberg (avanço) para cober-
tura cutânea em amputações da extremida-
de distal do polegar
B – Sutura
C – Para promover um “deslocamento” distal
mais eficiente do retalho, é possível realizar
uma incisão cutânea na base deste, preser-
vando o pedículo vásculo-nervoso. O defei-
to, de forma retangular, criado após o desli-
zamento, pode ser tratado com enxerto de
pele convencional.
Este retalho é utilizado quando se deseja preservar ao máximo o comprimento e não
há possibilidade de realizar um retalho local. Pode ser utilizado em situação de lesão de
múltiplos dedos, amputação da extremidade do dedo indicador ou polegar. Um exemplo
de sua utilização é o retalho do dorso do dedo indicador, com base lateral, utilizado para
promover a cobertura cutânea da extremidade do polegar. Outra possibilidade é utilizar a
variante reversa (“cross-finger” reverso) quando a pele é levantada e apenas o tecido
subcutâneo e facial é utilizado para proporcionar a cobertura, suturando-se novamente a
pele em seu leito original. Em ambas situações há necessidade de aguardar-se a integra-
ção do retalho no leito receptor para realizar a secção do pedículo. Isto ocorre em cerca
de duas semanas. Após a secção do pedículo o paciente é encorajado para iniciar a movi-
mentação. Os problemas deste retalho relacionam-se com o período em que os dedos
ficam unidos e com a mobilidade restrita, podendo haver rigidez. Outra desvantagem é a
má qualidade da sensibilidade que este retalho possui em uma fase inicial, mas o pacien-
te deve ser esclarecido que, normalmente, a sensibilidade melhora com o tempo.
RETALHO TENAR
9
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Retalho “Cross Finger reverso”
para promover a cobertura da
falange distal exposta
após queimadura por agente
químico para queimar
“verruga vulgar”
Retalho “Cross Finger”
para cobertura cutânea
do dedo anular
As indicações para este retalho são
similares ao do retalho cruzado entre
dedos (“cross-finger”). Baseia-se na utili-
zação de um retalho cutâneo da região
tenar com base proximal, distal ou em for-
ma de “H”. O dedo com lesão em sua
extremidade é fletido de tal forma a possi-
bilitar a sutura do retalho. A maior crítica a
este retalho é a manutenção desta posi-
ção em flexão por período longo (cerca de
duas semanas) que pode causar rigidez
articular, principalmente limitação da
extensão. Outro problema é a cicatriz na
região tenar – normalmente esta área é
tratada com enxerto de pele convencional
e, normalmente, a cicatriz resultante não
é de boa qualidade. Os dedos que podem
ser tratados com este retalho são o indica-
dor e médio pois, normalmente, os dedos
anular e mínimo não fazem oposição, de
forma natural, com a eminência tenar. O
retalho é fixado na região receptora de
forma similar. Qualquer condição clínica
que favoreça o desenvolvimento de rigi-
dez articular deve ser considerada uma
contra-inidcação: artrite reumatóide,
moléstia de Dupuytren, osteoartrose (ida-
de avançada), etc.
RETALHO NEURO-VASCULAR
EM ILHA (LITTLER)
10
Retalho tenar para promover a cobertura
cutânea em amputação da extremidade
distal do dedo indicador – Incisão
11
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Liberação do retalho tenar. Área doadora
tratada com enxerto de pele e retoque na
região receptora para reconstrução da
extremidade do dedo indicador.
Caso clínico:
Retalho tenar para cobertura cutânea em amputação
da extremidade distal do dedo
Sutura
Este retalho é indicado principalmente para perdas
cutâneas maiores ao nível da extremidade distal dos
dedos. Sua principal indicação é o tratamento das lesões
da extremidade do polegar. Baseia-se na dissecção de um
retalho cutâneo na região lateral de um dedo, incluindo seu
pedículo vásculo-nervoso. Os dedos mais utilizados como
doadores são o médio e o anular e o receptor o polegar.
Para poder dissecar e liberar o retalho para sua transferên-
cia, é necessário ligar e seccionar a artéria digital do dedo
distalmente, seccionar o nervo digital distalmente e ligar a
artéria digital para o dedo vizinho (ao nível da comissura),
até ter acesso a artéria digital comum. Para transferir o
retalho para a região receptora realiza-se um túnel subcu-
tâneo na região palmar, suficiente para passagem do teci-
do cutâneo e seu pedículo. É preciso tomar cuidado para
evitar tensão e torção do pedículo. O retalho é suturado na
região receptora de forma convencional e a região doado-
ra é tratada com enxerto de pele convencional e curativo de
Braun. Os problemas relacionados com este retalho são,
principalmente, a possibilidade de haver necrose, normal-
mente devida a problemas técnicos na dissecção e manu-
seio do pedículo, sensibilidade cruzada (ao tocar no retalho
posicionado, por exemplo, no polegar, o paciente refere
sensação tátil no dedo doador - médio ou anular) e aneste-
sia no dedo doador devido a secção do nervo digital.
Existem várias variações deste retalho:
• utilização do tecido cutâneo apenas com o pedículo
vascular, preservando o nervo digital do dedo – o retalho
não inervado proporcionará cobertura cutânea sem sensi-
bilidade;
• utilização do retalho de forma convencional mas o
nervo digital do retalho é suturado ao nervo digital do pole-
gar (para evitar a sensibilidade cruzada);
• utilização do retalho de forma reversa – como exis-
tem anastomoses vasculares entre os dois sistemas de
artérias digitais, principalmente localizadas ao nível das
articulações interfalangianas proximal e distal, é possível
dissecar o retalho, ligar seu pedículo proximalmente, e
manter sua nutrição através de circulação sanguínea
retrógrada, mantendo seu pedículo distal íntegro (circula-
ção arterial de distal para proximal). Este retalho é parti-
cularmente útil para promover a cobertura cutânea em
lesões distais (ponta do dedo).
AMPUTAÇÕES AO NÍVEL DA INTERFALAN-
12
Retalho neuro-vascular em ilha
para promover sensibilidade no
polegar tratado com retalho axial
não inervado
GIANA DISTAL
Quando o reimplante não é possível,
a regularização deve ser realizada respei-
tando o tecido cutâneo viável remanes-
cente. Não há necessidade de ressecar o
tecido cartilaginoso. Este pode proporcio-
nar um revestimento adequado e pouco
doloroso. As saliências ósseas devem ser
ressecadas para proporcionar um contor-
no regular, distribuindo, de forma mais efi-
ciente, o apoio para a maior área possível,
e evitando que a pele tenha regiões de
maior tensão. Por esta razão, os côndilos
da falange média devem ser ressecados
em suas porções lateral e volar. As extre-
midades distais dos tendões flexores
devem ser inspecionadas e desbridadas,
evitando-se toda contaminação. Os ner-
vos digitais devem ser tratados de forma
adequada, seccionando-os proximalmen-
te e evitando seu contato com áreas cica-
triciais. Não há indicação para realizar
suturas tendinosas que só causam restri-
ção da movimentação dos dedos. Uma
complicação possível é o desenvolvimen-
to de uma deformidade tipo “intrínseco
plus”, particularmente no dedo indicador –
o tendão flexor profundo deste dedo é,
freqüentemente, isolado dos demais e
sua retração causa uma ação exagerada
do lumbrical que flete a articulação meta-
carpofalangiana e extende as interfalan-
gianas. Caso isto seja um problema para
o paciente pode-se realizar a secção do
tendão do músculo lumbrical, que corrige
o desequilíbrio e a deformidade.
AMPUTAÇÕES AO NÍVEL
DA FALANGE MÉDIA, INTERFA-
LANGIANA
PROXIMAL E
FALANGE PROXIMAL
Na maioria das vezes o procedimento
realizado é a regularização do tecido
ósseo e a cobertura cutânea com a pele
local viável. Retalhos só são utilizados em
situações de lesão de múltiplos dedos,
quando a manutenção do máximo compri-
mento dos dedos remanescentes é muito
importante para preservar a função.
Quando a amputação ocorre proximal-
mente à inserção do flexor superficial, não
haverá controle da movimentação da
falange média remanescente e a manu-
tenção desta tem como objetivo mais o
aspecto estético que o funcional.
As amputações ao nível da interfalan-
giana proximal devem ser tratadas de for-
ma similar às da interfalangiana distal,
regularizando a região lateral e anterior
dos condilos da falange proximal.
Ao nível da falange proximal, a integri-
dade anatômica dos músculos intrínsecos
e extrínsecos proporciona função e movi-
mentação . A falange proximal remanes-
cente pode fletir graças a ação dos lumbri-
cais e interósseos e extender graças a
ação do extensor extrínseco. Quando a
amputação ocorre próximo ou ao nível da
metacarpofalangiana nos raios centrais
(dedos médio e anular) objetos podem cair
da mão por este espaço, criando um pro-
blema funcional cuja solução pode ser a
ressecção um raio.
AMPUTAÇÃO DE RAIO
13
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
A
B
C
A – Amputação do dedo:
Incisão para proporcionar boa
qualidade de cobertura cutâ-
nea. O retalho volar deve ser
maior que o dorsal para permi-
tir que a maior parte do coto
seja revestido pela pele palmar,
mais resistente e com sensibili-
dade mais diferenciada.
B – Incisão
C – Surtura
A ressecção das falanges e do meta-
carpiano (amputação de um raio) é um
procedimento utilizado no tratamento de
traumas, infecções, deformidades congê-
nitas e tumores. Apesar de reduzir a largu-
ra da região palmar, a ressecção de um
raio evita a formação de um espaço entre
dedos remanescentes e proporciona um
aspecto estético melhor para a mão do
paciente. Do ponto de vista funcional,
vários fatores interferem com a decisão
de se indicar ou não a ressecção de um
raio. São argumentos favoráveis à ampu-
tação de um raio:
• O espaço entre dedos remanescen-
tes pode provocar um prejuízo funcional
pois objetos podem cair da mão por este
espaço;
• A preservação de um dedo com
comprometimento funcional importante e
rígido pode causar prejuízo para os
demais;
• Nas amputações ao nível da articu-
lação metacarpofalangiana dos dedos
indicador e mínimo, a cabeça do metacar-
piano ou seu colo ficam proeminentes. A
cabeça do segundo metacarpiano proemi-
nente ocupa a nova primeira comissura. A
ressecção da metade distal destes meta-
carpianos proporciona um contorno
melhor para a mão.
São argumentos favoráveis para a
preservação do raio:
• Em algumas atividades, a preserva-
ção da largura da palma da mão é muito
importante. A ressecção do raio está con-
tra-indicada em paciente que manuseiam
e necessitam realizar a preensão de obje-
tos grandes em sua atividade profissional;
• O paciente pode optar por utilizar
uma prótese estética para propocionar
melhor aspecto estético e fechar o espaço
indesejável na mão;
• Após a ressecção de um raio, há
diminuição da força da mão para preen-
são e pinça, segundo alguns estudos bio-
mecânicos.
A amputação de um raio é realizada
mais freqüentemente como um procedimen-
to eletivo e, sempre que possível, a ressec-
ção do raio deve ser evitada na emergência.
Portanto, na maioria das vezes, há possibili-
dade de refletir e discutir com o paciente
qual o melhor procedimento.
AMPUTAÇÃO DO RAIO
DO INDICADOR
De acordo com a etiologia da patolo-
gia que levou a indicação de amputação
pode-se ou não utilizar a exsanguinação
com faixa de Esmarch. Nas lesões tumo-
rais e em infecções este procedimento
deve ser evitado e o torniquete pode ser
aplicado após a manutenção do membro
superior elevado por cerca de 10 minutos.
Realiza-se uma incisão ao nível da meta-
carpofalangiana do dedo indicador, for-
mando a figura de “V”, volar e dorsal, com
ápice proximal, e estendendo-a longitudi-
nalmente na região dorsal no eixo do
metacarpiano. As veias dorsais são liga-
das e os tendões extensor comum dos
dedos para o indicador e o extensor pró-
prio do dedo indicador são seccionados
ao nível da base do metacarpiano. O
metacarpiano é exposto e seccionado
com uma serra de Gigli, serra elétrica ou
osteótomo ao nível do 1/3 médio. Esta
osteotomia pode ser oblíqua, deixando a
extremidade medial mais longa que a
radial, dando assim um contorno melhor
para a primeira comissura. O tendão do
primeiro interósseo dorsal é identificado e
seccionado. O músculo lumbrical, situado
redialmente ao segundo metacarpiano, é
seccionado na sua inserção tendinosa no
14
parelho extensor. À seguir, disseca-se o
feixe vásculo-nervoso na região volar do
dedo. As artérias digitais para o dedo indi-
cador são ligadas ao nível da bifurcação
da artéria digital comum. Os nervos digi-
tais do dedo indicador são tracionados e
seccionados proximalmente, de tal forma
que os cotos, retraindo, permanecem na
palma da mão. Da mesma forma, os ten-
dões flexores superficial e profundo são
identificados e seccionados, retraindo
proximalmente para a palma da mão. À
seguir, secciona-se o tendão do interós-
seo palmar e após, a bainha dos flexores,
placa volar e ligamento intermetacarpiano
transverso. Este último é seccionado pró-
ximo ao metacarpiano ressecado. Após a
soltura do torniquete, realiza-se uma
hemostasia criteriosa e sutura-se partes
moles e pele com pontos separados. A
movimentação ativa precoce do dedo
deve ser encorajada. Normalmente o
aspecto estético da amputação do raio do
dedo indicador é bastante aceitável.
AMPUTAÇÃO DO RAIO
DO DEDO MÉDIO
Há duas técnicas de amputação do
raio do dedo médio sendo uma não envol-
vendo a transposição de metacarpiano
(nossa preferência) e outra transpondo o
segundo metacarpiano para a posição do
terceiro (Carroll). A desvantagem da técni-
ca da transposição é que envolve uma
osteossíntese e a necessidade de restrin-
gir a movimentação do dedo transposto
até a consolidação. A vantagem da trans-
posição salientada pelo autor é a possibili-
dade de fechar de forma mais eficiente e
imediata o espaço criado pela amputação
de raio central. Outro problema relaciona-
do com a transposição é o cuidado que
deve ser tomado com os desvios rotacio-
nais. É recomendado utilizar um fio de
Kirschner transversal para fixar o metacar-
po transposto nos vizinhos para evitar este
tipo de deformidade.
No procedimento de amputação sem
transposição, a técnica cirúrgica é seme-
lhante àquela aplicada na amputação do
raio do indicador, mas é muito importante
seccionar o ligamento intermetacarpiano
transverso próximo ao metacarpo a ser
ressecado, de tal forma que os cotos des-
te ligamento, dos metacarpos vizinhos,
possam ser suturados, fechando o espa-
ço. A eficiência do fechamento do espaço
dependerá da qualidade da sutura do liga-
mento intermetacarpiano transverso.
Desvios rotacionais podem ocorrer e, em
geral, são decorrência de sutura técnica-
mente incorreta. Durante o período de
cicatrização, um fio de Kirschner transver-
sal pode ser utilizado para manter os
metacarpianos dos dedos indicador e anu-
lar aproximados e em posição correta. Ao
contrário da técnica de transposição pro-
posta por Carroll, na reconstrução de par-
tes moles não há necessidade de imobili-
zar a mão por longo período.
AMPUTAÇÃO DO RAIO DO
15
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Caso clínico:
Amputação transmetacarpiana do dedo indicador
16
Amputação do
dedo médio
(vista dorsal)
17
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Amputação do
dedo médio
(vista central)
18
Amputação transmetacarpiana,
incisão dorsal e tenotomia
do tendão extensor,
individualização do metacarpiano
e musculatura intrínseca
19
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Amputação transmetacarpiana, osteotomia
da base do metacarpiano. Dissecação
das artérias digitais e nervos digitais.
Ligadura das artérias digitais e secção
do nervo digital do dedo amputado
20
Amputação transmetacarpiana:
aspecto final – sutura dos
intrínsecos
21
Caso clínico:
Amputação transmetacarpiana:
fechamento do espaço graças
a sutura do ligamento
intermetacarpiano transverso
DEDO ANULAR
O procedimento é o mesmo que para o dedo médio. Da mesma forma, preferimos
não realizar procedimentos de transposição. O fechamento do espaço, da mesma forma,
é conseguido graças à aproximação do ligamento intermatatarsiano transverso.
22
Caso clínico:
Amputação transmetacarpiana
do dedo anular
AMPUTAÇÃO DO RAIO DO DEDO MÍNIMO
O procedimento é semelhante àquele utilizado para o dedo indicador. O quinto meta-
carpiano deve ser ressecado ao nível do terço médio, preservando a largura da palma da
mão e as inserções dos músculos hipotenares, além do tendão flexor e extensor ulnar do
carpo. Para dar um contorno adequado realiza-se a osteotomia de forma oblíqua, com a
região medial do metacarpiano mais curta. Desta forma obtém-se um aspecto estético
bastante favorável.
23
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Nível das osteotomias para
amputação dos raios dos
dedos indicador e mínimo
AMPUTAÇÃO DE MÚLTIPLOS DEDOS
A amputação de múltiplos dedos pode ser indicada em seqüela de trauma, lesões tér-
micas, elétricas, vasculites, etc. Todo esforço deve ser realizado para preservar o máxi-
mo de comprimento e uma cobertura cutânea adequada. Para este fim pode ser neces-
sário utilizar retalhos, pediculados ou livres. Da mesma forma, para promover o máximo
retorno de função, freqüentemente indicamos procedimentos para criar ou aumentar a pri-
meira comissura (comissuroplastias): zetaplastias, retalhos, etc.
24
Caso clínico: Amputação de múltiplos dedos –
uso de retalho livre microcirúrgico escapular para
cobertura cutânea e comissurosplatia
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Abu-jamra, F. N., and Khuri, S.: The treatment of finger tip injuries.
J. Trauma, 11: 749-757,1971.
Adamson, J. E., Horton, C. E., and Crawfôrd, H. H.: Sensory reha-
bilitation of the injured thumb. Plast. Reconstr. Surg., 40. 53-57, 1967.
Adeymo, 0., and Wyburn, C. M.: Innervation of skin grafts.
Transplant. Buli., 4: 152-156, 1957.
Aitken, C. T.: Management of severe bilateral upper linib deficien-
cies. Clin. Orthop., 37. 53-60, 1964.
Alldredge, R. H., and Murphy, E. F.: Prostheties research and the
amputation surgeon. Artif. Limbs, 1: 4-46, 1954.
Alldredge, R. H.: Major amputations. Surg. Gynecol. Obstet., 84:
759-764, 1974.
Armenta, E., and Lehrman, A.: The vincula to the flexor tendons of
the hand. J. Hand Surg., 5: 127 133, 1980.
Atasoy, E., Ioakimidis, E., Kasdan, M. L., Kutz, J. E., and Kleinert,
H. E.: Reconstruction of the amputated finger tip with a triangular volar
flap. A new surgical procedure. J. Bone Joint Surg., 52A: 921-926,
1970.
Azze,R.J.; Ferreira, M.C.; Zumiotti, ªV.: Amputação transmetacar-
piana de dedo médio ou anular sem transposição do dedo adjacente.
Rev. Bras. Ortop., 15 (3): 100-102, 1980.
Baker, T. J.: The versatile finger flap. Buil. Uni.Miami Sch. Med.,
15:50,1961.
Barber, C. C.: Inunediate and eventual features of healing in
amputated bones. Ann. Surg., 90. 985-992,1929.
Barelay, T. L: The late results of finger tip injuries. Br. J. Plast.
Surg., 8. 38-43, 1955.
Barnes, I. E.: Techniques for the replication of skin surfáces. Br. J.
Dermatol., 89: 277-283, 1973.
Barron, J. N.: The structure and fúnction of the skin of the hand.
Hand, 2: 93-96, 1970.
Barsky, A. J., Kahn, S., and Simon, B. E.: Principies and Practice
of Plastic Surgery, 2nd Ed. pp. 1-2. New York, McGraw-Hili, 1964.
Bartley, S. P.: Kinetic amputations and plastic reconstructions of
fingers: Operative tecimic and fúnctional results. Am. J. Surg.,
67.181-183, 1945.
Bate, J. T.: Second and third intention healing of finger tip ampu-
tations: A salvage procedure. Clin. Orthop., 47. 151-155, 1966.
Beasley, R. W.: Local flaps for surgery of the hand. Orthop. Clin.
North Am., 1: 219-225, 1970.
Beasley, R. W.: Principies and techniques of resurfácing opera-
tions for hand surgery. Surg. Clin. North Am., 4 7. 389-413, 1967.
Beasley, R. W.: Reconstruction of amputated finger tips. Plast.
Reconstr. Surg., 44:349-352, 1969.
Bennett, J. E.: Finger tip avulsions. J. Trauma, 6.249-261,1966.
Bertelsen, A., and Capener, N.: Fingers, compensations and King
Canute. J. Bone Joint Surg., 42B.390-392,1960.
Bevin, A. G., and Chase, R. A.: Management of ring avulsion inju-
ries and associated conditions of the hand. Plast. Reconstr. Surg.,
32:391-400, 1963.
Blair, H. C., and Morris, H. D.: Conservation of short amputation
stumps by tendon section. J. Bone Joint Surg., 28: 427-433, 1946.
Bojsen-Moller, J., Pers, M., and Schmidt, A.: Finger tip injuries:
Late results. Acta Chir. Scand., 122. 177-183, 1961.
Boldrey, E.: Amputation neuroma in nerves implanted in. bone.
Ann. Surg., 118:1052-1057,1943.
Bone Joint: Surg., 5OA: 1152-1160, 1968.
Bossley, C. J.: Conservative treatment of digit amputations. NZ
Med. J., 82: 379~380, 1975.
Boyes, J. H.: Bunnell’s Surgery of the Hand, 5th Ed. p. 566.
Philadelphia, J. B. Lippincott, 1970.
Boyes, J. H.: Burmell’s Surgery of the Hand, 5th Ed. p. 502.
Philadelphia, J. B. Lippincott, 1970.
Bralliar, F., and Horner, R. L.- Sensory cross-finger pedicle graft.
J. Bone Joint Surg., 5]A: 1264-1268,
Braver, S. D.: Finger tip injuries. Ohio Med. J., 60.39, 1964.
Brody, G. S., Cloutier, A. M., and Woolhouse, F. M.: The finger tip
injury-an assessment of management. Plast. Reconstr. Surg., 26.
80-90, 1960.
Brown, H. C., Williams, H. B., and Woolhouse, F. M.: Principies of
salvage in mutilating hand injuries. J. Trauma, 8: 319-332, 1968.
Brown, J. B.: The repair of surfáce defects of the hand. Ann. Surg.,
107. 952-971, 1938.
Brown, P. W.: A review of digital injuries. Br. J. Plast. Surg., 20.
387-391, 1967.
Bunnefi, S.: Physiologic reconstruction of the thumb after total
loss. Surg. Gynecol. Obstet., 52. 245-248,1931.
Bunnell, S.: Plastic problenis in the hand. Plast. Reconstr. Surg.,
1: 265-270, 1946.
Bunnell, S.: The management of the non-functional hand-recons-
truction vs. prosthesis. Artif. Linibs, 4:76-102, Spring 1957.
Burkhalter, W. E., Butler, B., Metz, W., and Omer, G. E.:
Experiences with delayed primary closure of war wounds of the hand
in Viet Nam. J. Bone Joint Surg., 5OA: 945-954, 1968.
Butler, B.: Ring finger pollicization with transplantation of nail bed
and matrix: on a volar flap. J. 184. Bone Joiht Surg., 46A: 1069, 1964.
Byrne, H., and Clarkson, P.: Traumatic amputations of the finger
tips. p. 543. In Flynn, J. E “ ed.: Hand Surgery. Baltimore, Willíams &
Wilkins, 1966.
Caplan, H. S., flunter, J. M., and Merklin, R. J.: Intrinsic vasculari-
zation of flexor tendons. p. 48.
Carroil, R. E.: The levei of amputation of the third finger. Am. J.
Surg., 97. 477-483, 1959.
Carroil, R. E.: Transposition of the index finger to replace the mid-
die finger. Clin. Orthop., 15. 27-34,1950.
Caul, J. S.: Radial-innervated cross finger flap from index to pro-
vide sensory pulp to injured thumb. J. Bone Joint Surg., 51A:
1257-1268, 1969.
Chase, R. A.: Atlas of Hand Surgery. Philadelphia, p. 149. W. B.
Saunders, 1973.
Chase, R. A.: Conservation of usable structures miinjured hands.
p. 1579. In Converse, J. M., ed.: Reconstructive Plastic Surgery.
Philadelphia, 218. W. B. Saunders, 1964.
Chase, R. A.: Functional levels of amputation in the hand. Surg.
Clin. North Am., 40. 415-423, 1960.
Chase, R. A.: The damaged index digit, a source of components
to restore the crippied hand. J. 219.
Chase, R. A.: The severely injured upper limb - To amputate or
reconstruct? That is the question. Arch. Surg., 100.- 382-390, 1970.
Clarkson, P.: The care of open injuries of the hand and fingers with
special reférence to the treatment of traumatic amputations. J. Bone
Joint Surg., 37A: 521-526,1955.
Clifford, R. H.: Evaluation of three methods for finger tip injuries.
Arch. Surg., 65. 464-466, 1952.
Cochran, J. R.: Early treatment of hand injuries. South. Med. J.,
55. 1150-1152, 1962.
Coleman, S. -S., and Anson, B. J.: Arterial pattems in the hand,
based on a study of 650 specimens. Surg. Gynecol. Obstet., 113: 409,
1961.
Constant, E.: Finger tip injuries. R. Med. Trial Tech. Q. B.,
17.273,1971.
Cottlieb, 0.: Metacarpal amputation-a problem of the four-fingered
hand. Acta Chir. Scand., suppl. 343:132,1965.
Craig, R. L.: Primary skin graffing of finger injuries. Q. Buli.
Northwestern Univ. Med. Sch., 29. 111,1955.
Cronin, T. D.: The cross finger flap: A new method of repair. Am.
Surg., 17. 419-425, 1951
Davis, J. T.: Closure of traumatic wounds of the hand. J. Miss.
State Med. Assoc., 3. 105-108, 1962.
Davis, J. T.: Primary care of injuries of the hand. South. Med. J.,
60. 526-532, 1967.
DeMere, M.: The controversial palmar flap in the 149. reconstruc-
tion of finger tips. J. Int. Coll. Surg., 33: 463, 1960.
DeMuth, R. J., and Tooze, F. M.: Management of finger tip injuries.
Penn. Med., 74. 54-66, Oct. 1971.
Douglas, B. S.: Conservative management of guillotine amputa-
tion of the finger in children. Aust. Paediatr. J., 8. 86, 1972.
Douglas, B.: Successfúl replacement of completely avulsed por-
tions; of fingers; by composite grafts. Plast. Reconstr. Surg., 23.
213-225; 1959.
Eaton, R. G.: The digital neurovascular bundie. Clin. Orthop., 61:
176-184, 1968.
Elsahy, N. L When to replant a finger tip after its complete ampu-
tation. Plast. Reconstr. Surg., 60. 14-21, 1977.
Entin, M. A.: Crushing and avulsing injuries of the hand. Surg.
Clin. North Am., 44: 1009-1018, 1964.
Entin, M. A.: Roller and wringer injuries of the hand. Plast.
Reconstr. Surg., 15. 290, 1955.
Entin, M. A.: Salvaging the basic hand. Surg. Clin. North Am., 48.
1063, 1068.
Esser, J. F. S.: Island flaps. NY Med. J., 106. 264, 1917.
Eversman, W. W., Burkhalter, W. E., and Dunn, C.: Transfer of the
long flexor tendon of the index finger to the proximal phalanx of the
long finger during index ray amputation. J. Bone Joint Surg., 53A:
769-773, 1971.
Fisher, E. G., and Coldrier, J. L.: Index ray deletion—-complica-
tions and sequei. J. Bone Joint Surg., 54A: 898, 1972.
Fisher, R. H.: The Kutler method of repair of finger tip amputations.
J. Bone Joint Surg., 49A: 317-152. 321 1967.
25
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Fitzgerald, M. J. T., Martin, F., and Paletta, F. X.: Innervation of
skin grafts. Surg. Cynecol. Obstet., 124: 808-812, 1967.
Flatt, A. E.: The Care of Minor Hand Injuries, 3rà Ed. p. 137. St.
Louis, C. V. Mosby, 1972.
Flatt, A. E.: The thenar flap. J. Bone Joint Surg., 153. 39B.- 80-85,
1957.
Flint, M. H., and Harrison, S. H.: A local neurovascular flap to
repair loss of digital pulp. Br. J. Plast. Surg., 18: 156-163, 1965.
Folkerts, J. F., Sneep, A. J., and MeijUng, H. A.: A comparative
investigation on the return, of sensation to skin grafts, a clinical and
histological study. p. 54. In Biemond, A., van der Horst, L., deVries, E.,
den Hartug Jager, W. A., and Scholten, J., eds.: Recent Neurological
Research. London, Elsevier, 1959.
Frackelton, W. H., and Teasley, J. L.: Neurovascular island pedi-
cle-extension in usage. J. Bone Joint Surg., 44A: 1069-1072, 1962.
Frandsen, P. A.: V-Y plasty as treatment: of finger tip amputations.
Acta Orthop. Scand., 49.255-259, 1978.
Freiberg, A., and Manktelow, R.: The Kutler repair of finger tip
amputations. Plast. Reconstr. Surg., 50. 371-375, 1972.
Fry, R. M.: The importance of skin. cover in the injured hand. J.
Fia. Med. Assoc., 50.- 142, 1963. 21. Craham, W. P.: Incisions, ampu-
tations and skin graffing in. the hand. Orthop. Clin. North Am., 1:
213-218, 1970 ‘
Fusco, E. M.: Finger tip reconstruction with palmar skin flaps. Am.
J. Surg., 87. 608-611, 1954.
Gatewood, A.: A plastic repair of finger defécts; without hospitali-
zation. JAMA; 87.1479, 1926.
Gilcreest, E. L: Plastic operation for repair of traumatic amputation
of end of finger. Surg. Clin. North Am., 6.- 555-556, 1926.
Gonazales, R. L, and Bunke, H. J.: Repair of injuries to soft tis-
sues of fingers. Primary and secondary reconstruction. Calif. Med., 96.
347-349, 1962.
Gottlieb, 0., and Mathiesen, F. R.: Thenar flaps and cross-finger
flaps: A preliminary analysis of 28 cases. Acta Chir. Scand., 122.
166-176, 1961.
Grabb, W. C., and Dingman, R. 0.: The common finger tip injury.
Mich. Med., 63: 555-557, 1964.
Graham, W. P., Kilgore, E. S., and Whitaker, L. A.: Transarticular
digital joint amputations: Preservation of the articular cartilage. Hand,
5. 58-62, 1973.
Graham, W. P., Pataky, P. E., VAútaker, L. A., Kilgore, E. S., Riser,
W. A., Buda, M., and Lerner, E.: Transarticular joint amputations: The
value of preserving articular cartilage. J. Surg. Res., 14: 524-537,
1973.
Graham, W. P.: Amputations. p. 261. In Kilgore, E. S., and
Graham, W. P., eds.: The Hand, Surgical and Nonsurgical
Management. Philadelphia, Lea & Febiger, 1977.
Gurdin, M., and Pangman, W. J.: The repair of surfáce deficits~ of
fingers by trarisdigital flaps. Plast. Reconstr. Surg., -5. 368-371, 1950.
Haddad, R. J.: The Kutler repair of finger tip amputation. South
Med. J., 61: 1264-1267, 1968.
Hall, C. B., and Bechtol, C. 0.: Modern amputation technique in.
the upper extremity. J. Bone Joint Surg., 45A: 1717-1722, 1963.
Harkins, P. D., and Rafférty, J. E.: Digital transposition in the inju-
red hand. J. Bone Joint Surg., 54A: 1064-1067, 1972.
Harrison, R.: Injuries to the finger tip. Practitioner, 183: 606-612,
1959.
Harty, M.: The dermal papillae in. the finger tip. Plast. Reconstr.
Surg., 45. 141-145, 1970.
Harvey, F. J., and Harvey, P. M.: A critiá1 review of the results of
primary finger and thumb amputations. Hand, 6.- 157, 1974.
Heuston, J.: Local flap repair of finger injuries. Plast. Reconstr.
Surg., 37. 349-350, 1966.
Holevich, J.: Critical evaluation of the results of conservative ope-
rations following amputations of the fingers and wrist. Sci. Works Inst.
Reconstr. Surg., 2. 19, 1960.
Holm, A., and Zachariae, L.: Finger tip lesions: An evaluation of
conservative treatment versus free skin graffing. Acta Orthop. Scand.,
45. 382, 1974.
Horn, J. S.: The use of fuR thickness hand skin flaps in the recons-
truction of injured. fingers. Plast. Reconstr. Surg., 7. 463-481, 1951.
Hoskins, H. D.: The versatile cross finger flap. A report on 26
Cases, J. Bone Joint: Surg., 42A: 261277,1960.
Huber, C. C., and Lewis, D.: Amputation neuromas, their developr-
nent and prevention. Arch. Surg., 1: 85-113, 1920.
Hutchinson, J., Tough, J. S., Wyburn, C. M.: Regeneration of sen-
sation in grafted skin. Br. J. Plast. Surg., 2. 82-94, 1949.
Hyroop, G. L.: Transfer of a metacarpal with or without its digit for
improving the function of the crippled hand. Plast. Reconstr. Surg., 4:
45-58, 1949.
Illingworth, C. M.: Trapped fingers and amputated finger tips in
children. J. Pediatr. Surg., 9. 853,1974.
Innis, C. 0.: Treatment of skin avulsion injuries of the extremities.
Br. J. Plast. Surg., 10. 122-140, 1957.
J. M., Scimeider, L. H., Makin, E. J., and BeR, J. A., eds.:
Rehabilitation of the Hand. St. Louis, C. V. Mosby, 1978.
James, S. L., and Slocum, D. B.: Upper extremity amputation. p.
348. In 0~, J. E., ed.: Hand Surgery, 2nd ed. Baltimore, Williams &
Wilkins, 1975. 27. Jentschura, C., Marquardt, E., and Rudel, E.
M.:Malformations and Amputations of the Upper Extremity-Treatment
and Prosthetic Replacement. New York, Grune & Stratton, 1967.
Johnson, R. K., and Iverson, R. E.: Cross finger pedicle flaps in
the hand. J. Bone Joint Surg., 53A: 913-919,1971.
Jones, K. C.: Lesser hand problems-finger tip injuries. J. Arkansas
Med. Soe., 58. 420-423, 1962.
Jones, R. A.: A method of closing a traumatic deféct of a finger tip.
Am. J. Surg., 55. 326-338, 1942.
Jones, R. F.: The rehabilitation of surgical patients with particular
reference to traumatic upper limb disability. Aust. NZ J. Surg., 47.
402-407, 1977. 29. Kaplan, E Functional levels of amputation of fin-
gers. S. Afr. Med. J., 43.- 1113-1115, 1969.
Joshi, B. B.: One stage repair for distal amputation of the thumb.
Plast. Reconstr. Surg., 45. 613-615, 1970.
Keim, H. A., and Grantham, S. A.: Volar flap advancement for
thumb and finger tip injuries. Clin. Orthop., 66.- 109-112, 1969.
Kislov, R., and Kelly, A. P.: Cross; finger flaps and digital injuries
with notes on Kirschner wire fixation. Plast. Reconstr. Surg., 25.
312-322, 1960.
Kleinert, H. E., MeAlister, C. G., McDonald, C. J., and Kutz, J. E.:
A critical evaluation. of cross; finger flaps. J. Trauma, 14: 756-766,
1974.
Kleinert, H. E.: Finger tip injuries and their management. Am.
Surg., 25. 41-51, 1959.
Kutler, W.: A method for repair of finger amputation. Ohio Med. J.,
40. 126, 1944.
Kutler, W.: A new method for finger tip amputation. JAMA, 133: 29,
1947.
Lassar, C. N.: Traumatic amputation of fingers. Mo. Med., 51:
275-279, 1954.
Láttler, J. W.: The neurovascular pedicie method of digital transpo-
sition for reconstruction of the thumb. Plast. Reconstr. Surg., 12.
303-319, 1953.Pringle, R. C.: Amputations; of the thumb, a study 187.
of techniques of repair and residual disability. In-jury, 3: 211-217, 1972.
Leffért, R. D., Weiss, C., and Athanasoulis, C. A.: The vincula-with
particular reference to their 196. vesseis and nerves. J. Bone Joint
Surg., 56A: 119 1.-1198,1974.
Leriche, R.: Usable and unusable stumps; comparative value of
various amputations and disarticulations; of upper extremity. Presse
Med.,. 47.- 135, 1939.
Lewin, M. L.: Digital flaps in reconstructive and traumatic surgery.
Clin. Orthop., 15. 74-85, 1959.
Lie, K. K., and Posch, J. L.: Island flap innervated by radial nerve
for restoration of sensation in an index stump, a case report. Plast.
Reconstr. Surg., 47. 386-388, 1971.
Lie, K. K., Magargle, R. K., and Posch, J. L.: Free full thickness
skin grafts from the palm to cover defects of the fingers. J. Bone Joint
Surg., 52A: 559-561,1970.
Littler, J. W.: Principies of reconstructive surgery of the hand. Am.
J. Surg., 92. 88-93, 1956. 32. Littler, J. W.: Principies of reconstructive
surgery of the hand. p. 1612. Converse, J. M., ed.: In Recon-structive
Plastic Surgery, vol. IV. Philadelphia, W. B. Saunders, 1964.
Louis, D. S., Hunter, L. Y., and Keating, T. M.: Painful neuromas in
long below-elbow amputees. Arch. Surg., 115. 742-744, 1980.
Louis, D. S. Amputations. In Green, D. P. Operation Hand Sugery.
vol. 1, 3ª ed., 53-75, 1993.
Louis, D., Palmer, A., and Burney, R.: Open treatment of digital tip
injuries. JAMA, 244: 7, 1980.
Maguire, C., Buxton, J. T., and Otherson, H. B.: Finger tip injuries.
J. SC Med. Assoe., 57. 312-314, 1961.
Mahoney, J. H., Phalen, C. S., and Frackelton, W. H.: Amputation
of the index ray. Surgery, 21: 911-918, 1947.
Mandal, A. C.: Thiersch graffs for lesions of the finger tip. Acta
Chir. Scand., 129.- 325-332, 1965.
Markee, J. E., and Wray, J. B.: Circulation of the hand, injection
corrosion studies. J. Bone Joint Surg., 4]A: 673-680, 1959.
McCash, C. R.: Toe pulp free grafts in finger tip repair. Br. J. Plast.
Surg., 11: 322-328, 1958.
McKeever, F. M.: Upper extremity amputations and prostheses. J.
26
Bone Joint Surg., 26. 660-671, 1944.
McLaurin, C. A., and Sammons, F.: Independent control harnes-
sing in. the upper extrenúty prosthetics. Artif Limbs, 7: 11, 1963.
Metcalf, W., and Whalen, W. P.: Salvage of the injured distal pha-
lanx: Plan of care and analysis of 369 cases. Clin. Orthop., 13.
114-123, 1959.
Metcalf, W., and Whalen, W.: The surgical, social and economic
aspects of a unit hand injury. J. Bone Joint Surg., 39A: 317-324, 1957.
Micks, J. E., and Wilson, J. N.: Full thickness of sole-skin grafts for
resurfácing the hand. J. Bone Joint Surg., 49A: 1128-1134, 1967.
Milford, L.: The Hand. p. 231. In Edmonson, A. S., and Crenshaw,
A. H., eds.: Campbell’s Operative Orthopaedics, 6th Ed. St. Louis, C.
V. Mosby, 1980.
Miller, A. J.: Single finger tip injuries treated by the thenar flap.
Hand, 6.- 311-314, 1974.
Moberg, E.: Evaluation of sensibility in. the hand. Surg. Clin. North
Am., 40. 357-362, 1960.
Moberg, E.: Objective methods; for determining the fúnctional
value of sensibility in. the hand. J. Bone Joint Surg., 40B. 454~476,
1958.
Moynihan, F. J.: Long term results of split-skin graffing in finger tip
injuries. Br. Med. J., 2.- 1: 802-805, 1961.
Murray, J. F., Carman, W., and MacKenzie, J. K.: Transmetacarpal
amputation of the index finger: A clinical assessment of hand strength
and complications. J. Hand Surg., 2: 471-481, 1977.
Napier, J. R.: The return of pain sensibility in full thickness skin
graffs. Brain, 75. 147-166, 1952.
Netter, F. H. The Ciba Collection of Medical Illustrations. Tomo VIII
13. p.181-191, 1994.
Netter, F. H. The Ciba Collection of Medical Illustrations. vol. 8,
Parte I, Parte II, 1987.
Newmeyer, W. L., and Kilgore, E. S.: Finger tip injuries: A simple,
effective method of treatment. 110.J. Trauma, 14: 58-64, 1974.
O’Brien, B.: Neurovascular island pedicle flaps for terminal ampu-
tations; and digital scars. Br. J. Plast. Surg., 21: 258-261, 1968.
O’Malley, T. S.: Full thickness skin grafts in finger 111. amputa-
tions. Wis. Med. J., 33: 337-340, 1934.
Omer, C. E.: Amputation. p. 541. In Hunter,
Parkes, A.: The “lumbrical-pius” finger. Hand, 2:164-167, 1970.
Patton, H. S.- Split-skin grafts from hypothenar area for finger tip
avulsions. Plast. Reconstr. Surg., 11 43. 426-429, 1969.
Peacock, E. E.: Metacarpal transfer followíng amputation of a cen-
tral digit. Plast. Reconstr. Surg., 29: 345-355, 1962.
Peizer, E., and Pirrello, T.: Principies and practice in. upper extre-
mity prostheses. Orthop. Clin. North Am., 3. 397~417, 1972.
Pelzer, R. H.: Definitive plastic surgical repairs of finger tip injuries.
J. Int. Colí. Surg., 33: 741-113, 750,1960.
Ponten, B.: Grafted skin, observations on innerva- 114. tion and
other qualities. Acta Chir. Scand., suppl. 257.- 1, 1960.
Porter, R. W.: Functional assessment of transplanted skin in volar
defects of the digits. A comparison between free grafts and flaps. J.
Bone Joint 116. Surg., 5OA: 955-963, 1968.
Quilliam, T. A., and Ridley, A.: The receptor com- 117. munity in
the finger tip. Proc. Physiol. Soe., 6: 15,1971. Read, F. L., and Haslam,
E. T.: Inunediate skin 118. grafts on finger amputations. US Navy Med.
Bull,, 42:183-186, 1944.
Rank, 13. K., Wakefield, A. R., and Hueston, J. T.: Surgery of
Repair as Applied to Hand Injury, 3rd ed. p. 106. Baltimore, Williams &
Wilkins, 1968. 44. Slocum, D. B.: Atlas of Amputations. p. 118. St.
Louis, C. V. Mosby, 1949.
Rank, 13. K.: Unique opportunities in. the primary repair of hand
injuries. p. 995. In Transactions of the Third International. Congress of
Plastic Surgery. International Congress Series #66, Excerpta Medica
Foundation. Amsterdam, Mouton, 1964. 43.
Ratliff, A. H. C.: Amputations of the distal part: of the thumb. Handi
4: 190-193, 1972.
Recht, P.: Esthetic viewpoints in surgery of the Flap Procedures
for Digital Tip Injuries ends of the fingers. Arch Min. Chir., 299. 105,
1961.
Reed, J. V., and Harcourt, A. K.: Inunediate full thickness grafts to
finger tips. Surg. Gynecol. Obstet., 68: 925-929, 1939.
Reeves, M. M., and Quattlebaum, F. W.: The lateral flap technique
in supracondylar amputations. Surg. Gynecol. Obstet., 102: 751-756,
1956.
Ridley, A.: A biopsy study of the innervation of forearm skin graf-
ted to the finger tip. Brain, 93: 547-553,1970.
Robins, R. H. C.: Finger tip injuries. Hand, 2:119125,1970.
Robins, R. H. C.: The use of post-auricular skin grafts in the treat-
ment of traumatic amputation through the terminal compartment of the
finger. Br. J. Surg., 41: 515-519, 1954.
Robinson, D. W., and Masters, F. W.: Severe avulsion injuries of
the extremities including the degloving type. Surg. Clin. North Am.,
47.379-388, 1967.
Salaman, J. R.: Partial thickness skin graffing of finger tip injuries.
Lancet, 1: 705-710, 1967.
Sandzen, S. C., and Oakey, R. S.: Crushing injury of the finger tip.
Hand, 4:253-256, 1972.
Sandzen, S. C.: Management of the acute finger tip injury in the
child. Hand, 6. 190-197, 1974.
Santoni-Rugiu, P.: An experimental study on the reinnervation of
free skin grafts and pedícle flaps. Plast. Reconstr. Surg., 38: 98-104,
1966.
Scott, J. E.: Amputation of the finger. Br. J. Surg., 61:574-576,
1974.
Siocum, D. B.: Upper extremity amputation. p. 348. In Flynn, J. E.,
ed.: Hand Surgery, 2nd Ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1975.
Slocum, D. B., and Pratt, D. R.: The principies of amputations; of
the fingers and hand. J. Bone Joint Surg., 26. 535-546, 1944.
Smith J. R., and Bom, A. F.: An evaluation of finger tip reconstruc-
tion by cross finger and palmar pedicle flap. Plast. Reconstr. Surg.,
35.- 409-418, 1965.
Smith, R. J., and Aibin, R.: Thenar “H-flap” for finger tip injuries. J.
Trauma, 16.- 778, 1976.
Snow, J. W.: The use of a volar flap for repair of finger tip ampu-
tations: A preliminary report. Plast. Reconstr. Surg., 40.- 163-168,
1967.
Sokol, A. B., and Berggren, R. B.: Finger tip amputations. Calif.
Med., 119. 22-28, Aug. 1973.
Stack, H. C.: Amputations. p. 353. In Rob, C., Smith, R., and
Pulvertaft, C., eds.: Operative Surgery: The Hand, 3rd Ed. London,
Butterworths, 1977.
Strickland, J. W., and Dirigman, D. L.: Avulsions of the tactile fin-
ger pad: An evaluation. of treatment. Am. Surg., 35. 756-761, 1969.
Sturman, M. J., and Duran, R. J.: The late results of finger tip inju-
ries. J. Bone Joint Surg., 45A: 289 -298, 1963.
Suzuki, K., et al.: A follow-up study of finger tip injuries. J. Jpn.
Orthop. Assoe., 38: 1127, 1965.
Tempest, M. N.: Cross finger flaps in the treatment: of injuries to
the finger tip. Plast. Reconstr. Surg., 9: 205-222, 1952.
Tempest, M. N.: The emergeney treatment of digital injuries. Br. J.
Plast. Surg., 7.- 153-161, 1954.
Terhune, S. R., and Champ, M. N.: Traumatic amputation of finger
tips. South. Surg., 11: 646-651, 1942.
Thomas, A.: Amputations of the upper extremity above the elbow.
Surgical and prosthetic considerations. p. 242. AAOS Instructional
Course Lectures, vol. 8. Ann Arbor, J. W. Edwards, 1951
Thompson, R. V.: Essential details; in the technique of finger
amputations. Med. J. Aust., 2. 14, 1963.
Tooms, R. E.: Amputation surgery in. the upper extremity. Orthop.
Clin. North Am., 3. 383-395, 1972.
Tooms, R. E.: Amputations through upper extremity. In Edmonson,
A. S., and Crenshaw, A. H., eds.: Campbell’s Operative Orthopaedics.
6th ed. pp. 857-867. St. Louis, C. V. Mosby, 1980.
Tubiana, R., Traumatic amputations of phalanges and digits. p.
360. In Flynn, J. E., Ed.: Hand Surgery, 2nd Ed. Baltimore, Williams &
Wilkins, 1975.
Vecchione, T. R.: A new donor site for finger tip avulsion injuries.
J. Trauma, 18: 285-287, 1978.
Vilain, R., and Michon, J.: Plastic Surgery of the Hand and Pulp.
2nd Ed. p. 83. New York, Mason, 1979.
Wakefield, A. R.: Hand injuires in children. J. Bone Joint Surg.,
46A: 1226-1234, 1964.
Weiner, D. L., Silver, L., and Aiache, A.: Preservation of traumati-
cally amputated finger tips. Plast. Reconstr. Surg., 49: 609-615, 1972.
Weston, P. A. M., and Wallace, W. A.: The use of localy based
triangular flaps for the repair of finger tip injuries. Hand, 8: 54, 1976.
Whitaker, L. A., Graham, W. P., Riser, W. H., and Kilgore, E.:
Retaining the articular cartilage in finger joint amputations. Plast.
Reconstr. Surg., 49. 542-547, 1972.
Willems, J. D.: Arnputation of the fingers. Surg. Gynecol. Obstet.,
62: 892-894, 1936. Ray Amputations
Wood, R. W.: Multiple cross finger flaps-“piggy back” techniques.
Plast. Reconstr. Surg., 41: 5457,1968.
Zadik, F. R.: Inumediate skin graffing for traumatic amputation of
finger tips. Lancet, 1: 335, 1943.
27
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula sindrome impacto e lesão manguito rotador
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotadorAula sindrome impacto e lesão manguito rotador
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotadorMauricio Fabiani
 
Fisioterapia na Saúde do Trabalhador - Síndrome do Túnel do Carpo - Ergonomia
Fisioterapia na Saúde do Trabalhador - Síndrome do Túnel do Carpo - ErgonomiaFisioterapia na Saúde do Trabalhador - Síndrome do Túnel do Carpo - Ergonomia
Fisioterapia na Saúde do Trabalhador - Síndrome do Túnel do Carpo - ErgonomiaUniversidade Norte do Paraná
 
Fratura peritrocanterica
Fratura peritrocantericaFratura peritrocanterica
Fratura peritrocantericaNathália Corso
 
Fisioterapia intervencao fisioterapeutica[1]
Fisioterapia intervencao fisioterapeutica[1]Fisioterapia intervencao fisioterapeutica[1]
Fisioterapia intervencao fisioterapeutica[1]Elaine Silva
 
Dor em Membros Superiores
Dor em Membros SuperioresDor em Membros Superiores
Dor em Membros Superiorespauloalambert
 
Enfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoEnfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoThais Benicio
 
Exame fisico do quadril ac
Exame fisico do quadril   acExame fisico do quadril   ac
Exame fisico do quadril acAndré Cipriano
 
Lesão do aparelho locomotor
Lesão do aparelho locomotorLesão do aparelho locomotor
Lesão do aparelho locomotorKarina Pereira
 
Pé Cavo Dr. Omar Mohamad M. Abdallah
Pé Cavo  Dr. Omar Mohamad M. AbdallahPé Cavo  Dr. Omar Mohamad M. Abdallah
Pé Cavo Dr. Omar Mohamad M. AbdallahOmar Mohamad Abdallah
 
Fratura luxação da coluna cervical (alta e baixa)
Fratura luxação da coluna cervical (alta e baixa)Fratura luxação da coluna cervical (alta e baixa)
Fratura luxação da coluna cervical (alta e baixa)Jorge Acosta Noriega
 

Mais procurados (20)

Hernia de disco 1
Hernia de disco 1Hernia de disco 1
Hernia de disco 1
 
Lombalgia
LombalgiaLombalgia
Lombalgia
 
Fraturas Femorais
Fraturas FemoraisFraturas Femorais
Fraturas Femorais
 
Modulo 18
Modulo 18Modulo 18
Modulo 18
 
Fraturas em Idade Pediatrica
Fraturas em Idade PediatricaFraturas em Idade Pediatrica
Fraturas em Idade Pediatrica
 
Lombalgia - Lombociatalgia
Lombalgia - Lombociatalgia Lombalgia - Lombociatalgia
Lombalgia - Lombociatalgia
 
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
 
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotador
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotadorAula sindrome impacto e lesão manguito rotador
Aula sindrome impacto e lesão manguito rotador
 
Fisioterapia na Saúde do Trabalhador - Síndrome do Túnel do Carpo - Ergonomia
Fisioterapia na Saúde do Trabalhador - Síndrome do Túnel do Carpo - ErgonomiaFisioterapia na Saúde do Trabalhador - Síndrome do Túnel do Carpo - Ergonomia
Fisioterapia na Saúde do Trabalhador - Síndrome do Túnel do Carpo - Ergonomia
 
Fratura Exposta 2011
Fratura Exposta 2011Fratura Exposta 2011
Fratura Exposta 2011
 
Fratura peritrocanterica
Fratura peritrocantericaFratura peritrocanterica
Fratura peritrocanterica
 
Fisioterapia intervencao fisioterapeutica[1]
Fisioterapia intervencao fisioterapeutica[1]Fisioterapia intervencao fisioterapeutica[1]
Fisioterapia intervencao fisioterapeutica[1]
 
Dor em Membros Superiores
Dor em Membros SuperioresDor em Membros Superiores
Dor em Membros Superiores
 
Enfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoEnfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelho
 
Exame fisico do quadril ac
Exame fisico do quadril   acExame fisico do quadril   ac
Exame fisico do quadril ac
 
Lesão do aparelho locomotor
Lesão do aparelho locomotorLesão do aparelho locomotor
Lesão do aparelho locomotor
 
Traumatismos do plexo braquial
Traumatismos do plexo braquialTraumatismos do plexo braquial
Traumatismos do plexo braquial
 
Pé Cavo Dr. Omar Mohamad M. Abdallah
Pé Cavo  Dr. Omar Mohamad M. AbdallahPé Cavo  Dr. Omar Mohamad M. Abdallah
Pé Cavo Dr. Omar Mohamad M. Abdallah
 
Fratura luxação da coluna cervical (alta e baixa)
Fratura luxação da coluna cervical (alta e baixa)Fratura luxação da coluna cervical (alta e baixa)
Fratura luxação da coluna cervical (alta e baixa)
 
Traumas dos Membros Inferiores
Traumas dos Membros InferioresTraumas dos Membros Inferiores
Traumas dos Membros Inferiores
 

Semelhante a Amputações

Semelhante a Amputações (20)

amputação membros inferiores
 amputação membros inferiores   amputação membros inferiores
amputação membros inferiores
 
Retalhos de Membros Superior
Retalhos de Membros SuperiorRetalhos de Membros Superior
Retalhos de Membros Superior
 
BANDAGENS FUNCIONAIS 2012.pdf
BANDAGENS FUNCIONAIS 2012.pdfBANDAGENS FUNCIONAIS 2012.pdf
BANDAGENS FUNCIONAIS 2012.pdf
 
Guia feridas
Guia feridasGuia feridas
Guia feridas
 
Guia feridas
Guia feridasGuia feridas
Guia feridas
 
Reimplante e Revascularizações
Reimplante e Revascularizações Reimplante e Revascularizações
Reimplante e Revascularizações
 
Infeccoes da mao
Infeccoes da maoInfeccoes da mao
Infeccoes da mao
 
Numero 203 infecciones_manos1
Numero 203 infecciones_manos1Numero 203 infecciones_manos1
Numero 203 infecciones_manos1
 
Amputação medicina. info escola
Amputação   medicina. info escolaAmputação   medicina. info escola
Amputação medicina. info escola
 
02 - Técnicas cirúrgicas de amputação.pdf
02 - Técnicas cirúrgicas de amputação.pdf02 - Técnicas cirúrgicas de amputação.pdf
02 - Técnicas cirúrgicas de amputação.pdf
 
Fraturas em Idosos.pptx
Fraturas em Idosos.pptxFraturas em Idosos.pptx
Fraturas em Idosos.pptx
 
Aula cc turma 4
Aula cc turma 4Aula cc turma 4
Aula cc turma 4
 
6 ccsdftmt05.
6 ccsdftmt05.6 ccsdftmt05.
6 ccsdftmt05.
 
Amputacao
AmputacaoAmputacao
Amputacao
 
Lesão de Flexores.pdf
Lesão de Flexores.pdfLesão de Flexores.pdf
Lesão de Flexores.pdf
 
Complicações cirurgicass.pptx
Complicações cirurgicass.pptxComplicações cirurgicass.pptx
Complicações cirurgicass.pptx
 
ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NO P E PÓS CIRURGICO DE ORTOPEDIARé
ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NO P E PÓS CIRURGICO DE ORTOPEDIARéASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NO P E PÓS CIRURGICO DE ORTOPEDIARé
ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NO P E PÓS CIRURGICO DE ORTOPEDIARé
 
Contratura de Dupuytren
Contratura de DupuytrenContratura de Dupuytren
Contratura de Dupuytren
 
ORTOPEDIA.pptx
ORTOPEDIA.pptxORTOPEDIA.pptx
ORTOPEDIA.pptx
 
Amputação
AmputaçãoAmputação
Amputação
 

Mais de Brunno Rosique

Mais de Brunno Rosique (20)

Anestesia Ambulatorial
Anestesia Ambulatorial Anestesia Ambulatorial
Anestesia Ambulatorial
 
Onfaloplastia.pdf
Onfaloplastia.pdfOnfaloplastia.pdf
Onfaloplastia.pdf
 
Tumores cutâneos.ppt
Tumores cutâneos.pptTumores cutâneos.ppt
Tumores cutâneos.ppt
 
Lipoabdominoplastia
Lipoabdominoplastia Lipoabdominoplastia
Lipoabdominoplastia
 
Abdominoplastia.doc
Abdominoplastia.docAbdominoplastia.doc
Abdominoplastia.doc
 
ABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.pptABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.ppt
 
Abdominoplastia
 Abdominoplastia  Abdominoplastia
Abdominoplastia
 
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica SaldanhaLipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
 
Excisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDFExcisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDF
 
CBC com Margem.pdf
CBC com Margem.pdfCBC com Margem.pdf
CBC com Margem.pdf
 
Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele
 
CARCINOMA BASOCELULAR .ppt
CARCINOMA BASOCELULAR .pptCARCINOMA BASOCELULAR .ppt
CARCINOMA BASOCELULAR .ppt
 
Queimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.docQueimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.doc
 
Queimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .docQueimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .doc
 
Queimaduras.doc
Queimaduras.docQueimaduras.doc
Queimaduras.doc
 
Queimadura Química.ppt
Queimadura Química.pptQueimadura Química.ppt
Queimadura Química.ppt
 
Lesões elétricas.doc
Lesões elétricas.docLesões elétricas.doc
Lesões elétricas.doc
 
Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica
 
Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica
 
Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica
 

Último

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 

Último (8)

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 

Amputações

  • 1. I IL LU US ST TR RA AÇ ÇÕ ÕE ES S: : JOSÉ FALCETTI R RE ED DA AÇ ÇÃ ÃO O: : PROF. RAMES MATTAR JUNIOR PROF. RONALDO J. AZZE ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR A AM MP PU UT TA AÇ ÇÕ ÕE ES S N NA A M MÃ ÃO O 5
  • 2. DEFINIÇÃO O procedimento de amputação pode ser definido como a ressecção cirúrgica de uma extremidade. Quando esta res- secção é realizada ao nível de uma arti- culação denomina-se desarticulação. As amputações podem ser congênitas, trau- máticas ou cirúrgicas. Quando cirúrgica, tem como objetivos básicos criar um coto com máxima função e conforto para o paciente, desde que a indicação do trata- mento implique na perda de um segmen- to. HISTÓRICO Amputações foram registradas há 30.000 anos atrás, em pinturas de caver- nas da França e Espanha. Muitos traba- lhos relacionados aos procedimentos de amputação e confecção de próteses foram publicados, mas os grandes avan- ços relacionados à preservação do mem- bro, cirurgias reconstrutivas e filosofia de protetização só ocorreram no século XX. INDICAÇÕES As principais indicações para procedi- mento de amputação podem ser relacio- nadas como: 1. Trauma: agente mecânico, elétrico, térmico ou químico; 2. Tumores malígnos; 3. Infecção: casos agudos agressivos, com objetivo de salvar a vida, ou crônicos que não respondem aos métodos de trata- mento que preservam função; 4. Vascular: 5. Úlceras tróficas; 6. Deformidades congênitas: na pre- sença de tecido sem utilidade e que, inclusive, prejudique o desempenho fun- cional do membro superior. 2 AMPUTAÇÕES NA MÃO Publicação Oficial do Instituto de Ortopedia e Traumatologia Dr. F. E. de Godoy Moreira da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. R. Dr. Ovidio Pires de Campos, 333 Tel/Fax: (011) 3069-6888 CEP 05403-010 – São Paulo – SP REDAÇÃO: Prof. Dr. Rames Mattar Junior Professor livre Docente da FMUSP Chefe do Grupo de Mão do Departamento de Ortopedia e Traumatologia FMUSP Professor Ronaldo J. Azze Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP PRODUÇÃO GRÁFICA: Coordenação Editorial: Ábaco Planejamento Visual Colaboradores: Rodrigo R. Tonan, Carmen T. Bornacina, Bruno Vigna, Marize Zanotto, Adalberto Tojero. Ilustrações Médicas: José Falcetti Diagramação e Editoração Eletrônica: Alexandre Lugó Ayres Neto Fotolito: Bureau Digital Bandeirante Impressão: Nova Página Tiragem: 10.000 exemplares CARTAS PARA REDAÇÃO: Atualização em Traumatologia do Aparelho Locomotor Rua Batataes, 174 – 01423-010 São Paulo – SP – Tel/Fax.: (011) 885-4277 Prof. Rames Mattar Júnior Prof. Ronaldo J. Azze
  • 3. PRINCÍPIOS As amputações no membro superior podem ser indicadas por ocasião do aten- dimento de urgência, ou de forma eletiva. A principal preocupação sempre deve ser o restabelecimento máximo da função do membro superior, sendo a única exceção, o tratamento de tumores malígnos. Nas amputações realizadas para tratamento de tumores malígnos o fundamental é a ressecção da lesão obedecendo a crité- rios oncológicos. O objetivo é a obtenção de um coto de amputação indolor, estável e útil, não interferindo na função das uni- dades músculo-tendíneas e articulações remanescentes. Na anamnese inicial, é fundamental questionar a ocupação do paciente, suas atividades de vida, históri- co detalhado da lesão, patologias asso- ciadas ou concomitantes e os aspectos emocionais relacionados a lesão e a indi- cação da amputação. Freqüentemente existem fatores culturais e psicosociais que podem influenciar na conduta tera- pêutica e sempre devemos considerar o sentimento de preservação da imagem corporal, presente em todo ser humano. Os objetivos ou metas a serem atingidas em um procedimento cirúrgico de amputa- ção podem ser assim relacionados : 1. Preservar o máximo de comprimen- to; 2. Preservar a sensibilidade; 3. Prevenir a formação de neuromas sintomáticos; 4. Proporcionar retorno precoce às atividades de vida diária e ao trabalho; 5. Prevenir contratura e rigidez articular; 6. Não adicionar morbidez à situação clínico-cirúrgica do paciente; 7. Proporcionar protetização precoce, quando indicada. 8. Promover, o mais precoce possível, a reabilitação e readaptação do membro. Com relação ao procedimento cirúrgi- co, os tecidos devem ser tratados obede- cendo a princípios básicos: • Pele: toda pele viável (com perfusão) deve ser mantida e utilizada para proporcio- nar revestimento cutâneo adequado no coto. Na mão, a utilização da pele palmar é prefe- rível por ser mais espessa, possuir um tecido celular subcutâneo estável e sensibilidade mais diferenciada. O tecido ósseo deve ser revestido sem tensão. Se houver necessida- de, pode-se utilizar enxertos de pele em áreas onde não há pressão. Quando há pele insuficiente em área de estresse mecânico, é mister utilizar retalhos de vizinhança, axiais ou livres. É fundamental proporcionar sensi- bilidade protetora à cobertura cutânea para evitar úlceras de pressão. • Osso: o tecido ósseo deve ser regu- larizado de forma a proporcionar contorno regular e liso. • Cartilagem: a cartilagem articular pode ser mantida nas desarticulações. Ela pode absorver choques e ser menos dolorosa, segundo Omer (1982). O que é importante é evitar a proeminência dos côndilos, ressecando-os e dando um con- torno regular ao coto. • Nervo: o tratamento do nervo perifé- rico é o procedimento mais controvertido na amputação. Deve-se evitar neuromas dolorosos. Para tanto, o nervo não deve ser seccionado próximo a extremidade do coto ou em leito hipovascular. A técnica mais utilizada é a dissecção do nervo pro- ximalmente, tração suave e seccão, dei- xando-o retrair para as partes moles pro- ximais. Na nossa opinião, a ligadura, coa- gulação, implantação no osso ou esmaga- mento não evitam a formação de neuro- mas dolorosos. • Tendões: o tendão flexor profundo não deve ser suturado à extremidade de um dedo amputado pois este procedimen- to pode limitar a movimentação dos dedos normais. A movimentação precoce, após a amputação, evita aderências tendinosas. • Vasos sangüíneos: os vasos devem 3 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
  • 4. ser identificados e ligados adequadamen- te para evitar sangramento e formação de pseudoaneurismas. COMPLICAÇÕES As complicações podem ocorrer nas diversas fases que envolvem o procedi- mento de amputação: Pré-operatório: • Choque hipovolêmico: na grande maioria das vezes, nas amputações trau- máticas, a compressão do ferimento e a elevação do membro controla o sangra- mento. Quando isto não é conseguido, deve-se indicar o uso de um torniquete que deve ser liberado a cada hora para propor- cionar perfusão aos tecidos viáveis; • Infecção: a lavagem exaustiva e o desbridamento criterioso do ferimento são as grandes armas do ortopedista para prevenir infecções. Da mesma forma, a antibioticoterapia deve ser iniciada preco- cemente, com culturas e antibiogramas, que podem orientar a mudança da droga utilizada. Intra-operatório: • Choque hipovolêmico: esta compli- cação deve ser evitada através da ligadu- ra criteriosa de todos os vasos; • Cobertura cutânea: o planejamento da reparação do revestimento cutâneo é fundamental para o sucesso do procedi- mento de amputação. Não devemos acei- tar exposição de osso, nervo, tendões e vasos. Da mesma forma, revestimento cutâneo instável, que não suporta pres- são e atrito, e a presença de retrações cicatriciais, causando deformidades, podem comprometer a função; • Desequilíbrio hidro-eletrolítico e a presença de mioglobulinemia são compli- cações de traumas graves e esmagamen- tos, podendo causar, inclusive, a morte. Pós operatório • Hematoma; • Infecção; • Necrose; • Neurológicas: os pacientes devem ser avisados a respeito da ocorrência da dor fantasma e as diversas formas de sua apresentação. Após período variável do pós-operatório, a maioria dos pacientes para de se queixar deste sintoma. Outras complicações neurológicas nesta fase relacionam-se com a presença de neuro- mas e distrofia simpática reflexa. • Músculo-esqueléticas: o paciente deve ser orientado para manter a mobili- dade articular para evitar deformidades. Aderências tendinosas e retração cápsu- lo-ligamentar são as principais causas de restrição da mobilidade. Os problemas ósseos são causados geralmente por crescimento e perda da cobertura cutânea adequada do coto. • Vasculares: apesar de raros, os pseudo-aneurismas são complicações possíveis e que requerem tratamento cirúrgico. • Cutâneas: cobertura cutânea inade- quada, pele instável, dermatite, úlceras de pressão e infeção são as complicações mais freqüentes. • Psicológicas: alterações da persona- lidade, depressão, ansiedade, agressivida- de, frustração e negação são as alterações mais encontradas relacionadas aos trauma graves da mão. A perda real ou simbólica de qualquer parte da mão deve ser bem detectada pelo cirurgião antes de iniciar qualquer tratamento, que é influenciado diretamente pelo que se convencionou chamar seqüência de recuperação picoló- gica, dividida em 3 estágios: – Negação: pode durar horas ou dias. O paciente ainda não acredita no ocorri- do, nem prestando atenção às explica- ções e orientações; – Pesar (“luto”): também pode durar horas ou dias, dependendo da personali- dade do paciente. É uma fase de lamenta- 4
  • 5. ções, ira e acusações a si ou a outros; desespero; agitação. Nesta fase é impor- tante o cirurgião entender o paciente, criar uma empatia necessária para passar a fase seguinte. – Reação: o paciente começa a entender que há ainda esperança de fun- ção, e começa a aceitar a perda como passado inevitável. Nasce um período de pensamento positivo, que o médico deve aproveitar para criar um ambiente de oti- mismo e entusiasmo pelo tratamento rea- lizado ou a se realizar. Quanto mais cedo o médico entrar em sintonia psicológica com o paciente, melhor. AMPUTAÇÕES DA EXTREMIDADE DISTAL DOS DEDOS (PONTA DOS DEDOS) São as amputações traumáticas mais comuns e seu tratamento é ainda muito controverso. A conduta dependerá do comprometimento das diversas estrutu- ras, da experiência do cirurgião e da esco- lha do paciente já que, normalmente, exis- te mais do que uma opção. 1. Amputações com perda de pele (polpa digital) sem exposição óssea O tratamento, de certa forma, depende da geometria da lesão (transversa, oblí- qua, comprometimento predominantemen- te volar ou dorsal, etc.). A utilização da par- te amputada como enxerto de pele total é o método mais popular de tratamento. Para aumentar a chance de sucesso é necessá- rio remover, da parte amputada, todo teci- do gorduroso, deixando apenas o tegu- mento apoiado em um leito bem vasculari- zado. Segundo Holm e Zacharie (1974), deixar a ferida aberta e aguardar a cicatri- zação por segunda intenção proporciona resultados excelentes. A maior queixa dos pacientes tratados com enxerto é a falta de sensibilidade, mas o paciente deve ser esclarecido que esta deve retornar gradati- vamente. Quando a parte amputada não pode ser aproveitada, é possível utilizar enxerto de pele convencional para fechar um ferimento. 2. Amputações com exposição óssea Nesta situação a decisão mais impor- tante é determinar qual comprimento do dedo é possível manter, lembrando sempre do princípio de conservar o máximo de fun- ção. O tratamento deve basear-se na transformação de um ferimento com osso exposto para outro fechado e, para isso, regulariza-se a borda óssea com saca- bocados delicados, utilizando-se de proce- dimentos de revestimento cutâneo (reta- lhos). Os retalhos realizados para este fim podem ser locais, de vizinhança ou a dis- tância. Os retalhos locais mais utilizados são o avanço tipo “V-Y” volar de Atasoy (1970), ou o “V-Y” lateral de Kutler (1947). RETALHO VOLAR TIPO “V-Y” DE ATASOY-KLEINERT Este retalho é indicado principalmente nas amputações transversas. Deve-se pla- nejar a incisão em “V” marcando-a com uma caneta ou similar. O ápice do “V” é proximal e deve estar localizado na prega cutânea volar da interfalangiana distal. Os vasos sangüíneos e os nervos digitais des- te retalho devem ser preservados. A divul- são do plano entre a bainha dos flexores e o retalho facilita seu avanço. A base do triângulo é suturada no leito ungueal ou na própria unha remanescente. Após o desli- zamento, a região proximal é suturada con- vertendo o “V” em um “Y”. É muito impor- tante verificar a perfusão do retalho e do dedo após a sutura, que deve ser sem ten- são. Normalmente, este retalho proporcio- na boa qualidade de cobertura cutânea mantendo, inclusive, sensibilidade adequa- da e não compromete, de forma significati- va, a mobilidade articular. RETALHO LATERAL TIPO “V-Y” 5 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
  • 6. 6 Incisão em “V” para retalho volar Tipo “V-Y” de Atasoy-Kleinert em amputação da extremidade distal do dedo Avanço e sutura Sutura do retalho (observar figura em “Y”) Caso clínico: retalho volar “V-Y” de Atasoy-Kleinert. Utilizado prótese de silicone para ocupar o local da unha, mantendo o leito ungueal plano e evitando sinéquia.
  • 7. 7 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR KUTLER Indicado principalmente quando há preservação das porções laterais dos dedos, como em algumas ampu- tações oblíquas. Um ou dois retalhos triangu- lares são desenhados na porção lateral dos dedos. O ápice do “V” deve situar-se na linha médio-lateral do dedo, próxi- mo à articulação interfalangiana dis- tal. Os retalhos são dissecados de tal forma a preservar os vasos sangüíneos e nervos digitais e avançados distalmente para serem suturados no leito ungueal ou unha. A porção proximal é suturada de tal for- ma que o “V” transforma-se em um “Y”. Após a sutura deve-se testar a perfusão do retalho e do dedo. Uma das críticas deste retalho é a presença de uma cicatriz hiper- sensível na região mediana da polpa digital. RETALHO DE AVANÇO VOLAR A B C D Retalho lateral tipo “V-Y” Kutler: A – Incisões marcadas B – Incisão C – Avanço D – Sutura Caso clínico: retalho lateral tipo “V-Y” Kutler
  • 8. DE MOBERG Este retalho é mais indicado para proporcionar cobertura cutâ- nea nas lesões da extremidade do polegar, que possui uma pele volar mais móvel. São realizadas duas incisões medio-laterais, de cada lado do polegar e disseca- se um retalho volar incluindo os pedículos neuro-vasculares. Este retalho é avançado até cobrir a lesão da extremidade. A dissec- ção deste retalho provoca lesão dos vasos que nutrem os ten- dões flexores assim como os ramos arteriais dorsais. Outra complicação é a possibilidade de provocar uma retração articular em flexão. Outra vantagem deste retalho no polegar é que este tolera melhor uma deformidade em flexão sem haver comprome- timento grave de sua função. RETALHO CRUZADO ENTRE OS DEDOS (“- CROSS FINGER”) 8 A B C A – Retalho de Moberg (avanço) para cober- tura cutânea em amputações da extremida- de distal do polegar B – Sutura C – Para promover um “deslocamento” distal mais eficiente do retalho, é possível realizar uma incisão cutânea na base deste, preser- vando o pedículo vásculo-nervoso. O defei- to, de forma retangular, criado após o desli- zamento, pode ser tratado com enxerto de pele convencional.
  • 9. Este retalho é utilizado quando se deseja preservar ao máximo o comprimento e não há possibilidade de realizar um retalho local. Pode ser utilizado em situação de lesão de múltiplos dedos, amputação da extremidade do dedo indicador ou polegar. Um exemplo de sua utilização é o retalho do dorso do dedo indicador, com base lateral, utilizado para promover a cobertura cutânea da extremidade do polegar. Outra possibilidade é utilizar a variante reversa (“cross-finger” reverso) quando a pele é levantada e apenas o tecido subcutâneo e facial é utilizado para proporcionar a cobertura, suturando-se novamente a pele em seu leito original. Em ambas situações há necessidade de aguardar-se a integra- ção do retalho no leito receptor para realizar a secção do pedículo. Isto ocorre em cerca de duas semanas. Após a secção do pedículo o paciente é encorajado para iniciar a movi- mentação. Os problemas deste retalho relacionam-se com o período em que os dedos ficam unidos e com a mobilidade restrita, podendo haver rigidez. Outra desvantagem é a má qualidade da sensibilidade que este retalho possui em uma fase inicial, mas o pacien- te deve ser esclarecido que, normalmente, a sensibilidade melhora com o tempo. RETALHO TENAR 9 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Retalho “Cross Finger reverso” para promover a cobertura da falange distal exposta após queimadura por agente químico para queimar “verruga vulgar” Retalho “Cross Finger” para cobertura cutânea do dedo anular
  • 10. As indicações para este retalho são similares ao do retalho cruzado entre dedos (“cross-finger”). Baseia-se na utili- zação de um retalho cutâneo da região tenar com base proximal, distal ou em for- ma de “H”. O dedo com lesão em sua extremidade é fletido de tal forma a possi- bilitar a sutura do retalho. A maior crítica a este retalho é a manutenção desta posi- ção em flexão por período longo (cerca de duas semanas) que pode causar rigidez articular, principalmente limitação da extensão. Outro problema é a cicatriz na região tenar – normalmente esta área é tratada com enxerto de pele convencional e, normalmente, a cicatriz resultante não é de boa qualidade. Os dedos que podem ser tratados com este retalho são o indica- dor e médio pois, normalmente, os dedos anular e mínimo não fazem oposição, de forma natural, com a eminência tenar. O retalho é fixado na região receptora de forma similar. Qualquer condição clínica que favoreça o desenvolvimento de rigi- dez articular deve ser considerada uma contra-inidcação: artrite reumatóide, moléstia de Dupuytren, osteoartrose (ida- de avançada), etc. RETALHO NEURO-VASCULAR EM ILHA (LITTLER) 10 Retalho tenar para promover a cobertura cutânea em amputação da extremidade distal do dedo indicador – Incisão
  • 11. 11 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Liberação do retalho tenar. Área doadora tratada com enxerto de pele e retoque na região receptora para reconstrução da extremidade do dedo indicador. Caso clínico: Retalho tenar para cobertura cutânea em amputação da extremidade distal do dedo Sutura
  • 12. Este retalho é indicado principalmente para perdas cutâneas maiores ao nível da extremidade distal dos dedos. Sua principal indicação é o tratamento das lesões da extremidade do polegar. Baseia-se na dissecção de um retalho cutâneo na região lateral de um dedo, incluindo seu pedículo vásculo-nervoso. Os dedos mais utilizados como doadores são o médio e o anular e o receptor o polegar. Para poder dissecar e liberar o retalho para sua transferên- cia, é necessário ligar e seccionar a artéria digital do dedo distalmente, seccionar o nervo digital distalmente e ligar a artéria digital para o dedo vizinho (ao nível da comissura), até ter acesso a artéria digital comum. Para transferir o retalho para a região receptora realiza-se um túnel subcu- tâneo na região palmar, suficiente para passagem do teci- do cutâneo e seu pedículo. É preciso tomar cuidado para evitar tensão e torção do pedículo. O retalho é suturado na região receptora de forma convencional e a região doado- ra é tratada com enxerto de pele convencional e curativo de Braun. Os problemas relacionados com este retalho são, principalmente, a possibilidade de haver necrose, normal- mente devida a problemas técnicos na dissecção e manu- seio do pedículo, sensibilidade cruzada (ao tocar no retalho posicionado, por exemplo, no polegar, o paciente refere sensação tátil no dedo doador - médio ou anular) e aneste- sia no dedo doador devido a secção do nervo digital. Existem várias variações deste retalho: • utilização do tecido cutâneo apenas com o pedículo vascular, preservando o nervo digital do dedo – o retalho não inervado proporcionará cobertura cutânea sem sensi- bilidade; • utilização do retalho de forma convencional mas o nervo digital do retalho é suturado ao nervo digital do pole- gar (para evitar a sensibilidade cruzada); • utilização do retalho de forma reversa – como exis- tem anastomoses vasculares entre os dois sistemas de artérias digitais, principalmente localizadas ao nível das articulações interfalangianas proximal e distal, é possível dissecar o retalho, ligar seu pedículo proximalmente, e manter sua nutrição através de circulação sanguínea retrógrada, mantendo seu pedículo distal íntegro (circula- ção arterial de distal para proximal). Este retalho é parti- cularmente útil para promover a cobertura cutânea em lesões distais (ponta do dedo). AMPUTAÇÕES AO NÍVEL DA INTERFALAN- 12 Retalho neuro-vascular em ilha para promover sensibilidade no polegar tratado com retalho axial não inervado
  • 13. GIANA DISTAL Quando o reimplante não é possível, a regularização deve ser realizada respei- tando o tecido cutâneo viável remanes- cente. Não há necessidade de ressecar o tecido cartilaginoso. Este pode proporcio- nar um revestimento adequado e pouco doloroso. As saliências ósseas devem ser ressecadas para proporcionar um contor- no regular, distribuindo, de forma mais efi- ciente, o apoio para a maior área possível, e evitando que a pele tenha regiões de maior tensão. Por esta razão, os côndilos da falange média devem ser ressecados em suas porções lateral e volar. As extre- midades distais dos tendões flexores devem ser inspecionadas e desbridadas, evitando-se toda contaminação. Os ner- vos digitais devem ser tratados de forma adequada, seccionando-os proximalmen- te e evitando seu contato com áreas cica- triciais. Não há indicação para realizar suturas tendinosas que só causam restri- ção da movimentação dos dedos. Uma complicação possível é o desenvolvimen- to de uma deformidade tipo “intrínseco plus”, particularmente no dedo indicador – o tendão flexor profundo deste dedo é, freqüentemente, isolado dos demais e sua retração causa uma ação exagerada do lumbrical que flete a articulação meta- carpofalangiana e extende as interfalan- gianas. Caso isto seja um problema para o paciente pode-se realizar a secção do tendão do músculo lumbrical, que corrige o desequilíbrio e a deformidade. AMPUTAÇÕES AO NÍVEL DA FALANGE MÉDIA, INTERFA- LANGIANA PROXIMAL E FALANGE PROXIMAL Na maioria das vezes o procedimento realizado é a regularização do tecido ósseo e a cobertura cutânea com a pele local viável. Retalhos só são utilizados em situações de lesão de múltiplos dedos, quando a manutenção do máximo compri- mento dos dedos remanescentes é muito importante para preservar a função. Quando a amputação ocorre proximal- mente à inserção do flexor superficial, não haverá controle da movimentação da falange média remanescente e a manu- tenção desta tem como objetivo mais o aspecto estético que o funcional. As amputações ao nível da interfalan- giana proximal devem ser tratadas de for- ma similar às da interfalangiana distal, regularizando a região lateral e anterior dos condilos da falange proximal. Ao nível da falange proximal, a integri- dade anatômica dos músculos intrínsecos e extrínsecos proporciona função e movi- mentação . A falange proximal remanes- cente pode fletir graças a ação dos lumbri- cais e interósseos e extender graças a ação do extensor extrínseco. Quando a amputação ocorre próximo ou ao nível da metacarpofalangiana nos raios centrais (dedos médio e anular) objetos podem cair da mão por este espaço, criando um pro- blema funcional cuja solução pode ser a ressecção um raio. AMPUTAÇÃO DE RAIO 13 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR A B C A – Amputação do dedo: Incisão para proporcionar boa qualidade de cobertura cutâ- nea. O retalho volar deve ser maior que o dorsal para permi- tir que a maior parte do coto seja revestido pela pele palmar, mais resistente e com sensibili- dade mais diferenciada. B – Incisão C – Surtura
  • 14. A ressecção das falanges e do meta- carpiano (amputação de um raio) é um procedimento utilizado no tratamento de traumas, infecções, deformidades congê- nitas e tumores. Apesar de reduzir a largu- ra da região palmar, a ressecção de um raio evita a formação de um espaço entre dedos remanescentes e proporciona um aspecto estético melhor para a mão do paciente. Do ponto de vista funcional, vários fatores interferem com a decisão de se indicar ou não a ressecção de um raio. São argumentos favoráveis à ampu- tação de um raio: • O espaço entre dedos remanescen- tes pode provocar um prejuízo funcional pois objetos podem cair da mão por este espaço; • A preservação de um dedo com comprometimento funcional importante e rígido pode causar prejuízo para os demais; • Nas amputações ao nível da articu- lação metacarpofalangiana dos dedos indicador e mínimo, a cabeça do metacar- piano ou seu colo ficam proeminentes. A cabeça do segundo metacarpiano proemi- nente ocupa a nova primeira comissura. A ressecção da metade distal destes meta- carpianos proporciona um contorno melhor para a mão. São argumentos favoráveis para a preservação do raio: • Em algumas atividades, a preserva- ção da largura da palma da mão é muito importante. A ressecção do raio está con- tra-indicada em paciente que manuseiam e necessitam realizar a preensão de obje- tos grandes em sua atividade profissional; • O paciente pode optar por utilizar uma prótese estética para propocionar melhor aspecto estético e fechar o espaço indesejável na mão; • Após a ressecção de um raio, há diminuição da força da mão para preen- são e pinça, segundo alguns estudos bio- mecânicos. A amputação de um raio é realizada mais freqüentemente como um procedimen- to eletivo e, sempre que possível, a ressec- ção do raio deve ser evitada na emergência. Portanto, na maioria das vezes, há possibili- dade de refletir e discutir com o paciente qual o melhor procedimento. AMPUTAÇÃO DO RAIO DO INDICADOR De acordo com a etiologia da patolo- gia que levou a indicação de amputação pode-se ou não utilizar a exsanguinação com faixa de Esmarch. Nas lesões tumo- rais e em infecções este procedimento deve ser evitado e o torniquete pode ser aplicado após a manutenção do membro superior elevado por cerca de 10 minutos. Realiza-se uma incisão ao nível da meta- carpofalangiana do dedo indicador, for- mando a figura de “V”, volar e dorsal, com ápice proximal, e estendendo-a longitudi- nalmente na região dorsal no eixo do metacarpiano. As veias dorsais são liga- das e os tendões extensor comum dos dedos para o indicador e o extensor pró- prio do dedo indicador são seccionados ao nível da base do metacarpiano. O metacarpiano é exposto e seccionado com uma serra de Gigli, serra elétrica ou osteótomo ao nível do 1/3 médio. Esta osteotomia pode ser oblíqua, deixando a extremidade medial mais longa que a radial, dando assim um contorno melhor para a primeira comissura. O tendão do primeiro interósseo dorsal é identificado e seccionado. O músculo lumbrical, situado redialmente ao segundo metacarpiano, é seccionado na sua inserção tendinosa no 14
  • 15. parelho extensor. À seguir, disseca-se o feixe vásculo-nervoso na região volar do dedo. As artérias digitais para o dedo indi- cador são ligadas ao nível da bifurcação da artéria digital comum. Os nervos digi- tais do dedo indicador são tracionados e seccionados proximalmente, de tal forma que os cotos, retraindo, permanecem na palma da mão. Da mesma forma, os ten- dões flexores superficial e profundo são identificados e seccionados, retraindo proximalmente para a palma da mão. À seguir, secciona-se o tendão do interós- seo palmar e após, a bainha dos flexores, placa volar e ligamento intermetacarpiano transverso. Este último é seccionado pró- ximo ao metacarpiano ressecado. Após a soltura do torniquete, realiza-se uma hemostasia criteriosa e sutura-se partes moles e pele com pontos separados. A movimentação ativa precoce do dedo deve ser encorajada. Normalmente o aspecto estético da amputação do raio do dedo indicador é bastante aceitável. AMPUTAÇÃO DO RAIO DO DEDO MÉDIO Há duas técnicas de amputação do raio do dedo médio sendo uma não envol- vendo a transposição de metacarpiano (nossa preferência) e outra transpondo o segundo metacarpiano para a posição do terceiro (Carroll). A desvantagem da técni- ca da transposição é que envolve uma osteossíntese e a necessidade de restrin- gir a movimentação do dedo transposto até a consolidação. A vantagem da trans- posição salientada pelo autor é a possibili- dade de fechar de forma mais eficiente e imediata o espaço criado pela amputação de raio central. Outro problema relaciona- do com a transposição é o cuidado que deve ser tomado com os desvios rotacio- nais. É recomendado utilizar um fio de Kirschner transversal para fixar o metacar- po transposto nos vizinhos para evitar este tipo de deformidade. No procedimento de amputação sem transposição, a técnica cirúrgica é seme- lhante àquela aplicada na amputação do raio do indicador, mas é muito importante seccionar o ligamento intermetacarpiano transverso próximo ao metacarpo a ser ressecado, de tal forma que os cotos des- te ligamento, dos metacarpos vizinhos, possam ser suturados, fechando o espa- ço. A eficiência do fechamento do espaço dependerá da qualidade da sutura do liga- mento intermetacarpiano transverso. Desvios rotacionais podem ocorrer e, em geral, são decorrência de sutura técnica- mente incorreta. Durante o período de cicatrização, um fio de Kirschner transver- sal pode ser utilizado para manter os metacarpianos dos dedos indicador e anu- lar aproximados e em posição correta. Ao contrário da técnica de transposição pro- posta por Carroll, na reconstrução de par- tes moles não há necessidade de imobili- zar a mão por longo período. AMPUTAÇÃO DO RAIO DO 15 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Caso clínico: Amputação transmetacarpiana do dedo indicador
  • 17. 17 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Amputação do dedo médio (vista central)
  • 18. 18 Amputação transmetacarpiana, incisão dorsal e tenotomia do tendão extensor, individualização do metacarpiano e musculatura intrínseca
  • 19. 19 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Amputação transmetacarpiana, osteotomia da base do metacarpiano. Dissecação das artérias digitais e nervos digitais. Ligadura das artérias digitais e secção do nervo digital do dedo amputado
  • 20. 20 Amputação transmetacarpiana: aspecto final – sutura dos intrínsecos
  • 21. 21 Caso clínico: Amputação transmetacarpiana: fechamento do espaço graças a sutura do ligamento intermetacarpiano transverso
  • 22. DEDO ANULAR O procedimento é o mesmo que para o dedo médio. Da mesma forma, preferimos não realizar procedimentos de transposição. O fechamento do espaço, da mesma forma, é conseguido graças à aproximação do ligamento intermatatarsiano transverso. 22 Caso clínico: Amputação transmetacarpiana do dedo anular
  • 23. AMPUTAÇÃO DO RAIO DO DEDO MÍNIMO O procedimento é semelhante àquele utilizado para o dedo indicador. O quinto meta- carpiano deve ser ressecado ao nível do terço médio, preservando a largura da palma da mão e as inserções dos músculos hipotenares, além do tendão flexor e extensor ulnar do carpo. Para dar um contorno adequado realiza-se a osteotomia de forma oblíqua, com a região medial do metacarpiano mais curta. Desta forma obtém-se um aspecto estético bastante favorável. 23 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Nível das osteotomias para amputação dos raios dos dedos indicador e mínimo
  • 24. AMPUTAÇÃO DE MÚLTIPLOS DEDOS A amputação de múltiplos dedos pode ser indicada em seqüela de trauma, lesões tér- micas, elétricas, vasculites, etc. Todo esforço deve ser realizado para preservar o máxi- mo de comprimento e uma cobertura cutânea adequada. Para este fim pode ser neces- sário utilizar retalhos, pediculados ou livres. Da mesma forma, para promover o máximo retorno de função, freqüentemente indicamos procedimentos para criar ou aumentar a pri- meira comissura (comissuroplastias): zetaplastias, retalhos, etc. 24 Caso clínico: Amputação de múltiplos dedos – uso de retalho livre microcirúrgico escapular para cobertura cutânea e comissurosplatia
  • 25. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abu-jamra, F. N., and Khuri, S.: The treatment of finger tip injuries. J. Trauma, 11: 749-757,1971. Adamson, J. E., Horton, C. E., and Crawfôrd, H. H.: Sensory reha- bilitation of the injured thumb. Plast. Reconstr. Surg., 40. 53-57, 1967. Adeymo, 0., and Wyburn, C. M.: Innervation of skin grafts. Transplant. Buli., 4: 152-156, 1957. Aitken, C. T.: Management of severe bilateral upper linib deficien- cies. Clin. Orthop., 37. 53-60, 1964. Alldredge, R. H., and Murphy, E. F.: Prostheties research and the amputation surgeon. Artif. Limbs, 1: 4-46, 1954. Alldredge, R. H.: Major amputations. Surg. Gynecol. Obstet., 84: 759-764, 1974. Armenta, E., and Lehrman, A.: The vincula to the flexor tendons of the hand. J. Hand Surg., 5: 127 133, 1980. Atasoy, E., Ioakimidis, E., Kasdan, M. L., Kutz, J. E., and Kleinert, H. E.: Reconstruction of the amputated finger tip with a triangular volar flap. A new surgical procedure. J. Bone Joint Surg., 52A: 921-926, 1970. Azze,R.J.; Ferreira, M.C.; Zumiotti, ªV.: Amputação transmetacar- piana de dedo médio ou anular sem transposição do dedo adjacente. Rev. Bras. Ortop., 15 (3): 100-102, 1980. Baker, T. J.: The versatile finger flap. Buil. Uni.Miami Sch. Med., 15:50,1961. Barber, C. C.: Inunediate and eventual features of healing in amputated bones. Ann. Surg., 90. 985-992,1929. Barelay, T. L: The late results of finger tip injuries. Br. J. Plast. Surg., 8. 38-43, 1955. Barnes, I. E.: Techniques for the replication of skin surfáces. Br. J. Dermatol., 89: 277-283, 1973. Barron, J. N.: The structure and fúnction of the skin of the hand. Hand, 2: 93-96, 1970. Barsky, A. J., Kahn, S., and Simon, B. E.: Principies and Practice of Plastic Surgery, 2nd Ed. pp. 1-2. New York, McGraw-Hili, 1964. Bartley, S. P.: Kinetic amputations and plastic reconstructions of fingers: Operative tecimic and fúnctional results. Am. J. Surg., 67.181-183, 1945. Bate, J. T.: Second and third intention healing of finger tip ampu- tations: A salvage procedure. Clin. Orthop., 47. 151-155, 1966. Beasley, R. W.: Local flaps for surgery of the hand. Orthop. Clin. North Am., 1: 219-225, 1970. Beasley, R. W.: Principies and techniques of resurfácing opera- tions for hand surgery. Surg. Clin. North Am., 4 7. 389-413, 1967. Beasley, R. W.: Reconstruction of amputated finger tips. Plast. Reconstr. Surg., 44:349-352, 1969. Bennett, J. E.: Finger tip avulsions. J. Trauma, 6.249-261,1966. Bertelsen, A., and Capener, N.: Fingers, compensations and King Canute. J. Bone Joint Surg., 42B.390-392,1960. Bevin, A. G., and Chase, R. A.: Management of ring avulsion inju- ries and associated conditions of the hand. Plast. Reconstr. Surg., 32:391-400, 1963. Blair, H. C., and Morris, H. D.: Conservation of short amputation stumps by tendon section. J. Bone Joint Surg., 28: 427-433, 1946. Bojsen-Moller, J., Pers, M., and Schmidt, A.: Finger tip injuries: Late results. Acta Chir. Scand., 122. 177-183, 1961. Boldrey, E.: Amputation neuroma in nerves implanted in. bone. Ann. Surg., 118:1052-1057,1943. Bone Joint: Surg., 5OA: 1152-1160, 1968. Bossley, C. J.: Conservative treatment of digit amputations. NZ Med. J., 82: 379~380, 1975. Boyes, J. H.: Bunnell’s Surgery of the Hand, 5th Ed. p. 566. Philadelphia, J. B. Lippincott, 1970. Boyes, J. H.: Burmell’s Surgery of the Hand, 5th Ed. p. 502. Philadelphia, J. B. Lippincott, 1970. Bralliar, F., and Horner, R. L.- Sensory cross-finger pedicle graft. J. Bone Joint Surg., 5]A: 1264-1268, Braver, S. D.: Finger tip injuries. Ohio Med. J., 60.39, 1964. Brody, G. S., Cloutier, A. M., and Woolhouse, F. M.: The finger tip injury-an assessment of management. Plast. Reconstr. Surg., 26. 80-90, 1960. Brown, H. C., Williams, H. B., and Woolhouse, F. M.: Principies of salvage in mutilating hand injuries. J. Trauma, 8: 319-332, 1968. Brown, J. B.: The repair of surfáce defects of the hand. Ann. Surg., 107. 952-971, 1938. Brown, P. W.: A review of digital injuries. Br. J. Plast. Surg., 20. 387-391, 1967. Bunnefi, S.: Physiologic reconstruction of the thumb after total loss. Surg. Gynecol. Obstet., 52. 245-248,1931. Bunnell, S.: Plastic problenis in the hand. Plast. Reconstr. Surg., 1: 265-270, 1946. Bunnell, S.: The management of the non-functional hand-recons- truction vs. prosthesis. Artif. Linibs, 4:76-102, Spring 1957. Burkhalter, W. E., Butler, B., Metz, W., and Omer, G. E.: Experiences with delayed primary closure of war wounds of the hand in Viet Nam. J. Bone Joint Surg., 5OA: 945-954, 1968. Butler, B.: Ring finger pollicization with transplantation of nail bed and matrix: on a volar flap. J. 184. Bone Joiht Surg., 46A: 1069, 1964. Byrne, H., and Clarkson, P.: Traumatic amputations of the finger tips. p. 543. In Flynn, J. E “ ed.: Hand Surgery. Baltimore, Willíams & Wilkins, 1966. Caplan, H. S., flunter, J. M., and Merklin, R. J.: Intrinsic vasculari- zation of flexor tendons. p. 48. Carroil, R. E.: The levei of amputation of the third finger. Am. J. Surg., 97. 477-483, 1959. Carroil, R. E.: Transposition of the index finger to replace the mid- die finger. Clin. Orthop., 15. 27-34,1950. Caul, J. S.: Radial-innervated cross finger flap from index to pro- vide sensory pulp to injured thumb. J. Bone Joint Surg., 51A: 1257-1268, 1969. Chase, R. A.: Atlas of Hand Surgery. Philadelphia, p. 149. W. B. Saunders, 1973. Chase, R. A.: Conservation of usable structures miinjured hands. p. 1579. In Converse, J. M., ed.: Reconstructive Plastic Surgery. Philadelphia, 218. W. B. Saunders, 1964. Chase, R. A.: Functional levels of amputation in the hand. Surg. Clin. North Am., 40. 415-423, 1960. Chase, R. A.: The damaged index digit, a source of components to restore the crippied hand. J. 219. Chase, R. A.: The severely injured upper limb - To amputate or reconstruct? That is the question. Arch. Surg., 100.- 382-390, 1970. Clarkson, P.: The care of open injuries of the hand and fingers with special reférence to the treatment of traumatic amputations. J. Bone Joint Surg., 37A: 521-526,1955. Clifford, R. H.: Evaluation of three methods for finger tip injuries. Arch. Surg., 65. 464-466, 1952. Cochran, J. R.: Early treatment of hand injuries. South. Med. J., 55. 1150-1152, 1962. Coleman, S. -S., and Anson, B. J.: Arterial pattems in the hand, based on a study of 650 specimens. Surg. Gynecol. Obstet., 113: 409, 1961. Constant, E.: Finger tip injuries. R. Med. Trial Tech. Q. B., 17.273,1971. Cottlieb, 0.: Metacarpal amputation-a problem of the four-fingered hand. Acta Chir. Scand., suppl. 343:132,1965. Craig, R. L.: Primary skin graffing of finger injuries. Q. Buli. Northwestern Univ. Med. Sch., 29. 111,1955. Cronin, T. D.: The cross finger flap: A new method of repair. Am. Surg., 17. 419-425, 1951 Davis, J. T.: Closure of traumatic wounds of the hand. J. Miss. State Med. Assoc., 3. 105-108, 1962. Davis, J. T.: Primary care of injuries of the hand. South. Med. J., 60. 526-532, 1967. DeMere, M.: The controversial palmar flap in the 149. reconstruc- tion of finger tips. J. Int. Coll. Surg., 33: 463, 1960. DeMuth, R. J., and Tooze, F. M.: Management of finger tip injuries. Penn. Med., 74. 54-66, Oct. 1971. Douglas, B. S.: Conservative management of guillotine amputa- tion of the finger in children. Aust. Paediatr. J., 8. 86, 1972. Douglas, B.: Successfúl replacement of completely avulsed por- tions; of fingers; by composite grafts. Plast. Reconstr. Surg., 23. 213-225; 1959. Eaton, R. G.: The digital neurovascular bundie. Clin. Orthop., 61: 176-184, 1968. Elsahy, N. L When to replant a finger tip after its complete ampu- tation. Plast. Reconstr. Surg., 60. 14-21, 1977. Entin, M. A.: Crushing and avulsing injuries of the hand. Surg. Clin. North Am., 44: 1009-1018, 1964. Entin, M. A.: Roller and wringer injuries of the hand. Plast. Reconstr. Surg., 15. 290, 1955. Entin, M. A.: Salvaging the basic hand. Surg. Clin. North Am., 48. 1063, 1068. Esser, J. F. S.: Island flaps. NY Med. J., 106. 264, 1917. Eversman, W. W., Burkhalter, W. E., and Dunn, C.: Transfer of the long flexor tendon of the index finger to the proximal phalanx of the long finger during index ray amputation. J. Bone Joint Surg., 53A: 769-773, 1971. Fisher, E. G., and Coldrier, J. L.: Index ray deletion—-complica- tions and sequei. J. Bone Joint Surg., 54A: 898, 1972. Fisher, R. H.: The Kutler method of repair of finger tip amputations. J. Bone Joint Surg., 49A: 317-152. 321 1967. 25 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
  • 26. Fitzgerald, M. J. T., Martin, F., and Paletta, F. X.: Innervation of skin grafts. Surg. Cynecol. Obstet., 124: 808-812, 1967. Flatt, A. E.: The Care of Minor Hand Injuries, 3rà Ed. p. 137. St. Louis, C. V. Mosby, 1972. Flatt, A. E.: The thenar flap. J. Bone Joint Surg., 153. 39B.- 80-85, 1957. Flint, M. H., and Harrison, S. H.: A local neurovascular flap to repair loss of digital pulp. Br. J. Plast. Surg., 18: 156-163, 1965. Folkerts, J. F., Sneep, A. J., and MeijUng, H. A.: A comparative investigation on the return, of sensation to skin grafts, a clinical and histological study. p. 54. In Biemond, A., van der Horst, L., deVries, E., den Hartug Jager, W. A., and Scholten, J., eds.: Recent Neurological Research. London, Elsevier, 1959. Frackelton, W. H., and Teasley, J. L.: Neurovascular island pedi- cle-extension in usage. J. Bone Joint Surg., 44A: 1069-1072, 1962. Frandsen, P. A.: V-Y plasty as treatment: of finger tip amputations. Acta Orthop. Scand., 49.255-259, 1978. Freiberg, A., and Manktelow, R.: The Kutler repair of finger tip amputations. Plast. Reconstr. Surg., 50. 371-375, 1972. Fry, R. M.: The importance of skin. cover in the injured hand. J. Fia. Med. Assoc., 50.- 142, 1963. 21. Craham, W. P.: Incisions, ampu- tations and skin graffing in. the hand. Orthop. Clin. North Am., 1: 213-218, 1970 ‘ Fusco, E. M.: Finger tip reconstruction with palmar skin flaps. Am. J. Surg., 87. 608-611, 1954. Gatewood, A.: A plastic repair of finger defécts; without hospitali- zation. JAMA; 87.1479, 1926. Gilcreest, E. L: Plastic operation for repair of traumatic amputation of end of finger. Surg. Clin. North Am., 6.- 555-556, 1926. Gonazales, R. L, and Bunke, H. J.: Repair of injuries to soft tis- sues of fingers. Primary and secondary reconstruction. Calif. Med., 96. 347-349, 1962. Gottlieb, 0., and Mathiesen, F. R.: Thenar flaps and cross-finger flaps: A preliminary analysis of 28 cases. Acta Chir. Scand., 122. 166-176, 1961. Grabb, W. C., and Dingman, R. 0.: The common finger tip injury. Mich. Med., 63: 555-557, 1964. Graham, W. P., Kilgore, E. S., and Whitaker, L. A.: Transarticular digital joint amputations: Preservation of the articular cartilage. Hand, 5. 58-62, 1973. Graham, W. P., Pataky, P. E., VAútaker, L. A., Kilgore, E. S., Riser, W. A., Buda, M., and Lerner, E.: Transarticular joint amputations: The value of preserving articular cartilage. J. Surg. Res., 14: 524-537, 1973. Graham, W. P.: Amputations. p. 261. In Kilgore, E. S., and Graham, W. P., eds.: The Hand, Surgical and Nonsurgical Management. Philadelphia, Lea & Febiger, 1977. Gurdin, M., and Pangman, W. J.: The repair of surfáce deficits~ of fingers by trarisdigital flaps. Plast. Reconstr. Surg., -5. 368-371, 1950. Haddad, R. J.: The Kutler repair of finger tip amputation. South Med. J., 61: 1264-1267, 1968. Hall, C. B., and Bechtol, C. 0.: Modern amputation technique in. the upper extremity. J. Bone Joint Surg., 45A: 1717-1722, 1963. Harkins, P. D., and Rafférty, J. E.: Digital transposition in the inju- red hand. J. Bone Joint Surg., 54A: 1064-1067, 1972. Harrison, R.: Injuries to the finger tip. Practitioner, 183: 606-612, 1959. Harty, M.: The dermal papillae in. the finger tip. Plast. Reconstr. Surg., 45. 141-145, 1970. Harvey, F. J., and Harvey, P. M.: A critiá1 review of the results of primary finger and thumb amputations. Hand, 6.- 157, 1974. Heuston, J.: Local flap repair of finger injuries. Plast. Reconstr. Surg., 37. 349-350, 1966. Holevich, J.: Critical evaluation of the results of conservative ope- rations following amputations of the fingers and wrist. Sci. Works Inst. Reconstr. Surg., 2. 19, 1960. Holm, A., and Zachariae, L.: Finger tip lesions: An evaluation of conservative treatment versus free skin graffing. Acta Orthop. Scand., 45. 382, 1974. Horn, J. S.: The use of fuR thickness hand skin flaps in the recons- truction of injured. fingers. Plast. Reconstr. Surg., 7. 463-481, 1951. Hoskins, H. D.: The versatile cross finger flap. A report on 26 Cases, J. Bone Joint: Surg., 42A: 261277,1960. Huber, C. C., and Lewis, D.: Amputation neuromas, their developr- nent and prevention. Arch. Surg., 1: 85-113, 1920. Hutchinson, J., Tough, J. S., Wyburn, C. M.: Regeneration of sen- sation in grafted skin. Br. J. Plast. Surg., 2. 82-94, 1949. Hyroop, G. L.: Transfer of a metacarpal with or without its digit for improving the function of the crippled hand. Plast. Reconstr. Surg., 4: 45-58, 1949. Illingworth, C. M.: Trapped fingers and amputated finger tips in children. J. Pediatr. Surg., 9. 853,1974. Innis, C. 0.: Treatment of skin avulsion injuries of the extremities. Br. J. Plast. Surg., 10. 122-140, 1957. J. M., Scimeider, L. H., Makin, E. J., and BeR, J. A., eds.: Rehabilitation of the Hand. St. Louis, C. V. Mosby, 1978. James, S. L., and Slocum, D. B.: Upper extremity amputation. p. 348. In 0~, J. E., ed.: Hand Surgery, 2nd ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1975. 27. Jentschura, C., Marquardt, E., and Rudel, E. M.:Malformations and Amputations of the Upper Extremity-Treatment and Prosthetic Replacement. New York, Grune & Stratton, 1967. Johnson, R. K., and Iverson, R. E.: Cross finger pedicle flaps in the hand. J. Bone Joint Surg., 53A: 913-919,1971. Jones, K. C.: Lesser hand problems-finger tip injuries. J. Arkansas Med. Soe., 58. 420-423, 1962. Jones, R. A.: A method of closing a traumatic deféct of a finger tip. Am. J. Surg., 55. 326-338, 1942. Jones, R. F.: The rehabilitation of surgical patients with particular reference to traumatic upper limb disability. Aust. NZ J. Surg., 47. 402-407, 1977. 29. Kaplan, E Functional levels of amputation of fin- gers. S. Afr. Med. J., 43.- 1113-1115, 1969. Joshi, B. B.: One stage repair for distal amputation of the thumb. Plast. Reconstr. Surg., 45. 613-615, 1970. Keim, H. A., and Grantham, S. A.: Volar flap advancement for thumb and finger tip injuries. Clin. Orthop., 66.- 109-112, 1969. Kislov, R., and Kelly, A. P.: Cross; finger flaps and digital injuries with notes on Kirschner wire fixation. Plast. Reconstr. Surg., 25. 312-322, 1960. Kleinert, H. E., MeAlister, C. G., McDonald, C. J., and Kutz, J. E.: A critical evaluation. of cross; finger flaps. J. Trauma, 14: 756-766, 1974. Kleinert, H. E.: Finger tip injuries and their management. Am. Surg., 25. 41-51, 1959. Kutler, W.: A method for repair of finger amputation. Ohio Med. J., 40. 126, 1944. Kutler, W.: A new method for finger tip amputation. JAMA, 133: 29, 1947. Lassar, C. N.: Traumatic amputation of fingers. Mo. Med., 51: 275-279, 1954. Láttler, J. W.: The neurovascular pedicie method of digital transpo- sition for reconstruction of the thumb. Plast. Reconstr. Surg., 12. 303-319, 1953.Pringle, R. C.: Amputations; of the thumb, a study 187. of techniques of repair and residual disability. In-jury, 3: 211-217, 1972. Leffért, R. D., Weiss, C., and Athanasoulis, C. A.: The vincula-with particular reference to their 196. vesseis and nerves. J. Bone Joint Surg., 56A: 119 1.-1198,1974. Leriche, R.: Usable and unusable stumps; comparative value of various amputations and disarticulations; of upper extremity. Presse Med.,. 47.- 135, 1939. Lewin, M. L.: Digital flaps in reconstructive and traumatic surgery. Clin. Orthop., 15. 74-85, 1959. Lie, K. K., and Posch, J. L.: Island flap innervated by radial nerve for restoration of sensation in an index stump, a case report. Plast. Reconstr. Surg., 47. 386-388, 1971. Lie, K. K., Magargle, R. K., and Posch, J. L.: Free full thickness skin grafts from the palm to cover defects of the fingers. J. Bone Joint Surg., 52A: 559-561,1970. Littler, J. W.: Principies of reconstructive surgery of the hand. Am. J. Surg., 92. 88-93, 1956. 32. Littler, J. W.: Principies of reconstructive surgery of the hand. p. 1612. Converse, J. M., ed.: In Recon-structive Plastic Surgery, vol. IV. Philadelphia, W. B. Saunders, 1964. Louis, D. S., Hunter, L. Y., and Keating, T. M.: Painful neuromas in long below-elbow amputees. Arch. Surg., 115. 742-744, 1980. Louis, D. S. Amputations. In Green, D. P. Operation Hand Sugery. vol. 1, 3ª ed., 53-75, 1993. Louis, D., Palmer, A., and Burney, R.: Open treatment of digital tip injuries. JAMA, 244: 7, 1980. Maguire, C., Buxton, J. T., and Otherson, H. B.: Finger tip injuries. J. SC Med. Assoe., 57. 312-314, 1961. Mahoney, J. H., Phalen, C. S., and Frackelton, W. H.: Amputation of the index ray. Surgery, 21: 911-918, 1947. Mandal, A. C.: Thiersch graffs for lesions of the finger tip. Acta Chir. Scand., 129.- 325-332, 1965. Markee, J. E., and Wray, J. B.: Circulation of the hand, injection corrosion studies. J. Bone Joint Surg., 4]A: 673-680, 1959. McCash, C. R.: Toe pulp free grafts in finger tip repair. Br. J. Plast. Surg., 11: 322-328, 1958. McKeever, F. M.: Upper extremity amputations and prostheses. J. 26
  • 27. Bone Joint Surg., 26. 660-671, 1944. McLaurin, C. A., and Sammons, F.: Independent control harnes- sing in. the upper extrenúty prosthetics. Artif Limbs, 7: 11, 1963. Metcalf, W., and Whalen, W. P.: Salvage of the injured distal pha- lanx: Plan of care and analysis of 369 cases. Clin. Orthop., 13. 114-123, 1959. Metcalf, W., and Whalen, W.: The surgical, social and economic aspects of a unit hand injury. J. Bone Joint Surg., 39A: 317-324, 1957. Micks, J. E., and Wilson, J. N.: Full thickness of sole-skin grafts for resurfácing the hand. J. Bone Joint Surg., 49A: 1128-1134, 1967. Milford, L.: The Hand. p. 231. In Edmonson, A. S., and Crenshaw, A. H., eds.: Campbell’s Operative Orthopaedics, 6th Ed. St. Louis, C. V. Mosby, 1980. Miller, A. J.: Single finger tip injuries treated by the thenar flap. Hand, 6.- 311-314, 1974. Moberg, E.: Evaluation of sensibility in. the hand. Surg. Clin. North Am., 40. 357-362, 1960. Moberg, E.: Objective methods; for determining the fúnctional value of sensibility in. the hand. J. Bone Joint Surg., 40B. 454~476, 1958. Moynihan, F. J.: Long term results of split-skin graffing in finger tip injuries. Br. Med. J., 2.- 1: 802-805, 1961. Murray, J. F., Carman, W., and MacKenzie, J. K.: Transmetacarpal amputation of the index finger: A clinical assessment of hand strength and complications. J. Hand Surg., 2: 471-481, 1977. Napier, J. R.: The return of pain sensibility in full thickness skin graffs. Brain, 75. 147-166, 1952. Netter, F. H. The Ciba Collection of Medical Illustrations. Tomo VIII 13. p.181-191, 1994. Netter, F. H. The Ciba Collection of Medical Illustrations. vol. 8, Parte I, Parte II, 1987. Newmeyer, W. L., and Kilgore, E. S.: Finger tip injuries: A simple, effective method of treatment. 110.J. Trauma, 14: 58-64, 1974. O’Brien, B.: Neurovascular island pedicle flaps for terminal ampu- tations; and digital scars. Br. J. Plast. Surg., 21: 258-261, 1968. O’Malley, T. S.: Full thickness skin grafts in finger 111. amputa- tions. Wis. Med. J., 33: 337-340, 1934. Omer, C. E.: Amputation. p. 541. In Hunter, Parkes, A.: The “lumbrical-pius” finger. Hand, 2:164-167, 1970. Patton, H. S.- Split-skin grafts from hypothenar area for finger tip avulsions. Plast. Reconstr. Surg., 11 43. 426-429, 1969. Peacock, E. E.: Metacarpal transfer followíng amputation of a cen- tral digit. Plast. Reconstr. Surg., 29: 345-355, 1962. Peizer, E., and Pirrello, T.: Principies and practice in. upper extre- mity prostheses. Orthop. Clin. North Am., 3. 397~417, 1972. Pelzer, R. H.: Definitive plastic surgical repairs of finger tip injuries. J. Int. Colí. Surg., 33: 741-113, 750,1960. Ponten, B.: Grafted skin, observations on innerva- 114. tion and other qualities. Acta Chir. Scand., suppl. 257.- 1, 1960. Porter, R. W.: Functional assessment of transplanted skin in volar defects of the digits. A comparison between free grafts and flaps. J. Bone Joint 116. Surg., 5OA: 955-963, 1968. Quilliam, T. A., and Ridley, A.: The receptor com- 117. munity in the finger tip. Proc. Physiol. Soe., 6: 15,1971. Read, F. L., and Haslam, E. T.: Inunediate skin 118. grafts on finger amputations. US Navy Med. Bull,, 42:183-186, 1944. Rank, 13. K., Wakefield, A. R., and Hueston, J. T.: Surgery of Repair as Applied to Hand Injury, 3rd ed. p. 106. Baltimore, Williams & Wilkins, 1968. 44. Slocum, D. B.: Atlas of Amputations. p. 118. St. Louis, C. V. Mosby, 1949. Rank, 13. K.: Unique opportunities in. the primary repair of hand injuries. p. 995. In Transactions of the Third International. Congress of Plastic Surgery. International Congress Series #66, Excerpta Medica Foundation. Amsterdam, Mouton, 1964. 43. Ratliff, A. H. C.: Amputations of the distal part: of the thumb. Handi 4: 190-193, 1972. Recht, P.: Esthetic viewpoints in surgery of the Flap Procedures for Digital Tip Injuries ends of the fingers. Arch Min. Chir., 299. 105, 1961. Reed, J. V., and Harcourt, A. K.: Inunediate full thickness grafts to finger tips. Surg. Gynecol. Obstet., 68: 925-929, 1939. Reeves, M. M., and Quattlebaum, F. W.: The lateral flap technique in supracondylar amputations. Surg. Gynecol. Obstet., 102: 751-756, 1956. Ridley, A.: A biopsy study of the innervation of forearm skin graf- ted to the finger tip. Brain, 93: 547-553,1970. Robins, R. H. C.: Finger tip injuries. Hand, 2:119125,1970. Robins, R. H. C.: The use of post-auricular skin grafts in the treat- ment of traumatic amputation through the terminal compartment of the finger. Br. J. Surg., 41: 515-519, 1954. Robinson, D. W., and Masters, F. W.: Severe avulsion injuries of the extremities including the degloving type. Surg. Clin. North Am., 47.379-388, 1967. Salaman, J. R.: Partial thickness skin graffing of finger tip injuries. Lancet, 1: 705-710, 1967. Sandzen, S. C., and Oakey, R. S.: Crushing injury of the finger tip. Hand, 4:253-256, 1972. Sandzen, S. C.: Management of the acute finger tip injury in the child. Hand, 6. 190-197, 1974. Santoni-Rugiu, P.: An experimental study on the reinnervation of free skin grafts and pedícle flaps. Plast. Reconstr. Surg., 38: 98-104, 1966. Scott, J. E.: Amputation of the finger. Br. J. Surg., 61:574-576, 1974. Siocum, D. B.: Upper extremity amputation. p. 348. In Flynn, J. E., ed.: Hand Surgery, 2nd Ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1975. Slocum, D. B., and Pratt, D. R.: The principies of amputations; of the fingers and hand. J. Bone Joint Surg., 26. 535-546, 1944. Smith J. R., and Bom, A. F.: An evaluation of finger tip reconstruc- tion by cross finger and palmar pedicle flap. Plast. Reconstr. Surg., 35.- 409-418, 1965. Smith, R. J., and Aibin, R.: Thenar “H-flap” for finger tip injuries. J. Trauma, 16.- 778, 1976. Snow, J. W.: The use of a volar flap for repair of finger tip ampu- tations: A preliminary report. Plast. Reconstr. Surg., 40.- 163-168, 1967. Sokol, A. B., and Berggren, R. B.: Finger tip amputations. Calif. Med., 119. 22-28, Aug. 1973. Stack, H. C.: Amputations. p. 353. In Rob, C., Smith, R., and Pulvertaft, C., eds.: Operative Surgery: The Hand, 3rd Ed. London, Butterworths, 1977. Strickland, J. W., and Dirigman, D. L.: Avulsions of the tactile fin- ger pad: An evaluation. of treatment. Am. Surg., 35. 756-761, 1969. Sturman, M. J., and Duran, R. J.: The late results of finger tip inju- ries. J. Bone Joint Surg., 45A: 289 -298, 1963. Suzuki, K., et al.: A follow-up study of finger tip injuries. J. Jpn. Orthop. Assoe., 38: 1127, 1965. Tempest, M. N.: Cross finger flaps in the treatment: of injuries to the finger tip. Plast. Reconstr. Surg., 9: 205-222, 1952. Tempest, M. N.: The emergeney treatment of digital injuries. Br. J. Plast. Surg., 7.- 153-161, 1954. Terhune, S. R., and Champ, M. N.: Traumatic amputation of finger tips. South. Surg., 11: 646-651, 1942. Thomas, A.: Amputations of the upper extremity above the elbow. Surgical and prosthetic considerations. p. 242. AAOS Instructional Course Lectures, vol. 8. Ann Arbor, J. W. Edwards, 1951 Thompson, R. V.: Essential details; in the technique of finger amputations. Med. J. Aust., 2. 14, 1963. Tooms, R. E.: Amputation surgery in. the upper extremity. Orthop. Clin. North Am., 3. 383-395, 1972. Tooms, R. E.: Amputations through upper extremity. In Edmonson, A. S., and Crenshaw, A. H., eds.: Campbell’s Operative Orthopaedics. 6th ed. pp. 857-867. St. Louis, C. V. Mosby, 1980. Tubiana, R., Traumatic amputations of phalanges and digits. p. 360. In Flynn, J. E., Ed.: Hand Surgery, 2nd Ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1975. Vecchione, T. R.: A new donor site for finger tip avulsion injuries. J. Trauma, 18: 285-287, 1978. Vilain, R., and Michon, J.: Plastic Surgery of the Hand and Pulp. 2nd Ed. p. 83. New York, Mason, 1979. Wakefield, A. R.: Hand injuires in children. J. Bone Joint Surg., 46A: 1226-1234, 1964. Weiner, D. L., Silver, L., and Aiache, A.: Preservation of traumati- cally amputated finger tips. Plast. Reconstr. Surg., 49: 609-615, 1972. Weston, P. A. M., and Wallace, W. A.: The use of localy based triangular flaps for the repair of finger tip injuries. Hand, 8: 54, 1976. Whitaker, L. A., Graham, W. P., Riser, W. H., and Kilgore, E.: Retaining the articular cartilage in finger joint amputations. Plast. Reconstr. Surg., 49. 542-547, 1972. Willems, J. D.: Arnputation of the fingers. Surg. Gynecol. Obstet., 62: 892-894, 1936. Ray Amputations Wood, R. W.: Multiple cross finger flaps-“piggy back” techniques. Plast. Reconstr. Surg., 41: 5457,1968. Zadik, F. R.: Inumediate skin graffing for traumatic amputation of finger tips. Lancet, 1: 335, 1943. 27 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR